Palestra "Economia do Compartilhamento (Sharing Economy)", feita dentro da programação do Toda Quinta e Muito MMMAIS" do Museu das Minas e do Metal no dia 29/11, sobre um dos meus assuntos de militância, a partir de leituras a respeito do tema, especialmente o livro de Rachel Botsman e Roo Rogers "O Que é Meu é Seu: Como o consumo colaborativo vai mudar o nosso mundo!" (What's Mine is Yours: The Rise of Collaborative Consumption). Agradeço ao público que muito contribuiu para o nosso bate papo e à direção do Museu nas pessoas da Márcia Regina e da Ana Paula Gaspar, pela paciência no acerto da agenda e atenção.
5. Os avisos
1972: Clube de Roma e “Os • grupo de composto por cientistas, industriais
e políticos constituído em 1968 com objetivo
limites do Crescimento” de discutir temas relacionados a política,
economia internacional, meio ambiente e
desenvolvimento sustentável.
• Contratação de estudo ao Massachusetts
Institute of Technology (MIT) com o objetivo
de analisar problemas cruciais para o futuro
desenvolvimento da humanidade
• 1972: estudo intitulado “Os Limites do
crescimento“
• Modelo computacional – batizado de
“World3”:
– 12 cenários que refletiam a seguinte
constatação: as tendências de crescimento da
população global e da atividade econômica não
eram sustentáveis e levariam a um
esgotamento dos limites físicos dos recursos do
planeta.
• Argumentava a favor da diminuição
significativa das atividades produtivas em
todo o mundo, com ênfase no corte da
Fonte: Clube de Roma
produção industrial.
6. Os avisos
1987: Nosso Futuro comum Relatório Brundtland“
Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente
e o Desenvolvimento da ONU (presidida
pela primeira-ministra da Noruega, Gro
Brundtland)
Sintetiza a visão crítica do modelo de
desenvolvimento adotado;
Ressalta a incompatibilidade entre os
padrões de produção e consumo vigentes
nos países industrializados e buscado pelos
países em desenvolvimento com o o uso
racional dos recursos naturais e a
Foto: AP capacidade de suporte dos ecossistemas.
Primeiro (ou principal) documento que
tratou do conceito de "desenvolvimento
sustentável".
7. Temas da Rio+20
• Economia verde
(Green Economy) no
contexto do
desenvolvimento
sustentável e a
erradicação da
pobreza
Fonte: ONU
8. “Towards a Green Economy: Pathways to
Sustainable Development and Poverty Eradication”
• Um dos documentos base para
subsidiar as discussões da
Rio+20;
• O estudo afirma que é possível
garantir um futuro sustentável
para o planeta através de
investimentos no valor de 1,3
trilhão de dólares por ano – ou 2%
da riqueza gerada pela economia
global – em dez setores-chave,
significando um estímulo à
expansão econômica, com ênfase
em fontes renováveis de energia.
Trata-se de uma tentativa de uma
mudança de paradigma em prol
de uma economia verde.
Fonte: ONU
10. Green Economy Coalition
DRAFT – Princípios de uma economia verde
Uma economia flexível e abrangente, que fornece uma melhor qualidade de vida
para todos dentro dos limites ecológicos do planeta
1. Ela proporciona o desenvolvimento sustentável
2. Ele oferece a equidade - O Princípio da Justiça
3. Ele cria verdadeira prosperidade e bem-estar para todos - O Princípio da
Dignidade
4. Além disso, melhora o mundo natural – O Princípio da Precaução,
limites planetários e integridade da Terra
5. É inclusiva e participativa na tomada de decisões - O Princípio da
Inclusão
6. É responsável - O Princípio da Governança
7. Baseia-se resiliência econômica, social e ambiental - O Princípio
da Resiliência
8. Ele proporciona um consumo e produção
sustentáveis - O Priniciple Eficiência
9. Ele investe para o futuro - O Princípio Intergeracional
11. Documento final da Rio+20
O futuro que queremos
Posição oficial ONU: Determinação do conteúdo incluído no conceito da economia
verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza. No
documento final, países dedicaram uma seção para detalhar como as políticas
econômicas podem ser uma ferramenta para avançar no desenvolvimento sustentável,
observando que todos os países estão aprendendo como tornar suas economias mais
verdes e aprendendo uns com os outros a partir do compartilhamento de experiências
e lições.
Crítica: Documento não foi além de algumas afirmações genéricas sem criar
mecanismos operacionais e compromissos para a introdução deste novo modelo
econômico.
12. Críticas à economia verde
• "Economia verde privatiza a riqueza e socializa a
pobreza“ (Evo Morales, Presidente da Bolívia)
• As críticas existentes baseiam-se que a economia
verde ainda mantem a apropriação do homem
sobre os bens naturais, a idéia de expansão da
economia, sem trabalhar efetivamente na
diminuição da produção e consumo.
14. Economia do
Compartilhamento
• Sharing Economy, Mesh Economy,
collaborative consuption, são
expressões utilizadas para descrever
um conjunto de práticas que
pressupõe possuir (ter) o que é
necessário no momento certo sem a
necessidade de adquirir.
• Tratam-se de relações de consumo
que estão resurgindo, muitas estão
sendo reinventadas com as novas
tecnologias.
• “refere-se à expansão das práticas
de compartilhamento, troca,
empréstimo, intercâmbio, aluguel e
doação, reinventados por meio da
tecnologia de rede em uma escala e
de uma maneira sem precedentes”
15. Wikipedia – verbete Consumo
colaborativo
• Ao buscar experiências e não somente objetos de compra, os consumidores estão
mais voltados à satisfação de sua necessidade e ao real objetivo que uma troca
comercial possui.
• No consumo colaborativo, a estrutura de oferta e demanda não é tão rígida e
limitada como na compra tradicional: não há moeda fixa de escambo nem posse
única ou total de um objeto.
• A prática comercial no consumo colaborativo é uma interação entre partes
interessadas em ter acesso ao que o outro oferece.
• Toda esta configuração se mostra compatível com as relações que
estabelecemos na internet, em uma comunicação que não é mais frontal, mas na
qual ocorre produção de conteúdo de ambos os lados: todos são receptores e
emissores ao mesmo tempo.
• Essa estrutura comunicativa da internet migrou para o mundo dos negócios na
forma do consumo colaborativo: não há mais separação
entre vendedor e comprador, mas uma relação mútua de escambo entre partes.
16. Retorno a práticas antigas...
• Muito do conceito da
economia do
compartilhamento é um
resgate a praticas antigas
realizadas pela
humanidade em uma
escala histórica, e mais
Fonte:
http://www.arcauniversal.com/mundocristao/series/noticias/c próximo de nós, por
ostumes-da-biblia---o-comercio-14593.html
nossos avós e pais
17. Com nova roupagem
• Só que antes o que era
feito apenas pelo contato
entre indivíduos, amigos,
vizinhos, numa dimensão
reduzida de negociação,
agora ganha uma escala
física (empresa, bairro,
família,etc...) e virtual
(sites e redes na internet)
18. • Além do benefício da redução
do consumo e, portanto, da
fabricação de novos produtos e
utilização de recursos naturais,
o consumo colaborativo
garante que o dinheiro, quando
utilizado, recircule entre os
indivíduos, não se
concentrando em
organizações.
• A revista TIME elencou o
consumo colaborativo como
uma das "10 idéias que vão
mudar o mundo" . Fonte: http://collaborativeconsumption.com/
19. Principios da economia do
compartilhamento
• MASSA CRÍTICA: termo sociológico utilizado para
descrever a existência de um impulso suficiente em
um sistema para torna-lo autossustentável
• PODER DE CAPACIDADE OCIOSA;
• CRENÇA NOS BENS COMUNS: ao fornecer valor
para a comunidade, permitimos que o nosso
próprio valor se expanda em troca
• CONFIANÇA ENTRE ESTRANHOS
22. SISTEMAS DE SERVIÇO DE
PRODUTOS
• Compartilhamento de carros
Compartilhamento de carros (de grandes marcas de automóveis)
Compartilhamento de carro entre pares
Compartilhamento de bicicletas
• Aluguel entre pares
• Energia Solar
Aluguel de brinquedos
• Aluguel de objetos de moda
• Aluguel de livros
• Aluguel de arte
• Filmes
Fonte: http://collaborativeconsumption.com/
23. MERCADOS DE
REDISTRIBUIÇÃO
• Grandes Mercados
• Troca livre
• Eletrônica
• Trocas locais de livros Fonte: http://collaborativeconsumption.com/
• Sites para troca de bens do bebê e brinquedos
• Trocas de roupas
• Troca de mídias (DVD, livros, jogos)
24. ESTILO DE VIDA DE
COLABORATIVO
• Coworking
• Empréstimos sociais
• Moedas sociais
• Crowdfunding
• Viagem entre pares
• Caronas Fonte: http://collaborativeconsumption.com/
• Compartilhamento de taxis
• Jardins
Escambo
• Troca de favores
• Compartilhamento de Redes de Armazenamento e estacionamentos
29. Site Caronetas
O Caronetas foi pré-selecionado pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, como umas das 15 soluções
mundiais para melhorar a mobilidade urbana.
33. Instituto Alana/MMA – Cartilha
Consumo Infantil
• Instituto Alana e Ministério do Meio Ambiente lançam
cartilha sobre relação entre consumismo infantil e
sustentabilidade com dicas e sugestões para pais e
educadores. O objetivo da publicação é ajudar os pais
e educadores a trabalharem com as crianças a
diferença entre o “querer” e o “precisar”, além de
abordar temas como sustentabilidade, descarte e
consumo.
• Medidas como o consumo de lanches feitos em casa,
mais saudáveis e que geram menos lixo e descarte
de embalagens, são incentivadas. O material também
traz alguns dados preocupantes sobre a influência da
publicidade no consumismo infantil. Dados do
Ibope mostram que, hoje, as crianças passam mais
de cinco horas por dia na frente da televisão. E que
64% de todos os anúncios veiculados nas emissoras
de TV, monitoradas às vésperas do Dia das Crianças
de 2011, foram direcionados ao público infantil
(Alana/UFES).
• O livreto é o terceiro volume da série Cadernos de
Consumo Sustentável, publicada pelo Ministério do
Meio Ambiente.
Fonte: Instituto Alana