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Feridas Traumáticas -
            Queimaduras


Marina Dias de Souza, Natália Venturim e Nicoli Ribeiro Gaburro
Conceito

• “A ferida traumática é uma lesão tecidual causada
  por um agente vulnerante que, atuando sobre
  qualquer superfície corporal, de localização
  interna ou externa, promove uma alteração na
  fisiologia tissular, com ou sem solução de
  continuidade do plano afetado ”
Classificações

• Traumatismo Superficial: atinge apenas pele, tecido celular
  subcutâneo, aponeurose e músculo. Ex: Queimaduras

•   Traumatismo Profundo: comprometimento de estruturas nobres ou
    profundas como nervos, vasos, tendões, ossos e vísceras.
Classificações
• As feridas traumáticas superficiais podem ser:


 Feridas incisas – lesões lineares, com bordas regulares e pouco
traumatizadas provocadas por agentes vulnerantes cortantes/ afiados.


 Feridas contusas – lesões irregulares, retraídas com bordas muito
traumatizadas provocadas por agentes vulnerantes com ponta romba.


 Feridas perfurantes – lesões puntiformes ou lineares provocadas
  por agente vulnerante fino e pontiagudo.
Classificações
 Feridas penetrantes – com as mesmas características anteriores, a
lesão é capaz de penetrar uma cavidade natural do organismo.


 Feridas transfixantes – com as mesmas características anteriores, a
lesão é capaz de atravessar um órgão em toda a sua espessura.
Classificações
 Feridas limpas – contaminação bacteriana ocorre em grau mínimo.

 Feridas contaminadas – alta probabilidade de infecção.


 Feridas infectadas – proliferação de microorganismos estabelecida,
com sinais evidentes de infecção.




   http://3.bp.blogspot.com/_XbT5CFVQAXs/SnyTRajrOyI/AAAAAAAABJY/   http://forumenfermagem.org/feridas/wp-content/uploads/2010/07/Diapositivo5.jpg
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Classificações
 Feridas simples – pequenos ferimentos sem perda de substância ou
contaminação grosseira.


 Feridas complexas – ferimentos graves, com perda de substância,
   esmagamento, queimadura, deslocamento de tecidos e corpos
   estranhos.




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                                                            http://1.bp.blogspot.com/-eoZ6qVNEXsI/Txs2etB5MLI/AAAAAAAAAPk/BWevkQi-
                                                            7pQ/s1600/67-IMG_1129.JPG
Feridas Especiais
•    Feridas por projétil de arma de fogo (PAF) - são geralmente graves,
    penetrantes ou não, transfixantes ou não, com orifício de entrada e
    orifício de saída. Quando o orifício de saída está ausente, não se deve
    suturar o orifício de entrada. O orifício de entrada é uma ferida circular
    ou oval, geralmente pequena, com bordas trituradas e equimóticas. O
    orifício de saída é geralmente maior, com bordas irregulares voltadas
    para fora, podendo formar retalhos valvares.

•   Mordeduras – são feridas ora contusas, ora perfurantes, com alta
    probabilidade de contaminação e inoculação de venenos. A princípio,
    não devem ser suturadas. Em caso grande extensão, aproximar as
    bordas com pontos largos após limpeza e debridamento. Indica-se
    antibioticoterapia em todos os casos.

•   Lesões por prego – não devem ser suturadas.
Abordagem Inicial
• C – estabilidade hemodinâmica;

• A – permeabilidade de vias aéreas;

• B – respiração;

• D – disfunções neurológicas;

•   E – lesões associadas.
Informações
• S - sinais e sintomas;

• A – ambiente: eventos que precederam e sucederam o trauma;

• M – medicamentos em uso, drogas e álcool;

•   P – passado médico: comorbidades, cirurgias e traumas prévios;

•   L – líquido: última refeição e ingestão de líquidos;

•   A – Alergias.
Fechamento Primário
• Destinado a feridas limpas ou com baixa probabilidade de contaminação.

• Nas feridas traumáticas, seu sucesso depende de limpeza rigorosa,
  debridamento e hemostasia.

• O fechamento primário está contra-indicado para tecidos com
  suprimento sanguíneo inadequado, ferimentos com grande perda de
  substância, mordeduras ou intervalo maior que 8 horas entre o
  traumatismo e início do tratamento.
Fechamento Primário Retardado
• Destinado a feridas com maior risco de infecção.

• Após limpeza debridamento e hemostasia rigorosos, cobre-se a ferida
com gaze esterilizada e faz-se inspeção diária. Se a ferida evoluir sem sinais
de infecção até o 4º dia, procede-se ao fechamento normal. Caso contrário,
faz-se a opção pelo tratamento aberto.
Tratamento Aberto
• Destinado a feridas infectadas ou quando o fechamento primário e
  primário retardado são contra-indicados ou falham.

•    Após colher material para cultura, a ferida é mantida aberta para drenar
    espontaneamente, sendo apenas recoberta com gaze umedecida em
    solução salina.

• Se a ferida apresentar sinais de disseminação (linfangite, linfadenite e
celulite), deve-se administrar antibiótico de largo espectro até obtenção de
maiores indícios sobre o agente bacteriano responsável.

•   A cura processa-se pela formação de tecido de granulação e re-
    epitalização. O resultado estético em geral não é bom.
http://www.vdeclair.com.br/doc/feridas_traumaticas.pdf      http://www.vdeclair.com.br/doc/feridas_traumaticas.pdf     http://www.vdeclair.com.br/doc/feridas_traumaticas.pdf




                                                                   Cicatrização




   http://www.vdeclair.com.br/doc/feridas_traumaticas.pdf    http://www.vdeclair.com.br/doc/feridas_traumaticas.pdf   http://www.vdeclair.com.br/doc/feridas_traumaticas.pdf
Fechamento Secundário
•   Destinado a feridas cujo tratamento evolui bem.


•   Consiste na aproximação das bordas por sutura ou enxertia.

• A cura se processa por terceira intenção, pois o fechamento é realizado
  em um momento mais tardio, quando há tecido de granulação.
Síntese
• Suturas na pele: fio não absorvível (Nylon);

• Suturas no subcutâneo: fio absorvível sintético 4-0 ou 5-0;

•   Os pontos mais importantes são: ponto simples, ponto Blair Donati,
    ponto em X;

•   Na sutura de feridas traumáticas, os pontos separados são mais
    adequados devido à sua maior segurança: na eventualidade da soltura
    de um ponto ou da ocorrência de infecção, não há prejuízo importante
    para o conjunto.
Cicatrização
•   Fatores que influenciam:
    Nutrição
    Oxigenação

                                                                                 http://jornalcidade.uol.com.br/fotos/Antitabagis
     Volume Circulante                                                           mo/fotos_0109172415000000.jpg



    Diabetes                    http://jornalcidade.uol.com.br/fotos/Antitab
                                 agismo/fotos_0109172415000000.jpg



    Uso de esteróides
    Quimioterapia
    Politraumatizados
                                                                                http://jornalcidade.uol.com.br/fotos/Antitabagis


                                                                                mo/fotos_0109172415000000.jpg
     Tabagismo


                          http://jornalcidade.uol.com.br/fotos/Anti
                          tabagismo/fotos_0109172415000000.jpg
Profilaxia - Tétano
História de imunização       Incerta ou menos de 3 doses        3 ou mais doses
contra o
tétano (DTP, DT, dT ou TT)
Tipo de ferimento            Esquema                            Esquema
Ferimento leve não           Se menor de 7 anos, aplicar DTP    Só aplicar a vacina
contaminado                  completando 3 doses, com           (dT) se tiverem
                             intervalos de 2 meses (mínimo 30   decorridos mais de
                             dias).                             10 anos da última
                             Se 7 anos ou mais, aplicar dupla   dose.
                             (dT), completando 3 doses, com
                             intervalo de 2 meses (mínimo 30    Não aplicar o soro
                             dias).                             antitetânico
                             Não aplicar o soro antitetânico    (homólogo ou
                             (homólogo ou heterólogo).          heterólogo).
Profilaxia - Tétano
Todos os outros   Se menor de 7 anos, aplicar DTP    Só aplicar a
ferimentos        completando 3 doses, com           vacina (dT) se
                  intervalos de 2 meses (mínimo 30   tiverem
                  dias).                             decorridos mais
                  Se 7 anos ou mais, aplicar dupla   de 10
                  (dT), completando 3 doses, com     anos da última
                  intervalo de 2 meses (mínimo 30    dose.
                  dias).                             Não aplicar o soro
                  Aplicar o soro antitetâncio.       antitetânico
                  Soro heterólogo - administrar      (homólogo ou
                  5.000 unidades, por via            heterólogo).
                  intramuscular, após tratamento
                  preventivo de anafilaxia.
                  Soro homólogo - administrar via
                  intramuscular, 250 unidades com
                  título de 1:400, ou dosagem
                  equivalente com
                  outro título.
Queimaduras

• Queimaduras são lesões dos tecidos orgânicos em
  decorrência de trauma de origem térmica resultante da
  exposição ou contato com chamas, líquidos quentes,
  superfícies quentes, eletricidade, frio, substâncias químicas,
  radiação, atrito ou fricção.
Epidemiologia
• Estima-se que ocorrem um milhão de acidentes com queimaduras
  por ano no Brasil

• De acordo com a Organização Mundial de Saúde, mais de 195.000
  mortes acontecem por conta de queimaduras em geral

• 2/3 dos acidentes ocorrem dentro do ambiente domiciliar

• 58% das vítimas são crianças
Classificações
• Quanto ao agente causal:

 Físicos: temperatura: vapor, objetos aquecidos, água quente.
  eletricidade : corrente elétrica, raio.
  radiação : sol, aparelhos de raios X, raios ultra-violetas, nucleares.

 Químicos: produtos químicos: ácidos, bases, álcool, gasolina.

 Biológicos: animais: água-viva, medusa. vegetais : o látex de certas
  plantas, urtiga.
Classificações
• Quanto à profundidade da lesão:

 1º GRAU
   Não sangra , geralmente seca
   Coloração rosada e presença de inervação




                                               www.mdsaude.com/2008/08/queimaduras-fotos.html&doci
   Não passam da Epiderme
   Queimadura de Sol(exemplo)
   Hiperemia(Vermelhidão)
   Dolorosa
Classificações
 2º GRAU
   Atinge derme
   Úmida
   Presença de Flictenas(Bolhas)
   Rosa, Hiperemia(Vermelhidão)
   Dolorosa
   Cura espontânea mais lenta, com possibilidade de formação de cicatriz




                     http://2.bp.blogspot.com/_pMxMXFn7L-
                     4/TO1Dq1RY2QI/AAAAAAAARHE/Q1rLMlAJ21s/s1600/queimadura+2%25C2%25BA+grau+1.jpg
Classificações
 3º GRAU
   Atinge todos os apêndices da pele
   Ossos , músculos, nervos , vasos
   Pouca ou nenhuma dor
   Úmida
   Cor Branca, Amarela ou Marrom
   Não cicatriza espontaneamente, necessita de enxerto




                   http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTALX5lzrOZ2rKrpWx26NSKVH_-
                   f0ouIMZFjo45x3NfGclwrVysh7htL0P7QQ
Classificações




WALLACE. Ann R Coll Surg Engl. 1949;5(5):283-300
Classificações
• Quanto à extensão:
 Pequena (<10%)
 Média (10-25%)
 Grande (>25%)

- Cálculo da área queimada
Lund Browder
 O mais avançado método de calculo de área queimada
 Leva em consideração as várias faixas de idade com precisão
Fisiopatologia
 TEMPERATURA X TEMPO (44°C POR 6h)
- Depressão imediata das Imunoglobulinas
- Trombose dos vasos (3 a 4sem.)

 - PERMEABILIDADE CAPILAR
- Hemólise
- 4 dias = perda plasmática é 2 x pool total

 COAGULAÇÃO, ESTASE E HIPEREMIA
- - diminuição ventilação

 PERDA BARREIRA CUTÂNEA
- Hiperacidez do muco gástrico
- Catabolismo de 2 a 3 X
Fisiopatologia
Agressão do Tecido



Pele

                Exposição do Colágeno   Liberação de Substâncias
                                           Vasoativas




Vaso
Fisiopatologia
• Extravasamento de plasma (eletrólitos e proteínas)           EDEMA

• Substancias Vasoativas: NO, histamina, cininas e cascata do Ácido
  Araquidônico.

• Riscos para o paciente:
 - Choque hipovolêmico
 - Perda de eletrólitos
 - Choque Séptico
 - Acidose
Fisiopatologia
                                            Mastócitos     Histamina
                       Exposição                                                Choque Hipovolêmico
Agressão ao tecido                                                              1º Risco
                       De          Sist. Calicreína           APC
                                                                                Perda de Eletrólitos
                       Colágeno
                                                                                2º Risco
                                        Cininas
                                                            Prostaglandinas
                              Fosfolipase                   E outros

                                               Ac. Araquidônico

                                    Alterações no Sistema Imune             Sepse/Choque Séptico
 Perda da Barreira Mecânica
                                    Invasão de Bactérias                    3º Risco

                           Aumento do catabolismo
 Resposta Metabólica
                              Liberação de hormônios                   Acidose Metabólica
                                                                       4º Risco
                          Uso das reservas energéticas
Indicações – Centro Especializado
 •   Queimadura de II e III com 10%, <10a e >50a
 •   Queimadura de II e III com 20% qualquer idade
 •   Queimadura de face, mãos, pés, períneo, articulações
 •   Queimadura de III com 5%
 •   Trauma elétrico
 •   Queimadura Química
 •   Lesão Inalatória
 •   Queimadura Circunferencial do Tórax
 •   Patologias associadas (Diabetes, Cardiopatia, Renal)
Tratamento
 • Hidratação


  4 ml de Lactato de Ringer ou Soro
     Fisiológico
                                            kg          Área queimada




Composição do Ringer
Sódio
Cloro
                     A solução deverá ser administrada nas primeiras   24 horas
Potássio              ½ nas 8 horas após trauma;
Cálcio                Reavaliar de hora em hora.
Lactato
Tratamento
• Analgesia – Morfina EV

• Hipotermia: crianças, ambiente / soluções aquecidas
• Profilaxia do tétano
• Aparelho digestivo: vômito, íleo, úlcera de Curling
• Alimentação precoce: Dieta oral e enteral
• Profilaxia do tromboembolismo
• Escarototomia (drenagem do volume ocasionado pelo edema)
Tratamento Local
•   Limpeza
•    Tricotomia
•    Banho + sabão líquido
•    Debridamento
•    Curativo
•    Fisioterapia respiratória/motora
•    Posicionamento adequado
                                        http://1.bp.blogspot.com/_ul5oW_DowJw/RuLKoGRgmeI/AAAAAAAAAA8/7wsE0
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Tratamento
 Agentes Tópicos:
•   Solução fisiológica 0,9% (Hipertônica)
•   Colagenase
•   Nitrato de prata 0,5%
•   Sulfadiazina de prata 1%
•   Nitrato de cério 2,2% + Sulfadiazina de prata 1%
•   Óleo Vegetal

 Tratamento Cirúrgico
•    EXCISÃO E ENXERTIA PRECOCE
•   Tecido necrótico removido
•   Leito receptor viável
•   Não necessita de tecido de granulação
•   Potencialmente contaminado
•   Enxerto deve ser fixado ao leito receptor
Tratamento
 Alo-enxertia
 Auto- enxertia

                                                        http://www.cabuloso.xpg.com.br/portal/images/galleries/6014/21137.jpg




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Tratamento
   Cultura de células
•   Tratamento do grande queimado
•   Lâmina simples de queratinócitos cultivados
•   Experiência clínica
•   Combinação das 2 camadas
•
                                                            http://www.cabuloso.xpg.com.br/portal/images/gal
    Substituto dérmico                                      leries/6014/21137.jpg




    Cultura de Queratinócitos – 5 dias   Confluência de colônias de queratinócitos
Atendimento Pré-Hospitalar
• Informe-se sobre qual o mecanismo de lesão;

• Avalie segurança do local;
 Em caso de queimaduras elétricas certifique-se sobre o desligamento
  da fonte de energia. Já em queimaduras químicas remova o agente
  com água antes de entrar em contato.

• Avalie nível de consciência pelo método AVDI(Alerta, responde à
  estímulos Verbais, responde a estímulos de Dor ou está Inconsciente);

• Chame ajuda;

• CAB.
Atendimento Pré-hospitalar
• Exposição da vítima – Retirar roupas não aderidas, joias e adereços
  antes do edema;

• Tempo : 2 minutos no máximo;

• Caso vítima instável, seguir para hospital imediatamente, já
  continuando o exame na ambulância.
• Se estável pode-se proceder os próximos passos no próprio local a
  espera de socorro.
    Verificação de Sinais Vitais;
    Monitorização;
    Anamnese(Sintomas, patologias pregressas, alergias, etc);
    Acesso Venoso e Hidratação Rápida.
Atendimento Pré-hospitalar
 Exame Secundário

• Resfriamento das áreas queimadas

• Busca de sinais e sintomas de traumas associados

• Estimativa da área queimada e profundidade
Referências
• Feridas Traumáticas: assistência à lesões com exposição de tendão e
  óssea. A C Beust da Silva, S M J Prazeres, V Declair. 2006; 38-40.

• Organização Mundial de Saúde - www.who.int/mipfiles/2014/Burns1.pdf

• Queimados, C R B V Junior, L B de Almeida. Disponível em: SITE

• Infecção em cirurgias de emergências e trauma: prevenção, diagnóstico
  e tratamento. A Z Júnior. 2007; 40 (3): 339-34.

• Curso Continuado de Cirurgia Geral do Capítulo de São Paulo do Colégio
  Brasileiro de Cirurgiões. A Gragnani.
Feridas Traumáticas e Queimaduras

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Feridas Traumáticas e Queimaduras

  • 1.
  • 2. Feridas Traumáticas - Queimaduras Marina Dias de Souza, Natália Venturim e Nicoli Ribeiro Gaburro
  • 3. Conceito • “A ferida traumática é uma lesão tecidual causada por um agente vulnerante que, atuando sobre qualquer superfície corporal, de localização interna ou externa, promove uma alteração na fisiologia tissular, com ou sem solução de continuidade do plano afetado ”
  • 4. Classificações • Traumatismo Superficial: atinge apenas pele, tecido celular subcutâneo, aponeurose e músculo. Ex: Queimaduras • Traumatismo Profundo: comprometimento de estruturas nobres ou profundas como nervos, vasos, tendões, ossos e vísceras.
  • 5. Classificações • As feridas traumáticas superficiais podem ser:  Feridas incisas – lesões lineares, com bordas regulares e pouco traumatizadas provocadas por agentes vulnerantes cortantes/ afiados.  Feridas contusas – lesões irregulares, retraídas com bordas muito traumatizadas provocadas por agentes vulnerantes com ponta romba.  Feridas perfurantes – lesões puntiformes ou lineares provocadas por agente vulnerante fino e pontiagudo.
  • 6. Classificações  Feridas penetrantes – com as mesmas características anteriores, a lesão é capaz de penetrar uma cavidade natural do organismo.  Feridas transfixantes – com as mesmas características anteriores, a lesão é capaz de atravessar um órgão em toda a sua espessura.
  • 7. Classificações  Feridas limpas – contaminação bacteriana ocorre em grau mínimo.  Feridas contaminadas – alta probabilidade de infecção.  Feridas infectadas – proliferação de microorganismos estabelecida, com sinais evidentes de infecção. http://3.bp.blogspot.com/_XbT5CFVQAXs/SnyTRajrOyI/AAAAAAAABJY/ http://forumenfermagem.org/feridas/wp-content/uploads/2010/07/Diapositivo5.jpg MTeO8AHSy8s/s320/machucado.jpg
  • 8. Classificações  Feridas simples – pequenos ferimentos sem perda de substância ou contaminação grosseira.  Feridas complexas – ferimentos graves, com perda de substância, esmagamento, queimadura, deslocamento de tecidos e corpos estranhos. +nxUqUV/pmRVvp+9WX9YPmpUp10gMre/Uj/FValSqrsQYqVKlVFP/9k= http://1.bp.blogspot.com/-eoZ6qVNEXsI/Txs2etB5MLI/AAAAAAAAAPk/BWevkQi- 7pQ/s1600/67-IMG_1129.JPG
  • 9. Feridas Especiais • Feridas por projétil de arma de fogo (PAF) - são geralmente graves, penetrantes ou não, transfixantes ou não, com orifício de entrada e orifício de saída. Quando o orifício de saída está ausente, não se deve suturar o orifício de entrada. O orifício de entrada é uma ferida circular ou oval, geralmente pequena, com bordas trituradas e equimóticas. O orifício de saída é geralmente maior, com bordas irregulares voltadas para fora, podendo formar retalhos valvares. • Mordeduras – são feridas ora contusas, ora perfurantes, com alta probabilidade de contaminação e inoculação de venenos. A princípio, não devem ser suturadas. Em caso grande extensão, aproximar as bordas com pontos largos após limpeza e debridamento. Indica-se antibioticoterapia em todos os casos. • Lesões por prego – não devem ser suturadas.
  • 10. Abordagem Inicial • C – estabilidade hemodinâmica; • A – permeabilidade de vias aéreas; • B – respiração; • D – disfunções neurológicas; • E – lesões associadas.
  • 11. Informações • S - sinais e sintomas; • A – ambiente: eventos que precederam e sucederam o trauma; • M – medicamentos em uso, drogas e álcool; • P – passado médico: comorbidades, cirurgias e traumas prévios; • L – líquido: última refeição e ingestão de líquidos; • A – Alergias.
  • 12. Fechamento Primário • Destinado a feridas limpas ou com baixa probabilidade de contaminação. • Nas feridas traumáticas, seu sucesso depende de limpeza rigorosa, debridamento e hemostasia. • O fechamento primário está contra-indicado para tecidos com suprimento sanguíneo inadequado, ferimentos com grande perda de substância, mordeduras ou intervalo maior que 8 horas entre o traumatismo e início do tratamento.
  • 13. Fechamento Primário Retardado • Destinado a feridas com maior risco de infecção. • Após limpeza debridamento e hemostasia rigorosos, cobre-se a ferida com gaze esterilizada e faz-se inspeção diária. Se a ferida evoluir sem sinais de infecção até o 4º dia, procede-se ao fechamento normal. Caso contrário, faz-se a opção pelo tratamento aberto.
  • 14. Tratamento Aberto • Destinado a feridas infectadas ou quando o fechamento primário e primário retardado são contra-indicados ou falham. • Após colher material para cultura, a ferida é mantida aberta para drenar espontaneamente, sendo apenas recoberta com gaze umedecida em solução salina. • Se a ferida apresentar sinais de disseminação (linfangite, linfadenite e celulite), deve-se administrar antibiótico de largo espectro até obtenção de maiores indícios sobre o agente bacteriano responsável. • A cura processa-se pela formação de tecido de granulação e re- epitalização. O resultado estético em geral não é bom.
  • 15. http://www.vdeclair.com.br/doc/feridas_traumaticas.pdf http://www.vdeclair.com.br/doc/feridas_traumaticas.pdf http://www.vdeclair.com.br/doc/feridas_traumaticas.pdf Cicatrização http://www.vdeclair.com.br/doc/feridas_traumaticas.pdf http://www.vdeclair.com.br/doc/feridas_traumaticas.pdf http://www.vdeclair.com.br/doc/feridas_traumaticas.pdf
  • 16. Fechamento Secundário • Destinado a feridas cujo tratamento evolui bem. • Consiste na aproximação das bordas por sutura ou enxertia. • A cura se processa por terceira intenção, pois o fechamento é realizado em um momento mais tardio, quando há tecido de granulação.
  • 17. Síntese • Suturas na pele: fio não absorvível (Nylon); • Suturas no subcutâneo: fio absorvível sintético 4-0 ou 5-0; • Os pontos mais importantes são: ponto simples, ponto Blair Donati, ponto em X; • Na sutura de feridas traumáticas, os pontos separados são mais adequados devido à sua maior segurança: na eventualidade da soltura de um ponto ou da ocorrência de infecção, não há prejuízo importante para o conjunto.
  • 18. Cicatrização • Fatores que influenciam:  Nutrição  Oxigenação  http://jornalcidade.uol.com.br/fotos/Antitabagis Volume Circulante mo/fotos_0109172415000000.jpg  Diabetes http://jornalcidade.uol.com.br/fotos/Antitab agismo/fotos_0109172415000000.jpg  Uso de esteróides  Quimioterapia  Politraumatizados http://jornalcidade.uol.com.br/fotos/Antitabagis  mo/fotos_0109172415000000.jpg Tabagismo http://jornalcidade.uol.com.br/fotos/Anti tabagismo/fotos_0109172415000000.jpg
  • 19. Profilaxia - Tétano História de imunização Incerta ou menos de 3 doses 3 ou mais doses contra o tétano (DTP, DT, dT ou TT) Tipo de ferimento Esquema Esquema Ferimento leve não Se menor de 7 anos, aplicar DTP Só aplicar a vacina contaminado completando 3 doses, com (dT) se tiverem intervalos de 2 meses (mínimo 30 decorridos mais de dias). 10 anos da última Se 7 anos ou mais, aplicar dupla dose. (dT), completando 3 doses, com intervalo de 2 meses (mínimo 30 Não aplicar o soro dias). antitetânico Não aplicar o soro antitetânico (homólogo ou (homólogo ou heterólogo). heterólogo).
  • 20. Profilaxia - Tétano Todos os outros Se menor de 7 anos, aplicar DTP Só aplicar a ferimentos completando 3 doses, com vacina (dT) se intervalos de 2 meses (mínimo 30 tiverem dias). decorridos mais Se 7 anos ou mais, aplicar dupla de 10 (dT), completando 3 doses, com anos da última intervalo de 2 meses (mínimo 30 dose. dias). Não aplicar o soro Aplicar o soro antitetâncio. antitetânico Soro heterólogo - administrar (homólogo ou 5.000 unidades, por via heterólogo). intramuscular, após tratamento preventivo de anafilaxia. Soro homólogo - administrar via intramuscular, 250 unidades com título de 1:400, ou dosagem equivalente com outro título.
  • 21. Queimaduras • Queimaduras são lesões dos tecidos orgânicos em decorrência de trauma de origem térmica resultante da exposição ou contato com chamas, líquidos quentes, superfícies quentes, eletricidade, frio, substâncias químicas, radiação, atrito ou fricção.
  • 22. Epidemiologia • Estima-se que ocorrem um milhão de acidentes com queimaduras por ano no Brasil • De acordo com a Organização Mundial de Saúde, mais de 195.000 mortes acontecem por conta de queimaduras em geral • 2/3 dos acidentes ocorrem dentro do ambiente domiciliar • 58% das vítimas são crianças
  • 23. Classificações • Quanto ao agente causal:  Físicos: temperatura: vapor, objetos aquecidos, água quente. eletricidade : corrente elétrica, raio. radiação : sol, aparelhos de raios X, raios ultra-violetas, nucleares.  Químicos: produtos químicos: ácidos, bases, álcool, gasolina.  Biológicos: animais: água-viva, medusa. vegetais : o látex de certas plantas, urtiga.
  • 24. Classificações • Quanto à profundidade da lesão:  1º GRAU  Não sangra , geralmente seca  Coloração rosada e presença de inervação www.mdsaude.com/2008/08/queimaduras-fotos.html&doci  Não passam da Epiderme  Queimadura de Sol(exemplo)  Hiperemia(Vermelhidão)  Dolorosa
  • 25. Classificações  2º GRAU  Atinge derme  Úmida  Presença de Flictenas(Bolhas)  Rosa, Hiperemia(Vermelhidão)  Dolorosa  Cura espontânea mais lenta, com possibilidade de formação de cicatriz http://2.bp.blogspot.com/_pMxMXFn7L- 4/TO1Dq1RY2QI/AAAAAAAARHE/Q1rLMlAJ21s/s1600/queimadura+2%25C2%25BA+grau+1.jpg
  • 26. Classificações  3º GRAU  Atinge todos os apêndices da pele  Ossos , músculos, nervos , vasos  Pouca ou nenhuma dor  Úmida  Cor Branca, Amarela ou Marrom  Não cicatriza espontaneamente, necessita de enxerto http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTALX5lzrOZ2rKrpWx26NSKVH_- f0ouIMZFjo45x3NfGclwrVysh7htL0P7QQ
  • 27. Classificações WALLACE. Ann R Coll Surg Engl. 1949;5(5):283-300
  • 28. Classificações • Quanto à extensão:  Pequena (<10%)  Média (10-25%)  Grande (>25%) - Cálculo da área queimada
  • 29. Lund Browder  O mais avançado método de calculo de área queimada  Leva em consideração as várias faixas de idade com precisão
  • 30. Fisiopatologia  TEMPERATURA X TEMPO (44°C POR 6h) - Depressão imediata das Imunoglobulinas - Trombose dos vasos (3 a 4sem.)  - PERMEABILIDADE CAPILAR - Hemólise - 4 dias = perda plasmática é 2 x pool total  COAGULAÇÃO, ESTASE E HIPEREMIA - - diminuição ventilação  PERDA BARREIRA CUTÂNEA - Hiperacidez do muco gástrico - Catabolismo de 2 a 3 X
  • 31. Fisiopatologia Agressão do Tecido Pele Exposição do Colágeno Liberação de Substâncias Vasoativas Vaso
  • 32. Fisiopatologia • Extravasamento de plasma (eletrólitos e proteínas) EDEMA • Substancias Vasoativas: NO, histamina, cininas e cascata do Ácido Araquidônico. • Riscos para o paciente: - Choque hipovolêmico - Perda de eletrólitos - Choque Séptico - Acidose
  • 33. Fisiopatologia Mastócitos Histamina Exposição Choque Hipovolêmico Agressão ao tecido 1º Risco De Sist. Calicreína APC Perda de Eletrólitos Colágeno 2º Risco Cininas Prostaglandinas Fosfolipase E outros Ac. Araquidônico Alterações no Sistema Imune Sepse/Choque Séptico Perda da Barreira Mecânica Invasão de Bactérias 3º Risco Aumento do catabolismo Resposta Metabólica Liberação de hormônios Acidose Metabólica 4º Risco Uso das reservas energéticas
  • 34. Indicações – Centro Especializado • Queimadura de II e III com 10%, <10a e >50a • Queimadura de II e III com 20% qualquer idade • Queimadura de face, mãos, pés, períneo, articulações • Queimadura de III com 5% • Trauma elétrico • Queimadura Química • Lesão Inalatória • Queimadura Circunferencial do Tórax • Patologias associadas (Diabetes, Cardiopatia, Renal)
  • 35. Tratamento • Hidratação 4 ml de Lactato de Ringer ou Soro Fisiológico kg Área queimada Composição do Ringer Sódio Cloro A solução deverá ser administrada nas primeiras 24 horas Potássio  ½ nas 8 horas após trauma; Cálcio  Reavaliar de hora em hora. Lactato
  • 36. Tratamento • Analgesia – Morfina EV • Hipotermia: crianças, ambiente / soluções aquecidas • Profilaxia do tétano • Aparelho digestivo: vômito, íleo, úlcera de Curling • Alimentação precoce: Dieta oral e enteral • Profilaxia do tromboembolismo • Escarototomia (drenagem do volume ocasionado pelo edema)
  • 37. Tratamento Local • Limpeza • Tricotomia • Banho + sabão líquido • Debridamento • Curativo • Fisioterapia respiratória/motora • Posicionamento adequado http://1.bp.blogspot.com/_ul5oW_DowJw/RuLKoGRgmeI/AAAAAAAAAA8/7wsE0 3iTd3s/s320/queimado_vivo.jpg
  • 38. Tratamento  Agentes Tópicos: • Solução fisiológica 0,9% (Hipertônica) • Colagenase • Nitrato de prata 0,5% • Sulfadiazina de prata 1% • Nitrato de cério 2,2% + Sulfadiazina de prata 1% • Óleo Vegetal  Tratamento Cirúrgico • EXCISÃO E ENXERTIA PRECOCE • Tecido necrótico removido • Leito receptor viável • Não necessita de tecido de granulação • Potencialmente contaminado • Enxerto deve ser fixado ao leito receptor
  • 39. Tratamento  Alo-enxertia  Auto- enxertia http://www.cabuloso.xpg.com.br/portal/images/galleries/6014/21137.jpg http://www.cabuloso.xpg.com.br/portal/images/galleries/6014/21137.jpg
  • 40. Tratamento  Cultura de células • Tratamento do grande queimado • Lâmina simples de queratinócitos cultivados • Experiência clínica • Combinação das 2 camadas • http://www.cabuloso.xpg.com.br/portal/images/gal Substituto dérmico leries/6014/21137.jpg Cultura de Queratinócitos – 5 dias Confluência de colônias de queratinócitos
  • 41. Atendimento Pré-Hospitalar • Informe-se sobre qual o mecanismo de lesão; • Avalie segurança do local;  Em caso de queimaduras elétricas certifique-se sobre o desligamento da fonte de energia. Já em queimaduras químicas remova o agente com água antes de entrar em contato. • Avalie nível de consciência pelo método AVDI(Alerta, responde à estímulos Verbais, responde a estímulos de Dor ou está Inconsciente); • Chame ajuda; • CAB.
  • 42. Atendimento Pré-hospitalar • Exposição da vítima – Retirar roupas não aderidas, joias e adereços antes do edema; • Tempo : 2 minutos no máximo; • Caso vítima instável, seguir para hospital imediatamente, já continuando o exame na ambulância. • Se estável pode-se proceder os próximos passos no próprio local a espera de socorro.  Verificação de Sinais Vitais;  Monitorização;  Anamnese(Sintomas, patologias pregressas, alergias, etc);  Acesso Venoso e Hidratação Rápida.
  • 43. Atendimento Pré-hospitalar  Exame Secundário • Resfriamento das áreas queimadas • Busca de sinais e sintomas de traumas associados • Estimativa da área queimada e profundidade
  • 44. Referências • Feridas Traumáticas: assistência à lesões com exposição de tendão e óssea. A C Beust da Silva, S M J Prazeres, V Declair. 2006; 38-40. • Organização Mundial de Saúde - www.who.int/mipfiles/2014/Burns1.pdf • Queimados, C R B V Junior, L B de Almeida. Disponível em: SITE • Infecção em cirurgias de emergências e trauma: prevenção, diagnóstico e tratamento. A Z Júnior. 2007; 40 (3): 339-34. • Curso Continuado de Cirurgia Geral do Capítulo de São Paulo do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. A Gragnani.