O documento discute a cirrose hepática e suas complicações, incluindo ascite. Apresenta as funções do fígado e como a cirrose afeta cada uma delas. Detalha as causas, diagnóstico e tratamento da ascite, incluindo paracentese, uso de diuréticos e restrição de sódio. Também aborda complicações como peritonite bacteriana espontânea e síndrome hepato-renal.
8. ASCITE
• Acúmulo de líquido
dentro da cavidade
peritoneal > 25 ml
• Complicação mais
comum no paciente
cirró`co
• No cirró`co, indica pior
prognós`co
Ø Mortalidade: 40% em
1 ano
Ferreira C T, Gastroenterologia e hepatologia
em pediatria,Medsi, 2003
19. TRATAMENTO DA ASCITE
• Acúmulo de líquido ocorre por
maior reabsorção de sódio e não
por diminuição da filtração
• Diuré`cos:
Ø Espironolactona (100-400 mg/dia)
Ø Furosemida (40-160 mg/dia)
• Perda ponderal desejada
Ø 0,5 Kg/dia sem edema periférico
Ø 1,0 Kg/dia com edema periférico
DESCONHECIDO ALDOSTERONA
22. ASCITE REFRATÁRIA
¢ Ascite refratária ao uso de diuré3cos: baixa
resposta a restrição de sódio e uso de diuré3cos em
dose máxima
¢ Ascite intratável com diuré3cos: pacientes com
complicações induzidas por diuré3cos, que
contraindicam a medicação
26. 1.5–3.5%: pacientes ambulatoriais
10% dos hospitalizados
• Peritonite bacteriana espontânea: contagem de
polimorfonucleares (PMN) > 250 cel/mm³,
INDEPENDENTE de cultura posi3va, na ausência de
doença infecciosa/inflamatória intra-abdominal
Cultura nega`va: 40% dos casos
• Prevenção com an`bió`co se PT DO LIQUIDO < 1,5
INFECÇÕES DO LÍQUIDO ASCÍTICO
PBE
27. • Após o primeiro episódio de PBE, 70%
RECORRERÃO em 1 ano
• Geralmente associada a doença hepá3ca grave
• RISCO DE DISFUNÇÃO RENAL (EXPANSÃO COM
ALBUMINA PARA PREVENÇÃO)
Albumina 1,5 g/Kg no primeiro dia e 1,0 g/Kg no
terceiro dia
• Mortalidade: 5-20%, quando tratada precocemente
PERITONITE BACTERIANA
ESPONTÂNEA
32. • Diagnós`co:
Ø Paracentese com contagem de leucócitos do
líquido
Ø PMN > 250 cel/mm³
Ø Cultura posi3va:
§ Apenas em 40% das culturas
§ Principais bactérias: E. coli, Klebsiella, S. pneumoniae, Enterococos
PERITONITE BACTERIANA
ESPONTÂNEA
33. Tratamento:
Ø Após a análise com PNM > 250, deve-se iniciar
an3bio3coterapia antes do resultado de culturas
Ø An3bió3cos com boa penetração peritoneal:
§ Cefalosporina de 3ª geração (Ce€riaxona, EV, 2g/dia)
§ Ciprofloxacino (7 dias EV ou 2 dias EV e 5 dias VO)
§ Amoxacilina + Ácido Clavulânico
Ø Avaliar queda de 25% do números de PMN, em
segunda paracentese depois de 48h de an3bió3co
PERITONITE BACTERIANA
ESPONTÂNEA
46. Cardiomiopa3a X SHR
“Síndrome Cardiorrenal”
• A disfunção cardíaca subjacente precede o
desenvolvimento de SHR.
• Disfunção diastólica é preditor de SHR1 e
mortalidade.
• Síndrome cardiorrenal: condição em que a
disfunção cardíaca é o maior determinante da
função renal e sobrevida em pacientes com
hepatopa3a avaçada.
47.
48. Cardiomiopa3a X TIPS
• Aumento abrupto do volume circulante
central (pré-carga).
• Pode desmascarar uma
cardiopa3a silenciosa
(inabilidade do coração
e m s e a j u s t a r a o
aumento de volume).
.
50. Tratamento
• iniciado na presença de sintomas.
• Não existe terapia farmacológica específica
para a cardiomiopa3a cirró3ca.
• O manejo é similar ao de outras cardiopa3as
(restrição de sal e fluidos, diuré3cos, redução
da pós-carga).
• A redução da pós carga é um desafio em
cirró3cos, que já tedem a hipotensão arterial.
51. Tratamento
Betabloqueadores
• O beneZcio na cardiomiopa3a cirró3ca não é
tão claro quanto nas outras causas de
insuficiência cardíaca.
• Pode ocorrer normalização do intervalo QT
( c o m b e n e Z c i o s n a d i s s o c i a ç ã o
eletromecânica).
• Porém, a redução no débito cardíaco pode ter
efeitos deletérios, principalmente durante
estresse.
52. Melhora significa3va dos
parâmetros cardíacos 6-12
meses apóso transplante.
Todas as alterações se
normalizaram:
• estado hiperdinâmico
• função sistólica basal
• hipertrofia da parede
ventricular
• função diastólica no
repouso e exercício
• resposta sistólica ao
exercício
63. Hipertensão portal: Definição
• Definida hemodinamicamente pelo
aumento patológico do gradiente de
pressão portal (diferença de pressão
entre a veia porta e a veia cava inferior) e
pela formação de shunts porto-sistêmicos
colaterais. (J.Bosch et al., The management of portal
hypertension: rational basis, avaible treatments and future
options, J. Hepatology (2008)).
64. Hipertensão portal: Definição
• Pressão portal: VN 1 – 5 mmHg
• > 10 mmHg: clinicamente importante
• > 12 mmHg: risco de sangramento, alta
morbidade e mortalidade
• Mensuração indireta: Gradiente de
pressão venosa hepática (HVPG)
Samonakis, Triantos, Thalheimer, et al / Postgrad. Med. J. 2004
J.Bosch et al., The management of portal hypertension: rational basis,
avaible treatments and future options, J. Hepatology (2008)
65.
66.
67. Hipertensão portal: Etiologia
• Cirrose 90% (países ocidentais)
• Esquistossomose
J.Bosch et al., The management of portal hypertension: rational basis,
avaible treatments and future options, J. Hepatology (2008)
68. Classification of portal hypertension according to the anatomic site of
increased resistance to portal blood flow
Prehepatic
Splenic vein
thrombosis
Portal vein
thrombosis
Congenital
stenosis of the
portal vein
Extrinsic
compression of
the portal vein
Arteriovenous
fistulae
Intrahepatic
Cirrhosis (viral, alcoholic, biliary,
metabolic)
Granulomatous diseases
(schistosomiasis, sarcoidosis,
tuberculosis, PBC)
Partial nodular transformation*
Nodular regenerative hyperplasia*
Congenital hepatic fibrosis
Peliosis hepatis
Idiopathic portal hypertension*
Hypervitaminosis A
Amyloidosis
Mastocytosis
Rendu-Osler-Weber
Liver infiltration in hematologic diseases
Acute fatty liver of pregnancy
Severe acute viral and alcoholic hepatitis
Chronic active hepatitis
Hepatocellular carcinoma
Posthepatic
Hepatic vein
thrombosis
(Budd-Chiari
syndrome)
Congenital
malformations
and thrombosis
of the inferior
vena
cava
Constrictive
pericarditis
Tricuspid valve
diseases
69. Hipertensão portal: História natural
• Varizes: 40% dos pacientes compensados
60% dos pacientes com ascite
5-10% ao ano (incidência)
pequeno àgrande: 5 -30% ao ano
sangramento: 4% ao ano
• Preditores de sangramento: tamanho da
variz, Child, presença de sinais vermelhos
J.Bosch et al., The management of portal hypertension: rational basis, avaible treatments and future
options, J. Hepatology (2008)
70. Hipertensão portal: História natural
• 20% dos pacientes com sangramento
agudo evoluem com óbito em 6 semanas.
• 5 - 8%: mortalidade imediata.
• Sangramento cessa espontaneamente em
40 – 50% dos pacientes.
• Ressangramento: 30 – 40% em 6
semanas
J.Bosch et al. / J. Hepatology (38) 2003
78. Bosch et al , Seminars in Liver Disease/Volume 28, number 1 2008
79. Hipertensão portal: terapia
• O principal alvo da terapêutica é
intervir nessa cascata de eventos no
sentido de reduzir a hipertensão portal
J.Bosch et al. / J. Hepatology (38) 2003
80. Bosch et al , Seminars in Liver Disease/Volume 28, number 1 2008
82. Tratamento do sangramento varicoso
• Reposição volêmica (1b;A)
• Antibioticoprofilaxia deve ser
instituída na admissão (1a;A)
Evolving Consensus in Portal Hypertension / Journal of Hepatology 43 (2005) 167–176