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Pedagogia da Autonomia

Paulo Freire
"Não há vida sem correção, sem
retificação."
“Nós podemos reiventar o mundo”
"Mudar é dificil mas é possivel."
“Eu estou absolutamente convencido de que não existe
nenhuma razão para um professor ter vergonha de ser
professor ou educador e inventar outros nomes, como
nos Estados Unidos da América e dizer: “sou facilitador”.
Eu sou um professor e não tenho motivos para esconder
isso. Agora, o que eu não quero, nem na minha
experiência, nem na minha mente, é ser um professor
que se considere exclusivamente educador do estudante.
O que eu quero, na minha experiência é que o estudante
que trabalhe comigo assuma também o papel de meu
professor. O estudante com quem trabalho é estudante
num momento e professor no outro. Eu sou o seu
professor e o seu estudante e nisso não existe nenhuma
contradição inconcebível. Quero dizer: é uma ruptura com
o autoritarismo, o que eu aconselho e vivo e que não
aconselho unicamente…”
Sinopse
'Pedagogia da autonomia' é um livro que condena as
mentalidades fatalistas conformadas com a ideologia
imobilizante de que 'a realidade é assim mesmo, que se pode
fazer?' Para estes, basta o treino técnico indispensável à
sobrevivência. Para Paulo Freire, educar é construir, é libertar
o ser humano das cadeias do determinismo neoliberal,
reconhecendo que a História é um tempo de possibilidades. É
um 'ensinar a pensar certo' como quem 'fala com a força do
testemunho'. É um 'ato comunicante, co-participado', de modo
algum produto de uma mente 'burocratizada'. No entanto, toda
a curiosidade de saber exige uma reflexão crítica e prática, de
modo que o próprio discurso teórico terá de ser aliado à sua
aplicação prática.
Introdução
Freire afirma que para formação, necessitamos de ética e
coerência. Complementa que as mesmas precisam estar
vivas e presentes em nossa prática educativa (sendo
esta nossa responsabilidade como agentes
pedagógicos).
Esta prática educativa deve vir sem interesses lucrativos,
sem acusações injustas, sem promessas inalcançáveis,
sem discriminação racial, social ou de gênero, sem
mediocridade e/ou falsidades. Daí a importância do
respeito às diferentes posturas profissionais dos outros
professores e a necessidade constante de busca de
conhecimentos e atualização(formação científica). Ele
fala da esperança e do otimismo necessários para
mudanças dentro deste contexto e nunca se acomodar,
pois "somos seres condicionados, mas não
determinados" (FREIRE, p.17, 2003).
Os Capítulos
Sublinha que todos os 27 subtemas dos três capítulos do livro se referem
às “exigências” do “ensino”. Ou seja, são, definitivamente, condições que
tornam ou não possível o ensino. Sem elas, não é possível ensinar. Estas
exigências existem “antes” de se pôr em prática o ensino. Não são os
resultados do que o ensino produz ou deve produzir. Não são a execução
de umas determinadas regras ou métodos de ensino. Não. Pelo contrário.
São requisitos necessários, fundamentais, indispensáveis para que se
torne possível ensinar algo a alguém. Como tal, não são uma “receita”
nem um conjunto de normas que têm de ser aplicadas formalmente ou
mecanicamente. São fundamentos, critérios, perspectivas, opções,
posicionamentos, convicções que estão na base que dá sentido ao
ensino, como “um momento fundamental da aprendizagem”, como um
momento da prática educativa.
Cap.1 "Não há docência sem discência"
    No primeiro capítulo - "NÃO HÁ DOCÊNCIA SEM
DISCÊNCIA", temos exemplos de diferentes tipos de 
educadores: críticos, progressistas e conservadores. Apesar 
destas diferenças, todos necessitam de saberes comuns tais 
como: 
• saber dosar a relação teoria/prática; 
• criar possibilidades para o(a) aluno(a) produzir ou 
construir conhecimentos, ao invés de simplesmente 
transferir os mesmos; 
• reconhecer que ao ensinar, se está aprendendo; e não 
desenvolver um ensino de "depósito bancário", onde 
apenas se injetam conhecimentos acríticos nos alunos! 
Cap.2 - "Ensinar não é transferir conhecimento"
    Neste capítulo, Freire retoma em sua fala a necessidade 
dos educadores criarem as possibilidades para a produção 
ou construção do conhecimento pelos alunos(as), num 
processo em que o professor e o aluno não se reduzem à 
condição de objeto um do outro. Insiste que "...ensinar não é
transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua
própria produção ou a sua construção", e que o 
conhecimento precisa ser vivido e testemunhado pelo agente 
pedagógico. 
Cap.3 - "Ensinar é uma especificidade humana" 
    No último capítulo, Freire mostra a necessidade de 
segurança, do conhecimento e da generosidade do 
educador para que tenha competência, autoridade e
liberdade na condução de suas aulas. Defende a 
necessidade de exercermos nossa autoridade docente 
com a segurança fundada na competência profissional, 
aliada à generosidade. Acredita que a disciplina verdadeira 
não está "...no silêncio dos silenciados, mas no alvoroço
dos inquietos“ na esperança que desperta o ensino dos 
conteúdos, implicando no testemunho ético do professor- 
isto seria a autoridade coerentemente democrática. 
    Para ele, a Pedagogia da
Autonomia deve estar centrada 
em experiências estimuladoras da 
decisão, da responsabilidade, ou 
seja, em experiências respeitosas 
da liberdade. Para isso, ao ensinar, 
o professor deve ter liberdade e
autoridade , em que a liberdade 
deve ser vivida em plenitude com a 
autoridade. 
   O educador como ser político, 
emotivo, pensante não pode ter 
atitudes neutras, deve sempre mostrar 
o que pensa, apontando diferentes 
caminhos sem conclusões, para que o 
educando procure o qual acredita, 
com suas explicações, se 
responsabilizando pelas 
conseqüências e construindo assim 
sua autonomia. Para que isso ocorra 
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   Ensinar exige querer bem aos 
educandos e isso não significa querer 
bem igual a todos os educandos, mas 
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Paulo Reglus Neves Freire, educador brasileiro. Nasceu no dia 19 de setembro de 1921, no Recife, 
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Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de 
professores, especialmente na América Latina e na África. Pelo mesmo motivo, sofreu a perseguição do regime 
militar no Brasil (1964-1985), sendo preso e forçado ao exílio. 
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A partir de suas primeiras experiências no Rio Grande do Norte, em 1963, quando ensinou 300 adultos a ler e a 
escrever em 45 dias, Paulo Freire desenvolveu um método inovador de alfabetização, adotado primeiramente 
em Pernambuco. Seu projeto educacional estava vinculado ao nacionalismo desenvolvimentista do governo João 
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passou 72 dias na prisão e, em seguida, partiu para o exílio. No Chile, trabalhou por cinco anos no Instituto 
Chileno para a Reforma Agrária (ICIRA). Nesse período, escreveu o seu principal livro: Pedagogia do Oprimido 
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Em 1969, lecionou na Universidade de Harvard (Estados Unidos), e, na década de 1970, foi consultor do 
Conselho Mundial das Igrejas (CMI), em Genebra (Suíça). Nesse período, deu consultoria educacional a 
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No final de 1971, Freire fez sua primeira visita a Zâmbia e Tanzânia. Em seguida, passou a ter uma participação 
mais significativa na educação de Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe. E também influenciou as 
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Em 1980, depois de 16 anos de exílio, retornou ao Brasil, onde escreveu dois livros tidos como fundamentais em 
sua obra: Pedagogia da Esperança (1992) e À Sombra desta Mangueira (1995). Lecionou na Universidade 
Estadual de Campinas (Unicamp) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Em 1989, foi 
secretário de Educação no Município de São Paulo, sob a prefeitura de Luíza Erundina. 
Freire teve cinco filhos com a professora primária Elza Maia Costa Oliveira. Após a morte de sua primeira 
mulher, casou-se com uma ex-aluna, Ana Maria Araújo Freire. Com ela viveu até morrer, vítima de infarto, em 
São Paulo. 
Doutor Honoris Causa por 27 universidades, Freire recebeu prêmios como: Educação para a Paz (das Nações 
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Pedagogiadaautonomia 090826194845-phpapp02

  • 2. "Não há vida sem correção, sem retificação." “Nós podemos reiventar o mundo” "Mudar é dificil mas é possivel."
  • 3. “Eu estou absolutamente convencido de que não existe nenhuma razão para um professor ter vergonha de ser professor ou educador e inventar outros nomes, como nos Estados Unidos da América e dizer: “sou facilitador”. Eu sou um professor e não tenho motivos para esconder isso. Agora, o que eu não quero, nem na minha experiência, nem na minha mente, é ser um professor que se considere exclusivamente educador do estudante. O que eu quero, na minha experiência é que o estudante que trabalhe comigo assuma também o papel de meu professor. O estudante com quem trabalho é estudante num momento e professor no outro. Eu sou o seu professor e o seu estudante e nisso não existe nenhuma contradição inconcebível. Quero dizer: é uma ruptura com o autoritarismo, o que eu aconselho e vivo e que não aconselho unicamente…”
  • 4. Sinopse 'Pedagogia da autonomia' é um livro que condena as mentalidades fatalistas conformadas com a ideologia imobilizante de que 'a realidade é assim mesmo, que se pode fazer?' Para estes, basta o treino técnico indispensável à sobrevivência. Para Paulo Freire, educar é construir, é libertar o ser humano das cadeias do determinismo neoliberal, reconhecendo que a História é um tempo de possibilidades. É um 'ensinar a pensar certo' como quem 'fala com a força do testemunho'. É um 'ato comunicante, co-participado', de modo algum produto de uma mente 'burocratizada'. No entanto, toda a curiosidade de saber exige uma reflexão crítica e prática, de modo que o próprio discurso teórico terá de ser aliado à sua aplicação prática.
  • 5. Introdução Freire afirma que para formação, necessitamos de ética e coerência. Complementa que as mesmas precisam estar vivas e presentes em nossa prática educativa (sendo esta nossa responsabilidade como agentes pedagógicos). Esta prática educativa deve vir sem interesses lucrativos, sem acusações injustas, sem promessas inalcançáveis, sem discriminação racial, social ou de gênero, sem mediocridade e/ou falsidades. Daí a importância do respeito às diferentes posturas profissionais dos outros professores e a necessidade constante de busca de conhecimentos e atualização(formação científica). Ele fala da esperança e do otimismo necessários para mudanças dentro deste contexto e nunca se acomodar, pois "somos seres condicionados, mas não determinados" (FREIRE, p.17, 2003).
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  • 7. Os Capítulos Sublinha que todos os 27 subtemas dos três capítulos do livro se referem às “exigências” do “ensino”. Ou seja, são, definitivamente, condições que tornam ou não possível o ensino. Sem elas, não é possível ensinar. Estas exigências existem “antes” de se pôr em prática o ensino. Não são os resultados do que o ensino produz ou deve produzir. Não são a execução de umas determinadas regras ou métodos de ensino. Não. Pelo contrário. São requisitos necessários, fundamentais, indispensáveis para que se torne possível ensinar algo a alguém. Como tal, não são uma “receita” nem um conjunto de normas que têm de ser aplicadas formalmente ou mecanicamente. São fundamentos, critérios, perspectivas, opções, posicionamentos, convicções que estão na base que dá sentido ao ensino, como “um momento fundamental da aprendizagem”, como um momento da prática educativa.
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  • 11. Cap.1 "Não há docência sem discência"     No primeiro capítulo - "NÃO HÁ DOCÊNCIA SEM DISCÊNCIA", temos exemplos de diferentes tipos de  educadores: críticos, progressistas e conservadores. Apesar  destas diferenças, todos necessitam de saberes comuns tais  como:  • saber dosar a relação teoria/prática;  • criar possibilidades para o(a) aluno(a) produzir ou  construir conhecimentos, ao invés de simplesmente  transferir os mesmos;  • reconhecer que ao ensinar, se está aprendendo; e não  desenvolver um ensino de "depósito bancário", onde  apenas se injetam conhecimentos acríticos nos alunos! 
  • 12. Cap.2 - "Ensinar não é transferir conhecimento"     Neste capítulo, Freire retoma em sua fala a necessidade  dos educadores criarem as possibilidades para a produção  ou construção do conhecimento pelos alunos(as), num  processo em que o professor e o aluno não se reduzem à  condição de objeto um do outro. Insiste que "...ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção", e que o  conhecimento precisa ser vivido e testemunhado pelo agente  pedagógico. 
  • 13. Cap.3 - "Ensinar é uma especificidade humana"      No último capítulo, Freire mostra a necessidade de  segurança, do conhecimento e da generosidade do  educador para que tenha competência, autoridade e liberdade na condução de suas aulas. Defende a  necessidade de exercermos nossa autoridade docente  com a segurança fundada na competência profissional,  aliada à generosidade. Acredita que a disciplina verdadeira  não está "...no silêncio dos silenciados, mas no alvoroço dos inquietos“ na esperança que desperta o ensino dos  conteúdos, implicando no testemunho ético do professor-  isto seria a autoridade coerentemente democrática. 
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  • 18. Paulo Reglus Neves Freire, educador brasileiro. Nasceu no dia 19 de setembro de 1921, no Recife,  Pernambuco. Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de  professores, especialmente na América Latina e na África. Pelo mesmo motivo, sofreu a perseguição do regime  militar no Brasil (1964-1985), sendo preso e forçado ao exílio.  O educador apresentou uma síntese inovadora das mais importantes correntes do pensamento filosófico de sua  época, como o existencialismo cristão, a fenomenologia, a dialética hegeliana e o materialismo histórico. Essa  visão foi aliada ao talento como escritor que o ajudou a conquistar um amplo público de pedagogos, cientistas  sociais, teólogos e militantes políticos.  A partir de suas primeiras experiências no Rio Grande do Norte, em 1963, quando ensinou 300 adultos a ler e a  escrever em 45 dias, Paulo Freire desenvolveu um método inovador de alfabetização, adotado primeiramente  em Pernambuco. Seu projeto educacional estava vinculado ao nacionalismo desenvolvimentista do governo João  Goulart.  A carreira no Brasil foi interrompida pelo golpe militar de 31 de março de 1964. Acusado de subversão, ele  passou 72 dias na prisão e, em seguida, partiu para o exílio. No Chile, trabalhou por cinco anos no Instituto  Chileno para a Reforma Agrária (ICIRA). Nesse período, escreveu o seu principal livro: Pedagogia do Oprimido  (1968).  Em 1969, lecionou na Universidade de Harvard (Estados Unidos), e, na década de 1970, foi consultor do  Conselho Mundial das Igrejas (CMI), em Genebra (Suíça). Nesse período, deu consultoria educacional a  governos de países pobres, a maioria no continente africano, que viviam na época um processo de  independência.  No final de 1971, Freire fez sua primeira visita a Zâmbia e Tanzânia. Em seguida, passou a ter uma participação  mais significativa na educação de Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe. E também influenciou as  experiências de Angola e Moçambique.  Em 1980, depois de 16 anos de exílio, retornou ao Brasil, onde escreveu dois livros tidos como fundamentais em  sua obra: Pedagogia da Esperança (1992) e À Sombra desta Mangueira (1995). Lecionou na Universidade  Estadual de Campinas (Unicamp) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Em 1989, foi  secretário de Educação no Município de São Paulo, sob a prefeitura de Luíza Erundina.  Freire teve cinco filhos com a professora primária Elza Maia Costa Oliveira. Após a morte de sua primeira  mulher, casou-se com uma ex-aluna, Ana Maria Araújo Freire. Com ela viveu até morrer, vítima de infarto, em  São Paulo.  Doutor Honoris Causa por 27 universidades, Freire recebeu prêmios como: Educação para a Paz (das Nações  Unidas, 1986) e Educador dos Continentes (da Organização dos Estados Americanos, 1992).