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Diversidade de abelhas nativas (Hymenoptera, Apidae) em
floresta ombrófila densa submontana na região sul do Brasil
Enderlei Dec¹; Denise M. D. S. Mouga¹; Manuel Warkentin¹; Andressa K. G.
dos Santos¹; Juliane V. da Silva¹
¹ UNIVILLE - Universidade da Região de Joinville, Campus Bom Retiro, CEP:89219-710,
Joinville, Santa Catarina, label@univille.br
Para se investigar a riqueza de abelhas nativas em espécies endêmicas, raras
ou não assinaladas para Santa Catarina (SC), objetivou-se realizar um
levantamento no Parque Ecológico Prefeito Rolf Colin, unidade de conservação
(UC) em Joinville/ SC (26º28”84.90’ S, 48º84”52.15’ W). O esforço de captura
entre jan. e mai./2012 somou 100 horas. As plantas forrageadas foram colhidas
e identificadas. Para as abelhas, foram utilizadas: redes entomológicas (172
espécimes, 22 morfoespécies), pratos armadilha (102 espécimes, gêneros
Dialictus e Ceratina); isca de cheiro eugenol (Euglossa anectans (16), Eulaema
cingulata (1) e Neocorynura dilutipes (1)). Foram amostradas 351 abelhas, de
27 táxons, 3 subfamílias, que em riqueza/ abundância (%) são: Apinae (51,8/
41,3), Halictinae (33,4/ 53,3) e Megachilinae (14,8/ 5,4). A espécie exótica de
abelha Apis mellifera só foi observada em secreções de cochonilhas em janeiro
e maio, representando 7% do total avaliado. Sphagneticola trilobata
(Asteraceae) foi a planta mais visitada (47%), atraindo 11 morfoespécies de
Apidae, sendo Augochlora sp. (52%) e Megachile nudiventris (12%) as mais
levantadas. Foram registradas abelhas em espécies vegetais importantes para
a fauna: Bombus brasiliensis em Psychotria suterella (Rubiaceae), cujos frutos
são intensamente consumidos por aves assim como Plebeia droryana,
Augochloropsis sp. 01 e N. dilutipes em Euterpe edulis e Geonoma gamiova
(Arecaceae), palmeiras nativas da Mata Atlântica e ameaçadas de extinção.
Begonia campos-portoana (Begoniaceae), planta exclusiva das encostas da
serra do mar e restrita ao norte de SC, foi visitada por Ariphanarthra palpalis.
Megachile cachoeirensis, Eulaema cingulata e N. dilutipes, abelhas não
assinaladas para SC, foram coletadas. A interação abelhas silvestres - plantas
nativas/ endêmicas, a consequência em termos de dispersão de sementes
além da baixa abundância de A. mellifera, denotam a importância da UC para a
manutenção da biodiversidade local.
Palavras chave: polinizadores; apifauna; interação abelha-planta

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Diversidade de abelhas nativas (Hymenoptera, Apidae) em floresta ombrófila densa submontana na região sul do Brasil

  • 1. Diversidade de abelhas nativas (Hymenoptera, Apidae) em floresta ombrófila densa submontana na região sul do Brasil Enderlei Dec¹; Denise M. D. S. Mouga¹; Manuel Warkentin¹; Andressa K. G. dos Santos¹; Juliane V. da Silva¹ ¹ UNIVILLE - Universidade da Região de Joinville, Campus Bom Retiro, CEP:89219-710, Joinville, Santa Catarina, label@univille.br Para se investigar a riqueza de abelhas nativas em espécies endêmicas, raras ou não assinaladas para Santa Catarina (SC), objetivou-se realizar um levantamento no Parque Ecológico Prefeito Rolf Colin, unidade de conservação (UC) em Joinville/ SC (26º28”84.90’ S, 48º84”52.15’ W). O esforço de captura entre jan. e mai./2012 somou 100 horas. As plantas forrageadas foram colhidas e identificadas. Para as abelhas, foram utilizadas: redes entomológicas (172 espécimes, 22 morfoespécies), pratos armadilha (102 espécimes, gêneros Dialictus e Ceratina); isca de cheiro eugenol (Euglossa anectans (16), Eulaema cingulata (1) e Neocorynura dilutipes (1)). Foram amostradas 351 abelhas, de 27 táxons, 3 subfamílias, que em riqueza/ abundância (%) são: Apinae (51,8/ 41,3), Halictinae (33,4/ 53,3) e Megachilinae (14,8/ 5,4). A espécie exótica de abelha Apis mellifera só foi observada em secreções de cochonilhas em janeiro e maio, representando 7% do total avaliado. Sphagneticola trilobata (Asteraceae) foi a planta mais visitada (47%), atraindo 11 morfoespécies de Apidae, sendo Augochlora sp. (52%) e Megachile nudiventris (12%) as mais levantadas. Foram registradas abelhas em espécies vegetais importantes para a fauna: Bombus brasiliensis em Psychotria suterella (Rubiaceae), cujos frutos são intensamente consumidos por aves assim como Plebeia droryana, Augochloropsis sp. 01 e N. dilutipes em Euterpe edulis e Geonoma gamiova (Arecaceae), palmeiras nativas da Mata Atlântica e ameaçadas de extinção. Begonia campos-portoana (Begoniaceae), planta exclusiva das encostas da serra do mar e restrita ao norte de SC, foi visitada por Ariphanarthra palpalis. Megachile cachoeirensis, Eulaema cingulata e N. dilutipes, abelhas não assinaladas para SC, foram coletadas. A interação abelhas silvestres - plantas nativas/ endêmicas, a consequência em termos de dispersão de sementes além da baixa abundância de A. mellifera, denotam a importância da UC para a manutenção da biodiversidade local. Palavras chave: polinizadores; apifauna; interação abelha-planta