O documento discute a tuberculose extrapulmonar (TBEP), definindo-a como acometimento fora da árvore brônquica e do parênquima pulmonar. Apresenta as principais formas de TBEP como tuberculose miliar, pleural, ganglionar periférica, meningoencefálica, pericárdica e óssea. Também discute aspectos epidemiológicos, mecanismos fisiopatológicos, diagnóstico e tratamento da TBEP.
1. Tuberculose Extrapulmonar (TBEP)
SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DE PERNAMBUCO
HOSPITAL OTÁVIO DE FREITAS
RESIDÊNCIA DE ENFERMAGEM EM PNEUMOLOGIA
Luiz Fernando de Andrade
Enfermeiro R2 em Pneumologia
MARÇO/ 2015
RECIFE-PE
2. Definição
• Abrange todo o acometimento fora da árvore brônquica
e do parênquima pulmonar.
• As apresentações extrapulmonares da TB têm seus
sinais e sintomas dependentes dos órgãos e/ou sistemas
acometidos. Sua ocorrência aumenta entre pacientes
com aids, especialmente entre aqueles com
imunocomprometimento grave
Fontes:
Iseman MD, MD Iseman (2003). Capítulo 39. micobacterioses dos pulmões.Em Hanley ME, Welsh
CH (Eds), CURRENT Diagnóstico e Tratamento em Pneumologia . Retirado 24 de março, 2015 a partir
dehttp://accessmedicine.mhmedical.com/content.aspx?bookid=346&Sectionid=39883294.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica.
Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil / Ministério da Saúde, Secretaria de
Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2011.
3. Epidemiologia
O Brasil é um dos 22 países priorizados pela OMS
que concentram 80% da carga mundial de TB
Casos novos no mundo: 9,27 milhões. Onde na Ásia
(55%), na África(31%), no Mediterrâneo Oriental
(6%), na Europa (5%) e nas Américas (3%)
Brasil está 19ª posição no ranking de prevalência, e
na 104ª no coeficiente de incidência
Fonte:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica.
Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil / Ministério da Saúde, Secretaria de
Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2011.
5. Tuberculose Miliar
ocorre em 1% dos
pacientes HIV
soronegativos e 10%
dos pacientes HIV
soropositivos
Mais comum
em Crianças e
Adultos
jovens
Sua
denominação
está vinculada
ao achado
radiológico
Tuberculose Miliar
Fonte:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância Epidemiológica. Manual de recomendações para o controle da tuberculose
no Brasil / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de
Vigilância Epidemiológica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2011.
7. Embora a TB extrapulmonar seja paucibacilar, o
diagnóstico bacteriológico (assim como o
diagnóstico histopatológico) deve ser buscado.
Todo material coletado por biópsia deve ser
também armazenado em água destilada ou soro
fisiológico (ambos estéreis) para viabilizar a
realização da cultura
Fonte:
Tuberculosis1 BCo, Group2 BGoTW. III Diretrizes para Tuberculose da Sociedade Brasileira de
Pneumologia e Tisiologia. J Bras Pneumol. 2009;35(10):1018-1048
8. Tuberculose Pleural
A cultura
associada ao
exame
histopatológico
do fragmento
pleural permite o
diagnóstico em
até 90% dos
casos
exsudato com
mais de 75% de
linfócitos, ADA >
40 U/L e
ausência de
células
neoplásicas
Clinicamente é
indistiguível de
empiema pleural
por bactéria
comum
Fonte:
Tuberculosis1 BCo, Group2 BGoTW. III Diretrizes para Tuberculose da Sociedade Brasileira de
Pneumologia e Tisiologia. J Bras Pneumol. 2009;35(10):1018-1048
9. Fonte:
Capone D, Mogami R, Lopes AJ, Tessarollo B, Cunha DL, Capone RB, et al. Tuberculose extrapulmonar.
Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto. 2006;5(2):54-67
12. Tuberculose Meningoencefálica
Radiografia de
Tórax + TC / RNM
de Crânio
Punção do LCR
Pode ser
subclassificada em
TB de meninge ou
TB de parênquima
cerebral
Em sua clínica pode
apresentar náuses ,
vômitos, cefaléia,
irritabilidade,
alteração de
comportamento.
Sinais de isquemia
cerebral e
Hipertensão
craniana
13.
14. Tuberculose Pericárdica
Tem apresentação
clínica subaguda e
geralmente não se
associa à TB
pulmonar, embora
possa ocorrer
concomitantemente
TB pleural
Dor Torácica, tosse
seca e dispnéia
Radiografia / TC de
Tórax
15.
16. Tuberculose Óssea
Atinge mais as
crianças ou
pessoas entre a
4ª e 5ª década de
vida
Coluna vertebral
(mal de Pott),
articulação
coxofemoral e
joelho
Dor lombra, dor
à palpação e
sudorese
noturna
17.
18. Tratamento da TBEP
A lógica para o tratamento da TBEP é a
mesma que a da TB pulmonar. Há
recomendações com suficiente evidência
para prolongar o tratamento em algumas
formas, como na meningoencefálica,
situação na qual a fase de manutenção é
de 07 meses em vez de 04.
19.
20. Diagnósticos de
Enfermagem
*Dor Aguda
relacionado à
distúrbio pulmonar
evidenciado por
queixa e agitação
Intervenções de
Enfermagem
*Explicar os vários
métodos não-
invasivos de alívio
da dor;
*Proporcionar o
alívio da dor com os
analgésicos
prescritos;
*Investigar a
resposta à
medicação para o
alívio da dor
Resultados
Esperados
O indivíduo deverá
ter alívio
satisfatório após a
intervenção
Plano de Cuidados (Taxonomia NANDA-International)
Fonte:
Carpenito-Moyet, Linda Juall. Diagnósticos de enfermagem: aplicação à prática clínica / Lynda Juall
Carpenito-Moeyt; tradução Regina Machado Garcez. 11ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
21. Plano de Cuidados (Taxonomia NANDA-International)
Diagnósticos de
Enfermagem
* Controle ineficaz
do regime
terapêutico
relacionado à
complexidade do
regime terapêutico
e seus efeitos
colaterais
evidenciado por
aceleração
inesperada dos
sintomas da doença
Intervenções de
Enfermagem
*Identificar os
fatores causadores
que impedem o
controle efetivo;
*Promover a
confiança e os
pontos fortes;
*Reduzir ou
eliminar barreiras
ao aprendizado
Resultados
Esperados
*O
indivíduo/família
deverá relatar a
intenção de
praticar os
comportamentos de
saúde necessários
ou desejados para a
recuperação da
doença e
prevenção de
complicações