1) O documento discute técnicas introdutórias de cálculo para pessoas com deficiência visual usando o soroban, incluindo sua origem, estrutura, registros numéricos e cálculos.
2) É destacada a importância do pré-soroban e jogos para desenvolver conceitos matemáticos e o pensamento lógico-matemático de estudantes cegos.
3) As facilidades do soroban incluem cálculos rápidos, inclusão em sala de aula regular e autonomia para a vida cot
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Ensino do Soroban para Deficientes Visuais
1. CENTRO DE APOIO PEDAGÓGICO
À PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
PROFESSORA CÁTIA MARIA PAIM DA
CRUZ
SOROBAN
Técnicas Introdutórias de Cálculo para
Pessoas com Deficiência Visual
Profª M.s. Adriana da Paixão Santos
Prof. Esp. José Márcio Soares Nunes
Salvador - 2022
2. Estudo dos aspectos históricos, legais e conceituais do soroban. Origem, descrição e
definição do Soroban. Orientação para a postura correta e posição dos dedos no uso
do Soroban. Caracterização e reconhecimento das classes, ordens numéricas e
sistema de numeração decimal no Soroban. Demonstração de registro de números
naturais e decimais. Desenvolvimento de cálculos simples e complexos e criação de
estratégias para a dinamização dos cálculos no Soroban. Compreensão da
importância do Soroban no processo de ensino/aprendizagem da matemática para o
estudante com deficiência visual na escola inclusiva e a função do professor na
produção de adaptações que facilitem o desenvolvimento de pensamento lógico-
matemático. Reflexão sobre as estratégias metodológicas e avaliativas que envolvem
o processo de ensino/aprendizagem do soroban. Reflexão sobre os impactos
socioeducacionais provocados pelo uso do soroban nas atividades escolares e
cotidianas da pessoa com deficiência visual. Estabelecimento de correlações entre o
Atendimento Educacional Especializado (AEE) desenvolvido pelo professor e as
possibilidades de autonomia e independência do estudante no uso dos recursos de
tecnologia assistiva.
Ementa
3. • Apresentar elementos teóricos e práticos sobre o ensino do Soroban,
visando a melhoria e ampliação dos serviços de atendimento para o
estudante com deficiência visual;
• Favorecer a aplicação do uso correto das técnicas de operacionalização do
Soroban;
• Possibilitar o uso do Soroban como principal ferramenta de ensino da
Matemática para alunos com deficiência visual;
• Estimular o professor de AEE a desenvolver as atividades escolares do
estudante com deficiência visual com o uso simultâneo e complementar do
soroban.
Possibilitar ao professor que atua no Atendimento Educacional Especializado
a compreensão das técnicas de uso do soroban, visando perceber a
influência desses recursos de tecnologia assistiva no desenvolvimento das
atividades escolares e cotidianas do estudante com deficiência visual.
Objetivo geral
Objetivos específicos
4. Origem, descrição e definição do Soroban. Orientação para a postura
correta e posição dos dedos no uso do Soroban. Construção dos conceitos
matemáticos (pré-soroban). Desenvolvimento de aspectos psicomotores
(Coordenação motora, direção gráfica, destreza manual, relação espacial,
percepção tátil). Caracterização e reconhecimento das classes, ordens
numéricas e sistema de numeração decimal no Soroban. Demonstração de
registro de números naturais e decimais. Desenvolvimento de cálculos
simples e complexos e criação de estratégias para a dinamização dos
cálculos no Soroban. Comparação entre a técnica ocidental e oriental (valor
absoluto). Reflexão sobre as estratégias metodológicas e avaliativas que
envolvem o processo de ensino/aprendizagem do soroban.
Conteúdos
5. 27/09:
Aspectos históricos e legais do soroban
A construção do número: Pré-Soroban
Descrição, nomenclatura e registro de números no soroban
28/09:
Adição e Subtração de números inteiros e decimais
Multiplicação e Divisão de números inteiros e decimais
29/09:
Revisão
Apresentação de jogos lógicos acessíveis
Aulas
6. 27/09:
Aspectos históricos e legais do soroban
A construção do número: Pré-Soroban
Descrição, nomenclatura e registro de números no soroban
Aula 1
7. ORIGEM DO SOROBAN
■ Babilônia - Mesopotâmia
■ Romanos - gregos
■ China - Japão
O nome Soroban (com "N") foi trazido ao Brasil por imigrantes
japoneses no começo do século XX. Originalmente Kambei Moori
leva para o Japão o Suan Pan (ábaco chinês) e um pequeno manual,
iniciando os seus estudos sozinho com este instrumento. Em 1622
publica o seu primeiro livro "Embrião do Soroban".
Aspectos históricos e legais do Soroban
8. • Portaria 657 de 07 de março de 2002
Institui a Comissão Brasileira de estudos e pesquisas do Soroban.
• Portaria 1.010 de 10 de maio de 2006
Institui o soroban como recurso específico indispensável para
desenvolvimento de cálculos pelo aluno com deficiência visual.
Aspectos históricos e legais do Soroban
9. • Brasílio Starepravo
• Manoel Costa Carnayba
• Jonir Bechara Cerqueira
• Olemar da Silva Costa
• Gildo Soares da Silva
• Aristides Antônio dos Santos
• Maria Auxiliadora Rabello
Soroban - Brasil
10. Adequação de um novo método para atender às necessidades do
processo de ensino-aprendizagem da matemática da cultura
ocidental tendo como base o método original.
Estudiosas:
•Catarina Bernarda Soledade de Macêdo
•Avani Fernandes Villas Boas Nunes;
•Sílvia Duarte.
•Elvira Pires
•Elma Monteiro
•Sônia Maria Barbosa dos Reis.
Soroban - Bahia
11. Publicações oficiais:
BRASIL. A construção do conceito de número e o pré-soroban.
Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial,
2006. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/pre_soroban.pdf.
BRASIL. Soroban: manual de técnicas operatórias para pessoas
com deficiência visual. Brasília: Secretaria de Educação Especial –
Brasília: SEESP, 2009.
NUNES, Avani Fernandes Villas Boas et al. Soroban para deficientes
visuais: cálculo direto para operações matemáticas. Salvador:
Secretaria de Educação do Estado da Bahia, 1998.
Aspectos históricos e legais do Soroban
12. Aspectos históricos e legais do Soroban
Ábaco - Teve origem provavelmente na
mesopotâmia, há mais de 5.500 anos.
Soroban japonês - originalmente
chinês, e levado para o Japão em torno
de 1600 d.C..
Suanpan (ábaco chinês) - Criado
provavelmente entre 770-476 a.C..
13. Quipos (ou Quipu) - Povo Inca.
Provável: século XV
Aspectos históricos e legais do Soroban
14. Quipos (ou Quipu) - Povo Inca.
Aspectos históricos e legais do Soroban
15. Dificuldades de uso:
• Demora na identificação dos
sinais e no encaixe dos
cubos;
• Material móvel composto de
cubos que viravam
frequentemente, inutilizando
operações quase concluídas;
• Dificuldade da aquisição do
instrumento, por falta de
fabricação em face do
aparecimento do soroban.
Aspectos históricos e legais do Soroban
Cubaritmo - Origem
desconhecida.
16. Ao longo da história o ensino do soroban tem se revelado
abstrato e dissociado da vida das pessoas cegas, tanto quanto
é a própria Matemática numa versão tradicional que ainda é
tão predominante em nossas
escolas.
O conjunto de regras constantes nas metodologias ora vigentes
para o ensino do soroban, somado às próprias regras inerentes
ao ensino da Matemática, faz com que o domínio desse
aparelho por pessoas com deficiência visual converta-se em
algo rígido, enfadonho e pouco prazeroso.
O Pré-Soroban, conjunto de subsídios teórico-práticos, deriva
das novas tendências metodológicas que repensam o ensino da
Matemática
A construção do número: Pré-Soroban
17. Pensamento Lógico-matemático
Os elementos primordiais envolvidos na formação do conceito de número
são:
• Classificação e Seriação/Ordenação: Classificação: capacidade de
reconhecer classes de objetos por suas características comuns e de
usá-las ao estabelecer relações lógicas; Seriação ou ordenação:
habilidade de sistematizar objetos seguindo certa ordem.
• Correspondência termo a termo: habilidade de corresponder um objeto
a outro para um princípio de contagem ainda elementar;
• Reversibilidade: capacidade de regressar ao ponto de partida, quer seja
pela “negação”, “inversão” ou pela “reciprocidade”.
A construção do número: Pré-Soroban
18. • Contagem (em diferentes bases): habilidade de “contar” objetos,
ou seja, de corresponder palavras e objetos; ou objetos e objetos
numa abstração reflexiva.
• Conservação: conservação de quantidades contínuas (massa e
líquido) e descontínuas (objetos considerados um a um), peso e
volume (tomado enquanto relação entre massa e líquido), e
conservação espacial: comprimento, superfície ou área e volume
espacial.
• Inclusão e intersecção de classes
• Sequência lógica.
A construção do número: Pré-Soroban
19. O PAPEL DOS JOGOS NA CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO
SIMBÓLICO
• Como se processa o desenvolvimento do pensamento cognitivo em
crianças cegas ou com baixa visão?
• Que aspectos devem ser levados em conta para favorecer esse
desenvolvimento?
• Qual a importância de se compreender e de se oportunizar essa
forma diferente de interação com o meio?
Segundo Amiralian (1997), a formação de conceitos, a capacidade
classificatória, o raciocínio, as representações mentais e outras
funções cognitivas revelam-se como fatores críticos para a educação
de crianças cegas ou com baixa visão.
A construção do número: Pré-Soroban
20. O PAPEL DOS JOGOS NA CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO
SIMBÓLICO
Os jogos possibilitam a agilidade mental, a iniciativa e a
curiosidade presentes nas diversas situações que se estendem
naturalmente para assuntos acadêmicos. Assim, as estruturas
aritméticas, em geral, construídas também pelo processo de
abstração reflexiva, podem ser propiciadas e incentivadas pelos
jogos com regras, realizados preferencialmente em grupo
(KAMII, 1991).
A construção do número: Pré-Soroban
21. Exemplo de jogo 1:
Detetive numérico.
9, 11, 13, 15, 17, _______, _____
9, 16, 23, 30, 37, _______, _______
30, 35, _______, 38, 36, _______
122, 120, 115, 113, 108, _______
7, 20, 46, 94, 167, _______, _______
Qual (Quais) conceito(s) pode(m) ser trabalhando(s)?
A construção do número: Pré-Soroban
22. Exemplo de jogo 2:
Qual (Quais) conceito(s) pode(m)
ser trabalhando(s)?
A construção do número: Pré-Soroban
23. Exemplo de jogo 3:
Tangram
Qual (Quais) conceito(s) pode(m)
ser trabalhando(s)?
A construção do número: Pré-Soroban
24. •Melhorar a concentração e memorização, sobretudo para números;
•Apurar a visualização e inspiração, tanto de alunos quanto de
professores;
•Observação mais atenta;
•Rapidez no processamento de informações;
•Aumento da “velocidade auditiva”;
•Desenvolvimento da capacidade criativa do professor;
•Cálculo mental.
O que esperamos melhorar trabalhando com o Soroban?
29. •Cálculo rápido, sem impedir o raciocínio;
•Inclusão do aluno com deficiência visual em classe regular, numa
participação efetiva e igualitária;
•Oferece envolvimento pedagógico ao praticante, auxiliando a
solucionar os cálculos da vida cotidiana, resolvendo operações
simples e estimando os resultados mais complexos;
•Oferece a oportunidade de desenvolver mentes, tornando o ensino
do soroban uma força motriz para criação de outras máquinas a
serviço do próprio homem, portanto cada qual tem sua função.
Facilidades de uso
30. 1) Começar registrando números de 1 a 10.
2) Registrar números de 40 a 100: 49; 55; 72; 85; 96.
3) Explorar a construção de números acima de 100.
4) Treinar o registro nas diferentes classes do Soroban.
Lembrar de zerar o soroban a cada registro.
103 na 1ª classe; 28 na 2ª classe; 957 na 3ª classe; 55 na 5ª
classe; 332 na 6ª classe e 205 na 7ª classe; 2976.
Começando a explorar o Soroban