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História da
Filosofia
Da Antiguidade Clássica ao
Teocentrismo Medieval
Prof. Lúcio Oliveira
No seu sentido mais comum, o substantivo filosofia ou o verbo
filosofar tem a ver com pensamento ou com o ato de pensar.
Filosofar é pensar sobre o que nos acontece, sobre o sentido do
que nos acontece ou sobre o significado da vida humana ou da
vida biológica como tal. Diz-se assim que se tem uma “filosofia
de vida”. Mas este significado do termo certamente é muit
oamplo e vago. Até mesmo pensar não é a mesma coisa para
todos.
Podemos dizer que filosofar é criar e ter uma atitude filosófica.
Mas nem todos têm esta atitude. Uma vez que a Filosofia
quebra com o nosso saber prático do dia a dia (o que nem
sempre nos agrada, pois à primeira vista parece ser perda de
tempo ou incômodo exagerado com as coisas, deixando-nos,
quem sabe, angustiados demais, para além do conveniente)
Filosofar é não se contentar com as coisas óbvias. É tomar
distância do que acontece, para entender melhor o que
acontece.
“Não se ensina Filosofia, ensina-se a Filosofar.”
Immanuel Kant
Contudo, a Filosofia não é compreendida hoje
apenas como um saber específico, mas
também como uma atitude em relação ao
conhecimento, o que faz com que seus temas,
seus conceitos e suas descobertas sejam
constantemente retomados.
A Filosofia é um saber específico e tem uma
história que já dura mais de 2.500 anos.
Nasceu na Grécia Antiga - costumamos dizer -
com os primeiros filósofos, chamados pré-
socráticos.
Contexto
histórico
e
subdivisões
do período.
Século VI a.C até século VII d.C.
Espaços iniciais: Cidades-estado da
Grécia; desenvolvimento em várias
cidades do Império Romano.
Desenvolvimento da Pólis até a
queda da Império Romano; período
clássico da arte grega; teatro;
domínio de Alexandre, o Grande.
Períodos: pré-socrático; clássico;
helenístico.
Principais
problemas
filosóficos.
Como o mundo funciona?
De onde o mundo vem? Quem fez isso?
Quem é? Como isso tudo se
junta? Será que tudo faça algum tipo
de sentido, ou é apenas acaso este
monte de coisas?
Como as pessoas devem se comportar?
O que é conhecimento?
Física, Cosmológica, Ontológica ou Pré Socrática
Os filósofos que viveram antes da época de Sócrates, como Parmênides e Heráclito,
investigaram a origem das coisas e as transformações da natureza. De seus textos
só restaram fragmentos. O conhecimento especulativo no período pré-socrático não
se distinguia dos outros conhecimentos, como a astronomia, a matemática ou a
física.
Tales de Mileto foi o primeiro pensador que podemos chamar de filósofo. Como
outros pré-socráticos, Tales dedicou-se a caracterizar o princípio ou a matéria de
que é feito o mundo. Sustentou que este princípio era a água.
Clássica ou Antropológica
A Filosofia vinculou-se a um momento histórico privilegiado - o da Grécia Clássica.
Nesse período, que compreende os séculos V a.C. e IV a.C., a Civilização Grega
conheceu seu apogeu, com o esplendor da cidade de Atenas.
Adotando a democracia como sistema político, Atenas assistiu a um florescimento
admirável das Ciências e das Artes. Foi esse período histórico que deu origem ao
pensamento dos três maiores filósofos da Antiguidade: Sócrates, Platão e Aristóteles.
Helenística
O período helenístico corresponde ao final do século III a.C. (período que se sucede à
morte de Alexandre Magno, em 323 a.C.) e se estende, segundo alguns historiadores,
até o século VII d.C. As preocupações filosóficas fundamentais voltam-se para as
questões morais, para a definição dos ideais de felicidade e virtude e para o saber
prático.
Aquilo que une os filósofos pré-socráticos é a
preocupação em perguntar e compreender a natureza
do mundo (a Physis).
Queriam entender a origem, a causa geradora de
todas as coisas, seus princípios. Assim, observavam o
mundo na busca de explicações lógicas (racionais)
para compreendê-lo
Tais explicações se diferenciavam do conhecimento
mítico e religioso comumente aceito pelos gregos
antigos.
Os Jônios
Assim chamados por habitarem a região da
Jônia (atual Turquia)
Tales
(625 – 558 a.C)
Considerado o “primeiro filósofo”.
Fundador da Filosofia Cosmológica.
Observou que todos os elementos eram compostos de água.
• A água é responsável pela vida.
• Assim, a água é o princípio de todas as coisas:
“Tudo é Água”
Anaximandro
(625 – 558 a.C)
O princípio de tudo é o “Apéiron”.
Princípio puramente racional.
Indeterminado,
Infinito,
Ilimitado e
Imutável
Separação dos Contrários
Gerou os opostos:
Quente X Frio
Fogo X Água
Seco X Úmido
Os Pitagóricos
Escola criada por Pitágoras na região de
Samos, localizada na costa da atual Turquia
Pitágoras
(580– 500 a.C)
“O Universo é uma exatidão numérica”.
LIMITADOS – Ímpares (princípio
feminino do Cosmos)
Pode ser dividido em
proporções numéricas
cada vez menores .
Números
ILIMITADOS – Pares (princípio
masculino do Cosmos)
Heráclito
(540 – 480 a.C)
“Não se pode banhar duas vezes no mesmo rio,
nem substância mortal alcançar duas vezes a
mesma condição [...] Tudo flui, tudo passa, se
move sem cessar”.
Defende que o Arché é o Fogo
Propõe o Devir eterno
Tudo está em constante transformação
Para Heráclito, o Devir se
dá através da constante
disputa entre os contrários,
cada qual buscando superar
o outro.
Gerador da Vida
Transformador da Matéria
As coisas quentes esfriam
As úmidas, secam
Os dias tornam-se noiteConsiderado o primeiro representante
do pensamento dialético
Os Eleatas
Habitavam a região de Eléia, ao sul da atual
Itália. Buscavam conhecer a essência do ser
e não a matéria.
Parmênides
(515– 450 a.C)
“O Ser é algo imutável, eterno
e indivisível”.
 Algo Absoluto
 Onipresente
 Princípio Único
Considerado o fundador da
Lógica e da Ontologia por
Aristóteles.
Para Parmênides, o ser não sofre alterações. “O que é de si não
transige”, pois deixaria de ser, portanto, de existir.
Os sentidos e a percepção nos enganariam pois só observaríamos a
aparência sem levar em consideração a essência das coisas.
Nesse sentido, debatiam questões importantes para o
convívio em sociedade, ex: ética, fazer o bem, virtudes,
política, etc.
Com o desenvolvimento das cidades (polis) gregas, a vida
em sociedade passa a ser uma questão importante.
Sócrates vive em Atenas, que é uma cidade de grande
importância, nesse período de expansão urbana da Grécia,
por isso, a sua preocupação central é com a seguinte
questão: como devo viver?
As pessoas precisavam desenvolver normas de convivência
para o espaço da cidade que era um fenômeno
relativamente novo na história da humanidade, com mais
agitação política, comercial e social.
O conteúdo dos diálogos chegou até nós por
meio de seus discípulos, especialmente de
Platão, pois Sócrates não deixou nada escrito.
Toda a sua filosofia é exposta em diálogos
críticos com seus interlocutores
Sócrates andava pela cidade (feiras, mercados,
praças, prédios públicos, etc.) e debatia com
as pessoas interessadas sobre assuntos
referentes a vida em sociedade.
Para viver bem (de acordo com a virtude) é
preciso ser sábio.
Para Sócrates a sabedoria é fruto de muita
investigação que começa pelo conhecimento de si
mesmo.
Segundo ele, deve-se seguir a inscrição do templo
de Apolo: conhece-te a ti mesmo. À medida que o
homem se conhece bem, ele chega à conclusão de
que não sabe nada.
Para ser sábio, é preciso confessar, com
humildade, a própria ignorância. Só sei que nada
sei, repetia sempre Sócrates.
Maiêutica: método para chegar ao conhecimento.
Para Sócrates o papel do filósofo é fazer com que as
pessoas chegassem ao conhecimento e para isso
desenvolveu a maiêutica.
Método de diálogo para levar o seu interlocutor (pessoa
com quem estava debatendo) a perceber por si só sua
própria ignorância sobre os assuntos tratados.
Por meio da ironia, fazendo perguntas e respondendo as
perguntas com outras perguntas, levava o interlocutor a
cair em contradição, Sócrates o conduzia a confessar a
própria ignorância.
Uma vez confessada a ignorância, o interlocutor estaria
disposto a percorrer o caminho da verdade.
Quando se diz que a maiêutica é a arte de dar à luz as
ideias, está se subentendendo que o conhecimento está
dentro da pessoa e por meio maiêutica ela vai “parir” o
conhecimento.
Para Sócrates, uma mente submetida a um interrogatório
adequado seria capaz de explicitar conhecimentos que já
estavam latentes na alma. Afinal, tanto para Sócrates
quanto para Platão, a alma, antes de se unir ao corpo,
contemplara as ideias na sua essência, no Mundo das
Ideias. Bastava, portanto, fazer um esforço para recordar.
Conhecer é recordar.
A objetivo mais importante do diálogo é encontrar o
conceito. Ele pergunta, por exemplo, o que é justiça? E,
aos poucos, eliminando definições imperfeitas, ele vai
chegando a um conceito mais puro, mais correto.
A maior arte de Sócrates era a investigação, feita com o
auxílio de seus interlocutores. Aquele que investiga,
questiona. Aquele que questiona, perturba a ordem
estabelecida. Isso faz surgir muitos inimigos de Sócrates.
Sócrates foi acusado de corromper a juventude e de
desprezar os deuses da cidade. Com base nessas acusações
ele é condenado a beber cicuta (veneno extraído de uma
planta do mesmo nome). Segundo testemunho de Platão em
Apologia de Sócrates, ele ficou imperturbável durante o
julgamento e, no final, ao se despedir de seus discípulos,
ele diz:
Já é hora de irmos; eu para a morte, vós para viverdes.
Quanto a quem vai para um lugar melhor, só Deus sabe.
É filho de uma nobre família
ateniense e seu nome verdadeiro é
Arístocles. Seu apelido de Platão é
devido à sua constituição física e
significa “ombros largos”. Foi
discípulo de Sócrates e após a sua
morte, fez muitas viagens,
ampliando sua cultura e suas
reflexões.
Por volta de 387 a.C., Platão fundou sua própria
escola de filosofia, nos jardins construídos pelo seu
amigo Academus, o que deu à escola o nome de
Academia. É uma das primeiras instituições de ensino
superior do mundo ocidental.
Platão, diferentemente de Sócrates, tinha o
hábito de escrever sobre suas idéias. Foi ele
quem resgatou boa parte do pensamento de seu
mestre Sócrates.
Platão não andava promovendo debates pelos
locais públicos como seu mestre, mas ao
contrário, fundou uma academia de filosofia.
Devido a isso, Platão era mais restrito, pois para
chegar a ele somente quem pudesse entrar na
academia, ou seja, os filhos dos aristocratas da
época.
Do mundo sensível das opiniões ao mundo
inteligível das idéias.
Segundo Platão, os sentidos só podem nos fornecer o
conhecimento das sombras da verdadeira realidade, e
através deles só conseguimos ter opiniões.
O conhecimento verdadeiro se consegue através da
dialética, que é a arte de colocar à prova todo
conhecimento adquirido, purificando-o de toda imperfeição
para atingir a verdade. Cada opinião emitida é questionada
até que se chegue à verdade.
Platão, assim como Sócrates, acreditava que o
conhecimento era inato ao ser humano, ou seja, todo o
conhecimento estava na pessoa, bastava exercitar ou
refletir para “relembrar” as respostas dos
questionamentos. Aristóteles, discípulo de Platão, não
compartilha dessa idéia, para ele o conhecimento só era
possível por meio da experiência e da percepção, ou seja,
deveria ser adquirido.
As sombras que os homens enxergam no fundo da caverna
representam as aparências da realidade e não a realidade
em si. Mas aqueles homens que foram, desde a infância,
acostumados a crer que as sombras eram a realidade, não
podiam imaginar que a realidade verdadeira estava lá fora.
Quando um desses homens consegue escapar da caverna e
tem contato com o mundo verdadeiro, ele percebe que as
projeções na parede nada mais são do que uma ilusão, pois
a realidade das coisas era outra. O homem cai em si e
entende que sempre foi enganado pelas sombras.
Quando volta para caverna e tenta convencer os outros de
que aquelas sombras não representam a realidade dos
fatos, ninguém acredita e o chamam de louco.
Esse mito se refere a Sócrates que tentava demonstrar a
realidade ou a verdade de vários fatos de Atenas, como a
política, por exemplo, uma vez que as pessoas acreditavam
em discursos que não condiziam com a realidade.
A Teoria das Ideias e seus aspectos epistemológicos:
 O conhecimento se desenvolve por meio da
passagem progressiva do mundo sensível (das
sombras e aparências) para o mundo inteligível
(das ideias e essências).
 As impressões são responsáveis pela Opinião
(doxa) que temos da realidade.
 O Conhecimento (epistéme), para ser autêntico,
deve ultrapassar a esfera das impressões
sensoriais e alcançar a esfera racional da
sabedoria.
Foi preceptor de Alexandre
Magno, na corte de Pela, e
isso facilitou suas pesquisas
pois, quando Alexandre
expandiu o império
Macedônico, o filósofo teve
mais acesso às informações
sobre formas de governo e
sobre o mundo natural (do
qual Aristóteles fez uma
das primeiras classificações
conhecidas).
• Sua vida:
Aristóteles: Quando Alexandre sobe ao trono na
Macedônia, Aristóteles deixa a corte de Pela e
volta para Atenas, onde funda sua própria escola
de filosofia, próxima ao templo de Apolo Liceano
(por isso passa a se chamar LICEU), seguindo
orientação que rivaliza com a Academia de Platão
que, nesse tempo, é dirigida por Xenócrates.
A Academia era mais voltada para as
Matemáticas, enquanto o Liceu se dedicava
principalmente às ciências naturais.
• Aristóteles foi discípulo de Platão, mas seguiu o
próprio caminho, com uma filosofia bem
diferente do mestre.
• Quanto ao método de exposição da filosofia,
enquanto Platão utilizara os diálogos,
Aristóteles foi um sistematizador.
• Embora ele também tenha escrito diálogos, o
que chegou até nós foi apenas uma parte das
suas obras produzidas em forma descritiva e
ordenada.
Aristóteles organizou o conhecimento de até
então. Criou sistemas classificatórios para a
natureza, sobre o céu, sobre os fenômenos
atmosféricos; exame da física como movimento,
infinito, vazio, lugar, tempo, etc.
Também estudou sobre sensação, memória,
respiração, história dos animais; classificou as
espécies vivas, etc.
Formas de governo, retórica (argumentação) e
ainda muitos outros estudos.
Platão, com o vulto de Leonardo da Vinci, ergue o indicador para o
alto, simbolizando a teoria das formas (o poder das ideias abstratas e
intangíveis). Aristóteles, com a mão espalmada para baixo, indica a
realidade material da natureza, a terra, o que representa a
percepção pelos sentidos, base de sua concreta teoria do
conhecimento (filosofia natural e empírica).
Critica a Teoria das Ideias e a noção de
dualismo
Em Platão, temos dois mundos
distintos (sensível e inteligível)
Aristóteles diz que não é necessário o
dualismo : este só duplica os problemas
 A ciência deveria partir da realidade sensorial
(empírica) para buscar as estruturas essenciais de
cada ser.
 A existência do ser individual, concreto, único,
constitui o objeto da ciência, mas não é o seu
propósito.
 A finalidade da ciência deve ser a compreensão do
universal, visando o estabelecimento de definições
essenciais, que possam ser usadas de modo
generalizado.
 Existência da substância individual, que
reúne todas as características
necessárias, passíveis de conhecimento.
Evita, assim, o dualismo platônico.
 A substância é formada por elementos
distintos: matéria e forma.
 Estes não estão dissociados.
 MATÉRIA: do grego hylé – o princípio
indeterminado dos seres, mas que é
determinável pela forma.
 FORMA: do grego morphé – o princípio
determinado em si próprio, mas que é
determinado em relação à matéria.
Nos processos de mudança é a forma que
muda, a matéria mantém-se sempre a
mesma.
 Problemática da palavra “ser”: vários usos /
usos problemáticos
 1) essência e acidente: a essência é o que faz
com que algo seja o que é. Acidente são as
propriedades que, quando retiradas, não
alteram o que ela é.
“Como então as ideias,
que são a substância das
coisas, podem estar
separadas das coisas?”
2) Ato e Potência:
Distinção de diferentes formas de ser que
explicam as mudanças do mundo sensível.
A criança é um ato, mas também é homem em
potência.
Ato: a manifestação atual do ser, aquilo que ele já é
(por exemplo: a semente é, em ato, uma semente)
Potência: as possibilidades do ser (capacidade de ser),
aquilo que ainda não é, mas que pode vir a ser (por
exemplo: a semente é, em potência, uma árvore)
Aristóteles escreve a Metafísica para
comunicar a experiência do conhecer.
Graus do processo de conhecimento :
1) Sensação
2) Memória
3) Experiência
4) Arte (Téchne)
5) Teoria
 Início do conhecimento.
 Platão: sensação é traiçoeira
 Aristóteles: é na experiência do mundo
sensível que estão os seres que devemos
compreender
 As sensações são ferramentas importantes
do conhecimento pois é por meio delas que
poderemos encontrar a essência das coisas
 Memória: Lembrança de acontecimentos
passados.
 Experiência: capacidade humana de
estabelecer relações com aquilo que
aprendemos pelos sentidos.
 O humano recebe acontecimentos pela
experiência e os retém pela memória (ex: o
fogo queima)
 Conhecimento das causas, dos porquês das
coisas.
 Não é apenas saber “como montar uma
ponte”, mas saber como e porque as peças
se encaixam daquela determinada maneira
 Destituído de qualquer “acidente”,
detalhes e aspectos individuais das coisas.
 É o conhecimento mais abstrato e genérico
das formas existentes de conhecer.
 Não quer compreender algo prático :
apenas quer encontrar a verdade ; tem um
fim em si mesmo.
I – Conhecimento Prático
a) Ética: estudo da virtude - o que é essa
virtude e como nos educar para nos tornarmos
virtuosos.
b) Política: “o homem é um animal político”,
ou seja, o homem só realiza sua natureza
essencial no convívio e na relação política
com sua cidade.
Regimes
Políticos
Característica
Formas
Degenerativas
Descrição
DEMOCRACIA Poder do Povo DEMAGOGIA
O Poder é do
Povo, mas
desconsiderando
o bem comum
MONARQUIA
Poder somente
de uma Pessoa
TIRANIA
O Poder fica nas
mãos apenas de
uma pessoa,
mas exercido de
forma ilegal
ARISTOCRACIA
Poder dos
“Melhores”
OLIGARQUIA
O Poder é de um
grupo que
favorece a si
mesmo
SENTIMENTO FALTA VIRTUDE EXCESSO
Prazer Insensibilidade Temperança Libertinagem
Confiança Covardia Coragem Temeridade
Riqueza Avareza Liberalidade Prodigalidade
Fama Simplório Magnificência Vaidade
Honra Vileza Respeito Vulgaridade
Cólera Indiferença Gentileza Irascibilidade
Convívio Grosseria Agudeza Zombaria
Conceder Prazer Tédio Amizade Condescendência
Vergonha Timidez Modéstia Sem Vergonhice
Fortuna Malevolência Justa Apreciação Inveja
“A Amizade se constitui de dois corpos que
habitam uma só alma”
 Inicia-se com a conquista da Grécia pelos
macedônios em 322 a.C.
 Caracterizou-se pela interação da cultura
grega clássica e oriental.
 Polis grega desaparece como centro
político.
 Filósofos são cidadãos do mundo (kósmos)-
período da filosofia cosmopolita.
Expansão Macedônica empreendida por Alexandre Magno
 Mistura de religiões ou sincretismo
religioso.
 As fronteiras e divisão entre cidade-
estado desapareceram
 Surgem dúvidas e incertezas.
 Continuação das atividades das escolas
platônicas.
 Substitui-se, a vida pública pela vida
privada como centro das reflexões
filosóficas
 Trata da intimidade, da vida interior do
homem.
 Substitui-se a vida pública pela vida
privada como centro das reflexões
filosóficas.
 As preocupações coletivas cedem lugar às
preocupações individuais.
 As principais correntes filosóficas desse
período vão tratar da intimidade, da vida
interior do homem.
 Com o declínio da participação do cidadão
nos destinos da cidade, a reflexão política
também se enfraqueceu.
Principais correntes que trazem
explicações sobre a realidade:
 Estoicismo -
 Epicurismo - Hedonismo
 Pirronismo - Ceticismo
 Cinismo
 Toda realidade é racional. Todos os seres
fazem parte desta.
 Somos deste mundo e, ao morrer, nos
dissolvemos nele.
 O melhor caminho para a felicidade é o
dever da compreensão.
Fundador: Zenão de Cício (336-263 a.C)
 No plano ético, os estóicos defendiam uma
atitude de austeridade física e moral,
baseada em virtudes como a resistência ante
o sofrimento, a coragem ante o perigo, a
indiferença ante as riquezas materiais.
 O ideal a ser alcançado seria um estado de
plena serenidade para lidar com os
sobressaltos da existência, fundado na
aceitação e compreensão dos “princípios
universais” que regem toda a vida.
 A imperturbabilidade, a extirpação das
paixões e a aceitação resignada do destino
são as marcas fundamentais do homem sábio,
o único apto a experimentar a verdadeira
felicidade;
Fundador: Epicuro (324-271 a.C.)
Administração racional e equilibrada do
prazer, é o princípio e o fim de uma vida
feliz.
Prazeres Duradouros: que encantam o
espírito como. ex: artes, música etc.
 Prazeres Imediatos, movidos pela
explosão das paixões e que podem resultar
em dor e sofrimento.
Buscavam a Ataraxia:
ausência de dor,
quietude, serenidade.
Para desfrutar os grandes prazeres do
intelecto precisamos aprender a dominar
os prazeres exagerados da paixão: os
medos, os apegos, a cobiça, a inveja.
Os epicuristas buscavam a ATARAXIA,
termo grego usado pra designar o estado
de ausência da dor, quietude, serenidade e
impertubabilidade da alma.
O epicurismo defende uma administração
racional e equilibrada do prazer, evitando
ceder aos desejos insaciáveis que,
inevitavelmente, terminam no sofrimento.
Nenhum conhecimento é seguro, tudo é
incerto. (Ceticismo)
Fundador: Pirro de Eléia (365-275 a.C.)
Os céticos admitiam que a realidade
existia, mas afirmavam que o ser humano
não teria nenhum instrumento para atingir
a verdade de qualquer coisa.
A filosofia deveria ser uma negação do
saber, não uma busca.
Defendia que se deve contentar com as
aparências das coisas, desfrutar o imediato
captado pelos sentidos e viver feliz, em vez de
se lançar à busca de uma verdade, pois seria
impossível ao homem saber se as coisas são
efetivamente como aparecem.
Para atingir a felicidade o indivíduo deveria
dirigir uma indiferença absoluta aos costumes
e aos acontecimentos da vida.
Diógenes, principal representante.
Filósofos que se propuseram a viver como
cães da cidade, sem qualquer propriedade
ou conforto.
Filosofia de Sócrates- procurar conhecer a
si mesmo e desprezar bens materiais.
Do grego kynicos, significa “como um cão”.
Nos séculos posteriores ao florescimento
das escolas filosóficas, não se
desenvolveram correntes de pensamento
que possam ser consideradas realmente
originais.
Nesse período, que vai de meados do
século III a.C. até o início da Idade Média,
os filósofos que surgiram repetiam as ideias
dos antigos.
O surgimento do cristianismo, no século I,
trouxe à filosofia novas questões
O cristianismo ganhou numerosos adeptos
entre os povos do antigo mundo helenístico,
trazendo novas formas de ver o mundo.
Ao mesmo tempo, no século I a.C. surgiu uma
potência militar que superou a dominação
macedônia: o Império Romano, que absorveu
muito da cultura grega, inclusive sua filosofia.
Entre os século I a.C. e III d.C., assistimos a
um ressurgimento do platonismo mesclado
com ideias aristotélicas, influenciando a
filosofia dos pensadores cristãos durante a
Idade Média.
A Grécia sob o controle Romano
Pitágoras
Sócrates
Platão
Aristóteles
Epicuro
“Podemos facilmente perdoar uma criança por
ter medo da escuridão. A real tragédia da vida
é quando os homens têm medo da luz”
“Purifica o teu coração antes de permitires que o
amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda
em um recipiente sujo”
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente.
Excelência, então, não é um modo de agir, mas
sim um hábito”
“Se todos os nossos infortúnios fossem colocados juntos e,
posteriormente, repartidos em partes iguais por cada um de
nós, ficaríamos muito felizes se pudéssemos ter apenas, de
novo, só os nossos.”
“Quando dizemos que o prazer é a essência de uma boa vida não
queremos dizer o prazer do extravagante ou o que de depende
da satisfação física, mas por prazer queremos dizer o estado em
que o corpo se libertou da dor e a mente da ansiedade.”
o ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS,
Maria Helena Pires. Filosofando:
introdução à Filosofia. São Paulo; Ática,
1993.
o CHALITA, Gabriel. Vivendo a Filosofia. 4
ed. São Paulo: Ática, 2012.
o CHAUÍ, Marilena. Convite a Filosofia – São
Paulo – SP: Editora Ática, 2014.
o COTRIM, Gilberto. Fundamentos da
Filosofia: história e grandes temas. 16 ed.
reform. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2006.

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História da Filosofia dos Pré Socráticos ao Helenismo

  • 1. História da Filosofia Da Antiguidade Clássica ao Teocentrismo Medieval Prof. Lúcio Oliveira
  • 2.
  • 3. No seu sentido mais comum, o substantivo filosofia ou o verbo filosofar tem a ver com pensamento ou com o ato de pensar. Filosofar é pensar sobre o que nos acontece, sobre o sentido do que nos acontece ou sobre o significado da vida humana ou da vida biológica como tal. Diz-se assim que se tem uma “filosofia de vida”. Mas este significado do termo certamente é muit oamplo e vago. Até mesmo pensar não é a mesma coisa para todos.
  • 4. Podemos dizer que filosofar é criar e ter uma atitude filosófica. Mas nem todos têm esta atitude. Uma vez que a Filosofia quebra com o nosso saber prático do dia a dia (o que nem sempre nos agrada, pois à primeira vista parece ser perda de tempo ou incômodo exagerado com as coisas, deixando-nos, quem sabe, angustiados demais, para além do conveniente) Filosofar é não se contentar com as coisas óbvias. É tomar distância do que acontece, para entender melhor o que acontece. “Não se ensina Filosofia, ensina-se a Filosofar.” Immanuel Kant
  • 5. Contudo, a Filosofia não é compreendida hoje apenas como um saber específico, mas também como uma atitude em relação ao conhecimento, o que faz com que seus temas, seus conceitos e suas descobertas sejam constantemente retomados. A Filosofia é um saber específico e tem uma história que já dura mais de 2.500 anos. Nasceu na Grécia Antiga - costumamos dizer - com os primeiros filósofos, chamados pré- socráticos.
  • 6. Contexto histórico e subdivisões do período. Século VI a.C até século VII d.C. Espaços iniciais: Cidades-estado da Grécia; desenvolvimento em várias cidades do Império Romano. Desenvolvimento da Pólis até a queda da Império Romano; período clássico da arte grega; teatro; domínio de Alexandre, o Grande. Períodos: pré-socrático; clássico; helenístico.
  • 7. Principais problemas filosóficos. Como o mundo funciona? De onde o mundo vem? Quem fez isso? Quem é? Como isso tudo se junta? Será que tudo faça algum tipo de sentido, ou é apenas acaso este monte de coisas? Como as pessoas devem se comportar? O que é conhecimento?
  • 8. Física, Cosmológica, Ontológica ou Pré Socrática Os filósofos que viveram antes da época de Sócrates, como Parmênides e Heráclito, investigaram a origem das coisas e as transformações da natureza. De seus textos só restaram fragmentos. O conhecimento especulativo no período pré-socrático não se distinguia dos outros conhecimentos, como a astronomia, a matemática ou a física. Tales de Mileto foi o primeiro pensador que podemos chamar de filósofo. Como outros pré-socráticos, Tales dedicou-se a caracterizar o princípio ou a matéria de que é feito o mundo. Sustentou que este princípio era a água. Clássica ou Antropológica A Filosofia vinculou-se a um momento histórico privilegiado - o da Grécia Clássica. Nesse período, que compreende os séculos V a.C. e IV a.C., a Civilização Grega conheceu seu apogeu, com o esplendor da cidade de Atenas. Adotando a democracia como sistema político, Atenas assistiu a um florescimento admirável das Ciências e das Artes. Foi esse período histórico que deu origem ao pensamento dos três maiores filósofos da Antiguidade: Sócrates, Platão e Aristóteles. Helenística O período helenístico corresponde ao final do século III a.C. (período que se sucede à morte de Alexandre Magno, em 323 a.C.) e se estende, segundo alguns historiadores, até o século VII d.C. As preocupações filosóficas fundamentais voltam-se para as questões morais, para a definição dos ideais de felicidade e virtude e para o saber prático.
  • 9. Aquilo que une os filósofos pré-socráticos é a preocupação em perguntar e compreender a natureza do mundo (a Physis). Queriam entender a origem, a causa geradora de todas as coisas, seus princípios. Assim, observavam o mundo na busca de explicações lógicas (racionais) para compreendê-lo Tais explicações se diferenciavam do conhecimento mítico e religioso comumente aceito pelos gregos antigos.
  • 10. Os Jônios Assim chamados por habitarem a região da Jônia (atual Turquia) Tales (625 – 558 a.C) Considerado o “primeiro filósofo”. Fundador da Filosofia Cosmológica. Observou que todos os elementos eram compostos de água. • A água é responsável pela vida. • Assim, a água é o princípio de todas as coisas: “Tudo é Água” Anaximandro (625 – 558 a.C) O princípio de tudo é o “Apéiron”. Princípio puramente racional. Indeterminado, Infinito, Ilimitado e Imutável Separação dos Contrários Gerou os opostos: Quente X Frio Fogo X Água Seco X Úmido
  • 11. Os Pitagóricos Escola criada por Pitágoras na região de Samos, localizada na costa da atual Turquia Pitágoras (580– 500 a.C) “O Universo é uma exatidão numérica”. LIMITADOS – Ímpares (princípio feminino do Cosmos) Pode ser dividido em proporções numéricas cada vez menores . Números ILIMITADOS – Pares (princípio masculino do Cosmos)
  • 12.
  • 13. Heráclito (540 – 480 a.C) “Não se pode banhar duas vezes no mesmo rio, nem substância mortal alcançar duas vezes a mesma condição [...] Tudo flui, tudo passa, se move sem cessar”. Defende que o Arché é o Fogo Propõe o Devir eterno Tudo está em constante transformação Para Heráclito, o Devir se dá através da constante disputa entre os contrários, cada qual buscando superar o outro. Gerador da Vida Transformador da Matéria As coisas quentes esfriam As úmidas, secam Os dias tornam-se noiteConsiderado o primeiro representante do pensamento dialético
  • 14. Os Eleatas Habitavam a região de Eléia, ao sul da atual Itália. Buscavam conhecer a essência do ser e não a matéria. Parmênides (515– 450 a.C) “O Ser é algo imutável, eterno e indivisível”.  Algo Absoluto  Onipresente  Princípio Único Considerado o fundador da Lógica e da Ontologia por Aristóteles. Para Parmênides, o ser não sofre alterações. “O que é de si não transige”, pois deixaria de ser, portanto, de existir. Os sentidos e a percepção nos enganariam pois só observaríamos a aparência sem levar em consideração a essência das coisas.
  • 15.
  • 16.
  • 17. Nesse sentido, debatiam questões importantes para o convívio em sociedade, ex: ética, fazer o bem, virtudes, política, etc. Com o desenvolvimento das cidades (polis) gregas, a vida em sociedade passa a ser uma questão importante. Sócrates vive em Atenas, que é uma cidade de grande importância, nesse período de expansão urbana da Grécia, por isso, a sua preocupação central é com a seguinte questão: como devo viver? As pessoas precisavam desenvolver normas de convivência para o espaço da cidade que era um fenômeno relativamente novo na história da humanidade, com mais agitação política, comercial e social.
  • 18. O conteúdo dos diálogos chegou até nós por meio de seus discípulos, especialmente de Platão, pois Sócrates não deixou nada escrito. Toda a sua filosofia é exposta em diálogos críticos com seus interlocutores Sócrates andava pela cidade (feiras, mercados, praças, prédios públicos, etc.) e debatia com as pessoas interessadas sobre assuntos referentes a vida em sociedade.
  • 19. Para viver bem (de acordo com a virtude) é preciso ser sábio. Para Sócrates a sabedoria é fruto de muita investigação que começa pelo conhecimento de si mesmo. Segundo ele, deve-se seguir a inscrição do templo de Apolo: conhece-te a ti mesmo. À medida que o homem se conhece bem, ele chega à conclusão de que não sabe nada. Para ser sábio, é preciso confessar, com humildade, a própria ignorância. Só sei que nada sei, repetia sempre Sócrates.
  • 20. Maiêutica: método para chegar ao conhecimento. Para Sócrates o papel do filósofo é fazer com que as pessoas chegassem ao conhecimento e para isso desenvolveu a maiêutica. Método de diálogo para levar o seu interlocutor (pessoa com quem estava debatendo) a perceber por si só sua própria ignorância sobre os assuntos tratados. Por meio da ironia, fazendo perguntas e respondendo as perguntas com outras perguntas, levava o interlocutor a cair em contradição, Sócrates o conduzia a confessar a própria ignorância. Uma vez confessada a ignorância, o interlocutor estaria disposto a percorrer o caminho da verdade.
  • 21. Quando se diz que a maiêutica é a arte de dar à luz as ideias, está se subentendendo que o conhecimento está dentro da pessoa e por meio maiêutica ela vai “parir” o conhecimento. Para Sócrates, uma mente submetida a um interrogatório adequado seria capaz de explicitar conhecimentos que já estavam latentes na alma. Afinal, tanto para Sócrates quanto para Platão, a alma, antes de se unir ao corpo, contemplara as ideias na sua essência, no Mundo das Ideias. Bastava, portanto, fazer um esforço para recordar. Conhecer é recordar. A objetivo mais importante do diálogo é encontrar o conceito. Ele pergunta, por exemplo, o que é justiça? E, aos poucos, eliminando definições imperfeitas, ele vai chegando a um conceito mais puro, mais correto.
  • 22. A maior arte de Sócrates era a investigação, feita com o auxílio de seus interlocutores. Aquele que investiga, questiona. Aquele que questiona, perturba a ordem estabelecida. Isso faz surgir muitos inimigos de Sócrates. Sócrates foi acusado de corromper a juventude e de desprezar os deuses da cidade. Com base nessas acusações ele é condenado a beber cicuta (veneno extraído de uma planta do mesmo nome). Segundo testemunho de Platão em Apologia de Sócrates, ele ficou imperturbável durante o julgamento e, no final, ao se despedir de seus discípulos, ele diz: Já é hora de irmos; eu para a morte, vós para viverdes. Quanto a quem vai para um lugar melhor, só Deus sabe.
  • 23. É filho de uma nobre família ateniense e seu nome verdadeiro é Arístocles. Seu apelido de Platão é devido à sua constituição física e significa “ombros largos”. Foi discípulo de Sócrates e após a sua morte, fez muitas viagens, ampliando sua cultura e suas reflexões. Por volta de 387 a.C., Platão fundou sua própria escola de filosofia, nos jardins construídos pelo seu amigo Academus, o que deu à escola o nome de Academia. É uma das primeiras instituições de ensino superior do mundo ocidental.
  • 24. Platão, diferentemente de Sócrates, tinha o hábito de escrever sobre suas idéias. Foi ele quem resgatou boa parte do pensamento de seu mestre Sócrates. Platão não andava promovendo debates pelos locais públicos como seu mestre, mas ao contrário, fundou uma academia de filosofia. Devido a isso, Platão era mais restrito, pois para chegar a ele somente quem pudesse entrar na academia, ou seja, os filhos dos aristocratas da época.
  • 25. Do mundo sensível das opiniões ao mundo inteligível das idéias. Segundo Platão, os sentidos só podem nos fornecer o conhecimento das sombras da verdadeira realidade, e através deles só conseguimos ter opiniões. O conhecimento verdadeiro se consegue através da dialética, que é a arte de colocar à prova todo conhecimento adquirido, purificando-o de toda imperfeição para atingir a verdade. Cada opinião emitida é questionada até que se chegue à verdade. Platão, assim como Sócrates, acreditava que o conhecimento era inato ao ser humano, ou seja, todo o conhecimento estava na pessoa, bastava exercitar ou refletir para “relembrar” as respostas dos questionamentos. Aristóteles, discípulo de Platão, não compartilha dessa idéia, para ele o conhecimento só era possível por meio da experiência e da percepção, ou seja, deveria ser adquirido.
  • 26.
  • 27.
  • 28.
  • 29.
  • 30.
  • 31.
  • 32.
  • 33.
  • 34.
  • 35.
  • 36.
  • 37. As sombras que os homens enxergam no fundo da caverna representam as aparências da realidade e não a realidade em si. Mas aqueles homens que foram, desde a infância, acostumados a crer que as sombras eram a realidade, não podiam imaginar que a realidade verdadeira estava lá fora. Quando um desses homens consegue escapar da caverna e tem contato com o mundo verdadeiro, ele percebe que as projeções na parede nada mais são do que uma ilusão, pois a realidade das coisas era outra. O homem cai em si e entende que sempre foi enganado pelas sombras. Quando volta para caverna e tenta convencer os outros de que aquelas sombras não representam a realidade dos fatos, ninguém acredita e o chamam de louco. Esse mito se refere a Sócrates que tentava demonstrar a realidade ou a verdade de vários fatos de Atenas, como a política, por exemplo, uma vez que as pessoas acreditavam em discursos que não condiziam com a realidade.
  • 38. A Teoria das Ideias e seus aspectos epistemológicos:  O conhecimento se desenvolve por meio da passagem progressiva do mundo sensível (das sombras e aparências) para o mundo inteligível (das ideias e essências).  As impressões são responsáveis pela Opinião (doxa) que temos da realidade.  O Conhecimento (epistéme), para ser autêntico, deve ultrapassar a esfera das impressões sensoriais e alcançar a esfera racional da sabedoria.
  • 39. Foi preceptor de Alexandre Magno, na corte de Pela, e isso facilitou suas pesquisas pois, quando Alexandre expandiu o império Macedônico, o filósofo teve mais acesso às informações sobre formas de governo e sobre o mundo natural (do qual Aristóteles fez uma das primeiras classificações conhecidas).
  • 40. • Sua vida: Aristóteles: Quando Alexandre sobe ao trono na Macedônia, Aristóteles deixa a corte de Pela e volta para Atenas, onde funda sua própria escola de filosofia, próxima ao templo de Apolo Liceano (por isso passa a se chamar LICEU), seguindo orientação que rivaliza com a Academia de Platão que, nesse tempo, é dirigida por Xenócrates. A Academia era mais voltada para as Matemáticas, enquanto o Liceu se dedicava principalmente às ciências naturais.
  • 41. • Aristóteles foi discípulo de Platão, mas seguiu o próprio caminho, com uma filosofia bem diferente do mestre. • Quanto ao método de exposição da filosofia, enquanto Platão utilizara os diálogos, Aristóteles foi um sistematizador. • Embora ele também tenha escrito diálogos, o que chegou até nós foi apenas uma parte das suas obras produzidas em forma descritiva e ordenada.
  • 42. Aristóteles organizou o conhecimento de até então. Criou sistemas classificatórios para a natureza, sobre o céu, sobre os fenômenos atmosféricos; exame da física como movimento, infinito, vazio, lugar, tempo, etc. Também estudou sobre sensação, memória, respiração, história dos animais; classificou as espécies vivas, etc. Formas de governo, retórica (argumentação) e ainda muitos outros estudos.
  • 43. Platão, com o vulto de Leonardo da Vinci, ergue o indicador para o alto, simbolizando a teoria das formas (o poder das ideias abstratas e intangíveis). Aristóteles, com a mão espalmada para baixo, indica a realidade material da natureza, a terra, o que representa a percepção pelos sentidos, base de sua concreta teoria do conhecimento (filosofia natural e empírica).
  • 44. Critica a Teoria das Ideias e a noção de dualismo Em Platão, temos dois mundos distintos (sensível e inteligível) Aristóteles diz que não é necessário o dualismo : este só duplica os problemas
  • 45.  A ciência deveria partir da realidade sensorial (empírica) para buscar as estruturas essenciais de cada ser.  A existência do ser individual, concreto, único, constitui o objeto da ciência, mas não é o seu propósito.  A finalidade da ciência deve ser a compreensão do universal, visando o estabelecimento de definições essenciais, que possam ser usadas de modo generalizado.
  • 46.  Existência da substância individual, que reúne todas as características necessárias, passíveis de conhecimento. Evita, assim, o dualismo platônico.  A substância é formada por elementos distintos: matéria e forma.  Estes não estão dissociados.
  • 47.  MATÉRIA: do grego hylé – o princípio indeterminado dos seres, mas que é determinável pela forma.  FORMA: do grego morphé – o princípio determinado em si próprio, mas que é determinado em relação à matéria. Nos processos de mudança é a forma que muda, a matéria mantém-se sempre a mesma.
  • 48.  Problemática da palavra “ser”: vários usos / usos problemáticos  1) essência e acidente: a essência é o que faz com que algo seja o que é. Acidente são as propriedades que, quando retiradas, não alteram o que ela é. “Como então as ideias, que são a substância das coisas, podem estar separadas das coisas?”
  • 49. 2) Ato e Potência: Distinção de diferentes formas de ser que explicam as mudanças do mundo sensível. A criança é um ato, mas também é homem em potência. Ato: a manifestação atual do ser, aquilo que ele já é (por exemplo: a semente é, em ato, uma semente) Potência: as possibilidades do ser (capacidade de ser), aquilo que ainda não é, mas que pode vir a ser (por exemplo: a semente é, em potência, uma árvore)
  • 50. Aristóteles escreve a Metafísica para comunicar a experiência do conhecer. Graus do processo de conhecimento : 1) Sensação 2) Memória 3) Experiência 4) Arte (Téchne) 5) Teoria
  • 51.  Início do conhecimento.  Platão: sensação é traiçoeira  Aristóteles: é na experiência do mundo sensível que estão os seres que devemos compreender  As sensações são ferramentas importantes do conhecimento pois é por meio delas que poderemos encontrar a essência das coisas
  • 52.  Memória: Lembrança de acontecimentos passados.  Experiência: capacidade humana de estabelecer relações com aquilo que aprendemos pelos sentidos.  O humano recebe acontecimentos pela experiência e os retém pela memória (ex: o fogo queima)
  • 53.  Conhecimento das causas, dos porquês das coisas.  Não é apenas saber “como montar uma ponte”, mas saber como e porque as peças se encaixam daquela determinada maneira
  • 54.  Destituído de qualquer “acidente”, detalhes e aspectos individuais das coisas.  É o conhecimento mais abstrato e genérico das formas existentes de conhecer.  Não quer compreender algo prático : apenas quer encontrar a verdade ; tem um fim em si mesmo.
  • 55. I – Conhecimento Prático a) Ética: estudo da virtude - o que é essa virtude e como nos educar para nos tornarmos virtuosos. b) Política: “o homem é um animal político”, ou seja, o homem só realiza sua natureza essencial no convívio e na relação política com sua cidade.
  • 56. Regimes Políticos Característica Formas Degenerativas Descrição DEMOCRACIA Poder do Povo DEMAGOGIA O Poder é do Povo, mas desconsiderando o bem comum MONARQUIA Poder somente de uma Pessoa TIRANIA O Poder fica nas mãos apenas de uma pessoa, mas exercido de forma ilegal ARISTOCRACIA Poder dos “Melhores” OLIGARQUIA O Poder é de um grupo que favorece a si mesmo
  • 57. SENTIMENTO FALTA VIRTUDE EXCESSO Prazer Insensibilidade Temperança Libertinagem Confiança Covardia Coragem Temeridade Riqueza Avareza Liberalidade Prodigalidade Fama Simplório Magnificência Vaidade Honra Vileza Respeito Vulgaridade Cólera Indiferença Gentileza Irascibilidade Convívio Grosseria Agudeza Zombaria Conceder Prazer Tédio Amizade Condescendência Vergonha Timidez Modéstia Sem Vergonhice Fortuna Malevolência Justa Apreciação Inveja “A Amizade se constitui de dois corpos que habitam uma só alma”
  • 58.  Inicia-se com a conquista da Grécia pelos macedônios em 322 a.C.  Caracterizou-se pela interação da cultura grega clássica e oriental.  Polis grega desaparece como centro político.  Filósofos são cidadãos do mundo (kósmos)- período da filosofia cosmopolita.
  • 59. Expansão Macedônica empreendida por Alexandre Magno
  • 60.  Mistura de religiões ou sincretismo religioso.  As fronteiras e divisão entre cidade- estado desapareceram  Surgem dúvidas e incertezas.
  • 61.  Continuação das atividades das escolas platônicas.  Substitui-se, a vida pública pela vida privada como centro das reflexões filosóficas  Trata da intimidade, da vida interior do homem.
  • 62.  Substitui-se a vida pública pela vida privada como centro das reflexões filosóficas.  As preocupações coletivas cedem lugar às preocupações individuais.  As principais correntes filosóficas desse período vão tratar da intimidade, da vida interior do homem.  Com o declínio da participação do cidadão nos destinos da cidade, a reflexão política também se enfraqueceu.
  • 63. Principais correntes que trazem explicações sobre a realidade:  Estoicismo -  Epicurismo - Hedonismo  Pirronismo - Ceticismo  Cinismo
  • 64.  Toda realidade é racional. Todos os seres fazem parte desta.  Somos deste mundo e, ao morrer, nos dissolvemos nele.  O melhor caminho para a felicidade é o dever da compreensão. Fundador: Zenão de Cício (336-263 a.C)
  • 65.  No plano ético, os estóicos defendiam uma atitude de austeridade física e moral, baseada em virtudes como a resistência ante o sofrimento, a coragem ante o perigo, a indiferença ante as riquezas materiais.  O ideal a ser alcançado seria um estado de plena serenidade para lidar com os sobressaltos da existência, fundado na aceitação e compreensão dos “princípios universais” que regem toda a vida.  A imperturbabilidade, a extirpação das paixões e a aceitação resignada do destino são as marcas fundamentais do homem sábio, o único apto a experimentar a verdadeira felicidade;
  • 66. Fundador: Epicuro (324-271 a.C.) Administração racional e equilibrada do prazer, é o princípio e o fim de uma vida feliz. Prazeres Duradouros: que encantam o espírito como. ex: artes, música etc.
  • 67.  Prazeres Imediatos, movidos pela explosão das paixões e que podem resultar em dor e sofrimento. Buscavam a Ataraxia: ausência de dor, quietude, serenidade.
  • 68. Para desfrutar os grandes prazeres do intelecto precisamos aprender a dominar os prazeres exagerados da paixão: os medos, os apegos, a cobiça, a inveja. Os epicuristas buscavam a ATARAXIA, termo grego usado pra designar o estado de ausência da dor, quietude, serenidade e impertubabilidade da alma. O epicurismo defende uma administração racional e equilibrada do prazer, evitando ceder aos desejos insaciáveis que, inevitavelmente, terminam no sofrimento.
  • 69. Nenhum conhecimento é seguro, tudo é incerto. (Ceticismo) Fundador: Pirro de Eléia (365-275 a.C.) Os céticos admitiam que a realidade existia, mas afirmavam que o ser humano não teria nenhum instrumento para atingir a verdade de qualquer coisa. A filosofia deveria ser uma negação do saber, não uma busca.
  • 70. Defendia que se deve contentar com as aparências das coisas, desfrutar o imediato captado pelos sentidos e viver feliz, em vez de se lançar à busca de uma verdade, pois seria impossível ao homem saber se as coisas são efetivamente como aparecem. Para atingir a felicidade o indivíduo deveria dirigir uma indiferença absoluta aos costumes e aos acontecimentos da vida.
  • 71. Diógenes, principal representante. Filósofos que se propuseram a viver como cães da cidade, sem qualquer propriedade ou conforto. Filosofia de Sócrates- procurar conhecer a si mesmo e desprezar bens materiais. Do grego kynicos, significa “como um cão”.
  • 72. Nos séculos posteriores ao florescimento das escolas filosóficas, não se desenvolveram correntes de pensamento que possam ser consideradas realmente originais. Nesse período, que vai de meados do século III a.C. até o início da Idade Média, os filósofos que surgiram repetiam as ideias dos antigos. O surgimento do cristianismo, no século I, trouxe à filosofia novas questões
  • 73. O cristianismo ganhou numerosos adeptos entre os povos do antigo mundo helenístico, trazendo novas formas de ver o mundo. Ao mesmo tempo, no século I a.C. surgiu uma potência militar que superou a dominação macedônia: o Império Romano, que absorveu muito da cultura grega, inclusive sua filosofia. Entre os século I a.C. e III d.C., assistimos a um ressurgimento do platonismo mesclado com ideias aristotélicas, influenciando a filosofia dos pensadores cristãos durante a Idade Média.
  • 74. A Grécia sob o controle Romano
  • 75. Pitágoras Sócrates Platão Aristóteles Epicuro “Podemos facilmente perdoar uma criança por ter medo da escuridão. A real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz” “Purifica o teu coração antes de permitires que o amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda em um recipiente sujo” “Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de agir, mas sim um hábito” “Se todos os nossos infortúnios fossem colocados juntos e, posteriormente, repartidos em partes iguais por cada um de nós, ficaríamos muito felizes se pudéssemos ter apenas, de novo, só os nossos.” “Quando dizemos que o prazer é a essência de uma boa vida não queremos dizer o prazer do extravagante ou o que de depende da satisfação física, mas por prazer queremos dizer o estado em que o corpo se libertou da dor e a mente da ansiedade.”
  • 76. o ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à Filosofia. São Paulo; Ática, 1993. o CHALITA, Gabriel. Vivendo a Filosofia. 4 ed. São Paulo: Ática, 2012. o CHAUÍ, Marilena. Convite a Filosofia – São Paulo – SP: Editora Ática, 2014. o COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: história e grandes temas. 16 ed. reform. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2006.