Alexandre Wollner foi um designer gráfico brasileiro nascido em 1928. Ele estudou no Instituto de Arte Contemporânea e na escola de design de Ulm, na Alemanha. Wollner fundou o primeiro escritório de design do Brasil e ajudou a criar a primeira escola de design no país. Ele projetou identidades visuais para muitas empresas ao longo de sua carreira.
2. vid alexandre wollner
-Nasceu em São Paulo, em 16 de setembro de 1928.
-Foi o primeiro filho de pai e mãe iugoslavos.
-Seu pai era comerciante, violinista e desenhista e sua mãe era profissional da alta-costura.
-Em 1932 seu pai torna-se sócio de uma gráfica.
-No colégio Mackenzie, durante o ginásio, começou a fazer ilustrações para a professora de
ciências, e assim garantia a média 6, suficiente para passar. Paralelamente, Wollner
organizava em casa o jornal Cebolão, que fazia circular na classe.
-Wollner acompanhou a explosão que as revistas, principalmente americanas, tiveram na
década de 1930,
- Aos 14 anos quando seu pai faleceu, Wollner começou a trabalhar para sustentar a família,
porém não se deu muito bem como operário.
-Uma cliente de sua mãe, viu alguns desenhos de moda que wollner produzia e o indicou
para trabalhar no departamento de vendas do laboratório fontoura,como aprendiz de
desenhista, em 1949, wollner participou da preparação da campanha do novo inseticida
Detefon.
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3. designer alexandre wollner
-Em julho de 50 abrem vagas para 30 alunos para um curso de iniciação artesanal e artística
no Instituto de Arte Contemporânea, onde Wollner foi aceito.
-O diretor, Pietro Baldi e sua esposa Lina Bo traziam diversas personalidades internacionais
para palestras abertas ao público em geral. Walter Gropius, Le Corbusier e entre eles o
arquiteto Max Bill.
-Em 1953 Max Bill veio ao Brasil receber um prêmio da I Bienal e informou sobre a criação
da escola de Ulm e leva Wollner para ser seu aluno na Alemanha.
-Wollner participa, ainda em 53, da II Bienal com três cartazes e ganha o prêmio de Pintura
Jovem Revelação de Flávio de Carvalho.
-Em julho de 54 Wollner e a esposa seguem para Paris, onde ficam por um tempo presos
devido ao suicídio de Vargas em agosto do mesmo ano.
-Em setembro chegam a Ulm e Wollner estagia no escritório de Otl Aicher.
-Em 1958 Wollner volta ao Brasil e por um
acordo com a então diretora do Mam do RJ,
Wollner ajuda na criação de uma escola bra-
sileira de design com conceitos de Ulm.
-Wollner junto com Geraldo Barros, Ruben de
Freitas Martins e Walter Macedo fundam um
escritório Forminform.
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4. designer alexandre wollner
-Um dos últimos trabalhos do grupo foi o redesign do jornal Correio da Manhã, em 1959
Wollner e Geraldo desligam-se do escritório.
-Logo após sua saida da Forminform Wollner trabalhou para a agência publicitária Panam
Casa de Amigos.
“A viabilidade de uma agência de publicidade assumir projetos de design, hoje, é muito pequena,
por inúmeras razões _resultado de finalidades incompatíveis com suas responsabilidades
profissionais. O enfoque de uma agência é produzir peças de resultados efêmeros; o design ao
contrário, se envolve em projetos de longa duração. Ambos são direcionados à alta qualidade
criativa, mas com funções claramente diferenciadas”
-Logo separou-se da agência e criou a Alexandre Wollner Programação Visual.
-Participou de um curso de tipografia no Mam em 62 e da estruturação da Esdi, primeira
escola de design no Brasil, em 1963.
-Em 78 os projetos do escritório eram puramente comerciais, para cobrir os custos
adiministrativos, isso fez com que atendessem clientes sem altos custos e ainda
prestassem consultoria a importantes impresas.
-Em 80 Wollner trabalhou junto com a Dpz, agencia de plublicidade onde fez diversas
identidades visuais como a do banco Itaú, Hering, Sadia, Philco, etc
-Em 9o trabalhou com a W/Brasil em projetos de design.
-As experiências com agencias publicitárias reforçam a dificuldade de misturar assuntos
tão distintos para com um mesmo cliente.
-Em 92 Wollner adere ao microcomputador, que já faz parte de vários outros escritórios na
época.
-O escritório de Wollner funciona até hoje e atende a diversas empresas.
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5. trabalho alexandre wollner
cofap, 1971, infoglobo, , itaú, 1966, sardinhas coqueiro, 1953, elevadores atlas, 1958,
museu de arte contemporânea, 1970, samaré, papaiz, ultragaz, klabin, hering, philco,
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7. trabalho alexandre wollner
Segundo Wollner a marca precisa ser remanejada de tempos em tempos.
”Eu sempre convenci os clientes de que era preciso remanejar a marca de dez em dez anos.
Hoje em dia esse intervalo se reduziu para dois anos por causa da rapidez dos avanços
tecnológicos. As marcas têm de se adequar a essas evoluções técnicas”. (WOLLNER, 2005,
p.63)
Para Alexandre Wollner, todos os trabalhos que ele executa e cria são desenhos simples. O
significado, a cognição, a interpretação, são pontos fortes para sua criação. Ele mesmo diz
desta importância:
Os clientes aprovam a marca assim que a vêem, pois não há dúvida de que esse é o
resultado que a empresa deve ter. Não é único, talvez, é satisfatório e tem um significado
claro. [...] Mas se alguém perguntar o que a marca significa, é possível explicar.
(WOLLNER, 2005, p. 63)
A marca precisa ser inteligente e compreensível, afirma Alexandre Wollner. Na sua visão
sobre o manual de aplicação da marca Wollner é bem objetivo, e ainda sendo ele quem fez
o primeiro manual de identidade visual do Brasil, diz:
Hoje, eu discordo totalmente de quem faz manuais impressos. [...] Não é possível sequer
distribuir duzentos ou quinhentos manuais convenientemente. As pessoas aqui não estão
acostumadas a isso e não têm o costume de ler. (WOLLNER, 2005, p. 60)
O valor da tecnologia e da linguagem são claramente visíveis nos trabalhos de Alexandre
Wollner. Pegar um lápis para fazer um ponto em um papel, é preciso linguagem e um
domínio da ordem.
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8. trabalho alexandre wollner
Ao se inscrever um ponto num papel, de qualquer formato, esse ponto deve ser colocado a
priori na posição adequada, usando-se o lápis apropriado, na consistência exata do grafite
selecionando (H, F, B) e observando os limites de formato do papel para expressar
exatamente a idéia. (WOLLNER, 2003, p. 95)
Para Wollner, Hoje com o grande avanço da tecnologia o uso do manual não se torna
necessário. O criador do novo insight comunica na apresentação do projeto, todas as
possibilidades de construção, modulação, proporções, linguagem de cores,
comportamento de uso, e cria um template com todas as possibilidades de uso na aplicação
do design criado. A produção de um manual de uso impresso, além de caro tem pouco uso,
pois o pequeno número de pessoas que necessitam de usá-lo, não lêem e deixam na gaveta.
Com o template, cada novo elemento de aplicação tem de respeitar a estrutura, sem essas
possibilidades qualquer uso do signo, logotipo, tipograma, ícone, pictograma, sigla,
símbolo, emblema, etc, será aleatório e perderá o seu significado.
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9. referência alexandre wollner
WOLLNER, Alexandre, Design Visual 50 anos; Cosac e Naify.
http://vimeo.com/5741860, acesso em 16/5 às 9h
http://vimeo.com/11349065, acesso em 16/5 às 18h
http://vimeo.com/2872647, acesso em 16/5 às 19h
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