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AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 
PARTE 5 
SENSORES E TRANSDUTORES 
Nestor Agostini 
sibratec@sibratec.ind.br 
Rio do Sul (SC), 12 de março de 2014
1. SENSORES E TRANSDUTORES 
O Vocabulário Internacional de Termos Técnicos apresenta as seguintes definições para transdutor 
e sensor: 
Transdutor de medição: Dispositivo que fornece uma grandeza de saída que tem correlação 
determinada com a grandeza de entrada. Exemplos: termopar, transformador de corrente, 
extensômetro elétrico de resistência, eletrodo de pH. 
Sensor: Elemento de um instrumento de medição ou de uma cadeia de medição que é diretamente 
afetado pelo mensurando. Exemplos: junta de medição de um termômetro termoelétrico, rotor de 
uma turbina para medir vazão, tubo de Bourdon de um manômetro, boia de um instrumento de 
medição de nível, fotocélula de um espectrofotômetro. 
Na prática, os termos transdutor e sensor são frequentemente tomados como sinônimos, visto que, 
em última análise, ambos convertem um tipo de energia em outra que possa ser mais facilmente 
medida. 
Há, porém, vários transdutores que não executam a função de um sensor (alto falantes, 
microfones, solenoides, etc.). 
Resumindo: os transdutores são diferentes dos sensores, embora, em aplicações específicas eles 
possam funcionar como tais. 
1.1. Características gerais dos sensores e transdutores 
O sensor, com certeza, é o elemento mais básico e comum em qualquer processo de automação, 
principalmente industrial. É através desse dispositivo que todo o sistema é capaz de coletar 
informações da planta fabril e, com base nisso, executar determinada tarefa. 
Existem algumas características que são gerais a todos os sensores e outras que são especificas a 
um determinado tipo de sensor. Através do conhecimento destes princípios o engenheiro ou 
técnico pode escolher e dimensionar o melhor tipo segundo sua necessidade. 
A dúvida inicial para se determinar um sensor, geralmente, é: “Quais são os parâmetros a serem 
observados na escolha ou dimensionamento de um sensor?”. A resposta a esta dúvida depende do 
sensor, porém genericamente, há um conjunto de características importantes a serem consideradas, 
que são: 
a) Linearidade 
É o grau de proporcionalidade entre o sinal gerado e a grandeza física. Quanto maior, mais fiel é a 
resposta do sensor ao estímulo. Consequentemente, pode-se conferir uma maior precisão ao 
sistema. 
b) Faixa de atuação 
É o intervalo de valores da grandeza em que pode ser usado o sensor, sem destruição ou 
imprecisão. 
c) Histerese 
É a distância entre os pontos de comutação do sensor, quando um atuador dele se aproxima ou se 
afasta. 
d) Sensibilidade 
É a distância entre a face do sensor e o atuador no instante em que ocorre a comutação.
e) Frequência de comutação 
É a quantidade máxima de mudanças de estado em um determinado intervalo de tempo. 
f) Distância sensora 
É a distância em que, aproximando-se o acionador da face sensora, o dispositivo muda de estado. 
Os transdutores de entrada dos sistemas de medida denominam-se sensores e convertem uma 
quantidade física ou química de entrada numa outra (geralmente elétrica) na sua saída. 
Os transdutores de saída dos sistemas de medida denominam-se atuadores e convertem uma 
quantidade (geralmente elétrica) de entrada numa outra física ou química na sua saída. 
A função de um transdutor pode ser descrito de diversas formas, destacam-se duas formas usuais: 
• Estrutura Funcional: onde se descreve o método adotado para realizar a medida através de 
funções ou estruturas básicas. 
• Estrutura Orgânica: onde se apresenta a função do sistema de medida através da 
implementação física de grupos de funções ou estruturas básicas. 
Figura 1.1: Descrição funcional e orgânica de um transdutor de pressão 
2. ELEMENTOS BÁSICOS DE SENSORIAMENTO 
Em geral, os sistemas de sensoriamento possuem elementos sensores ou transdutores que atuam 
medindo ou transformando formas de energia. A realização das medições ou transformações de 
energia é efetuada por elementos de contato. 
2.1. Formas de energia 
Podem-se distinguir seis diferentes formas de energia:
• Energia Luminosa: Energia relacionada com ondas eletromagnéticas de radio, micro-ondas, 
infravermelho, luz visível ultravioleta, raios-X, raios gama etc. 
Ex. Intensidade luminosa, comprimento de onda, polarização, fase, refletância, transmitância, etc. 
• Energia Mecânica: Energia relacionada a forças, deslocamentos e fluxos mecânicos além da 
energia gravitacional. 
Ex. Força, pressão, torque, vácuo, vazão, volume, espessura, massa, nível, posição, deslocamento, 
velocidade, aceleração, inclinação, rugosidade, etc. 
• Energia Térmica: Energia relacionada à cinética de átomos e moléculas. 
Ex. Temperatura, calor, calor específico, entropia, fluxo de calor. 
• Energia Elétrica: Energia relacionada à eletricidade em geral. 
Ex. Tensão, corrente, carga, resistência, indutância, capacitância, constante dielétrica, polarização 
elétrica, frequência, duração de pulsos, etc. 
• Energia Magnética: Energia correspondente aos fenômenos do magnetismo em geral. 
Ex. Intensidade de campo, densidade de fluxo, momento magnético, magnetização, 
permeabilidade, etc. 
• Energia Química: Energia relacionada com os fenômenos de interação química da matéria. 
Ex. Composição, concentração, taxa de reação, toxicidade, potencial de oxi-redução, PH, etc. 
Em geral, os transdutores atuam convertendo as formas de energia apresentadas em sinais 
elétricos, visto que é mais fácil realizar medidas nestes últimos. 
Figura 2.1: Interação entre as várias formas de energia 
Existem uma diversidade de efeitos físicos ou químicos utilizados para a realização de conversão 
de energia nos transdutores de entrada ou saída de um sistema de medida. 
Como em geral, no caso dos transdutores de entrada ou sensores, deseja-se converter estes sinais 
para o domínio elétrico ou do domínio elétrico para outro domínio no caso dos transdutores de 
saída ou atuadores, apresenta-se alguns dos efeitos mais usados para a implementação de sensores 
e atuadores, nas tabelas a seguir:
Tabela 2.1: Transdução de Energia Luminosa 
Efeito Descrição 
Fotovoltáico Uma tensão é gerada pela radiação 
incidente na junção de dois materiais 
diferentes 
Fotocondutividade O aumento da condutividade elétrica de 
um material devido à incidência de uma 
radiação 
Fotoeletricidade Elétrons e lacunas são gerados e 
separados na área da junção devido a uma 
radiação incidente 
Fotoluminescência Uma energia radiante é emitida devido à 
uma radiação incidente com menor 
comprimento de onda 
Fotodieletricidade A mudança de uma constante dialética 
devido a uma radiação incidente 
Electroluminescência Uma energia radiante é emitida devido a 
ação de um campo elétrico 
Incandescência Emissão de radiação devido ao 
movimento térmico de átomos ativados 
por uma corrente elétrica 
Tabela 2.2: Transdução de Energia Mecânica 
Efeito Descrição 
Piezoresistividade Variação da resistência elétrica de um 
material devido à mudança da 
condutividade ou forma quando sujeito à 
deformações mecânicas 
Piezoeletricidade Geração de cargas superficiais devido a 
forças mecânicas e vice-versa 
Magnetostrição Deformação mecânica de um material 
devido ao campo magnético ou mudança 
de magnetização do material devido à 
deformação mecânica 
Fotoelasticidade Geração de refração dupla devido a forças 
mecânicas 
Termoelasticidade Geração de uma tensão em duas regiões 
de um metal devido a deformações 
mecânicas ou diferenças de temperatura 
na região 
Triboeletricidade Geração de cargas elétricas superficiais 
devido ao atrito entre dois materiais 
Tabela 2.3: Transdução de Energia Térmica
Efeito Descrição 
Termoeletricidade (Seebeck) Geração de uma corrente elétrica num 
circuito fechado de dois condutores com 
diferentes temperatura de junção 
Piezoeletricidade Mudança de polarização elétrica devido à 
variações da temperatura 
Incandescência Emissão de energia luminosa devido ao 
aquecimento de um material 
Peltier Geração de uma diferença de temperatura 
entre duas junções devido a passagem de 
uma corrente elétrica 
Nerst Geração de um campo elétrico devido a um 
gradiente de temperatura e campo magnético 
Supercondutividade Mudança da condutividade para um valor 
perto de infinito abaixo de uma temperatura 
crítica 
Eletro-térmico Geração de calor em um condutor devido a 
passagem de uma corrente elétrica 
Termocondutividade Mudança da condutividade elétrica devido à 
variações da temperatura 
Tabela 2.4: Transdução de Energia Magnética 
Efeito Descrição 
Hall Geração de um campo elétrico em um 
condutor, devido à corrente e campo 
magnético que se encontram mutuamente 
perpendiculares 
Magneto-resistência Mudança da resistividade de um material 
devido ao campo magnético 
Magnetostrição Uma deformação mecânica é gerada num 
material ferromagnético pelo campo 
magnético incidente 
Eletromagnético Mudança da magnetização devido à uma 
corrente elétrica 
Maggi-Righi-Leduc Mudança da condutividade térmica devido 
ao campo magnético incidente 
Suhl Mudança de condutividade na superfície 
de um semicondutor devido ao campo 
magnético 
Tabela 2.5: Transdução de Energia Química 
Efeito Descrição 
Volta Geração de tensões entre dois metais 
diferentes 
Galvano-elétrico Geração de tensões entre dois metais 
diferentes quando imersos num eletrólito
Químico-magnético A variação da magnetização de um 
material magnético pela absorção de um 
gás 
Eletroquímico Mudança de estrutura devido a uma 
corrente elétrica 
Termoquímico Mudança de estrutura devido a uma 
variação da temperatura 
Químico-elétrica Mudança na condutividade da superfície 
de um semicondutor quando em contato 
com um eletrólito 
3. PRINCIPAIS MODALIDADES DE SENSORES DE USO INDUSTRIAL 
3.1. Sensores de posição 
Os sensores de posição, em geral, convertem, energia mecânica em sinais elétricos. 
Neste grupo encontram-se potenciômetros, encoders, sincros, indutivos de deslocamento, 
sensores a laser e os ultrassônicos. 
a) Potenciômetro: é um sensor de posição do tipo absoluto e com saída analógica. Basicamente, 
consiste de uma resistência elétrica de fio enrolado ou de uma pista de material condutor, 
distribuídos ao longo de um suporte que pode ser em forma de arco ou linear. Há um cursor que 
desliza sobre o material condutivo ligado a um contato. Dependendo da posição em que se 
encontra o cursor a resistência entre o início da pista e o próprio cursor é alterada. Esta alteração 
de resistência é utilizada como indicador de posição. 
A taxa de variação da resistência em função do giro ou do deslizamento do cursor pode ser: 
- Linear: a variação da resistência é diretamente proporcional ao ângulo de giro; 
- Logarítmica: a variação segue uma curva log; 
- Anti-logarítmica: a variação segue uma curva anti-log; 
- Etc. 
Na prática há vários tipos de potenciômetros.
Figura 3.1: Estrutura dos potenciômetros 
O tipo de aplicação determina o modelo a ser escolhido. 
Figura 3.2: Potenciômetros comerciais 
Esquematicamente o potenciômetro possui o seguinte símbolo. 
Figura 3.3: Símbolo de potenciômetro 
Para a escolha do tipo de potenciômetro a ser aplicado a um sistema de automação é necessário 
considerar itens tais como: precisão, sensibilidade, formato mecânico, etc.
Exercício resolvido: O esquema abaixo representa um sistema de automação onde um 
potenciômetro linear de 100 kΩ de resistência total recebe a informação da posição de giro de uma 
polia. Sabendo-se que o ângulo de giro do potenciômetro é de 270° e que os valores mínimo e 
máximo de resistência entre os pontos B e A é 1 kΩ e 99 kΩ, respectivamente, determine qual a 
voltagem mínima, máxima e qual sua variação por grau de giro da polia. 
Solução: 
Figura 3.4: Utilização de potenciômetro 
A menor tensão obtida ocorre quando a resistência entre B e A é de 1 kΩ. Nesta condição a 
resistência entre B e C é de 99 kΩ. 
Pela regra da divisão de tensão tem-se: 
.24 0,24V 
1 
Vsinal minimo = = 
100 
Vsinal máximo = = 
.24 23,76V 
99 
100 
Para um giro de 270°, obtém uma variação de tensão de 23,76 – 0,24 = 23,56 V 
Através de regra de três, concluí-se que: 
1 = 8,8mV ° 
b) Encoder: o encoder é um sensor de posição digital, ou seja, a saída é em formato de pulsos 
elétricos e não de uma variação de tensão como nos potenciômetros. Do ponto de vista de 
construção física externa, os encoders tem semelhança com um potenciômetro.
Figura 3.5: Encoder 
Internamente, no entanto, não há nenhuma similaridade com os potenciômetros. Os pulsos são 
gerados por um rotor que gira uma ou mais pistas circulares, concêntricas com faixas opacas e 
translúcidas. Sobre essas faixas é instalado um sensor foto acoplador, geralmente, foto transistor e 
led. O led produz luz e esta somente atinge o foto transistor nos momentos em que a faixa 
translúcida passa pelo sensor, desta maneira são gerados pulsos 0, quando a faixa preta passa pelo 
sensor e 1 quando a faixa translúcida passa pelo sensor. 
Figura 3.6: Princípio de funcionamento do encoder 
Quanto a forma de apresentação dos pulsos, os encoders podem ser classificados em: 
b1) Incrementais: são encoders que contam pulsos a partir de um ponto zero. O início da 
contagem pode ocorrer a qualquer momento, por isso são ditos incrementais. É o mesmo principio 
de funcionamento do mouse dos computadores. Existem vários modelos de encoders incrementais, 
alguns possuem apenas um canal, ou seja, apenas uma pista de faixa de forma que fornecem 
somente uma sequência de pulsos sem nenhuma espécie de formatação. Existem também modelos 
que fornecem, além da sequência de pulsos dentro de cada giro, um pulso a cada volta, assim 
consegue-se determinar o número de voltas. Outro modelo possui a capacidade de perceber o 
sentido de rotação. Um sistema para determinar o sentido de rotação consiste na utilização de dois 
sensores separados entre si por p+1/4, onde p é o passo do disco. Ao girar o rotor produz pulsos 
quadrados em cada sensor defasados de ¼ do período se o rotor estiver girando em um sentido. 
No outro sentido a defasagem aumenta para ¾ do período. Assim, consegue-se determinar o 
sentido da rotação.
A 
B B 
SENTIDO HORÁRIO 
SENTIDO ANTI-HORÁRIO 
Figura 3.7: Funcionamento do encoder incremental 
A 
b2) Absolutos: os encoders absolutos são do tipo multi-pista. Eles possuem, internamente, um 
conjunto de pistas que criam um código. Desta maneira, em cada posição ele gera uma 
combinação de pulsos diferente. Os códigos usualmente utilizados são o Gray, o BCD ou o binário 
puro. 
Figura 3.8: Funcionamento do encoder absoluto 
b3) Especificação de encoders 
Para especificar encoders é necessário considerar alguns aspectos importantes, tais como: 
1. Tipo: decidir entre um encoder incremental ou um absoluto. Em geral, os encoders 
absolutos são bem mais caros do que os incrementais. A decisão entre um tipo ou outro deve ser 
tomada em função do que se pretende desenvolver. Com o encoder absoluto sempre é possível 
saber a posição correta de um dispositivo, pois o código gerado é diferente para cada posição.
Com encoder incremental, geralmente, é necessário ressetar o sistema e iniciar a partir de um 
ponto definido para ajustar a posição. A tentativa de ajustar posições com um encoder incremental 
pode levar a erros acumulativos, que ao final de um percurso podem gerar grandes distorções em 
relação ao desejado. Observe a figura. Suponha que o ponto A seja o ponto zero e que em quatro 
passos pretende-se atingir o ponto G, de modo cumulativo: 
- no primeiro movimento deseja se atingir B, porém, devido a erros o ponto atingido 
foi C; 
- no segundo movimento pretende-se chegar ao ponto D, porém, como já se está par-tindo 
de um ponto errado a tendência é que haja um erro em D que é o erro já exis-tente 
somado com um novo erro que pode ser introduzido; assim chega-se a E; 
- no trajeto seguinte ocorre o mesmo problema, com o erro tendendo a aumentar. O 
ponto correto seria o F porém pode-se atingir o ponto G. 
O procedimento recomendado para esta situação é o seguinte: 
- primeiro realiza-se o movimento de A para B e, do mesmo modo que no caso anterior pode 
haver um erro e pode-se chegar em C; 
- no segundo passo resseta-se a máquina, ou seja, volta-se ao ponto A (zero); 
- no terceiro movimento tenta-se atingir D. Pode haver um erro, porém o fato de estar 
partindo de um ponto conhecido a tendência é que este erro seja menor do que o obtido no 
modo anterior; 
- procede-se da mesma maneira para chegar a F. Primeiro resseta-se a máquina e, em 
seguida, realiza-se o movimento até F, podendo haver um erro, porém menor do que o erro 
obtido no modo de operação anterior. 
A B C D E F G 
Figura 3.9: Propagação de erros 
2. Tensão de alimentação: existem encoders para as mais diversas tensões de alimentação. 
Evidentemente, deve-se escolher a que melhor se adapta ao restante do projeto; 
3. Pulsos por volta (para os modelos incrementais): quanto maior for o número de pulsos por 
volta, maior é a sua resolução, porém, o aumento da resolução implica no aumento de custo; 
4. Número de canais: (para os modelos incrementais): 
5. Número de bits de resolução (para os absolutos): o aumento do número de bits de resolução 
implica em aumento de custo 
6. Frequência máxima de operação: os encoders são limitados a certa velocidade máxima que 
precisa ser avaliada quando da aplicação; 
7. Tipo de sinal de saída: sempre depende do restante do sistema, a não ser que seja um sistema 
totalmente novo onde pode ser especificado qualquer saída. Dentre as várias modalidades de sinal 
de saída tem-se: NPN, PNP – são saídas a transistor em coletor aberto. A saída NPN, push pull, 
TTL. 
8. Tipo de fixação: axial ou radial.
c) Folha de especificações típica de um encoder
Figura 3.10: Folha de especificações técnicas do encoder incremental
Figura 3.11: Folha de especificações técnicas do encoder absoluto 
c4) Exercícios resolvidos:
1. Um determinado sistema requer a monitoração de deslocamento de uma peça (P) sobre um 
cilindro com diâmetro de 100 mm, ligado a um motor (M) com rotação de 900 rpm. Não nenhuma 
possibilidade de haver escorregamento entre a peça P e o cilindro (C). Um encoder é ligado ao 
eixo do cilindro. Admitindo que o avanço da peça necessita ser monitorado em até 1 mm com 
uma precisão de 0,1 mm. Admitir que o sistema avança, produz uma peça, recua, recebe o novo 
material, avança novamente, produz outra peça e assim sucessivamente. 
Especificar o encoder incremental necessário a esta aplicação. 
M 
C 
P 
AVANÇO DA PEÇA 
ENCODER 
SENTIDO DE ROTAÇÃO DO 
MOTOR DURANTE O AVANÇO 
DA PEÇA 
Figura 11.14: Uso do encoder 
Solução: Primeiramente é necessário saber a relação entre o avanço da peça e a rotação do motor, 
ou seja, quantos milímetros a peça avança para cada rotação do motor. Esta relação é conseguida 
através do diâmetro do cilindro. 
Avanço d. 
= π 
Avanço = 
100.3,14 
Avanço = 
314mm 
Assim, a cada rotação a peça avança 314 mm. 
Conforme solicitado é necessária uma definição de 1 mm com exatidão de 0,1 mm. Ou seja são 
necessários, no mínimo, 10 pulsos por milímetro de avanço. O encoder pode então ser 
especificado: 
Número _ de _ pulsos = 
314x10 
Número _ de _ pulsos = 
3140 / rotação 
Precisa-se de um encoder com, no mínimo 3140 pulsos por rotação. 
As demais especificações são todas obtidas do enunciado do problema: 
- frequência máxima de operação: 900rpm ou 15 Hz; 
- Necessita de dois canais, pois é necessário determinar o sentido de rotação do motor; 
2. Resolver o mesmo exercício anterior utilizando um encoder absoluto com saída digital 
direta. Neste caso é necessário especificar o número de bits de resolução. 
Solução: A relação entre o avanço da peça e a rotação já é conhecida do problema anterior, 314 
mm por rotação.
Para obter a resolução de 0,1 mm são necessárias 3140 posições. Para a saída digital direta vale a 
seguinte relação: 
x 
2 = 
3140 
x 
ln(2 ) = 
ln(3140) 
x.ln(2) = 
ln(3140) 
ln(3140) 
= = 
ln(2) 
x 
x = 
11,6 
Onde x representa o número de bits necessários. 
8,052 
0,693 
Observar que 11 bits são poucos e 12 bits é o primeiro inteiro superior a 11,6. Isto significa que o 
encoder precisa ter uma resolução de 12 bits. 
As demais especificações são as mesmas do problema anterior. 
d) Sincros e resolvers: são transdutores de posição angular eletromagnéticos. Seu principio de 
funcionamento se resume em um transformador onde um dos enrolamentos é rotativo. Na 
figura é mostrado em sincro trifásico. Quando se aplica uma tensão ao enrolamento rotativo, 
se recolhe em cada fase dos enrolamentos estáticos uma tensão cujo valor é dado por: 
V = V .senθ 1 2 
Figura 3.12: Funcionamento do sincro 
Onde V1 e V2 são tensões que dependem dos aspectos construtivos do sincro e θ é o ângulo entre 
o enrolamento fixo e o enrolamento rotativo. Observar que, pelo fato do estator ser trifásico é 
possível determinar, além do deslocamento, também seu sentido. 
No caso de existir somente uma fase no estator há uma indefinição do sentido do deslocamento, 
visto não haver outras fases para realizar a comparação de tensões. Para solucionar este problema 
foi implementado um sincro com uma configuração especial, denominado de resolver. Os
enrolamentos do estator são alimentados em série, produzindo um campo estacionário sobre o eixo 
y. Os enrolamentos do rotor recolhem tensões diferentes em função da montagem. 
Figura 3.13: Funcionamento do resolver 
e) Inductosym: os sensores inductosym possuem como principio de funcionamento 
eletromagnético e são utilizados em máquinas de controle numérico. O dispositivo consiste de 
uma régua estática e um cursor que se movimenta sobre ela. A régua contém um filme metálico 
com a forma de uma onda quadrada, com um período (g) em (mm). O cursor tem dois padrões 
semelhantes e quando acoplado à régua o sistema se comporta como um transformador plano, 
assim o cursor será o primário e a régua o secundário. Se forem aplicadas tensões no primário: 
com ω = frequência da excitação 
A tensão no secundário será: 
e e.sen( .t) 
1 
= ω 
e e.cos( .t) 
2 
= ω 
e = e .sen( ω .t + 
g.s) s x 
sendo s = o deslocamento da bobina e1 em um período. Notar que se completará um ciclo 
quando o deslocamento é igual a um período da régua.
Figura 3.14: Funcionamento do inductosym 
f) Laser: o laser é utilizado na detecção de distância utilizando as propriedades da interferência de 
raios luminosos. Em geral, a emissão do laser é pulsada em certa frequência de operação. O 
princípio de funcionamento se baseia na superposição de duas ondas de mesma frequência: uma 
direta e outra refletida. A onda resultante passa por valores máximos e mínimos de acordo com a 
fase do sinal refletido (franjas). Os sensores industriais geram um raio de luz que se divide em 
duas partes ortogonais mediante um separador. Um raio é aplicado sobre um espelho plano fixo, 
enquanto que o outro se reflete no objeto em que se deseja determinar a distância. Os dois raios se 
sobrepõem novamente no separador, de forma que ao separar-se geram máximos mínimos a cada 
múltiplo do comprimento de onda da luz. A distância é determinada contando as oscilações 
(conhecidas também como franjas), obtendo-se uma saída digital de grande precisão. 
GERADOR DE 
RAIOS LASER 
ESPELHO PLANO 
SEPARADOR DE RAIOS 
RAIO REFLETIDO 
RAIO ENVIADO 
CONJUNTO 
FOTODETECTOR 
CONTADOR 
VISUALIZADOR 
DE FRANJAS 
OBJETO QUE SE 
DESEJA DETERMINAR 
A DISTÂNCIA 
VISUALIZADOR MÉTRICO PROCESSADOR 
Figura 3.15: Funcionamento do sensor laser 
g) Ultrassônicos: os sensores ultrassônicos baseiam-se no princípio da reflexão do som. É emitido 
um raio ultrassônico, geralmente pulsado, com frequência da ordem de 200 kHz ou mais, que 
atinge o objeto do qual se quer determinar a distância e mede-se o tempo até o retorno do sinal 
refletido. Usualmente são empregados para detectar o nível em depósitos de sólidos, falhas do tipo 
gretas em montagens industriais, profundidade de água, medições remotas de distância, etc. 
h) Fotoelétricos de triangulação: os sensores fotoelétricos de triangulação conseguem 
determinar a distância em que se encontra um ponto utilizando diodos sensíveis à posição. São 
utilizados dois receptores e tanto os receptores como o emissor são munidos de lentes asféricas 
que permitem maior precisão de detecção. O sensor funciona da seguinte maneira: o emissor emite 
um feixe de luz que é refletido pelo objeto alvo. A luz refletida chega às lentes asféricas dos 
receptores que se encarregam de concentrar a luz em um ponto dos diodos sensíveis à posição. 
Este componente tem a característica de fornecer duas correntes elétricas que são proporcionais ao 
ponto de incidência da luz. Como o ponto de incidência da luz nos diodos muda de acordo com a 
posição do objeto pode-se, através de um circuito de controle, selecionar a área de detecção do 
sensor. Além disso, pelo fato destes diodos não dependerem da quantidade de luz refletida pelo 
objeto e sim de sua posição, pode-se detectar objetos de diferentes cores ou multicoloridos sem a 
necessidade de reajustar a sensibilidade.
4. SENSORES PARA DETECÇÃO DE EVENTOS 
Os sensores para detecção de eventos podem ser utilizados na indústria como contadores, sensores 
de velocidade, sensores e posição, etc. O único detalhe é que é necessário conhecer muito bem as 
características de utilização para poder escolher o sensor adequado para cada finalidade. Um 
sensor indutivo, que será visto em seguida, pode ser utilizado como detector de um evento, 
aproximação de uma parede, por exemplo. Pode também ser utilizado como contador de eventos, 
cada peça que passa próximo a ele gera um pulso que é contado em um contador eletrônico, 
controlador lógico programável, computador ou qualquer outro processo. Ele também pode ser 
utilizado como medidor de velocidade. Neste caso é feita uma relação entre a quantidade de pulsos 
contados em cada período de tempo. Suponha que uma roda dentada com 60 dentes é conectada a 
um eixo. Cada vez que o sensor acumular 60 pulsos será 1 giro do eixo. O mesmo sensor pode 
também ser utilizado para indicar posição. No mesmo exemplo da roda dentada com 60 dentes, 
pode-se observar que cada dente corresponde a um giro de 6 graus. Isso pode ser utilizado para 
determinar a posição de alguma peça. 
4.1. Sensor indutivo: O sensor indutivo, também conhecido como sensor de proximidade, é 
capaz de detectar a presença (ou não) de um objeto metálico quando este estiver a determinada 
distância da sua face (distância sensora). Seu princípio de funcionamento é baseado na geração de 
um campo eletromagnético de alta frequência, que é desenvolvido por uma bobina ressonante 
instalada na face sensora (Figura 4.1). 
Figura 4.1: Funcionamento do sensor indutivo 
A bobina faz parte de um circuito oscilador, que em condição normal (não acionada), gera um 
sinal senoidal. Quando um metal se aproxima do campo, este através da corrente de superfície 
absorve energia, reduzindo a amplitude do sinal gerado no oscilador. Esta variação do valor 
original é, então, detectada e aciona o estágio de saída. 
Na Figura 4.2 pode-se observar o diagrama eletrônico simplificado de um sensor indutivo.
Figura 4.2: Diagrama eletrônico do sensor indutivo 
Vantagens do uso de sensores indutivos ao invés de chaves fim de curso convencionais 
- Número de manobras: por não ter partes móveis (acionamento estático), a capacidade de 
operação de um sensor indutivo é muito maior que uma chave convencional; 
- Ausência de contato físico: como se trata de um sensor de proximidade, não há necessidade de 
contato físico com a parte em movimento. Novamente, isso contribui para o aumento significativo 
da vida útil do sistema; 
- Velocidade de atuação: ela é maior que a de uma chave mecânica, uma vez que não há inércia na 
sua operação. 
A Figura 4.3 ilustra um exemplo do campo de atuação, tendo como referência sua superfície ativa. 
Figura 4.3: Campo de atuação do sensor indutivo 
A Figura 4.4 traz alguns exemplos de aplicação. 
Figura 4.4: Aplicações do sensor indutivo 
Outro "nome" atribuído ao sensor indutivo é sensor "não faceado". Essa denominação origina-se
do aspecto de instalação do componente, que por razões óbvias deve ter uma "zona livre" de metal 
ao seu redor. Através da Figura 4.5, pode-se estimar as distâncias mínimas que um sensor deste 
tipo deve respeitar, caso seu alojamento seja metálico, a fim de que não ocorram comutações 
errôneas. 
Figura 4.5: Atuação do sensor indutivo 
Como será visto a seguir, sensores para materiais isolantes (não metálicos) são, também, 
classificados como faceados, uma vez que "faceiam" seu alojamento sem correr riscos de 
acionamento indevido. 
Os sensores industriais, sejam eles indutivos ou não, podem ter suas saídas nas configurações pnp 
ou npn. A Figura 4.6 mostra como, no primeiro, caso (pnp) a comutação da carga é feita através 
do polo positivo da fonte. Tomando um CLP como exemplo, a carga seria acionada com + 24 Vcc 
no seu terminal livre. Já a configuração npn conecta a carga ao zero volt, uma vez que essa já está 
com o polo positivo ligado. 
Figura 4.6: Sensor indutivo PNP e NPN 
As saídas, normalmente, podem ser de 2, 3, ou 4 condutores, sendo esse último com (no mínimo) 
um contato tipo NA e um NF (Figura 4.7).
Figura 4.7: Tipos de saídas de sensores indutivos 
4.2. Sensor capacitivo: Ao contrário do sensor indutivo, que funciona através da formação de um 
campo eletromagnético e é indicado para detecção de partes metálicas, o capacitivo funciona 
segundo um campo elétrico e é ideal para sensoriar materiais isolantes (líquidos, plásticos, vidros, 
entre outros). Para compreender melhor como ele faz isso, é necessário relémbrar alguns 
conceitos básicos dos capacitores. A capacidade de armazenar cargas de um capacitor, pode ser 
expressa pela fórmula: 
Onde; 
e = constante dielétrica ou permissividade. 
S = área entre placas 
d = distância entre placas. 
Concluí-se, então, que a capacidade de armazenar cargas do componente é diretamente 
proporcional a área formada entre as placas e a constante dielétrica, e inversamente à distância 
entre elas. 
Como referência, o ar possui uma constante dielétrica e0 = 1. 
Convém lembrar que este valor é uma referência, e que dizer que "1" é igual a 8,9 x 10-12 F/m 
(Faraday/metro). 
A seguir, na Tabela 4.1 é apresentada a constante dielétrica dos materiais mais comuns. Quando 
se atribui 2 à madeira, por exemplo, significa que, fisicamente, ela apresenta 17,8 x 10-12 F/m (2 
x eo). 
Tabela 4.1: Constante dielétrica de materiais mais comuns
T 
A detecção do objeto neste tipo de sensor ocorre segundo uma variação da capacitância. Conforme 
se viu, esta depende de três variáveis em um capacitor. No sensor capacitivo, entretanto, duas 
delas já são fixadas e determinadas na concepção do dispositivo (S e d). 
A Figura 4.8 mostra que a diferença fundamental entre o sensor capacitivo e o capacitor 
convencional é que as placas não estão uma de frente para a outra, mas sim uma ao lado da outra. 
A área e a distância entre elas é fixa, e como as placas estão dispostas segundo esta geometria, a 
capacitância do elemento na ausência de um material dielétrico pode ser considerada desprezível. 
Figura 4.8: Capacitor convencional X sensor capacitivo 
Uma vez que um objeto dielétrico aproxima-se, porém, ao adentrar no campo elétrico sob a 
superfície do eletrodo, causa uma mudança na capacitância do conjunto. Este fenômeno produz 
uma oscilação com uma amplitude tal que seja detectada por um circuito e convertida em um 
comando para a comutação do estado da saída (Figura 4.9).
Figura 4.9: Funcionamento do sensor capacitivo 
Resumindo, o sensor capacitivo funciona de acordo com a variação da constante dielétrica do 
material a ser detectado, através de um campo elétrico, e cuja alteração da sua capacitância aciona 
um comando de chaveamento na saída. 
4.3. Sensores ópticos 
Os sensores óticos, além de serem utilizados para a detecção de distância entre corpos, conforme 
já visto anteriormente, servem também para a detecção de eventos. Existem várias configurações 
que podem ser utilizadas para este fim. 
a) Difuso 
Nesta configuração, o transmissor e o receptor são montados na mesma unidade, sendo que o 
acionamento da saída ocorre quando o objeto a ser detectado entra na região de sensibilidade e 
reflete para o receptor a feixe de luz emitido pelo transmissor (Figura 4.10). 
Figura 4.10: Sensor ótico difuso 
b) Reflexivo 
O sensor óptico reflexivo, também conhecido como retro-reflexivo, assim como o difuso, tem o 
transmissor e o receptor montados em uma única unidade. O feixe de luz chega ao receptor após a 
incidência em um espelho e o acionamento da saída ocorre quando o objeto interrompe o feixe 
(Figura 4.11).
Figura 4.11: Sensor ótico reflexivo 
Este tipo de sensor é muito utilizado em segurança de áreas, conforme se pode ver na Figura 4.12 . 
Um robô é cercado por um feixe infravermelho que, após reflexões sucessivas, atinge o receptor. 
Caso um objeto interrompa esse feixe, o sensor será atuado, paralisado o trabalho. 
Figura 4.12: Aplicação do sensor ótico reflexivo 
Um cuidado a ser tomado na utilização de um sistema como este, é orientar o usuário quanto a 
limpeza dos sensores e espelhos. A sujeira pode gerar acionamentos indevidos. Caso o ambiente 
seja muito rico em poeira ou qualquer outra partícula em suspensão (névoa de óleo, por exemplo), 
talvez seja mais indicado utilizar outro tipo de sensor.
c) Barreira de Luz 
Este sensor, ao contrário dos dois anteriores, é montado em duas unidades distintas: uma 
transmissora e outra receptora. Cada unidade fica de um lado da trajetória do objeto-alvo, uma vez 
que este interrompe o feixe, e o sensor é ativado. Atualmente este é o tipo de sensor mais utilizado 
para realizar proteção de máquinas industriais onde o operador manipula objetos com a mão. 
4.4. Sensores ultra-sônicos: O sensor ultra-sônico emite pulsos cíclicos ultra-sônicos que, quando 
refletidos por um objeto, incidem no receptor, acionando a saída do sensor. Tanto o emissor como 
o receptor estão montados na mesma unidade, portanto, é necessário que haja uma reflexão (eco) 
do ultra-som de modo que este ative o receptor. 
Figura 4.13: Utilização do sensor ultrassônico 
Neste caso também se deve ter cuidado quando se decidir utilizar um sensor deste tipo, devido ao 
alinhamento angular. Dependendo da inclinação do alvo o eco pode desviar-se para uma direção 
diferente do sensor, não chegando ao receptor (localizado no mesmo componente). Geralmente 
este tio de sensor permite uma inclinação máxima de mais ou menos 3º (figura 4.13). 
Assim como o óptico, o sensor ultra-sônico pode suprimir o fundo (desprezar o eco do que não é 
objeto alvo de detecção). Neste caso, tem-se o tipo de barreira de reflexo. Vale reparar que o 
sensor ultra-sônico pode operar tal qual um óptico, no que se refere a 
capacidade de detecção (Figura 4.14).
Figura 4.13: Utilização do sensor ótico e ultrassônico 
4.5. Sensores de temperatura: A temperatura é a medida da agitação molecular de um corpo. A 
impossibilidade de realizar diretamente esta medição conduziu ao desenvolvimento de métodos 
indiretos de medida. Estes métodos estão baseados nos efeitos da temperatura sobre a matéria. 
Os principais sensores utilizados são: 
a) Termopar: A temperatura é medida através de uma diferença de tensão originada na junção de 
dois metais diferentes posicionados em dois locais com temperaturas diferentes. Uma das junções 
é a de medição; a outra, a de referência. A junção de medição é colocada junto ao material cuja 
temperatura se quer medir enquanto a outra junção é colocada em um ambiente com temperatura 
conhecida. Quando existe diferença entre as temperaturas das duas junções, é gerada uma 
diferença de potencial entre as mesmas (Figura 4.14). O valor desta diferença de potencial 
relaciona-se à temperatura da junção de medição. Na prática, os sensores do tipo termopar são 
feitos de várias ligas de metais, de acordo com a faixa de temperatura que se deseja medir. Por 
exemplo: o termopar cobre/constantam é útil na faixa de -180°C a 400°C; o platina/platina-ródio é 
utilizável na faixa de 0°C a 1500°C. 
Figura 4.14: Princípio de funcionamento dos termopares. A junção 
A é a de referência. B é a junção de medição 
b) Termistor: A resistência elétrica é uma característica afetada pela temperatura em, 
praticamente, todos os elementos resistivos utilizados. Para alguns tipos de materiais, a resistência 
é alterada de modo significativo pela temperatura. Estes materiais são utilizados para a fabricação 
de um tipo especial de resistor, denominado termistor. Em geral, são fabricados com óxidos de 
vários metais, como níquel, manganês, ferro, cobalto e cobre, encapsulados em resina epóxi ou em 
vidro. A medição cuidadosa da resistência serve como indicativo da temperatura com precisão 
típica de ±0,1°C. Com estes dispositivos é possível alcançar resolução de 0,001°C. Podem ser 
utilizados dentro de faixas de temperatura que vão deste -80°C até 150°C. 
Existem dois tipos de termistores, os PTC (Positive Temperature Coefficient – coeficiente positivo 
de temperatura) e os NTC (Negative Coefficient Temperature – coeficiente negativo de 
temperatura). Nos termistores tipo PTC, a resistência é diretamente proporcional à variação da 
temperatura. Nos NTC, a resistência decresce com o aumento da temperatura, porém, a variação 
não é linear (Figura 4.15).
PTC 
Temp (°C) 
R (Ω) 
NTC 
Figura 4.15: Curvas características de variação da resistência em 
função da temperatura nos termistores 
c) Semicondutor: os sensores de temperatura baseados em semicondutores aproveitam a 
propriedade das junções PN de alterarem a sua queda de tensão em função da temperatura. Pode-se 
demonstrar que, para uma junção PN de silício, a queda de tensão varia da seguinte maneira 
(MALVINO, 1997): 
dV/dt = -2mV/°C 
Esta variação da queda de tensão passou a ser utilizada para construir sensores de temperatura. 
Estes sensores são bastante lineares e muito sensíveis, dentro da sua faixa de atuação. Atuam em 
faixas de temperatura desde -80°C até 150°C. Atualmente, vários sensores a semicondutor 
fornecem saída de sinal digital. Estes são, geralmente, constituídos por um sensor analógico (tipo 
junção semicondutora), acoplado a um circuito eletrônico condicionador de sinal, que converte a 
variação de queda de tensão em sinais digitais. Na apresentação dos componentes utilizados neste 
trabalho são mostradas as características dos sensores aqui utilizados. 
Um dos mais conhecidos sensores de temperatura a semicondutor é o LM35. Este circuito 
integrado é muito parecido com um transistor comum, no entanto ele é um excelente sensor de 
temperatura 
Figura 4.16: O sensor de temperatura LM35 
O LM35 possui uma saída linear quer varia em 10mV/°C dentro de uma faixa o operacional de 
-55°C a 150°C.
4.6. Sensores de umidade: Existem vários sensores que possibilitam a medição da umidade 
relativa do ar. Dois deles, bastante difundidos são: 
a) Resistivo: Estes utilizam a propriedade de alguns materiais (certos polímeros orgânicos) de 
alterar sua resistência elétrica em função da umidade. Estes sensores possuem uma relação não 
linear entre a resistência e a umidade. Em geral, não conseguem apresentar resultados em toda a 
faixa de medição, a qual é de 0% a 100% de umidade relativa. 
b) Capacitivo: São construídos em forma de um capacitor. Duas lâminas metálicas separadas por 
um material isolante que forma o dielétrico. A umidade do ar afeta a constante dielétrica do 
material isolante, alterando a capacitância do conjunto. 
Um indicativo usual da umidade, quando são utilizados sensores capacitivos, é a frequência de 
oscilação de um circuito, que varia em função da alteração da capacitância. 
Estes sensores possibilitam medição em toda a faixa (0% a 100% de umidade relativa) permitem a 
construção de aparelhos portáteis. Por isso, popularizaram-se a tal ponto que atualmente 
dominam o mercado. 
Em geral, o sinal de saída desses sensores é uma tensão proporcional à umidade relativa. A Figura 
4.16 mostra o sinal de saída e o aspecto físico típico de um sensor de umidade comercial. 
Figura 4.17: Sinal de saída do sensor de umidade HIH3610 (Honeywell) 
Outro sensor de umidade extremamente prático e que vem se difundindo muito é o HS1101 da 
Humirel. Esse sensor é do tipo capacitivo e, em geral ele é utilizado em circuitos osciladores.
Figura 4.17: Sensor HS1101 e variação de capacitância em relação a umidade relativa 
Figura 4.18: Circuito típico de utilização do sensor HS1101 
4.7. Sensores de deslocamento de fluxo de ar: O deslocamento do fluxo de ar é medido deforma 
indireta. O que se mede é o efeito do deslocamento do ar sobre algum componente. Dentre as 
várias maneiras disponíveis no mercado tem-se: 
a) Mecânicos do tipo ventoinha: O sensor é uma ventoinha exposta ao fluxo de ar. Sua rotação 
é proporcional à velocidade do fluxo de ar. Basta, portanto, criar uma escala que relacione taxa de 
rotação da ventoinha com a velocidade do ar. Este sistema é muito prático para estações 
meteorológicas e para locais onde a velocidade do ar é suficientemente elevada para vencer o 
atrito dos mancais (ou rolamentos) da ventoinha; 
b) Térmicos: A anemometria térmica é uma técnica de medição de velocidade de fluidos que vem 
sendo estudada e utilizada há várias décadas. Fundamentalmente, baseia-se no princípio de que 
um elemento resistivo aquecido, quando submetido a um fluxo de fluido, perde calor, diminui sua 
temperatura e altera sua resistência elétrica. A variação da temperatura ou de sua resistência 
elétrica podem ser utilizadas como indicativo da velocidade do fluido a que foi submetido. O 
termistor (elemento geralmente utilizado como sensor) deve ser mantido a uma temperatura 
suficientemente elevada, de modo que a influência da temperatura ambiente não tenha efeitos
significativos sobre a medição, ou deve possuir uma correção de leitura em função da temperatura 
ambiente. 
Para determinar-se a velocidade de um fluido, utilizando-se anemometria térmica, pode-se 
empregar duas técnicas: 
- mantém-se a potência entregue ao termistor constante e mede-se a sua 
temperatura. Neste caso, a temperatura do termistor é um indicativo da velocidade 
do fluido. Assim, necessita-se de um termômetro para obter a grandeza desejada o 
que se constitui em um complicador para a utilização deste método. 
- varia-se a potência entregue ao termistor de forma a mantê-lo com temperatura 
constante. Neste caso, a potência entregue é um indicativo da velocidade do fluido. 
Caso lhe seja suprida uma corrente constante, então, pode-se utilizar a queda de 
tensão sobre o elemento resistivo para determinar a velocidade do fluido. Este é o 
método de determinação de velocidade do fluxo de ar utilizado neste trabalho. 
Os sensores utilizados na anemometria térmica, geralmente, são termistores com inércia 
térmica suficiente baixa para serem sensíveis às mínimas variações do fluxo de ar. A Figura 
4.18 mostra um típico sensor do tipo termistor. 
Figura 4.18: Termistores utilizados em anemometria 
4.8. Sensores de peso: Basicamente os sensores de peso são as células de carga. Atualmente não 
se utiliza outro tipo de sensor que não seja esse. 
Célula de carga é um dispositivo eletromecânico que mede a deformação ou flexão de um corpo, 
através de uma pequena mudança na sua resistência elétrica interna em função da carga aplicada. 
Essa resistência variável é denominada de extensômetro (strain gage). A variação da resistência é 
captada por um circuito denominado de ponte de Wheatstone. O tipo de aplicação da célula é o 
fator determinante para a escolha da quantidade de extensômetros e configuração do circuito da 
ponte. 
Figura 4.19: Aspecto físico de uma célula de carga
Figura 4.20: Ponte de Wheatstone 
Os resistores R são fixos e SG1 é a célula de carga. Eo é a tensão captada no circuito eletrônico. A 
ponte de Wheatstone pode ser calibrada para que a tensão Eo seja 0 Volts. Qualquer pequena 
variação na resistência SG1 faz com que essa tensão deixe de ser 0 Volts. Essa tensão é 
processada em um circuito eletrônico e transformada em uma escala de peso. 
4.9. Sensores de pressão: A medição da pressão pode ser feita de várias maneiras. Uma das mais 
antigas é o medidor mecânico, como mostrado na figura 4.21. 
Figura 4.21: Medidor de pressão mecânico 
Evidentemente o processo mecânico de medição de pressão não é adequado por não fornecer um 
sinal elétrico tratável em circuitos eletrônicos. Por isso foram desenvolvidos outros sensores para 
a pressão. Dentre os mais importantes temos: 
a) Sensores de pressão capacitivos: funcionam de modo semelhante ao sensor de umidade 
capacitivo. A pressão deforma uma das placas de um capacitor fazendo com que a capacitância 
varie. Essa variação de capacitância pode ser tratada em circuitos eletrônicos.
Figura 4.22: Estrutura interna de um sensor de pressão capacitivo e aspecto físico 
b) Sensores de pressão a semicondutor: Os sensores desta modalidade funcionam através de 
um princípio encontrado nos semicondutores, que é a mudança da resistência interna em função da 
pressão. Essa mudança da resistência interna é captada por um circuito eletrônico que faz as 
devidas conversões para poder ser transformada em um sinal elétrico utilizável. 
Figura 4.23: Estrutura interna de um sensor de pressão a semicondutor e aspecto físico 
Atualmente o sensor de pressão a semicondutor é o mais utilizado. Além do fator custo há também 
o fato de que ele não possui partes móveis. 
4.10. Sensores para medição de grandezas elétricas: As grandezas elétricas, voltagem, corrente, 
resistência, potência, etc, no passado eram medidas por instrumentos mecânicos. Com o advento 
do processamento eletrônico de sinais foi necessário desenvolver dispositivos eletrônicos com 
saídas padronizadas para estas medições. Vejamos alguns existentes no mercado: 
a) Sensor de corrente: O sensor mais comum para a medição da corrente elétrica é o 
transformador de corrente (TC). O TC nada mais é do que transformador onde o primário é 
simplesmente um condutor que passar por dentro dele. Esse condutor induz uma corrente no 
secundário proporcional a corrente que passa pelo condutor principal.
Figura 4.24: Transformador de corrente 
Para facilitar a manipulação dos resultados obtidos foram implementados transformadores de 
corrente acoplados com circuitos eletrônicos que possibilitam saídas padronizadas para utilização 
em controladores lógicos programáveis ou outros dispositivos. A figura seguinte mostra um 
sensor de corrente com saída padronizada 0-10Vcc ou 4-20mA para uma entrada de 0-100A. 
Figura 4.25: Sensor de corrente com saída padronizada 
b) Sensor de voltagem ou de potencial: A voltagem sempre foi medida de forma direta ou 
através de transformadores de potencial (TP). Os Tps são similares aos transformadores de 
corrente, com a única diferença que o sinal de saída aqui é em volts e não em amperes. 
Figura 4.26: Transformador de potencial 
Na figura 4.26 a tensão elevada é conectada às duas buchas de porcelana e a tensão de saída 
(amostra para medição0 é retirada nos dois pinos menores que aparecem entre os de porcelana.
Para facilitar a manipulação dos resultados obtidos foram implementados transformadores de 
potencial acoplados com circuitos eletrônicos que possibilitam saídas padronizadas para utilização 
em controladores lógicos programáveis ou outros dispositivos. A figura seguinte mostra um 
sensor de voltagem do tipo transformador de potencial com saída padronizada 4-20mA para uma 
entrada de 0-1000V. Este modelo possui também saída RS485 com protocolo MODBUS para 
leitura em sistemas supervisórios. 
Figura 4.27: Sensor de voltagem com saída 4-20mA ou rS485 
c) Sensores de potência elétrica: Os sensores de potência elétrica são, no fundo sensores de 
corrente junto com sensores de voltagem e um circuito eletrônico que realiza as operações 
matemáticas necessárias para calcular a potência. Existem sensores para potência ativa, reativa, 
monofásicos, trifásicos, etc. 
5. ATUADORES 
Dentro de uma malha de controle, o elemento final de controle, que tem por objetivo reposicionar 
uma variável, de acordo com um sinal gerado por um controlador, é chamado de atuador, pois atua 
diretamente no processo, modificando as suas condições. 
São dispositivos utilizados para conversão de sinais elétricos provenientes dos controladores, em 
ações requeridas pelos sistemas que estão sendo controlados. 
Tal procedimento pode ocorrer: 
- Sem necessidade de operador, 
- Com operador supervisionando continuamente, ou agindo em tempo real. 
Em geral sistemas automáticos não precisam de operador. O atuador efetua a operação para a qual 
foi projetado de forma totalmente automática. 
Do ponto de vista da energia utilizada para realizar o efeito sobre o processo, os atuadores podem 
ser classificados em: 
- Pneumáticos: Utilizam algum gás comprimido para realizar a atuação. Em geral 
este gás comprimido é o próprio ar atmosférico.
Este tipo de atuador é normalmente empregado em sistemas onde se requer altas velocidades nos 
movimentos, com pouco controle sobre o posicionamento final, em aplicações onde o torque 
exigido é relativamente baixo. 
Figura 5.1: Válvula pneumática 
Os atuadores pneumáticos mais conhecidos, e comumente utilizados, podem ser distribuídos por 
processo : 
Processos de Manufatura 
Lineares - Pistões de simples e dupla ação. 
Rotativos - Motores pneumáticos. 
Se o acionamento é bastante simples, comandado por eletroválvulas que controlam os fluxos de ar 
no sistema, controlando os movimentos, o controle neste tipo de atuador se restringe ao comando 
destas válvulas e seu acionamento requer apenas drives para estes relés. As principais 
características deste tipo de acionamento são o baixo peso e a baixa manutenção. 
Processos Contínuos 
Em processos contínuos, a válvula de controle é um atuador capaz de regular a vazão de um fluído 
(líquido, gás ou vapor) que escoa através de uma tubulação, por meio do posicionamento relativo 
de um obturador que obstrui a área livre de passagem do fluído. 
Nestas válvulas a atuação é feita, na maioria das vezes, por dispositivos pneumáticos, por isto são 
chamadas também de válvulas de controle pneumáticas. 
- Hidráulicos: Utilizam fluido líquido para realizar a atuação. Este fluido pode de 
água, óleo mineral, etc. Ex: Pistões hidráulicos, válvulas hidráulicas, etc. 
São utilizados principalmente em sistemas onde são requeridos elevados torques, sobretudo no 
acionamento de máquinas de grande porte e em robôs de alta velocidade de posicionamento. Assim 
como no caso dos atuadores pneumáticos, estes podem ser lineares (pistão simples ou dupla ação) 
ou rotativos (motores hidráulicos). 
Seu acionamento, assim como no caso dos pneumáticos, é bastante simples, comandado por 
eletroválvulas que controlam os fluxos de óleo do sistema, controlando os movimentos. O controle 
neste tipo de atuador se restringe ao comando destas válvulas e seu acionamento requer apenas 
circuitos de controle (drives) para estes relés. 
Características 
• Alto torque desenvolvido; 
• Alta relação torque/peso; 
• Alta performance; 
• Baixa manutenção.
Figura 5.2: Vista em corte de um cilindro hidráulico 
Atuadores Elétricos 
Este tipo de atuador é o mais empregado em aplicações industriais de uma forma geral. As 
facilidades de instalação, os baixos custos de instalação e o desenvolvimento de drives eletrônicos 
para seu acionamento fizeram deste tipo de atuador o mais popular, não apenas em uso industrial, 
mas também para uso geral. 
Aplicações 
• Bombas; 
• Válvulas de controle (atuador elétrico); 
• Eixos de máquinas ferramenta; 
• Articulações de Robôs; 
• Esteiras; 
• Damper ou abafador de caldeiras; 
• etc. 
Tipos de atuadores elétricos 
Motor de passo 
Devido à simplicidade do acionamento admitido por este tipo de motor, foi o acionamento mais 
utilizado para controle de posicionamento em máquinas-ferramenta, até o final da década de 70. 
Atualmente eles estão caindo em desuso devido à redução dos custos e das dificuldades de 
acionamento dos demais tipos de motores. 
Suas características gerais são: 
• Baixo Torque; 
• Acionamento simples; 
• Baixa relação peso/potência. 
Mesmo com algumas características não muito favoráveis, foi muito utilizado, pois a simplicidade 
do controle de seu acionamento compensavam suas limitações. São comumente utilizados, hoje, 
em sistemas que operam e malha aberta, não exigindo a presença de sensores ou controladores 
mais elaborados. Sua maior aplicação está em periféricos para informática.
Figura 5.3: Especificações técnicas de um motor de passo 
Motor de corrente contínua 
O desenvolvimento da microeletrônica e da eletrônica de potência viabilizou o acionamento de 
outros tipos de motores elétricos além dos motores de passo. 
Tendo um desempenho muito superior ao motor de passo, o motor CC o substituiu em algumas 
aplicações , pois seu acionamento e controle também são bastante simples.
Figura 5.4: Especificações técnicas de um motor de corrente contínua 
Motor de corrente alternada síncrono 
As inovações construtivas destes motores possibilitaram a sua utilização em acionamentos que até 
então eram desenvolvidos para motores CC. 
Estas inovações também determinaram o barateamento e o aumento de eficiência dos acionamentos 
aplicados a este tipo de motor.
Figura 5.5: Especificações técnicas de um motor síncrono 
Motor de corrente alternada assíncrono (de indução) 
Este tipo de motor é largamente utilizado em acionamentos onde controles de velocidade e 
posicionamento não são requeridos, devido ao seu baixo custo e robustez. 
O desenvolvimento de novas técnicas e dispositivos para acionamento destes motores, abrem uma 
perspectiva para sua utilização também em acionamentos de máquinas-ferramenta, como também 
em qualquer sistema de controle de posicionamento ou velocidade. Atualmente a maioria dos 
equipamentos de comando numérico se utilizam de motores CA acionados pelos chamados 
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Automação industrial - Sensores e transdutores

  • 1. AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL PARTE 5 SENSORES E TRANSDUTORES Nestor Agostini sibratec@sibratec.ind.br Rio do Sul (SC), 12 de março de 2014
  • 2. 1. SENSORES E TRANSDUTORES O Vocabulário Internacional de Termos Técnicos apresenta as seguintes definições para transdutor e sensor: Transdutor de medição: Dispositivo que fornece uma grandeza de saída que tem correlação determinada com a grandeza de entrada. Exemplos: termopar, transformador de corrente, extensômetro elétrico de resistência, eletrodo de pH. Sensor: Elemento de um instrumento de medição ou de uma cadeia de medição que é diretamente afetado pelo mensurando. Exemplos: junta de medição de um termômetro termoelétrico, rotor de uma turbina para medir vazão, tubo de Bourdon de um manômetro, boia de um instrumento de medição de nível, fotocélula de um espectrofotômetro. Na prática, os termos transdutor e sensor são frequentemente tomados como sinônimos, visto que, em última análise, ambos convertem um tipo de energia em outra que possa ser mais facilmente medida. Há, porém, vários transdutores que não executam a função de um sensor (alto falantes, microfones, solenoides, etc.). Resumindo: os transdutores são diferentes dos sensores, embora, em aplicações específicas eles possam funcionar como tais. 1.1. Características gerais dos sensores e transdutores O sensor, com certeza, é o elemento mais básico e comum em qualquer processo de automação, principalmente industrial. É através desse dispositivo que todo o sistema é capaz de coletar informações da planta fabril e, com base nisso, executar determinada tarefa. Existem algumas características que são gerais a todos os sensores e outras que são especificas a um determinado tipo de sensor. Através do conhecimento destes princípios o engenheiro ou técnico pode escolher e dimensionar o melhor tipo segundo sua necessidade. A dúvida inicial para se determinar um sensor, geralmente, é: “Quais são os parâmetros a serem observados na escolha ou dimensionamento de um sensor?”. A resposta a esta dúvida depende do sensor, porém genericamente, há um conjunto de características importantes a serem consideradas, que são: a) Linearidade É o grau de proporcionalidade entre o sinal gerado e a grandeza física. Quanto maior, mais fiel é a resposta do sensor ao estímulo. Consequentemente, pode-se conferir uma maior precisão ao sistema. b) Faixa de atuação É o intervalo de valores da grandeza em que pode ser usado o sensor, sem destruição ou imprecisão. c) Histerese É a distância entre os pontos de comutação do sensor, quando um atuador dele se aproxima ou se afasta. d) Sensibilidade É a distância entre a face do sensor e o atuador no instante em que ocorre a comutação.
  • 3. e) Frequência de comutação É a quantidade máxima de mudanças de estado em um determinado intervalo de tempo. f) Distância sensora É a distância em que, aproximando-se o acionador da face sensora, o dispositivo muda de estado. Os transdutores de entrada dos sistemas de medida denominam-se sensores e convertem uma quantidade física ou química de entrada numa outra (geralmente elétrica) na sua saída. Os transdutores de saída dos sistemas de medida denominam-se atuadores e convertem uma quantidade (geralmente elétrica) de entrada numa outra física ou química na sua saída. A função de um transdutor pode ser descrito de diversas formas, destacam-se duas formas usuais: • Estrutura Funcional: onde se descreve o método adotado para realizar a medida através de funções ou estruturas básicas. • Estrutura Orgânica: onde se apresenta a função do sistema de medida através da implementação física de grupos de funções ou estruturas básicas. Figura 1.1: Descrição funcional e orgânica de um transdutor de pressão 2. ELEMENTOS BÁSICOS DE SENSORIAMENTO Em geral, os sistemas de sensoriamento possuem elementos sensores ou transdutores que atuam medindo ou transformando formas de energia. A realização das medições ou transformações de energia é efetuada por elementos de contato. 2.1. Formas de energia Podem-se distinguir seis diferentes formas de energia:
  • 4. • Energia Luminosa: Energia relacionada com ondas eletromagnéticas de radio, micro-ondas, infravermelho, luz visível ultravioleta, raios-X, raios gama etc. Ex. Intensidade luminosa, comprimento de onda, polarização, fase, refletância, transmitância, etc. • Energia Mecânica: Energia relacionada a forças, deslocamentos e fluxos mecânicos além da energia gravitacional. Ex. Força, pressão, torque, vácuo, vazão, volume, espessura, massa, nível, posição, deslocamento, velocidade, aceleração, inclinação, rugosidade, etc. • Energia Térmica: Energia relacionada à cinética de átomos e moléculas. Ex. Temperatura, calor, calor específico, entropia, fluxo de calor. • Energia Elétrica: Energia relacionada à eletricidade em geral. Ex. Tensão, corrente, carga, resistência, indutância, capacitância, constante dielétrica, polarização elétrica, frequência, duração de pulsos, etc. • Energia Magnética: Energia correspondente aos fenômenos do magnetismo em geral. Ex. Intensidade de campo, densidade de fluxo, momento magnético, magnetização, permeabilidade, etc. • Energia Química: Energia relacionada com os fenômenos de interação química da matéria. Ex. Composição, concentração, taxa de reação, toxicidade, potencial de oxi-redução, PH, etc. Em geral, os transdutores atuam convertendo as formas de energia apresentadas em sinais elétricos, visto que é mais fácil realizar medidas nestes últimos. Figura 2.1: Interação entre as várias formas de energia Existem uma diversidade de efeitos físicos ou químicos utilizados para a realização de conversão de energia nos transdutores de entrada ou saída de um sistema de medida. Como em geral, no caso dos transdutores de entrada ou sensores, deseja-se converter estes sinais para o domínio elétrico ou do domínio elétrico para outro domínio no caso dos transdutores de saída ou atuadores, apresenta-se alguns dos efeitos mais usados para a implementação de sensores e atuadores, nas tabelas a seguir:
  • 5. Tabela 2.1: Transdução de Energia Luminosa Efeito Descrição Fotovoltáico Uma tensão é gerada pela radiação incidente na junção de dois materiais diferentes Fotocondutividade O aumento da condutividade elétrica de um material devido à incidência de uma radiação Fotoeletricidade Elétrons e lacunas são gerados e separados na área da junção devido a uma radiação incidente Fotoluminescência Uma energia radiante é emitida devido à uma radiação incidente com menor comprimento de onda Fotodieletricidade A mudança de uma constante dialética devido a uma radiação incidente Electroluminescência Uma energia radiante é emitida devido a ação de um campo elétrico Incandescência Emissão de radiação devido ao movimento térmico de átomos ativados por uma corrente elétrica Tabela 2.2: Transdução de Energia Mecânica Efeito Descrição Piezoresistividade Variação da resistência elétrica de um material devido à mudança da condutividade ou forma quando sujeito à deformações mecânicas Piezoeletricidade Geração de cargas superficiais devido a forças mecânicas e vice-versa Magnetostrição Deformação mecânica de um material devido ao campo magnético ou mudança de magnetização do material devido à deformação mecânica Fotoelasticidade Geração de refração dupla devido a forças mecânicas Termoelasticidade Geração de uma tensão em duas regiões de um metal devido a deformações mecânicas ou diferenças de temperatura na região Triboeletricidade Geração de cargas elétricas superficiais devido ao atrito entre dois materiais Tabela 2.3: Transdução de Energia Térmica
  • 6. Efeito Descrição Termoeletricidade (Seebeck) Geração de uma corrente elétrica num circuito fechado de dois condutores com diferentes temperatura de junção Piezoeletricidade Mudança de polarização elétrica devido à variações da temperatura Incandescência Emissão de energia luminosa devido ao aquecimento de um material Peltier Geração de uma diferença de temperatura entre duas junções devido a passagem de uma corrente elétrica Nerst Geração de um campo elétrico devido a um gradiente de temperatura e campo magnético Supercondutividade Mudança da condutividade para um valor perto de infinito abaixo de uma temperatura crítica Eletro-térmico Geração de calor em um condutor devido a passagem de uma corrente elétrica Termocondutividade Mudança da condutividade elétrica devido à variações da temperatura Tabela 2.4: Transdução de Energia Magnética Efeito Descrição Hall Geração de um campo elétrico em um condutor, devido à corrente e campo magnético que se encontram mutuamente perpendiculares Magneto-resistência Mudança da resistividade de um material devido ao campo magnético Magnetostrição Uma deformação mecânica é gerada num material ferromagnético pelo campo magnético incidente Eletromagnético Mudança da magnetização devido à uma corrente elétrica Maggi-Righi-Leduc Mudança da condutividade térmica devido ao campo magnético incidente Suhl Mudança de condutividade na superfície de um semicondutor devido ao campo magnético Tabela 2.5: Transdução de Energia Química Efeito Descrição Volta Geração de tensões entre dois metais diferentes Galvano-elétrico Geração de tensões entre dois metais diferentes quando imersos num eletrólito
  • 7. Químico-magnético A variação da magnetização de um material magnético pela absorção de um gás Eletroquímico Mudança de estrutura devido a uma corrente elétrica Termoquímico Mudança de estrutura devido a uma variação da temperatura Químico-elétrica Mudança na condutividade da superfície de um semicondutor quando em contato com um eletrólito 3. PRINCIPAIS MODALIDADES DE SENSORES DE USO INDUSTRIAL 3.1. Sensores de posição Os sensores de posição, em geral, convertem, energia mecânica em sinais elétricos. Neste grupo encontram-se potenciômetros, encoders, sincros, indutivos de deslocamento, sensores a laser e os ultrassônicos. a) Potenciômetro: é um sensor de posição do tipo absoluto e com saída analógica. Basicamente, consiste de uma resistência elétrica de fio enrolado ou de uma pista de material condutor, distribuídos ao longo de um suporte que pode ser em forma de arco ou linear. Há um cursor que desliza sobre o material condutivo ligado a um contato. Dependendo da posição em que se encontra o cursor a resistência entre o início da pista e o próprio cursor é alterada. Esta alteração de resistência é utilizada como indicador de posição. A taxa de variação da resistência em função do giro ou do deslizamento do cursor pode ser: - Linear: a variação da resistência é diretamente proporcional ao ângulo de giro; - Logarítmica: a variação segue uma curva log; - Anti-logarítmica: a variação segue uma curva anti-log; - Etc. Na prática há vários tipos de potenciômetros.
  • 8. Figura 3.1: Estrutura dos potenciômetros O tipo de aplicação determina o modelo a ser escolhido. Figura 3.2: Potenciômetros comerciais Esquematicamente o potenciômetro possui o seguinte símbolo. Figura 3.3: Símbolo de potenciômetro Para a escolha do tipo de potenciômetro a ser aplicado a um sistema de automação é necessário considerar itens tais como: precisão, sensibilidade, formato mecânico, etc.
  • 9. Exercício resolvido: O esquema abaixo representa um sistema de automação onde um potenciômetro linear de 100 kΩ de resistência total recebe a informação da posição de giro de uma polia. Sabendo-se que o ângulo de giro do potenciômetro é de 270° e que os valores mínimo e máximo de resistência entre os pontos B e A é 1 kΩ e 99 kΩ, respectivamente, determine qual a voltagem mínima, máxima e qual sua variação por grau de giro da polia. Solução: Figura 3.4: Utilização de potenciômetro A menor tensão obtida ocorre quando a resistência entre B e A é de 1 kΩ. Nesta condição a resistência entre B e C é de 99 kΩ. Pela regra da divisão de tensão tem-se: .24 0,24V 1 Vsinal minimo = = 100 Vsinal máximo = = .24 23,76V 99 100 Para um giro de 270°, obtém uma variação de tensão de 23,76 – 0,24 = 23,56 V Através de regra de três, concluí-se que: 1 = 8,8mV ° b) Encoder: o encoder é um sensor de posição digital, ou seja, a saída é em formato de pulsos elétricos e não de uma variação de tensão como nos potenciômetros. Do ponto de vista de construção física externa, os encoders tem semelhança com um potenciômetro.
  • 10. Figura 3.5: Encoder Internamente, no entanto, não há nenhuma similaridade com os potenciômetros. Os pulsos são gerados por um rotor que gira uma ou mais pistas circulares, concêntricas com faixas opacas e translúcidas. Sobre essas faixas é instalado um sensor foto acoplador, geralmente, foto transistor e led. O led produz luz e esta somente atinge o foto transistor nos momentos em que a faixa translúcida passa pelo sensor, desta maneira são gerados pulsos 0, quando a faixa preta passa pelo sensor e 1 quando a faixa translúcida passa pelo sensor. Figura 3.6: Princípio de funcionamento do encoder Quanto a forma de apresentação dos pulsos, os encoders podem ser classificados em: b1) Incrementais: são encoders que contam pulsos a partir de um ponto zero. O início da contagem pode ocorrer a qualquer momento, por isso são ditos incrementais. É o mesmo principio de funcionamento do mouse dos computadores. Existem vários modelos de encoders incrementais, alguns possuem apenas um canal, ou seja, apenas uma pista de faixa de forma que fornecem somente uma sequência de pulsos sem nenhuma espécie de formatação. Existem também modelos que fornecem, além da sequência de pulsos dentro de cada giro, um pulso a cada volta, assim consegue-se determinar o número de voltas. Outro modelo possui a capacidade de perceber o sentido de rotação. Um sistema para determinar o sentido de rotação consiste na utilização de dois sensores separados entre si por p+1/4, onde p é o passo do disco. Ao girar o rotor produz pulsos quadrados em cada sensor defasados de ¼ do período se o rotor estiver girando em um sentido. No outro sentido a defasagem aumenta para ¾ do período. Assim, consegue-se determinar o sentido da rotação.
  • 11. A B B SENTIDO HORÁRIO SENTIDO ANTI-HORÁRIO Figura 3.7: Funcionamento do encoder incremental A b2) Absolutos: os encoders absolutos são do tipo multi-pista. Eles possuem, internamente, um conjunto de pistas que criam um código. Desta maneira, em cada posição ele gera uma combinação de pulsos diferente. Os códigos usualmente utilizados são o Gray, o BCD ou o binário puro. Figura 3.8: Funcionamento do encoder absoluto b3) Especificação de encoders Para especificar encoders é necessário considerar alguns aspectos importantes, tais como: 1. Tipo: decidir entre um encoder incremental ou um absoluto. Em geral, os encoders absolutos são bem mais caros do que os incrementais. A decisão entre um tipo ou outro deve ser tomada em função do que se pretende desenvolver. Com o encoder absoluto sempre é possível saber a posição correta de um dispositivo, pois o código gerado é diferente para cada posição.
  • 12. Com encoder incremental, geralmente, é necessário ressetar o sistema e iniciar a partir de um ponto definido para ajustar a posição. A tentativa de ajustar posições com um encoder incremental pode levar a erros acumulativos, que ao final de um percurso podem gerar grandes distorções em relação ao desejado. Observe a figura. Suponha que o ponto A seja o ponto zero e que em quatro passos pretende-se atingir o ponto G, de modo cumulativo: - no primeiro movimento deseja se atingir B, porém, devido a erros o ponto atingido foi C; - no segundo movimento pretende-se chegar ao ponto D, porém, como já se está par-tindo de um ponto errado a tendência é que haja um erro em D que é o erro já exis-tente somado com um novo erro que pode ser introduzido; assim chega-se a E; - no trajeto seguinte ocorre o mesmo problema, com o erro tendendo a aumentar. O ponto correto seria o F porém pode-se atingir o ponto G. O procedimento recomendado para esta situação é o seguinte: - primeiro realiza-se o movimento de A para B e, do mesmo modo que no caso anterior pode haver um erro e pode-se chegar em C; - no segundo passo resseta-se a máquina, ou seja, volta-se ao ponto A (zero); - no terceiro movimento tenta-se atingir D. Pode haver um erro, porém o fato de estar partindo de um ponto conhecido a tendência é que este erro seja menor do que o obtido no modo anterior; - procede-se da mesma maneira para chegar a F. Primeiro resseta-se a máquina e, em seguida, realiza-se o movimento até F, podendo haver um erro, porém menor do que o erro obtido no modo de operação anterior. A B C D E F G Figura 3.9: Propagação de erros 2. Tensão de alimentação: existem encoders para as mais diversas tensões de alimentação. Evidentemente, deve-se escolher a que melhor se adapta ao restante do projeto; 3. Pulsos por volta (para os modelos incrementais): quanto maior for o número de pulsos por volta, maior é a sua resolução, porém, o aumento da resolução implica no aumento de custo; 4. Número de canais: (para os modelos incrementais): 5. Número de bits de resolução (para os absolutos): o aumento do número de bits de resolução implica em aumento de custo 6. Frequência máxima de operação: os encoders são limitados a certa velocidade máxima que precisa ser avaliada quando da aplicação; 7. Tipo de sinal de saída: sempre depende do restante do sistema, a não ser que seja um sistema totalmente novo onde pode ser especificado qualquer saída. Dentre as várias modalidades de sinal de saída tem-se: NPN, PNP – são saídas a transistor em coletor aberto. A saída NPN, push pull, TTL. 8. Tipo de fixação: axial ou radial.
  • 13. c) Folha de especificações típica de um encoder
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17. Figura 3.10: Folha de especificações técnicas do encoder incremental
  • 18.
  • 19.
  • 20. Figura 3.11: Folha de especificações técnicas do encoder absoluto c4) Exercícios resolvidos:
  • 21. 1. Um determinado sistema requer a monitoração de deslocamento de uma peça (P) sobre um cilindro com diâmetro de 100 mm, ligado a um motor (M) com rotação de 900 rpm. Não nenhuma possibilidade de haver escorregamento entre a peça P e o cilindro (C). Um encoder é ligado ao eixo do cilindro. Admitindo que o avanço da peça necessita ser monitorado em até 1 mm com uma precisão de 0,1 mm. Admitir que o sistema avança, produz uma peça, recua, recebe o novo material, avança novamente, produz outra peça e assim sucessivamente. Especificar o encoder incremental necessário a esta aplicação. M C P AVANÇO DA PEÇA ENCODER SENTIDO DE ROTAÇÃO DO MOTOR DURANTE O AVANÇO DA PEÇA Figura 11.14: Uso do encoder Solução: Primeiramente é necessário saber a relação entre o avanço da peça e a rotação do motor, ou seja, quantos milímetros a peça avança para cada rotação do motor. Esta relação é conseguida através do diâmetro do cilindro. Avanço d. = π Avanço = 100.3,14 Avanço = 314mm Assim, a cada rotação a peça avança 314 mm. Conforme solicitado é necessária uma definição de 1 mm com exatidão de 0,1 mm. Ou seja são necessários, no mínimo, 10 pulsos por milímetro de avanço. O encoder pode então ser especificado: Número _ de _ pulsos = 314x10 Número _ de _ pulsos = 3140 / rotação Precisa-se de um encoder com, no mínimo 3140 pulsos por rotação. As demais especificações são todas obtidas do enunciado do problema: - frequência máxima de operação: 900rpm ou 15 Hz; - Necessita de dois canais, pois é necessário determinar o sentido de rotação do motor; 2. Resolver o mesmo exercício anterior utilizando um encoder absoluto com saída digital direta. Neste caso é necessário especificar o número de bits de resolução. Solução: A relação entre o avanço da peça e a rotação já é conhecida do problema anterior, 314 mm por rotação.
  • 22. Para obter a resolução de 0,1 mm são necessárias 3140 posições. Para a saída digital direta vale a seguinte relação: x 2 = 3140 x ln(2 ) = ln(3140) x.ln(2) = ln(3140) ln(3140) = = ln(2) x x = 11,6 Onde x representa o número de bits necessários. 8,052 0,693 Observar que 11 bits são poucos e 12 bits é o primeiro inteiro superior a 11,6. Isto significa que o encoder precisa ter uma resolução de 12 bits. As demais especificações são as mesmas do problema anterior. d) Sincros e resolvers: são transdutores de posição angular eletromagnéticos. Seu principio de funcionamento se resume em um transformador onde um dos enrolamentos é rotativo. Na figura é mostrado em sincro trifásico. Quando se aplica uma tensão ao enrolamento rotativo, se recolhe em cada fase dos enrolamentos estáticos uma tensão cujo valor é dado por: V = V .senθ 1 2 Figura 3.12: Funcionamento do sincro Onde V1 e V2 são tensões que dependem dos aspectos construtivos do sincro e θ é o ângulo entre o enrolamento fixo e o enrolamento rotativo. Observar que, pelo fato do estator ser trifásico é possível determinar, além do deslocamento, também seu sentido. No caso de existir somente uma fase no estator há uma indefinição do sentido do deslocamento, visto não haver outras fases para realizar a comparação de tensões. Para solucionar este problema foi implementado um sincro com uma configuração especial, denominado de resolver. Os
  • 23. enrolamentos do estator são alimentados em série, produzindo um campo estacionário sobre o eixo y. Os enrolamentos do rotor recolhem tensões diferentes em função da montagem. Figura 3.13: Funcionamento do resolver e) Inductosym: os sensores inductosym possuem como principio de funcionamento eletromagnético e são utilizados em máquinas de controle numérico. O dispositivo consiste de uma régua estática e um cursor que se movimenta sobre ela. A régua contém um filme metálico com a forma de uma onda quadrada, com um período (g) em (mm). O cursor tem dois padrões semelhantes e quando acoplado à régua o sistema se comporta como um transformador plano, assim o cursor será o primário e a régua o secundário. Se forem aplicadas tensões no primário: com ω = frequência da excitação A tensão no secundário será: e e.sen( .t) 1 = ω e e.cos( .t) 2 = ω e = e .sen( ω .t + g.s) s x sendo s = o deslocamento da bobina e1 em um período. Notar que se completará um ciclo quando o deslocamento é igual a um período da régua.
  • 24. Figura 3.14: Funcionamento do inductosym f) Laser: o laser é utilizado na detecção de distância utilizando as propriedades da interferência de raios luminosos. Em geral, a emissão do laser é pulsada em certa frequência de operação. O princípio de funcionamento se baseia na superposição de duas ondas de mesma frequência: uma direta e outra refletida. A onda resultante passa por valores máximos e mínimos de acordo com a fase do sinal refletido (franjas). Os sensores industriais geram um raio de luz que se divide em duas partes ortogonais mediante um separador. Um raio é aplicado sobre um espelho plano fixo, enquanto que o outro se reflete no objeto em que se deseja determinar a distância. Os dois raios se sobrepõem novamente no separador, de forma que ao separar-se geram máximos mínimos a cada múltiplo do comprimento de onda da luz. A distância é determinada contando as oscilações (conhecidas também como franjas), obtendo-se uma saída digital de grande precisão. GERADOR DE RAIOS LASER ESPELHO PLANO SEPARADOR DE RAIOS RAIO REFLETIDO RAIO ENVIADO CONJUNTO FOTODETECTOR CONTADOR VISUALIZADOR DE FRANJAS OBJETO QUE SE DESEJA DETERMINAR A DISTÂNCIA VISUALIZADOR MÉTRICO PROCESSADOR Figura 3.15: Funcionamento do sensor laser g) Ultrassônicos: os sensores ultrassônicos baseiam-se no princípio da reflexão do som. É emitido um raio ultrassônico, geralmente pulsado, com frequência da ordem de 200 kHz ou mais, que atinge o objeto do qual se quer determinar a distância e mede-se o tempo até o retorno do sinal refletido. Usualmente são empregados para detectar o nível em depósitos de sólidos, falhas do tipo gretas em montagens industriais, profundidade de água, medições remotas de distância, etc. h) Fotoelétricos de triangulação: os sensores fotoelétricos de triangulação conseguem determinar a distância em que se encontra um ponto utilizando diodos sensíveis à posição. São utilizados dois receptores e tanto os receptores como o emissor são munidos de lentes asféricas que permitem maior precisão de detecção. O sensor funciona da seguinte maneira: o emissor emite um feixe de luz que é refletido pelo objeto alvo. A luz refletida chega às lentes asféricas dos receptores que se encarregam de concentrar a luz em um ponto dos diodos sensíveis à posição. Este componente tem a característica de fornecer duas correntes elétricas que são proporcionais ao ponto de incidência da luz. Como o ponto de incidência da luz nos diodos muda de acordo com a posição do objeto pode-se, através de um circuito de controle, selecionar a área de detecção do sensor. Além disso, pelo fato destes diodos não dependerem da quantidade de luz refletida pelo objeto e sim de sua posição, pode-se detectar objetos de diferentes cores ou multicoloridos sem a necessidade de reajustar a sensibilidade.
  • 25. 4. SENSORES PARA DETECÇÃO DE EVENTOS Os sensores para detecção de eventos podem ser utilizados na indústria como contadores, sensores de velocidade, sensores e posição, etc. O único detalhe é que é necessário conhecer muito bem as características de utilização para poder escolher o sensor adequado para cada finalidade. Um sensor indutivo, que será visto em seguida, pode ser utilizado como detector de um evento, aproximação de uma parede, por exemplo. Pode também ser utilizado como contador de eventos, cada peça que passa próximo a ele gera um pulso que é contado em um contador eletrônico, controlador lógico programável, computador ou qualquer outro processo. Ele também pode ser utilizado como medidor de velocidade. Neste caso é feita uma relação entre a quantidade de pulsos contados em cada período de tempo. Suponha que uma roda dentada com 60 dentes é conectada a um eixo. Cada vez que o sensor acumular 60 pulsos será 1 giro do eixo. O mesmo sensor pode também ser utilizado para indicar posição. No mesmo exemplo da roda dentada com 60 dentes, pode-se observar que cada dente corresponde a um giro de 6 graus. Isso pode ser utilizado para determinar a posição de alguma peça. 4.1. Sensor indutivo: O sensor indutivo, também conhecido como sensor de proximidade, é capaz de detectar a presença (ou não) de um objeto metálico quando este estiver a determinada distância da sua face (distância sensora). Seu princípio de funcionamento é baseado na geração de um campo eletromagnético de alta frequência, que é desenvolvido por uma bobina ressonante instalada na face sensora (Figura 4.1). Figura 4.1: Funcionamento do sensor indutivo A bobina faz parte de um circuito oscilador, que em condição normal (não acionada), gera um sinal senoidal. Quando um metal se aproxima do campo, este através da corrente de superfície absorve energia, reduzindo a amplitude do sinal gerado no oscilador. Esta variação do valor original é, então, detectada e aciona o estágio de saída. Na Figura 4.2 pode-se observar o diagrama eletrônico simplificado de um sensor indutivo.
  • 26. Figura 4.2: Diagrama eletrônico do sensor indutivo Vantagens do uso de sensores indutivos ao invés de chaves fim de curso convencionais - Número de manobras: por não ter partes móveis (acionamento estático), a capacidade de operação de um sensor indutivo é muito maior que uma chave convencional; - Ausência de contato físico: como se trata de um sensor de proximidade, não há necessidade de contato físico com a parte em movimento. Novamente, isso contribui para o aumento significativo da vida útil do sistema; - Velocidade de atuação: ela é maior que a de uma chave mecânica, uma vez que não há inércia na sua operação. A Figura 4.3 ilustra um exemplo do campo de atuação, tendo como referência sua superfície ativa. Figura 4.3: Campo de atuação do sensor indutivo A Figura 4.4 traz alguns exemplos de aplicação. Figura 4.4: Aplicações do sensor indutivo Outro "nome" atribuído ao sensor indutivo é sensor "não faceado". Essa denominação origina-se
  • 27. do aspecto de instalação do componente, que por razões óbvias deve ter uma "zona livre" de metal ao seu redor. Através da Figura 4.5, pode-se estimar as distâncias mínimas que um sensor deste tipo deve respeitar, caso seu alojamento seja metálico, a fim de que não ocorram comutações errôneas. Figura 4.5: Atuação do sensor indutivo Como será visto a seguir, sensores para materiais isolantes (não metálicos) são, também, classificados como faceados, uma vez que "faceiam" seu alojamento sem correr riscos de acionamento indevido. Os sensores industriais, sejam eles indutivos ou não, podem ter suas saídas nas configurações pnp ou npn. A Figura 4.6 mostra como, no primeiro, caso (pnp) a comutação da carga é feita através do polo positivo da fonte. Tomando um CLP como exemplo, a carga seria acionada com + 24 Vcc no seu terminal livre. Já a configuração npn conecta a carga ao zero volt, uma vez que essa já está com o polo positivo ligado. Figura 4.6: Sensor indutivo PNP e NPN As saídas, normalmente, podem ser de 2, 3, ou 4 condutores, sendo esse último com (no mínimo) um contato tipo NA e um NF (Figura 4.7).
  • 28. Figura 4.7: Tipos de saídas de sensores indutivos 4.2. Sensor capacitivo: Ao contrário do sensor indutivo, que funciona através da formação de um campo eletromagnético e é indicado para detecção de partes metálicas, o capacitivo funciona segundo um campo elétrico e é ideal para sensoriar materiais isolantes (líquidos, plásticos, vidros, entre outros). Para compreender melhor como ele faz isso, é necessário relémbrar alguns conceitos básicos dos capacitores. A capacidade de armazenar cargas de um capacitor, pode ser expressa pela fórmula: Onde; e = constante dielétrica ou permissividade. S = área entre placas d = distância entre placas. Concluí-se, então, que a capacidade de armazenar cargas do componente é diretamente proporcional a área formada entre as placas e a constante dielétrica, e inversamente à distância entre elas. Como referência, o ar possui uma constante dielétrica e0 = 1. Convém lembrar que este valor é uma referência, e que dizer que "1" é igual a 8,9 x 10-12 F/m (Faraday/metro). A seguir, na Tabela 4.1 é apresentada a constante dielétrica dos materiais mais comuns. Quando se atribui 2 à madeira, por exemplo, significa que, fisicamente, ela apresenta 17,8 x 10-12 F/m (2 x eo). Tabela 4.1: Constante dielétrica de materiais mais comuns
  • 29. T A detecção do objeto neste tipo de sensor ocorre segundo uma variação da capacitância. Conforme se viu, esta depende de três variáveis em um capacitor. No sensor capacitivo, entretanto, duas delas já são fixadas e determinadas na concepção do dispositivo (S e d). A Figura 4.8 mostra que a diferença fundamental entre o sensor capacitivo e o capacitor convencional é que as placas não estão uma de frente para a outra, mas sim uma ao lado da outra. A área e a distância entre elas é fixa, e como as placas estão dispostas segundo esta geometria, a capacitância do elemento na ausência de um material dielétrico pode ser considerada desprezível. Figura 4.8: Capacitor convencional X sensor capacitivo Uma vez que um objeto dielétrico aproxima-se, porém, ao adentrar no campo elétrico sob a superfície do eletrodo, causa uma mudança na capacitância do conjunto. Este fenômeno produz uma oscilação com uma amplitude tal que seja detectada por um circuito e convertida em um comando para a comutação do estado da saída (Figura 4.9).
  • 30. Figura 4.9: Funcionamento do sensor capacitivo Resumindo, o sensor capacitivo funciona de acordo com a variação da constante dielétrica do material a ser detectado, através de um campo elétrico, e cuja alteração da sua capacitância aciona um comando de chaveamento na saída. 4.3. Sensores ópticos Os sensores óticos, além de serem utilizados para a detecção de distância entre corpos, conforme já visto anteriormente, servem também para a detecção de eventos. Existem várias configurações que podem ser utilizadas para este fim. a) Difuso Nesta configuração, o transmissor e o receptor são montados na mesma unidade, sendo que o acionamento da saída ocorre quando o objeto a ser detectado entra na região de sensibilidade e reflete para o receptor a feixe de luz emitido pelo transmissor (Figura 4.10). Figura 4.10: Sensor ótico difuso b) Reflexivo O sensor óptico reflexivo, também conhecido como retro-reflexivo, assim como o difuso, tem o transmissor e o receptor montados em uma única unidade. O feixe de luz chega ao receptor após a incidência em um espelho e o acionamento da saída ocorre quando o objeto interrompe o feixe (Figura 4.11).
  • 31. Figura 4.11: Sensor ótico reflexivo Este tipo de sensor é muito utilizado em segurança de áreas, conforme se pode ver na Figura 4.12 . Um robô é cercado por um feixe infravermelho que, após reflexões sucessivas, atinge o receptor. Caso um objeto interrompa esse feixe, o sensor será atuado, paralisado o trabalho. Figura 4.12: Aplicação do sensor ótico reflexivo Um cuidado a ser tomado na utilização de um sistema como este, é orientar o usuário quanto a limpeza dos sensores e espelhos. A sujeira pode gerar acionamentos indevidos. Caso o ambiente seja muito rico em poeira ou qualquer outra partícula em suspensão (névoa de óleo, por exemplo), talvez seja mais indicado utilizar outro tipo de sensor.
  • 32. c) Barreira de Luz Este sensor, ao contrário dos dois anteriores, é montado em duas unidades distintas: uma transmissora e outra receptora. Cada unidade fica de um lado da trajetória do objeto-alvo, uma vez que este interrompe o feixe, e o sensor é ativado. Atualmente este é o tipo de sensor mais utilizado para realizar proteção de máquinas industriais onde o operador manipula objetos com a mão. 4.4. Sensores ultra-sônicos: O sensor ultra-sônico emite pulsos cíclicos ultra-sônicos que, quando refletidos por um objeto, incidem no receptor, acionando a saída do sensor. Tanto o emissor como o receptor estão montados na mesma unidade, portanto, é necessário que haja uma reflexão (eco) do ultra-som de modo que este ative o receptor. Figura 4.13: Utilização do sensor ultrassônico Neste caso também se deve ter cuidado quando se decidir utilizar um sensor deste tipo, devido ao alinhamento angular. Dependendo da inclinação do alvo o eco pode desviar-se para uma direção diferente do sensor, não chegando ao receptor (localizado no mesmo componente). Geralmente este tio de sensor permite uma inclinação máxima de mais ou menos 3º (figura 4.13). Assim como o óptico, o sensor ultra-sônico pode suprimir o fundo (desprezar o eco do que não é objeto alvo de detecção). Neste caso, tem-se o tipo de barreira de reflexo. Vale reparar que o sensor ultra-sônico pode operar tal qual um óptico, no que se refere a capacidade de detecção (Figura 4.14).
  • 33. Figura 4.13: Utilização do sensor ótico e ultrassônico 4.5. Sensores de temperatura: A temperatura é a medida da agitação molecular de um corpo. A impossibilidade de realizar diretamente esta medição conduziu ao desenvolvimento de métodos indiretos de medida. Estes métodos estão baseados nos efeitos da temperatura sobre a matéria. Os principais sensores utilizados são: a) Termopar: A temperatura é medida através de uma diferença de tensão originada na junção de dois metais diferentes posicionados em dois locais com temperaturas diferentes. Uma das junções é a de medição; a outra, a de referência. A junção de medição é colocada junto ao material cuja temperatura se quer medir enquanto a outra junção é colocada em um ambiente com temperatura conhecida. Quando existe diferença entre as temperaturas das duas junções, é gerada uma diferença de potencial entre as mesmas (Figura 4.14). O valor desta diferença de potencial relaciona-se à temperatura da junção de medição. Na prática, os sensores do tipo termopar são feitos de várias ligas de metais, de acordo com a faixa de temperatura que se deseja medir. Por exemplo: o termopar cobre/constantam é útil na faixa de -180°C a 400°C; o platina/platina-ródio é utilizável na faixa de 0°C a 1500°C. Figura 4.14: Princípio de funcionamento dos termopares. A junção A é a de referência. B é a junção de medição b) Termistor: A resistência elétrica é uma característica afetada pela temperatura em, praticamente, todos os elementos resistivos utilizados. Para alguns tipos de materiais, a resistência é alterada de modo significativo pela temperatura. Estes materiais são utilizados para a fabricação de um tipo especial de resistor, denominado termistor. Em geral, são fabricados com óxidos de vários metais, como níquel, manganês, ferro, cobalto e cobre, encapsulados em resina epóxi ou em vidro. A medição cuidadosa da resistência serve como indicativo da temperatura com precisão típica de ±0,1°C. Com estes dispositivos é possível alcançar resolução de 0,001°C. Podem ser utilizados dentro de faixas de temperatura que vão deste -80°C até 150°C. Existem dois tipos de termistores, os PTC (Positive Temperature Coefficient – coeficiente positivo de temperatura) e os NTC (Negative Coefficient Temperature – coeficiente negativo de temperatura). Nos termistores tipo PTC, a resistência é diretamente proporcional à variação da temperatura. Nos NTC, a resistência decresce com o aumento da temperatura, porém, a variação não é linear (Figura 4.15).
  • 34. PTC Temp (°C) R (Ω) NTC Figura 4.15: Curvas características de variação da resistência em função da temperatura nos termistores c) Semicondutor: os sensores de temperatura baseados em semicondutores aproveitam a propriedade das junções PN de alterarem a sua queda de tensão em função da temperatura. Pode-se demonstrar que, para uma junção PN de silício, a queda de tensão varia da seguinte maneira (MALVINO, 1997): dV/dt = -2mV/°C Esta variação da queda de tensão passou a ser utilizada para construir sensores de temperatura. Estes sensores são bastante lineares e muito sensíveis, dentro da sua faixa de atuação. Atuam em faixas de temperatura desde -80°C até 150°C. Atualmente, vários sensores a semicondutor fornecem saída de sinal digital. Estes são, geralmente, constituídos por um sensor analógico (tipo junção semicondutora), acoplado a um circuito eletrônico condicionador de sinal, que converte a variação de queda de tensão em sinais digitais. Na apresentação dos componentes utilizados neste trabalho são mostradas as características dos sensores aqui utilizados. Um dos mais conhecidos sensores de temperatura a semicondutor é o LM35. Este circuito integrado é muito parecido com um transistor comum, no entanto ele é um excelente sensor de temperatura Figura 4.16: O sensor de temperatura LM35 O LM35 possui uma saída linear quer varia em 10mV/°C dentro de uma faixa o operacional de -55°C a 150°C.
  • 35. 4.6. Sensores de umidade: Existem vários sensores que possibilitam a medição da umidade relativa do ar. Dois deles, bastante difundidos são: a) Resistivo: Estes utilizam a propriedade de alguns materiais (certos polímeros orgânicos) de alterar sua resistência elétrica em função da umidade. Estes sensores possuem uma relação não linear entre a resistência e a umidade. Em geral, não conseguem apresentar resultados em toda a faixa de medição, a qual é de 0% a 100% de umidade relativa. b) Capacitivo: São construídos em forma de um capacitor. Duas lâminas metálicas separadas por um material isolante que forma o dielétrico. A umidade do ar afeta a constante dielétrica do material isolante, alterando a capacitância do conjunto. Um indicativo usual da umidade, quando são utilizados sensores capacitivos, é a frequência de oscilação de um circuito, que varia em função da alteração da capacitância. Estes sensores possibilitam medição em toda a faixa (0% a 100% de umidade relativa) permitem a construção de aparelhos portáteis. Por isso, popularizaram-se a tal ponto que atualmente dominam o mercado. Em geral, o sinal de saída desses sensores é uma tensão proporcional à umidade relativa. A Figura 4.16 mostra o sinal de saída e o aspecto físico típico de um sensor de umidade comercial. Figura 4.17: Sinal de saída do sensor de umidade HIH3610 (Honeywell) Outro sensor de umidade extremamente prático e que vem se difundindo muito é o HS1101 da Humirel. Esse sensor é do tipo capacitivo e, em geral ele é utilizado em circuitos osciladores.
  • 36. Figura 4.17: Sensor HS1101 e variação de capacitância em relação a umidade relativa Figura 4.18: Circuito típico de utilização do sensor HS1101 4.7. Sensores de deslocamento de fluxo de ar: O deslocamento do fluxo de ar é medido deforma indireta. O que se mede é o efeito do deslocamento do ar sobre algum componente. Dentre as várias maneiras disponíveis no mercado tem-se: a) Mecânicos do tipo ventoinha: O sensor é uma ventoinha exposta ao fluxo de ar. Sua rotação é proporcional à velocidade do fluxo de ar. Basta, portanto, criar uma escala que relacione taxa de rotação da ventoinha com a velocidade do ar. Este sistema é muito prático para estações meteorológicas e para locais onde a velocidade do ar é suficientemente elevada para vencer o atrito dos mancais (ou rolamentos) da ventoinha; b) Térmicos: A anemometria térmica é uma técnica de medição de velocidade de fluidos que vem sendo estudada e utilizada há várias décadas. Fundamentalmente, baseia-se no princípio de que um elemento resistivo aquecido, quando submetido a um fluxo de fluido, perde calor, diminui sua temperatura e altera sua resistência elétrica. A variação da temperatura ou de sua resistência elétrica podem ser utilizadas como indicativo da velocidade do fluido a que foi submetido. O termistor (elemento geralmente utilizado como sensor) deve ser mantido a uma temperatura suficientemente elevada, de modo que a influência da temperatura ambiente não tenha efeitos
  • 37. significativos sobre a medição, ou deve possuir uma correção de leitura em função da temperatura ambiente. Para determinar-se a velocidade de um fluido, utilizando-se anemometria térmica, pode-se empregar duas técnicas: - mantém-se a potência entregue ao termistor constante e mede-se a sua temperatura. Neste caso, a temperatura do termistor é um indicativo da velocidade do fluido. Assim, necessita-se de um termômetro para obter a grandeza desejada o que se constitui em um complicador para a utilização deste método. - varia-se a potência entregue ao termistor de forma a mantê-lo com temperatura constante. Neste caso, a potência entregue é um indicativo da velocidade do fluido. Caso lhe seja suprida uma corrente constante, então, pode-se utilizar a queda de tensão sobre o elemento resistivo para determinar a velocidade do fluido. Este é o método de determinação de velocidade do fluxo de ar utilizado neste trabalho. Os sensores utilizados na anemometria térmica, geralmente, são termistores com inércia térmica suficiente baixa para serem sensíveis às mínimas variações do fluxo de ar. A Figura 4.18 mostra um típico sensor do tipo termistor. Figura 4.18: Termistores utilizados em anemometria 4.8. Sensores de peso: Basicamente os sensores de peso são as células de carga. Atualmente não se utiliza outro tipo de sensor que não seja esse. Célula de carga é um dispositivo eletromecânico que mede a deformação ou flexão de um corpo, através de uma pequena mudança na sua resistência elétrica interna em função da carga aplicada. Essa resistência variável é denominada de extensômetro (strain gage). A variação da resistência é captada por um circuito denominado de ponte de Wheatstone. O tipo de aplicação da célula é o fator determinante para a escolha da quantidade de extensômetros e configuração do circuito da ponte. Figura 4.19: Aspecto físico de uma célula de carga
  • 38. Figura 4.20: Ponte de Wheatstone Os resistores R são fixos e SG1 é a célula de carga. Eo é a tensão captada no circuito eletrônico. A ponte de Wheatstone pode ser calibrada para que a tensão Eo seja 0 Volts. Qualquer pequena variação na resistência SG1 faz com que essa tensão deixe de ser 0 Volts. Essa tensão é processada em um circuito eletrônico e transformada em uma escala de peso. 4.9. Sensores de pressão: A medição da pressão pode ser feita de várias maneiras. Uma das mais antigas é o medidor mecânico, como mostrado na figura 4.21. Figura 4.21: Medidor de pressão mecânico Evidentemente o processo mecânico de medição de pressão não é adequado por não fornecer um sinal elétrico tratável em circuitos eletrônicos. Por isso foram desenvolvidos outros sensores para a pressão. Dentre os mais importantes temos: a) Sensores de pressão capacitivos: funcionam de modo semelhante ao sensor de umidade capacitivo. A pressão deforma uma das placas de um capacitor fazendo com que a capacitância varie. Essa variação de capacitância pode ser tratada em circuitos eletrônicos.
  • 39. Figura 4.22: Estrutura interna de um sensor de pressão capacitivo e aspecto físico b) Sensores de pressão a semicondutor: Os sensores desta modalidade funcionam através de um princípio encontrado nos semicondutores, que é a mudança da resistência interna em função da pressão. Essa mudança da resistência interna é captada por um circuito eletrônico que faz as devidas conversões para poder ser transformada em um sinal elétrico utilizável. Figura 4.23: Estrutura interna de um sensor de pressão a semicondutor e aspecto físico Atualmente o sensor de pressão a semicondutor é o mais utilizado. Além do fator custo há também o fato de que ele não possui partes móveis. 4.10. Sensores para medição de grandezas elétricas: As grandezas elétricas, voltagem, corrente, resistência, potência, etc, no passado eram medidas por instrumentos mecânicos. Com o advento do processamento eletrônico de sinais foi necessário desenvolver dispositivos eletrônicos com saídas padronizadas para estas medições. Vejamos alguns existentes no mercado: a) Sensor de corrente: O sensor mais comum para a medição da corrente elétrica é o transformador de corrente (TC). O TC nada mais é do que transformador onde o primário é simplesmente um condutor que passar por dentro dele. Esse condutor induz uma corrente no secundário proporcional a corrente que passa pelo condutor principal.
  • 40. Figura 4.24: Transformador de corrente Para facilitar a manipulação dos resultados obtidos foram implementados transformadores de corrente acoplados com circuitos eletrônicos que possibilitam saídas padronizadas para utilização em controladores lógicos programáveis ou outros dispositivos. A figura seguinte mostra um sensor de corrente com saída padronizada 0-10Vcc ou 4-20mA para uma entrada de 0-100A. Figura 4.25: Sensor de corrente com saída padronizada b) Sensor de voltagem ou de potencial: A voltagem sempre foi medida de forma direta ou através de transformadores de potencial (TP). Os Tps são similares aos transformadores de corrente, com a única diferença que o sinal de saída aqui é em volts e não em amperes. Figura 4.26: Transformador de potencial Na figura 4.26 a tensão elevada é conectada às duas buchas de porcelana e a tensão de saída (amostra para medição0 é retirada nos dois pinos menores que aparecem entre os de porcelana.
  • 41. Para facilitar a manipulação dos resultados obtidos foram implementados transformadores de potencial acoplados com circuitos eletrônicos que possibilitam saídas padronizadas para utilização em controladores lógicos programáveis ou outros dispositivos. A figura seguinte mostra um sensor de voltagem do tipo transformador de potencial com saída padronizada 4-20mA para uma entrada de 0-1000V. Este modelo possui também saída RS485 com protocolo MODBUS para leitura em sistemas supervisórios. Figura 4.27: Sensor de voltagem com saída 4-20mA ou rS485 c) Sensores de potência elétrica: Os sensores de potência elétrica são, no fundo sensores de corrente junto com sensores de voltagem e um circuito eletrônico que realiza as operações matemáticas necessárias para calcular a potência. Existem sensores para potência ativa, reativa, monofásicos, trifásicos, etc. 5. ATUADORES Dentro de uma malha de controle, o elemento final de controle, que tem por objetivo reposicionar uma variável, de acordo com um sinal gerado por um controlador, é chamado de atuador, pois atua diretamente no processo, modificando as suas condições. São dispositivos utilizados para conversão de sinais elétricos provenientes dos controladores, em ações requeridas pelos sistemas que estão sendo controlados. Tal procedimento pode ocorrer: - Sem necessidade de operador, - Com operador supervisionando continuamente, ou agindo em tempo real. Em geral sistemas automáticos não precisam de operador. O atuador efetua a operação para a qual foi projetado de forma totalmente automática. Do ponto de vista da energia utilizada para realizar o efeito sobre o processo, os atuadores podem ser classificados em: - Pneumáticos: Utilizam algum gás comprimido para realizar a atuação. Em geral este gás comprimido é o próprio ar atmosférico.
  • 42. Este tipo de atuador é normalmente empregado em sistemas onde se requer altas velocidades nos movimentos, com pouco controle sobre o posicionamento final, em aplicações onde o torque exigido é relativamente baixo. Figura 5.1: Válvula pneumática Os atuadores pneumáticos mais conhecidos, e comumente utilizados, podem ser distribuídos por processo : Processos de Manufatura Lineares - Pistões de simples e dupla ação. Rotativos - Motores pneumáticos. Se o acionamento é bastante simples, comandado por eletroválvulas que controlam os fluxos de ar no sistema, controlando os movimentos, o controle neste tipo de atuador se restringe ao comando destas válvulas e seu acionamento requer apenas drives para estes relés. As principais características deste tipo de acionamento são o baixo peso e a baixa manutenção. Processos Contínuos Em processos contínuos, a válvula de controle é um atuador capaz de regular a vazão de um fluído (líquido, gás ou vapor) que escoa através de uma tubulação, por meio do posicionamento relativo de um obturador que obstrui a área livre de passagem do fluído. Nestas válvulas a atuação é feita, na maioria das vezes, por dispositivos pneumáticos, por isto são chamadas também de válvulas de controle pneumáticas. - Hidráulicos: Utilizam fluido líquido para realizar a atuação. Este fluido pode de água, óleo mineral, etc. Ex: Pistões hidráulicos, válvulas hidráulicas, etc. São utilizados principalmente em sistemas onde são requeridos elevados torques, sobretudo no acionamento de máquinas de grande porte e em robôs de alta velocidade de posicionamento. Assim como no caso dos atuadores pneumáticos, estes podem ser lineares (pistão simples ou dupla ação) ou rotativos (motores hidráulicos). Seu acionamento, assim como no caso dos pneumáticos, é bastante simples, comandado por eletroválvulas que controlam os fluxos de óleo do sistema, controlando os movimentos. O controle neste tipo de atuador se restringe ao comando destas válvulas e seu acionamento requer apenas circuitos de controle (drives) para estes relés. Características • Alto torque desenvolvido; • Alta relação torque/peso; • Alta performance; • Baixa manutenção.
  • 43. Figura 5.2: Vista em corte de um cilindro hidráulico Atuadores Elétricos Este tipo de atuador é o mais empregado em aplicações industriais de uma forma geral. As facilidades de instalação, os baixos custos de instalação e o desenvolvimento de drives eletrônicos para seu acionamento fizeram deste tipo de atuador o mais popular, não apenas em uso industrial, mas também para uso geral. Aplicações • Bombas; • Válvulas de controle (atuador elétrico); • Eixos de máquinas ferramenta; • Articulações de Robôs; • Esteiras; • Damper ou abafador de caldeiras; • etc. Tipos de atuadores elétricos Motor de passo Devido à simplicidade do acionamento admitido por este tipo de motor, foi o acionamento mais utilizado para controle de posicionamento em máquinas-ferramenta, até o final da década de 70. Atualmente eles estão caindo em desuso devido à redução dos custos e das dificuldades de acionamento dos demais tipos de motores. Suas características gerais são: • Baixo Torque; • Acionamento simples; • Baixa relação peso/potência. Mesmo com algumas características não muito favoráveis, foi muito utilizado, pois a simplicidade do controle de seu acionamento compensavam suas limitações. São comumente utilizados, hoje, em sistemas que operam e malha aberta, não exigindo a presença de sensores ou controladores mais elaborados. Sua maior aplicação está em periféricos para informática.
  • 44.
  • 45. Figura 5.3: Especificações técnicas de um motor de passo Motor de corrente contínua O desenvolvimento da microeletrônica e da eletrônica de potência viabilizou o acionamento de outros tipos de motores elétricos além dos motores de passo. Tendo um desempenho muito superior ao motor de passo, o motor CC o substituiu em algumas aplicações , pois seu acionamento e controle também são bastante simples.
  • 46.
  • 47. Figura 5.4: Especificações técnicas de um motor de corrente contínua Motor de corrente alternada síncrono As inovações construtivas destes motores possibilitaram a sua utilização em acionamentos que até então eram desenvolvidos para motores CC. Estas inovações também determinaram o barateamento e o aumento de eficiência dos acionamentos aplicados a este tipo de motor.
  • 48.
  • 49. Figura 5.5: Especificações técnicas de um motor síncrono Motor de corrente alternada assíncrono (de indução) Este tipo de motor é largamente utilizado em acionamentos onde controles de velocidade e posicionamento não são requeridos, devido ao seu baixo custo e robustez. O desenvolvimento de novas técnicas e dispositivos para acionamento destes motores, abrem uma perspectiva para sua utilização também em acionamentos de máquinas-ferramenta, como também em qualquer sistema de controle de posicionamento ou velocidade. Atualmente a maioria dos equipamentos de comando numérico se utilizam de motores CA acionados pelos chamados inversores de frequência