2. Termos importantes
Servus & serva – escravo
Vernus & verna – escravo nascido em casa
Fugitivus & fugitiva- escravo fugitivo
Libertus & liberta- homem livre/mulher livre
Libertinus & libertina- filho de um escravo livre
Dominus & domina- senhor & senhora
Manussimio – libertar um escravo (alforriar)
Peculium – dinheiro guardado pelos escravos para
comprarem sua liberdade
FVG – abreviação de fugitivus, marcado na testa
dos escravos que fugiam de seus mestres
7. Homens livres
Vários trabalhavam como artesãos
e comerciantes
Haviam sido liberados da
escravidão.
Tinham poucos direitos.
Podiam possuir pequenas lojas e
fazendas.
9. Quem eram os escravos?
Novos escravos normalmente chegavam ao sistema
através da guerra ou através de dívidas.
Esses escravos podiam ser de todas etnias e 0rigens
econômicas. Por exemplo, funcionários e oficiais de
inimigos conquistados podiam se tornar escravos.
Crianças nascidas de uma mãe escrava automaticamente
se tornavam escravos, ainda que seus pais fossem livres.
Todos os escravos eram considerados propriedades,
segundo a lei romana. Nenhum deles tinham direitos,
pois não eram considerados pessoas jurídicas.
Levavam muitos anos para guardar dinheiro suficiente
para sair da escravidão.
10. Como era a vida dos escravos
As piores condições de vida eram para os escravos sem
habilidades, que trabalhavam em grandes fazendas ou
(ainda pior) em minas ou em outros locais onde tinham
uma expectativa vida baixíssima.
Mas os escravos gregos e romanos viviam em uma
situação bem melhor do que muitas pessoas livres,
porém em situações econômicas desfavoráveis.
Alguns escravos trabalhavam como professores,
doutores, artistas, secretários, etc.
Alguns que trabalhavam para o Imperador ou para
outras pessoas ricas e influentes se tornavam ricos
também.
11. Origens da escravidão
A escravidão romana começou quando o legendário
fundador Rômulo deu aos ‘pais romanos’ o direito de
vender suas próprias crianças como escravos. A
escravidão cresceu junto a expansão do Estado
Romano.
A posse de escravos se difundiu a partir da Segunda
Guerra Púnica (218-201 a.C.) até o século 4 d.C.
O colapso do Império Selêucida resultou num
enorme comércio de escravos.
12. Origens da escravidão
As Doze Tabelas tinham breves referências a
escravidão, o que indicava que a instituição já era de
longa data.
A escravidão era um aspecto do ius gentium (lei das
nações), segundo o jurista Ulpiano (2 d.C.).
Todos seres humanos nasciam livres (liberi) pela lei
natural, mas a escravidão era prática comum a todas
nações.
Após as guerras, a nação vitoriosa teria direito sob o
ius gentium de escravizar a população derrotada.
13. A escravidão e a guerra
Grande parte dos escravos romanos eram adquiridos
através das guerras.
Fontes antigas indicam que o número de escravos em
cada guerra ia de centenas até dezenas de milhares.
Tais guerras incluem as grandes guerras de
conquistas desde o período monárquico até o
período imperial.
Os prisioneiros tomados ou retomados depois das
três Guerras Servis Romanas (135-132, 104-100 e 73-
71 a.C., respectivamente) também contribuíam para
o fornecimento de escravos.
15. As Guerras Servis
Primeira Guerra Servil: 135 a.C. – 132 a.C. na Sicília,
liderada por Eunus e Cleon.
Segunda Guerra Servil: 104 a.C. – 100 a.C. na Sicília,
liderada por Athenion e Tryphon.
Terceira Guerra Servil: 73 a.C. – 71 a.C. , liderada por
Spartacus.
16. Primeira Guerra Servil
Essa guerra começou através de revoltas de escravos
em Enna, na ilha da Sicília.
Foi liderada por Eunus, um antigo escravo que se
dizia profeta, e por Cleon, um ciliciano, que se
tornou comandante militar de Eunus.
Após algumas batalhas pequenas ganhas pelos
escravos, um grande exército romano chegou a
Sicília e derrotou os rebeldes.
Cerca de 200,000 pessoas se juntaram a rebelião,
incluindo homens, mulheres e possivelmente
crianças, segundo Diodorus Siculus.
17. Segunda Guerra Servil
O Cônsul Gaius Marius recrutava para sua eventual
guerra contra os Cimbri. Ele pediu suporte para o Rei
Nicomedes III da Bithynia.
As tropas adicionais dos aliados italianos não
recebiam suprimentos, devido ao fato de que
coletores romanos de impostos haviam escravizado
italianos que não podiam pagar suas dívidas.
Marius decretou que todos italianos deveriam ser
libertados, o que fez os escravos não-italianos se
rebelarem.
18. Segunda Guerra Servil
Um escravo chamado Salvius seguiu os passos de
Eunus, lutando por seus direitos e se tornou líder da
rebelião. Ele assumiu o nome de Tryphon.
Ele juntou um exército de milhares de escravos
treinados e equipados e seguiu para o oeste da
Sicília.
O Cônsul romano Manius Aquillius reprimiu a
revolta depois de muito esforço.
19. Terceira Guerra Servil
A terceira guerra servil também é conhecida como a
Guerra dos Gladiadores ou como a Guerra de Spartacus.
Essa foi a única guerra servil a ameaçar o coração da
Itália.
Haviam cerca de 120,000 escravos fugidos e gladiadores
contra cerca de 3,000 membros de milícias e 8 legiões
romanas.
A terceira rebelião acabou através de um concentrado
esforço militar de um único comandante, Marcus
Licinius Crassus, ainda que a rebelião continuasse a ter
efeitos indiretos na política romana por muitos anos.
25. Piratas!
A pirataria tem uma longa história junto ao comércio de
escravos.
Na Cilicia, piratas operavam impunemente, tendo como
base diversas fortalezas.
Pompéia ‘erradicou’ a pirataria do Mediterrâneo em 67
d.C.
Porém, a pirataria continuou sob controle do Império
Romano e continuou como uma instituição estável.
O sequestro através da pirataria continuou a contribuir
imensamente para o fornecimento de escravos para
Roma.
26. Economia e Comércio
Durante o período de expansão, durante o Império
Romano, a escravidão transformou a economia.
Delos se tornou um dos maiores ‘mercados de
escravos’, depois que se tornou um porto livre em
166 a.C.
Muitos escravos que chegavam a Itália eram
comprados por donos de terra ricos que precisavam
de muitos escravos para trabalhar em suas fazendas.
27. Tipos de trabalho
Os escravos podiam ter muitos trabalhos, que
podiam ser divididos em cinco categorias: doméstico,
público, artesanato, agricultura e mineração.
Servus publicus eram escravos que pertenciam não a
pessoas, e sim ao povo Romano. Os escravos
públicos trabalhavam em templos e outros prédios
públicos.
Alguns desses escravos podiam adquirir reputação
ou influência e diversas vezes foram alforriados
(manumission).
29. Tipos de trabalho
Muitos escravos eram condenados a trabalhar nas
minas ou pedreiras, onde as condições de vida eram
brutais.
Damnati in metallum (‘aqueles condenados a mina’)
eram presos que perderam suas liberdades como
cidadãos (libertas) e se tornaram servi poenae,
escravos como punição legal.
Estes escravos não podiam comprar sua liberdade,
serem vendidos ou libertados. Eles deveriam viver e
morrer nas minas.
30. Tipos de trabalho
Na República, metade dos gladiadores que lutavam
nas arenas romanas eram escravos.
Gladiadores bem sucedidos eram ocasionalmente
presenteados com suas liberdades.
Porém, gladiadores, sendo guerreiros treinados e
tendo acesso a armas, eram os escravos mais
perigosos.
Um bom exemplo de gladiador escravo era
Spartacus, que liderou a Terceira Guerra Servil.
31. O aumento dos direitos dos escravos
Diversos imperadores começaram a garantir mais
direitos aos escravos conforme o Império crescia:
Claudius anunciou que se um escravo era
abandonado por seu mestre, ele se tornava livre.
Nero garantiu aos escravos o direito de denunciar
seus mestres em corte.
E, graças a Antoninus Pius, um mestre que matasse
seu escravos em justa causa poderia ser acusado de
homicídio.
32. Emancipação
O ato de libertar um escravo era chamado de
manussimio, que literalmente significa ‘enviar para
fora da mão’.
A libertação do escravo era uma cerimônia pública,
feita por algum tipo de oficial público, normalmente
um juiz.
Uma touca de feltro chamada Pileus era dada para o
antigo escravo como símbolo da sua liberdade recém
adquirida.
33. Escravos libertados
Um escravo libertado era um libertus de seu antigo
mestre, que se tornava seu patrono (patronus).
Como uma classe social, os antigos escravos eram
chamados de libertinis. Os homens podiam votar e
participar da política, mas não podiam concorrer a
nenhum cargo e nem ser admitidos na classe senatorial.
Já os filhos dos antigos escravos tinham todos os direitos
de um cidadão romano, sem restrições.
Muitos homens livres se tornaram muito poderosos.
Vários deles tinham importantes papéis no governo
romano.
35. Referências bibliográficas
THE WORLD OF THE ANCIENT ROMANS. Disponível em
http://is.gd/TheWorldofAncientRomans. Acessado em 12 jun.
2015.
SLAVERY IN ANCIENT ROME. Disponível em
http://is.gd/SlaveryInAncientRome. Acessado em 12 jun.
2015.
CICERO. Epistulae Ad Familiares.
CICERO. Cartas para Atticus.
CICERO. Cartas para amigos.
ARNOLD. História Romana.
SHAW, Brent. Spartacus e as Guerras Servis.
LIVIUS, Titus. A História de Roma.
PLUTARCO. A Vida de Crassus.
Notas del editor
Segundo Dionísio de Halicarnasso (primeira parte)
Segundo o geógrafo grego Estrabão (terceira parte)
Eunus era um artista em simpósios. Dizia que um dia os papéis se inverteriam e ele governaria a aristocracia. Dizia que os que davam gorjetas seriam poupados. E, quando ocorreu a Primeira Guerra Servil, Eunus poupou diversos homens que haviam lhe dado gorjeta.
Porém, os inimigos diziam que quem realmente merecia crédito pelas vitórias era Cleon, o ciciliano.
Mas Eunus manteu sua posição de liderança através da guerra. Cleon caiu em batalha durante a guerra e Eunus foi capturado e levado a cidade de Morgantina, mas morreu antes de ser punido.
O nome Tryphon é homenagem a Diodotus Tryphon, um governante selêucida.
Cada legião romana possuia de 32,000 até 48,000 soldados (compostos de infantaria+auxiliares).
Entre os revoltosos, existiam muitos que não eram combatentes.
Os revoltosos (e Spartacus também, provavelmente) foram crucificados na Via Ápia, a principal estrada ao sul de Roma.
Ainda que a economia dependesse dos escravos, Roma não era a nação mais dependente de escravos. Seugndo Heródoto, a classe escrava dos helotas superavam os livres espartanos de 7 a 1.
Epitáfios mostram que haviam pelo menos 55 trabalhos diferentes para um escravo doméstico (como barbeiro, cozinheiro, cabeleireiro, professor, enfermeiro, físico, etc).
Na libertação, o dono do escravo tocava na cabeça do escravo com um bastão ou bengala (if you know what I mean) e então o escravo estava livre para ir embora.
Os escravos eram libertados por várias razões, como boas ações para os donos, por amizade com os donos ou respeito com eles. Comprar a liberdade também era possível.
Existiam métodos mais simples, como simplesmente proclamar a liberdade do escravo na frente dos amigos e família.