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COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS
Docentes:
Luiz Carlos Costa; Carleno Costa & Luigi Carlo Costa
Discente: Meyson Santos Silva | Turma: Medicina – 2018
Maraba-PA
2022
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ - UEPA
CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE – CCBS
CAMPUS VIII – MARABÁ
MEDICINA
INTERNATO
ESTÁGIO EM CIRURGIA GERAL
INTRODUÇÃO
 O paciente psicologicamente bem adaptado, cujos sistemas
orgânicos principais funcionam segundo suas
necessidades, com nutrição, balanços hidreletrolítico e
ácido-básico normais, geralmente tolera uma intervenção
cirúrgica.
 As ordens médicas no pós-operatório seguem linhas gerais.
 Verificam-se rotineiramente: o estado de consciência, as
condições de hidratação e balanço hídrico, o estado das
condições de ventilação e oxigenação, das condições
hemodinâmicas, observam-se o estado das cicatrizes
cirúrgicas e o funcionamento de drenos, sondas e cateteres.
INTRODUÇÃO
 Durante a recuperação anestésica é dedicado cuidado
especial ao estado hemodinâmico e às condições
ventilatórias.
 O reinício da movimentação deve ser precoce, contudo
depende do tipo e da extensão da cirurgia
 Apesar da perícia técnica e da evolução da doença
pós-operatória, todas as operações apresentam um
risco para complicação.
TEMPO DE COMPLICAÇÕES
 Em relação ao fator tempo, as complicações são divididas
em imediatas, mediatas ou tardias:
 São imediatas ou precoces as complicações que surgem
nas primeiras 24 horas
 Mediatas até o sétimo dia
 Tardias as que acontecem depois da retirada de pontos e
de alta hospitalar definitiva
 A freqüência de complicações cirúrgicas é proporcional à
afecção clínica associada, tipo de anestesia, além do grau
de injúria e os cuidados pós-operatórios.
TIPOS DE COMPLICAÇÕES
 Complicação Geral: É aquela que pode acontecer a todo
operado e em qualquer setor do organismo. Exemplo
universal é representado pela hemorragia.
 Quanto aos sistemas orgânicos básicos: passíveis de
descompensação no período pós-operatório, as
complicações surgem nos sistemas: respiratório,
cardiovascular, urinário, digestório e hepatobiliar.
 Complicação Especial: É aquela que afeta um
determinado grupo de pessoas portadoras de uma afecção
clínica pré-existente
 Complicações Específicas: São aquelas inerentes ao
órgão operado.
PONTOS CHAVES NO PÓS OPEATORIO
 Na evolução pós-operatória três problemas devem ser
debelados:
1. Combate ao jejum prolongado por uma judiciosa
reposição tanto hidroeletrolítica quanto calórica.
2. Combate à dor, elegendo mais um analgésico que um
narcótico, este capaz de aumentar a incidência de
complicações graves.
3. Combate à infecção através de antibioticoterapia
PROBLEMAS DIVERSOS
 Problemas diversos são constituídos por sintomas ou sinais
isolados que identificam ou representam o início de uma
síndrome clínica pós-operatória. São eles:
 Dor: A ferida cirúrgica não é espontaneamente dolorosa
após 48 horas do ato cirúrgico. Quando o paciente se
queixa de dor é judicioso acreditar nele. A dor é subjetiva e
o seu limiar é imensurável. É importante um cuidadoso
exame, antes de medicá-lo com analgésicos
 Cefaléia: É a mais freqüente complicação de uma
raquianestesia. Excluídos outros fatores etiológicos, deve
ser feita generosa reposição volêmica e endovenosa
PROBLEMAS DIVERSOS
 Pirose: Secundária ao refluxo gastroesofágico ácido ou
alcalino, muito relacionada à presença de cateter
nasogástrico nas primeiras horas de pós-operatório.
 Soluço: Desagradável complicação cirúrgica determinada
por irritação frênica, pequena quantidade de CO2 ou
acidose respiratória.
 Dispnéia: De imediato pensar na possibilidade de
pneumopatia aguda ou no ínício de uma complicação
cardíaca.
 Oligúria: O débito urinário na faixa de 30 a 50 ml por hora,
com densidade satisfatória, constitui importante evidência
de funções cardiovascular e renal satisfatórias.
COMPLICAÇÕES MECÂNICAS
 As complicações mecânicas são definidas como as que ocorrem
como resultado direto de uma falha técnica de um procedimento
ou cirurgia.
Hematoma
 O hematoma da ferida operatória, uma coleção de sangue ou
coágulo na ferida, é uma complicação comum e geralmente é
causado por hemostasia inadequada. O tratamento, na maioria
dos casos, consiste em retirada do coágulo em condições
estereis, ligadura de vasos hemorragicos e novo fechamento da
ferida.
Hemoperitônio
 A hemorragia é a causa mais comum de choque nas primeiras 24
horas após cirurgia abdominal. O hemoperitônio - uma
complicação de rápida evolução pós-operatória, potencialmente
fatal - e geralmente o resultado de um problema técnico com a
COMPLICAÇÕES MECÂNICAS
 As infusões para expandir o volume intravascular devem ser
iniciadas tao logo outras doenças tenham sido descartadas.
 Se a hipotensão ou outros sinais de hipovolemia persistirem, o
paciente deve ser submetido imediatamente a uma nova cirurgia.
 Na cirurgia, o sangramento deve ser interrompido, os coágulos,
retirados e a cavidade peritoneal, lavada com solução fisiológica.
Seroma
 Um seroma é uma coleção liquida na ferida operatória que não
seja pus ou sangue. Muitas vezes, os seromas acompanham
cirurgias que envolvem elevação de retalhos de pele e transecção
de vários canais linfáticos (p. ex., mastectomia, cirurgias na região
inguinal).
 Feridas operatórias abertas com extravasamentos linfáticos
persistentes podem ser tratadas com dispositivos de aspiração a
vácuo de feridas.
COMPLICAÇÕES MECÂNICAS
Deiscência da ferida operatória
 A deiscência da ferida operatória e a interrupção parcial ou total
de uma ou todas as camadas da ferida operatória. A ruptura de
todas as camadas da parede abdominal e a extrusão de vísceras
abdominais é chamada de evisceração.
 A deiscência da ferida operatória ocorre em 1 a 3% dos
procedimentos cirúrgicos abdominais. Fatores sistêmicos e locais
contribuem para o desenvolvimento dessa complicação.
Fatores de risco sistêmicos
 A deiscência após laparotomia é rara em pacientes com menos de
30 anos, mas afeta cerca de 5% dos pacientes com mais de 60
anos.
 Hematoma em incisão
COMPLICAÇÕES MECÂNICAS
 Fatores de risco locais
 Os três fatores predisponentes locais mais importantes para
deiscência da ferida operatória são o fechamento
inadequado, o aumento da pressão intra-abdominal e a
cicatrização deficiente das feridas.
 1. Fechamento É o fator mais importante. As camadas
fasciais conferem força a um fechamento, e, quando a
fascia é rompida, a ferida operatória se abre.
 2. Pressão intra-abdominal - Após a maioria das cirurgias
intra-abdominais, existe algum grau de ileo, o que pode
aumentar a pressão, causando distensão intestinal.
COMPLICAÇÕES MECÂNICAS
 3. Má cicatrização da ferida operatória - A infecção é
um fator associado em mais da metade das feridas
operatórias que se rompem. A presença de drenos,
seromas e hematomas tambem retarda a cicatrização.
 Diagnóstico e tratamento
 Embora a deiscência da ferida operatória possa
ocorrer em qualquer momento após o fechamento da
ferida, ela é mais comumente observada entre o quinto
e o oitavo dia de pós-operatório, quando a força da
ferida é menor.
COMPLICAÇÕES MECÂNICAS
 A deiscência da ferida operatória sem evisceração deve ser
tratada por meio de nova sutura imediata eletiva da incisão. Se
uma ruptura parcial for estável e o paciente apresentar grande
risco cirúrgico, o tratamento pode ser adiado e o surgimento de
uma hérnia incisional resultante é aceitável.
 Quando a deiscência parcial é descoberta durante o tratamento
de infecção da ferida, a reparação deverá ser adiada, se possível
até que a infecção tenha sido controlada, a ferida tenha
cicatrizado e tenham se passado pelo menos 6 a 7 meses.
 Nesses casos, antibióticos específicos para os microrganismos
isolados a partir da infecção anterior de ferida operatória devem
ser administrados no momento da reparação de hérnia.
 Deiscência da ferida operatória e
abdominoplastia
COMPLICAÇÕES MECÂNICAS
Fistula Anastomótica
 As fistulas anastomóticas são relatadas em l a 24% das anastomoses com
frequencias mais altas em anastomoses pélvicas baixas, em comparação as
mais proximais.
 A morbidade e a mortalidade de um paciente com fistula são
significativamente maiores, com relatos de aumento de até três vezes na
mortalidade.
Tratamento
 O tratamento de uma fistula depende de vários fatores, incluindo o estado
clínico do paciente, o tempo decorrido desde a cirurgia inicial e a localização
e a gravidade do extravasamento.
 As estratégias para o tratamento podem variar de não cirurgicas
(observação, repouso intestinal, antimicrobianos e drenagem percutânea dos
abscessos) a cirurgicas (drenagem aberta, diversão proximal e revisão da
anastomose).
COMPLICAÇÕES DE ACESSOS E DRENOS E
RETENÇÃO DE CORPOS ESTRANHOS
 Acessos
 As complicações decorrentes da colocação e da manutenção de
um catéter central são preveniveis com experiencia, preparação e
técnica adequadas.
 A escolha do local, a utilização da ultrassonografia e a adesão
assídua a técnicas estéreis diminuem a infecção e evitam
complicações mecânicas, como pneumotórax e lesão arterial.
 Flebite - Uma agulha ou um catéter inserido em uma veia e
deixado no local, com o tempo causa inflamação no local de
entrada.
 A remoção do catéter é o tratamento adequado.
 Flebite supurativa - A flebite supurativa pode resultar da
presença de trombo infectado em torno do catéter permanente. O
tratamento consiste na excisão da veia afetada, estendendo a
incisão proximal ao primeiro colateral aberto e deixando a ferida
aberta.
COMPLICAÇÕES DE ACESSOS E DRENOS E
RETENÇÃO DE CORPOS ESTRANHOS
 Complicações cardiopulmonares - O pneumotórax, após a
colocação de catéter central nas veias subclavia ou jugular
interna, ocorre com incidencia de aproximadamente 1%. As
chances de ocorrência podem ser minimizadas por
posicionamento adequado, uso de ultrassonografia e experiencia.
 Embolia aérea - Pode ocorrer durante ou após a insenção de
catéter venoso ou como resultado de introdução acidental de ar
para dentro do catéter.
 O tratamento de emergência consiste na aspiração do ar com
uma seringa. Se não for bem-sucedido, o paciente deve ser
posicionado com o lado direito para cima e a cabeça para baixo, o
que ira ajudar na retirada do ar do átrio direito e no retorno da
dinâmica circulatória normal.
COMPLICAÇÕES DE ACESSOS E DRENOS E
RETENÇÃO DE CORPOS ESTRANHOS
 Necrose isquemica dos dedos - Ocasionalmente, a necrose
isquêmica dos dedos ocorre após o uso de cateter na artéria
radial.
 Drenos
 A drenagem da cavidade peritoneal no pós-operatório é indicada
para evitar o acúmulo de liquidos, como o liquido pancreatico ou
biliar, ou para tratar abscesso ja formado.
 Esse risco pode ser menor com a utilização de drenos de Silastic
mais macios, removendo-os o mais breve possível. Os drenos
não devem entrar em contato com anastomoses intestinais, pois
eles podem promover o extravasamento anastomático e a
formação de fistulas.
COMPLICAÇÕES DE ACESSOS E DRENOS E
RETENÇÃO DE CORPOS ESTRANHOS
 Retenção de corpos estranhos
 Estudos com base em dados de queixas hospitalares estimam
que os casos de retenção de objetos, que incluem esponjas e
instrumentos, ocorrem pelo menos uma vez por ano nos hospitais
que realizam 8 mil a 18 mil grandes procedimentos anualmente.
 Melhorar a comunicação dentro de sala de cirurgia, contar
formalmente esponjas e instrumentos e utilizar radiografias de
maneira adequada contribuem para minimizar essa complicacão.
 Gossipiboma em paciente após cirurgia
COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS
 Acidentes vasculares encefálicos pós-operatórios
 Os acidentes vasculares encefalicos (AVEs) pós-operatórios
quase sempre resultam de dano neural isquêmico devido a má
perfusão.
 Eles ocorrem frequentemente em pacientes idosos com
aterosclerose que apresentam hipotensão durante ou após a
cirurgia (por sepse, sangramento, parada cardíaca ou efeitos dos
anestésicos).
 Convulsões
 Epilepsia, distúrbios metabólicos e medicamentos podem causar
convulsões no pós-operatório.
 Por razões desconhecidas, os pacientes com colite ulcerativa e
doença de Crohn são particularmente suscetíveis a convulsões
com perda de consciência após cirurgias.
 As convulsões devem ser tratadas rapidamente para minimizar os
efeitos nocivos.
COMPLICAÇÕES PSIQUIÁTRICAS
 A ansiedade e o medo são normais em pacientes submetidos a
cirurgia. O grau em que essas emoções são vivenciadas depende
de diversas variáveis culturais e psicológicas.
 Problemas psiquiátricos especiais
 Sindrome da UTI
 O estado de vigilia interno continua resultante da dor e do medo e
a privação de sono em função da grande luminosidade, dos
equipamentos de monitoraçao e do ruido continua podem causar
uma desorganizaçao psicologica conhecida coma psicose na UTI.
 A prevenção inclui isolamento do ambiente, diminuição dos níveis
de ruído, sono adequado e remoção da UTI assim que passivel.
COMPLICAÇÕES PSIQUIÁTRICAS
 Delirium pós-cardiotomia
 As alterações mentais que ocasionalmente acompanham uma
cirurgia de coração aberto incluem perturbações da memória, da
atenção, da cognição e da percepção e, ocasionalmente, histéria,
reação depressiva e crises de ansiedade.
 Sedação leve e medidas para evitar a sindrome da UTI podem
evitar essa complicação.
 Em casos mais graves, pode ser necessário haloperidol, em
doses de I a 5 mg administradas por via oral, por via intramuscular
ou por via intravenosa. O haloperidol é preferivel as fenotiazinas
nesses pacientes porque está associado a menor incidência de
efeitos colaterais cardiovasculares.
COMPLICAÇÕES PSIQUIÁTRICAS
 Delirium tremens
 O delirium tremens ocorre em alcoólatras que interrompem a
ingestão de álcool repentinamente.
 A hiperventilação e a alcalose metabólica contribuem para o
desenvolvimento da síndrome completa. Os objetivos do
tratamento sao reduzir a agitação e a ansiedade o mais rápido
possível e evitar o desenvolvimento de outras complicações (p.
ex., convulsoes, pneumonia por aspiração).
DISFUNÇÃO SEXUAL
 Os problemas sexuais ocorrem, geralmente, após alguns tipos de
cirurgias, como a prostatectomia, a cirurgia cardiaca e a
reconstrução da aorta.
 A patogenese pode ser decorrente de lesão dos nervos
necessários para a função sexual, embora, em alguns casos, a
etiologia não seja clara.
COMPLICAÇÕES CARDÍACAS
COMPLICAÇÕES CARDÍACAS
 As complicações cardíacas após a cirurgia podem ser
potencialmente fatais. Sua incidencia é reduzida com preparo pré-
operatório adequado.
 Arritmias, angina instável, insuficiência cardíaca ou hipertensão
grave devem ser corrigidas antes da cirurgia, sempre que
possivel. A doença valvar - especialmente a estenose aórtica -
limita a capacidade de o coração responder ao aumento da
demanda durante a cirurgia ou no pós operatório imediato.
COMPLICAÇÕES CARDÍACAS
 Arritmias
 A maioria das arritrnias surge durante a cirurgia ou nos primeiros
3 dias de pós-operatório. Elas apresentam maior probabilidade de
ocorrer após procedimentos torácicos.
 Arritmias intraoperatórias
 A incidencia global das arritrnias cardíacas no intraoperatório é de
20%; a maioria e autolimiitada.
 Arritmias pos-operatórias
 Essas arritmias são geralmente relacionadas a fatores reversíveis,
como hipocalernia, hipoxernia, alcalose, intoxicação digital e
estresse, durante o despertar da anestesia.
COMPLICAÇÕES CARDÍACAS
Tratamento de arritmias
 Se estiverem estáveis hemodinamicamente, devem ter
a frequência cardíaca controlada com digitais, β-
bloqueadores ou bloqueadores do canal de cálcio
 Em caso de arritmias ventriculares: O tratamento
imediato é feito com lidocaína, 1 mg/kg por via
intravenosa na forma de bólus , repetida se
necessário, até uma dose total de 250 mg
COMPLICAÇÕES CARDÍACAS
 Infarto do miocárdio pós-operatório
 Aproximadamente 0,4% de todos os pacientes submetidos
a uma cirurgia nos Estados Unidos apresenta infarto do
miocárdio no pós-operatório.
 O infarto do miocárdio pós-operatório pode ser precipitado
por fatores como hipotensão ou hipoxemia
Diagnostico:
 O diagnóstico é fundamentado por alterações
eletrocardiográficas, níveis elevados de creatinocinase
sérica – especialmente a isoenzima MB – e de troponina I
COMPLICAÇÕES CARDÍACAS
Tratamento
 Os pacientes com infarto do miocárdio no pós-
operatório devem ser monitorados em UTI e devem
receber oxigenação adequada e reposição
hidreletrolítica precisa.
 A anticoagulação, embora nem sempre possível após
uma grande cirurgia, diminui os riscos de
desenvolvimento de trombo mural e embolia arterial
após o infarto do miocárdio.
COMPLICAÇÕES PULMONARES
 As complicações respiratórias são a causa única mais
comum de morbidade após grandes procedimentos
cirúrgicos e a segunda causa mais comum de morte no pós-
operatório em pacientes com mais de 60 anos.
 Atelectasia
 A atelectasia, a complicação pulmonar mais comum, afeta
25% dos pacientes submetidos à cirurgia abdominal.
 Ela surge mais frequentemente nas primeiras 48 horas após
a cirurgia e é responsável por mais de 90% dos episódios
febris durante esse período.
COMPLICAÇÕES PULMONARES
Tratamento
 O tratamento consiste na desobstrução da via aérea
por meio de percussão torácica, tosse ou aspiração
nasotraqueal.
 Os broncodilatadores e agentes mucolíticos
administrados através de nebulizadores podem ajudar
em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica
grave
COMPLICAÇÕES PULMONARES
 Aspiração pulmonar
 A aspiração de conteúdo gástrico e da orofaringe é normalmente
impedida pelos esfíncteres gastresofágico e faringoesofágico
 A aspiração pode ser minimizada por jejum pré-operatório,
posicionamento adequado do paciente e intubação cuidadosa.
Uma dose única de bloqueadores H2Ou inibidores da bomba de
prótons antes da indução da anestesia pode ser importante
quando o risco de aspiração é alto
Tratamento
 O tratamento da aspiração traqueobrônquica envolve
restabelecimento da permeabilidade da via aérea, evitando mais
danos ao pulmão.
COMPLICAÇÕES PULMONARES
 Pneumonia pós-operatória
 A pneumonia é a complicação pulmonar mais comum
em pacientes que morrem após a cirurgia.
 As defesas do hospedeiro contra a pneumonite
incluem o reflexo da tosse, o sistema mucociliar e a
atividade dos macrófagos alveolares. Após a cirurgia, a
tosse é geralmente fraca e não pode desobstruir
efetivamente a árvore brônquica
COMPLICAÇÕES PULMONARES
 As manifestações clínicas de pneumonia no pós-operatório
são febre, taquipneia, aumento das secreções e alterações
físicas sugestivas de consolidação pulmonar
Diagnostico
 Em geral, a radiografia de tórax mostra consolidação
parenquimatosa localizada.
 Tratamento
 Consiste em medidas para ajudar na desobstrução de
secreções e na administração de antimicrobianos.
COMPLICAÇÕES PULMONARES
 Derrame pleural e pneumotórax pós-operatórios
 A formação de um pequeno derrame pleural é bastante
comum logo após cirurgias abdominais
 Pacientes com líquido peritoneal livre no momento da
cirurgia e com atelectasia no pós-operatório
apresentam maior probabilidade de desenvolver
derrames
 Quando o derrame compromete a função respiratória,
ele deve ser drenado com drenagem pleural.
COMPLICAÇÕES PULMONARES
Diagnostico e tratamento
 O pneumotórax pós-operatório pode acompanhar a
inserção de cateter na veia subclávia ou a ventilação
por pressão positiva, mas, algumas vezes, surge após
uma cirurgia durante a qual a pleura foi atingida
 Em geral, o pneumotórax deve ser tratado com
drenagem pleural, dependendo de seu tamanho e
etiologia.
 Pneumotorax
COMPLICAÇÕES PULMONARES
 Embolia gordurosa
 A embolia gordurosa é relativamente comum, mas causa
sintomas em raros casos. Partículas de gordura podem ser
encontradas no leito vascular pulmonar em 90% dos
pacientes que sofreram fraturas de ossos longos ou luxação
de articulações
 A síndrome da embolia gordurosa inicia caracteristicamente
12 a 72 horas após a lesão, mas pode ocorrer após vários
dias.
 O diagnóstico é clínico.
 A insuficiência respiratória deve ser tratada com ventilação
com pressão expiratória final positiva e diuréticos
 Paciente com historia de queda evoluindo com fratura diafisária em
fêmur. Foi submetido a procedimento de fixação interna. No dia 2 após a
operação, o paciente fica hipóxico e taquicárdico, TC evidenciado
embolia gordura.
COMPLICAÇÕES GASTRINTESTINAIS
 Alterações da motilidade gastrintestinal
 A presença, a força e a direção do peristaltismo normal são
comandadas pelo sistema nervoso entérico
 A anestesia e o manejo cirúrgico resultam em diminuição da
atividade de propulsão normal do intestino, ou íleo adinâmico pós-
operatório.
 Vários fatores contribuem para o íleo
 Podem prolongar sua evolução; eles incluem medicamentos –
especialmente, opioides anormalidades eletrolíticas, processos
inflamatórios, como pancreatite ou peritonite, e dor.
 A alimentação deve ser suspensa até a evidência de retorno da
motilidade gastrintestinal normal.
 Não há tratamento específico para íleo adinâmico pós-operatório.
COMPLICAÇÕES GASTRINTESTINAIS
 Dilatação gástrica
 A dilatação gástrica, uma complicação potencialmente fatal
e rara, consiste em distensão maciça do estômago por gás
e líquido.
 À medida que o estômago cheio de ar aumenta, ele pende
para baixo através do duodeno, produzindo obstrução
mecânica da saída gástrica que contribui ainda mais para o
problema
 Quando o problema é reconhecido precocemente, o
tratamento consiste na descompressão gástrica com sonda
nasogástrica
COMPLICAÇÕES GASTRINTESTINAIS
 Obstrução intestinal
 A dificuldade no retorno da função intestinal no pós-
operatório pode resultar de íleo ou obstrução mecânica.
 A obstrução mecânica é mais frequentemente causada por
aderências pós-operatória ou hérnia interna
 O diagnóstico pode não ser evidente, pois os sintomas são
difíceis de diferenciar dos sintomas de íleo paralítico.
 Pode ser utilizado radiografia para avaliação
 O tratamento consiste em aspiração nasogástrica por vários
dias e, se a obstrução não resolver espontaneamente,
laparotomia.
 Obstrução de intestino delgado
COMPLICAÇÕES GASTRINTESTINAIS
 Impactação fecal pós-operatória
 A impactação fecal após procedimentos cirúrgicos é o
resultado de íleo colônico e percepção deficiente de
plenitude retal.
 As manifestações clínicas são as de obstrução
intestinal.
 O tratamento inclui enemas e purgantes com solução
de eletrólitos com polietilenoglicol
COMPLICAÇÕES GASTRINTESTINAIS
 Disfunção hepática pós-operatória
 A disfunção hepática, variando desde icterícia leve a
insuficiência hepática potencialmente fatal, acompanha
1% dos procedimentos cirúrgicos realizados sob
anestesia geral.
 A hiperbilirrubinemia pós-operatória pode ser
classificada como icterícia pré-hepática, insuficiência
hepatocelular e obstrução pós-hepática
COMPLICAÇÕES GASTRINTESTINAIS
 Icterícia pré-hepática
 A icterícia pré-hepática é causada por sobrecarga de bilirrubina,
na maioria das vezes, por hemólise ou reabsorção de he
 Insuficiência hepatocelular
 A insuficiência hepatocelular, causa mais comum de icterícia pós-
operatória, ocorre em consequência de necrose celular hepática,
inflamação ou grande ressecção hepáticamatomas
 Obstrução pós-hepática
 A obstrução pós-hepática pode ser causada por lesão cirúrgica
direta das vias biliares, cálculos retidos no ducto colédoco,
tumores obstrutivos do colédoco ou pancreatite.
COMPLICAÇÕES GASTRINTESTINAIS
Tratamento
 É preciso determinar se um paciente com icterícia pós-
operatória apresenta uma causa corrigível, que
necessite de tratamento.
 A função renal deve ser monitorada atentamente, uma
vez que a insuficiência renal pode se desenvolver
nesses pacientes.
 O tratamento é, em geral, expectante.
COMPLICAÇÕES GASTRINTESTINAIS
 Colecistite pós-operatória
 A colecistite pós-operatória aguda pode acompanhar
qualquer tipo de cirurgia, mas é mais comum após
procedimentos gastrintestinais
 A colecistite pós-operatória difere em vários aspectos
da forma comum de colecistite aguda: é
frequentemente acalculosa (70 a 80%), mais comum
em homens (75%), progride rapidamente para necrose
da vesícula biliar
 Não responde ao tratamento conservador
COMPLICAÇÕES GASTRINTESTINAIS
Síndrome compartimental abdominal
 A hidratação intensa (reposição de > 10 L) dos pacientes,
especialmente nos pacientes póstraumatismo ou que
necessitam de laparotomia de urgência, pode resultar em
aumento da pressão abdominal.
 Semelhante à síndrome compartimental das extremidades,
a fáscia resiste ao estiramento exercido pelo músculo e por
outros tecidos após a lesão e a hidratação.
 No entanto, alto índice de suspeita, diagnóstico rápido e
tratamento imediato podem resultar na restauração do fluxo
e na prevenção de morbidade em ambos os quadros.
COMPLICAÇÕES UROGENITAIS
 Retenção urinária pós-operatória
 A incapacidade de urinar no pós-operatório é comum,
especialmente após as cirurgias pélvicas e perineais
realizadas com raquianestesia.
 O tratamento da retenção urinária aguda é a
sondagem da bexiga. Na ausência de fatores
sugestivos da necessidade de descompressão
prolongada, como a presença de 1.000 mL de urina ou
mais, o cateter pode ser removido.
COMPLICAÇÕES UROGENITAIS
 Infecção do trato urinário
 A infecção do trato urinário inferior é a infecção
nosocomial mais frequentemente adquirida
 A contaminação preexistente do trato urinário, a
retenção urinária e a instrumentação são os principais
fatores contribuintes.
 O tratamento inclui hidratação adequada, drenagem
adequada da bexiga e antimicrobianos específicos
COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS
Infecção do sítio cirúrgico
 As complicações infecciosas constituem, talvez, as
complicações pós-operatórias mais comuns e incluem
aquelas relacionadas diretamente à incisão cirúrgica
 Denominadas infecção de sítio cirúrgico (ISC), e aquelas
que envolvem outros sistemas, como a colite por
Clostridium difficile
 Há diversos microrganismos envolvidos nessas infecções,
mas é muito preocupante a prevalência crescente de
bactérias resistentes a antimicrobianos, como
Staphylococcus aureus resistente à meticilina
 Infecção do sítio cirúrgico
COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS
 Infecção do sítio cirúrgico
 O Centers for Disease Control and Prevention (CDC)
classifica as ISCs em três localizações:
 1. Incisional superficial;
 2. Incisional profunda;
 3. Órgão ou cavidade.
COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS
 Os fatores de risco para ISC incluem fatores
sistêmicos (diabetes, imunossupressão, obesidade,
tabagismo, desnutrição e radioterapia anterior) e
fatores locais (classificação da ferida operatória e
técnicas cirúrgicas).
 O diagnóstico de ISC é basicamente clínico. Os
sintomas mais comuns incluem dor, calor e eritema
com drenagem através da incisão.
 As infecções profundas e de órgãos e cavidades
podem ser diagnosticadas também com imagens
radiográficas
COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS
 O tratamento para ISC deve enfatizar o controle da
fonte primária. Para isso, pode ser necessário um
procedimento cirúrgico, como incisão e drenagem do
foco infeccioso
 Para infecções superficiais, o tratamento seria
simplesmente incluir a abertura da incisão, explorando
o espaço, irrigando, desbridando e deixando a ferida
operatória aberta
 Antimicrobianos por si só não costumam abordar o
foco da infecção subjacente.
 Formação de Abcesso pós colecistectomia
COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS
 Colite por Clostridium difficile
 A diarreia pós-operatória por C. difficile é uma infecção
nosocomial comum em pacientes cirúrgicos.
 O espectro da doença varia da colonização
assintomática à rara colite tóxica grave
 O tratamento da infecção é feito com metronidazol
intravenoso ou, para infecção com agentes
patogênicos resistentes, vancomicina oral.
COMPLICAÇÕES HEMATOLÓGICAS
Tromboembolismo venoso (TEV)
 Além de causar sangramento, as cirurgias de grande porte,
como as cirurgias abdominais e dos traumatismos, alteram
o delicado equilíbrio do sistema hematológico do corpo,
especialmente em relação às vias de coagulação.
 Os pacientes envolvidos com trauma, cirurgias oncológicas
ou dissecção da pelve são particularmente suscetíveis ao
fenômeno
 A prevenção do TEV é muito mais eficaz do que o
tratamento dessa complicação
COMPLICAÇÕES HEMATOLÓGICAS
Diagnostico e tratamento
 O diagnóstico de trombose venosa profunda pode ser
realizado de forma eficaz em termos de custos, utilizando
ultrassonografia com Doppler
 Os objetivos do tratamento de TEV são a estabilização do
coágulo, a revascularização dos vasos afetados e a
prevenção de complicações em longo prazo
 A maioria dos pacientes responde à anticoagulação com
heparina intravenosa ou doses subcutâneas mais elevadas
de heparina de baixo peso molecular e, posteriormente,
conversão para a terapia oral com varfarina.
COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS
 Febre pós-operatória
 A febre ocorre em cerca de 40% dos pacientes após uma
grande cirurgia
 Na maioria dos pacientes, a elevação da temperatura
resolve-se sem tratamento específico
 A febre nas 48 horas após a cirurgia geralmente é causada
por atelectasia
 Quando o início da febre após o segundo dia de pós-
operatório, elevação da temperatura inicial acima de 38,6
°C, e associados a alterações laboratoriais uma causa
infecciosa é mais provável.
COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS
 Os pacientes sem infecção raramente apresentam
febre após o quinto dia de pós-operatório.
 Febre tardia sugere infecção da ferida operatória ou,
com menos frequência, ruptura da anastomose e
abscessos intra-abdominais
 Uma avaliação diagnóstica dirigida para a detecção de
sepse intra-abdominal é indicada em pacientes que
apresentam temperaturas elevadas (> 39 °C) e feridas
sem evidência de infecção por 5 dias ou mais de pós-
operatório.
REFERÊNCIAS
 SABISTON. Tratado de cirurgia: A base biológica da
prática cirúrgica moderna. 19.ed. Saunders. Elsevier
 DOHERTY. Current: diagnóstico e tratamento. Cirurgia.
14.ed. ArtMed
 SPERANZINI, MB.; DEUTSCH, CB.; YAGI, OK.
Manual de Diagnostico e Tratamento para Residente
de Cirurgia. ATHENEU EDITORA 2009.

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  • 1. COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS Docentes: Luiz Carlos Costa; Carleno Costa & Luigi Carlo Costa Discente: Meyson Santos Silva | Turma: Medicina – 2018 Maraba-PA 2022 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ - UEPA CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE – CCBS CAMPUS VIII – MARABÁ MEDICINA INTERNATO ESTÁGIO EM CIRURGIA GERAL
  • 2. INTRODUÇÃO  O paciente psicologicamente bem adaptado, cujos sistemas orgânicos principais funcionam segundo suas necessidades, com nutrição, balanços hidreletrolítico e ácido-básico normais, geralmente tolera uma intervenção cirúrgica.  As ordens médicas no pós-operatório seguem linhas gerais.  Verificam-se rotineiramente: o estado de consciência, as condições de hidratação e balanço hídrico, o estado das condições de ventilação e oxigenação, das condições hemodinâmicas, observam-se o estado das cicatrizes cirúrgicas e o funcionamento de drenos, sondas e cateteres.
  • 3. INTRODUÇÃO  Durante a recuperação anestésica é dedicado cuidado especial ao estado hemodinâmico e às condições ventilatórias.  O reinício da movimentação deve ser precoce, contudo depende do tipo e da extensão da cirurgia  Apesar da perícia técnica e da evolução da doença pós-operatória, todas as operações apresentam um risco para complicação.
  • 4. TEMPO DE COMPLICAÇÕES  Em relação ao fator tempo, as complicações são divididas em imediatas, mediatas ou tardias:  São imediatas ou precoces as complicações que surgem nas primeiras 24 horas  Mediatas até o sétimo dia  Tardias as que acontecem depois da retirada de pontos e de alta hospitalar definitiva  A freqüência de complicações cirúrgicas é proporcional à afecção clínica associada, tipo de anestesia, além do grau de injúria e os cuidados pós-operatórios.
  • 5. TIPOS DE COMPLICAÇÕES  Complicação Geral: É aquela que pode acontecer a todo operado e em qualquer setor do organismo. Exemplo universal é representado pela hemorragia.  Quanto aos sistemas orgânicos básicos: passíveis de descompensação no período pós-operatório, as complicações surgem nos sistemas: respiratório, cardiovascular, urinário, digestório e hepatobiliar.  Complicação Especial: É aquela que afeta um determinado grupo de pessoas portadoras de uma afecção clínica pré-existente  Complicações Específicas: São aquelas inerentes ao órgão operado.
  • 6. PONTOS CHAVES NO PÓS OPEATORIO  Na evolução pós-operatória três problemas devem ser debelados: 1. Combate ao jejum prolongado por uma judiciosa reposição tanto hidroeletrolítica quanto calórica. 2. Combate à dor, elegendo mais um analgésico que um narcótico, este capaz de aumentar a incidência de complicações graves. 3. Combate à infecção através de antibioticoterapia
  • 7. PROBLEMAS DIVERSOS  Problemas diversos são constituídos por sintomas ou sinais isolados que identificam ou representam o início de uma síndrome clínica pós-operatória. São eles:  Dor: A ferida cirúrgica não é espontaneamente dolorosa após 48 horas do ato cirúrgico. Quando o paciente se queixa de dor é judicioso acreditar nele. A dor é subjetiva e o seu limiar é imensurável. É importante um cuidadoso exame, antes de medicá-lo com analgésicos  Cefaléia: É a mais freqüente complicação de uma raquianestesia. Excluídos outros fatores etiológicos, deve ser feita generosa reposição volêmica e endovenosa
  • 8. PROBLEMAS DIVERSOS  Pirose: Secundária ao refluxo gastroesofágico ácido ou alcalino, muito relacionada à presença de cateter nasogástrico nas primeiras horas de pós-operatório.  Soluço: Desagradável complicação cirúrgica determinada por irritação frênica, pequena quantidade de CO2 ou acidose respiratória.  Dispnéia: De imediato pensar na possibilidade de pneumopatia aguda ou no ínício de uma complicação cardíaca.  Oligúria: O débito urinário na faixa de 30 a 50 ml por hora, com densidade satisfatória, constitui importante evidência de funções cardiovascular e renal satisfatórias.
  • 9. COMPLICAÇÕES MECÂNICAS  As complicações mecânicas são definidas como as que ocorrem como resultado direto de uma falha técnica de um procedimento ou cirurgia. Hematoma  O hematoma da ferida operatória, uma coleção de sangue ou coágulo na ferida, é uma complicação comum e geralmente é causado por hemostasia inadequada. O tratamento, na maioria dos casos, consiste em retirada do coágulo em condições estereis, ligadura de vasos hemorragicos e novo fechamento da ferida. Hemoperitônio  A hemorragia é a causa mais comum de choque nas primeiras 24 horas após cirurgia abdominal. O hemoperitônio - uma complicação de rápida evolução pós-operatória, potencialmente fatal - e geralmente o resultado de um problema técnico com a
  • 10. COMPLICAÇÕES MECÂNICAS  As infusões para expandir o volume intravascular devem ser iniciadas tao logo outras doenças tenham sido descartadas.  Se a hipotensão ou outros sinais de hipovolemia persistirem, o paciente deve ser submetido imediatamente a uma nova cirurgia.  Na cirurgia, o sangramento deve ser interrompido, os coágulos, retirados e a cavidade peritoneal, lavada com solução fisiológica. Seroma  Um seroma é uma coleção liquida na ferida operatória que não seja pus ou sangue. Muitas vezes, os seromas acompanham cirurgias que envolvem elevação de retalhos de pele e transecção de vários canais linfáticos (p. ex., mastectomia, cirurgias na região inguinal).  Feridas operatórias abertas com extravasamentos linfáticos persistentes podem ser tratadas com dispositivos de aspiração a vácuo de feridas.
  • 11. COMPLICAÇÕES MECÂNICAS Deiscência da ferida operatória  A deiscência da ferida operatória e a interrupção parcial ou total de uma ou todas as camadas da ferida operatória. A ruptura de todas as camadas da parede abdominal e a extrusão de vísceras abdominais é chamada de evisceração.  A deiscência da ferida operatória ocorre em 1 a 3% dos procedimentos cirúrgicos abdominais. Fatores sistêmicos e locais contribuem para o desenvolvimento dessa complicação. Fatores de risco sistêmicos  A deiscência após laparotomia é rara em pacientes com menos de 30 anos, mas afeta cerca de 5% dos pacientes com mais de 60 anos.
  • 12.  Hematoma em incisão
  • 13. COMPLICAÇÕES MECÂNICAS  Fatores de risco locais  Os três fatores predisponentes locais mais importantes para deiscência da ferida operatória são o fechamento inadequado, o aumento da pressão intra-abdominal e a cicatrização deficiente das feridas.  1. Fechamento É o fator mais importante. As camadas fasciais conferem força a um fechamento, e, quando a fascia é rompida, a ferida operatória se abre.  2. Pressão intra-abdominal - Após a maioria das cirurgias intra-abdominais, existe algum grau de ileo, o que pode aumentar a pressão, causando distensão intestinal.
  • 14. COMPLICAÇÕES MECÂNICAS  3. Má cicatrização da ferida operatória - A infecção é um fator associado em mais da metade das feridas operatórias que se rompem. A presença de drenos, seromas e hematomas tambem retarda a cicatrização.  Diagnóstico e tratamento  Embora a deiscência da ferida operatória possa ocorrer em qualquer momento após o fechamento da ferida, ela é mais comumente observada entre o quinto e o oitavo dia de pós-operatório, quando a força da ferida é menor.
  • 15. COMPLICAÇÕES MECÂNICAS  A deiscência da ferida operatória sem evisceração deve ser tratada por meio de nova sutura imediata eletiva da incisão. Se uma ruptura parcial for estável e o paciente apresentar grande risco cirúrgico, o tratamento pode ser adiado e o surgimento de uma hérnia incisional resultante é aceitável.  Quando a deiscência parcial é descoberta durante o tratamento de infecção da ferida, a reparação deverá ser adiada, se possível até que a infecção tenha sido controlada, a ferida tenha cicatrizado e tenham se passado pelo menos 6 a 7 meses.  Nesses casos, antibióticos específicos para os microrganismos isolados a partir da infecção anterior de ferida operatória devem ser administrados no momento da reparação de hérnia.
  • 16.  Deiscência da ferida operatória e abdominoplastia
  • 17. COMPLICAÇÕES MECÂNICAS Fistula Anastomótica  As fistulas anastomóticas são relatadas em l a 24% das anastomoses com frequencias mais altas em anastomoses pélvicas baixas, em comparação as mais proximais.  A morbidade e a mortalidade de um paciente com fistula são significativamente maiores, com relatos de aumento de até três vezes na mortalidade. Tratamento  O tratamento de uma fistula depende de vários fatores, incluindo o estado clínico do paciente, o tempo decorrido desde a cirurgia inicial e a localização e a gravidade do extravasamento.  As estratégias para o tratamento podem variar de não cirurgicas (observação, repouso intestinal, antimicrobianos e drenagem percutânea dos abscessos) a cirurgicas (drenagem aberta, diversão proximal e revisão da anastomose).
  • 18. COMPLICAÇÕES DE ACESSOS E DRENOS E RETENÇÃO DE CORPOS ESTRANHOS  Acessos  As complicações decorrentes da colocação e da manutenção de um catéter central são preveniveis com experiencia, preparação e técnica adequadas.  A escolha do local, a utilização da ultrassonografia e a adesão assídua a técnicas estéreis diminuem a infecção e evitam complicações mecânicas, como pneumotórax e lesão arterial.  Flebite - Uma agulha ou um catéter inserido em uma veia e deixado no local, com o tempo causa inflamação no local de entrada.  A remoção do catéter é o tratamento adequado.  Flebite supurativa - A flebite supurativa pode resultar da presença de trombo infectado em torno do catéter permanente. O tratamento consiste na excisão da veia afetada, estendendo a incisão proximal ao primeiro colateral aberto e deixando a ferida aberta.
  • 19. COMPLICAÇÕES DE ACESSOS E DRENOS E RETENÇÃO DE CORPOS ESTRANHOS  Complicações cardiopulmonares - O pneumotórax, após a colocação de catéter central nas veias subclavia ou jugular interna, ocorre com incidencia de aproximadamente 1%. As chances de ocorrência podem ser minimizadas por posicionamento adequado, uso de ultrassonografia e experiencia.  Embolia aérea - Pode ocorrer durante ou após a insenção de catéter venoso ou como resultado de introdução acidental de ar para dentro do catéter.  O tratamento de emergência consiste na aspiração do ar com uma seringa. Se não for bem-sucedido, o paciente deve ser posicionado com o lado direito para cima e a cabeça para baixo, o que ira ajudar na retirada do ar do átrio direito e no retorno da dinâmica circulatória normal.
  • 20. COMPLICAÇÕES DE ACESSOS E DRENOS E RETENÇÃO DE CORPOS ESTRANHOS  Necrose isquemica dos dedos - Ocasionalmente, a necrose isquêmica dos dedos ocorre após o uso de cateter na artéria radial.  Drenos  A drenagem da cavidade peritoneal no pós-operatório é indicada para evitar o acúmulo de liquidos, como o liquido pancreatico ou biliar, ou para tratar abscesso ja formado.  Esse risco pode ser menor com a utilização de drenos de Silastic mais macios, removendo-os o mais breve possível. Os drenos não devem entrar em contato com anastomoses intestinais, pois eles podem promover o extravasamento anastomático e a formação de fistulas.
  • 21. COMPLICAÇÕES DE ACESSOS E DRENOS E RETENÇÃO DE CORPOS ESTRANHOS  Retenção de corpos estranhos  Estudos com base em dados de queixas hospitalares estimam que os casos de retenção de objetos, que incluem esponjas e instrumentos, ocorrem pelo menos uma vez por ano nos hospitais que realizam 8 mil a 18 mil grandes procedimentos anualmente.  Melhorar a comunicação dentro de sala de cirurgia, contar formalmente esponjas e instrumentos e utilizar radiografias de maneira adequada contribuem para minimizar essa complicacão.
  • 22.  Gossipiboma em paciente após cirurgia
  • 23. COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS  Acidentes vasculares encefálicos pós-operatórios  Os acidentes vasculares encefalicos (AVEs) pós-operatórios quase sempre resultam de dano neural isquêmico devido a má perfusão.  Eles ocorrem frequentemente em pacientes idosos com aterosclerose que apresentam hipotensão durante ou após a cirurgia (por sepse, sangramento, parada cardíaca ou efeitos dos anestésicos).  Convulsões  Epilepsia, distúrbios metabólicos e medicamentos podem causar convulsões no pós-operatório.  Por razões desconhecidas, os pacientes com colite ulcerativa e doença de Crohn são particularmente suscetíveis a convulsões com perda de consciência após cirurgias.  As convulsões devem ser tratadas rapidamente para minimizar os efeitos nocivos.
  • 24. COMPLICAÇÕES PSIQUIÁTRICAS  A ansiedade e o medo são normais em pacientes submetidos a cirurgia. O grau em que essas emoções são vivenciadas depende de diversas variáveis culturais e psicológicas.  Problemas psiquiátricos especiais  Sindrome da UTI  O estado de vigilia interno continua resultante da dor e do medo e a privação de sono em função da grande luminosidade, dos equipamentos de monitoraçao e do ruido continua podem causar uma desorganizaçao psicologica conhecida coma psicose na UTI.  A prevenção inclui isolamento do ambiente, diminuição dos níveis de ruído, sono adequado e remoção da UTI assim que passivel.
  • 25. COMPLICAÇÕES PSIQUIÁTRICAS  Delirium pós-cardiotomia  As alterações mentais que ocasionalmente acompanham uma cirurgia de coração aberto incluem perturbações da memória, da atenção, da cognição e da percepção e, ocasionalmente, histéria, reação depressiva e crises de ansiedade.  Sedação leve e medidas para evitar a sindrome da UTI podem evitar essa complicação.  Em casos mais graves, pode ser necessário haloperidol, em doses de I a 5 mg administradas por via oral, por via intramuscular ou por via intravenosa. O haloperidol é preferivel as fenotiazinas nesses pacientes porque está associado a menor incidência de efeitos colaterais cardiovasculares.
  • 26. COMPLICAÇÕES PSIQUIÁTRICAS  Delirium tremens  O delirium tremens ocorre em alcoólatras que interrompem a ingestão de álcool repentinamente.  A hiperventilação e a alcalose metabólica contribuem para o desenvolvimento da síndrome completa. Os objetivos do tratamento sao reduzir a agitação e a ansiedade o mais rápido possível e evitar o desenvolvimento de outras complicações (p. ex., convulsoes, pneumonia por aspiração).
  • 27. DISFUNÇÃO SEXUAL  Os problemas sexuais ocorrem, geralmente, após alguns tipos de cirurgias, como a prostatectomia, a cirurgia cardiaca e a reconstrução da aorta.  A patogenese pode ser decorrente de lesão dos nervos necessários para a função sexual, embora, em alguns casos, a etiologia não seja clara.
  • 28. COMPLICAÇÕES CARDÍACAS COMPLICAÇÕES CARDÍACAS  As complicações cardíacas após a cirurgia podem ser potencialmente fatais. Sua incidencia é reduzida com preparo pré- operatório adequado.  Arritmias, angina instável, insuficiência cardíaca ou hipertensão grave devem ser corrigidas antes da cirurgia, sempre que possivel. A doença valvar - especialmente a estenose aórtica - limita a capacidade de o coração responder ao aumento da demanda durante a cirurgia ou no pós operatório imediato.
  • 29. COMPLICAÇÕES CARDÍACAS  Arritmias  A maioria das arritrnias surge durante a cirurgia ou nos primeiros 3 dias de pós-operatório. Elas apresentam maior probabilidade de ocorrer após procedimentos torácicos.  Arritmias intraoperatórias  A incidencia global das arritrnias cardíacas no intraoperatório é de 20%; a maioria e autolimiitada.  Arritmias pos-operatórias  Essas arritmias são geralmente relacionadas a fatores reversíveis, como hipocalernia, hipoxernia, alcalose, intoxicação digital e estresse, durante o despertar da anestesia.
  • 30. COMPLICAÇÕES CARDÍACAS Tratamento de arritmias  Se estiverem estáveis hemodinamicamente, devem ter a frequência cardíaca controlada com digitais, β- bloqueadores ou bloqueadores do canal de cálcio  Em caso de arritmias ventriculares: O tratamento imediato é feito com lidocaína, 1 mg/kg por via intravenosa na forma de bólus , repetida se necessário, até uma dose total de 250 mg
  • 31. COMPLICAÇÕES CARDÍACAS  Infarto do miocárdio pós-operatório  Aproximadamente 0,4% de todos os pacientes submetidos a uma cirurgia nos Estados Unidos apresenta infarto do miocárdio no pós-operatório.  O infarto do miocárdio pós-operatório pode ser precipitado por fatores como hipotensão ou hipoxemia Diagnostico:  O diagnóstico é fundamentado por alterações eletrocardiográficas, níveis elevados de creatinocinase sérica – especialmente a isoenzima MB – e de troponina I
  • 32. COMPLICAÇÕES CARDÍACAS Tratamento  Os pacientes com infarto do miocárdio no pós- operatório devem ser monitorados em UTI e devem receber oxigenação adequada e reposição hidreletrolítica precisa.  A anticoagulação, embora nem sempre possível após uma grande cirurgia, diminui os riscos de desenvolvimento de trombo mural e embolia arterial após o infarto do miocárdio.
  • 33. COMPLICAÇÕES PULMONARES  As complicações respiratórias são a causa única mais comum de morbidade após grandes procedimentos cirúrgicos e a segunda causa mais comum de morte no pós- operatório em pacientes com mais de 60 anos.  Atelectasia  A atelectasia, a complicação pulmonar mais comum, afeta 25% dos pacientes submetidos à cirurgia abdominal.  Ela surge mais frequentemente nas primeiras 48 horas após a cirurgia e é responsável por mais de 90% dos episódios febris durante esse período.
  • 34. COMPLICAÇÕES PULMONARES Tratamento  O tratamento consiste na desobstrução da via aérea por meio de percussão torácica, tosse ou aspiração nasotraqueal.  Os broncodilatadores e agentes mucolíticos administrados através de nebulizadores podem ajudar em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica grave
  • 35. COMPLICAÇÕES PULMONARES  Aspiração pulmonar  A aspiração de conteúdo gástrico e da orofaringe é normalmente impedida pelos esfíncteres gastresofágico e faringoesofágico  A aspiração pode ser minimizada por jejum pré-operatório, posicionamento adequado do paciente e intubação cuidadosa. Uma dose única de bloqueadores H2Ou inibidores da bomba de prótons antes da indução da anestesia pode ser importante quando o risco de aspiração é alto Tratamento  O tratamento da aspiração traqueobrônquica envolve restabelecimento da permeabilidade da via aérea, evitando mais danos ao pulmão.
  • 36. COMPLICAÇÕES PULMONARES  Pneumonia pós-operatória  A pneumonia é a complicação pulmonar mais comum em pacientes que morrem após a cirurgia.  As defesas do hospedeiro contra a pneumonite incluem o reflexo da tosse, o sistema mucociliar e a atividade dos macrófagos alveolares. Após a cirurgia, a tosse é geralmente fraca e não pode desobstruir efetivamente a árvore brônquica
  • 37. COMPLICAÇÕES PULMONARES  As manifestações clínicas de pneumonia no pós-operatório são febre, taquipneia, aumento das secreções e alterações físicas sugestivas de consolidação pulmonar Diagnostico  Em geral, a radiografia de tórax mostra consolidação parenquimatosa localizada.  Tratamento  Consiste em medidas para ajudar na desobstrução de secreções e na administração de antimicrobianos.
  • 38. COMPLICAÇÕES PULMONARES  Derrame pleural e pneumotórax pós-operatórios  A formação de um pequeno derrame pleural é bastante comum logo após cirurgias abdominais  Pacientes com líquido peritoneal livre no momento da cirurgia e com atelectasia no pós-operatório apresentam maior probabilidade de desenvolver derrames  Quando o derrame compromete a função respiratória, ele deve ser drenado com drenagem pleural.
  • 39. COMPLICAÇÕES PULMONARES Diagnostico e tratamento  O pneumotórax pós-operatório pode acompanhar a inserção de cateter na veia subclávia ou a ventilação por pressão positiva, mas, algumas vezes, surge após uma cirurgia durante a qual a pleura foi atingida  Em geral, o pneumotórax deve ser tratado com drenagem pleural, dependendo de seu tamanho e etiologia.
  • 41. COMPLICAÇÕES PULMONARES  Embolia gordurosa  A embolia gordurosa é relativamente comum, mas causa sintomas em raros casos. Partículas de gordura podem ser encontradas no leito vascular pulmonar em 90% dos pacientes que sofreram fraturas de ossos longos ou luxação de articulações  A síndrome da embolia gordurosa inicia caracteristicamente 12 a 72 horas após a lesão, mas pode ocorrer após vários dias.  O diagnóstico é clínico.  A insuficiência respiratória deve ser tratada com ventilação com pressão expiratória final positiva e diuréticos
  • 42.  Paciente com historia de queda evoluindo com fratura diafisária em fêmur. Foi submetido a procedimento de fixação interna. No dia 2 após a operação, o paciente fica hipóxico e taquicárdico, TC evidenciado embolia gordura.
  • 43. COMPLICAÇÕES GASTRINTESTINAIS  Alterações da motilidade gastrintestinal  A presença, a força e a direção do peristaltismo normal são comandadas pelo sistema nervoso entérico  A anestesia e o manejo cirúrgico resultam em diminuição da atividade de propulsão normal do intestino, ou íleo adinâmico pós- operatório.  Vários fatores contribuem para o íleo  Podem prolongar sua evolução; eles incluem medicamentos – especialmente, opioides anormalidades eletrolíticas, processos inflamatórios, como pancreatite ou peritonite, e dor.  A alimentação deve ser suspensa até a evidência de retorno da motilidade gastrintestinal normal.  Não há tratamento específico para íleo adinâmico pós-operatório.
  • 44. COMPLICAÇÕES GASTRINTESTINAIS  Dilatação gástrica  A dilatação gástrica, uma complicação potencialmente fatal e rara, consiste em distensão maciça do estômago por gás e líquido.  À medida que o estômago cheio de ar aumenta, ele pende para baixo através do duodeno, produzindo obstrução mecânica da saída gástrica que contribui ainda mais para o problema  Quando o problema é reconhecido precocemente, o tratamento consiste na descompressão gástrica com sonda nasogástrica
  • 45. COMPLICAÇÕES GASTRINTESTINAIS  Obstrução intestinal  A dificuldade no retorno da função intestinal no pós- operatório pode resultar de íleo ou obstrução mecânica.  A obstrução mecânica é mais frequentemente causada por aderências pós-operatória ou hérnia interna  O diagnóstico pode não ser evidente, pois os sintomas são difíceis de diferenciar dos sintomas de íleo paralítico.  Pode ser utilizado radiografia para avaliação  O tratamento consiste em aspiração nasogástrica por vários dias e, se a obstrução não resolver espontaneamente, laparotomia.
  • 46.  Obstrução de intestino delgado
  • 47. COMPLICAÇÕES GASTRINTESTINAIS  Impactação fecal pós-operatória  A impactação fecal após procedimentos cirúrgicos é o resultado de íleo colônico e percepção deficiente de plenitude retal.  As manifestações clínicas são as de obstrução intestinal.  O tratamento inclui enemas e purgantes com solução de eletrólitos com polietilenoglicol
  • 48. COMPLICAÇÕES GASTRINTESTINAIS  Disfunção hepática pós-operatória  A disfunção hepática, variando desde icterícia leve a insuficiência hepática potencialmente fatal, acompanha 1% dos procedimentos cirúrgicos realizados sob anestesia geral.  A hiperbilirrubinemia pós-operatória pode ser classificada como icterícia pré-hepática, insuficiência hepatocelular e obstrução pós-hepática
  • 49. COMPLICAÇÕES GASTRINTESTINAIS  Icterícia pré-hepática  A icterícia pré-hepática é causada por sobrecarga de bilirrubina, na maioria das vezes, por hemólise ou reabsorção de he  Insuficiência hepatocelular  A insuficiência hepatocelular, causa mais comum de icterícia pós- operatória, ocorre em consequência de necrose celular hepática, inflamação ou grande ressecção hepáticamatomas  Obstrução pós-hepática  A obstrução pós-hepática pode ser causada por lesão cirúrgica direta das vias biliares, cálculos retidos no ducto colédoco, tumores obstrutivos do colédoco ou pancreatite.
  • 50. COMPLICAÇÕES GASTRINTESTINAIS Tratamento  É preciso determinar se um paciente com icterícia pós- operatória apresenta uma causa corrigível, que necessite de tratamento.  A função renal deve ser monitorada atentamente, uma vez que a insuficiência renal pode se desenvolver nesses pacientes.  O tratamento é, em geral, expectante.
  • 51. COMPLICAÇÕES GASTRINTESTINAIS  Colecistite pós-operatória  A colecistite pós-operatória aguda pode acompanhar qualquer tipo de cirurgia, mas é mais comum após procedimentos gastrintestinais  A colecistite pós-operatória difere em vários aspectos da forma comum de colecistite aguda: é frequentemente acalculosa (70 a 80%), mais comum em homens (75%), progride rapidamente para necrose da vesícula biliar  Não responde ao tratamento conservador
  • 52. COMPLICAÇÕES GASTRINTESTINAIS Síndrome compartimental abdominal  A hidratação intensa (reposição de > 10 L) dos pacientes, especialmente nos pacientes póstraumatismo ou que necessitam de laparotomia de urgência, pode resultar em aumento da pressão abdominal.  Semelhante à síndrome compartimental das extremidades, a fáscia resiste ao estiramento exercido pelo músculo e por outros tecidos após a lesão e a hidratação.  No entanto, alto índice de suspeita, diagnóstico rápido e tratamento imediato podem resultar na restauração do fluxo e na prevenção de morbidade em ambos os quadros.
  • 53. COMPLICAÇÕES UROGENITAIS  Retenção urinária pós-operatória  A incapacidade de urinar no pós-operatório é comum, especialmente após as cirurgias pélvicas e perineais realizadas com raquianestesia.  O tratamento da retenção urinária aguda é a sondagem da bexiga. Na ausência de fatores sugestivos da necessidade de descompressão prolongada, como a presença de 1.000 mL de urina ou mais, o cateter pode ser removido.
  • 54. COMPLICAÇÕES UROGENITAIS  Infecção do trato urinário  A infecção do trato urinário inferior é a infecção nosocomial mais frequentemente adquirida  A contaminação preexistente do trato urinário, a retenção urinária e a instrumentação são os principais fatores contribuintes.  O tratamento inclui hidratação adequada, drenagem adequada da bexiga e antimicrobianos específicos
  • 55. COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS Infecção do sítio cirúrgico  As complicações infecciosas constituem, talvez, as complicações pós-operatórias mais comuns e incluem aquelas relacionadas diretamente à incisão cirúrgica  Denominadas infecção de sítio cirúrgico (ISC), e aquelas que envolvem outros sistemas, como a colite por Clostridium difficile  Há diversos microrganismos envolvidos nessas infecções, mas é muito preocupante a prevalência crescente de bactérias resistentes a antimicrobianos, como Staphylococcus aureus resistente à meticilina
  • 56.  Infecção do sítio cirúrgico
  • 57. COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS  Infecção do sítio cirúrgico  O Centers for Disease Control and Prevention (CDC) classifica as ISCs em três localizações:  1. Incisional superficial;  2. Incisional profunda;  3. Órgão ou cavidade.
  • 58. COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS  Os fatores de risco para ISC incluem fatores sistêmicos (diabetes, imunossupressão, obesidade, tabagismo, desnutrição e radioterapia anterior) e fatores locais (classificação da ferida operatória e técnicas cirúrgicas).  O diagnóstico de ISC é basicamente clínico. Os sintomas mais comuns incluem dor, calor e eritema com drenagem através da incisão.  As infecções profundas e de órgãos e cavidades podem ser diagnosticadas também com imagens radiográficas
  • 59. COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS  O tratamento para ISC deve enfatizar o controle da fonte primária. Para isso, pode ser necessário um procedimento cirúrgico, como incisão e drenagem do foco infeccioso  Para infecções superficiais, o tratamento seria simplesmente incluir a abertura da incisão, explorando o espaço, irrigando, desbridando e deixando a ferida operatória aberta  Antimicrobianos por si só não costumam abordar o foco da infecção subjacente.
  • 60.  Formação de Abcesso pós colecistectomia
  • 61. COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS  Colite por Clostridium difficile  A diarreia pós-operatória por C. difficile é uma infecção nosocomial comum em pacientes cirúrgicos.  O espectro da doença varia da colonização assintomática à rara colite tóxica grave  O tratamento da infecção é feito com metronidazol intravenoso ou, para infecção com agentes patogênicos resistentes, vancomicina oral.
  • 62. COMPLICAÇÕES HEMATOLÓGICAS Tromboembolismo venoso (TEV)  Além de causar sangramento, as cirurgias de grande porte, como as cirurgias abdominais e dos traumatismos, alteram o delicado equilíbrio do sistema hematológico do corpo, especialmente em relação às vias de coagulação.  Os pacientes envolvidos com trauma, cirurgias oncológicas ou dissecção da pelve são particularmente suscetíveis ao fenômeno  A prevenção do TEV é muito mais eficaz do que o tratamento dessa complicação
  • 63. COMPLICAÇÕES HEMATOLÓGICAS Diagnostico e tratamento  O diagnóstico de trombose venosa profunda pode ser realizado de forma eficaz em termos de custos, utilizando ultrassonografia com Doppler  Os objetivos do tratamento de TEV são a estabilização do coágulo, a revascularização dos vasos afetados e a prevenção de complicações em longo prazo  A maioria dos pacientes responde à anticoagulação com heparina intravenosa ou doses subcutâneas mais elevadas de heparina de baixo peso molecular e, posteriormente, conversão para a terapia oral com varfarina.
  • 64. COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS  Febre pós-operatória  A febre ocorre em cerca de 40% dos pacientes após uma grande cirurgia  Na maioria dos pacientes, a elevação da temperatura resolve-se sem tratamento específico  A febre nas 48 horas após a cirurgia geralmente é causada por atelectasia  Quando o início da febre após o segundo dia de pós- operatório, elevação da temperatura inicial acima de 38,6 °C, e associados a alterações laboratoriais uma causa infecciosa é mais provável.
  • 65. COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS  Os pacientes sem infecção raramente apresentam febre após o quinto dia de pós-operatório.  Febre tardia sugere infecção da ferida operatória ou, com menos frequência, ruptura da anastomose e abscessos intra-abdominais  Uma avaliação diagnóstica dirigida para a detecção de sepse intra-abdominal é indicada em pacientes que apresentam temperaturas elevadas (> 39 °C) e feridas sem evidência de infecção por 5 dias ou mais de pós- operatório.
  • 66. REFERÊNCIAS  SABISTON. Tratado de cirurgia: A base biológica da prática cirúrgica moderna. 19.ed. Saunders. Elsevier  DOHERTY. Current: diagnóstico e tratamento. Cirurgia. 14.ed. ArtMed  SPERANZINI, MB.; DEUTSCH, CB.; YAGI, OK. Manual de Diagnostico e Tratamento para Residente de Cirurgia. ATHENEU EDITORA 2009.