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A poesia de
Cesário Verde
Linguagem e estilo
 Vocabulárioobjetivo, frases
    curtas, linguagem coloquial e prosaica.



“O resmungão! Que barbas! Que sacolas!
Cheirava a migas, a bafio, a arrotos;
Dormia as noutes por telheiros rotos,
E sustentava o burro a pão de esmolas.”   em “Os Irmãozinhos”
 Versos      alexandrinos e do decassilábicos

“Eu hoje estou cruel, frenético, exigente;
Nem posso tolerar os livros mais bizarros.
Incrível! Já fumei três maços de cigarros
Consecutivamente.”                         em “Contrariedades”
 Assíndeto


“Eu que sou feio, sólido, leal,
A ti, que és bela, frágil, assustada.”   em “Eu, que sou feio…”
 Grande       carga adjetival

“Milady, é perigoso contemplá-la,
Quando passa aromática e normal,
Com seu tipo tão nobre e tão de sala,
Com seus gestos de neve e de metal.”    em “Deslumbramentos”


“E eu, nesse tempo, um destro e bravo rapazito,”      em “Poema em
Petiz”


“E, tetas a abanar, as mães, de largas ancas,
Desciam mais atrás, malhadas e turinas.”        em “Poema em Petiz”
 Técnica   descritiva

“Mal encarado e negro, um pára enquanto eu passo,
Dois assobiam, altas as marretas
Possantes, grossas, temperadas de aço;
E um gordo, o mestre, com um ar ralaço
E manso, tira o nível das valetas.”              em
“Cristalizações”
 Olhar    seletivo, profundamente
                       sinestésico.

“Subitamente – que visão de artista! –
Se eu transformasse os simples vegetais,
À luz do Sol, o intenso colorista,
Num ser humano que se mova e exista
Cheio de belas proporções carnais?!”       em “Num Bairro Moderno”


”Bóiam aromas, fumos de cozinha;
Com o cabaz às costas, e vergando,
Sobem padeiros, claros de farinha;”    em “Num Bairro Moderno”
 Predomínio    do cenário urbano

“Batem os carros de aluguer, ao fundo,
Levando à via férrea os que se vão. Felizes!
Ocorrem-me em revista, exposições, países:
Madrid, Paris, Berlim, Sampetersburgo, o mundo.”
                                                   em
“Contrariedades”
 Localização          no tempo e no espaço

“Dez horas da manhã; os transparentes
Matizam uma casa apalaçada;
Pelos jardins estancam-se as nascentes,
E fere a vista, com brancuras quentes,
A larga rua macadamizada.”             em “Num Bairro Moderno”
 Estrutura     deambulatória

“Lembras-te tu do sábado passado,
Do passeio que demos, devagar,
Entre um saudoso gás amarelado
E as carícias leitosas do luar?
(...)
E através a imortal cidadezinha,
Nós fomos ter às portas, às barreiras,
Em que uma negra multidão se apinha
De tecelões, de fumos, de caldeiras.”    em “Noite Fechada”
 Ironia


“Arte? Não lhes convém, visto que os seus leitores
Deliram por Zaccone.”                                 em
“Contrariedades”


“Em uma catedral de um comprimento imenso.”          em “Ao Gás”
 Exclamações         e interrogações

“Tão lívida!
Lidando sempre! E deve a conta à botica!”   em “Contrariedades”



“E a vizinha?
A pobre engomadeira ir-se-á deitar sem ceia?”   em “Contrariedades”
 Diminutivo


“Que mundo! Coitadinha!”     em “Contrariedades”


“Já não receias tu essa vaquita preta,”    em “Poema em Petiz”


“Pulavam para a fonte as bezerrinhas brancas;”          em “Poema em
Petiz”
 Estrangeirismos


“Emprega-se a réclame, a intriga, o anúncio, a blague,”
                                            em “Contrariedades”
 Personificação


“Num ímpeto de seiva os arvoredos fartos,
Numa opulenta fúria as novidades todas,
Como uma universal celebração de bodas,
Amaram-se! E depois houve soberbos partos.”   em “Nós”
 Aliteração


“Amo, insensatamente, os ácidos, os gumes
E os ângulos agudos.”                       em “Contrariedades”
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“Pobre esqueleto branco entre as nevadas roupas!
Tão lívida!”                                       em
“Contrariedades”
 Perífrase


“Por isso, o chefe antigo e bom da nossa casa,
Triste de ouvir falar em órfãos e em viúvas,
E em permanência olhando o horizonte em brasa,
Não quis voltar senão depois das grandes chuvas.”   em “Nós”
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“Desde o calor de Maio aos frios de Novembro!”     em “Nós”


“E eu, nesse tempo, um destro e bravo rapazito,
Como um homenzarrão servi-lhe de barreira!”       em “Poema em
Petiz”
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“Mais morta do que viva, a minha companheira
Nem força teve em si para soltar um grito;”    em “Poema em
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“Ó moles hospitais! Sai das embocaduras”   em “Ao Gás”
 Comparações           e metáforas

“E eu, nesse tempo, um destro e bravo rapazito,
Como um homenzarrão servi-lhe de barreira!”        em “Poema em
Petiz”



“Que estavas a tremer, cosida com o muro,
Ombros em pé, medrosa, e fina, de luneta!”    em “Poema em Petiz”


“Achava os tons e as formas. Descobria
Uma cabeça numa melancia,
E nuns repolhos seios injectados.”       em “Num Bairro Moderno”
 Enumeração


“Nós dávamos, os dois, um giro pelo vale:
Várzeas, povoações, pegos, silêncios vastos!”     em “Poema em Petiz”


“Em meio de arvoredo, azenhas e ruínas,”       em “Poema em Petiz”


“Com santos e fiéis, andores, ramos, velas,”     em “Ao Gás”
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Poesia de Cesário Verde

  • 1. A poesia de Cesário Verde Linguagem e estilo
  • 2.  Vocabulárioobjetivo, frases curtas, linguagem coloquial e prosaica. “O resmungão! Que barbas! Que sacolas! Cheirava a migas, a bafio, a arrotos; Dormia as noutes por telheiros rotos, E sustentava o burro a pão de esmolas.” em “Os Irmãozinhos”
  • 3.  Versos alexandrinos e do decassilábicos “Eu hoje estou cruel, frenético, exigente; Nem posso tolerar os livros mais bizarros. Incrível! Já fumei três maços de cigarros Consecutivamente.” em “Contrariedades”
  • 4.  Assíndeto “Eu que sou feio, sólido, leal, A ti, que és bela, frágil, assustada.” em “Eu, que sou feio…”
  • 5.  Grande carga adjetival “Milady, é perigoso contemplá-la, Quando passa aromática e normal, Com seu tipo tão nobre e tão de sala, Com seus gestos de neve e de metal.” em “Deslumbramentos” “E eu, nesse tempo, um destro e bravo rapazito,” em “Poema em Petiz” “E, tetas a abanar, as mães, de largas ancas, Desciam mais atrás, malhadas e turinas.” em “Poema em Petiz”
  • 6.  Técnica descritiva “Mal encarado e negro, um pára enquanto eu passo, Dois assobiam, altas as marretas Possantes, grossas, temperadas de aço; E um gordo, o mestre, com um ar ralaço E manso, tira o nível das valetas.” em “Cristalizações”
  • 7.  Olhar seletivo, profundamente sinestésico. “Subitamente – que visão de artista! – Se eu transformasse os simples vegetais, À luz do Sol, o intenso colorista, Num ser humano que se mova e exista Cheio de belas proporções carnais?!” em “Num Bairro Moderno” ”Bóiam aromas, fumos de cozinha; Com o cabaz às costas, e vergando, Sobem padeiros, claros de farinha;” em “Num Bairro Moderno”
  • 8.  Predomínio do cenário urbano “Batem os carros de aluguer, ao fundo, Levando à via férrea os que se vão. Felizes! Ocorrem-me em revista, exposições, países: Madrid, Paris, Berlim, Sampetersburgo, o mundo.” em “Contrariedades”
  • 9.  Localização no tempo e no espaço “Dez horas da manhã; os transparentes Matizam uma casa apalaçada; Pelos jardins estancam-se as nascentes, E fere a vista, com brancuras quentes, A larga rua macadamizada.” em “Num Bairro Moderno”
  • 10.  Estrutura deambulatória “Lembras-te tu do sábado passado, Do passeio que demos, devagar, Entre um saudoso gás amarelado E as carícias leitosas do luar? (...) E através a imortal cidadezinha, Nós fomos ter às portas, às barreiras, Em que uma negra multidão se apinha De tecelões, de fumos, de caldeiras.” em “Noite Fechada”
  • 11.  Ironia “Arte? Não lhes convém, visto que os seus leitores Deliram por Zaccone.” em “Contrariedades” “Em uma catedral de um comprimento imenso.” em “Ao Gás”
  • 12.  Exclamações e interrogações “Tão lívida! Lidando sempre! E deve a conta à botica!” em “Contrariedades” “E a vizinha? A pobre engomadeira ir-se-á deitar sem ceia?” em “Contrariedades”
  • 13.  Diminutivo “Que mundo! Coitadinha!” em “Contrariedades” “Já não receias tu essa vaquita preta,” em “Poema em Petiz” “Pulavam para a fonte as bezerrinhas brancas;” em “Poema em Petiz”
  • 14.  Estrangeirismos “Emprega-se a réclame, a intriga, o anúncio, a blague,” em “Contrariedades”
  • 15.  Personificação “Num ímpeto de seiva os arvoredos fartos, Numa opulenta fúria as novidades todas, Como uma universal celebração de bodas, Amaram-se! E depois houve soberbos partos.” em “Nós”
  • 16.  Aliteração “Amo, insensatamente, os ácidos, os gumes E os ângulos agudos.” em “Contrariedades”
  • 17.  Simbolismo “Pobre esqueleto branco entre as nevadas roupas! Tão lívida!” em “Contrariedades”
  • 18.  Perífrase “Por isso, o chefe antigo e bom da nossa casa, Triste de ouvir falar em órfãos e em viúvas, E em permanência olhando o horizonte em brasa, Não quis voltar senão depois das grandes chuvas.” em “Nós”
  • 19.  Antítese “Desde o calor de Maio aos frios de Novembro!” em “Nós” “E eu, nesse tempo, um destro e bravo rapazito, Como um homenzarrão servi-lhe de barreira!” em “Poema em Petiz”
  • 20.  Hipérbole “Mais morta do que viva, a minha companheira Nem força teve em si para soltar um grito;” em “Poema em Petiz”
  • 21.  Apóstrofe “Ó moles hospitais! Sai das embocaduras” em “Ao Gás”
  • 22.  Comparações e metáforas “E eu, nesse tempo, um destro e bravo rapazito, Como um homenzarrão servi-lhe de barreira!” em “Poema em Petiz” “Que estavas a tremer, cosida com o muro, Ombros em pé, medrosa, e fina, de luneta!” em “Poema em Petiz” “Achava os tons e as formas. Descobria Uma cabeça numa melancia, E nuns repolhos seios injectados.” em “Num Bairro Moderno”
  • 23.  Enumeração “Nós dávamos, os dois, um giro pelo vale: Várzeas, povoações, pegos, silêncios vastos!” em “Poema em Petiz” “Em meio de arvoredo, azenhas e ruínas,” em “Poema em Petiz” “Com santos e fiéis, andores, ramos, velas,” em “Ao Gás”
  • 24. Fim