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ARTE E ESTÉTICA
ARTE E ESTÉTICA
Prof°. Raphael Lanzillotte
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1
O que é estética?
O que é estética?
 Quando falamos em estética, geralmente
Quando falamos em estética, geralmente
vem à nossa mente a noção de arte ou de
vem à nossa mente a noção de arte ou de
gosto (belo ou feio).
gosto (belo ou feio).
 Realmente a estética envolve tudo isso.
Realmente a estética envolve tudo isso.
 Podemos dizer que a estética é o campo
Podemos dizer que a estética é o campo
da filosofia que discute as noções de belo,
da filosofia que discute as noções de belo,
feio e o gosto das pessoas.
feio e o gosto das pessoas.
2
Profº Raphael Lanzillotte
Onde utilizamos a estética?
Onde utilizamos a estética?
 Em praticamente tudo.
Em praticamente tudo.
 Em nosso dia a dia, quando nos vestimos,
Em nosso dia a dia, quando nos vestimos,
escolhemos roupas a partir de
escolhemos roupas a partir de
concepções estéticas.
concepções estéticas.
 Em nosso trabalho, não apenas na
Em nosso trabalho, não apenas na
decoração dos ambientes, mas na própria
decoração dos ambientes, mas na própria
realização das atividades.
realização das atividades.
 Por exemplo, na Gastronomia existe toda
Por exemplo, na Gastronomia existe toda
uma estética para apresentar os pratos,
uma estética para apresentar os pratos,
pois como dizem alguns gastrônomos a
pois como dizem alguns gastrônomos a
primeira forma de comer é com os olhos.
primeira forma de comer é com os olhos.
3
Profº Raphael Lanzillotte
4
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Estética e arte
Estética e arte
 Porém, acima de tudo, é o campo que discute
Porém, acima de tudo, é o campo que discute
uma das formas específicas de conhecimento
uma das formas específicas de conhecimento
humano: a arte.
humano: a arte.
 Arte é uma forma de conhecimento muito
Arte é uma forma de conhecimento muito
específica, pois ela consiste em uma
específica, pois ela consiste em uma
interpretação que o artista faz do mundo.
interpretação que o artista faz do mundo.
 A arte mexe com a imaginação, com aquilo que
A arte mexe com a imaginação, com aquilo que
pode acontecer e não com aquilo que de fato é.
pode acontecer e não com aquilo que de fato é.
 Não existe arte verdadeira ou falsa, mas formas
Não existe arte verdadeira ou falsa, mas formas
de interpretar o mundo.
de interpretar o mundo.
 E... a quantidade de interpretações que se pode
E... a quantidade de interpretações que se pode
fazer do mundo são múltiplas.
fazer do mundo são múltiplas.
5
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Sobre a arte
Sobre a arte
 O valor de uma obra de arte não está no
O valor de uma obra de arte não está no
copiar a realidade, mas na representação
copiar a realidade, mas na representação
simbólica que o artista faz do mundo.
simbólica que o artista faz do mundo.
 Arte é uma forma de conferir sentido à
Arte é uma forma de conferir sentido à
realidade, como classificar algo como bom
realidade, como classificar algo como bom
ou ruim.
ou ruim.
 É uma forma de transformar a experiência
É uma forma de transformar a experiência
em objeto de conhecimento,
em objeto de conhecimento,
representando-a simbolicamente.
representando-a simbolicamente.
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8
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Obras de arte:
Obras de arte:
relação artista/público
relação artista/público
 Para criar uma obra de arte, o artista parte da
Para criar uma obra de arte, o artista parte da
intuição.
intuição.
 Isso significa que ele parte do conhecimento
Isso significa que ele parte do conhecimento
geral do mundo para então transferi-lo para a
geral do mundo para então transferi-lo para a
obra de arte.
obra de arte.
 O Público faz o movimento contrário.
O Público faz o movimento contrário.
 Observa primeiro a obra para então atingir o
Observa primeiro a obra para então atingir o
mundo representado na obra.
mundo representado na obra.
 Para isso é preciso treinar a nossa
Para isso é preciso treinar a nossa
sensibilidade.
sensibilidade.
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A Educação da Sensibilidade
A Educação da Sensibilidade
 A educação da sensibilidade requer o
A educação da sensibilidade requer o
contato com muitas obras de arte.
contato com muitas obras de arte.
 Por isso os museus são tão importantes.
Por isso os museus são tão importantes.
11
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Ferramentas
Ferramentas para entender a arte:
para entender a arte:
Disponibilidade
Disponibilidade
 Disponibilidade
Disponibilidade é querer entender a
é querer entender a
arte.
arte.
 Para tanto, é preciso, em primeiro lugar,
Para tanto, é preciso, em primeiro lugar,
deixar de lado preconceitos e também o
deixar de lado preconceitos e também o
medo de fazer papel de bobo.
medo de fazer papel de bobo.
 É querer deixar a obra revelar seus
É querer deixar a obra revelar seus
sentidos para nós.
sentidos para nós.
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Ferramentas
Ferramentas para entender a arte:
para entender a arte:
História e História da Arte
História e História da Arte
 A história possui uma importante função,
A história possui uma importante função,
pois ela contextualiza a obra de arte.
pois ela contextualiza a obra de arte.
 Isso significa que a
Isso significa que a história
história nos mostra
nos mostra
valores e condições que influenciaram o
valores e condições que influenciaram o
artista, no momento em que ele produzia.
artista, no momento em que ele produzia.
 A
A história da arte
história da arte situa a obra nas
situa a obra nas
técnicas e na sucessão de escolas e
técnicas e na sucessão de escolas e
tendências artísticas ao longo do tempo.
tendências artísticas ao longo do tempo.
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Algumas formas de arte:
Algumas formas de arte:
Arte figurativa
Arte figurativa
 Representa um lugar, pessoa ou objeto
Representa um lugar, pessoa ou objeto
de modo que não impeça sua
de modo que não impeça sua
identificação. Pode ser realista ou
identificação. Pode ser realista ou
estilizada.
estilizada.
15
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Algumas formas de arte:
Algumas formas de arte:
Arte abstrata
Arte abstrata
 Cria uma figura que pode apenas existir
Cria uma figura que pode apenas existir
na imaginação do artista, não tem a
na imaginação do artista, não tem a
preocupação em representar o real.
preocupação em representar o real.
 Muitas vezes se utiliza de figuras
Muitas vezes se utiliza de figuras
geométricas.
geométricas.
16
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Algumas formas de arte:
Algumas formas de arte:
Arte moderna
Arte moderna
 Sua principal preocupação é com a
Sua principal preocupação é com a
mensagem transmitida pelo artista e as
mensagem transmitida pelo artista e as
formas utilizadas na elaboração da obra.
formas utilizadas na elaboração da obra.
17
Profº Raphael Lanzillotte
Algumas formas de arte:
Algumas formas de arte:
Arte contemporânea
Arte contemporânea
 Designa um movimento diversificado de obras
Designa um movimento diversificado de obras
de arte, iniciado nos últimos 30 ou 40 anos.
de arte, iniciado nos últimos 30 ou 40 anos.
 Não existe uma unidade dentro dele, pois as
Não existe uma unidade dentro dele, pois as
concepções estéticas são plurais, assim como
concepções estéticas são plurais, assim como
as técnicas e formas utilizadas.
as técnicas e formas utilizadas.
18
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Algumas formas de arte:
Algumas formas de arte:
Arte de vanguarda
Arte de vanguarda
 Pessoas que produzem uma arte fora de
Pessoas que produzem uma arte fora de
alguma corrente artística de seu tempo.
alguma corrente artística de seu tempo.
 Experimentam novos estilos e maneiras
Experimentam novos estilos e maneiras
de fazer arte.
de fazer arte.
19
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Sobre a estética: o belo
Sobre a estética: o belo
 Já vimos que a estética é o ramo da filosofia
Já vimos que a estética é o ramo da filosofia
que estuda racionalmente o belo.
que estuda racionalmente o belo.
 Mas afinal o que é o belo?
Mas afinal o que é o belo?
 Beleza é algo objetivo?
Beleza é algo objetivo?
 Muda de acordo com o tempo?
Muda de acordo com o tempo?
 Muda de acordo com o lugar?
Muda de acordo com o lugar?
 Muda de pessoa para pessoa?
Muda de pessoa para pessoa?
 A essas e outras questões que muitos filósofos
A essas e outras questões que muitos filósofos
se dedicaram a responder ao longo da história.
se dedicaram a responder ao longo da história.
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O belo para Platão (Séc. V a.C.)
O belo para Platão (Séc. V a.C.)
 Para Platão, o belo está ligado a uma
Para Platão, o belo está ligado a uma
essência universal.
essência universal.
 O belo não depende de quem observa,
O belo não depende de quem observa,
pois está contido no próprio objeto.
pois está contido no próprio objeto.
 Esse é o ideal das Academias de Arte.
Esse é o ideal das Academias de Arte.
 Elas tentam fixar regras para a produção
Elas tentam fixar regras para a produção
artística a partir de uma determinada
artística a partir de uma determinada
concepção de belo.
concepção de belo.
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O belo para David Hume (Séc.
O belo para David Hume (Séc.
XVII)
XVII)
 A
A Beleza é algo pessoal.
Beleza é algo pessoal.
 Portanto, não pode ser discutido
Portanto, não pode ser discutido
racionalmente.
racionalmente.
 Como diz o ditado popular: “Gosto não se
Como diz o ditado popular: “Gosto não se
discute”.
discute”.
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O belo para Immanuel Kant
O belo para Immanuel Kant
(Séc. XVIII)
(Séc. XVIII)
 O Belo é universal porque julgar algo é
O Belo é universal porque julgar algo é
uma faculdade de qualquer ser humano.
uma faculdade de qualquer ser humano.
 Todavia o critério de avaliação não é a
Todavia o critério de avaliação não é a
razão, mas os sentimentos.
razão, mas os sentimentos.
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O belo para Georg Hegel (Séc.
O belo para Georg Hegel (Séc.
XIX)
XIX)
 Para Hegel a arte, o gosto e a noção do
Para Hegel a arte, o gosto e a noção do
que é belo muda de acordo com o tempo
que é belo muda de acordo com o tempo
(dialética).
(dialética).
 Portanto, a produção de uma obra ou a
Portanto, a produção de uma obra ou a
definição de algo como belo depende
definição de algo como belo depende
mais da cultura de uma determinada
mais da cultura de uma determinada
época.
época.
 O que é considerado feio em certo
O que é considerado feio em certo
período pode ser belo em outro.
período pode ser belo em outro.
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O belo para a fenomenologia
O belo para a fenomenologia
(Séc. XX)
(Séc. XX)
 A fenomenologia é uma corrente filosófica
A fenomenologia é uma corrente filosófica
atual.
atual.
 Para os fenomenólogos a obra é única e
Para os fenomenólogos a obra é única e
pode ser entendida por meio da
pode ser entendida por meio da
experiência estética.
experiência estética.
 Cada coisa tem uma forma singular de
Cada coisa tem uma forma singular de
beleza.
beleza.
 Não existe único de estética para se
Não existe único de estética para se
avaliar tudo.
avaliar tudo.
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Mas... e o feio?
Mas... e o feio?
 A discussão sobre o que é o feio se
A discussão sobre o que é o feio se
coloca junto com a discussão do que seja
coloca junto com a discussão do que seja
o belo.
o belo.
 O feio pode aparecer em uma obra de
O feio pode aparecer em uma obra de
arte de duas maneiras.
arte de duas maneiras.
 Em uma primeira, pode surgir como forma
Em uma primeira, pode surgir como forma
(estilo artístico feio).
(estilo artístico feio).
 De outra maneira, pode aparecer como
De outra maneira, pode aparecer como
tema retratado (algo que não seja bonito
tema retratado (algo que não seja bonito
de ser apreciado).
de ser apreciado).
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Isso significa que uma obra de arte
Isso significa que uma obra de arte
pode ser feia?
pode ser feia?
 A resposta é
A resposta é NÃO
NÃO.
.
 Não é nesses termos que se avalia uma
Não é nesses termos que se avalia uma
obra de arte.
obra de arte.
 Elas são avaliadas de acordo com a sua
Elas são avaliadas de acordo com a sua
originalidade e capacidade de mexer com
originalidade e capacidade de mexer com
nossas sensibilidades.
nossas sensibilidades.
 Uma obra somente é feia se o artista não
Uma obra somente é feia se o artista não
atingir os objetivos a que se propôs ao
atingir os objetivos a que se propôs ao
criá-la.
criá-la.
31
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Sobre o gosto
Sobre o gosto
 O gosto, dentro da estética, não é
O gosto, dentro da estética, não é
sinônimo de preferência.
sinônimo de preferência.
 Não devemos optar pelo que
Não devemos optar pelo que preferimos
preferimos
em detrimento do que
em detrimento do que somos
somos.
.
 Agindo dessa maneira fechamos
Agindo dessa maneira fechamos
possibilidades de melhorar e experimentar
possibilidades de melhorar e experimentar
situações novas.
situações novas.
 Para educar nosso gosto devemos querer
Para educar nosso gosto devemos querer
conhecer mais do que preferir.
conhecer mais do que preferir.
32
Profº Raphael Lanzillotte
O que é ter gosto?
O que é ter gosto?
 É saber julgar (uma obra de arte) sem
É saber julgar (uma obra de arte) sem
preconceitos.
preconceitos.
 É deixar a arte modificar nossa
É deixar a arte modificar nossa
concepção de arte e superarmos o
concepção de arte e superarmos o
individual para chegarmos ao universal.
individual para chegarmos ao universal.
 Mikel Dufrenne (Atual) –
Mikel Dufrenne (Atual) – arte se
arte se
entende com olhar livre.
entende com olhar livre.
 Está além do
Está além do saber
saber e da
e da técnica
técnica.
.
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34
Profº Raphael Lanzillotte
Sobre a educação do gosto
Sobre a educação do gosto
 Ela ocorre dentro da experiência estética.
Ela ocorre dentro da experiência estética.
 Para tanto não devemos impor nossas regras à
Para tanto não devemos impor nossas regras à
arte.
arte.
 Deve-se deixar que as obras apresentem as
Deve-se deixar que as obras apresentem as
suas próprias.
suas próprias.
 Porém, educar nosso gosto não é uma tarefa
Porém, educar nosso gosto não é uma tarefa
fácil.
fácil.
 Deve-se começar com obras mais próximas de
Deve-se começar com obras mais próximas de
nós, que agradem ao nosso gosto para depois
nós, que agradem ao nosso gosto para depois
apreciar obras mais complexas.
apreciar obras mais complexas.
35
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36
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Para finalizar...
Para finalizar...
 A vida humana possui diferentes dimensões,
A vida humana possui diferentes dimensões,
especialmente no nosso tempo, que é
especialmente no nosso tempo, que é
caracterizado pela fragmentação.
caracterizado pela fragmentação.
 A filosofia se ocupa em entender profundamente
A filosofia se ocupa em entender profundamente
a totalidade da vida humana, tentando unir essa
a totalidade da vida humana, tentando unir essa
diversidade em um todo coerente.
diversidade em um todo coerente.
 A estética e arte, nesse sentido, são setores de
A estética e arte, nesse sentido, são setores de
grande importância para nossas vidas, pois
grande importância para nossas vidas, pois
estão presentes em nossos julgamentos.
estão presentes em nossos julgamentos.
 Em especial, o nosso tempo requer uma
Em especial, o nosso tempo requer uma
educação e conseqüente valorização das artes,
educação e conseqüente valorização das artes,
em detrimento de um mundo dominado pela
em detrimento de um mundo dominado pela
técnica e pela ciência.
técnica e pela ciência.
37
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Obrigado pela atenção...
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  • 1. ARTE E ESTÉTICA ARTE E ESTÉTICA Prof°. Raphael Lanzillotte Prof°. Raphael Lanzillotte 1
  • 2. O que é estética? O que é estética?  Quando falamos em estética, geralmente Quando falamos em estética, geralmente vem à nossa mente a noção de arte ou de vem à nossa mente a noção de arte ou de gosto (belo ou feio). gosto (belo ou feio).  Realmente a estética envolve tudo isso. Realmente a estética envolve tudo isso.  Podemos dizer que a estética é o campo Podemos dizer que a estética é o campo da filosofia que discute as noções de belo, da filosofia que discute as noções de belo, feio e o gosto das pessoas. feio e o gosto das pessoas. 2 Profº Raphael Lanzillotte
  • 3. Onde utilizamos a estética? Onde utilizamos a estética?  Em praticamente tudo. Em praticamente tudo.  Em nosso dia a dia, quando nos vestimos, Em nosso dia a dia, quando nos vestimos, escolhemos roupas a partir de escolhemos roupas a partir de concepções estéticas. concepções estéticas.  Em nosso trabalho, não apenas na Em nosso trabalho, não apenas na decoração dos ambientes, mas na própria decoração dos ambientes, mas na própria realização das atividades. realização das atividades.  Por exemplo, na Gastronomia existe toda Por exemplo, na Gastronomia existe toda uma estética para apresentar os pratos, uma estética para apresentar os pratos, pois como dizem alguns gastrônomos a pois como dizem alguns gastrônomos a primeira forma de comer é com os olhos. primeira forma de comer é com os olhos. 3 Profº Raphael Lanzillotte
  • 5. Estética e arte Estética e arte  Porém, acima de tudo, é o campo que discute Porém, acima de tudo, é o campo que discute uma das formas específicas de conhecimento uma das formas específicas de conhecimento humano: a arte. humano: a arte.  Arte é uma forma de conhecimento muito Arte é uma forma de conhecimento muito específica, pois ela consiste em uma específica, pois ela consiste em uma interpretação que o artista faz do mundo. interpretação que o artista faz do mundo.  A arte mexe com a imaginação, com aquilo que A arte mexe com a imaginação, com aquilo que pode acontecer e não com aquilo que de fato é. pode acontecer e não com aquilo que de fato é.  Não existe arte verdadeira ou falsa, mas formas Não existe arte verdadeira ou falsa, mas formas de interpretar o mundo. de interpretar o mundo.  E... a quantidade de interpretações que se pode E... a quantidade de interpretações que se pode fazer do mundo são múltiplas. fazer do mundo são múltiplas. 5 Profº Raphael Lanzillotte
  • 7. Sobre a arte Sobre a arte  O valor de uma obra de arte não está no O valor de uma obra de arte não está no copiar a realidade, mas na representação copiar a realidade, mas na representação simbólica que o artista faz do mundo. simbólica que o artista faz do mundo.  Arte é uma forma de conferir sentido à Arte é uma forma de conferir sentido à realidade, como classificar algo como bom realidade, como classificar algo como bom ou ruim. ou ruim.  É uma forma de transformar a experiência É uma forma de transformar a experiência em objeto de conhecimento, em objeto de conhecimento, representando-a simbolicamente. representando-a simbolicamente. 7 Profº Raphael Lanzillotte
  • 9. Obras de arte: Obras de arte: relação artista/público relação artista/público  Para criar uma obra de arte, o artista parte da Para criar uma obra de arte, o artista parte da intuição. intuição.  Isso significa que ele parte do conhecimento Isso significa que ele parte do conhecimento geral do mundo para então transferi-lo para a geral do mundo para então transferi-lo para a obra de arte. obra de arte.  O Público faz o movimento contrário. O Público faz o movimento contrário.  Observa primeiro a obra para então atingir o Observa primeiro a obra para então atingir o mundo representado na obra. mundo representado na obra.  Para isso é preciso treinar a nossa Para isso é preciso treinar a nossa sensibilidade. sensibilidade. 9 Profº Raphael Lanzillotte
  • 11. A Educação da Sensibilidade A Educação da Sensibilidade  A educação da sensibilidade requer o A educação da sensibilidade requer o contato com muitas obras de arte. contato com muitas obras de arte.  Por isso os museus são tão importantes. Por isso os museus são tão importantes. 11 Profº Raphael Lanzillotte
  • 12. Ferramentas Ferramentas para entender a arte: para entender a arte: Disponibilidade Disponibilidade  Disponibilidade Disponibilidade é querer entender a é querer entender a arte. arte.  Para tanto, é preciso, em primeiro lugar, Para tanto, é preciso, em primeiro lugar, deixar de lado preconceitos e também o deixar de lado preconceitos e também o medo de fazer papel de bobo. medo de fazer papel de bobo.  É querer deixar a obra revelar seus É querer deixar a obra revelar seus sentidos para nós. sentidos para nós. 12 Profº Raphael Lanzillotte
  • 13. Ferramentas Ferramentas para entender a arte: para entender a arte: História e História da Arte História e História da Arte  A história possui uma importante função, A história possui uma importante função, pois ela contextualiza a obra de arte. pois ela contextualiza a obra de arte.  Isso significa que a Isso significa que a história história nos mostra nos mostra valores e condições que influenciaram o valores e condições que influenciaram o artista, no momento em que ele produzia. artista, no momento em que ele produzia.  A A história da arte história da arte situa a obra nas situa a obra nas técnicas e na sucessão de escolas e técnicas e na sucessão de escolas e tendências artísticas ao longo do tempo. tendências artísticas ao longo do tempo. 13 Profº Raphael Lanzillotte
  • 15. Algumas formas de arte: Algumas formas de arte: Arte figurativa Arte figurativa  Representa um lugar, pessoa ou objeto Representa um lugar, pessoa ou objeto de modo que não impeça sua de modo que não impeça sua identificação. Pode ser realista ou identificação. Pode ser realista ou estilizada. estilizada. 15 Profº Raphael Lanzillotte
  • 16. Algumas formas de arte: Algumas formas de arte: Arte abstrata Arte abstrata  Cria uma figura que pode apenas existir Cria uma figura que pode apenas existir na imaginação do artista, não tem a na imaginação do artista, não tem a preocupação em representar o real. preocupação em representar o real.  Muitas vezes se utiliza de figuras Muitas vezes se utiliza de figuras geométricas. geométricas. 16 Profº Raphael Lanzillotte
  • 17. Algumas formas de arte: Algumas formas de arte: Arte moderna Arte moderna  Sua principal preocupação é com a Sua principal preocupação é com a mensagem transmitida pelo artista e as mensagem transmitida pelo artista e as formas utilizadas na elaboração da obra. formas utilizadas na elaboração da obra. 17 Profº Raphael Lanzillotte
  • 18. Algumas formas de arte: Algumas formas de arte: Arte contemporânea Arte contemporânea  Designa um movimento diversificado de obras Designa um movimento diversificado de obras de arte, iniciado nos últimos 30 ou 40 anos. de arte, iniciado nos últimos 30 ou 40 anos.  Não existe uma unidade dentro dele, pois as Não existe uma unidade dentro dele, pois as concepções estéticas são plurais, assim como concepções estéticas são plurais, assim como as técnicas e formas utilizadas. as técnicas e formas utilizadas. 18 Profº Raphael Lanzillotte
  • 19. Algumas formas de arte: Algumas formas de arte: Arte de vanguarda Arte de vanguarda  Pessoas que produzem uma arte fora de Pessoas que produzem uma arte fora de alguma corrente artística de seu tempo. alguma corrente artística de seu tempo.  Experimentam novos estilos e maneiras Experimentam novos estilos e maneiras de fazer arte. de fazer arte. 19 Profº Raphael Lanzillotte
  • 20. Sobre a estética: o belo Sobre a estética: o belo  Já vimos que a estética é o ramo da filosofia Já vimos que a estética é o ramo da filosofia que estuda racionalmente o belo. que estuda racionalmente o belo.  Mas afinal o que é o belo? Mas afinal o que é o belo?  Beleza é algo objetivo? Beleza é algo objetivo?  Muda de acordo com o tempo? Muda de acordo com o tempo?  Muda de acordo com o lugar? Muda de acordo com o lugar?  Muda de pessoa para pessoa? Muda de pessoa para pessoa?  A essas e outras questões que muitos filósofos A essas e outras questões que muitos filósofos se dedicaram a responder ao longo da história. se dedicaram a responder ao longo da história. 20 Profº Raphael Lanzillotte
  • 21. O belo para Platão (Séc. V a.C.) O belo para Platão (Séc. V a.C.)  Para Platão, o belo está ligado a uma Para Platão, o belo está ligado a uma essência universal. essência universal.  O belo não depende de quem observa, O belo não depende de quem observa, pois está contido no próprio objeto. pois está contido no próprio objeto.  Esse é o ideal das Academias de Arte. Esse é o ideal das Academias de Arte.  Elas tentam fixar regras para a produção Elas tentam fixar regras para a produção artística a partir de uma determinada artística a partir de uma determinada concepção de belo. concepção de belo. 21 Profº Raphael Lanzillotte
  • 23. O belo para David Hume (Séc. O belo para David Hume (Séc. XVII) XVII)  A A Beleza é algo pessoal. Beleza é algo pessoal.  Portanto, não pode ser discutido Portanto, não pode ser discutido racionalmente. racionalmente.  Como diz o ditado popular: “Gosto não se Como diz o ditado popular: “Gosto não se discute”. discute”. 23 Profº Raphael Lanzillotte
  • 24. O belo para Immanuel Kant O belo para Immanuel Kant (Séc. XVIII) (Séc. XVIII)  O Belo é universal porque julgar algo é O Belo é universal porque julgar algo é uma faculdade de qualquer ser humano. uma faculdade de qualquer ser humano.  Todavia o critério de avaliação não é a Todavia o critério de avaliação não é a razão, mas os sentimentos. razão, mas os sentimentos. 24 Profº Raphael Lanzillotte
  • 25. O belo para Georg Hegel (Séc. O belo para Georg Hegel (Séc. XIX) XIX)  Para Hegel a arte, o gosto e a noção do Para Hegel a arte, o gosto e a noção do que é belo muda de acordo com o tempo que é belo muda de acordo com o tempo (dialética). (dialética).  Portanto, a produção de uma obra ou a Portanto, a produção de uma obra ou a definição de algo como belo depende definição de algo como belo depende mais da cultura de uma determinada mais da cultura de uma determinada época. época.  O que é considerado feio em certo O que é considerado feio em certo período pode ser belo em outro. período pode ser belo em outro. 25 Profº Raphael Lanzillotte
  • 27. O belo para a fenomenologia O belo para a fenomenologia (Séc. XX) (Séc. XX)  A fenomenologia é uma corrente filosófica A fenomenologia é uma corrente filosófica atual. atual.  Para os fenomenólogos a obra é única e Para os fenomenólogos a obra é única e pode ser entendida por meio da pode ser entendida por meio da experiência estética. experiência estética.  Cada coisa tem uma forma singular de Cada coisa tem uma forma singular de beleza. beleza.  Não existe único de estética para se Não existe único de estética para se avaliar tudo. avaliar tudo. 27 Profº Raphael Lanzillotte
  • 29. Mas... e o feio? Mas... e o feio?  A discussão sobre o que é o feio se A discussão sobre o que é o feio se coloca junto com a discussão do que seja coloca junto com a discussão do que seja o belo. o belo.  O feio pode aparecer em uma obra de O feio pode aparecer em uma obra de arte de duas maneiras. arte de duas maneiras.  Em uma primeira, pode surgir como forma Em uma primeira, pode surgir como forma (estilo artístico feio). (estilo artístico feio).  De outra maneira, pode aparecer como De outra maneira, pode aparecer como tema retratado (algo que não seja bonito tema retratado (algo que não seja bonito de ser apreciado). de ser apreciado). 29 Profº Raphael Lanzillotte
  • 31. Isso significa que uma obra de arte Isso significa que uma obra de arte pode ser feia? pode ser feia?  A resposta é A resposta é NÃO NÃO. .  Não é nesses termos que se avalia uma Não é nesses termos que se avalia uma obra de arte. obra de arte.  Elas são avaliadas de acordo com a sua Elas são avaliadas de acordo com a sua originalidade e capacidade de mexer com originalidade e capacidade de mexer com nossas sensibilidades. nossas sensibilidades.  Uma obra somente é feia se o artista não Uma obra somente é feia se o artista não atingir os objetivos a que se propôs ao atingir os objetivos a que se propôs ao criá-la. criá-la. 31 Profº Raphael Lanzillotte
  • 32. Sobre o gosto Sobre o gosto  O gosto, dentro da estética, não é O gosto, dentro da estética, não é sinônimo de preferência. sinônimo de preferência.  Não devemos optar pelo que Não devemos optar pelo que preferimos preferimos em detrimento do que em detrimento do que somos somos. .  Agindo dessa maneira fechamos Agindo dessa maneira fechamos possibilidades de melhorar e experimentar possibilidades de melhorar e experimentar situações novas. situações novas.  Para educar nosso gosto devemos querer Para educar nosso gosto devemos querer conhecer mais do que preferir. conhecer mais do que preferir. 32 Profº Raphael Lanzillotte
  • 33. O que é ter gosto? O que é ter gosto?  É saber julgar (uma obra de arte) sem É saber julgar (uma obra de arte) sem preconceitos. preconceitos.  É deixar a arte modificar nossa É deixar a arte modificar nossa concepção de arte e superarmos o concepção de arte e superarmos o individual para chegarmos ao universal. individual para chegarmos ao universal.  Mikel Dufrenne (Atual) – Mikel Dufrenne (Atual) – arte se arte se entende com olhar livre. entende com olhar livre.  Está além do Está além do saber saber e da e da técnica técnica. . 33 Profº Raphael Lanzillotte
  • 35. Sobre a educação do gosto Sobre a educação do gosto  Ela ocorre dentro da experiência estética. Ela ocorre dentro da experiência estética.  Para tanto não devemos impor nossas regras à Para tanto não devemos impor nossas regras à arte. arte.  Deve-se deixar que as obras apresentem as Deve-se deixar que as obras apresentem as suas próprias. suas próprias.  Porém, educar nosso gosto não é uma tarefa Porém, educar nosso gosto não é uma tarefa fácil. fácil.  Deve-se começar com obras mais próximas de Deve-se começar com obras mais próximas de nós, que agradem ao nosso gosto para depois nós, que agradem ao nosso gosto para depois apreciar obras mais complexas. apreciar obras mais complexas. 35 Profº Raphael Lanzillotte
  • 37. Para finalizar... Para finalizar...  A vida humana possui diferentes dimensões, A vida humana possui diferentes dimensões, especialmente no nosso tempo, que é especialmente no nosso tempo, que é caracterizado pela fragmentação. caracterizado pela fragmentação.  A filosofia se ocupa em entender profundamente A filosofia se ocupa em entender profundamente a totalidade da vida humana, tentando unir essa a totalidade da vida humana, tentando unir essa diversidade em um todo coerente. diversidade em um todo coerente.  A estética e arte, nesse sentido, são setores de A estética e arte, nesse sentido, são setores de grande importância para nossas vidas, pois grande importância para nossas vidas, pois estão presentes em nossos julgamentos. estão presentes em nossos julgamentos.  Em especial, o nosso tempo requer uma Em especial, o nosso tempo requer uma educação e conseqüente valorização das artes, educação e conseqüente valorização das artes, em detrimento de um mundo dominado pela em detrimento de um mundo dominado pela técnica e pela ciência. técnica e pela ciência. 37 Profº Raphael Lanzillotte
  • 38. Obrigado pela atenção... Obrigado pela atenção...38 Profº Raphael Lanzillotte