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Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida
2016
nº 1
dezembro
de
Luzum olhar na história
rastros
Chegada
Jovem, ao encontro de Jesus!
Despretensioso convite para o
retorno às coisas simples, belas
e profundas do Evangelho.
3
História de um
povosofredor
A história da Palestina é,
antes de tudo, a história
de um povo sofredor em
luta angustiante pela
sobrevivência e a paz.
4 5RASTROS DE LUZ | A ESPERADA CHEGADA
A Palestina, que literalmente significa
“terra dos filisteus”, está encravada entre o
Mediterrâneo, o Líbano, o deserto da Síria,
na região denominada Oriente Próximo.
Inicialmente, a sua localização geográfica
a punha na encruzilhada das grandes e
indispensáveis rotas comerciais que levavam,
na Ásia Menor, ao Egito, à Mesopotâmia e à
Arábia.
Graças a isso, experimentou sucessivas
invasões dos egípcios, mesopotâmios, persas,
e, por fim, dos romanos, que a destroçaram
por largos séculos...1
Por volta do século XIV a.C. os hebreus
ali chegaram e se impuseram, esmagando os
filisteus, que a habitavam.
Foram séculos e séculos de conflitos, que,
de certo modo, assim permanece acontecendo
naquela região até os dias de hoje.
Bem mais próximo, no tempo, ao nosso
1	 FRANCO, Divaldo. Pelos caminhos de Jesus. Ditado pelo Espí-
rito Amélia Rodrigues. Cap.: Síntese histórica
objetivo, encontramos Herodes, que
houvera sido nomeado “rei da Judéia”
pelos conquistadores romanos, no ano
40 a.C.
Herodes governou com mão de
ferro. Dissoluto e ambicioso quanto
inclemente, mandou matar quantos
projetavam sua sombra sobre a coroa.
Afogou em sangue quantas conspirações
foram ensaiadas.
A história da Palestina é, antes de
tudo, a história de um povo sofredor em
luta angustiante pela sobrevivência e a
paz.
[...]
Fazendo da defesa da fé espiritual
a sua política e da religião o alicerce
da vida nacional, viveu sempre em
comunidade fechada sob a inspiração
do monoteísmo, qual ilha num convulso
oceano politeísta.2
A crença em Deus e na Sua justiça e
a esperança da chegada de um Messias,
portador de paz e felicidade para o povo,
eram ambição de todo judeu.
Foi neste clima que nasceu Jesus...3
2	 __________. Primícias do reino. Ditado pelo Espíri-
to Amélia Rodrigues. Cap.: Respingos históricos.
3	 Jesus (hebraico Yehoshú’a) significa “Iahweh salva”.
Fonte: A Bíblia de Jerusalém, Edições Paulinas. P. 1284, Nota
de Rodapé “i”.
a
No segundo milênio antes
de Cristo, a Faixa de Gaza
foi invadida por povos de
origem creto-micênica, os
filisteus. Na mesma época, a
Cisjordânia foi invadida por
povos de origem suméria,
os hebreus. Os dois povos
lutaram entre si na disputa
por território, porém ambos
acabaram suplantados por
impérios mais poderosos que
dominaram sucessivamente
a região: o Império Egípcio,
o Império Assírio, o Império
Babilônico, o Império Persa,
o Império Macedônico e o
Império Romano.
O imperador romano Tito
destruiu Jerusalém e expulsou
os judeus da Palestina. Nessa
fase os judeus se dispersaram
(a Diáspora) que durou mais
de dezoito séculos e meio.
A Diáspora só se findou em
1948 quando a ONU criou o
atual Estado de Israel onde antigamente era a Palestina.
7
Ele
chegasilencioso
A sua glória não consiste em
estar retirado da história;
presta-se-lhe mais verdadeiro
culto mostrando que toda a
história é incompreensível
sem Ele.
8 9RASTROS DE LUZ | A ESPERADA CHEGADA
nNasceu, conforme o Evangelho de
S. Mateus (2:1)
, em Belém da Judéia, no
tempo do rei Herodes. Herodes reinou a
Judéia de 37 a 4 a.C. Ignora-se a data
fixa do seu nascimento. Sabe-se que foi
no reinado de Augusto, pelo ano 750
da fundação de Roma. Estima-se o seu
nascimento por volta do ano 5 ou 4 a.C.1
Dos historiadores contemporâneos,
não mereceu registro, com exceção de
Josefo, que lhe dedicou poucas linhas,
mas o suficiente para o devido registro
do fato para a posteridade. Para um
exame histórico e entendimento da
época e seus costumes, também se
pode lançar mão dos Evangelhos e, em
geral, os escritos do Novo Testamento;
as composições a que se dá o nome
“Apócrifos do Antigo Testamento; as
obras de Fílon; o Talmude.
Já nos tempos modernos, segundo
Hain Cohn (1990), “somente neste
1	 A Bíblia de Jerusalém. Edições Paulinas. Nota de
rodapé “n”, p. 1284
século foram escritos 60 mil livros sobre Jesus”.
Segundo Ernesto Renan2
: A sua glória não consiste em
estar retirado da história; presta-se-lhe mais verdadeiro
culto mostrando que toda a história é incompreensível sem
Ele.
O que importa é que Ele nasceu...
Ainda segundo Ernesto Renan, na obra citada, agora
no Capítulo I: (...) é um fato que se deu nos reinados de
Augusto e de Tibério. Viveu então um homem superior,
que pela sua arrojada iniciativa, e pelo amor que soube
inspirar, criou o assunto e estabeleceu o ponto de partida
da futura fé para a humanidade.
O Seu nascimento, predito séculos antes por diversos
profetas, como, por exemplo, Isaías (7:14)
, no ano 758 a.C.:
Pois sabei que o Senhor mesmo vos dará um sinal: Eis
que a jovem concebeu e dará à luz um filho e por-lhe-á o
nome de Emanuel.
Aqui nos valemos da Bíblia de Jerusalém, Edições
Paulinas.
Outras traduções da Bíblia citam no lugar de “jovem”,
“virgem”.
No mesmo livro de que nos valemos agora, os
organizadores fazem a ressalva:
•	 A tradução grega traz “a virgem”, precisando assim
o termo hebraico ‘almah’ que designa quer a donzela, quer
uma jovem casada recentemente, sem explicar mais.
Não há porque desconsiderar o modo óbvio de sua
concepção, que adveio da natural e simples relação
conjugal de seus pais, apenas para Lhe dar caráter divino,
messiânico, distinto de todos.
Ter sido concebido e ter nascido como todos no mundo,
não Lhe diminui a grandeza moral e nem Lhe tira a
condição de enviado de Deus.
O que deu dimensão de grandeza e sublimidade à
Jesus, não foi a pretendida condição excepcional de sua
concepção ginecológica, mas foram Seus feitos, Seus
ensinos, Sua vida.
A vida exemplar e única dEle é que demarcou a História
2	 RENAN, Ernesto. Vida de Jesus. Introdução.
10 11RASTROS DE LUZ | A ESPERADA CHEGADA
para antes e depois dEle.
Aquele que afirmou (S. Mateus 5:17)
: Não penseis que vim revogar
a Lei e os Profetas. Não vim revogá-los, mas dar-lhes pleno
cumprimento... não faria tal afirmativa se estivesse Ele próprio
por revogar a Lei da Reprodução, que é uma das Leis Naturais.
O sexo faz parte da equação da vida.
Ele chega silencioso...
Aceitando como berço o reduto humílimo de uma estrebaria,
no momento significativo de um senso, elaborou, desde
o primeiro momento, a profunda lição da humildade para
inaugurar um reinado diferente entre as criaturas, no justo
momento em que a supremacia da força entronizava o gládio
e a púrpura atapetava o solo, alcatifando o piso por onde
passavam os triunfadores.
E não se afastou, jamais da diretriz inicial assumida: a de
servo de todos.3
3	 FRANCO, Divaldo. Primícias do reino. Ditado pelo Espírito Amélia Rodrigues. Cap.:
As boas novas.
13
A
estrelade Belém
Seja qual for a hipótese
respeitável sobre a estrela de
Belém, a união dos Espíritos
de Luz que mantinham o
intercâmbio entre as duas
Esferas formou um facho
poderoso que indicava o
lugar da tradição, em que Ele
deveria começar o ministério
entre os homens.
14 15RASTROS DE LUZ | A ESPERADA CHEGADA
oO Evangelho iniciou a primeira página
viva da revelação nova na estrebaria
singela.
Cristãos decididos e sinceramente
interessados na elucidação do fenômeno
que produziu a estrela de Belém,
à semelhança dos investigadores
materialistas hão recorrido, através da
História, a matemáticos e astrônomos
capacitados, ansiosos por uma resposta
perfeitamente lógica e racional sobre o
inusitado aparecimento do astro a que
se referem os escritores evangélicos.
E de quando em quando fiéis às
pesquisas feitas nos mapas celestes,
aqueles estudiosos tentam traçar
diretrizes que clarifiquem, em definitivo,
o insuspeito acontecimento, na noite
santa em que ocorreu o Natal de Jesus,
e posteriormente vista pelos Magos do
Oriente, que por ela foram guiados.
Segundo alguns observadores, fora
o Cometa de Halley que naquele dia e
àquele período fazia-se visível por toda
a Galileia e parte oriental do país. Para outros
era uma conjunção oportuna de astros que
produziram refração na atmosfera, incidindo
o facho luminoso sobre a manjedoura singela,
que Ele dignificou com o Seu nascimento.
Conquanto possamos admitir uma ou
outra hipótese, Jesus é, em síntese, a
constelação dos astros divinos ergastulados
temporariamente na forma humana para
conviver com os homens, deixando pela
atmosfera envolvente do Planeta o rastro
luminescente da sua imersão, como mensagem
de advertência reveladora.
[...]
Seja qual for a hipótese respeitável sobre
a estrela de Belém, a união dos Espíritos
de Luz que mantinham o intercâmbio entre
as duas Esferas formou um facho poderoso
que indicava o lugar da tradição, em que
Ele deveria começar o ministério entre os
homens.
... Pastores e reis magos, todos videntes,
convidados pelas Entidades Celestes,
seguiram-na, cada um a seu turno, enquanto
os cantores sublimes, proclamavam:
“Glória a Deus nas alturas e paz na terra
entre os homens de boa vontade!”1
1	 FRANCO, Divaldo. Luz do mundo. Ditado pelo
Espírito Amélia Rodrigues. Cap.: A estrela de Belém.
Que é o que nos traz a inesquecível
da narrativa de S. Lucas (2:8-14)
:
Na mesma região havia uns pastores
que estavam nos campos e que durante
as vigílias da noite montavam guarda
a seu rebanho. O Anjo do Senhor
apareceu-lhes e a glória do Senhor
envolveu-os de luz; e ficaram tomados
de grande temor. O anjo, porém, disse-
lhes: “Não temais! Eis que eu vos
anuncio uma grande alegria, que será
para todo o povo: Nasceu-vos hoje
um Salvador, que é o Cristo-Senhor,
na cidade de Davi. Isto vos servirá de
sinal: encontrareis um recém-nascido
16 17RASTROS DE LUZ | A ESPERADA CHEGADA
envolto em faixas deitado numa manjedoura”. E de repente juntou-se ao anjo uma
multidão do exército celeste a louvar a Deus dizendo:
“Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens que Ele ama!”
Desde o momento em que os pastores maravilhados se movimentaram para vê-
Lo, na hora da alva, começou Ele a receber os testemunhos de afeição dos filhos da
Terra.
Todavia, muito antes de ser homenageado com o ouro, o incenso e a mirra,
expressando a admiração e a reverência do mundo, Ele se dignou acolher, em
primeiro lugar, as pequeninas dádivas dos últimos!
E somente Ele sabe os nomes daqueles que algo Lhe ofertaram, em nome do
amor puro, nos instantes da estrebaria:
A primeira frase de bênção...
A luz da candeia que principiou a brilhar quando se apagaram as irradiações do
firmamento...
Os panos que O livraram do frio...
A manta humilde que Lhe garantiu o leito improvisado...
Os primeiros braços que O enlaçaram ao colo para que José e Maria
repousassem...
A primeira tigela de leite...
O socorro aos pais cansados...
Os utensílios de empréstimo para que não Lhe faltasse assistência...
A bondade que manteve a ordem, ao redor da manjedoura, preservando-a de
possíveis assaltos...
O feno para o animal que devia transportá-Lo...
O Natal por excelência, em sua pura origem e significado.
Nascimento de Jesus para a Humanidade e para os que ali estavam,
homenageando o recém-nascido, o nascimento dEle em seus corações, para
sempre.
19
O
séculoda Boa Nova
É que os historiadores ainda
não perceberam, na chamada
época de Augusto, o século do
Evangelho ou da Boa Nova.
20 21RASTROS DE LUZ | A ESPERADA CHEGADA
oOs historiadores do Império Romano
sempre observaram com espanto os
profundos contrastes da gloriosa época
de Augusto.
Caio Júlio César Otávio chegara
ao poder, não obstante o lustre de
sua notável ascendência, por uma
série de acontecimentos felizes. As
mentalidades mais altas da antiga
República não acreditavam no seu
triunfo. Aliando-se contra a usurpação
de Antônio, com os próprios conjurados
que haviam praticado o assassínio de
seu pai adotivo, suas pretensões foram
sempre contrariadas por sombrias
perspectivas. Entretanto, suas primeiras
vitórias começaram com a instituição do
triunvirato e, em seguida, os desastres
de Antônio, no Oriente, lhe abriram
inesperados caminhos.
Como se o mundo pressentisse uma
abençoada renovação de valores no
tempo, em breve todas as legiões se
entregavam, sem resistência, ao filho do
soberano assassinado.
Uma nova era principiara com
aquele jovem enérgico e magnânimo.
O grande império do mundo, como que
influenciado por um conjunto de forças
estranhas, descansava numa onda de
harmonia e de júbilo, depois de guerras
seculares e tenebrosas.
Por toda parte levantavam-se templos
e monumentos preciosos. O hino de
uma paz duradoura começava em Roma
para terminar na mais remota de suas
províncias, acompanhado de amplas
manifestações de alegria por parte da
plebe anônima e sofredora.
A cidade dos Césares se povoava
de artistas, de espíritos nobres e
realizadores. Em todos os recantos,
permanecia a sagrada emoção de
segurança, enquanto o organismo das
leis se renovava, distribuindo os bens da
educação e da justiça.
No entanto, o inesquecível Imperador
Imperador Otávio
Mecenas
22 RASTROS DE LUZ | A ESPERADA CHEGADA 23
era franzino e doente. Os cronistas da
época referem-se, por mais de uma
vez, às manchas que lhe cobriam a
epiderme, transformando-se, de vez
em quando, em dardos dolorosos.
Otávio nunca foi senhor de uma saúde
completa. Suas pernas viviam sempre
enroladas em faixas e sua caixa torácica
convenientemente resguardada contra
os golpes de ar que lhe motivavam
incessantes resfriados. Com frequência,
queixava-se de enxaquecas, que se
faziam seguir de singulares abatimentos.
Não somente nesse particular
padecia o Imperador das extremas
vicissitudes da vida humana. Ele, que
era o regenerador dos costumes, o
restaurador das tradições mais puras da
família, o maior reorganizador do
Império, foi obrigado a humilhar
os seus mais fundos e delicados
sentimentos de pai e de soberano,
lavrando um decreto de banimento
de sua única filha, exilando-a na Ilha
de Pandatária, por efeito da sua vida
de condenáveis escândalos na Corte,
sendo compelido, mais tarde, a tomar as
mesmas providências em relação à sua
neta. Notou que a companheira amada
de seus dias se envolvia, na intimidade
doméstica, em contínuas questões de
envenenamento dos seus descendentes
mais diretos, experimentando ele,
assim, na família, a mais angustiosa
ansiedade do coração.
Apesar de tudo, seu nome foi dado
ao século ilustre que o vira nascer.
Seus numerosos anos de governo se
assinalaram por inolvidáveis iniciativas.
A alma coletiva do Império nunca sentira
tamanha impressão de estabilidade e de
alegria. A paisagem gloriosa de Roma
jamais reunira tão grande número de
inteligências. É nessa época que surgem
Vergílio, Horácio, Ovídio, Salústio, Tito
Lívio e Mecenas, como favoritos dos
deuses.
Em todos os lugares lavravam-
se mármores soberbos, esplendiam
jardins suntuosos, erigiam-se palácios
e santuários, protegia-se a inteligência,
criavam-se leis de harmonia e de
justiça, num oceano de paz inigualável.
Os carros de triunfo esqueciam, por
algum tempo, as palmas de sangue e
o sorriso da deusa Vitória não mais se
abria para os movimentos de destruição
e morticínio.
O próprio Imperador, muitas vezes,
em presidindo às grandes festas
populares, com o coração tomado de
angústia pelos dissabores de sua vida
íntima, se. surpreendeu, testemunhando
o júbilo e a tranquilidade geral do seu
povo e, sem que conseguisse explicar
o mistério daquela onda interminável
de harmonia, chorando de comoção,
quando, do alto de sua tribuna dourada,
escutava a famosa composição de
Horácio, onde se destacavam estes
versos de imorredoura beleza:
Ó Sol fecundo,
Que com teu carro brilhante
Abres e fechas o dia!...
Que surges sempre novo e sempre
igual!
Que nunca possas ver
Algo maior do que Roma.
É que os historiadores ainda não
perceberam, na chamada época de
Augusto, o século do Evangelho ou da
Boa Nova.
Esqueceram-se de que o nobre Otávio
era também homem e não conseguiram
saber que, no seu reinado, a esfera do
Cristo se aproximava da Terra, numa
vibração profunda de amor e de beleza.
Acercavam-se de Roma e do mundo não
mais espíritos belicosos, como Alexandre
ou Aníbal, porém outros que se
vestiriam dos andrajos dos pescadores,
para servirem de base indestrutível
aos eternos ensinos do Cordeiro.
Imergiam nos fluidos do planeta os que
preparariam a vinda do Senhor e os
que se transformariam em seguidores
humildes e imortais dos seus passos
divinos.
É por essa razão que o ascendente
místico da era de Augusto se traduzia
na paz e no júbilo do povo que,
instintivamente, se sentia no limiar de
uma transformação celestial.
Ia chegar à Terra o Sublime
Emissário. Sua lição de verdade e de
luz ia espalhar-se pelo mundo inteiro,
como chuva de bênçãos magníficas e
confortadoras. A Humanidade vivia,
então, o século da Boa Nova. Era a
“festa do noivado” a que Jesus se referiu
no seu ensinamento imorredouro.
*
Depois dessa festa dos corações,
qual roteiro indelével para a concórdia
dos homens, ficaria o Evangelho como
o livro mais vivaz e mais formoso do
mundo, constituindo a mensagem
permanente do céu, entre as criaturas
em trânsito pela Terra, o mapa das
abençoadas altitudes espirituais, o guia
do caminho, o manual do amor, da
coragem e da perene alegria.
E, para que essas características se
conservassem entre os homens, como
expressão de sua sábia vontade, Jesus
recomendou aos seus apóstolos que
iniciassem o seu glorioso testamento
com os hinos e os perfumes da
Natureza, sob a claridade maravilhosa
de uma estrela a guiar reis e pastores à
manjedoura rústica, onde se entoavam
as primeiras notas de seu cântico de
amor, e o terminassem com a luminosa
visão da Humanidade futura, na posse
das bênçãos de redenção. É por esse
motivo que o Evangelho de Jesus, sendo
livro do amor e da alegria, começa
com a descrição da gloriosa noite de
Natal e termina com a profunda visão
da Jerusalém libertada, entrevista por
João, nas suas divinas profecias do
Apocalipse.
Humberto de Campos1
1	 XAVIER, Francisco C. Boa nova. Humberto de
Campos, Cap. 1.
25
nosso
cartãode Natal
Ninguém sabe até hoje quais
tenham sido os tratadores
de animais que te ofertaram
esburacada manta, por leito
simples, e ignora-se quem foi
o benfeitor que te arrancou
ao desconforto da estrebaria
para o clima do lar.
26 27RASTROS DE LUZ | A ESPERADA CHEGADA
sSenhor Jesus!
Quando vieste ao mundo, numerosos
conquistadores haviam passado,
cimentando reinos de pedra com sangue
e lágrimas.
Na retaguarda dos carros de ouro e
púrpura com que lhes fulgia as vitórias,
alastravam-se, como rastros da morte,
a degradação e a pilhagem, a maldição
do solo envilecido e o choro das vítimas
indefesas.
Levantaram-se, poderosos, em
palácios fortificados e faziam leis de
baraço e cutelo, para serem, logo após,
esquecidos no rol dos carrascos da
Humanidade.
Entretanto, Senhor, nasceste nas
palhas e permaneceste lembrado para
sempre.
Ninguém sabe até hoje quais tenham
sido os tratadores de animais que te
ofertaram esburacada manta, por leito
simples, e ignora-se quem foi o benfeitor que te arrancou ao desconforto da estrebaria para o
clima do lar.
Cresceste sem nada pedir que não fosse o culto à verdadeira fraternidade.
Escolheste vilarejos anônimos para a moldura de tua palavra sublime... Buscaste para
companheiros de tua obra homens rudes, cujas mãos calejadas não lhes favoreciam os voos do
pensamento. E conversaste com a multidão, sem propaganda condicionada.
No entanto, ninguém conhece o nome das crianças que te pousaram nos joelhos amigos,
nem das mãos fatigadas a quem te dirigiste na via pública!
A História, que homenageava Júlio César, discutia Horácio, enaltecia Tibério, comentava
Virgílio e admirava Mecenas, não te quis conhecer em pessoa, ao lado de tua revelação, mas
o povo te guardou a presença divina e as personagens de tua epopeia chamam-se “o cego
Bartimeu”, “o homem de mão mirrada”, “o servo do centurião”, “o mancebo rico”, a “mulher
Cananéia”, “o gago de Decápolis”, “a sogra de Pedro”, “Lázaro, o irmão de Marta e Maria”.
Ainda assim, Senhor, sem finanças e sem cobertura política, sem assessores e sem armas,
venceste os séculos e estás diante de nós, tão vivo hoje quanto ontem, chamando-nos o
espírito ao amor e à humildade que exemplificaste, para que surjam, na Terra, sem dissensão e
sem violência, o trabalho e a riqueza, a
tranquilidade e a alegria, com bênção de
todos.
É por isso que, emocionados,
recordando-te a manjedoura, repetimos
em prece:
- Salve, Cristo! Os que aspiram a
conquistar desde agora, em si mesmos,
a luz de teu reino e a força de tua paz,
te glorificam e te saúdam!...
Emmanuel1
1	 XAVIER, Francisco C. Antologia mediúnica do
Natal. Diversos. Cap. 75.
29
com a
honrade cooperar
Parafraseando o Benfeitor
Espiritual Emmanuel, em
mensagem constante no
livro Antologia mediúnica
do Natal, ditada pela
luminosa mediunidade de
Francisco Cândido Xavier,
encaminhamo-nos ao final
deste fascículo:
30 31RASTROS DE LUZ | A ESPERADA CHEGADA
pParafraseando o Benfeitor Espiritual Emmanuel, em mensagem constante no
livro Antologia mediúnica do Natal, ditada pela luminosa mediunidade de Francisco
Cândido Xavier, encaminhamo-nos do final deste fascículo:
Hoje, Senhor, mais de vinte séculos transcorreram, sobre o Seu nascimento,
nós, os pequeninos obreiros, com a honra de cooperar em Seu Evangelho Redivivo,
pedimos vênia para algo Lhe ofertar...
Nada possuindo de nós, trazemos-Lhe as páginas simples que colhemos
daquelas que o Seu próprio coração inspirou através de outras mãos, os
pensamentos de gratidão e de amor que nos saíram do coração, em forma de
letras, em louvor de Sua infinita bondade!
Recebe-os, ó Divino Benfeitor! Com a benevolência com que acolheu as
primeiras palavras e respeito e os primeiros gestos de carinho com que as criaturas
rudes e anônimas Lhe afagaram na gloriosa descida à Terra!... E que nós – espíritos
milenares fatigados do erro, mas renovados na esperança – possamos rever-Lhe
a figura sublime, nos recessos do coração, e repetir, como o velho Simeão, após
acariciá-Lo na longa vigília do Templo: - “Agora, Senhor, despede em paz os teus
servos, segundo a tua palavra, porque os nossos olhos viram a salvação!...”.
32 RASTROS DE LUZ | A ESPERADA CHEGADA
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Luzum olhar na história
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A infância de Jesus
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  • 1. 1 a esperada Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida 2016 nº 1 dezembro de Luzum olhar na história rastros Chegada Jovem, ao encontro de Jesus! Despretensioso convite para o retorno às coisas simples, belas e profundas do Evangelho.
  • 2. 3 História de um povosofredor A história da Palestina é, antes de tudo, a história de um povo sofredor em luta angustiante pela sobrevivência e a paz.
  • 3. 4 5RASTROS DE LUZ | A ESPERADA CHEGADA A Palestina, que literalmente significa “terra dos filisteus”, está encravada entre o Mediterrâneo, o Líbano, o deserto da Síria, na região denominada Oriente Próximo. Inicialmente, a sua localização geográfica a punha na encruzilhada das grandes e indispensáveis rotas comerciais que levavam, na Ásia Menor, ao Egito, à Mesopotâmia e à Arábia. Graças a isso, experimentou sucessivas invasões dos egípcios, mesopotâmios, persas, e, por fim, dos romanos, que a destroçaram por largos séculos...1 Por volta do século XIV a.C. os hebreus ali chegaram e se impuseram, esmagando os filisteus, que a habitavam. Foram séculos e séculos de conflitos, que, de certo modo, assim permanece acontecendo naquela região até os dias de hoje. Bem mais próximo, no tempo, ao nosso 1 FRANCO, Divaldo. Pelos caminhos de Jesus. Ditado pelo Espí- rito Amélia Rodrigues. Cap.: Síntese histórica objetivo, encontramos Herodes, que houvera sido nomeado “rei da Judéia” pelos conquistadores romanos, no ano 40 a.C. Herodes governou com mão de ferro. Dissoluto e ambicioso quanto inclemente, mandou matar quantos projetavam sua sombra sobre a coroa. Afogou em sangue quantas conspirações foram ensaiadas. A história da Palestina é, antes de tudo, a história de um povo sofredor em luta angustiante pela sobrevivência e a paz. [...] Fazendo da defesa da fé espiritual a sua política e da religião o alicerce da vida nacional, viveu sempre em comunidade fechada sob a inspiração do monoteísmo, qual ilha num convulso oceano politeísta.2 A crença em Deus e na Sua justiça e a esperança da chegada de um Messias, portador de paz e felicidade para o povo, eram ambição de todo judeu. Foi neste clima que nasceu Jesus...3 2 __________. Primícias do reino. Ditado pelo Espíri- to Amélia Rodrigues. Cap.: Respingos históricos. 3 Jesus (hebraico Yehoshú’a) significa “Iahweh salva”. Fonte: A Bíblia de Jerusalém, Edições Paulinas. P. 1284, Nota de Rodapé “i”. a No segundo milênio antes de Cristo, a Faixa de Gaza foi invadida por povos de origem creto-micênica, os filisteus. Na mesma época, a Cisjordânia foi invadida por povos de origem suméria, os hebreus. Os dois povos lutaram entre si na disputa por território, porém ambos acabaram suplantados por impérios mais poderosos que dominaram sucessivamente a região: o Império Egípcio, o Império Assírio, o Império Babilônico, o Império Persa, o Império Macedônico e o Império Romano. O imperador romano Tito destruiu Jerusalém e expulsou os judeus da Palestina. Nessa fase os judeus se dispersaram (a Diáspora) que durou mais de dezoito séculos e meio. A Diáspora só se findou em 1948 quando a ONU criou o atual Estado de Israel onde antigamente era a Palestina.
  • 4. 7 Ele chegasilencioso A sua glória não consiste em estar retirado da história; presta-se-lhe mais verdadeiro culto mostrando que toda a história é incompreensível sem Ele.
  • 5. 8 9RASTROS DE LUZ | A ESPERADA CHEGADA nNasceu, conforme o Evangelho de S. Mateus (2:1) , em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes. Herodes reinou a Judéia de 37 a 4 a.C. Ignora-se a data fixa do seu nascimento. Sabe-se que foi no reinado de Augusto, pelo ano 750 da fundação de Roma. Estima-se o seu nascimento por volta do ano 5 ou 4 a.C.1 Dos historiadores contemporâneos, não mereceu registro, com exceção de Josefo, que lhe dedicou poucas linhas, mas o suficiente para o devido registro do fato para a posteridade. Para um exame histórico e entendimento da época e seus costumes, também se pode lançar mão dos Evangelhos e, em geral, os escritos do Novo Testamento; as composições a que se dá o nome “Apócrifos do Antigo Testamento; as obras de Fílon; o Talmude. Já nos tempos modernos, segundo Hain Cohn (1990), “somente neste 1 A Bíblia de Jerusalém. Edições Paulinas. Nota de rodapé “n”, p. 1284 século foram escritos 60 mil livros sobre Jesus”. Segundo Ernesto Renan2 : A sua glória não consiste em estar retirado da história; presta-se-lhe mais verdadeiro culto mostrando que toda a história é incompreensível sem Ele. O que importa é que Ele nasceu... Ainda segundo Ernesto Renan, na obra citada, agora no Capítulo I: (...) é um fato que se deu nos reinados de Augusto e de Tibério. Viveu então um homem superior, que pela sua arrojada iniciativa, e pelo amor que soube inspirar, criou o assunto e estabeleceu o ponto de partida da futura fé para a humanidade. O Seu nascimento, predito séculos antes por diversos profetas, como, por exemplo, Isaías (7:14) , no ano 758 a.C.: Pois sabei que o Senhor mesmo vos dará um sinal: Eis que a jovem concebeu e dará à luz um filho e por-lhe-á o nome de Emanuel. Aqui nos valemos da Bíblia de Jerusalém, Edições Paulinas. Outras traduções da Bíblia citam no lugar de “jovem”, “virgem”. No mesmo livro de que nos valemos agora, os organizadores fazem a ressalva: • A tradução grega traz “a virgem”, precisando assim o termo hebraico ‘almah’ que designa quer a donzela, quer uma jovem casada recentemente, sem explicar mais. Não há porque desconsiderar o modo óbvio de sua concepção, que adveio da natural e simples relação conjugal de seus pais, apenas para Lhe dar caráter divino, messiânico, distinto de todos. Ter sido concebido e ter nascido como todos no mundo, não Lhe diminui a grandeza moral e nem Lhe tira a condição de enviado de Deus. O que deu dimensão de grandeza e sublimidade à Jesus, não foi a pretendida condição excepcional de sua concepção ginecológica, mas foram Seus feitos, Seus ensinos, Sua vida. A vida exemplar e única dEle é que demarcou a História 2 RENAN, Ernesto. Vida de Jesus. Introdução.
  • 6. 10 11RASTROS DE LUZ | A ESPERADA CHEGADA para antes e depois dEle. Aquele que afirmou (S. Mateus 5:17) : Não penseis que vim revogar a Lei e os Profetas. Não vim revogá-los, mas dar-lhes pleno cumprimento... não faria tal afirmativa se estivesse Ele próprio por revogar a Lei da Reprodução, que é uma das Leis Naturais. O sexo faz parte da equação da vida. Ele chega silencioso... Aceitando como berço o reduto humílimo de uma estrebaria, no momento significativo de um senso, elaborou, desde o primeiro momento, a profunda lição da humildade para inaugurar um reinado diferente entre as criaturas, no justo momento em que a supremacia da força entronizava o gládio e a púrpura atapetava o solo, alcatifando o piso por onde passavam os triunfadores. E não se afastou, jamais da diretriz inicial assumida: a de servo de todos.3 3 FRANCO, Divaldo. Primícias do reino. Ditado pelo Espírito Amélia Rodrigues. Cap.: As boas novas.
  • 7. 13 A estrelade Belém Seja qual for a hipótese respeitável sobre a estrela de Belém, a união dos Espíritos de Luz que mantinham o intercâmbio entre as duas Esferas formou um facho poderoso que indicava o lugar da tradição, em que Ele deveria começar o ministério entre os homens.
  • 8. 14 15RASTROS DE LUZ | A ESPERADA CHEGADA oO Evangelho iniciou a primeira página viva da revelação nova na estrebaria singela. Cristãos decididos e sinceramente interessados na elucidação do fenômeno que produziu a estrela de Belém, à semelhança dos investigadores materialistas hão recorrido, através da História, a matemáticos e astrônomos capacitados, ansiosos por uma resposta perfeitamente lógica e racional sobre o inusitado aparecimento do astro a que se referem os escritores evangélicos. E de quando em quando fiéis às pesquisas feitas nos mapas celestes, aqueles estudiosos tentam traçar diretrizes que clarifiquem, em definitivo, o insuspeito acontecimento, na noite santa em que ocorreu o Natal de Jesus, e posteriormente vista pelos Magos do Oriente, que por ela foram guiados. Segundo alguns observadores, fora o Cometa de Halley que naquele dia e àquele período fazia-se visível por toda a Galileia e parte oriental do país. Para outros era uma conjunção oportuna de astros que produziram refração na atmosfera, incidindo o facho luminoso sobre a manjedoura singela, que Ele dignificou com o Seu nascimento. Conquanto possamos admitir uma ou outra hipótese, Jesus é, em síntese, a constelação dos astros divinos ergastulados temporariamente na forma humana para conviver com os homens, deixando pela atmosfera envolvente do Planeta o rastro luminescente da sua imersão, como mensagem de advertência reveladora. [...] Seja qual for a hipótese respeitável sobre a estrela de Belém, a união dos Espíritos de Luz que mantinham o intercâmbio entre as duas Esferas formou um facho poderoso que indicava o lugar da tradição, em que Ele deveria começar o ministério entre os homens. ... Pastores e reis magos, todos videntes, convidados pelas Entidades Celestes, seguiram-na, cada um a seu turno, enquanto os cantores sublimes, proclamavam: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra entre os homens de boa vontade!”1 1 FRANCO, Divaldo. Luz do mundo. Ditado pelo Espírito Amélia Rodrigues. Cap.: A estrela de Belém. Que é o que nos traz a inesquecível da narrativa de S. Lucas (2:8-14) : Na mesma região havia uns pastores que estavam nos campos e que durante as vigílias da noite montavam guarda a seu rebanho. O Anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor envolveu-os de luz; e ficaram tomados de grande temor. O anjo, porém, disse- lhes: “Não temais! Eis que eu vos anuncio uma grande alegria, que será para todo o povo: Nasceu-vos hoje um Salvador, que é o Cristo-Senhor, na cidade de Davi. Isto vos servirá de sinal: encontrareis um recém-nascido
  • 9. 16 17RASTROS DE LUZ | A ESPERADA CHEGADA envolto em faixas deitado numa manjedoura”. E de repente juntou-se ao anjo uma multidão do exército celeste a louvar a Deus dizendo: “Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens que Ele ama!” Desde o momento em que os pastores maravilhados se movimentaram para vê- Lo, na hora da alva, começou Ele a receber os testemunhos de afeição dos filhos da Terra. Todavia, muito antes de ser homenageado com o ouro, o incenso e a mirra, expressando a admiração e a reverência do mundo, Ele se dignou acolher, em primeiro lugar, as pequeninas dádivas dos últimos! E somente Ele sabe os nomes daqueles que algo Lhe ofertaram, em nome do amor puro, nos instantes da estrebaria: A primeira frase de bênção... A luz da candeia que principiou a brilhar quando se apagaram as irradiações do firmamento... Os panos que O livraram do frio... A manta humilde que Lhe garantiu o leito improvisado... Os primeiros braços que O enlaçaram ao colo para que José e Maria repousassem... A primeira tigela de leite... O socorro aos pais cansados... Os utensílios de empréstimo para que não Lhe faltasse assistência... A bondade que manteve a ordem, ao redor da manjedoura, preservando-a de possíveis assaltos... O feno para o animal que devia transportá-Lo... O Natal por excelência, em sua pura origem e significado. Nascimento de Jesus para a Humanidade e para os que ali estavam, homenageando o recém-nascido, o nascimento dEle em seus corações, para sempre.
  • 10. 19 O séculoda Boa Nova É que os historiadores ainda não perceberam, na chamada época de Augusto, o século do Evangelho ou da Boa Nova.
  • 11. 20 21RASTROS DE LUZ | A ESPERADA CHEGADA oOs historiadores do Império Romano sempre observaram com espanto os profundos contrastes da gloriosa época de Augusto. Caio Júlio César Otávio chegara ao poder, não obstante o lustre de sua notável ascendência, por uma série de acontecimentos felizes. As mentalidades mais altas da antiga República não acreditavam no seu triunfo. Aliando-se contra a usurpação de Antônio, com os próprios conjurados que haviam praticado o assassínio de seu pai adotivo, suas pretensões foram sempre contrariadas por sombrias perspectivas. Entretanto, suas primeiras vitórias começaram com a instituição do triunvirato e, em seguida, os desastres de Antônio, no Oriente, lhe abriram inesperados caminhos. Como se o mundo pressentisse uma abençoada renovação de valores no tempo, em breve todas as legiões se entregavam, sem resistência, ao filho do soberano assassinado. Uma nova era principiara com aquele jovem enérgico e magnânimo. O grande império do mundo, como que influenciado por um conjunto de forças estranhas, descansava numa onda de harmonia e de júbilo, depois de guerras seculares e tenebrosas. Por toda parte levantavam-se templos e monumentos preciosos. O hino de uma paz duradoura começava em Roma para terminar na mais remota de suas províncias, acompanhado de amplas manifestações de alegria por parte da plebe anônima e sofredora. A cidade dos Césares se povoava de artistas, de espíritos nobres e realizadores. Em todos os recantos, permanecia a sagrada emoção de segurança, enquanto o organismo das leis se renovava, distribuindo os bens da educação e da justiça. No entanto, o inesquecível Imperador Imperador Otávio Mecenas
  • 12. 22 RASTROS DE LUZ | A ESPERADA CHEGADA 23 era franzino e doente. Os cronistas da época referem-se, por mais de uma vez, às manchas que lhe cobriam a epiderme, transformando-se, de vez em quando, em dardos dolorosos. Otávio nunca foi senhor de uma saúde completa. Suas pernas viviam sempre enroladas em faixas e sua caixa torácica convenientemente resguardada contra os golpes de ar que lhe motivavam incessantes resfriados. Com frequência, queixava-se de enxaquecas, que se faziam seguir de singulares abatimentos. Não somente nesse particular padecia o Imperador das extremas vicissitudes da vida humana. Ele, que era o regenerador dos costumes, o restaurador das tradições mais puras da família, o maior reorganizador do Império, foi obrigado a humilhar os seus mais fundos e delicados sentimentos de pai e de soberano, lavrando um decreto de banimento de sua única filha, exilando-a na Ilha de Pandatária, por efeito da sua vida de condenáveis escândalos na Corte, sendo compelido, mais tarde, a tomar as mesmas providências em relação à sua neta. Notou que a companheira amada de seus dias se envolvia, na intimidade doméstica, em contínuas questões de envenenamento dos seus descendentes mais diretos, experimentando ele, assim, na família, a mais angustiosa ansiedade do coração. Apesar de tudo, seu nome foi dado ao século ilustre que o vira nascer. Seus numerosos anos de governo se assinalaram por inolvidáveis iniciativas. A alma coletiva do Império nunca sentira tamanha impressão de estabilidade e de alegria. A paisagem gloriosa de Roma jamais reunira tão grande número de inteligências. É nessa época que surgem Vergílio, Horácio, Ovídio, Salústio, Tito Lívio e Mecenas, como favoritos dos deuses. Em todos os lugares lavravam- se mármores soberbos, esplendiam jardins suntuosos, erigiam-se palácios e santuários, protegia-se a inteligência, criavam-se leis de harmonia e de justiça, num oceano de paz inigualável. Os carros de triunfo esqueciam, por algum tempo, as palmas de sangue e o sorriso da deusa Vitória não mais se abria para os movimentos de destruição e morticínio. O próprio Imperador, muitas vezes, em presidindo às grandes festas populares, com o coração tomado de angústia pelos dissabores de sua vida íntima, se. surpreendeu, testemunhando o júbilo e a tranquilidade geral do seu povo e, sem que conseguisse explicar o mistério daquela onda interminável de harmonia, chorando de comoção, quando, do alto de sua tribuna dourada, escutava a famosa composição de Horácio, onde se destacavam estes versos de imorredoura beleza: Ó Sol fecundo, Que com teu carro brilhante Abres e fechas o dia!... Que surges sempre novo e sempre igual! Que nunca possas ver Algo maior do que Roma. É que os historiadores ainda não perceberam, na chamada época de Augusto, o século do Evangelho ou da Boa Nova. Esqueceram-se de que o nobre Otávio era também homem e não conseguiram saber que, no seu reinado, a esfera do Cristo se aproximava da Terra, numa vibração profunda de amor e de beleza. Acercavam-se de Roma e do mundo não mais espíritos belicosos, como Alexandre ou Aníbal, porém outros que se vestiriam dos andrajos dos pescadores, para servirem de base indestrutível aos eternos ensinos do Cordeiro. Imergiam nos fluidos do planeta os que preparariam a vinda do Senhor e os que se transformariam em seguidores humildes e imortais dos seus passos divinos. É por essa razão que o ascendente místico da era de Augusto se traduzia na paz e no júbilo do povo que, instintivamente, se sentia no limiar de uma transformação celestial. Ia chegar à Terra o Sublime Emissário. Sua lição de verdade e de luz ia espalhar-se pelo mundo inteiro, como chuva de bênçãos magníficas e confortadoras. A Humanidade vivia, então, o século da Boa Nova. Era a “festa do noivado” a que Jesus se referiu no seu ensinamento imorredouro. * Depois dessa festa dos corações, qual roteiro indelével para a concórdia dos homens, ficaria o Evangelho como o livro mais vivaz e mais formoso do mundo, constituindo a mensagem permanente do céu, entre as criaturas em trânsito pela Terra, o mapa das abençoadas altitudes espirituais, o guia do caminho, o manual do amor, da coragem e da perene alegria. E, para que essas características se conservassem entre os homens, como expressão de sua sábia vontade, Jesus recomendou aos seus apóstolos que iniciassem o seu glorioso testamento com os hinos e os perfumes da Natureza, sob a claridade maravilhosa de uma estrela a guiar reis e pastores à manjedoura rústica, onde se entoavam as primeiras notas de seu cântico de amor, e o terminassem com a luminosa visão da Humanidade futura, na posse das bênçãos de redenção. É por esse motivo que o Evangelho de Jesus, sendo livro do amor e da alegria, começa com a descrição da gloriosa noite de Natal e termina com a profunda visão da Jerusalém libertada, entrevista por João, nas suas divinas profecias do Apocalipse. Humberto de Campos1 1 XAVIER, Francisco C. Boa nova. Humberto de Campos, Cap. 1.
  • 13. 25 nosso cartãode Natal Ninguém sabe até hoje quais tenham sido os tratadores de animais que te ofertaram esburacada manta, por leito simples, e ignora-se quem foi o benfeitor que te arrancou ao desconforto da estrebaria para o clima do lar.
  • 14. 26 27RASTROS DE LUZ | A ESPERADA CHEGADA sSenhor Jesus! Quando vieste ao mundo, numerosos conquistadores haviam passado, cimentando reinos de pedra com sangue e lágrimas. Na retaguarda dos carros de ouro e púrpura com que lhes fulgia as vitórias, alastravam-se, como rastros da morte, a degradação e a pilhagem, a maldição do solo envilecido e o choro das vítimas indefesas. Levantaram-se, poderosos, em palácios fortificados e faziam leis de baraço e cutelo, para serem, logo após, esquecidos no rol dos carrascos da Humanidade. Entretanto, Senhor, nasceste nas palhas e permaneceste lembrado para sempre. Ninguém sabe até hoje quais tenham sido os tratadores de animais que te ofertaram esburacada manta, por leito simples, e ignora-se quem foi o benfeitor que te arrancou ao desconforto da estrebaria para o clima do lar. Cresceste sem nada pedir que não fosse o culto à verdadeira fraternidade. Escolheste vilarejos anônimos para a moldura de tua palavra sublime... Buscaste para companheiros de tua obra homens rudes, cujas mãos calejadas não lhes favoreciam os voos do pensamento. E conversaste com a multidão, sem propaganda condicionada. No entanto, ninguém conhece o nome das crianças que te pousaram nos joelhos amigos, nem das mãos fatigadas a quem te dirigiste na via pública! A História, que homenageava Júlio César, discutia Horácio, enaltecia Tibério, comentava Virgílio e admirava Mecenas, não te quis conhecer em pessoa, ao lado de tua revelação, mas o povo te guardou a presença divina e as personagens de tua epopeia chamam-se “o cego Bartimeu”, “o homem de mão mirrada”, “o servo do centurião”, “o mancebo rico”, a “mulher Cananéia”, “o gago de Decápolis”, “a sogra de Pedro”, “Lázaro, o irmão de Marta e Maria”. Ainda assim, Senhor, sem finanças e sem cobertura política, sem assessores e sem armas, venceste os séculos e estás diante de nós, tão vivo hoje quanto ontem, chamando-nos o espírito ao amor e à humildade que exemplificaste, para que surjam, na Terra, sem dissensão e sem violência, o trabalho e a riqueza, a tranquilidade e a alegria, com bênção de todos. É por isso que, emocionados, recordando-te a manjedoura, repetimos em prece: - Salve, Cristo! Os que aspiram a conquistar desde agora, em si mesmos, a luz de teu reino e a força de tua paz, te glorificam e te saúdam!... Emmanuel1 1 XAVIER, Francisco C. Antologia mediúnica do Natal. Diversos. Cap. 75.
  • 15. 29 com a honrade cooperar Parafraseando o Benfeitor Espiritual Emmanuel, em mensagem constante no livro Antologia mediúnica do Natal, ditada pela luminosa mediunidade de Francisco Cândido Xavier, encaminhamo-nos ao final deste fascículo:
  • 16. 30 31RASTROS DE LUZ | A ESPERADA CHEGADA pParafraseando o Benfeitor Espiritual Emmanuel, em mensagem constante no livro Antologia mediúnica do Natal, ditada pela luminosa mediunidade de Francisco Cândido Xavier, encaminhamo-nos do final deste fascículo: Hoje, Senhor, mais de vinte séculos transcorreram, sobre o Seu nascimento, nós, os pequeninos obreiros, com a honra de cooperar em Seu Evangelho Redivivo, pedimos vênia para algo Lhe ofertar... Nada possuindo de nós, trazemos-Lhe as páginas simples que colhemos daquelas que o Seu próprio coração inspirou através de outras mãos, os pensamentos de gratidão e de amor que nos saíram do coração, em forma de letras, em louvor de Sua infinita bondade! Recebe-os, ó Divino Benfeitor! Com a benevolência com que acolheu as primeiras palavras e respeito e os primeiros gestos de carinho com que as criaturas rudes e anônimas Lhe afagaram na gloriosa descida à Terra!... E que nós – espíritos milenares fatigados do erro, mas renovados na esperança – possamos rever-Lhe a figura sublime, nos recessos do coração, e repetir, como o velho Simeão, após acariciá-Lo na longa vigília do Templo: - “Agora, Senhor, despede em paz os teus servos, segundo a tua palavra, porque os nossos olhos viram a salvação!...”.
  • 17. 32 RASTROS DE LUZ | A ESPERADA CHEGADA de Luzum olhar na história rastros PRÓXIMO FASCÍCULO: A infância de Jesus Revista eletrônica de circulação dirigida e gratuíta Redação, organização e diagramação: Maurício Silva Contato: redator@resenhaespiritaonline.com.br Curitiba - PR CRÉDITOS DESTE FASCÍCULO: Imagens: acervo próprio ou baixadas da Internet: Google Imagens e The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints DIREITOS RESERVADOS: todos os direitos de reprodução, cópia, veiculação e comunicação ao público desta obra estão reservados, única e exclusivamente, para Maurício Silva. Proibida a sua reprodução parcial ou total, por qualquer meio, sem expressa autorização, nos termos da Lei 9.610/98.