3. Por que a China sempre
foi temida pelo Ocidente?
História milenar
Cultura de iniciativa e inovação
Civilização e poder
Grande população
Conquista e posse de rotas de comércio
e de recursos naturais
4. A civilização chinesa à frente
do mundo ocidental
O que os chineses
inventaram
antes do Ocidente?
10. Século XIII: Marco Polo e Kublai Khan
As viagens de Marco Polo
A rota da seda
11. A China do Século XIV, sob a Dinastia Ming, tivera sua
idade de ouro: a mais poderosa frota de navios do
mundo, grande prosperidade econômica e
extraordinário desenvolvimento da arte e da cultura.
Por que a China chegou ao Século XX
como um país pobre, com grandes
taxas de analfabetismo e dominado
por potências estrangeiras?
12. A Dinastia Qing (1644-1912)
Séculos de isolamento e de bloqueio à
modernização econômica
13. Século XV: forma e extensão da Grande Muralha
Construída ao longo de séculos, com extensão de mais de seis mil quilômetros.
14. RESISTÊNCIA E AVERSÃO A OUTRAS FORMAS
DE CULTURA
Século XVI: o Império Celeste como centro do mundo e a
inacessibilidade do Império do Centro
O mandarinato
Triunfalismo cultural associado à mesquinhez e tirania
política
A ausência do espírito de intercâmbio, permuta e
comparação internacional, bem como as restrições à
pesquisa, ensino, desafio e competição
15. Século XIX: o ocaso do Império
A Primeira Guerra do Ópio (1839-1842)
Os Tratados Desiguais e Hong Kong
A Segunda Guerra do Ópio (1856)
16. Século XIX: o ocaso do Império
Após a Guerra Sino-Japonesa de 1895, a China foi
divida em áreas de domínio de potências estrangeiras
Inglaterra, Alemanha, Rússia, França e Japão
17. Século XIX: o ocaso do Império
A Revolução dos Boxers (1899-1900): a explosão de
900 anos de isolamento político e autorreferência
cultural
A Revolução Xinhai e a República (1911-1912)
18. O Último Imperador
Aisin Gioro Puyi (1908-1967), proclamado Imperador aos 2 anos de idade, quando
ainda era um menino, foi deposto e confinado ao Palácio Imperial da Cidade Proibida.
20. 1912:Fim da Dinastia Qing
A China chega ao século XX empobrecida e
enfraquecida, sob o domínio de potências
estrangeiras e com quase 300 anos de isolamento
científico, cultural, econômico e político
23. I CICLO REVOLUCIONÁRIO
Revolta de 1851
Revolução dos Boxers
II CICLO REVOLUCIONÁRIO
Revolução de Xinhai
Queda do Império
Advento da República
A Era dos Ciclos
III CICLO REVOLUCIONÁRIO
Revolucionários Revolução Nacionalista de Chiang-Khai-shek
IV CICLO REVOLUCIONÁRIO
A Grande Marcha de Mao Tsé Tung
A Revolução Comunista
O Grande Salto Adiante
A Revolução Cultural
V CICLO REVOLUCIONÁRIO
Deng Xiao Ping e o fim do socialismo econômico
Hintao e a Nova China do Século XXI
24. Sun Yat-sen e a República (1912)
Em 1908, o médico Sun Yat-sen funda o Partido Nacionalista (o Kuomintang) em
oposição ao Império e à hegemonia estrangeira. Após a Revolução Democrática de
1911, é escolhido Presidente provisório a partir de 1º de janeiro de 1912.
O Kuomintang, o Partido Nacionalista
26. Sun Yat-sen morre em 1925
Em 1927 ocorre a Revolução Nacionalista e
ascensão de Chiang-Kai-shek
27. A OCUPAÇÃO JAPONESA DE 1931
Em 18 de setembro de 1931, militares japoneses explodiram parte de uma
ferrovia japonesa na Manchúria (hoje Shenyang) colocando a culpa nos
chineses. A sabotagem, conhecida como Incidente da Manchúria, era o
motivo que o Japão queria para invadir a China, o que acabou
acontecendo em grande escala em 1937.
29. A Grande Marcha de 1935 e a
Revolução Comunista de 1949
Negociações entre maoístas e nacionalistas
(Mao x Zang Zyong) em 1945, na presença
do Embaixador dos EUA, Patrick Hurley
A Grande Marcha: 6.000 km
Mao na Grande Marcha
30. Mao e a Revolução Comunista de 1949: do
triunfo à tragédia e da tragédia à mudança
de rumos.
31. Em um período de 30 anos, a Revolução Maoísta (1949-1979):
1) Dissolveu e desmontou as elites do país, varrendo todos os vestígios de influência
cultural da velha aristocracia e do Ocidente
2) Valorizou a alfabetização e o ensino fundamental, com restrições ao desenvolvimento
da ciência e tecnologia e à especialização no ensino superior
3) Encorajou o aumento do número de filhos, no período maoísta a população saltou de
550 para 900 milhões
3) Houve forte condenação ideológica de todas as formas de ganho individual e de
especialização e do desenvolvimento da tecnologia, que se constituíam em fatores
de desigualdade social
4) Concentrou-se fortemente nos setores de indústria pesada e energia
5) Colocou em segundo plano a indústria de bens intermediários (fertilizantes químicos,
petroquímica e aços finos) e bens de consumo
6) Apresentou baixa produtividade no setor de produção de alimentos e na indústria de
consumo em geral, por ausência de intercâmbio, apropriação de tecnologia e
competitividade
7) Fracassou rotundamente ao empreender a industrialização forçada com
o plano econômico denominado O Grande Salto Adiante (1957-1961)
32. O Grande Salto Adiante (1957-1961), que
pretendia uma comunização radical, fracassou rotundamente e
levou a China à pior fome de todos os tempos (30 milhões de
pessoas passaram fome, segundo o Prêmio Nobel de Economia
Michael Spence): como reação, deu-se o recrudescimento do regime
e o advento da Revolução Cultural.
33. A Revolução Cultural: ultrarradicalização sob o comando
da Camarilha dos Quatro. Mesmo pretendendo um efeito
político, acabou aprofundando a estagnação econômica.
O Livro Vermelho de Mao e a Guarda Vermelha foram os
instrumentos desse período de intensificação
revolucionária da luta de classes.
34. A morte de
Mao Tsé-tung
(1976)
e a ascensão de
Deng Xiao Ping
Este homem
mudou os
rumos da
história mundial
com uma frase
Deng Xiao Ping: “É preciso caçar
o rato, não importa a cor do gato”.
35. Prisão e condenação da Camarilha dos Quatro, que era liderada
pela mulher de Mao Tsé-tung, pela prática de abusos e atrocidades
durante a Revolução Cultural Proletária
36. Terceira Plenária do 11º Comitê Central
do Partido Comunista Chinês (1978)
A plenária concluiu que, sendo vitoriosa a luta contra a Camarilha dos Quatro, a
ênfase do trabalho do partido deveria mudar para a modernização econômica a
partir de 1979.
As “Quatro Modernizações”:
Indústria
Agricultura
Ciência e Tecnologia
Forças Armadas
37. 1978, a grande mudança de rumo: a
abertura para a economia de mercado
As reformas
Um país, dois sistemas (as zonas econômicas)
Livre iniciativa
Da produção coletiva para a produção
individual
Propriedade privada
Direito ao lucro
Competição e liberdade de preço
Liberdade para o ensino e aprendizagem
de línguas estrangeiras
Formação de elites intelectuais no exterior
para puxar o desenvolvimento
Liberdade para o investimento estrangeiro
38. Evolução da renda per capita antes do Programa das Quatro
Modernizações.
Era de 400 dólares antes de 1978
Passou a ser de 5.413 dólares
(Dados colhidos junto ao Fundo Monetário Internacional em 12 de
abril de 2012.)
39.
40.
41. A idiossincrasia social, política e
ideológica da China: Partido
Comunista (partido único) e
Capitalismo selvagem.
Regime político totalitário Sistema
de partido único econômico
(Partido Comunista Chinês) capitalista desprovido
de direitos sociais
Quais são as
consequências
desta mescla:
Capitalismo
sem Democracia?
43. Como é
Capitalismo
sem Democracia?
Vide Direitos humanos e sociais / Meio-ambiente / Democracia
Vide resposta no vídeo “China Blue”, no seguinte endereço:
http://www.youtube.com/watch?v=Wu5VG-pA8aE
44.
45. O MASTODONTE ECONÔMICO E A NOVA LÓGICA INTERNACIONAL
O planeta está sendo virado de cabeça pra baixo. O mundo desenvolvido desaba. Países em
desenvolvimento explodem em crescimento. Mas há algo curioso. Vejam: durante todo o final do
século passado, ao longo dos duros anos 80 e 90, dissemos e repetimos à exaustão que era preciso que
o Brasil revolucionasse sua matriz exportadora. Era preciso apropriar tecnologia e agregar qualidade
competitiva à indústria brasileira para avançar sobre novos quadrantes do mercado mundial. O Brasil
não pode ser apenas um vendedor de commoditties ou produtos primários para o mundo. Esso foi e
continua sendo inteiramente uma lógica incontestável. No entanto, há algo de novo acontecendo nos
oceanos e nós não percebemos claramente ainda. Há um supertransatlântico econômico movendo
poderosamente suas engrenagens e, de certo modo, fazendo com que toda essa lógica ganhe um novo
sentido. A China atingiu um PIB de 7,46 trilhões de dólares em 2011. O Japão e a Alemanha, que
foram ultrapassados na última década, jamais voltarão a encostar na China. A China assusta com seu
crescimento irresistível: 9,11% no ano passado. A grande Alemanha? Não foi além de um crescimento
de 3%. O Brasil? Não mais do que 2,8%. O gigante oriental dá um passo e faz tremer as camadas
mesozóicas da Terra. Essa megapotência impõe-se duramente aos parceiros: os produtos
industrializados brasileiros têm enorme dificuldade de acesso ao mercado chinês. A estratégia
comercial da Chna é simples: estreita o gargalo de entrada de nossos produtos industrializados lá e,
em contrapartida, compra quantidades colossais de minério de ferro e soja para alimentar sua
indústria e sua população de 1 bilhão e 400 milhões de seres - amplia com nossa matéria-prima seus
empregos industriais e reduz a fome de sua vastidão demográfica. A garganta voraz da China
estabeleceu elevou o patamar de preços dessas commoditties. E - pelo menos temporariamente - o
Brasil ganha com isso. O supertransatlântico é, ao mesmo tempo, uma superlocomotiva. Uma
superlocomotiva que exerce sua posição dominante e não dá muitas opções aos vagões que se
engajam em seu vasto e poderoso comboio. A Fundação de Economia e Estatística do RGS noticiou que
foi a soja que sustentou o crescimento das nossas exportações em 2011. Um dos maiores compradores:
a China. Há um terremoto geoeconômico no mundo - com certeza. A premissa de que precisamos
ampliar nossa pauta industrial de exportações continua sendo rigorosamente irrefutável. Estamos, no
entanto, submetendo-nos aos termos de intercâmbio impostos pelo poderoso dragão chinês. E
aceitando um papel subalterno no tabuleiro mundial, que contraria a lógica que sustentamos por
tantos anos. Para o novo tabuleiro, somos um país de commoddities. Lamentável... Por outro lado,
sou obrigado também a reconhecer: se o Brasil não fosse grande produtor de alimentos e
minério...não sei, não...talvez estivéssemos descarrilados.
46. PROPAGANDA OFICIAL DO MAOÍSMO: ACEITAÇÃO DA ÉTICA DO ARMAMENTO
INFANTIL
Na China de 1975, a ética revolucionária fazia aceitável que crianças convivessem
com armas de fogo. Reproduzia-se, então, a lógica secular do isolamento político
e a manutenção do regime exigia um povo armado.
A China de 2012 é a segunda economia do mundo.
A China de hoje é o mastodonte econômico que puxa a locomotiva do século XXI.
Posters oficiais do maoísmo:
na China de 2012, aberta para
o mundo, ensinar crianças e
adolescentes a usar armas
seria moralmente reprovável.