O documento discute o conceito de consumo consciente, definindo-o como uma prática de cidadania que leva em conta os impactos sociais, econômicos e ambientais do consumo. Aponta que o poder de transformar padrões de consumo insustentáveis está nas mãos dos consumidores e defende a adoção de um estilo de vida baseado no consumo sustentável.
2. Toda atividade econômica
O que é consumo consciente? gera algum tipo de
A idéia básica do consumo consciente é impacto ambiental .
transformar o ato de consumo em uma
prática permanente de cidadania. O objetivo Cenário atual: consumo
realizados em bases não
de consumo, quando consciente, extrapola o sustentáveis
atendimento de necessidades individuais.
Leva em conta também seus reflexos na Se algo está errado, todos
têm uma parcela de
sociedade, economia e meio ambiente. responsabilidade.
Ex. trabalho escravo x produção orgânica O poder de transformação
social está nas mãos dos
consumidores
Jean Pierre Leroy, em seu livro “Territórios do
Futuro” (2010) na página 140, define
sustentabilidade como o processo pelo qual as mudar seus padrões de
sociedades administram as condições materiais consumo
de sua reprodução, redefinindo os princípios
éticos e sociopolíticos que orientam a a humanidade sente na pele as
distribuição de seus recursos naturais. conseqüências de centenas de
anos de consumo desenfreado
e irresponsável
3. Consumo Sustentável é “o uso de bens e serviços que atendam às
necessidades básicas, proporcionando uma melhor qualidade de vida,
enquanto minimizam o uso dos recursos naturais e materiais tóxicos, a
geração de resíduos e a emissão de poluentes durante todo ciclo de vida do
produto ou do serviço, de modo que não se coloque em risco as
necessidades das futuras gerações”
Consumo x Consumismo
Enquanto o consumo é definido
como a satisfação das
necessidades básicas (comer,
vestir, morar, ter acesso à saúde,
lazer e educação), o consumismo é
uma distorção desse padrão
levando o indivíduo a consumir
muito mais do que ele necessita.
4. É uma estratégia utilizada pela indústria que consiste em criar um produto
suficientemente resistente para que dure pelo período de garantia e ao mesmo
tempo suficientemente frágil para que não dure demais. Isso pode acontecer já na
fabricação do material (literalmente planejado para estragar mais rápido) ou na
elaboração do produto (que pode ser lançado com menos funcionalidades somente
para que daqui a um ano se lance nova versão com funcionalidades completas, de
forma que o consumidor troque um produto pelo outro).
Situações em que podemos identificar a obsolescência planejada:
1 - Quando seu DVD estraga com 15 meses de uso (usado de forma correta)
2 - Quando você leva seu celular para consertar e o preço do conserto é 80 reais (o
preço de um novo é 120 reais)
3 - Quando você percebe que seu notebook já está desatualizado, pois a mesma
empresa lançou um novo modelo com mais funcionalidades e gadgets.
*O lema é: estragou, compra outro novo.
5. É uma estratégia ligada ao design do produto, a sua aparência, e geralmente usa uma
forte jogada de mídia que visa fazer com que o consumidor se sinta mal por ter um
determinado produto dito ultrapassado e seja impelido a substitui-lo por outro novo.
Esse tipo de obsolescência aposta em gerar sentimentos de inferioridade e
inadequação do consumidor. O aspecto cruel é que ela conta com o constragimento e
vergonha das pessoas diante de seus vizinhos, incentivando as pessoas a comprar para
passarem a impressão de estarem de acordo com os códigos da sociedade.
Situações em que podemos identificar a obsolescência perceptiva:
1 - Como cabelos cacheados e volumosos não estão na moda e todas suas amigas usam
os cabelos lisos, você passa a fazer chapinha.
2 - O seu colega de trabalho olha para seu celular e fala que já está na hora de você
"trocar isso aí", sendo que seu celular está em boas condições e funcionando
perfeitamente.
*O lema é: fazer as pessoas se sentirem inadequadas ou ultrapassadas e levá-las a
troca os produtos que já tem ou comprarem outros produtos.
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8. Falar de hábitos de consumo talvez seja um desafio típico de nossa era pós-
industrial em que somos valorizados pelo “ter” se sobrepondo ao “ser”
numa clara distorção ética decorrente de uma economia de mercado
baseado na massificação do comportamento enquanto seres humanos com
todas as necessidades comuns a nossa existência.
O que queremos hoje é uma sociedade mais justa e ecologicamente
responsável. Este é o objetivo maior. Economia verde, negócios
sustentáveis, produtos, bens e serviços que causem o menor impacto
ambiental possível e minimizem riscos à saúde humana são apenas parte da
receita para lá se chegar. O fator transformador deste cenário é a nossa
força de vontade!
OBRIGADO!!!
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