1) O documento discute os impactos da crise econômica mundial na economia capixaba a médio e longo prazos.
2) Apresenta dois cenários possíveis para a economia mundial até 2012: uma "dupla recessão" ou uma "superação eficaz" da crise.
3) Discutem-se também as potencialidades e gargalos da economia brasileira para um crescimento sustentado no longo prazo.
A crise econômica mundial: impactos sobre a economia capixaba a médio e longo prazos
1. A crise econômica mundial: impactos sobre a economia capixaba a médio e longo prazos Claudio Porto e Alexandre Mattos 29 de setembro de 2009
2. 2 Plano da Apresentação Parte I: O mundo e o Brasil - crise e pós-crise O mundo e o Brasil em tempos de crise O mundo e o Brasil pós-crise Pontos fortes e debilidades do Espírito Santo face ao futuro Parte II: O futuro do Espírito Santo O que é certo ou quase certo 1 2 3 4 5 O que é incerto
3. 3 “A construção de cenários é uma reflexão sistemática que visa orientar a ação presente à luz de futuros possíveis” Michel Godet
5. Economia global: o que é certo ou quase certo até 2012“O capitalismo sobreviverá mas sem o esplendor, a glória e a abundância desta última década” (Martin Wolf) Queda da atividade econômica mundial, com recessão nos EUA e demais economias desenvolvidas e desaceleração do crescimento nos países emergentes Desaceleração do comércio internacional e redução do fluxo de capitais ao redor do mundo Redução do consumo e aumento da poupança nos EUA Risco de deflação nas economias desenvolvidas Diminuição da liquidez e do crédito em escala mundial Aumento da regulação sobre o sistema financeiro internacional Maior aversão ao risco Aumento da demanda por ativos reais de baixo risco o que pode trazer benefícios para o Brasil, que se destaca como uma fronteira de oportunidades de investimentos de menor risco, em especial na área de infraestrutura 5
6. Economia global: O que é certo ou quase certo até 2012 “O impacto fiscal desta crise será tão oneroso quanto o de uma guerra de grande escala” (Martin Wolf) Nas economias desenvolvidas haverá forte aumento da dívida pública como proporção do PIB nos próximos quatro anos, reduzindo o espaço para a política fiscal Dívida pública (% do PIB) Dívida pública do G20 (em % do PIB) Fonte: OCDE apud TheEconomist (jun/09) 6 Fonte: IMF
7.
8. As grandes instituições financeiras e não financeiras conseguirão equacionar de forma sustentável os problemas em seus balanços patrimoniais?
9. As políticas econômicas de enfrentamento à crise serão implementadas de forma orquestradaentre os países?
10. O risco de deflação neutralizará a expansão monetária, inibindo, assim, a recuperação econômica?
11. Quais serão os efeitos da política macroeconômica sobre a demanda agregada? Conseguirão impulsioná-la?
12. Como evoluirão as economias emergentes neste contexto?Dupla recessão (formato W) Superação eficaz (formato U) 7
13. 8 Dois cenários para a crise: 2009-2012 “Dupla recessão (W)” “Superação eficaz (U)” Risco de calote no mercado imobiliário permanece elevado, acentuando o risco sistêmico e inibindo o crédito e o consumo Implantação fragmentada das políticas macroeconômicas, abrindo excessivo espaço para arbitragem nos mercados Queda nos preços dos ativos, perdas nos balanços patrimoniais e aumento do número de falências Deflação nos principais países desenvolvidos, anulando os efeitos da política monetária Ausência de reformas institucionais profundas no setor financeiro anulam os efeitos da política fiscal expansionista e do suporte financeiro dos governos Aumento do grau de incerteza, aprofundamento da recessão mundial e desaceleração dos emergentes Reequilíbrio rápido do mercado imobiliário nos países desenvolvidos, redução do risco sistêmico e aumento dos níveis de crédito e consumo Cooperação dos países na implantação das políticas macroeconômicas Recuperação dos balanços patrimoniais e aumento da confiança do setor privado Risco de deflação neutralizado pela recuperação da atividade econômica Recuperação da confiança dos agentes e incremento da demanda agregada (efetividade da política macroeconômica expansionista e das reformas institucionais no setor financeiro) Descolamento incremental dos emergentes, com crescimento da China, Índia e Brasil impulsionado pelos seus mercados internos
14. O Brasil provavelmente será um dos países menos afetados pela crise mundial Relativo fechamento da economia+ magnitude do mercado interno reduzem os impactos negativos no crescimento do PIB Expectativas mais recentes (Boletim Focus) 0 % Tamanho e cobertura da rede de proteção social Mitigação ou neutralização dos impactos sobre segmentos da população de menor renda, condicionado à situação fiscal Inflação não será problema em 2009 Há espaço para uma queda acentuada dos juros (em especial o cobrado pelos bancos para PF e PJ) e para expansão do crédito A solidez do sistema financeiro nacional é uma ‘blindagem’ contra crises de confiança 9
15. Brasil: o crescimento econômico a médio e longo prazos Entre 1910 e 1974 o Brasil foi o país que experimentou a maior taxa de crescimento do mundo: 7% a.a. em média Mas entre 1980 e 2007 o crescimento arrefeceu e o país cresceu a taxas inferiores às da média mundial A partir de 2005 o Brasil acelerou o crescimento e em 2008 superou a média mundial (5,08 x 3,4%) A atual crise econômica mundial abortará nossa aceleração recente? Crescimento Econômico Acumulado entre 1980 e 2008 – Brasil x Mundo (Índice 1980 = 100) Fonte: Banco Mundial (2009) 10
16. Desfechos plausíveis das eleições de 2010 11 Uma incerteza fundamental: que coalizão de forças políticas será vitoriosa em 2010 ?
17.
18. expansão das despesas públicas correntes em caráter temporário ou permanente com impactos imediatos na renda e no consumo
28. Atração de empreendedores privados nacionais e estrangeiros para investimentos em grandes projetosNeste primeiro cenário, o setor privado é o principal ’motor’ do crescimento econômico
29. Pontos de atenção Riscos potenciais: Afrouxamento fiscal, potencializado pelo recrudescimento do déficit previdenciário Risco inflacionário Aumento, a médio prazo, da desconfiança dos agentes quanto à solvência das finanças públicas (redução do superávit primário) Necessidade de novos aumentos nos juros no futuro Diminuição do espaço de atuação da política fiscal Redução do espaço para investimentos públicos Aperto do setor exportador (apreciação do câmbio)? 13
31. A principal incerteza de longo prazo para o Brasil Incerteza síntese: o Brasil consolidará ou não uma trajetória decrescimento sustentado e em patamares elevados nos próximos anos? Esta incerteza se desdobra em: Incerteza externa:como evoluirá o comportamento do ambiente econômico mundial em relação ao Brasil? Incerteza interna: com que intensidade nós enfrentaremos os gargalos estruturais ao desenvolvimento sustentado do país nos próximos anos? 15
32. Como evoluirá o comportamento do ambiente econômico mundial em relação ao Brasil? O mundo no pós-crise Como a economia global e o sistema financeiro internacional que a suporta emergirão da atual crise econômica mundial? 16 “As recessões são parte inerente do capitalismo. Os períodos de alta e baixa do ciclo de negócio ‘purificam’ a economia e têm o potencial de prepará-la para novos ciclos de inovação.” (Joseph Schumpeter)
33. Dois mundos “pós-crise” “A Emergência dos Emergentes” “Business as Usual” Equacionamento gradual dos desequilíbrios globais, com aumento da poupança nos EUA e UE e incremento da demanda interna no Japão e nos emergentes. Recuperação do fluxo de capitais. Reforma regulatória das finanças, com recuperação da confiança no setor financeiro Recuperação da confiança do setor privado, estimulando a recuperação econômica Retorno gradual aos padrões de endividamento nos países, incentivado pela recuperação econômica Predomínio das inovações tecnológicas e produtivas, estimulando o aumento da produtividade Progressiva adoção de uma cesta de moedas Mulltipolaridade política e econômica. Maior protagonismo dos emergentes Mais destaque para a “economia verde” Adesão a Copenhagen e mobilização global em face das mudanças climáticas Manutenção dos desequilíbrios globais, reduzindo a atratividade dos ativos americanos. Aumento do protecionismo. Leve aumento na regulamentação das finanças, propiciando o surgimento de novas bolhas e ativos de risco Incertezas e riscos inibem a recuperação econômica sustentável Retorno lento aos padrões de endividamento nos países desenvolvidos (em percentual do PIB), com pressões inflacionárias Predomínio das inovações financeiras Dólar continua como moeda de referência Mulltipolaridade econômica. Maior protagonismo econômico dos emergentes. Aumento gradual de sua relevância política Combustíveis fósseis predominam Baixa adesão a Copenhagen e mitigação reativa de impactos ambientais 17
34. Brasil: Potencialidades x Gargalos Estruturais O futuro da economia brasileira no longo prazo está condicionado à evolução de alguns fatores estruturais que poderão impulsionar ou inibir o seu desenvolvimento sustentado: Potencialidades Gargalos 18
35. Potencialidades estruturais Diversidade e abundância de fontes de energia, inclusive renováveis Disponibilidade de água e solos agricultáveis Mercado nacional integrado e de grande escala, com segmentos econômicos mundialmente competitivos Solidez e elevado desempenho do Sistema Financeiro Nacional Dimensão e dinamismo do mercado interno Pujança do mercado acionário Acúmulo de reservas internacionais Diversificação de mercados 19
36. 1. Diversidade e abundância de fontes de energia, inclusive renováveis Produção de petróleo: 2008: 2 milhões de barris dia 2015: 3,5 a 4 milhões de barris dia As reservas do Pré-sal: 11 reservatórios Bep: Tupi (4 a 8 bi) e Iara (3 a 4 bi) Bioenergia: Forte expansão 2ª maior fonte de geração primária de energia Energia hidráulica: Potencial - 258.410 MW Somente 28,2% é explorado Matriz Energética Brasileira - 2007 Carvão e mineral e derivados Urânio e derivados 6,2% 1,4% Gás Natural 9,3% Petróleo e derivados 36,7% Energia hidráulica e eletricidade 14,7% Produtos da cana-de-açúcar Biomassa 16,0% 15,6% Fonte: EPE (2007) 20
37. 2. Disponibilidade de água e solos agricultáveis A maior disponibilidade hídrica do planeta: cerca de 10% da vazão média mundial está nos rios brasileiros 106 milhões de hectares de terras agricultáveis não utilizadas, área correspondente à soma dos territórios de França e Espanha Áreas disponíveis para agropecuária (em milhões de hectares) Áreas degradadas Novas áreas Uso e disponibilidade da terra – EUA x Brasil Fonte: Revista Veja edição 1843 (2004) 21
38. A Multiplicação dos Grãos Evolução da produtividade da safra brasileira (em milhões de toneladas colhidas e em milhões de hectares plantados) A produção aumenta... ... A área cultivada cresce lentamente e.... ... A produtividade dispara (em toneladas por hectare) *previsão IBGE Fonte: Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento 3.Mercado nacional integrado e de grande escala, com segmentos econômicos mundialmente competitivos 1º produtor mundial de jatos regionais (exportações da Embraer 2006: US$ 3,3 bilhões) Maior exportador mundial de café, açúcar, carne bovina e frango 2º maior exportador de soja 2º maior produtor de pisos e azulejos 3º maior mercado de cosméticos e celulares do mundo 3º produtor mundial de calçados 3º produtor mundial de refrigerantes 5º maior parque de computadores 8º maior mercado de automóveis do mundo 22
39. 4. Solidez e elevado desempenho do Sistema Financeiro Nacional Elevada (Bradesco e Itaú) estão entre as 10 maiores instituições financeiras das Américas produtividade em função de investimentos pesados em novas tecnologias de informação e automação bancária Reestruturação do setor bancário (liderada pelo Bacen), levando à consolidação, fechamento e liquidação de muitos bancos privados Dois bancos brasileiros em valor de mercado Há apenas quatro anos ocupavam o 43º e o 34º lugares Lucro líquido dos principais bancos atuantes no Brasil (em bilhões de reais) 8,8 7,6 2008 2006 3,2 3,9 2,0 Fonte: FSP (2009) 23
40. 5. Dimensão e dinamismo do mercado interno Expansão da classe média de 44% para 52% da população brasileira (2002 a 2008) (Famílias com renda entre R$ 1.064 e R$ 4.561) (FGV) Principais fatores: Melhora do nível de escolaridade da população Migração dos empregos informais para os formais Rápido crescimento do crédito 24
41. 5. Dimensão e dinamismo do mercado interno (cont.) Grande espaço para crescimento do consumo energético final no Brasil Fonte: Plano Nacional de Energia 2030 (EPE, 2007) 25
42. 6. Pujança do mercado acionário Capitalização das ações em bolsas ( em US$ bilhões) 592 234 132 38 38 2008 Fonte: Federação Mundial de Bolsas de Valores - Ibovespa (2008) APUD Mundo Corporativo 20 (2º trim./2008) 26
43. 6. Pujança do mercado acionário (cont.) “Em 2009 ... as operações de captação somam 13,5 bilhões ... Volume que supera os 8,8 bilhões levantados na Bovespa em 2004, primeiro ano da retomada do mercado de capitais brasileiro” (Valor Econômico, 2 de junho de 2009) “Somente entre janeiro e maio de 2009, os Investimentos Externos Diretos somaram US$ 11,2 bilhões. A perspectiva para 2009 é de que o IED atinja US$ 25 bilhões” (Banco Central, julho de 2009) 27
44. 7. Acúmulo de reservas internacionais O Brasil ocupa a 7ª posição no ranking de países com maior volume de reservas internacionais: US$ 209,5 bilhões Reservas internacionais e spread da dívida (2001-2008) As 10 maiores reservas do mundo Fonte:Ipeadata (2008) Fonte: Banco Central (2009) 28
45. 8. Diversificação de mercados Os 8 principais destinos (países) das exportações brasileiras respondem, atualmente, por 48% do volume exportado Na década de 90, o mesmo grupo respondia por 65% do total vendido A ampliação das vendas para mercados pouco tradicionais é um importante ativo estratégico em tempos de crise Forma de reduzir o impacto negativo de crises internacionais sobre as exportações brasileiras Principais destinos das exportações brasileiras (em bilhões de US$) Outros 18,2 União Européia 40,4 África 8,6 Mercosul17,4 Aladi19,1 Nafta 31,9 Ásia 25,1 Fonte: MDIC (2008) 29
46. Debilidades: os principais gargalos ao desenvolvimento Baixo nível de escolaridade e de capacitação da população Violênciaurbana Gargalos na infra-estrutura logística Carga tributária elevada, sistema tributário distorcido e má qualidade do gasto público Déficit da previdência e pressões crescentes sobre o sistema previdenciário Excesso de burocracia Elevada pressão antrópica Baixo desempenho em P&D e Inovação 30
47.
48. 2. Violência urbana Até 1999, os pólos da violência localizavam-se nas grandes metrópoles. A partir daí observou-se o deslocamento da dinâmica para o interior dos estados. (Mapa da Violência, 2008) Brasil: Taxa média de homicídios – População total 2006 Os 10 municípios mais violentos do Brasil Fonte: Mapa da Violência (2008) 32
49. 3. Gargalos na infra-estrutura logística As deficiências em transportes custaram R$ 271 bi (11,7% do PIB) para as empresas em 2006 Entre 2005 e 2006 o tempo médio de espera de navios para atracar em portos aumentou 78% 18 dias é o tempo médio de demora de exportação do produto brasileiro em contêineres, saindo do Porto de Santos; em Hong Kong, a média é 5 dias Condições das rodovias no Brasil (2007) Fonte: CNT (2008) 33
50. 4. Carga tributária elevada e má qualidade do gasto público As despesas correntes do governo federal saltaram de R$ 339 bi (2002) para 692 bi (2008). Crescimento de 104% O crescimento nominal do PIB no mesmo período foi de 78% A receita corrente teve expansão nominal superior à do PIB (96%), porém inferior ao crescimento das despesas A carga tributária cresceu 11% entre 2002 a 2008 2002 – 32,65% do PIB 2008 – 36,5% do PIB Crescimento das Receitas e Despesas Correntes do Governo Federal (2002 = 100) 300 Despesa Receita 250 PIB 200 150 100 50 - 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Fonte: SIAFI/STN (2008) 34
51. 4. Carga tributária elevada e má qualidade do gasto público (cont.) Benefícios Previdenciários Transferências a Estados, DF e Municípios Nos 4 primeiros meses de 2009, na União as despesas aumentaram 19% e a receita total encolheu 1,7%. As despesas de pessoal da União cresceram 24,2% em comparação com 2008 Há forte rigidez nas despesas de custeio e nas transferências no orçamento federal. A rigidez do orçamento Cortar gastos, como? Composição da despesa corrente da União Investimentos Demais Despesas Correntes 2% Pessoal e Encargos Sociais 16% 22% Rigidez superior a 80% Margem de manobra 34% 26% Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional 35
52. 5. Déficit da previdência e pressões crescentes sobre o sistema previdenciário A previdência no Brasil consome 12% do PIB. Na China e no Chile, apenas 3%. Relação contribuinte/ beneficiário caiu de 2,5 em 1990, para 1,2 em 2002 Com o envelhecimento da população e o atual modelo previdenciário esta relação tende a cair ainda mais Relação contribuinte/beneficiário do sistema previdenciário (1950-2002) Gastos anuais do INSS 1988-2007 (% do PIB) Fonte: Rossetti (2002) Fonte:Giambiagi (2007) 36
53. 6. Excesso de burocracia 2007 2008 A Burocracia tira competitividade do Brasil... O Brasil ocupa a 122ª posição do ranking de facilidades para realizar negócios entre 178 países estudados O tempo médio de abertura de empresas é de 152 dias São necessários em média 4 anos para o fechamento de uma empresa Justiça: cara e lenta ...E a Posição Relativa do País tem Piorado Abertura de empresa Licenciamento Contratação de empregados Registro de prioridade Obtenção de crédito Pagamento de tributos Comércio exterior Fechamento de empresa 150 0 25 50 75 100 125 Fonte: Doing Business 2008, Banco Mundial 37
54.
55. Entre 2001 e 2004 cerca de 5,4 mil Km² de florestas foram diretamente convertidas em áreas de plantio de grãos ou em pastagens
56. Visível queda da vegetação nativa no cerrado decorrente da expansão do agronegócio
57. Mantidas as atuais taxas de desmatamento, este bioma poderá estar extinto em 2030Área de distribuição original do Cerrado Principais remanescentes de vegetação nativa de Cerrado 2002 Fonte: Ministério Meio ambiente Fonte: CI-Brasil 38
58. ... mas a expansão da produção de cana-de-açúcar não é parte relevante desta pressão RN PB PE AL Convenções Áreas de produção Áreas de expansão ~ 1990-2005 Floresta Amazônica Fonte: MPOG / IBGE, 2007 7. Elevada pressão antrópica (Cont.) 39
59. 8. Baixo desempenho em P&D e Inovação Pedidos de patentes solicitadas no Wipo Recursos Investidos em P&D (US$ bilhões de 2005) Fonte: MCT Fonte: Wipo (World InternationalPatentOrganization) 40
60. 8. A China está ‘disparando’ em P&D e o Brasil é o últimos entre os BRICs (Cont.) Crescimento dos investimentos em P&D dos 4 BRICs – 1996 a 2006 Índice 525 China (1996 = 100) 475 425 375 325 275 Índia 225 Rússia 175 Brasil 125 75 1996 1998 2000 2002 2004 2006 Fonte: Banco Mundial (2007) e Unesco (2007) Nota: Dados extrapolados para 2006 41
66. 44 Dois mundos “pós-crise” (Conjecturas sobre a evolução do PIB Global) PIB Mundial (variação % anual do PIB) Fonte: Macroplan, 2009
67. 45 Quatro Cenários Econômicos para o Brasil 2012-2030 (Conjecturas sobre a evolução do PIB brasileiro) PIB Brasil (variação % anual do PIB) Fonte: Macroplan, 2009
68. 46 Quatro Cenários Econômicos para o Brasil 2012-2030 (Conjecturas sobre a evolução da taxa de investimento) Brasil: Taxa de Investimento (% do PIB) Fonte: Macroplan, 2009
69. 47 Quatro Cenários Econômicos para o Brasil 2012-2030 (Conjecturas sobre a evolução do IED) Brasil: Investimento Estrangeiro Direto (% do fluxo mundial de capitais) Fonte: Macroplan, 2009
70. 48 3 Pontos Fortes e Debilidades do Espírito Santo Face ao Futuro
71. Pontos Fortes Inserção diferenciada e competitiva no processo de globalização da economia brasileira Crescentes reservas de óleo e gás em fase de expansão da produção Qualidade e robustez do setor público, notadamente do Governo Estadual (um Governo que funciona) Capital social e institucional: elevada capacacidade de articulação e cooperação entre os principais atores públicos, privados e da sociedade civil 49
72. Debilidades Capital humano – qualificação da força de trabalho Infraestrutura física (rodovias, aeroporto e malha ferroviária) e tecnológica Insuficiente capacidade de internalização dos benefícios do crescimento Segurança e saúde públicas 50
73. 51 Plano da Apresentação Parte I: O mundo e o Brasil - crise e pós-crise O mundo e o Brasil em tempos de crise O mundo e o Brasil pós-crise Pontos fortes e debilidades do Espírito Santo face ao futuro Parte II: O futuro do Espírito Santo O que é certo ou quase certo 1 2 3 4 5 O que é incerto
74. Cenários para o Futuro do Espírito Santo - 2025 Integração competitiva de uma economia diversificada e de maior valor agregado sustentada pelo capital humano, social e institucional de alta qualidade CENÁRIO A Mudança de qualidade Industrialização baseada no capital estatal, privado e internacional CENÁRIO B Industrialização baseada no capital Local Ciclo do Café CENÁRIO C 2025 1960 2005 Fonte: Macroplan 52
75. Plano de Apresentação Futuro do ES no longo prazo - pós crise O que é certo ou quase certo Restrições nos países desenvolvidos A China, as commodities e o Espírito Santo A expansão da atividade de produção de petróleo O que ainda é incerto Internalização dos benefícios do crescimento industrial e da exploração mineral Diversificação econômica, agregação de valor e adensamento das cadeias produtivas (grandes cadeias e APLs) Competitividade sistêmica: educação e capital humano, base tecnológica, qualidade das instituições, segurança pública, saúde pública e metrópole de qualidade, sustentabilidade 53
83. A População Mundial 10 8 6 4 2 0 2000 6,1 Bilhões População mundial (em Bilhões) Países menos desenvolvidos Países mais desenvolvidos 1750 1800 1850 1900 1950 2000 2050 2100 2150 Fonte:UnitedNations, World PopulationProspects, The 1998 Revision (New York: UM, 1998); andestimatesbythePopulationReference Bureau. 56
84. Consumo de Alimentos, Petróleo e Emissões Terra / Água + - ND Projeção de Consumo de Alimentos no Mundo Disponibilidade de terras agricultável e água por País Trigo 3.000 3.000 Arroz 2.000 2.000 Milhões de toneladas Grãos 1.000 1.000 0 0 1964 -66 1974-76 1984-86 1997-99 2015 2030 Fonte: ICONE – Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais – “A Dinâmica do Agronegócio Mundial no Século XXI “ (2007) Fonte: FoodandAgricultureOrganizationoftheUnitedNations (2000) Projeção de emissões de CO2 Projeção de Consumo de Petróleo 35 35 8500 China 8000 30 30 7500 25 25 EUA 7000 + 1,75 bilhão de toneladas 20 20 6500 Milhões de barris por dia 6000 15 15 Milhões toneladas Milhões toneladas 5500 10 10 5000 Índia 5 5 4500 0 0 4000 2006 1990 1995 2003 2010 2015 2020 2025 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018 2020 2022 2024 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018 2020 2022 2024 Fonte: U.S. Department of Energy e IAGS (2004) Fonte: EIA, 2005 57
87. O que ainda é incerto Apropriação dos recursos de royalties e participações especiais pelo Espírito Santo Discussão da política nacional para o pré-sal Internalização dos benefícios da economia do petróleo por meio de fornecimento de bens e serviços de valor agregado Desenvolver empresas fornecedoras de base tecnológica foi uma das estratégias bem sucedidas na Noruega! São Paulo (especialmente São José dos Campos) e Rio de Janeiro serão fortes competidores. 60
88. Pré-Sal Aracruz Vitória Anchieta Macaé Itaboraí São José dos Campos Itaguaí Niterói Angra Caraguatatuba S.Sebastião Santos Pré-sal Fonte:Santos BasinPre-Salt Cluster – José Formigli – Rio Oil & Gas (2008) - Petrobras 61
89. O que ainda é incerto Qual o volume, a localização e o “timing” de investimentos na cadeia minero-siderúrgica no Brasil e no Espírito Santo? 62
94. Profundidade mínima de 26 mFonte: site da LLX - ttp://www.llx.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=162&lng=br Fonte: site da CODESA - http://www.portodevitoria.gov.br/noticias.php?uid=3720&language=english e site da codesa http://www.antaq.gov.br/Portal/pdf/Portos/Vitoria.pdf 63
95. O que ainda é incerto Qual o volume, a localização e o “timing” de investimentos na cadeia minero-siderúrgica no Brasil e no Espírito Santo? Papel e celulose – Como evoluirão preços no mercado internacional e quais serão os impactos da consolidação do setor? Haverá avanços significativos na competitividade dos principais arranjos produtivos capixabas Consolidação de alguns segmentos Inovação tecnológica Agregação de valor 64
96. O que ainda é incerto Haverá sucesso na promoção de investimentos no Espírito Santo? Diversificação econômica Agregação de valor Adensamento das cadeias produtivas 65
97. O que ainda é incerto Haverá avanços significativos na competitividade sistêmica da economia capixaba? Fundap e a Reforma tributária Base de capital humano Base tecnológica estadual Qualidade institucional Pobreza Segurança Saúde da população Qualidade da metrópole e rede de cidades Ambiente 66
98. Pobreza Pessoaspobres – perfilbolsafamília 2006 (% dapopulação) 40% 35% 35% 30% 27% 24% 25% 20% 20% 11% 15% SP 10% 5% 0% Guarapari Cariacica Serra Vila Velha Vitória Notas: Renda per capita mensal de até R$ 137,00. Cálculo da estimativa percentual de pessoas pobres considerou a média do Espírito Santo de 4,4 pessoas por família com renda per capita mensal de até ¼ de salário mínimo (IBGE, 2005). Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate á Fome – 2008. Disponível em <http://www.mds.gov.br/adesao/mib/matrizsrch.asp> 67
100. Segurança Pública Homicídios dolosos São Paulo e Rio de Janeiro – 1998 a 2007 (números absolutos) Taxa de homicídios dolosos por 100 mil habitantes 60,0 PE ES 50,0 40,0 RJ 30,0 RJ 20,0 SP SP 10,0 0,0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Fonte: SIM/DATASUS, Secretaria de Estado da Segurança Pública (SP), ISP (RJ), INFOPOL / SDS (PE), Polícia Civil/DML/ES – 2009 Fontes: ISP-RJ e SSP-SP apud Centro de Estudos de Segurança e Cidadania População Carcerária São Paulo x Rio de Janeiro SP + Projeto Inteligência Policial Melhoria no desempenho das forças policiais com base na utilização da tecnologia da informação e da comunicação RJ Os investimentos em execução no Espírito Santo projetam trajetória de crescimento do encarceramento como a do estado de São Paulo. Espera-se para o Espírito Santo, resultados semelhantes aos de São Paulo, no médio prazo. Fonte: Ministério da Justiça - Departamento Penitenciário Nacional e Sec. Administração Penitenciária de São Paulo 69
101. Taxa de homicídios dolosos por 100 mil habitantes 60,0 Pernambuco Espírito Santo 50,0 40,0 Rio de Janeiro 30,0 20,0 São Paulo 10,0 0,0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Fonte: SIM/DATASUS, Secretaria de Estado da Segurança Pública (SP), ISP (RJ), INFOPOL / SDS (PE), Polícia Civil/DML/ES – 2009 70
102. Homicídios dolosos São Paulo e Rio de Janeiro – 1998 a 2007 (números absolutos) Fontes: ISP-RJ e SSP-SP apud Centro de Estudos de Segurança e Cidadania 71
103. População Carcerária São Paulo x Rio de Janeiro + Projeto Inteligência Policial Melhoria no desempenho das forças policiais com base na utilização da tecnologia da informação e da comunicação Os investimentos em execução no Espírito Santo projetam trajetória de crescimento do encarceramento como a do estado de São Paulo. Espera-se para o Espírito Santo, resultados semelhantes aos de São Paulo, no médio prazo. 72
104. Desenvolvimento da região metropolitana da Grande Vitória Concentração urbana na RMGV em 1976 Concentração urbana na RMGV em 2005 O desenvolvimento tardio da RMGV traz uma oportunidade de se evitar erros observados em outras metrópoles brasileiras Fonte: Secretaria de estado da Educação - Gerência da Informação e Avaliação Educacional – 2009 73
108. Qualidade do Ensino IDEB: Ensino Fundamental Regular Municipal – Séries Finais (5ª a 8ª série) IDEB: Ensino Fundamental Regular Municipal – Séries Iniciais (1ª a 4ª série) 6,3 5,6 5,8 4,7 4,5 4,3 4,3 4,4 4,3 4,3 4,2 4,2 4,1 5,0 4,1 3,2 4,1 3,8 3,7 4,2 3,8 4,1 3,6 3,8 3,9 2,9 3,6 3,7 3,7 3,6 3,4 3,5 3,4 3,2 3,5 3,3 3,4 3,2 3,2 3,1 Brasil São Paulo Fundão Vila Velha Vitória Serra Viana Cariacica Guarapari Brasil São Paulo Fundão Vila Velha Serra Viana Vitória Cariacica Guarapari Meta do Plano Nacional de Educação para o Estado em 2021 Meta do Plano Nacional de Educação para o Estado em 2015 2005 2007 Nota: As metas foram definidas pelo Ministério da Educação e são referentes ao Estado do Espírito Santo Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) – 2007 77
109. Plano de Apresentação Futuro do ES no longo prazo - pós crise O que é certo ou quase certo Restrições nos países desenvolvidos A China, as commodities e o Espírito Santo A expansão da atividade de produção de petróleo O que ainda é incerto Internalização dos benefícios do crescimento industrial e da exploração mineral Diversificação econômica, agregação de valor e adensamento das cadeias produtivas (grandes cadeias e APLs) Competitividade sistêmica: educação e capital humano, base tecnológica, qualidade das instituições, segurança pública, saúde pública e metrópole de qualidade, sustentabilidade 78
110. Experiência da Macroplan Alguns clientes e projetos em Cenários Cenários Corporativos 2004-2015 e Regionalização do Cenário Corporativo Cenários Exploratórios e Plano de Desenvolvimento do ES 2005-2025 Cenários Exploratórios do Rio de Janeiro 2007-2027 e Plano Estratégico 2007 - 2010 Cenários Energéticos da Amazônia 1998-2020 Cenários do setor de telecomunicações 1996-2010 Cenários do Ambiente de Atuação das Organizações de Pesquisa 2007-2023 Cenários Exploratórios e Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado 2007-2023 Cenários Focalizados no Ambiente das MPE Fluminenses 2008-2027 Cenários e Plano Estratégico do Sistema 1996-2010 e Regiões Cenários focalizados do Sistema SENAC 2000-2005 e do SENAC SP 2000-2010 Cenários e Plano Estratégico 2003-2010 Cenários da Indústria de Cerâmicas e Revestimento1995-2005 79
111. Sobre a Macroplan Empresa brasileira de consultoria especializada em estudos prospectivos, planejamento e administração estratégica, gestão para resultados e gestão estratégica da inovação Fundada em 1989, tem escritórios, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Brasília. Atua em todo o Brasil Mais de 250 projetos de consultoria para grandes organizações Equipe multi-geracional de 40 profissionais com vínculo permanente e formação pluridisciplinar aliada a uma ampla rede de parceiros e especialistas Soluções “sob medida” e construção em conjunto com os clientes 80 75% dos clientes desenvolveram mais de um projeto com a Macroplan