1. CARACTERÍSTICAS
CLÍNICAS
CARACTERÍSTICAS
HISTOPATOLÓGICAS
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO
MICROGLOSSIA
Etiologia desconhecida, pode
estar associada a síndromes.
Pode ocorrer aglossia (ausência
de toda a língua). Estreitamento
da arcada.
Cirurgia e ortodontia podem melhorar a função oral.
MACROGLOSSIA
Aumento da língua.
Etiologia: pode estar associado
a más formações congênitas
vasculares, síndromes e doenças
adquiridas- amiloidose,
neoplasias.
Dificuldade na alimentação,
fala, aumento da salivação.
Edentações nas margens da
língua.
Glossectomia e Fonoaudiologia.
ANQUILOGLOSSIA
Etiologia desconhecida. Língua
presa devido ao freio lingual
curto. Dificuldade de fala e
deglutição.
Normalmente somente em crianças. (Frenectomia 3-4 anos).
TIREOIDE LINGUAL
Etiologia: tecido tireoidano
retido entre o forame cego da
língua e epiglote. Pode formar
lesão nodular (pequena/
grande), disfagia, disfonia e
dispneia. Pode estar associado
ao hipotireoidismo.
Pode ser identificado por cintilografia e por imagem (RMN e
ultrasssonografia). Evitar biópsia (pode ser vascularizada). O
tratamento é hormonal e cirúrgico.
LÍNGUA FISSURADA
Múltiplas fissuras ou sulcos no
dorso da língua. Etiologia
desconhecida.
Escovar bem a língua para eliminar resíduos que possam causar
irritação no local.
LÍNGUA GEOGRÁFICA
(eritema migratório)
Pode ocorrer sensibilidade com
elementos quentes e picantes.
DD: eritroplasia, candidíase.
Alongamento de crista epitelial
com paraqueratose. Infiltração
de neutrófilos.
Em casos graves, uso de corticosteroides tópicos.
2. LÍNGUA PILOSA/
SABURROSA
Acúmulo de queratina nas
papilas filiformes. Aumento da
produção de queratina ou de
diminuição de descamação da
queratina. Pode estar associado
a hábitos de higiene, fumo,
hipossalivação. Quando tem
aparência plana: saburrosa.
Alongamento da crista epitelial
com paraqueratose das papilas
filiformes. Acúmulo de
bactérias na superfície epitelial. Excelente higiene oral. Em casos mais graves pode-se utilizar
agentes queratolíticos (podofilina).
LÍNGUA PILOSA/
SABURROSA
Aparência semelhante a pelos
no dorso em casos mais
acentuados. As papilas ficam
alongadas, com coloração
acastanhada (bactérias,
pigmentos, tabaco). Halitose e
náuseas.
DD: candidíase e leucoplasia
pilosa.
Excelente higiene oral. Em casos mais graves pode-se utilizar
agentes queratolíticos (podofilina).
VARICOSIDADES
(VARIZES)
Veias dilatadas ou tortuosas,
múltiplas vesículas papulares
elevadas, azuladas. Associado a
idade, perda do tônus do tecido
conjuntivo. Normalmente
assintomático. Pode estar
trombosada.
Em varizes solitárias- remoção cirúrgica.
ARTÉRIA DE CALIBRE
PERSISTENTE
Ramo de uma artéria principal
que se estende a superfície do
tecido sem alterar o calibre
(mais frequente em idosos com
perda do tônus do tecido
conjuntivo)
Assintomático.
3. EXOSTOSES
• Protuberâncias ósseas.
• Frequente em adultos.
• Crescimento benigno.
• Afetam a maxila e mandíbula.
• Normalmente assintomáticas, mas podem apresentar dor e a excisão cirúrgica é recomendada. A cirurgia também é recomendada para a adaptação de
próteses.
EXOSTOSE VESTIBULAR
Originárias do rebordo alveolar. Aumento bilateral de volume ósseo. Normalmente
assintomático, pode ocorrer ulceração na mucosa.
EXOSTOSE PALATINA Pode estar ulcerada. Em radiografias aparecem como uma radiopacidade.
EXOSTOSE PALATINA + TORUS PALATINO
Torus: nódulo na linha média do palato duro. Multifatorial, surgem em adultos.
Normalmente assintomático, porém podem ulcerar e apresentar dor.
TORUS PALATINO Grande massa óssea compacta na região palatina lobulada.
TORUS MANDIBULAR
Lesão óssea ao longo da superfície lingual da mandíbula. Mais exuberante na
região de pré molares. Normalmente bilaterais e surgem no início da vida adulta.
Em radiologia se observa uma radiopacidade superposta as raízes dentárias ou um
aumento de volume ósseo em radiografias oclusais.
CÔNDILO
HIPERPLASIA CONDILAR
Crescimento excessivo de um dos côndilos. Pode estar associado a trauma,
distúrbios circulatórios e endócrinos. Assimetria facial, mordida cruzada,
prognatismo. O tratamento depende do grau de dificuldade funcional e estética
(condilectomia, osteotomia, ortodontia).
HIPOPLASIA CONDILAR
Crescimento deficiente do côndilo- gera classe II. Está relacionada a trauma nas
primeiras décadas de vida (adquirida), ou relacionada a síndromes (congênita). O
tratamento na maioria dos casos é cirúrgico, em agenesias de côndilo, enxertos de
tecido costocondral.
CÔNDILO BÍFIDO
Côndilo com 2 cabeças. Etiologia desconhecida, pode ser trauma (fratura de
infância). O tratamento é feito somente se houver sintomas.
4. ANOMALIAS RARAS DE DESENVOLVIMENTO
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS TRATAMENTO
HEMI- HIPERPLASIA
Crescimento assintomático de um segmento de um
lado do corpo (juntamente com o crescimento do
indivíduo até o final da puberdade). Pode ser isolada
(distúrbios circulatórios/ endócrinos) ou associados a
síndromes.
Aguardar o final do crescimento para efetuar reparos
cirúrgicos funcionais.
Descartar quadros de síndromes e tumores.
ATROFIA HEMIFACIAL PROGRESSIVA
Atrofia em um lado da face nas 2 primeiras décadas.
Etiologia desconhecida, pode estar associada a vários
fatores. Comprometimento do trigêmeo, alopécia local,
enoftalmia, parestesia, deslocamento do nariz e boca
para o lado afetado, atrofia do lábio superior e língua.
A atrofia se estabiliza normalmente após o
crescimento. A cirurgia estética pode ser alternativa
junto com o tratamento ortodôntico.
DISPLASIA ODONTOMAXILAR SEGMENTAR
Etiologia desconhecida. Aumento unilateral da maxila,
com hiperplasia fibrosa de gengiva (normalmente não
afeta a face, assintomática, ausência de pré molares e
hipoplasia).
SÍNDROME DE CROUZON- DISTROFIA
CRANIOFACIAL
Proptose ocular e hipoplasia do 1/3 médio da face,
apinhamento dentário e maloclusão, deficiência visual.
Fechamento prematuro da sutura craniana, pode estar
associado a idade avançada do pai na concepção.
Multidisciplinar, craniectomia em fase de crescimento
para avaliar a pressão.
SÍNDROME DE APERT
Occipital achatado, fronte alta, proptose ocular, 1/3 da
fase hipoplasico, sindactilia de mãos e pés. Hipoplasia
de maxila, aspecto trapezoidal da arcada e
apinhamento dentário. Tumefação do palato duro e
classe III com mordida aberta anterior. Fechamento
prematuro de sutura craniana, pode estar relacionado
com a idade avançada do pai na concepção.
Multidisciplinar, craniectomia em fase de crescimento
para aliviar a pressão.
DISOSTOSE MANDIBULOFACIAL (SÍNDROME
DE TREACHER- COLLINS)
Hereditário, síndrome por defeito de estruturas
derivadas do primeiro e segundo arcos branquiais.
Face estreita, ossos zigomáticos e mandíbula
hipoplásicos, com inclinação oblíquoa das pálpebras e
mento retraído (fenda palatina em 1/3 dos casos)
Multidisciplinar, formas leves não são submetidas a
tratamento.