O poema descreve a falta de importância da leitura, estudo e literatura comparado a belezas naturais como o sol, rio e brisa. Aponta que livros são apenas papéis pintados e estudar não diferencia nada de nada. Prefere esperar por D. Sebastião em meio à névoa do que ler. Lista crianças, flores, música e luar como melhores coisas, assim como Jesus Cristo que não sabia de finanças nem tinha biblioteca.

1. AI QUE PRAZER NÃO CUMPRIR UM DEVER. TER UM LIVRO PARA LER E NÃO O FAZER! LER É MAÇADA, ESTUDAR É NADA.

2. O SOL DOIRA SEM LITERATURA,

3. O RIO CORRE BEM OU MAL , SEM EDIÇÃO ORIGINAL.

4. E A BRISA, ESSA, DE TÃO NATURALMENTE MATINAL, COMO TEM TEMPO, NÃO TEM PRESSA.

5. LIVROS SÃO PAPEIS PINTADOS COM TINTA. ESTUDAR É UMA COISA EM QUE ESTÁ INDISTINTA A DISTINÇÃO ENTRE O NADA E COISA NENHUMA.

6. QUANTO MELHOR É QUANDO HÁ BRUMA. ESPERAR POR D. SEBASTIÃO, QUER VENHA OU NÃO.

7. GRANDE É A POESIA, A BONDADE E AS DANÇAS

8. MAS O MELHOR DO MUNDO SÃO AS CRIANÇAS,

9. FLORES, MÚSICA,

10. O LUAR,

11. E O SOL QUE PECA SÓ QUANDO, EM VEZ DE CRIAR, SECA.

12. E MAIS DO QUE ISTO É JESUS CRISTO, QUE NÃO SABIA NADA DE FINANÇAS, NEM CONSTA QUE TIVESSE BIBLIOTECA. “ LIBERDADE” de Fernando Pessoa, interpretado por João Villaret FORMATAÇÃO: CLAUDIA MADEIRA SITE: www.corepoesia.com IMAGENS: GOOGLE E WEBSHOTS