O documento descreve protestos em São Paulo contra o aumento das tarifas de transporte público. O Movimento Passe Livre propôs suspender os protestos por 45 dias se as tarifas também fossem suspensas. Houve atos de vandalismo e confrontos com a polícia, resultando em prisões. O governador criticou a violência durante as manifestações.
2. Movimento pede suspensão do aumento
de tarifas para acabar com protestos
• São Paulo – O Movimento Passe Livre e o Ministério Público do Estado de
São Paulo decidiram hoje (12) apresentar à prefeitura e ao governo
estadual uma proposta para suspensão do aumento das tarifas dos
transportes públicos. Na reunião, que foi intermediada pelo Ministério
Público e contou com a participação de representantes dos governos
estadual e municipal, o movimento concordou em parar com as
manifestações de protesto nas ruas da capital se a prefeitura e o governo
estadual suspenderem, por 45 dias, o aumento das tarifas nos ônibus, no
metrô e nos trens.
• A depredação de veículos e os enfrentamentos entre manifestantes e
policiais espalharam-se pela região central da cidade, com danos a ônibus,
agências bancárias e estações de metrô.
3. • A Polícia Militar prendeu 17 pessoas suspeitas de envolvimento nos atos
de vandalismo, das quais 11 continuavam presas até o início da tarde. A
Companhia do Metropolitano de São Paulo estimou que os danos nas
estações de metrô cheguem a R$ 36 mil.
• Está prevista para a noite de hoje uma vigília pela libertação dos que
continuam presos. O Coletivo Desentorpecendo a Razão, responsável pelo
ato, alega que houve excesso na ação policial.
4. Alckmin critica manifestação em São
Paulo
• São Paulo – O governador Geraldo Alckmin classificou de “baderna” e
“vandalismo” a ação dos manifestantes que protestaram ontem (11), na
capital paulista, contra o aumento das tarifas do transporte público.
Alckmin, que está em Paris para apresentação da candidatura de São
Paulo à Expo Mundial 2020, disse que será exigido o ressarcimento
relativo à destruição de patrimônio, seja público ou privado.
• “Isso extrapola o direito de expressão, isso é absoluta violência,
vandalismo, baderna e é inaceitável”, disse o governador, que defendeu a
ação da Polícia Militar (PM) para conter os manifestantes. “[A PM] agiu
com profissionalismo. Houve, inclusive, policiais feridos pela violência do
movimento."Agora, é preciso identificar e punir os responsáveis pela
destruição do patrimônio público, porque é patrimônio coletivo",
acrescentou o governador.
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16. Após sugerir morte de manifestantes,
promotor se arrepende e exclui post
• O promotor de Justiça Rogério Leão Zagallo, da 5ª Vara do Júri de São Paulo, diz
ter se arrependido da maneira como declarou nesta sexta-feira (7), em sua página
pessoal no Facebook, sua revolta contra a manifestação contra o aumento das
tarifas no transporte público.
• Na ocasião, o promotor chegou a escrever no Facebook que a Tropa de Choque
poderia "matar os manifestantes" e que arquivaria "o inquérito policial" caso isso
ocorresse, mas apagou o post polêmico.
• Ele ficou irritado com o trânsito provocado por uma manifestação contra o
aumento das tarifas do transporte público, que bloqueou um dos sentidos da
Marginal Pinheiros nesta sexta-feira. A cidade chegou a registrar 226 km de
lentidão na área sob monitoramento da Companhia de Engenharia de Tráfego
(CET) durante a noite.
• Procurado pelo G1, Caio Martins, integrante do Movimento Passe Livre, disse que
a declaração do promotor “é inadmissível na democracia”. Segundo o estudante,
“é descabido ele (o promotor) entender a luta social como crime, e entender a
manifestação popular como caso de polícia”, afirmou.
• Após incitar violência em ato, promotor será desligado do Mackenzie.
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18. Significado de Público
adj.
1. que depende do Estado: escola pública
2. que pode ser utilizado por todos: jardim público
3. conhecido por todos: tornar público
19. Jovens vão às ruas e nos mostram que
desaprendemos a sonhar
• O fundamental não é lutar pelo direito de fumar maconha em paz na sala
da sua casa. O fundamental não é o direito de andar vestida como uma
vadia sem ser agredida por machos boçais que acham que têm esse
direito porque você está "disponível". O fundamental não é garantir a
opção de um aborto assistido para as mulheres que foram vítimas de
estupro ou que correm risco de vida. O fundamental não é impedir que a
internação compulsória de usuários de drogas se transforme em
ferramenta de uma política de higienismo social e eliminação estética do
que enfeia a cidade. O fundamental não é lutar contra a venda da pena de
morte e da redução da maioridade penal como soluções finais para a
violência. O fundamental não é esculachar os torturadores impunes da
ditadura. O fundamental não é garantir aos indígenas remanescentes o
direito à demarcação das suas reservas de terras. O fundamental não é o
aumento de 20 centavos num transporte público que fica a cada dia mais
lotado e precário.
http://dc-5bfcb017.projetobr.com.br/blog/luisnassif/jovens-vao-as-ruas-e-nos-mostram-
que-desaprendemos-a-sonhar
20. • Não é meu caso. Não tenho nem sombra de dúvida de que prefiro esses
inconformados que atrapalham o trânsito e jogam pedra na polícia. Ainda
que eles nos pareçam filhinhos-de-papai, ingênuos em seus sonhos,
utópicos em suas propostas, politicamente manobráveis em suas
reivindicações, irresponsavelmente seduzidos pelos provocadores de
sempre.
• Desde a Antiguidade, esses jovens ingênuos e irresponsáveis são o sal da
terra, a luz do sol que impede que a humanidade apodreça no bolor da
mediocridade, na inércia do conformismo, na falta de sentido do
consumismo ostentatório, nas milenares pilantragens travestidas de
iluminação espiritual.
36. O aumento das tarifas de ônibus, generalizado pelo Brasil, foi o estopim para que
viesse à tona uma revolta muito mais profunda, que é mais aguda na juventude,
mas que ultrapassa gerações. Não é por acaso que o problema do transporte foi o
gatilho. Os R$ 0,20 de aumento parecem pouco, mas o custo do transporte pesa no
bolso de quem ganha mal e os preços estão subindo de forma generalizada e
mensalmente, enquanto os salários, não. Além do preço, o caos na mobilidade
urbana é um problema gravíssimo. As pessoas que moram nas periferias das
grandes cidades levam de uma a duas horas para chegar no local de trabalho ou
estudo. Os ônibus são caros, demorados e lotados.
Andar de ônibus ou metrô das 17h às 20h é um desafio. Digo por experiência
própria, pois ando bastante de metrô em São Paulo e neste horário me sinto como
uma sardinha enlatada.
Mesmo os políticos tradicionais, principalmente os da velha esquerda, já estão
percebendo que o processo é mais profundo do que os R$ 0,20. Mas, afinal, o que
os manifestantes querem?, perguntam. Eles também reclamam que não há
lideranças para negociar, mas quando surgem líderes, os acusam de partidarismo.
Outros ainda não entenderam nada, como a (des)inteligência da PM paulista, que
chegou ao cúmulo de acusar o PSOL de “recrutar” punks para fazer quebra-
quebra. Chega a ser hilário de tão ridículo. Alckmin está brincando com fogo,
provocando a ira popular com sua repressão fascista e gratuita.