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Aquíferos
Trabalho elaborado por:
´Cristiana Dias João Almeida João Bastos Mariana Paiva
Recursos Hídricos:
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1 | Introdução .......................................................................................................................................... 3
2 | Distribuição da Água na Terra e Ciclo Hidrológico.............................................................................. 4
3 | Aquíferos
O que são aquíferos? .................................................................................................................... 5
Parâmetros caraterísticos dos aquíferos....................................................................................... 6
Zonas de um aquífero ................................................................................................................... 8
Tipos de aquíferos......................................................................................................................... 9
Hidrogeologia de Portugal ............................................................................................................ 10
4 | Composição Química das águas subterrâneas ................................................................................... 11
5 | Gestão sustentada dos recursos hídricos ........................................................................................... 12
6 | Conclusão............................................................................................................................................ 13
Índice:
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Este trabalho consiste numa abordagem acerca dos Recursos Hídricos e enquadra-se
no subcapítulo «Recursos geológicos – exploração sustentada».
Tendo em conta que a água é um bem vital para toda a biosfera e que o ser humano
não pode sobreviver mais do que poucos dias sem este bem essencial, é de extrema
importância ter consciência de que devemos fazer o nosso melhor para usar este recurso
natural de uma forma sustentável, evitando a sua poluição e permitindo que as gerações
vindouras se possam utilizar dele igualmente, ou seja, devemos procurar promover
incessantemente o desenvolvimento sustentável.
Ao mesmo tempo que aumenta a população, também aumenta a produção de
resíduos e de outros materiais considerados poluentes, pelo que, atualmente, uma das
grandes preocupações do Homem é não só ter acesso a água mas, sobretudo, ter acesso a
água de qualidade.
As rochas podem funcionar como reservatórios de água, armazenando maiores ou
menores quantidades deste líquido consoante as suas características (aquíferos).
Este “armazém natural” é, portanto, uma mais-valia na medida em que pode fornecer
ao ser humano água considerada própria para consumo, daí a importância do estudo desta
temática e conservação dos aquíferos.
Relativamente às águas subterrâneas, embora cerca de dois terços do território
continental português se localizem no Maciço Hespérico, cujos terrenos têm “fraca tendência”
aquífera, os consumos domésticos, industriais e da rega em todo o território nacional
dependem, segundo alguns autores, em cerca de 70 % das águas subterrâneas.
Introdução:
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A água adquire uma importância fundamental na sobrevivência de toda a biosfera.
Desde os animais até as plantas necessitam dela para as suas pequenas atividades diárias.
Superficialmente, a maior parte da água encontra-se nos oceanos e mares, ou seja
água salgada (cerca de 97%). Devido à sua elevada salinidade é muito demoroso e pouco
económico proceder-se ao tratamento desta água, de forma a poder ser passível de ser
consumida.
Por outro lado, os restantes 3 % correspondem a toda a água doce existente na Terra.
É de salientar que desta já escassa percentagem de água doce, grande parte desta
encontra-se no estado sólido ao nível dos glaciares e das calotes polares (cerca de 80%) ,
aproximadamente 20% está armazenada em lençóis freáticos profundos e existe menos de 1%
à superfície. Contudo é de ressalvar que desse 1%, apenas aproximadamente 0,15 % é passível
de ser consumida, de ser utilizada para fins diversos.
A água que se encontra distribuída por diversos reservatórios, sejam eles aquíferos,
glaciares, rios, lagos etc encontra-se num contínuo e interminável movimento, movimento
esse vulgarmente denominado de ciclo hidrológico ou ciclo da água.
Ciclo Hidrológico
Distribuição da Água
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As rochas podem funcionar como um reservatório de água, que, dependendo das suas
características, armazena uma maior ou menor deste líquido.
Um aquífero é uma formação geológica onde é possível o armazenamento e circulação
de água nos espaços vazios deste. Geralmente esta água pode ser utilizada pelo Homem, de
uma forma economicamente rentável e sem impactes ambientais nocivos.
A água que escorre á superfície, resultante de precipitação concentrar-se-á em linhas
de água, que podem formar rios, ribeiras e posteriormente serão desaguados nos mares. Estas
águas superficiais, começam a infiltrar-se no solo, devido à força da gravidade. Apos a
infiltração, a água que não fica retida no solo atinge as zonas de saturação das formações
geológicas, que ira ser o local onde a água fica armazenada e onde se movimentara.
O que é um aquífero?
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A quantidade de água que pode existir numa determinada formação geológica com
possibilidade de construir um aquífero está dependente do volume de espaços vazios
existentes entre a matéria sólida que constitui os respetivos materiais geológicos.
A porosidade é um parâmetro que quantifica a percentagem do volume total da
formação rochosa que é ocupado por espaços intersticiais ( que podem estar preenchidos por
água ou substâncias dissolvidas) e que, grosso modo, traduz a capacidade da rocha em termos
de capacidade de armazenamento de água.
A porosidade depende quer do tamanho quer da forma dos grãos, bem como do grau de
compactação do material geológico. Quanto menos compacta for a rocha maior será o espaço
intersticial entre os grãos.
Estas formações rochosas podem corresponder a rochas porosas, a rochas fissuradas ou
a rochas cársicas.
Rochas porosas são rochas sedimentares detríticas que podem ou não estar
consolidadas que armazém grandes franquias de água nos seus poros.
Rochas fissuradas são rochas cristalinas que não possuem poros entre os grãos dos
minerais, armazenando a água em fraturas.
RochasCársicos sãoaquíferos onde a água circula em cavidades originadas por dissolução
de calcários e dolomitos (e mais raramente de gesso e sal gema). A dissolução acontece por
infiltração das águas pluviais ao longo de fendas ou outras aberturas, onde circulam,
alargando-as constantemente, o que contribui para o aumento da circulação subterrânea e
para a contínua intensificação deste processo.
Parâmetros Caraterísticos dos
Aquíferos
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Também é necessário quantificar outro parâmetro que se relaciona com o movimento
da água no aquífero: a permeabilidade. Este parâmetro avalia a capacidade de movimentação
da água num dado aquífero, ou seja, a velocidade de deslocação da água. Está relacionada com
as dimensões dos poros e com a forma como se estabelece a comunicação entre eles.
As rochas mais permeáveis são sobretudo aquelas que possuem elevada porosidade e
simultaneamente grãos de dimensões mais reduzidas.
A qualidade de uma captação depende quer da porosidade, quer da permeabilidade do
respetivo aquífero. Estes dois parâmetros devem ser tidos em conta quando se pretende
extrair água de um determinado aquífero.
As formações geológicas com alta porosidade e alta permeabilidade constituem bons
aquíferos.
Um terreno muito poroso pode ser muito permeável se os seus poros são grandes e
bem interconectados, tal como sucede nasareias limpas, ou podem ser quase impermeável se
apesar de ter muitos poros, eles forem pequenos e se encontrarem semifechados, como
sucede nas rochas ígneas e metamórficas
Em geral, os terrenos de baixa porosidade tendem a ser pouco permeáveis uma vez que
as conexões entre os poros são difíceis de se estabelecer.
Se, por um lado, o armazenamento e circulação da água dependem da porosidade e da
permeabilidade das formações rochosas, por outro, esta ao circular vai interagindo com as
rochas que atravessa, podendo dissolver uma série de substâncias ou precipitar outras.
Página 8 de 13
Num aquífero livre, o nível máximo que a água atinge num local e num dado momento é
designado por nível freático ou hidrostático (onde a água emerge).
A zona que se situa imediatamente abaixo da
superfície topográfica e acima do nível freático designa-
se por zona de aeração – os espaços vazios entre as
partículas estão preenchidos por gases e por água. Esta
água pode ser utilizada pelas raízes das plantas,
contribuindo para o aumento das reservas de água
subterrânea.
A zona de saturação que apresenta na base uma
camada impermeável pode ser constituída por
diferentes níveis ou camadas de solo ou formações
rochosas, onde todos os interstícios estão preenchidos
por água daí que a designação de zona saturada. O seu
limite superior é o nível freático.
O nível hidrostático pode ser definido como a profundidade a partir da qual aparece a
água. Corresponde ao nível atingido pela agua nos poços. Varia de região para região e dentro
da mesma região varia ao longo do ano.
A água que atinge a zona saturada das rochas, entra em circulação subterrânea e
contribui para um aumento da água armazenada (Recarga dos Aquíferos).
A quantidade de água e a velocidade dependem essencialmente da litologia da região.
Zonas de um Aquífero
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Aquífero livre – formação geológica que permite o armazenamento e a circulação de
água nos espaços vazios dos materiais que a constituem. A zona que contribui para a
realimentação do aquífero denomina-se zona de recarga, correspondente às camadas
superficiais. É aqui que ocorre a infiltração da água. Os aquíferos livres podem ser superficiais
ou subsuperficiais, o que facilita a sua exploração como a sua contaminação.
Durante o seu percurso descendente a água atravessa diversas zonas:
Zona de evapotranspiração – é onde se processam as trocas com a atmosfera,
pode ser por evaporação direta ou por transpiração;
Zona intermédia – zona por onde passa a água que não é libertada através da
evapotranspiração;
Zona capilar – é onde ocorre um imenso movimento ascendente de água a
partir da zona de saturação, por fenómenos de capilaridade.
Num aquífero livre, o nível máximo que a água atinge num local e num dado momento é
designado por nível freático. A zona que se situa imediatamente abaixo da superfície
topográfica e acima do nível freático designa-se por zona de aeração – os espaços vazios entre
as partículas estão preenchidos por gases e por água. Esta água pode ser utilizada pelas raízes
das plantas, contribuindo para o aumento das reservas de água subterrânea.
A zona de saturação que apresenta na base uma camada impermeável pode ser
constituída por diferentes níveis ou camadas de solo ou formações rochosas, onde todos os
espaços vazios estão preenchidos por água. O seu limite superior é o nível freático.
Aquífero confinado ou cativo – formação geológica onde a água se acumula
emovimenta, estando limitada no topo e na base por materiais geológicos impermeáveis. A
recarga deste tipo de aquíferos é feita lateralmente.
Quando a captação de água subterrânea ocorre num aquífero cativo, dado que a água
se encontra a uma pressão superior à pressão atmosférica, a água subirá até à cota
correspondente ao nível hidrostático. Uma captação nestas condições designa-se por captação
artesiana. Se a captação é feita num local onde o nível hidrostático ultrapassa o nível
topográfico, a água extravasa naturalmente a boca da captação, não sendo necessário
qualquer sistema de bombagem. Neste caso a captação é designada por captação artesiana
repuxante.
Tipos de Aquíferos
Página 10 de 13
A distribuição dos recursos hídricos subterrâneos em Portugal continental está
intimamente relacionada com as ações geológicas que moldaram o nosso território. Nas
bacias meso-cenozóicas, ocupadas essencialmente por rochas detríticas ou carbonatadas,
pouco ou nada afetadas por fenómenos de metamorfismo, encontram-se os aquíferos mais
produtivos e com recursos mais abundantes. O Maciço Antigo, constituído fundamentalmente
por rochas eruptivas e metassedimentares, dispõe, em geral, de poucos recursos, embora se
assinalem algumas exceções, normalmente relacionadas com a presença de maciços calcários.
A correspondência entre a distribuição e características dos aquíferos e as unidades
geológicas constituiu a base para o estabelecimento de quatro unidades hidrogeológicas, que
correspondem às quatro grandes unidades morfo-estruturais em que o país se encontra
dividido:
Maciço Antigo, também designado por Maciço Ibérico ou Maciço Hespérico.
“
”
Orla Mesocenozóica Ocidental, abreviadamente designada por Orla Ocidental.
Orla Mesocenozóica Meridional, abreviadamente designada por Orla Meridional.
Bacia Terciária do Tejo-Sado, abreviadamente designada por Bacia do Tejo-Sado.
Hidrogeologia de Portugal
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As águas subterrâneas apresentam características muito próprias e que se relacionam
com o contexto geológico onde são captadas. Estas águas nunca são puras pois vão captando
os minerais do subsolo. As águas variam muito de local para local, como é facilmente provado
pela degustação de vários tipos de águas provenientes de diferentes regiões.
Uma vez que as águas subterrâneas permanecem muito tempo em contacto com as
formações geológicas que atravessam, por vezes é possível estabelecer uma relação entre a
litologia dessas formações e a composição química da água.
As rochas magmáticas e metamórficas fornecem água de boa qualidade a
excelente qualidade, mas as que são captadas em arenitos podem ser mais ricas em sódio.
As formações sedimentares evaporíticas, como por exemplo as de sal-gema,
podem originar águas muito salinas, improprias para consumo.
Certos parâmetros como a composição química e as propriedades terapêuticas de uma
água são importantes critérios para a denominação da água sob o ponto de vista legal.
Em Portugal e de acordo com a legislação, as águas subterrâneas destinadas ao
consumo humano podem ser classificadas como águas minerais naturais ou águas de
nascente.
Outro parâmetro igualmente importante na caracterização da água é a sua dureza.
Esta propriedade da água reflecte o seu teor global em iões alcalino-terrosos, essencialmente
de cálcio e magnésio. A dureza da água é geralmente expressa em mg/l de carbonato de cálcio.
Composição Química das Águas
Subterrâneas
Página 12 de 13
A composição química da água subterrânea é o resultado:
do tipo de água meteórica infiltrada
do tempo de permanência no reservatório geológico
do tipo de materiais geológicos em que circula
da interferência com outros aquíferos ou com água superficiais
da tipologia de ações antrópicas
das metodologias de extração, etc.
Uma das questões das questões vitais que se enfrenta no inicio do século XXI é a de
procurar encontrar uma gestão sustentável dos recursos naturais e em especial das águas
subterrâneas.
A composição química das águas subterrâneas é influenciada por muitos fatores,
como, por exemplo, a natureza e o teor de certos gases da atmosfera, os produtos resultantes
da alteração das rochas, as reações de dissolução e de precipitação que ocorrem no subsolo.
As plantas também influenciam a composição das águas subterrâneas, uma vez que estas
extraem do solo certos componentes químicos e introduzem outros.
As atividades antrópicas podem introduzir impactes negativos muito diversificados e
significativos na composição das águas subterrâneas. Por exemplo, a extração de água
subterrânea de forma não controlada nos aquíferos costeiros pode levar à sua degradação. A
extração de água doce nestes sistemas pode provocar a entrada de água salgada no aquífero
tornando-o, deste modo, improprio para o fornecimento de água.
Gestão Sustentável das Aguas
Subterrâneas
Página 13 de 13
Com a realização deste trabalho ficamos a compreender melhor o que são aquíferos,
que há dois tipos distintos de aquíferos, que os aquíferos são constituídos por várias zonas,
que existem determinados parâmetros que as formações rochosas devem apresentar para que
sejam consideradas bons aquíferos e os mecanismos existentes para captação de águas
subterrâneas.
Para além disto ficamos a par da hidrogeologia portuguesa e ficamos ainda elucidados
quanto à importância dos aquíferos enquanto “armazéns naturais” de recursos hídricos tão
escassos e tão valiosos.
Numa época em que a preservação dos recursos, em especial da água potável, é tão
falada, a protecção dos sistemas aquíferos e das captações torna-se uma tarefa imperativa e
urgente. A sociedade em geral deve, portanto, ser alertada sobre a sua importância e as
entidades responsáveis devem implementar medidas que promovam a sua protecção.
http://www.lneg.pt/download/2848/agua_subterranea.pdf
http://snirh.pt/index.php?idMain=4&idItem=3&idISubtem=link1
http://www.slideshare.net/sandranascimento/v-recursos-hidrcos
http://www.associacaodpga.org/vi_alen_alg_moura_files/Aguas%20subterraneas_ACosta_co
mpleto.pdf
http://hidrogeologia.no.sapo.pt/aquiferos.htm
(Sites consultados a 03/06/2013)
Webgrafia:
Conclusão:

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Trabalho Bioetica e Manipulação Genetica. filosofia
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Aquíferos

  • 1. Página 1 de 13 Aquíferos Trabalho elaborado por: ´Cristiana Dias João Almeida João Bastos Mariana Paiva Recursos Hídricos:
  • 2. Página 2 de 13 1 | Introdução .......................................................................................................................................... 3 2 | Distribuição da Água na Terra e Ciclo Hidrológico.............................................................................. 4 3 | Aquíferos O que são aquíferos? .................................................................................................................... 5 Parâmetros caraterísticos dos aquíferos....................................................................................... 6 Zonas de um aquífero ................................................................................................................... 8 Tipos de aquíferos......................................................................................................................... 9 Hidrogeologia de Portugal ............................................................................................................ 10 4 | Composição Química das águas subterrâneas ................................................................................... 11 5 | Gestão sustentada dos recursos hídricos ........................................................................................... 12 6 | Conclusão............................................................................................................................................ 13 Índice:
  • 3. Página 3 de 13 Este trabalho consiste numa abordagem acerca dos Recursos Hídricos e enquadra-se no subcapítulo «Recursos geológicos – exploração sustentada». Tendo em conta que a água é um bem vital para toda a biosfera e que o ser humano não pode sobreviver mais do que poucos dias sem este bem essencial, é de extrema importância ter consciência de que devemos fazer o nosso melhor para usar este recurso natural de uma forma sustentável, evitando a sua poluição e permitindo que as gerações vindouras se possam utilizar dele igualmente, ou seja, devemos procurar promover incessantemente o desenvolvimento sustentável. Ao mesmo tempo que aumenta a população, também aumenta a produção de resíduos e de outros materiais considerados poluentes, pelo que, atualmente, uma das grandes preocupações do Homem é não só ter acesso a água mas, sobretudo, ter acesso a água de qualidade. As rochas podem funcionar como reservatórios de água, armazenando maiores ou menores quantidades deste líquido consoante as suas características (aquíferos). Este “armazém natural” é, portanto, uma mais-valia na medida em que pode fornecer ao ser humano água considerada própria para consumo, daí a importância do estudo desta temática e conservação dos aquíferos. Relativamente às águas subterrâneas, embora cerca de dois terços do território continental português se localizem no Maciço Hespérico, cujos terrenos têm “fraca tendência” aquífera, os consumos domésticos, industriais e da rega em todo o território nacional dependem, segundo alguns autores, em cerca de 70 % das águas subterrâneas. Introdução:
  • 4. Página 4 de 13 A água adquire uma importância fundamental na sobrevivência de toda a biosfera. Desde os animais até as plantas necessitam dela para as suas pequenas atividades diárias. Superficialmente, a maior parte da água encontra-se nos oceanos e mares, ou seja água salgada (cerca de 97%). Devido à sua elevada salinidade é muito demoroso e pouco económico proceder-se ao tratamento desta água, de forma a poder ser passível de ser consumida. Por outro lado, os restantes 3 % correspondem a toda a água doce existente na Terra. É de salientar que desta já escassa percentagem de água doce, grande parte desta encontra-se no estado sólido ao nível dos glaciares e das calotes polares (cerca de 80%) , aproximadamente 20% está armazenada em lençóis freáticos profundos e existe menos de 1% à superfície. Contudo é de ressalvar que desse 1%, apenas aproximadamente 0,15 % é passível de ser consumida, de ser utilizada para fins diversos. A água que se encontra distribuída por diversos reservatórios, sejam eles aquíferos, glaciares, rios, lagos etc encontra-se num contínuo e interminável movimento, movimento esse vulgarmente denominado de ciclo hidrológico ou ciclo da água. Ciclo Hidrológico Distribuição da Água
  • 5. Página 5 de 13 As rochas podem funcionar como um reservatório de água, que, dependendo das suas características, armazena uma maior ou menor deste líquido. Um aquífero é uma formação geológica onde é possível o armazenamento e circulação de água nos espaços vazios deste. Geralmente esta água pode ser utilizada pelo Homem, de uma forma economicamente rentável e sem impactes ambientais nocivos. A água que escorre á superfície, resultante de precipitação concentrar-se-á em linhas de água, que podem formar rios, ribeiras e posteriormente serão desaguados nos mares. Estas águas superficiais, começam a infiltrar-se no solo, devido à força da gravidade. Apos a infiltração, a água que não fica retida no solo atinge as zonas de saturação das formações geológicas, que ira ser o local onde a água fica armazenada e onde se movimentara. O que é um aquífero?
  • 6. Página 6 de 13 A quantidade de água que pode existir numa determinada formação geológica com possibilidade de construir um aquífero está dependente do volume de espaços vazios existentes entre a matéria sólida que constitui os respetivos materiais geológicos. A porosidade é um parâmetro que quantifica a percentagem do volume total da formação rochosa que é ocupado por espaços intersticiais ( que podem estar preenchidos por água ou substâncias dissolvidas) e que, grosso modo, traduz a capacidade da rocha em termos de capacidade de armazenamento de água. A porosidade depende quer do tamanho quer da forma dos grãos, bem como do grau de compactação do material geológico. Quanto menos compacta for a rocha maior será o espaço intersticial entre os grãos. Estas formações rochosas podem corresponder a rochas porosas, a rochas fissuradas ou a rochas cársicas. Rochas porosas são rochas sedimentares detríticas que podem ou não estar consolidadas que armazém grandes franquias de água nos seus poros. Rochas fissuradas são rochas cristalinas que não possuem poros entre os grãos dos minerais, armazenando a água em fraturas. RochasCársicos sãoaquíferos onde a água circula em cavidades originadas por dissolução de calcários e dolomitos (e mais raramente de gesso e sal gema). A dissolução acontece por infiltração das águas pluviais ao longo de fendas ou outras aberturas, onde circulam, alargando-as constantemente, o que contribui para o aumento da circulação subterrânea e para a contínua intensificação deste processo. Parâmetros Caraterísticos dos Aquíferos
  • 7. Página 7 de 13 Também é necessário quantificar outro parâmetro que se relaciona com o movimento da água no aquífero: a permeabilidade. Este parâmetro avalia a capacidade de movimentação da água num dado aquífero, ou seja, a velocidade de deslocação da água. Está relacionada com as dimensões dos poros e com a forma como se estabelece a comunicação entre eles. As rochas mais permeáveis são sobretudo aquelas que possuem elevada porosidade e simultaneamente grãos de dimensões mais reduzidas. A qualidade de uma captação depende quer da porosidade, quer da permeabilidade do respetivo aquífero. Estes dois parâmetros devem ser tidos em conta quando se pretende extrair água de um determinado aquífero. As formações geológicas com alta porosidade e alta permeabilidade constituem bons aquíferos. Um terreno muito poroso pode ser muito permeável se os seus poros são grandes e bem interconectados, tal como sucede nasareias limpas, ou podem ser quase impermeável se apesar de ter muitos poros, eles forem pequenos e se encontrarem semifechados, como sucede nas rochas ígneas e metamórficas Em geral, os terrenos de baixa porosidade tendem a ser pouco permeáveis uma vez que as conexões entre os poros são difíceis de se estabelecer. Se, por um lado, o armazenamento e circulação da água dependem da porosidade e da permeabilidade das formações rochosas, por outro, esta ao circular vai interagindo com as rochas que atravessa, podendo dissolver uma série de substâncias ou precipitar outras.
  • 8. Página 8 de 13 Num aquífero livre, o nível máximo que a água atinge num local e num dado momento é designado por nível freático ou hidrostático (onde a água emerge). A zona que se situa imediatamente abaixo da superfície topográfica e acima do nível freático designa- se por zona de aeração – os espaços vazios entre as partículas estão preenchidos por gases e por água. Esta água pode ser utilizada pelas raízes das plantas, contribuindo para o aumento das reservas de água subterrânea. A zona de saturação que apresenta na base uma camada impermeável pode ser constituída por diferentes níveis ou camadas de solo ou formações rochosas, onde todos os interstícios estão preenchidos por água daí que a designação de zona saturada. O seu limite superior é o nível freático. O nível hidrostático pode ser definido como a profundidade a partir da qual aparece a água. Corresponde ao nível atingido pela agua nos poços. Varia de região para região e dentro da mesma região varia ao longo do ano. A água que atinge a zona saturada das rochas, entra em circulação subterrânea e contribui para um aumento da água armazenada (Recarga dos Aquíferos). A quantidade de água e a velocidade dependem essencialmente da litologia da região. Zonas de um Aquífero
  • 9. Página 9 de 13 Aquífero livre – formação geológica que permite o armazenamento e a circulação de água nos espaços vazios dos materiais que a constituem. A zona que contribui para a realimentação do aquífero denomina-se zona de recarga, correspondente às camadas superficiais. É aqui que ocorre a infiltração da água. Os aquíferos livres podem ser superficiais ou subsuperficiais, o que facilita a sua exploração como a sua contaminação. Durante o seu percurso descendente a água atravessa diversas zonas: Zona de evapotranspiração – é onde se processam as trocas com a atmosfera, pode ser por evaporação direta ou por transpiração; Zona intermédia – zona por onde passa a água que não é libertada através da evapotranspiração; Zona capilar – é onde ocorre um imenso movimento ascendente de água a partir da zona de saturação, por fenómenos de capilaridade. Num aquífero livre, o nível máximo que a água atinge num local e num dado momento é designado por nível freático. A zona que se situa imediatamente abaixo da superfície topográfica e acima do nível freático designa-se por zona de aeração – os espaços vazios entre as partículas estão preenchidos por gases e por água. Esta água pode ser utilizada pelas raízes das plantas, contribuindo para o aumento das reservas de água subterrânea. A zona de saturação que apresenta na base uma camada impermeável pode ser constituída por diferentes níveis ou camadas de solo ou formações rochosas, onde todos os espaços vazios estão preenchidos por água. O seu limite superior é o nível freático. Aquífero confinado ou cativo – formação geológica onde a água se acumula emovimenta, estando limitada no topo e na base por materiais geológicos impermeáveis. A recarga deste tipo de aquíferos é feita lateralmente. Quando a captação de água subterrânea ocorre num aquífero cativo, dado que a água se encontra a uma pressão superior à pressão atmosférica, a água subirá até à cota correspondente ao nível hidrostático. Uma captação nestas condições designa-se por captação artesiana. Se a captação é feita num local onde o nível hidrostático ultrapassa o nível topográfico, a água extravasa naturalmente a boca da captação, não sendo necessário qualquer sistema de bombagem. Neste caso a captação é designada por captação artesiana repuxante. Tipos de Aquíferos
  • 10. Página 10 de 13 A distribuição dos recursos hídricos subterrâneos em Portugal continental está intimamente relacionada com as ações geológicas que moldaram o nosso território. Nas bacias meso-cenozóicas, ocupadas essencialmente por rochas detríticas ou carbonatadas, pouco ou nada afetadas por fenómenos de metamorfismo, encontram-se os aquíferos mais produtivos e com recursos mais abundantes. O Maciço Antigo, constituído fundamentalmente por rochas eruptivas e metassedimentares, dispõe, em geral, de poucos recursos, embora se assinalem algumas exceções, normalmente relacionadas com a presença de maciços calcários. A correspondência entre a distribuição e características dos aquíferos e as unidades geológicas constituiu a base para o estabelecimento de quatro unidades hidrogeológicas, que correspondem às quatro grandes unidades morfo-estruturais em que o país se encontra dividido: Maciço Antigo, também designado por Maciço Ibérico ou Maciço Hespérico. “ ” Orla Mesocenozóica Ocidental, abreviadamente designada por Orla Ocidental. Orla Mesocenozóica Meridional, abreviadamente designada por Orla Meridional. Bacia Terciária do Tejo-Sado, abreviadamente designada por Bacia do Tejo-Sado. Hidrogeologia de Portugal
  • 11. Página 11 de 13 As águas subterrâneas apresentam características muito próprias e que se relacionam com o contexto geológico onde são captadas. Estas águas nunca são puras pois vão captando os minerais do subsolo. As águas variam muito de local para local, como é facilmente provado pela degustação de vários tipos de águas provenientes de diferentes regiões. Uma vez que as águas subterrâneas permanecem muito tempo em contacto com as formações geológicas que atravessam, por vezes é possível estabelecer uma relação entre a litologia dessas formações e a composição química da água. As rochas magmáticas e metamórficas fornecem água de boa qualidade a excelente qualidade, mas as que são captadas em arenitos podem ser mais ricas em sódio. As formações sedimentares evaporíticas, como por exemplo as de sal-gema, podem originar águas muito salinas, improprias para consumo. Certos parâmetros como a composição química e as propriedades terapêuticas de uma água são importantes critérios para a denominação da água sob o ponto de vista legal. Em Portugal e de acordo com a legislação, as águas subterrâneas destinadas ao consumo humano podem ser classificadas como águas minerais naturais ou águas de nascente. Outro parâmetro igualmente importante na caracterização da água é a sua dureza. Esta propriedade da água reflecte o seu teor global em iões alcalino-terrosos, essencialmente de cálcio e magnésio. A dureza da água é geralmente expressa em mg/l de carbonato de cálcio. Composição Química das Águas Subterrâneas
  • 12. Página 12 de 13 A composição química da água subterrânea é o resultado: do tipo de água meteórica infiltrada do tempo de permanência no reservatório geológico do tipo de materiais geológicos em que circula da interferência com outros aquíferos ou com água superficiais da tipologia de ações antrópicas das metodologias de extração, etc. Uma das questões das questões vitais que se enfrenta no inicio do século XXI é a de procurar encontrar uma gestão sustentável dos recursos naturais e em especial das águas subterrâneas. A composição química das águas subterrâneas é influenciada por muitos fatores, como, por exemplo, a natureza e o teor de certos gases da atmosfera, os produtos resultantes da alteração das rochas, as reações de dissolução e de precipitação que ocorrem no subsolo. As plantas também influenciam a composição das águas subterrâneas, uma vez que estas extraem do solo certos componentes químicos e introduzem outros. As atividades antrópicas podem introduzir impactes negativos muito diversificados e significativos na composição das águas subterrâneas. Por exemplo, a extração de água subterrânea de forma não controlada nos aquíferos costeiros pode levar à sua degradação. A extração de água doce nestes sistemas pode provocar a entrada de água salgada no aquífero tornando-o, deste modo, improprio para o fornecimento de água. Gestão Sustentável das Aguas Subterrâneas
  • 13. Página 13 de 13 Com a realização deste trabalho ficamos a compreender melhor o que são aquíferos, que há dois tipos distintos de aquíferos, que os aquíferos são constituídos por várias zonas, que existem determinados parâmetros que as formações rochosas devem apresentar para que sejam consideradas bons aquíferos e os mecanismos existentes para captação de águas subterrâneas. Para além disto ficamos a par da hidrogeologia portuguesa e ficamos ainda elucidados quanto à importância dos aquíferos enquanto “armazéns naturais” de recursos hídricos tão escassos e tão valiosos. Numa época em que a preservação dos recursos, em especial da água potável, é tão falada, a protecção dos sistemas aquíferos e das captações torna-se uma tarefa imperativa e urgente. A sociedade em geral deve, portanto, ser alertada sobre a sua importância e as entidades responsáveis devem implementar medidas que promovam a sua protecção. http://www.lneg.pt/download/2848/agua_subterranea.pdf http://snirh.pt/index.php?idMain=4&idItem=3&idISubtem=link1 http://www.slideshare.net/sandranascimento/v-recursos-hidrcos http://www.associacaodpga.org/vi_alen_alg_moura_files/Aguas%20subterraneas_ACosta_co mpleto.pdf http://hidrogeologia.no.sapo.pt/aquiferos.htm (Sites consultados a 03/06/2013) Webgrafia: Conclusão: