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CÂNCER COLORRETAL
PROF. DR. LUÍS H. SALVADOR
MARÇO/2023
CCR – Oncogenética
• Gene:
• Expressão gênica tecidual normal  Tecido normal  Morfologia / Fisiologia;
• Expressão aberrante  Carcinogênese.
CCR – Oncogenética
• Desenvolvimento tumoral – carcinogênese:
• Multiplicação celular;
• Angiogênese;
• Disseminação.
CCR – Oncogenética
• Desenvolvimento tumoral:
• Oncogenes – estímulo à divisão celular;
• Genes supressores tumorais – inibem a divisão celular.
• São genes expressos na função fisiológica normal, regulando a
atividade proliferativa celular;
• Câncer – distúrbio proliferativo descontrolado.
CCR – Oncogenética
• Ângiogênese:
• Garantir o aporte ao tecido neoplásico;
• Expressão de genes  proteínas  Angiogênese
• bFGF – Fator de crescimento fibrobástico básico;
• VEGF – Fator de crescimento endothelial vascular;
• COX – 2 (ciclo-oxigenase 2).
CCR – Oncogenética
• Capacidade de invasão tecidual – Metastatização:
• Local (contiguidade) ou disseminada (vasos linfáticos ou venosos);
• Capacidade de metastatização  varia de acordo com a quantidade de
proteínas específicas.
• Metastatização
Migração tecidual.
Protease (digestão da membrana celular).
CCR – Oncogenética
• CA colorretal:
• A partir de pólipos da mucosa colonica, benignos e não invasivos;
• ADENOMAS.
CCR – Oncogenética
• Pólipos:
• Alteração da dinâmica proliferativa em relação à mucosa normal;
• > n° de mitoses nas zonas 1 e 2;
• < n° de apoptosis na superfície epitelial.
• Pólipos – acúmulo de células na
superfície mucosa
CCR – Oncogenética
• Colonócito – ciclo de vida normal  5 dias;
• Célula tronco tumoral (cancer stem cell);
• Situada na base da cripta;
• Ciclo de vida longo (anos);
• 1% do total de células das criptas;
• Células progenitoras – enterócito / entero-endócrina / caliciformes
• Acúmulo de mutações.
CCR – Oncogenética
• QT convencional  morte celular de células com grande atividade
mitótica.  colonócitos.
• Redução do tamanho do tumor;
• Cura? Não!!
• A célula tronco preserva a mutação!
• QT dirigida para as células tronco.
CCR – Oncogenética
• Carcinogênese por erro de replicação: RER+
• Características peculiares;
• Pesquisa de instabilidade de microssatélites;
• Microssatélites:
• Conceito;
• Impressões digitais do código genético – teste de paternidade.
CCR – Oncogenética
• Instabilidade de microssatélites (IMS)
• Predomínio no colon direito;
• < ou = à 40 anos;
• Tumores múltiplos são mais frequentes;
• Componente mucinoso;
• Pior diferenciação;
• Melhor sobrevida.
• IMS – base do cancer colorretal hereditário não polipóide
• IMS no Ca colorretal hereditário? 10 a 15 %
• Ca de reto – 2% dos casos de IMS.
CCR – Oncogenética
• Pesquisa de microssatélites:
• Comparação do DNA do tumor com o DNA de amostra sanguínea do paciente;
• Expressão dos microssatélites são diferentes;
• O DNA é instável
• Erros de replicação  corrigidos pelos genes de reparo. (MMR)
• Instabilidade microssatélite  < MMR  RER+
EPIDEMIOLOGIA
• “Colorectal cancer (CRC) In global terms, it is the third most commonly
diagnosed neoplasm in men and the second in women”
• “In 2018, according to the World Health Organization (WHO), 1.8 million
people were diagnosed and 861,000 died. Specifically regarding RC, ∼ 43,340
patients are diagnosed annually in the United States of America.”
• 2023 – 2° tumor mais frequente no sexo masculine e feminino;
• Estimativa de novos casos:
• Brasil – 45.630
• Alagoas - 430
EPIDEMIOLOGIA
FATORES DE RISCO:
• Idade:
• Média de idade: 68 anos para homens / 65 anos para mulheres;
• Pico é na 7° década de vida.
• > expectativa de vida  > incidência de CCR.
FATORES DE RISCO:
• Gênero:
• Masculino > feminino  Incidência e mortalidade;
• Etnia:
• Negros;
• Judeus Ashkenazi  mutação no gene 11307 KAPL (6%)
• Italianos
• BR: < incidência (ancestrais europeus);
• ARG: > incidência (ancestrais europeus);
• Japoneses
• BR : > incidência (ancestrais europeus).
• PAF
• Mutação no gene APC;
• < 1% dos casos de CCR;
• Doença autossômica dominante;
• Até os 45 anos; 90 % dos indivíduos apresentarão CCR  colonoscopia
profilática;
• Variantes – Síndrome de Gardner; Síndrome de Turcot
FATORES DE RISCO:
• CCR hereditário não polipoide
• Doença autossômica dominante;
• Síndrome de Lynch;
• Perda de genes de reparo
(hMLH1 / hMSH2 / hMSHGPMS2)
• Idade precoce;
• Proximal ao ângulo esplênico;
• Relação adenoma:carcinoma  1:1
(30:1 na população geral)
FATORES DE RISCO:
FATORES DE RISCO
• Dieta: Fibras
• Proteção – Propriedades anticarcinogênese?
• Absorve e dilui compostos nocivos;
• Micronutrientes:
• Vit. A / Vit. E / Vit. C / Caroteno
• Gorduras:
• > gordura
• > bile
• > DIACILGLICEROL  replicação celular.
FATORES DE RISCO
• Cálcio:
• Aparentemente protetor;
• Redução da resposta proliferativa celular;
• Suplementação para proteção do CCR ? Efeito modesto;
Antioxidantes:
• Retinoides / Selênio / ...
• Neutralizar radicais livres;
• Dificuldade de comprovação científica.
FATORES DE RISCO
• Álcool:
• > 30 g / dia  risco CCR;
• 2 x ou 3 x da população que não consome;
• Deficiência de folato.
• DM+:
• Metanálise: 2.5 milhões de pessoas;
• Risco relativo : > 30%
• Hiperinsulinemia:
• > Fatores de crescimento (IGF-1/IGFBP-3)
• DM II / DM I
• Tabagismo:
• Metanálise: 106 estudos
• RR: 1.25
• Doença inflamatória intestinal:
• RCUI - > 5 a 15% do risco de CCR;
• Elevação da Proteína C reativa;
• Obesidade:
• RR 1,5
• Ainda sem total elucidação.
FATORES DE RISCO
APRESENTAÇÃO CLÍNICA
• Sinais e sintomas:
• Sangue nas fezes;
• Dor abdominal;
• Dor ao evacuar;
• Diarreia / Constipação;
• Distensão abdominal;
• Perda de ponderal inexplicável.
• Sintomas – Doença já instalada e com certo grau de evolução.
PREVENÇÃO:
• Prevenção primária:
• Atividade física;
• Dieta rica em frutas / vegetais;
• Abstenção ao tabagismo / etilismo.
• Prevenção secundária:
• Colonoscopia > 45 anos.
• Correlação familiar – 20 a 30% dos casos (CCR Familial);
• Gene relacionado ao câncer - < 5%;
CURIOSIDADE:
Câncer Colorretal Hereditário: <5%
• Idade precoce;
• Lesão sincrônica ou metacrônica;
• Neoplasia em múltiplos órgãos;
• PAF e Lynch(CCR hereditário não polipóide).
ESTADIAMENTO:
CONDUTA CIRÚRGICA:
• Ressecabilidade;
• Operabilidade;
• Ressecção – R0/R1/R2;
• Citorredução – Debulking tumoral.
QUIMIOTERAPIA ADJUVANTE:
• Drogas :
• 5 – FU
• LV
• OXALIPLATINA
• CAPECITABINA
VAMOS FALAR DE CÂNCER DE RETO:
INTRODUÇÃO:
• Possibilidades terapêuticas:
• Lesão pequena e superficial – Excisão local;
• Tumores em reto alto e reto médio – Ressecção anterior baixa (RAB);
• Tumores em reto baixo - < 5 cm da borda anal;
• Desafio (controle tumoral x preservação esfincteriana);
• Padrão ouro – Ressecção abdominoperineal do reto (RAPR);
• Colostomia definitiva , disfunções urinárias e sexuais;
• Neoadjuvância – RAPRRAB, Excisão local , W&W.
INTRODUÇÃO:
• Neoadjuvância:
• T3, T4;
• T1 ou T2 com N+;
• Reto baixo – Aumenta a possibilidade de cirurgia de poupadora de esfíncter;
• Resposta patológica completa:
• 15 – 40% dos pacientes;
• Recorrência local aproximadamente zero;
• Sobrevida em 5 anos > 95%
INTRODUÇÃO:
• Ausência de células neoplásicas - a cirurgia é necessária ?
• Morbi/mortalidade perioperatória;
• Colostomia definitiva;
• “Overtreatment”?
• Habr – Gama et al. -> Watch and Wait
• Resposta clínica completa à QRT neoadjuvante:
• Ausência de doença mensurável;
• TR, anuscopia, colonoscopia, exame de imagem e CEA.
• Habr – Gama et al. -> Watch and Wait
• Resposta clínica completa:
• Após QRT neoadjuvante;
• Ausência de doença mensurável;
• TR, anuscopia, colonoscopia, exame de imagem e CEA.
• Sobrevida em 5 anos:
• Global: 100%
• Livre de doença: 93%
• 53 Pacientes:
• 17 – gênero masculino (32%)
• 36 – gênero feminino (68%)
• Média de idade : 60 anos.
CASUÍSTICA – HUPAA (2019-2021)
• Possuíam metástase à distância no momento do diagnóstico 22,64 %
(12/53) dos pacientes;
CASUÍSTICA – HUPAA (2019-2021)
• 36 pacientes submetidos a neoadjuvância.
• 11 pacientes com RCC
• 8 Regrowth
• 3 Remissão sustentada
CASUÍSTICA – HUPAA (2019-2021)
• Gênero feminino X gênero masculino (68% x 32%), contrastando com
os índices globais;
• “Fatores podem contribuir para as variações globais nas taxas de
incidência, por exemplo as diferentes prevalências de fatores de risco
para CR e metodologias de rastreamento distintas”.
DISCUSSÃO:
• 2.400 indivíduos do gênero masculino representando as várias
regiões do país, observa-se que cerca de 37% com até 39 anos, e 20%,
com 40 ou mais, admitem procurar atendimento médico somente
quando se sentem mal. Esses números sobem, respectivamente, para
47% e 28% para aqueles que dependem do SUS.
CASUÍSTICA – HUPAA (2019-2021)
• Média da duração dos sintomas até o diagnóstico: 3,5 meses (14
semanas);
• Estudo: 10 meses.
CASUÍSTICA – HUPAA (2019-2021)
• Identificou-se ‘regrowth’ do tumor em oito dos 11 pacientes (72,7%).
O estudo de Chadi et al. sugere que o critério de estadiamento T
elevado é fator importante para maior risco de ‘regrowth’;
CASUÍSTICA – HUPAA (2019-2021)
VALE A PENA??
TRATAMENTO DO CÂNCER DO RETO: VER PARA CRER
(WATCH AND WAIT), VALE A PENA?

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  • 1. CÂNCER COLORRETAL PROF. DR. LUÍS H. SALVADOR MARÇO/2023
  • 2. CCR – Oncogenética • Gene: • Expressão gênica tecidual normal  Tecido normal  Morfologia / Fisiologia; • Expressão aberrante  Carcinogênese.
  • 3. CCR – Oncogenética • Desenvolvimento tumoral – carcinogênese: • Multiplicação celular; • Angiogênese; • Disseminação.
  • 4. CCR – Oncogenética • Desenvolvimento tumoral: • Oncogenes – estímulo à divisão celular; • Genes supressores tumorais – inibem a divisão celular. • São genes expressos na função fisiológica normal, regulando a atividade proliferativa celular; • Câncer – distúrbio proliferativo descontrolado.
  • 5.
  • 6. CCR – Oncogenética • Ângiogênese: • Garantir o aporte ao tecido neoplásico; • Expressão de genes  proteínas  Angiogênese • bFGF – Fator de crescimento fibrobástico básico; • VEGF – Fator de crescimento endothelial vascular; • COX – 2 (ciclo-oxigenase 2).
  • 7. CCR – Oncogenética • Capacidade de invasão tecidual – Metastatização: • Local (contiguidade) ou disseminada (vasos linfáticos ou venosos); • Capacidade de metastatização  varia de acordo com a quantidade de proteínas específicas. • Metastatização Migração tecidual. Protease (digestão da membrana celular).
  • 8. CCR – Oncogenética • CA colorretal: • A partir de pólipos da mucosa colonica, benignos e não invasivos; • ADENOMAS.
  • 9.
  • 10. CCR – Oncogenética • Pólipos: • Alteração da dinâmica proliferativa em relação à mucosa normal; • > n° de mitoses nas zonas 1 e 2; • < n° de apoptosis na superfície epitelial. • Pólipos – acúmulo de células na superfície mucosa
  • 11. CCR – Oncogenética • Colonócito – ciclo de vida normal  5 dias; • Célula tronco tumoral (cancer stem cell); • Situada na base da cripta; • Ciclo de vida longo (anos); • 1% do total de células das criptas; • Células progenitoras – enterócito / entero-endócrina / caliciformes • Acúmulo de mutações.
  • 12. CCR – Oncogenética • QT convencional  morte celular de células com grande atividade mitótica.  colonócitos. • Redução do tamanho do tumor; • Cura? Não!! • A célula tronco preserva a mutação! • QT dirigida para as células tronco.
  • 13. CCR – Oncogenética • Carcinogênese por erro de replicação: RER+ • Características peculiares; • Pesquisa de instabilidade de microssatélites; • Microssatélites: • Conceito; • Impressões digitais do código genético – teste de paternidade.
  • 14. CCR – Oncogenética • Instabilidade de microssatélites (IMS) • Predomínio no colon direito; • < ou = à 40 anos; • Tumores múltiplos são mais frequentes; • Componente mucinoso; • Pior diferenciação; • Melhor sobrevida. • IMS – base do cancer colorretal hereditário não polipóide • IMS no Ca colorretal hereditário? 10 a 15 % • Ca de reto – 2% dos casos de IMS.
  • 15. CCR – Oncogenética • Pesquisa de microssatélites: • Comparação do DNA do tumor com o DNA de amostra sanguínea do paciente; • Expressão dos microssatélites são diferentes; • O DNA é instável • Erros de replicação  corrigidos pelos genes de reparo. (MMR) • Instabilidade microssatélite  < MMR  RER+
  • 16. EPIDEMIOLOGIA • “Colorectal cancer (CRC) In global terms, it is the third most commonly diagnosed neoplasm in men and the second in women” • “In 2018, according to the World Health Organization (WHO), 1.8 million people were diagnosed and 861,000 died. Specifically regarding RC, ∼ 43,340 patients are diagnosed annually in the United States of America.”
  • 17. • 2023 – 2° tumor mais frequente no sexo masculine e feminino; • Estimativa de novos casos: • Brasil – 45.630 • Alagoas - 430 EPIDEMIOLOGIA
  • 18.
  • 19.
  • 20. FATORES DE RISCO: • Idade: • Média de idade: 68 anos para homens / 65 anos para mulheres; • Pico é na 7° década de vida. • > expectativa de vida  > incidência de CCR.
  • 21. FATORES DE RISCO: • Gênero: • Masculino > feminino  Incidência e mortalidade; • Etnia: • Negros; • Judeus Ashkenazi  mutação no gene 11307 KAPL (6%) • Italianos • BR: < incidência (ancestrais europeus); • ARG: > incidência (ancestrais europeus); • Japoneses • BR : > incidência (ancestrais europeus).
  • 22. • PAF • Mutação no gene APC; • < 1% dos casos de CCR; • Doença autossômica dominante; • Até os 45 anos; 90 % dos indivíduos apresentarão CCR  colonoscopia profilática; • Variantes – Síndrome de Gardner; Síndrome de Turcot FATORES DE RISCO:
  • 23. • CCR hereditário não polipoide • Doença autossômica dominante; • Síndrome de Lynch; • Perda de genes de reparo (hMLH1 / hMSH2 / hMSHGPMS2) • Idade precoce; • Proximal ao ângulo esplênico; • Relação adenoma:carcinoma  1:1 (30:1 na população geral) FATORES DE RISCO:
  • 24. FATORES DE RISCO • Dieta: Fibras • Proteção – Propriedades anticarcinogênese? • Absorve e dilui compostos nocivos; • Micronutrientes: • Vit. A / Vit. E / Vit. C / Caroteno • Gorduras: • > gordura • > bile • > DIACILGLICEROL  replicação celular.
  • 25. FATORES DE RISCO • Cálcio: • Aparentemente protetor; • Redução da resposta proliferativa celular; • Suplementação para proteção do CCR ? Efeito modesto; Antioxidantes: • Retinoides / Selênio / ... • Neutralizar radicais livres; • Dificuldade de comprovação científica.
  • 26. FATORES DE RISCO • Álcool: • > 30 g / dia  risco CCR; • 2 x ou 3 x da população que não consome; • Deficiência de folato. • DM+: • Metanálise: 2.5 milhões de pessoas; • Risco relativo : > 30% • Hiperinsulinemia: • > Fatores de crescimento (IGF-1/IGFBP-3) • DM II / DM I
  • 27. • Tabagismo: • Metanálise: 106 estudos • RR: 1.25 • Doença inflamatória intestinal: • RCUI - > 5 a 15% do risco de CCR; • Elevação da Proteína C reativa; • Obesidade: • RR 1,5 • Ainda sem total elucidação. FATORES DE RISCO
  • 28. APRESENTAÇÃO CLÍNICA • Sinais e sintomas: • Sangue nas fezes; • Dor abdominal; • Dor ao evacuar; • Diarreia / Constipação; • Distensão abdominal; • Perda de ponderal inexplicável. • Sintomas – Doença já instalada e com certo grau de evolução.
  • 29. PREVENÇÃO: • Prevenção primária: • Atividade física; • Dieta rica em frutas / vegetais; • Abstenção ao tabagismo / etilismo. • Prevenção secundária: • Colonoscopia > 45 anos.
  • 30. • Correlação familiar – 20 a 30% dos casos (CCR Familial); • Gene relacionado ao câncer - < 5%; CURIOSIDADE:
  • 31. Câncer Colorretal Hereditário: <5% • Idade precoce; • Lesão sincrônica ou metacrônica; • Neoplasia em múltiplos órgãos; • PAF e Lynch(CCR hereditário não polipóide).
  • 33.
  • 34.
  • 35.
  • 36.
  • 37.
  • 38.
  • 39.
  • 40. CONDUTA CIRÚRGICA: • Ressecabilidade; • Operabilidade; • Ressecção – R0/R1/R2; • Citorredução – Debulking tumoral.
  • 41.
  • 42. QUIMIOTERAPIA ADJUVANTE: • Drogas : • 5 – FU • LV • OXALIPLATINA • CAPECITABINA
  • 43.
  • 44. VAMOS FALAR DE CÂNCER DE RETO:
  • 45.
  • 46.
  • 47.
  • 49. • Possibilidades terapêuticas: • Lesão pequena e superficial – Excisão local; • Tumores em reto alto e reto médio – Ressecção anterior baixa (RAB); • Tumores em reto baixo - < 5 cm da borda anal; • Desafio (controle tumoral x preservação esfincteriana); • Padrão ouro – Ressecção abdominoperineal do reto (RAPR); • Colostomia definitiva , disfunções urinárias e sexuais; • Neoadjuvância – RAPRRAB, Excisão local , W&W. INTRODUÇÃO:
  • 50. • Neoadjuvância: • T3, T4; • T1 ou T2 com N+; • Reto baixo – Aumenta a possibilidade de cirurgia de poupadora de esfíncter; • Resposta patológica completa: • 15 – 40% dos pacientes; • Recorrência local aproximadamente zero; • Sobrevida em 5 anos > 95% INTRODUÇÃO:
  • 51. • Ausência de células neoplásicas - a cirurgia é necessária ? • Morbi/mortalidade perioperatória; • Colostomia definitiva; • “Overtreatment”?
  • 52.
  • 53. • Habr – Gama et al. -> Watch and Wait • Resposta clínica completa à QRT neoadjuvante: • Ausência de doença mensurável; • TR, anuscopia, colonoscopia, exame de imagem e CEA.
  • 54.
  • 55. • Habr – Gama et al. -> Watch and Wait • Resposta clínica completa: • Após QRT neoadjuvante; • Ausência de doença mensurável; • TR, anuscopia, colonoscopia, exame de imagem e CEA. • Sobrevida em 5 anos: • Global: 100% • Livre de doença: 93%
  • 56. • 53 Pacientes: • 17 – gênero masculino (32%) • 36 – gênero feminino (68%) • Média de idade : 60 anos. CASUÍSTICA – HUPAA (2019-2021)
  • 57.
  • 58.
  • 59.
  • 60. • Possuíam metástase à distância no momento do diagnóstico 22,64 % (12/53) dos pacientes; CASUÍSTICA – HUPAA (2019-2021)
  • 61.
  • 62. • 36 pacientes submetidos a neoadjuvância. • 11 pacientes com RCC • 8 Regrowth • 3 Remissão sustentada CASUÍSTICA – HUPAA (2019-2021)
  • 63. • Gênero feminino X gênero masculino (68% x 32%), contrastando com os índices globais; • “Fatores podem contribuir para as variações globais nas taxas de incidência, por exemplo as diferentes prevalências de fatores de risco para CR e metodologias de rastreamento distintas”. DISCUSSÃO:
  • 64. • 2.400 indivíduos do gênero masculino representando as várias regiões do país, observa-se que cerca de 37% com até 39 anos, e 20%, com 40 ou mais, admitem procurar atendimento médico somente quando se sentem mal. Esses números sobem, respectivamente, para 47% e 28% para aqueles que dependem do SUS. CASUÍSTICA – HUPAA (2019-2021)
  • 65. • Média da duração dos sintomas até o diagnóstico: 3,5 meses (14 semanas); • Estudo: 10 meses. CASUÍSTICA – HUPAA (2019-2021)
  • 66. • Identificou-se ‘regrowth’ do tumor em oito dos 11 pacientes (72,7%). O estudo de Chadi et al. sugere que o critério de estadiamento T elevado é fator importante para maior risco de ‘regrowth’; CASUÍSTICA – HUPAA (2019-2021)
  • 68. TRATAMENTO DO CÂNCER DO RETO: VER PARA CRER (WATCH AND WAIT), VALE A PENA?