2. FIXISMO
Idéia dominante no ocidente, até
metade do séc. XIX.
Na visão fixista, as espécies são
unidades fixas e imutáveis
que, num mundo igualmente
estático, surgiram
independentemente umas das
outras.
3. Para os criacionistas, as espécies
foram originadas por criação divina
e, como tal, são perfeitas e
estáveis, mantendo-se fixas ao longo
dos tempos.
Para os espontaneístas, a vida surgia
espontaneamente quando existissem
condições favoráveis a isso, uma
dessas condições era a existência de
uma força vital.
4.
5. Questionamento da imutabilidade
das espécies – a partir do séc. XVII.
Charles Lyell (séc. XVIII)- o planeta
é mais antigo do que se imaginava.
Descoberta de fósseis.
Possibilidade de mudanças nos seres
vivos ao longo do tempo – conceito
de evolução.
Ideia desenvolvida no séc. XIX por
Lamarck e Darwin.
6. Evolução biológica compreende a
modificação sofrida por populações de
organismos através do tempo, tempo este
que ultrapassa o período de vida de uma
única geração (Futuyma, 1993 apud
Carvalho, 2004).
As espécies atuais seriam descendentes
de espécies ancestrais, que se
extinguiram.
As espécies evoluem para continuar
adaptadas a um meio que sofre
constantes mudanças.
7.
8. As idéias evolucionistas de Lamarck
Jean-Baptiste Pierre
Antoine de
Monet, Chevalier de
Lamarck (1744-1829).
Em 1809, em sua obra
intitulada Philosophie
Zoologique (Filosofia
Zoológica), propôs que
as formas de vida
progridem, por
transformação
gradual, em direção a
uma maior
complexidade e
9. O caminho da progressão é
determinado por uma “força
interna” influenciada por
“circunstâncias externas”, ou
seja, mudanças no ambiente
trazem a necessidade de
alterações no organismo.
Foi o primeiro a apresentar uma
teoria explicativa coerente sobre
os mecanismos da evolução.
10. Princípios fundamentais:
Lei do uso e do desuso: o uso de
determinadas partes do corpo do
organismo faz com que estas se
desenvolvam, e o desuso faz com que se
atrofiem.
Lei da herança dos caracteres
adquiridos: alterações provocadas em
determinadas características do
organismo, pelo uso e desuso, são
transmitidas aos descendentes.
13. Críticas ao lamarckismo
Aspectos como “necessidade de
adaptação” ou “procura pela perfeição”
não se consegue testar.
As modificações provenientes do uso e do
desuso dos órgãos são adaptações
individuais.
As modificações adquiridas durante a vida
em função do uso ou do desuso, são
alterações no fenótipo e, por isso, não são
transmitidas hereditariamente.
14. Charles Darwin
(1809-1882)
Avô paterno: Erasmus
Darwin –
médico, cientista e
poeta.
Pai: Robert Darwin –
médico.
Iniciou e não concluiu
a faculdade de
Medicina.
Estudou Teologia em
Cambridge.
Cientista e naturalista.
15. FUNDAMENTOS DO DARWINISMO
Darwin era fixista e acreditava que
cada espécie tinha sido criada para
ocupar um determinado local.
Logo, a fauna e a flora das ilhas
deveriam ser semelhantes entre
si, por se tratarem de ambientes
semelhantes.
Viagem ao redor do mundo no HSS
Beagle durante 5 anos (1831 a
1836).Darwin tinha 22 anos.
18. Princípios fundamentais do
darwinismo
• Observação 1: As populações naturais tendem a
crescer rapidamente, pois o potencial reprodutivo
é grande.
• Observação 2: As populações naturais mantêm
tamanho relativamente constante ao longo do
tempo, pois o crescimento é limitado pelo
ambiente.
• CONCLUSÃO 1: EM CADA GERAÇÃO, MORRE
GRANDE Nº DE INDIVÍDUOS, MUITOS
DELES SEM DEIXAR DESCENDENTES.
19. • Observação 3: Os indivíduos de uma mesma
espécie não são idênticos. Diferem na
capacidade de explorar os recursos naturais e na
de deixar descendentes.
• CONCLUSÃO 2: OS INDIVÍDUOS QUE
SOBREVIVEM E SE REPRODUZEM A CADA
GERAÇÃO SÃO OS QUE APRESENTAM AS
CARACTERÍSTICAS QUE PERMITEM MAIOR
ADAPTAÇÃO ÀS CONDIÇÕES AMBIENTAIS.
(Seleção natural ou sobrevivência dos mais aptos)
20. Observação 4: Grande parte das características
apresentadas por uma geração é herdada dos pais.
CONCLUSÃO 3: A SELEÇÃO NATURAL
FAVORECE, AO LONGO DAS GERAÇÕES
SUCESSIVAS, A PERMANÊNCIA E O
APRIMORAMENTO DE
CARACTERÍSTICAS MAIS ADAPTATIVAS.
21. Críticas:
Darwin não conseguiu explicar a origem da
variabilidade da prole dos seres vivos.
A teoria de hereditariedade conhecida como
Pangênese (de Hipócrates), que ele
acreditava, não explicava corretamente a
causa da variabilidade.
22. LAMARCK DARWIN
O meio cria necessidades
que induzem mudanças
nos hábitos e nas formas
dos indivíduos
O meio exerce uma seleção
natural que favorece os
indivíduos portadores das
características mais
adaptativas.
As novas características
são adquiridas pelo uso e
desuso de órgãos ou
partes do corpo.
Alguns indivíduos
apresentam
características mais
adaptativas em relação
aos outros.
As características
adquiridas são
transmitidas aos
descendentes.
Os mais aptos vivem mais
tempo, reproduzem-se
mais e transmitem suas
características a seus
descendentes.
26. Méritos da Teoria Sintética
• Reuniu, sob uma teoria consistente, a essência
da teoria de Darwin (seleção natural) e os
conhecimentos da Genética Moderna;
• Conseguiu fornecer explicações consistentes
sobre a origem e a manutenção da variabilidade
das características nas populações de cada
espécie, fazendo a grande síntese de todos os
dados biológicos e paleontológicos;
• Definiu as populações, e não os
indivíduos, como as unidades evolutivas.
27. MUTAÇÃO
É a fonte básica de toda a variabilidade.
Ocorre ao acaso e é de freqüência muito
baixa.
Pode ser gênica (alteração de genes) ou
cromossômica (alteração de n° ou estrutura
dos cromossomos)
Sua ação pode ser benéfica, deletéria ou
neutra.
Os efeitos são sutis, causando mudanças
discretas, possuindo efeito
cumulativo, atuando em caracteres de
herança quantitativa.
Fatores evolutivos
28. RECOMBINAÇÃO GÊNICA
É um processo que reorganiza os
genes já existentes, podendo formar
um conjunto gênico mais apto.
O mecanismo da recombinação é a
reprodução sexuada onde, para
formação dos gametas, ocorre a
segregação independente dos
cromossomos e o crossing-over.
A variabilidade é aumentada sem
adição de novos genes.
29. Deriva Gênica
É um processo aleatório importante
apenas em populações muito pequenas.
Uma população pode ter seu tamanho
reduzido sensivelmente em decorrência de
eventos climáticos, desastres ecológicos
ou migração.
Pela simples ação do acaso, pode haver
fixação de genes prejudiciais ou
eliminação de genes favoráveis.
Poucos indivíduos não constituem uma
amostra significativa do conjunto gênico
da população original.
32. Se um fluxo gênico for
estabelecido, a tendência é diminuir
as diferenças genéticas entre as
populações.
Neste caso a migração promove a
uniformidade genética entre as
populações, podendo contribuir para
a redução da variabilidade genética
do conjunto gênico das populações
envolvidas.
33. É representada pelos agentes do ambiente
(físico, químico e biológico) que atuam na
variabilidade gênica surgida através de
processos aleatórios
(mutação, recombinação e deriva genética).
É o resultado simples da
variação, reprodução diferencial e
hereditariedade – é desatenta e mecânica.
Não tem objetivos; não esta se esforçando
para produzir “progresso” ou um ecossistema
balanceado.
Seleção Natural
34. Sob a ótica da genética, consiste em
selecionar genótipos que confiram a seus
portadores melhor adaptação ao ambiente
em que vivem, fazendo com que estes
deixem maior n° de descendentes ao
longo das gerações.
Tende a eliminar os genótipos
desvantajosos presentes no conjunto
gênico.
Tende a diminuir a variabilidade
genética, pois apenas alguns genótipos
seriam “selecionados”.
37. Resistência de insetos a inseticidas
Aumento cronológico no número de espécies de insetos e ácaros
resistentes a pelo menos uma classe de pesticida.
40. Anemia Falciforme em regiões de malária
Em áreas com alta
frequência de
malária os indivíduos
heterozigotos levam
vantagem e são
maioria na
população, pois, qua
ndo o Plasmodium
ataca as hemácias
anormais, mas não
consegue completar
seu ciclo e não causa
a doença.
41. Seleção Sexual
Para Darwin, a seleção sexual é o
processo e o resultado de
escolhas, não necessariamente
conscientes, dos parceiros
reprodutivos, obviamente de uma
mesma espécie.
51. O individuo mais apto não é
necessariamente o mais forte, mais
rápido ou maior.
A aptidão de um genótipo inclui a
habilidade de sobreviver, encontrar
um parceiro, produzir descendência
– e, finalmente, deixar seus genes
na próxima geração.
52. • Seleção Artificial: criadores sempre
escolhiam determinadas características nos
animais as selecionavam através das várias
gerações até obterem uma nova raça.
53.
54.
55.
56. Adaptação pela seleção natural
ADAPTAÇÃO: capacidade que todo
ser vivo tem de ajustar-se ao
ambiente.
Está indissoluvelmente ligada à
manutenção da vida.
Pode ser individual ou evolutiva.
57. Adaptação individual ou
homeostase
Mecanismos que compensam a
variação ambiental, mantendo
constantes determinadas funções
orgânicas, permitindo adaptação ao
meio.
É resultado de seleção natural.
58.
59.
60. Adaptação evolutiva
Uma população se ajusta ao
ambiente ao longo de sucessivas
gerações.
Também é resultado de seleção
natural.
61. Camuflagem
Propriedade de os membros de uma
espécie apresentarem uma ou mais
características que os tornam
semelhantes ao
ambiente, dificultando sua
localização por espécies com as quais
interage.
Serve tanto para predadores como
para presas.
66. Mimetismo
Duas espécies diferentes
assemelham-se em certas
características, o que constitui
vantagem para uma ou para ambas
em relação a uma ou mais outras
espécies.
67. Mimetismo batesiano
Henry Walter Bates (1825-
1892), estudo de borboletas
amazônicas.
Uma espécie (venenosa ou de sabor
desagradável) apresenta coloração
de advertência, outra espécie (não
venenosa ou de sabor agradável)
apresenta padrão de cores
semelhantes e é beneficiada por ser
evitada por seus predadores.
70. Mimetismo mülleriano
Alemão naturalizado brasileiro Fritz
Müller (1822-1897).
Imitação evolutiva, em que um
modelo tóxico ou perigoso é imitado
evolutivamente por espécies
igualmente tóxicas ou perigosas.
O predador ou presa “lembra-se”
apenas de uma coloração de aviso a
ser evitada.