Aula 2 estrutura de capital - soc. ações. - mercados financeiros
1. Estrutura de Capital
•
composição de dívida de longo prazo e capital próprio
mantida pela empresa
•
é uma das mais complexas na tomada de decisão
financeira devido à sua inter-relação com outras
variáveis consideradas na decisão financeira.
•
Decisões de estrutura de capital inadequadas podem
resultar em um alto custo de capital.
•
As decisões apropriadas sobre estrutura de capital
podem reduzir o custo de capital.
2. 2/15
Tipos de Capital
Todos os itens no lado direito do balanço patrimonial da
empresa, excluindo o passivo circulante, são fontes de
capital. O balanço patrimonial simplificado a seguir ilustra
a divisão básica do capital total em seus dois
componentes: capital de dívida e patrimônio líquido:
3. 3/15
Sociedades por Ações, Ações
Ordinárias e Ações Preferenciais
As empresas podem levantar capital próprio por meio de
venda de ações ordinárias e preferenciais. Todas as
sociedades por ações, a princípio, emitem ações ordinárias
para levantar capital. Algumas delas posteriormente emitem
mais ações ordinárias ou preferenciais para levantar mais
capital.
Sociedade por ações – é uma entidade legal com poderes de
uma pessoa, no sentido de que pode mover ações judiciais e
ser acionada judicialmente, firmar e ser parte em contratos, e
adquirir bens em seu nome. Embora as empresas com essa
forma jurídica de organização sejam minoria, são
dominantes no que concerne a faturamento e lucros.
4. 4/15
Os proprietários de uma sociedade por ações são
os acionistas e seu direito de propriedade, ou
equity, é representado tanto por ações ordinárias
como por preferenciais. Os acionistas esperam
ser remunerados através de dividendos –
distribuição periódica de lucro – ou pela
realização de ganhos decorrentes do aumento do
preço da ação.
Exemplo de S/A‘s no Brasil:
CVRD;
Petrobras;
Grupo Pão de Açúcar;
Etc.
5. 5/15
Ações Ordinárias
Os verdadeiros proprietários das S/A‘s são os
acionistas ordinários. Eles são chamados de
proprietários residuais porque recebem o que sobra –
o resíduo – depois de atendidos todos os demais
direitos sobre resultados e ativos da empresa. Gozam
de uma única garantia: não podem perder mais do
que investiram na empresa. Por causa dessa
condição cheia de ―incertezas”, os acionistas
ordinários esperam ser remunerados com dividendos
condizentes e, afinal, com ganhos de capital.
6. 6/15
De modo geral, cada ação ordinária dá a seu
titular direito a um voto na eleição do conselho de
Administração e na deliberação de assuntos
especiais. Os votos podem ser transferíveis por
procuração e devem ser feitos na assembleia
anual de acionistas.
7. 7/15
Ações Preferenciais
Conferem aos titulares privilégios que lhes dão
prioridade em relação aos acionistas ordinários. As
ações preferenciais são muitas vezes consideradas
como quase dívida porque especificam um
pagamento periódico fixo (dividendos) que se
assemelha ao pagamento de juros. Têm preferência
em relação aos ordinários na distribuição dos lucros e
também na liquidação dos ativos de uma empresa
falida. Por conferirem um direito fixo sobre os
resultados da empresa com prioridade em relação
aos acionistas ordinários, os preferenciais estão
expostos a um risco menor. Por isso, não costumam
ter direito a voto.
8. 8/15
Estrutura das S/A’s
Como veremos na figura, a administração das S/A‘s
encontra-se organizada de forma democrática. Os
acionistas (proprietários) votam periodicamente para
eleger os membros do Conselho de Administração e
deliberar sobre outras questões, como a alteração do
estatuto social. O Conselho de Administração costuma ser
responsável pelo desenvolvimento de planos e objetivos
estratégicos, pelo estabelecimento de políticas gerais,
pela orientação dos negócios da empresa, pela aprovação
de grandes dispêndios e pela contratação ou demissão,
pela remuneração e pelo monitoramento dos principais
diretores e executivos. Os membros do Conselho podem
ser tanto ―internos‖, como altos executivos da firma,
quanto ―externos‖, como executivos de outras firmas.
9. Acionistas
Acionistas
Acionistas
9/15
Acionistas
Conselho de Administração
CEO – Presidente Executivo
Vice-Presidente de RH
Vice-Presidente de
Operações Industriais
CFO – Vice-Presidente de
Finanças
Vice-Presidente de Marketing
Tesoureiro
Gerente de Caixa
Gerente de Câmbio
Gerente de
Investimento de
Capital
Vice-Presidente de Recursos
de TI
Controller
Gerente de Crédito
Gerente de
Planejamento e
Captação de Fundos
Gerente de
Contabilidade
Gerencial
Gerente de Assuntos
Fiscais
Gerente de
Contabilidade de
Custos
10. 10/15
O Presidente ou Diretor Executivo (CEO – Chief
Executive
Officer)
é
responsável
pela
administração da empresa no dia a dia e pela
execução das políticas estabelecidas pelo
conselho de administração. O CEO deve
apresentar relatórios periódicos aos membros do
conselho.
11. Objetivo da empresa
Maximização do lucro?
Receita de vendas
$ 100.000 Entrada de caixa
$ 100.000
Menos: custos
$
80.000 Menos: saída de caixa $
80.000
Lucro líquido
$
20.000 Fluxo líquido de caixa $
20.000
A maximização do lucro não leva em conta as diferenças em
termos de níveis de fluxos de caixa, sua distribuição no tempo e o
risco desses fluxos de caixa.
12. Objetivo da empresa
Maximização da riqueza do acionista
• Por quê?
• Porque
a
maximização
da
riqueza
do
acionista
leva
adequadamente em conta os fluxos de caixa, a distribuição dos
fluxos no tempo e seu risco
13. Objetivo da empresa
Valor econômico adicionado (EVA )
• O valor econômico adicionado (EVA®) é uma medida popular
utilizada por muitas empresas para determinar se um
investimento — proposto ou existente — contribui de maneira
positiva para a riqueza dos acionistas.
• O EVA® é calculado subtraindo dos lucros operacionais
líquidos de um investimento o custo dos fundos utilizados para
financiá-lo.
• Investimentos com EVA® positivo aumentam a riqueza do
acionista, e aqueles com EVA® negativo diminuem sua riqueza
14. Objetivo da empresa
E quanto aos grupos de interesse?
• Os outros grupos de interesse incluem todos os indivíduos com
algum vínculo econômico direto com a empresa, como:
–
–
–
–
–
funcionários;
clientes;
fornecedores;
credores;
proprietários.
• Esse ponto de vista, que leva em conta os outros grupos de
interesse, indica que a empresa deve fazer um esforço deliberado
para evitar ações prejudiciais à riqueza desses grupos.
• Diz-se que essa é uma visão ‗socialmente responsável‘.
15. O papel da ética
Definição de ética
Ética é o conjunto de padrões de conduta ou julgamento moral
— tem-se transformado numa questão fundamental tanto em
nossa sociedade quanto na comunidade financeira.
• As violações éticas geram enorme publicidade. A publicidade
negativa produz, em geral, impactos também negativos sobre
uma empresa.
16. O papel da ética
Análise dos aspectos éticos
• Para avaliar a viabilidade ética de uma ação proposta, deve-se
perguntar:
– A ação é arbitrária ou caprichosa? Concentra-se injustamente
em um indivíduo ou grupo?
– A ação viola os direitos morais ou legais de algum indivíduo ou
grupo?
– A ação está de acordo com os padrões morais aceitos?
– Existem alternativas de ação que tenderiam a causar menos
danos efetivos ou potenciais?
17. O papel da ética
Ética e preço da ação
• Os programas de comportamento ético procuram:
– reduzir a ocorrência de litígios e os custos judiciais;
– manter uma imagem positiva da empresa;
– aumentar a confiança dos acionistas;
– conquistar a lealdade, o comprometimento e o respeito dos diversos
grupos de interesse vinculados à empresa.
O resultado esperado de tais programas é um impacto
positivo sobre o preço da ação da empresa.
18. Questões de agency
O problema de agency
• Sempre que um administrador detém menos de 100% do capital
da empresa, há um possível problema de agency.
• Teoricamente, os administradores deveriam atuar de acordo
com a maximização da riqueza do acionista.
• Entretanto, eles também se preocupam com sua riqueza
pessoal, com a segurança de seu emprego, com benefícios
indiretos e com seu estilo de vida.
• Isso pode fazer com que os administradores não atuem de
maneira a sempre beneficiar os acionistas da empresa.
19. A questão de agency
Solução do problema
• Forças de mercado, como os principais acionistas e a ameaça
de conquista de controle por outra empresa, ajudam a pressionar
os administradores a se preocuparem com o desempenho da
empresa.
• Custos de agency podem garantir que os administradores atuem
de acordo com os interesses dos acionistas.
20. A questão de agency
Solução do problema
• Exemplos
incluem
restrições
ou
monitoramento
do
comportamento dos administradores, bem como a montagem de
esquemas de remuneração que alinhem os interesses deles aos
dos acionistas.
• Entretanto, estudos recentes não têm sido capazes de encontrar
uma forte relação entre remuneração de executivos e preço da
ação.
21. Instituições e mercados financeiros
• As empresas que necessitam de fundos
externos podem obtê-los de três maneiras:
– junto a um banco ou outra instituição financeira;
– nos mercados financeiros;
– por meio de colocações fechadas.
22. Instituições e mercados financeiros
Instituições financeiras
• As
instituições
financeiras
atuam
como
intermediárias,
promovendo a canalização das poupanças de indivíduos,
empresas e órgãos do governo para empréstimos ou aplicações.
• Os principais fornecedores e demandantes de fundos são
indivíduos, empresas e órgãos governamentais.
• Em geral, os indivíduos são fornecedores líquidos de fundos,
enquanto as empresas e os órgãos governamentais são
demandantes líquidos de fundos.
23. Mercados financeiros
• Os mercados financeiros são fóruns nos quais os fornecedores
e os demandantes de fundos podem transacionar diretamente.
• Os dois principais mercados financeiros são o mercado
monetário e o mercado de capitais.
• As transações de títulos negociáveis de curto prazo ocorrem no
mercado monetário, e as de títulos de longo prazo, no mercado
de capitais.
24. Mercados financeiros
• Independentemente de serem posteriormente negociados no
mercado monetário ou no mercado de capitais, os títulos são
inicialmente lançados no mercado primário.
• Esse mercado é o único no qual o emitente, seja uma empresa
ou um órgão governamental, envolve-se diretamente com a
transação e recebe algum benefício.
• Uma vez emitidos, os títulos passam a ser negociados nos
mercados secundários, como as Bolsas de Valores.
25. Mercado monetário
• O mercado monetário é criado por uma relação financeira entre
fornecedores e demandantes de fundos de curto prazo (com
prazo de vencimento de no máximo um ano).
• A maioria das transações de mercado monetário envolve títulos
negociáveis, ou seja, instrumentos de dívida de curto prazo,
como letras do Tesouro e notas promissórias comerciais.
• As transações no mercado monetário podem ser executadas
diretamente ou com a ajuda de um intermediário.
26. Mercado de capitais
• O mercado de capitais permite transações entre fornecedores e
demandantes de fundos de longo prazo.
• Os principais instrumentos de mercado de capitais são
obrigações (dívidas de longo prazo) e ações ordinárias e
preferenciais (títulos de participação acionária ou propriedade).
• As obrigações são instrumentos de dívida de longo prazo
utilizados por empresas e órgãos governamentais para levantar
volumes substanciais de recursos, em geral junto a um grupo de
fornecedores.
• Ações ordinárias são unidades de participação acionária ou
propriedade de uma sociedade por ações.
27. Mercados de valores
Mercados organizados de valores
• As bolsas de valores são mercados secundários tangíveis nos
quais ocorrem compras e vendas de títulos.
• São responsáveis por cerca de 46% do volume monetário total
das transações domésticas de ações.
• Somente as empresas maiores e mais rentáveis preenchem os
requisitos de registro nas Bolsas de Valores.
28. Mercados de valores
Mercados organizados de valores
• Somente aqueles que possuem títulos patrimoniais de uma
bolsa podem realizar negócios no pregão.
• Os negócios são realizados por meio de um processo de leilão,
no qual especialistas ‗fazem mercado‘ para títulos específicos.
• Como remuneração pela execução de ordens, os especialistas
ganham dinheiro na diferença entre preço de compra e preço de
venda ou spread.
29. 29/8
Initial Public Offering (IPO)
• A Oferta Pública Inicial de Ações constitui um
evento de transformação na organização. É o
momento onde a empresa passará a ter o seu
capital
negociado
de
forma
normalmente, em bolsa de valores.
pública,
30. 30/15
Bibliografia
• GITMAM, Laurence J. Princípios de
Administração Financeira. 12ª ed. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
• RIBEIRO, O.M. Estrutura e Análise de Balanços
Fácil. 8ª ed. ampl. e atual – São
Paulo, Saraiva, 2009.