Este documento discute como o ensino de leitura em língua estrangeira na escola pode promover o letramento dos estudantes através de atividades que envolvam gêneros discursivos relevantes e práticas sociais de leitura e escrita. Ele argumenta que as aulas devem criar oportunidades para que os alunos se engajem criticamente com textos e desenvolvam autonomia e consciência cultural.
Schlatter - O Ensino de Língua Estrangeira na Escola:
1. Educação Linguística – PPGLA – UNISINOS
Prof. Dra. Ana Maria Stahl Zilles
Conie Smolinsky
Lisiane Raupp
Raquel Salcedo Gomes
SCHLATTER, M. O ensino de leitura em
língua estrangeira na escola: uma
proposta de letramento. Calidoscópio,
Vol. 7, n. 1, p. 11-23, jan/abr 2009.
2. Introdução
Buscar caminhos possíveis para repensar o ensino de LE na escola;
PCNs (EF-1998) e
Orientações
Curriculares do EM
(2006)
Escola deve promover o letramento -
práticas sociais que envolvem a
leitura e a escrita na língua materna e
na LE.
A aula de LE deve criar condições para o educando engajar-se em
atividades que demandam o uso da língua a partir de temáticas relevantes a
seu contexto;
O ensino deve visar ao letramento, através de tarefas pedagógicas com
base no gênero do discurso (situações de comunicação com diferentes
propósitos e interlocutores, em determinadas condições de produção e
recepção);
3. Introdução
O objetivo da aula de LE é tornar-se um espaço para reflexão, autonomia e
sensibilização do outro na busca por uma compreensão de sua própria
realidade e de uma ampliação de sua participação em práticas sociais onde a
língua estrangeira e as práticas de leitura e escrita são produtos culturais e
simbólicos valorizados.
O ensino através de textos (como interações dialógicas e situadas) e da
exploração de recursos linguísticos, de modo a terem uma função clara
nessas situações de comunicação, pode se constituir em educação
linguística;
Educação linguística = valorização da
língua como produto cultural e
simbólico
4. Objetivos de ensino de língua
estrangeira na escola
Educação linguística
Letramento
“[…]estado ou condição de quem
não só sabe ler e escrever, mas
exerce as práticas sociais de leitura
e de escrita que circulam na
sociedade [...], conjugando-as com
as práticas sociais de interação
oral” (Soares, 1999, p. 3)
5. Objetivos de ensino de língua
estrangeira na escola
Diferentes graus de proficiência:
a) reconhecer a língua estrangeira em um texto escrito ou
oral e não virar as costas a esse texto;
b) compreender textos orais e/ou escritos em língua
estrangeira em determinadas situações comunicativas;
c) interagir (oralmente e/ou por escrito) na língua
estrangeira em diferentes situações comunicativas.
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Objetivos de ensino de língua
estrangeira na escola
Letramento =
Cidadão plenamente letrado, que recebe na
sua educação linguística em LE, o que
Bourdieu (1998) chama de capital cultural.
Perguntas norteadoras da educação linguística em LE (Garcez,
2008, p. 52):
• Quem sou eu nesse mundo?
• Quais são os limites do meu mundo?
• Quais são as minhas comunidades de atuação?
• Onde está essa língua?
• De quem é essa língua?
• Para que serve essa língua?
• O que é que essa língua tem a ver comigo?
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Objetivos de ensino de língua
estrangeira na escola
CIDADANIA
INTERDISCIPLINARIDADE,
TRANSDISCIPLINARIDADE E TRANSVERSALIDADE
TEMÁTICAS RELEVANTES PARA A COMUNIDADE
ESCOLAR
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Objetivos de ensino de língua
estrangeira na escola
O ensino de LE visa a:
ampliar as possibilidades de comunicação do educando para além
de sua comunidade linguística restrita própria e conscientizá-lo da
heterogeneidade contextual, social, cultural e histórica no uso de
qualquer linguagem;
conscientizar o educando de que há diversas maneiras de organizar,
categorizar e expressar a experiência humana e de realizar
interações sociais por meio da linguagem;
desenvolver a sensibilidade linguística do educando para as
características da LE em relação à sua língua materna e em relação
às diversas práticas de uso de uma língua na comunicação cotidiana;
promover, através de experiências bem-sucedidas no uso da LE, a
confiança do educando para lidar com textos em LE (e LM) e
enfrentar os desafios de diversas práticas sociais cotidianas,
adaptando-se, sempre que necessário, a diferentes usos da
linguagem em contextos diversos (OCEM, 2006, p. 92).
9. O conceito de leitura
Ler é (re) agir criticamente de acordo com a expectativa
criada pelo gênero discursivo.
Atividades
integradas
:
Decodificar – mecânica do texto;
Participar – relação do texto com o
conhecimento prévio;
Usar – (re)agir de acordo com as
expectativas discursivas;
Analisar o texto – ser crítico – inferir ideologias, entrelinhas...
10. O planejamento de materiais didáticos
para ensino de LE
Escolha de temas norteadores relevantes e gêneros
discursivos que sirvam aos propósitos do tema;
Selecionar textos coerentes;
Decidir habilidades que deverão ser focalizadas;
Elaborar atividades de uso da língua em diferentes etapas:
• Preparatórias;
• De compreensão;
• De resposta ao texto;
• De resposta aos textos dos alunos;
• Oportunidades para a prática da língua;
11. • Escolha e produção de materiais autênticos,
contextualizados;
• Reflexão sobre aspectos culturais;
• Reflexão sobre a língua;
• Atividades para além da sala de LE;
• Avaliar atividades.
12. Uma aula que visa à participação
em língua estrangeira
Atividade com texto que promove a discussão
sobre o voluntariado, problemas coletivos,
moradia...;
Gênero – anúncio;
Texto curto, para trabalhar recursos linguísticos
básicos contextualizados;
13. Conclusão
Objetivos: formar cidadãos mais participativos;
Ensino comprometido com reflexão e participação crítica;
Professor-autor relacionar:
teoria e prática;
reflexão e ação;
objetivo em LE e contextualização do ensino;
Busca de autonomia e autoria por parte dos alunos;
Para a LE importa criar oportunidades para leitura e escrita em que
os participantes possam engajar-se em práticas proficientes como
analistas de textos;
Promover projetos conjuntos com outros professores de outras
disciplinas;