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TIPOS DE TEXTO

Os textos são organizados por meio dos tipos existentes na língua. Para fazer uma redação, você deve
escolher o tipo (ou até mais de um) a ser trabalhado no seu texto. São eles: descritivo, narrativo,
dissertativo, injuntivo (imperativo).

Descrição é o ato (escrito ou oral) de descrever ideias ou objetos.

Narração é ato (escrito ou oral) de contar ações, fatos reais ou fictícios.

Dissertação é o ato (escrito ou oral) de falar, expor opiniões sobre um determinado assunto.

Injunção é o ato de ordenar, determinar (escrita ou oral) de maneira expressa, imperativa e formal.

Atenção

Antes de escolher o tipo de discurso a ser trabalhado em sua redação, você deve ter bem claro: quem faz
a comunicação, para quem se faz a comunicação e com qual objetivo a comunicação é feita.

Definidos o tipo do texto, o público-alvo (para quem se faz a redação) e com que objetivo o texto deve ser
feito, você deve escolher o gênero da redação, pois todo texto se organiza dentro de determinado gênero
em função das intenções de comunicação.


Gêneros: conheça os tipos de textos
que costumam ser pedidos em
vestibulares
Tema, gramática, argumentação, clareza... Quando pensa em redação você, certamente, se lembra
destes itens, não é mesmo? Mas será que não está se esquecendo de algo fundamental: o gênero do
texto? As provas de redação exigem que o candidato produza textos de tipos que variam de acordo com
a proposta de cada universidade. Os mais frequentes são os dissertativos, os narrativos, as cartas e os
textos                                                                                         jornalísticos.


Será que você sabe diferenciá-los? É bom prestar atenção nisso! Afinal, de nada adiantará ter uma boa
ideia e saber desenvolvê-la ou argumentá-la respeitando a norma culta da Língua Portuguesa se você
não respeitar o formato solicitado. Alguns vestibulares até permitem que o candidato escolha entre uma
dissertação, uma narração ou uma carta, mas como isto não é regra, vale conhecer e saber escrever em
cada                   um                 dos                  tipos              de                   texto.


Dissertação


Este costuma ser o tipo de texto mais pedido em provas. Em uma dissertação o autor expõe uma ideia
ou questão para, em seguida, desenvolver um raciocínio sobre o tema e apresentar suas conclusões.
Neste tipo de redação é importante você saber fundamentar suas posições, já que o objetivo principal é
persuadir o leitor acerca da opinião defendida. Além de ter que ser escrita conforme a norma culta da
língua, a dissertação deve apresentar ideias de forma clara, objetiva e impessoal. O texto em primeira
pessoa           não           é          proibido,           mas             é     menos              usual.


Narração
O texto narrativo é aquele em que se apresenta uma história, ou seja, uma sucessão de fatos
envolvendo personagens dentro de um contexto. É um estilo próprio da literatura, e a escolha do
posicionamento do narrador é livre. A narrativa não precisa seguir uma ordem cronológica, mas é
importante que ela apresente coerência entre as partes, verossimilhança e uma linguagem envolvente,
que      capte   a    atenção     do     leitor.   Além,     claro,   do     uso    adequado      do     idioma.


Carta


Tem características muito específicas e pode ser usado tanto de forma pessoal – para escrever para um
amigo, por exemplo – quanto para fazer reivindicações, pedidos e reclamações. Nos dois casos, tem que
ter data e local no topo da página, saudação – que depende do grau de intimidade com o destinatário –
corpo do texto e, para finalizar, assinatura. Em geral, as cartas pedidas no vestibular são
argumentativas e devem convencer o interlocutor da pertinência de um pedido ou reclamação. Neste
caso, há semelhanças com a dissertação, mas com uma diferença fundamental: na dissertação escreve-
se a um leitor genérico e na carta é preciso adequar a linguagem uma pessoa determinada.


Estilo                                                                                             jornalístico


Reportagens, editoriais ou artigos são textos jornalísticos. Existem outros que, assim como estes, têm
funções específicas. Uma reportagem, por exemplo, deve ter um discurso neutro e apresentar fatos e
informações objetivas, suprimindo a opinião do autor. Já um artigo ou um editorial defende uma opinião,
as informações são introduzidas para embasar um argumento, e entre elas se estabelecem relações
necessárias para que a opinião do autor convença o leitor.


Os diferentes textos
Nem sempre falamos ou escrevemos da mesma forma. Há ocasiões que pedem mais formalidade e outras em
que ficamos mais à vontade. A maneira como nos comunicamos varia conforme o momento e aquilo que
queremos transmitir. É é por isso que existem vários tipos de texto.

“E agora, as últimas notícias”
O texto informativo precisa ser bem claro, deve ir direto ao assunto. É o encontrado nos jornais, nas revistas,
nos livros didáticos, manuais de jogos eletrônicos. Também é o usado nos noticiários de rádio e televisão.
Quando você quiser dar uma notícia ou fazer um pedido a alguém, é melhor utilizar um texto do tipo
informativo, bem simples e direto

“Do fundo do coração“
No texto emotivo, você transmite, além de fatos, as emoções que sente. É o mais utilizado em cartas entre
amigos e nos diários nos quais algumas pessoas registram o seu dia-a-dia. Com ele, você conta suas alegrias,
suas tristezas, suas esperanças. Nesse tipo de texto, aparecem mais sinais de pontuação, como pontos de
exclamação e de interrogação, do que em outros tipos de texto.

“Compre, compre, compre”
O principal objetivo do texto de propaganda é convencer a pessoa à qual se dirige. É fácil encontrá-lo todos os
dias, nos anúncios, nos cartazes de rua, nos folhetos, nos locais de compra da Internet. Você também usa esse
tipo de texto: quando junta argumentos para convencer um colega a acompanhá-lo num passeio ou ajudá-lo
num trabalho, por exemplo.

“Bom-dia, pessoal!”
Texto fático é o nome dado a palavras e expressões que procuram abrir uma comunicação com a pessoa à qual
ele se destina. O “alô” que dizemos ao telefone, os cumprimentos, como “bom-dia”, as chamadas, como “oi,
turma”, são exemplos desse tipo de texto. A sala de aula está cheia de exemplos desse tipo de comunicação.
Os apelos do professor, como “prestem atenção”, também são textos fáticos.

“O que isso quer dizer?”
O texto metalingüístico é o que trata da própria linguagem. Quando consultamos um dicionário ou uma
gramática, encontramos esse tipo de texto. Ele também traz explicações sobre o significado das palavras, por
isso você o usa de vez em quando.
Cada vez que diz ”isto é” e “ou seja”, começa um texto metalingüístico. Os trocadilhos são outro exemplo desse
tipo de texto. Afinal, eles são uma brincadeira com a própria linguagem. Um exemplo: “Não confunda bife à
milanesa com bife ali na mesa”.

“Nas asas do vento”
O texto poético é aqule que usa as palavras como uma forma de arte. Em histórias infantis, poemas e letras de
música, as palavras são escolhidas e organizadas de maneira especial. O texto poético não se preocupa
exclusivamete em dar informações a quem o ouve ou lê. Ele busca criar emoções, formar imagens novas, levar
o leitor a novos mundos ou dimensões. Quem escreve, lê ou ouve um texto literário faz um trabalho no qual
recria a realidade.

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  • 1. TIPOS DE TEXTO Os textos são organizados por meio dos tipos existentes na língua. Para fazer uma redação, você deve escolher o tipo (ou até mais de um) a ser trabalhado no seu texto. São eles: descritivo, narrativo, dissertativo, injuntivo (imperativo). Descrição é o ato (escrito ou oral) de descrever ideias ou objetos. Narração é ato (escrito ou oral) de contar ações, fatos reais ou fictícios. Dissertação é o ato (escrito ou oral) de falar, expor opiniões sobre um determinado assunto. Injunção é o ato de ordenar, determinar (escrita ou oral) de maneira expressa, imperativa e formal. Atenção Antes de escolher o tipo de discurso a ser trabalhado em sua redação, você deve ter bem claro: quem faz a comunicação, para quem se faz a comunicação e com qual objetivo a comunicação é feita. Definidos o tipo do texto, o público-alvo (para quem se faz a redação) e com que objetivo o texto deve ser feito, você deve escolher o gênero da redação, pois todo texto se organiza dentro de determinado gênero em função das intenções de comunicação. Gêneros: conheça os tipos de textos que costumam ser pedidos em vestibulares Tema, gramática, argumentação, clareza... Quando pensa em redação você, certamente, se lembra destes itens, não é mesmo? Mas será que não está se esquecendo de algo fundamental: o gênero do texto? As provas de redação exigem que o candidato produza textos de tipos que variam de acordo com a proposta de cada universidade. Os mais frequentes são os dissertativos, os narrativos, as cartas e os textos jornalísticos. Será que você sabe diferenciá-los? É bom prestar atenção nisso! Afinal, de nada adiantará ter uma boa ideia e saber desenvolvê-la ou argumentá-la respeitando a norma culta da Língua Portuguesa se você não respeitar o formato solicitado. Alguns vestibulares até permitem que o candidato escolha entre uma dissertação, uma narração ou uma carta, mas como isto não é regra, vale conhecer e saber escrever em cada um dos tipos de texto. Dissertação Este costuma ser o tipo de texto mais pedido em provas. Em uma dissertação o autor expõe uma ideia ou questão para, em seguida, desenvolver um raciocínio sobre o tema e apresentar suas conclusões. Neste tipo de redação é importante você saber fundamentar suas posições, já que o objetivo principal é persuadir o leitor acerca da opinião defendida. Além de ter que ser escrita conforme a norma culta da língua, a dissertação deve apresentar ideias de forma clara, objetiva e impessoal. O texto em primeira pessoa não é proibido, mas é menos usual. Narração
  • 2. O texto narrativo é aquele em que se apresenta uma história, ou seja, uma sucessão de fatos envolvendo personagens dentro de um contexto. É um estilo próprio da literatura, e a escolha do posicionamento do narrador é livre. A narrativa não precisa seguir uma ordem cronológica, mas é importante que ela apresente coerência entre as partes, verossimilhança e uma linguagem envolvente, que capte a atenção do leitor. Além, claro, do uso adequado do idioma. Carta Tem características muito específicas e pode ser usado tanto de forma pessoal – para escrever para um amigo, por exemplo – quanto para fazer reivindicações, pedidos e reclamações. Nos dois casos, tem que ter data e local no topo da página, saudação – que depende do grau de intimidade com o destinatário – corpo do texto e, para finalizar, assinatura. Em geral, as cartas pedidas no vestibular são argumentativas e devem convencer o interlocutor da pertinência de um pedido ou reclamação. Neste caso, há semelhanças com a dissertação, mas com uma diferença fundamental: na dissertação escreve- se a um leitor genérico e na carta é preciso adequar a linguagem uma pessoa determinada. Estilo jornalístico Reportagens, editoriais ou artigos são textos jornalísticos. Existem outros que, assim como estes, têm funções específicas. Uma reportagem, por exemplo, deve ter um discurso neutro e apresentar fatos e informações objetivas, suprimindo a opinião do autor. Já um artigo ou um editorial defende uma opinião, as informações são introduzidas para embasar um argumento, e entre elas se estabelecem relações necessárias para que a opinião do autor convença o leitor. Os diferentes textos Nem sempre falamos ou escrevemos da mesma forma. Há ocasiões que pedem mais formalidade e outras em que ficamos mais à vontade. A maneira como nos comunicamos varia conforme o momento e aquilo que queremos transmitir. É é por isso que existem vários tipos de texto. “E agora, as últimas notícias” O texto informativo precisa ser bem claro, deve ir direto ao assunto. É o encontrado nos jornais, nas revistas, nos livros didáticos, manuais de jogos eletrônicos. Também é o usado nos noticiários de rádio e televisão. Quando você quiser dar uma notícia ou fazer um pedido a alguém, é melhor utilizar um texto do tipo informativo, bem simples e direto “Do fundo do coração“ No texto emotivo, você transmite, além de fatos, as emoções que sente. É o mais utilizado em cartas entre amigos e nos diários nos quais algumas pessoas registram o seu dia-a-dia. Com ele, você conta suas alegrias, suas tristezas, suas esperanças. Nesse tipo de texto, aparecem mais sinais de pontuação, como pontos de exclamação e de interrogação, do que em outros tipos de texto. “Compre, compre, compre” O principal objetivo do texto de propaganda é convencer a pessoa à qual se dirige. É fácil encontrá-lo todos os dias, nos anúncios, nos cartazes de rua, nos folhetos, nos locais de compra da Internet. Você também usa esse tipo de texto: quando junta argumentos para convencer um colega a acompanhá-lo num passeio ou ajudá-lo num trabalho, por exemplo. “Bom-dia, pessoal!” Texto fático é o nome dado a palavras e expressões que procuram abrir uma comunicação com a pessoa à qual ele se destina. O “alô” que dizemos ao telefone, os cumprimentos, como “bom-dia”, as chamadas, como “oi, turma”, são exemplos desse tipo de texto. A sala de aula está cheia de exemplos desse tipo de comunicação. Os apelos do professor, como “prestem atenção”, também são textos fáticos. “O que isso quer dizer?”
  • 3. O texto metalingüístico é o que trata da própria linguagem. Quando consultamos um dicionário ou uma gramática, encontramos esse tipo de texto. Ele também traz explicações sobre o significado das palavras, por isso você o usa de vez em quando. Cada vez que diz ”isto é” e “ou seja”, começa um texto metalingüístico. Os trocadilhos são outro exemplo desse tipo de texto. Afinal, eles são uma brincadeira com a própria linguagem. Um exemplo: “Não confunda bife à milanesa com bife ali na mesa”. “Nas asas do vento” O texto poético é aqule que usa as palavras como uma forma de arte. Em histórias infantis, poemas e letras de música, as palavras são escolhidas e organizadas de maneira especial. O texto poético não se preocupa exclusivamete em dar informações a quem o ouve ou lê. Ele busca criar emoções, formar imagens novas, levar o leitor a novos mundos ou dimensões. Quem escreve, lê ou ouve um texto literário faz um trabalho no qual recria a realidade.