O documento discute a evolução do desenho infantil de acordo com vários psicólogos e pedagogos. Aborda as teorias de Luquet, Marthe Berson, Piaget e outros sobre as diferentes fases do desenho infantil, desde as garatujas até o desenvolvimento do realismo visual. Também descreve as características típicas dos desenhos em cada faixa etária, de 1 a 8 anos.
1. A evolução do desenhoA evolução do desenho
infantilinfantil
2. A importância do desenho
no desenvolvimento infantil
• O desenho é o meio pelo qual a criança
permite transparecer seu interior, seu
consciente e seu subconsciente,
apresentando enorme importância para a
comunicação eficaz e o entendimento
desse "ser tão pequeno" que muitas
vezes não sabe como comunicar-se
através das palavras.
3. História do desenho
• Os primeiros estudos sobre desenho das
crianças datam do final do século XIX e
estão fundados nas concepções
psicológicas e estéticas da época.
4. Evolução do desenho deEvolução do desenho de
acordo com Luquetacordo com Luquet
5. Realismo fortuito
• Começa por volta dos 2 anos e põe
fim ao período chamado rabisco.
• A criança que começou por traçar
signos sem desejo de representação e
descobre por acaso uma analogia com
um objeto e passa a nomear seu
desenho.
6. 2- Realismo fracassado
• Geralmente entre 3 e 4 anos tendo
descoberto a identidade forma-
objeto, a criança procura reproduzir
esta forma.
• Tenta reproduzir o que existe.
7. Realismo intelectual
• Estendendo-se dos 4 aos 10-12 anos,
caracteriza-se pelo fato que a
criança desenha do objeto não aquilo
que vê, mas aquilo que sabe.
• Nesta fase ela mistura diversos
pontos de vista ( perspectivas ).
8. Realismo visual
• É geralmente por volta dos 12 anos, marcado pela
descoberta da perspectiva e a submissa às suas
leis, daí um empobrecimento, um enxugamento
progressivo do grafismo que tende a se juntar as
produções adultas.
9. A evolução do desenhoA evolução do desenho
segundosegundo MartheMarthe
BersonBerson
10. Distingue três estágios
do rabisco
• Estágio vegetativo motor
• Estágio representativo
• Estágio comunicativo
11. A evolução do desenhoA evolução do desenho
segundo Piagetsegundo Piaget
12. Garatuja
• Faz parte da fase sensório motora ( 0 a 2
anos) e parte da fase pré-operacional (2 a
7 anos).
• A criança demonstra extremo prazer nesta
fase. A figura humana é inexistente ou
pode aparecer da maneira imaginária.
• A cor tem um papel secundário, aparecendo
o interesse pelo contraste, mas não há
intenção consciente.
13. Garatuja pode ser
dividida em...
• Desordenada: movimentos amplos e
desordenados.
• Ordenada: movimentos longitudinais e
circulares; coordenação viso-motora.
14. Pré- Esquematismo
• Dentro da fase pré-operatória, aparece a
descoberta da relação entre desenho,
pensamento e realidade.
15. Esquematismo
• Faz parte da fase das operações concretas
(7 a 10 anos).
• Quanto ao espaço, é o primeiro conceito
definido de espaço: linha de base.
• Já tem um conceito definido quanto a
figura humana, porém aparecem desvios do
esquema como: exagero, negligência,
omissão ou mudança de símbolo.
16. Realismo
• Também faz parte da fase das operações
concretas, mas já no final desta fase.
• Existe uma consciência maior do sexo e
autocrítica pronunciada.
• No espaço é descoberto o plano e a
superposição. Abandona a linha de base.
• Na figura humana aparece o abandono das
linhas.
17. Pseudo-Naturalismo
• Estamos na fase das operações abstratas (10 anos
em diante)
• É o fim da arte como atividade espontânea.
• Inicia a investigação de sua própria personalidade.
• Aparece aqui dois tipos de tendência: visual
(realismo, objetividade); háptico ( expressão
subjetividade)
• No espaço já apresenta a profundidade ou a
preocupação com experiências emocionais (espaço
subjetivo).
18. A evolução do desenhoA evolução do desenho
de acordo comde acordo com
psicólogos e pedagogospsicólogos e pedagogos
19. De 1 a 3 anos
• É a idade das famosas garatujas: simples riscos
ainda desprovidos de controle motor, a criança
ignora os limites do papel e mexe todo o corpo
para desenhar, avançando os traçados pelas
paredes e chão.
20. De 3 a 4 anos
• Já conquistou a forma e seus
desenhos têm a intenção de
reproduzir algo.
21. De 4 a 5 anos
• É uma fase de temas clássicos do desenho
infantil, como paisagens, casinhas, flores,
super-heróis, veículos e animais, varia no
uso das cores, buscando um certo realismo.
• Suas figuras humanas já dispõem de novos
detalhes, como cabelos, pés e mãos, e a
distribuição dos desenhos no papel
obedecem a uma certa lógica, do tipo céu
no alto da folha.
22. De 4 a 5 anos
• Aparece ainda a tendência à
antropomorfização, ou seja, a
emprestar características humanas a
elementos da natureza, como o
famoso sol com olhos e boca.
23. De 5 a 6 anos
• Os desenhos sempre se baseiam em
roteiros com começo, meio e fim.
• As figuras humanas aparecem vestidas e a
criança dá grande atenção a detalhes como
as cores.
24. De 7 a 8 anos
• O realismo é a marca desta fase, em que
surge também a noção de perspectiva. Ou
seja, os desenhos da criança já dão uma
impressão de profundidade e distância.
25. Enfim, o desenho infantilEnfim, o desenho infantil
é um universo cheio deé um universo cheio de
mundos a seremmundos a serem
explorados!explorados!
27. • LUQUET, G.H. Arte Infantil. Lisboa: Companhia Editora do Minho, 1969.
MALVERN, S.B. "Inventing 'child art': Franz Cizek and modernism" In: British
Journal of Aesthetics, 1995, 35(3), p.262-272.
MEREDIEU, F. O desenho Infantil. São Paulo: Cultrix, 1974.
• NAVILLE, Pierre. "Elements d'une bibliographie critique". In: Enfance, 1950, n.3-
4, p. 310. Parsons, Michael J. Compreender a Arte. Lisboa: Ed. Presença, 1992.
PIAGET, J. A formação dos símbolos na Infância. PUF, 1948
• RABELLO, Sylvio. Psicologia do Desenho Infantil. São Paulo: Companhia Editora
Nacional, 1935.
READ, HEBERT. Educação Através da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1971.
RIOUX, George. Dessin et Structure Mentale. Paris: Presses Universitaires de
France, 1951.
ROUMA, George. El Lenguage Gráfico del Niño. Buenos Aires: El Ateneo, 1947.
• REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL.
Ministério da Educação e do Desporto, secretaria de Educação Fundamental.
Brasília: MEC/SEF, 1998. 3v.