3. Epidemiologia
Ocorre em crianças que apresentam 4 a 6 episodios
de doença respiratória (IRA) por ano;
2 a 3% evoluem para pneumonia;
80% das mortes por IRA é devido à pneumonia.
4. Fatores de risco
Desnutrição
Baixo peso ao nascer
Idade
Permanência em creche
Pneumonias prévias
Baixa imunidade
Ausência de aleitamento materno
História Vacinal incompleta
Baixo nível sócio-econômico
Outros
5. Etiologia
RN < 3 dias
-Streptococcus grupo B, Gram negativo (E. Coli),
Listeria sp. (pouco comum)
RN > 3 dias
-Staphylococcus aureus, Staphilococcus
epidermidis e Gram negativos.
1 a 3 meses
-Virus sincicial respiratório, Chlamydia
trachomatis, Ureaplasma urealyticum
7. Manifestações Clínicas
Precedida por um quadro de infecção viral alta
Taquipnéia fora do período febril
< 2 meses: FR>60 irpm
2 a 12 meses: FR> 50 irpm
1 a 5 anos: FR > 40 irpm
Desconforto respiratório
Tiragens
Batimento de asa de nariz
Retração de fúrcula
Uso de musculatura acessória
8.
9. Manifestações Clínicas
Bacteriana: tosse produtiva, febre alta, dor abdominal ou
torácica, prostração, hiporexia.
Viral: início mais gradativo com cefaléia, mal estar, tosse
não produtiva e febre.
Atenção: Pneumonia afebril do lactente: instalação
insidiosa, iniciando com coriza ou obstrução nasal,
seguido por tosse, às vezes com paroxismos de aspecto
coqueluchoide, taquipnéia leve ou moderada e
preservação do estado geral (< 3 meses ).
11. Diagnóstico
Clínico e radiológico.
Etiológico é infreqüente.
Cultura orofaringe pouca utilidade.
Análise de escarro (idade).
Punção pulmonar (risco pneumotórax).
Hemocultura positiva em 20% dos casos.
Hemograma, VHS e PCR, pouco específicos.
21. Indicação de hospitalização
< 2 meses: internar sempre.
Sat O2 < 92%, cianose.
Falha da terapêutica ambulatorial.
Dificuldade respiratória.
Apnéia intermitente.
Impossibilidade de se alimentar.
Doença grave concomitante.
Incapacidade da família em tratar o paciente em
domicílio.
Sinal radiológico de gravidade.
25. Tratamento - hospitalar
Antibioticoterapia de acordo com a faixa etária.
Mudança da via parenteral para oral:após o 2º dia de
estabilização clinica.
Tempo de antibiótico: 3 a 5 dias após o
desaparecimento dos sintomas clínicos.
Sibilos e insuficiência respiratória:associar
broncodilatadores e corticosteroides.
27. Complicações
Derrame pleural (mais frequente).
Deve ser investigado quando há falha terapêutica
após 48-72h de tratamento adequado.
Toracocentese indicada quando coleção maior que
10mm no Rx de torax em Laurell e enviar material
para estudo.
Drenagem se empiema ou derrame pleural
complicado.
31. Critérios de alta
Eupnéico.
Aceitando medicação oral.
Afebril há 48h.
SatO2 >92%.
32. Referências Bibliográficas
Sociedade Bras Pneumo e Tisiologia e Sociedade
Brasileira de Pediatria.Projeto Diretrizes
Pneumonia adquirida na comunidade na
infancia. 2011;
Jornal Bras Pneumo Diretrizes brasileiras em
pneumonia adquirida na comunidade em
pediatria. 2007;33: Supl. 1S;
Gomes VLA, Maia EPM. Diretrizes clínicas.
Pneumonia Comunitaria nas Crianças; Rev.
Saúde Criança Adolesc. 2011; 3 (2): 61-67 61.