O documento discute a aceleração da integração entre academia, empresas e setor público no Brasil pós-COVID. Paulo Parreira fala sobre priorizar cinco áreas de investimento e modernizar núcleos de inovação. Cris Alessi destaca a necessidade de planejamento baseado em dados e trabalho colaborativo entre setores. Fernando Luciano enfatiza a importância de autonomia e planejamento de longo prazo.
Insights e percepcoes_painel_ciencia_e_inovacao_-_davos_lab_curitiba
1. Mediação
Luciana Müller
Fernando Luciano Paulo Parreira
Isis Eich Cris Alessi
25 de março de 2021
às 14h
Redefinindo a economia: acelerando a
integração entre academia, empresas e
o setor público no Brasil pós-COVID-19
DAVOS LAB CURITIBA
2. RISCOS E
OPORTUNIDADES
Redefinindo a economia: acelerando
a integração entre academia,
empresas e o setor público no Brasil
pós-COVID-19
Davos Lab Curitiba - 25/03
3. PAULO PARREIRA
Coordenador de Ciência e Tecnologia da Superintendência
Geral de Ciência e Tecnologia e Ensino do estado do Paraná.
4. “O setor público, a academia, as
empresas, e o terceiro setor têm
tempos diferentes - é preciso mitigar
e trabalhar pela cultura.”
Paulo Parreira - CCT/SETI
5. “É preciso identificar as necessidades
do usuário e, falando enquanto o
governo, as soluções têm que ser
pensadas em prol da sociedade, em
prol do usuário final que é o
cidadão”.
Paulo Parreira - CCT/SETI
6. “A pressa é inimiga - a gente tem que
ter urgência e não pressa. Várias
ações de enfrentamento à COVID têm
sido muito exitosas, mas a falta de
planejamento de médio e longo prazo
nos levam a ter pressa e isso é
complicado quando a gente pensa
numa estrutura de inovação a longo
prazo”.
Paulo Parreira - CCT/SETI
7. “É preciso falhar de forma inteligente
- smart failure - errar erros novos, e
não reinventar a roda. É preciso se
conectar e aprender com o que as
pessoas já estão fazendo e não tentar
descobrir coisas novas que outras
pessoas já estão fazendo”.
Paulo Parreira - CCT/SETI
8. “No Paraná temos uma oportunidade
de ouro, hoje temos 22 mil mestres,
aproximadamente 20 mil doutores,
3,5 mil grupos de pesquisa, estrutura,
laboratórios e um ecossistema de
inovação extremamente ricos.”
Paulo Parreira - CCT/SETI
9. “Precisamos cada vez mais
modernizar as conexões, melhorar a
forma que as conexões acontecem, e
deixar cada vez mais orgânica e não
sob demanda, para alocar recursos,
dinheiro e pessoas no momento exato
e de maneira mais rápida o possível.”
Paulo Parreira - CCT/SETI
10. “Temos um movimento muito forte
de oportunidades no estado:
Lei de Inovação do Estado;
Lei Geral das Universidades
Estaduais;
Lei das Fundações de Apoio.”
Paulo Parreira - CCT/SETI
11. CRIS ALESSI
Presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e
Inovação, responsável pelo movimento Vale do Pinhão.
12. “Hoje a gente fala de 5 hélices, não
somente a academia, o setor
produtivo e a gestão pública - e eu
concordo e acredito nessa expansão,
onde a sociedade civil e os cidadãos
empreendedores também sejam
representados.”
Cris Alessi - Agência Curitiba
13. “Acredito muito no poder das
conexões e a gente vem provando
que as conexões são
transformadoras, e transformadoras
de realidades a longo prazo - Curitiba
é a prova disso.”
Cris Alessi - Agência Curitiba
14. “A partir de 2017 começamos a
trabalhar em um projeto de
integração chamado Vale do Pinhão,
com uma visão legal e de incentivos,
e com muita articulação e conexão,
com a visão de transformação de
uma educação empreendedora e
digital.”
Cris Alessi - Agência Curitiba
15. “Acredito muito que a mudança de
entendimento das pessoas é a base
dessa transformação das cidades e
ela só se faz com esses atores que
estão aqui representados, juntos,
caminhando para o mesmo lado.”
Cris Alessi - Agência Curitiba
16. “A inovação e a tecnologia são
transversais a todas as ações que nós
fazemos desde a saúde até a
educação - a articulação do
ecossistema de inovação, dos
empresários, do setor produtivo e da
academia é necessária para que a
gente caminhe na mesma direção.”
Cris Alessi - Agência Curitiba
17. “É muito fácil todos fazerem vários
esforços, e esforços excelentes
desconectados, e quando isso
acontece a gente não avança a
passos largos, a gente avança em
pequenos passos - quando há uma
articulação e conexão os passos são
muito mais longos e a gente
consegue fazer uma agenda única.”
Cris Alessi - Agência Curitiba
18. FERNANDO LUCIANO
Diretor da Hotmilk, ecossistema de inovação da
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
19. “O ambiente que a gente está hoje
está politizado demais em relação à
inovação. No que tange à saúde
vemos decisões ocorrerem mais por
questões políticas do que realmente
por validações científicas - esse é um
cuidado, que a informação correta
chegue ao cidadão. As três hélices
devem trabalhar para que isso
aconteça.”
Fernando Luciano - Hotmilk PUCPR
20. “Certamente a gente poderia estar
em um cenário muito diferente se
algumas decisões do passado fossem
tomadas de uma maneira mais
homogênea em termos de
comunicação e decisões. Temos uma
estrutura acadêmica e científica
maravilhosa, pesquisadores
espetaculares, que poderiam estar
contribuindo demais.”
Fernando Luciano - Hotmilk PUCPR
21. “Carecemos de um planejamento
geral organizado - que venha de cima
e sistêmico - para usar todo esse
capital humano e o conhecimento
desse capital humano em prol da
nossa sociedade.”
Fernando Luciano - Hotmilk PUCPR
22. “Ao longo do último ano perdemos a
questão da presencialidade, as
pessoas foram obrigadas a entrar no
digital, e o senso de comunidade
acaba se perdendo um pouco - essa é
uma oportunidade que existe - é
preciso entender como fazer melhor,
como construir comunidades tão
coesas quanto nós conseguimos ter
no presencial.”
Fernando Luciano - Hotmilk PUCPR
23. “Temos a questão do imediatismo
versus longo prazo: temos que olhar
mais para o longo prazo, buscando
mais autonomia e profissionalização
tanto para o governo quanto para
academia - precisamos ter mais
autonomia e tomar as decisões, já
temos o Marco Legal para poder
apoiar isso, agora temos que levar
isso para a prática.”
Fernando Luciano - Hotmilk PUCPR
24. ISIS EICH
Co-fundadora e diretora de ciência da Portunus (EUA,
Colômbia e Brasil) e Solarpunk Labs (São Francisco - EUA).
25. “Fazer ciência no virtual
descentralizadamente não é tão
impossível quanto parece, desde que
todos os polos tenham as suas
próprias estruturas e possam fazer e
compartilhar os registros.”
Isis Eich - Portunus
26. “Uma consequência de compartilhar
registros é o surgimento de redes. A
pandemia nos traz a oportunidade de
democratizar ideias que estavam
restritas a determinadas
comunidades.”
Isis Eich - Portunus
27. “O movimento open bio é um
movimento mais antigo com a função
primordial de trabalhar com inovação
aberta, compartilhar resultados e
desenvolver coletivamente esse
conhecimento para diferentes
aplicações - agora estamos vendo
essa comunidade ressurgindo e sendo
valorizada por uma comunidade mais
tradicional e acadêmica.”
Isis Eich - Portunus
28. “As parcerias público-privadas
oferecem a possibilidade de acelerar
a pesquisa porque tem determinados
procedimentos que a gente consegue
fazer muito mais rápido no setor
privado - dentro do privado a gente
consegue ir numa linha reta entre a
ideia, os testes e a tentativa da
obtenção de determinados
resultados.”
Isis Eich - Portunus
29. “A questão toda é a descentralização,
as redes, as conexões e a
transposição dessas comunidades
para que se tornem comunidades
maiores.”
Isis Eich - Portunus
30. “O maior risco dentro da inovação
aberta é a falta de transparência. É
preciso ter uma governança sobre o
conhecimento científico que foi
produzido durante a pandemia. A
discussão precisa ser aberta para
todos, porque as consequências do
que foi produzido vão atingir a
todos.”
Isis Eich - Portunus
31. IDEIAS E
SOLUÇÕES
Redefinindo a economia: acelerando
a integração entre academia,
empresas e o setor público no Brasil
pós-COVID-19
Davos Lab Curitiba - 25/03
32. PAULO PARREIRA
Coordenador de Ciência e Tecnologia da Superintendência
Geral de Ciência e Tecnologia e Ensino do estado do Paraná.
33. “Logo no início do governo atual
tínhamos no estado 15 áreas
prioritárias de investimento em
ciência, tecnologia e inovação.
Fizemos um trabalho intensivo com a
participação de diferentes entes de
dentro e fora do governo e chegamos
a cinco áreas prioritárias.”
Paulo Parreira - CCT/SETI
34. “Trabalhar com a modernização e
profissionalização dos núcleos de
inovação tecnológica e agências de
inovação - desenvolvemos e estamos
trabalhando já na fase de
implementação de um alinhamento
de governança nas sete universidades
estaduais que compõem a rede
estadual, vinculados diretamente à
responsabilidade aqui da SETI.”
Paulo Parreira - CCT/SETI
35. “Também há a questão de
procuradoria jurídica - é preciso
trabalhar com a padronização de
contratos para facilitar a
transferência de tecnologia, a difusão
tecnológica ou encomenda
tecnológica - diferentes mecanismos
previstos o Marco legal de Ciência
Tecnologia.”
Paulo Parreira - CCT/SETI
36. “Lançamos o PRIME - programa de
propriedade intelectual com foco no
mercado, uma parceria com o
SEBRAE. Estamos fazendo um piloto
com 11 universidades estaduais. A
ideia é tirar as propriedades
intelectuais das universidades,
trabalhando principalmente a cultura
dos pesquisadores, para que eles
tenham uma visão mais ampla de
como conectar a tecnologia e a
pesquisa dele com o mercado.”
Paulo Parreira - CCT/SETI
37. “Hoje nas universidades estaduais
nós temos mais de 500 propriedades
intelectuais, que são mais um passivo
do que um ativo - ainda temos muito
pouco de transferência de tecnologia.
O PRIME visa pegar essas
propriedades intelectuais e fazer com
que uma empresa, uma indústria ou
uma startup se empodere disso e
faça negócio.”
Paulo Parreira - CCT/SETI
38. “No início da pandemia em março de
2020, a SETI juntamente com a
Fundação Araucária compondo o
comitê de crise do governo,
viabilizaram em um período de 10
dias, bolsistas atuando nas divisas, no
laboratório central, no sistema
prisional e nas 22 regionais de saúde
para fazer o enfrentamento da
pandemia na sua primeira onda.”
Paulo Parreira - CCT/SETI
39. “Uma parceria viabilizou a
construção do primeiro aplicativo de
telemedicina do estado, o saúde
online Paraná, que já teve mais de 20
mil atendimentos, oito mil consultas
médicas, mais de 500 consultas
psicológicas. A ideia é justamente
essa - que o estado agregue valor
através das suas conexões com a
academia ou com a iniciativa privada
para gerar valor para o cidadão.”
Paulo Parreira - CCT/SETI
40. CRIS ALESSI
Presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e
Inovação, responsável pelo movimento Vale do Pinhão.
41. “Fomos empurrados pela onda da
transformação digital, da urgência e
da agilidade. Ser ágil não é uma das
características do setor público, mas
nós tivemos que ser. E a partir do
momento que você percebe que é
possível é difícil você voltar atrás.”
Cris Alessi - Agência Curitiba
42. “É possível redesenhar um serviço
que sempre foi feito
presencialmente, em um mês, para
ser digital. É possível que a
população de baixa renda tenha
acesso ao serviço digital. É possível a
transparência na inovação aberta,
trabalhar baseado em dados.”
Cris Alessi - Agência Curitiba
43. “Que possamos fazer planejamentos
a partir de dados que sejam
disponibilizados multissetorialmente.
É possível trabalhar fora dos silos
onde a gestão pública trabalha, não
só de secretaria para a secretaria, do
órgão estadual para o orgão federal,
do poder executivo para o poder
legislativo - é possível trabalhar de
uma forma colaborativa.”
Cris Alessi - Agência Curitiba
44. “Evoluímos em termos de
competência de gestão para perceber
a mudança do modus operandi - e o
que é mais inovador do que a
mudança do modus operandi de uma
instituição? Aí está a essência da
inovação.”
Cris Alessi - Agência Curitiba
45. “Para inovar no modus operandi
existem dois momentos: o da
construção da base, de enterrar o
ferro no chão e fazer os pilares, que
não aparece muito, mas sem isso não
é possível dar o próximo passo.
Curitiba foi a primeira capital
brasileira a adotar a telemedicina na
gestão - isso só foi possível porque já
tínhamos o aplicativo Saúde Já, além
disso o prontuário eletrônico existe
desde os anos 80.”
Cris Alessi - Agência Curitiba
46. “No dia 24 de março médicos
estavam atendendo por uma
plataforma de telemedicina cedida
para a prefeitura por uma startup
local - só esse arranjo contratual já é
uma inovação. Fora isso, os
profissionais da saúde que não
estavam totalmente preparados
tecnologicamente começaram a
trabalhar na forma tecnológica.”
Cris Alessi - Agência Curitiba
47. “Quando as cidades estão
preparadas, quando estão
estruturadas, as transformações são
mais rápidas.”
Cris Alessi - Agência Curitiba
48. “Um caso de cooperação
público-privada: em menos de uma
semana nós colocamos a feira do
Largo da Ordem com mais de 300
artesãos online. Pessoas que nunca
tinham trabalhado por e-commerce
entraram numa vitrine virtual com
uma plataforma cedida por uma
startup de Curitiba - essa
colaboração multissetorial e
multiáreas é fundamental.”
Cris Alessi - Agência Curitiba
49. FERNANDO LUCIANO
Diretor da Hotmilk, ecossistema de inovação da
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
50. “Existe uma oportunidade das
universidades fazerem um processo
junto a empresas para um desafio
cofinanciado. Temos feito bastante
isso (na PUCPR), e tem dado
resultados espetaculares porque é
uma maneira de levar o
conhecimento produzido dentro das
universidades para dentro das
empresas. Nos últimos cinco anos
foram mais de 200 estudantes nessa
modalidade.”
Fernando Luciano - Hotmilk PUCPR
51. “Nos últimos cinco anos foram mais
de 200 estudantes fazendo pesquisa
moldada para resolver um problema
com a empresa. E não há demérito
nenhum nisso, o pesquisador não vai
deixar de produzir o artigo científico.
Acabamos de fechar um contrato
com a BOSCH de Curitiba, com 19
estudantes em quatro programas de
pós-graduação diferentes.”
Fernando Luciano - Hotmilk PUCPR
52. “Tem muita ciência que vira
propriedade intelectual, na PUC são
281. Muito pouco ou quase nada toca
a sociedade. Estamos pensando
maneiras de como fazer isso, como
dar formação empreendedora aos
pesquisadores, mas mais importante
é fazer que empresas possam nascer
e levar isso para fora.”
Fernando Luciano - Hotmilk PUCPR
53. “A Mariana Mazzucato foi a grande
cabeça de toda a nova formação de
como a Europa está funcionando - a
ciência funciona por missão. É mais
ou menos que a gente tem agora com
a covid. Não é o X ou Y que vai
trabalhar isoladamente para criar
uma solução - as conexões já
acontecem quando o fomento vem, e
se coloca academia e indústria para
trabalharem juntos.”
Fernando Luciano - Hotmilk PUCPR
54. “O TRL (Technology Readiness Level)
é uma régua inventada pela NASA,
que vai de um a nove. Universidades
normalmente trabalham de um a
três, e as indústrias do sete para
cima. Ali temos o vale da morte, onde
a ciência morre e acaba não tocando
a sociedade.”
Fernando Luciano - Hotmilk PUCPR
55. “Projetos orientados por missão vêm
para mitigar isso, para garantir que o
conhecimento seja levado adiante por
uma indústria, que depois vai levar à
aplicação de tecnologias que
beneficiam a sociedade e geram
emprego que geram impostos.”
Fernando Luciano - Hotmilk PUCPR
56. “A pandemia deve nos ensinar que
nós como tripla hélice temos que
colaborar para criar mecanismos
para que a coisa não seja de tiro
curto, que a coisa seja de tiro mais
longo e o contribuinte que está
pagando seus impostos possa se
beneficiar com um recurso que é
colocado nesse tipo de projeto.”
Fernando Luciano - Hotmilk PUCPR
57. ISIS EICH
Co-fundadora e diretora de ciência da Portunus (EUA,
Colômbia e Brasil) e Solarpunk Labs (São Francisco - EUA).
58. “Na Purtunus estamos desenvolvendo
e fornecendo kits moleculares para o
diagnóstico de PCR para outros
laboratórios privados, e para o
desenvolvimento desses kits a gente
utilizou consultores das nossas
parcerias público-privadas com
professores e outros pesquisadores -
essa é uma transferência de
tecnologia circular que passa pela
academia, passa pelo privado e
descentraliza depois.”
Isis Eich - Portunus
59. “Temos a oportunidade de voltar e
repensar qual é a função da ciência,
da tecnologia e da inovação para o
impacto social, porque qual é a área
que tem mais impacto social do que a
saúde? Desenvolver tecnologias para
a saúde é desenvolver tecnologias de
impacto social.”
Isis Eich - Portunus
60. “Se o financiamento da pesquisa é
público, esse impacto social tem que
retornar para o cidadão, que é quem
está realmente fazendo o aporte.
Agora temos a oportunidade de olhar
para o que está acontecendo em
outros países e criar o nosso próprio
modelo.”
Isis Eich - Portunus
61. “A tecnologia blockchain vem sendo
usada para registro de informação
biológica. Com a pandemia vemos a
possibilidade dentro da perspectiva
de biologia aberta de registrar nfts
(non-fungible tokens) sobre peças
moleculares. Sequências de RNA
dessa nova cepa podem ter seu nft
registrado, tornando-se aberta. Assim
ninguém pode tomar posse, pois é um
conhecimento construído
coletivamente.”
Isis Eich - Portunus
62. “Há diversas iniciativas globais em
andamento, como a empathy
incubator que tem parceiros no
mundo inteiro, que está financiando
kits para combate ao covid do qual a
Portunus também está participando.
O seu negócio ou pesquisa podem se
juntar a essa força global, não só
local.”
Isis Eich - Portunus
63. PARCERIAS E
POSSÍVEIS CAMINHOS
Redefinindo a economia: acelerando
a integração entre academia,
empresas e o setor público no Brasil
pós-COVID-19
Davos Lab Curitiba - 25/03
64. PAULO PARREIRA
Coordenador de Ciência e Tecnologia da Superintendência
Geral de Ciência e Tecnologia e Ensino do estado do Paraná.
65. “Eventos como esse precisam ocorrer
com mais frequência. Precisamos de
mais ecossistemas e menos
“egossistemas”.”
Paulo Parreira - CCT/SETI
66. “A falta de uma liderança na
pandemia, com um protocolo
centralizado de enfrentamento, faz
com que nós que estamos na base da
ciência, tecnologia e inovação, por
estarmos tão envolvido nas nossas
demandas diárias, que não
conversemos para discutir o que está
rolando pra poder ajudar e acelerar
certas coisas que estão patinando.”
Paulo Parreira - CCT/SETI
67. “Precisamos ter uma integração
efetiva de RH, de infraestrutura e de
recursos. Às vezes temos dificuldade
em fazer captação de recursos, mas
se unirmos esforços, podemos trazer
dinheiro novo para a mesa.”
Paulo Parreira - CCT/SETI
68. “Para ajudar na retomada econômica
do Estado, a Secretaria do Estado de
Planejamento uniu o ecossistema de
ciência e tecnologia, e juntos criamos
um projeto que vai dar origem a um
decreto de retomada econômica. São
quatro programas com 12 projetos.”
Paulo Parreira - CCT/SETI
69. “O Separtec, nosso sistema Estadual
de parques tecnológicos, visa num
primeiro momento mapear iniciativas
de parques tecnológicos, e na
sequência a ideia é trabalhar em uma
qualificação e uma certificação, para
que tenhamos ações de
desenvolvimento regional através da
inovação.”
Paulo Parreira - CCT/SETI
70. “Muitas vezes ouvimos que a
universidade está de costas para a
comunidade e a prefeitura.
Frequentemente as discussões e
interações têm sempre as mesmas
pessoas - sobrecarregadas. É preciso
criar formas de acelerar bons
exemplos que já estão ocorrendo.
Eventualmente o que o Fernando já
está fazendo na PUC pode ser
escalado para outras localidades do
estado.”
Paulo Parreira - CCT/SETI
71. CRIS ALESSI
Presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e
Inovação, responsável pelo movimento Vale do Pinhão.
72. “Um caminho lógico é a colaboração
e a cooperação. Em novembro do ano
passado instituímos via Conselho
Municipal de inovação um comitê
técnico de governança do
ecossistema de Curitiba. O comitê
possui quatro grupos de trabalho e
mais de 210 empresas/instituições
entre iniciativa pública, privada e
academia.”
Cris Alessi - Agência Curitiba
73. “Nosso plano de retomada
econômica, lançado em julho do ano
passado, tem como pontos de partida
quatro áreas muito claras: a primeira
é a saúde, que dita o Decreto do que
tem que fechar e o que tem que
abrir. Acreditamos que com a vacina
acelerando ela vai ditar cada vez
menos as próximas três áreas.”
Cris Alessi - Agência Curitiba
74. “A segunda área é a digitalização dos
serviços públicos e a infraestrutura
de conectividade da cidade. 2020 foi
um ano de números superlativos em
termos de acesso digital. Pela
primeira vez diversas pessoas fizeram
uma compra online, uma transação
bancária, uma vídeo chamada - e isso
independente da idade e da classe
social.”
Cris Alessi - Agência Curitiba
75. “A retomada precisa passar pela
transformação dos negócios. Uma
frase do Peter Drucker diz que “o
maior risco em tempo de turbulência
é você agir com a lógica do passado”.
Não dá para chegar em setores como
o setor do trade turístico, do varejo
de rua, pensando que depois da
vacina tudo vai voltar a ser como era
- porque não vai.”
Cris Alessi - Agência Curitiba
76. “Como podemos melhorar a estrutura
para que as pessoas usem novos
modais? Como é podemos introduzir
novos modais? Como é que podemos
integrar novos modais? Como é
possível pensar na cidade a 15
minutos fazendo com que grandes
bolsões econômicos possam estar
disponíveis em locais fora do centro?
Como podemos integrar a região
metropolitana?”
Cris Alessi - Agência Curitiba
77. “Nosso plano de retomada não é só
econômico. É preciso pensar nesses
quatro eixos porque eles andam
juntos, e não vamos chegar na
próxima rodada disso tudo que,
infelizmente vai durar mais um
pouco, se não tivermos essas quatro
coisas pela frente.”
Cris Alessi - Agência Curitiba
78. FERNANDO LUCIANO
Diretor da Hotmilk, ecossistema de inovação da
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
79. “Não vamos voltar a ser quem
éramos há um ano atrás. E ponto,
definitivo. As empresas que estão
conseguindo aguentar com o caixa do
passado pensando que no futuro vão
ter o mesmo modelo de negócio
estão fadados a morrer, porque não
vai, é preciso se adaptar.”
Fernando Luciano - Hotmilk PUCPR
80. “Em alguns momentos somos
competidores e em outros somos
colaboradores - e isso é bastante
comum. Quando falamos do mundo
da inovação aberta, o mundo que tem
que estar completamente conectado,
caso contrário é impossível ter a
velocidade necessária para caminhar
na velocidade que a humanidade está
caminhando.”
Fernando Luciano - Hotmilk PUCPR
81. “Os ecossistemas ainda são
problemáticos porque é cultural. Não
é tudo lindo e maravilhoso, às vezes
não anda na velocidade que
gostaríamos por questões de ego - e
isso faz parte do processo. Não tem
como sair com algo 100%
maravilhoso o tempo todo, mas o
importante é evoluir.”
Fernando Luciano - Hotmilk PUCPR
82. “É preciso pensar parar para pensar
como uma unidade - como essa tripla
hélice, para onde estamos indo? Já
devíamos ter feito isso. O que vai
acontecer nos próximos cinco, dez
anos? É preciso saber o que
precisamos priorizar, onde nós temos
que ter recursos humanos e
financeiros.”
Fernando Luciano - Hotmilk PUCPR
83. “Como é que vamos encontrar
mecanismos como sociedade para
poder preparar as pessoas, para que
elas continuem tendo negócios
relevantes durante essa nova fase
que já estamos vivendo, e que não vai
ser a mesma que era em 2019?”
Fernando Luciano - Hotmilk PUCPR
84. ISIS EICH
Co-fundadora e diretora de ciência da Portunus (EUA,
Colômbia e Brasil) e Solarpunk Labs (São Francisco - EUA).
85. “A ciência havia perdido o domínio do
discurso científico, com o domínio
das teorias da conspiração, dos
terraplanistas, do movimento
anti-ciências, do movimento
anti-vacinação. Uma das maiores
oportunidades que a pandemia trouxe
foi a de acabar com isso e outros
tipos de fake news.”
Isis Eich - Portunus
86. “Estamos diante de uma mudança de
cultura na forma como percebemos e
consumimos a informação científica.”
Isis Eich - Portunus
87. “O Bioparque é o maior parque
privado biotecnológico do Brasil. O
investimento que está sendo feito no
crescimento da região não tem
comparação. É uma perspectiva bem
diferente porque não é só do
desenvolvimento de empresas, é uma
perspectiva de desenvolvimento de
todo o ecossistema, de uma cidade,
de uma região.”
Isis Eich - Portunus
88. “Voltar o olhar para uma perspectiva
mais global, do impacto da tecnologia
sobre a sociedade é preciso também
do ponto de vista da iniciativa
privada.”
Isis Eich - Portunus
89. “A partir das parcerias
público-privadas se acelera a
promoção da informação científica -
que ela chegue ao público final.
Senão a informação pelo menos o
produto, mas, a partir do produto, se
as pessoas têm a educação crítica é
possível chegar em outras
conclusões.”
Isis Eich - Portunus
90. “Os Parques Tecnológicos oferecem
uma grande oportunidade de
desenvolvermos redes entre
diferentes parques tecnológicos no
mundo todo e não só no Brasil.”
Isis Eich - Portunus
91. “O momento trouxe a oportunidade
do Brasil olhar enquanto país para
biotecnologia como um setor
estratégico de forma séria. Hoje é
comum as pessoas falarem sobre
PCR por causa da pandemia.”
Isis Eich - Portunus
92. “A biotecnologia nunca esteve tão
próxima da população e essa é uma
grande oportunidade para se
repensar estrategicamente: qual é o
valor da biotecnologia como
indústria? Qual é a biotecnologia que
queremos produzir para o país?”
Isis Eich - Portunus
93. “Estamos participando de uma
iniciativa da Fiocruz de
sequenciamento genético das
espécies do Pantanal, iniciativa que
veio com os incêndios. Muito daquela
biodiversidade sequer era conhecida,
não estava registrada.”
Isis Eich - Portunus
94. “Para pensar como setor estratégico,
porque não registrar isso de forma
aberta agora na blockchain para que
outras empresas multinacionais não
possam ter propriedade sobre o que é
nacional possamos produzir isso de
uma forma aberta ajudando para que
todos possam se beneficiar dos
resultados? É uma possibilidade, uma
sugestão.”
Isis Eich - Portunus
95. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE PAÍS
PARA OS PRÓXIMOS 30 ANOS.
O QUE QUEREMOS PARA CADA SETOR?
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO FEITO PELA
SOCIEDADE.
A COMEÇAR POR CURITIBA > ESTADO >
PAÍS
ADVOCACY EM POLÍTICAS PÚBLICAS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS X HEGEMONIA
INTERNA
Luciana Müller - Global Shaper