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Plano de aula
Introdução
Definições
HAS crônica
Pré eclâmpsia
Eclâmpsia
Sindrome HELLP
Referências bibliográficas
Introdução
Brasil:
– 7,5% das gestantes acima de 20a apresentam
distúrbios hipertensivos
– Maior causa de morte materna no Brasil (35%)
Mundo:
– Prevalência entre 6 a 22%
– OMS: a cada 7 minutos, morra uma mulher por
complicações hipertensivas
Definições
Pré- eclâmpsia
• PA ≥ 140 x 90 + proteinúria após 20 sem
Eclâmpsia
• Pré-eclâmpsia + convulsão
HAS crônica
• PA ≥ 140 x 90 antes de 20 sem
Pré-eclâmpsia sobreposta
• HAS + pré-eclâmpsia
Hipertensão gestacional
• PA ≥ 140 x 90 sem proteinúria, após 20 sem
HAS crônica
HAS crônica
Não
complicada
Leve
Sem lesões
em órgão alvo
antes da
gravidez
PA <
160mmHg x
110mmHg
Complicada
Grave
Alteração
cardíacas/
renal porém
sem
comprometi
mento do
clearence de
creatinina
PA >
160mmHg x
110mmHg
Maligna
Associando-se ao
quadro sintomas
de ICC,
encefalopatia
hipertensiva ou
grave
comprometimento
da função renal
PA com
valores altos
Hipertensão crônica com pré-
eclâmpsia sobreposta
 Diagnosticar a sobreposição é um desafio..
Gestante já apresenta HAS prévia
Pode ainda apresentar proteinúria basal aumentada.
 Quando suspeitar?
Há aumento da PA, acima dos valores basais
Há aumento da proteinúria já estabelecida previamente
 Outros dados que sugerem sobreposição
Trombocitopenia
Alteração enzimas hepáticas
Elevação do ácido úrico
Pré-natal
 Principal determinante de bom prognóstico: início precoce e
atenção diferenciada.
 Consultas:
› mensais até a 30ª sem
› quinzenais até a 34ª sem
› semanais após essa IG
 HAS estágio 1 e sem repercussões em órgãos-alvo: nível
secundário de assistência.
 Avaliar anti-hipertensivos em uso.
FEBRASGO
Pré-natal avaliação fetal
 USG:
› avaliação acurada da IG
› Crescimento fetal: 28-32sem
› Mensalmente até o termo
 FEBRASGO:
› Doppler com 20, 26, 32 e 36 sem
› >34 sem: consulta + CTG
Pré- natal
• Orientar:
– Repouso DLE
– Dieta hipossódica
– Evitar fatores que pioram a hipertensão: ITU, obesidade,
estresse emocional e fumo
Tratamento
 Inicialmente: Avaliar riscos de anti-hipertensivos usados
Substituir por um medicamento seguro
 Razão inicial do tratamento
Reduzir morbidade materna associada a Hipertensão Grave
 Meta-análise 28 estudos randomizados
Reduziu taxa de Hipertensão grave
Porém não reduziu taxa de sobreposição...
DHEG pode surgir INDEPENDENTE do
tratamento HAC
Controvérsias tratamento
HAS leve
• Associação
– 33% partos prematuros
– 11% PIG
• Morte materna, AVEh são raros
• Eclâmpsia pouco comum
• Baixo risco para complicações
gestacionais
• Pelos riscos: sugere-se não instituir
terapia anti-hipertensiva
• PA baixa- Bom para mãe
Diminui perfusão utero-placentária (
RCFetal )
HAS grave
 Associação
› 65% partos prematuros
› 40% PIG
 Alto risco de
complicações
 Benefício concreto de
tratamento
Tratamento
ACOG / Rotinas
obstetrícia
Suspender drogas em uso
PA≥ 150-160/100-110
mmHg
Idade materna > 40a
HAS há mais de 10 anos
HAS secundária
Comprometimento órgãos -
alvo
FEBRASGO
PAD > 90 mmHg
Manter droga anterior a
gestação (mesmo diurético)
MS
PA≥ 150-160/100-110
mmHg
Lesão em órgão-alvo
Manter droga anterior a
gestação
Tratamento
 Metildopa
 Hidralazina
 Verapamil
 Lebetalol
› Evitar atenolol e propranolol: Diminuição do fluxo placentário e CIUR.
 Diuréticos: evitar
› Pode preciptar hipovolemia e piorar perfusão placentária.
 IECA: CONTRAINDICADOS!
› Oligodramnia, anomalias renais, IR neonatal, hipoplasia pulmonar, retardo
mental, CIUR, morte fetal/neonatal.
HAS crônica
 Interrupção da gestação:
› 40 semanas se PA bem controlada e feto bem
› 37 semanas se PE sobreposta
› Interrupção imediata se comprometimento materno
› Sofrimento fetal: grau de comprometimento x IG
Complicações
Pré-eclâmpsia
Definição
Aparecimento de hipertensão e proteinúria após 20
semanas de gestação em paciente previamente
normotensa
PAS>=140mmHg PAD>90mmHg >=300mg urina 24h
>= 1+ amostra isolada urina
30mg/dL amostra urinária única
Relação proteinúria/creatinina>0,3
Fatores de Risco
Primiparidade Obesidade Trombofilias
Gravidez
múltipla
Hist. Familiar
DHEG
Doenças
colágeno
Gestação
molar
Pré-eclampsia
gestação anterior
Troca parceiro e
nova gravidez
DM Extremos idade Raça negra
HAS DRC SAAF
Fisiopatologia
1) Placentação anormal
Fisiopatologia
Isquemia placentária Lesão endotelial
vasodilatadores/anticoagulantes
vasoconstritoras/pró-coagulantes
Consequências:
1) Vasoespasmo placentário e sistêmico
2) Deposição de fibrina – trombose de arteríolas e
capilares
3) Aumento permeabilidade capilar
Fisiopatologia
2)Fatores imunológicos
Resposta materna aos antígenos paternos: a
exposição prévia a um mesmo antígeno parece ter
efeito protetor, o contato com antígeno diferente
parece aumentar o risco
3) Predisposição genética
4) Estresse oxidativo
Hipoxemia placentária – produção de radicais livres
- dano endotelial
Repercussões Sistêmicas
Diagnóstico
PA >= 140x90mmHg
Proteinúria >= 300mg/24h
Edema generalizado Não é essencial para o
diagnóstico
 Aumento ácido úrico
 Trombocitopenia
 Aumento transaminases
 Aumento LDH
Classificação
Pré-eclâmpsia Leve
Pré-eclâmpsia Grave
Conduta Pré-eclâmpsia Leve
Conduta expectante até que o concepto atinja o
termo se condições maternofetais permitirem
 Medidas Gerais:
Repouso em DLE
Evitar ansiedade, fumo, cafeína
O tratamento anti-hipertensivo pode piorar a circulação
uteroplacentária, não sendo indicado nos casos leves
Pré-eclâmpsia Grave
PA >= 160/110 mmHg
Proteinúria >= 5g/24h
Oligúria < 400mL/24h
Complicações
Respiratórias
Edema Agudo de Pulmão/
Cianose
Síndrome HELLP Hemólise/ Aumento
Enzimas Hepáticas/
Trombocitopenia
Iminência eclâmpsia Cefaléia/ Escotomas/ Dor
epigástrica/ Aumento
Reflexos
Conduta Pré-eclâmpsia Leve
 Consultas ambulatoriais semanais, aferição diária PA
1) Avaliação Bem-Estar Materno: ganho de peso, PA,
hemograma com contagem de plaquetas, ureia, Cr, ácido
úrico, transaminases hepáticas, LDH, EAS, proteinúria 24h
2) Avaliação Bem-Estar Fetal: movimentação fetal,
crescimento uterino
A partir de 30-32s: cardiotocografia semanalmente,
USG (Perfil Biofísico Fetal) e Dopplervelocimetria
Conduta Pré-eclâmpsia Grave
A única forma de se curar é a interrupção da gestação
 > 34 semanas: estabilização da paciente e
interrupção gestação
 < 34 semanas: estabilização paciente, uso de
glicocorticoides e interrupção gestação. Conduta
expectante pode ser tomada se quadro clínico
materno compensado e vitalidade fetal preservada
• Glicocorticoides indicados para maturação
pulmonar entre 24-34 semanas de gestação
Conduta Pré-eclâmpsia Grave
 Estabilização Paciente
1) Controle/ Prevenção convulsões: Sulfato de
Magnésio
2) Controle PA: >=160/110 mmHg
Alvo: PAS entre 140 e 155 mmHg
PAD entre 90 e 100 mmHg
Conduta Pré-eclâmpsia Grave
 Tratamento Agudo PA:
1) Hidralazina 5mg IV 20/20 min até 4x
2) Labetalol IV
3) Nifedipina VO
Tratamento Crônico PA:
1) Metildopa VO
ECLÂMPSIA
ECLÂMPSIA
 Presença de convulsões tônico-clônicas generalizadas ou
coma, em gestantes com sinais e sintomas de DHEG;
 Exclusão de outras causas/alterações do SNC
 Pode ocorrer na gravidez, no parto e no puerpério imediato;
 Proteinúria
- complicação característica da pré-eclâmpsia
- 10% das convulsões ocorrem na ausência de proteinúria
ECLÂMPSIA
 Fatores de risco:
- Condições socioeconômicas desfavoráveis;
- Atendimento PN deficiente;
- Acompanhamento inadequado da DHEG
 Causas diretas mais frequentes
- Hipóxia
- DPP
 Classificação (HC-FMUSP, 1986)
-Não complicada / complicada / descompensada
Epidemiologia
Países desenvolvidos: 4 a 6 em cada 10.000
partos
Países em desenvolvimento: entre 6 a 100 em
cada 10.000 partos
É a principal causa de morte materna e
perinatal nas formas hipertensivas
Fisiopatologia
Eclâmpsia = manifestação do
comprometimento do SNC da PE -> motivo
das convulsões é desconhecido
Sugeridos: edema cerebral, isquemia,
encefalopatia hipertensiva, infarto cerebral,
hemorragia cerebral.
em resposta PA grave
Vasoespasmo
Redução do fluxo sanguíneo
Isquemia
Edema ciotóxico
Eventual infartotecidual
2 teorias
↑brusca da PA
Perda da autoregulação
vascular cerebral
No capilar -> rotura da pressão distal
↑ pressão hidrostática,
Hiperperfusão
extravasamento de plasma e hemácias
edema angiogênico
Quadro clínico
 Instalação geralmente gradual
- ↑PA, ganho de peso ( > 1kg/sem) e edema
- Alguns casos: rápida e devastadora
 Evolução típica da convulsão: 4 fases (Briquet)
1. Fase de invasão (30 s)
- silenciosa ou precedida de grito ou aura;
- fasciculações fasciais(*em torno da boca)
- a língua pode ser exteriorizada
- MS em pronação, polegar sobre a mão fechada
2. Fase de contrações tônicas
- tetanização de todo o corpo, epistótono cefálico
- masseteres -> fechar a boca
- face cianótica e pletórica
- olhos voltados p/ cima e pupilas dilatadas
3. Fase de contrações clônicas
- inspiração profunda / expiração estertorosa
- saída de muco sanguinolento ( lesão da língua)
- Pode haver incontinência urinária / fecal
4. Fase de coma
- convulsões repetidas ou prolongadas
- perda de consciência e ausência de reflexos
- duração de min a dias;
- Convulsões frequentes, sem intervalos ->EMC
*coma prolongado
Outras manifestações de insuficiência de diversos órgãos:
- Oligúria ou anúria; IResp, cianose, icterícia e sangramentos
- tônus e [f] das contrações uterinas / BCF
- Acontecem durante ou imediatamente depois das convulsões e
desaparecem com a correção da hipóxia
Tratamento clínico
 Emergência obstétrica; requer atendimento imediato
 Objetivo:
- Manutenção da função cardiopulmonar;
- Controle da PA
- Correção da hipoxemia e da acidose
 Exames:
- HMG c/ plaquetas, coagulograma, Ur, Cr, Na, K, TGO, TGP, BT
e frações, LDH, gasometria arterial, fundoscopia, ECG
- TAC se persistência do quadro convulsivo
OXIGENAÇÃO
MgSO4
AVALIAÇÃO GLOBAL
TTO HIPOTENSOR CORREÇÃO DOS DISTURBIOS
FUNCIONAIS
CONDUTA OBSTÉTRICA
UTI
Tratamento clínico
 Uso de BZD: contraindicado
- Depressão respiratória e neurológica
- Reflexos laríngeos
 Prevenção de novas crises
- MgS04 (Pritchard em 1955)
# ação Anticonvulsivante=> córtex cerebral , 3 mecanismos:
- Efeito vasodilatador; bloqueia a excitação e a
transmissibilida-de elétrica no tecido cerebral
- Outros agentes?
- Fenitoína
24 h após o parto
ou após a última
crise convulsiva!
 De 4 a 7 mEq/L: nível terapêutico
 verificar sinais de Toxicidade *
- 7 e 10 mEq/L: perda do reflexo patelar
- 15 mEq/L: mm. envolvidos na respiração
- 30 mEq/l: parada cardíaca
* De hora em hora, no esquema de Zuspan, e antes da adm de cada
dose de manutenção, no esquema de Pritchard.
- Depressão neonatal: hipermagnesemia grave
GLUCONATO DE CÁLCIO a 10%, 10 mL
EV a cada 3 min
Identificar a concentração do magnésio disponível, lembrando que:
MgSO4.7H2O a 50% ............................................. 1 ampola = 10 mL = 5 g
MgSO4.7H2O a 20% ............................................. 1 ampola = 10 mL = 2 g
MgSO4.7H2O a 10% ............................................. 1 ampola = 10 mL = 1 g
Persistência das convulsões / hemorragia cerebral
- Fenitoína 250 mg (1 amp diluída em 250 mL de SF, correr
10 min)
- Repetir ate 750 mg, a cada 30 min;
- Manutenção: 100 mg a cada 8h (EV/VO)
 TTO Hipertensão:
-Se após 20-30 min da última dose venosa de ataque (MgSO4),
PAD ≥ 110
Hidralazina 5 mg EV a cada 15 min até o controle da PA
(redução de 20 a 30%)
- Diluir em 19 mL de água destilada
1 amp = 1 ml = 20 mg
utilizar 5 ml /cd aplicação
Monitorização fetal
 Estabilização materna avaliar IG, peso e vitalidade
 Bradicardias fetais transitórias (3-5) após as convulsões
- Taquicardias compensatórias com desacelerações que
desaparecem em 20 a 30 s;
 Interrupção da gestação: tratamento definitivo
- Avaliações maternas e fetais adequadas
- Medidas de correção feitas antes do nascimento
Tratamento obstétrico
 Alguns autores defendem a interrupção independentemente da
IG;
 Fetos vivos e inviáveis + eclâmpsia não complicada
(intercorrente)
- Conservador
- Estabilizar o curso da doença e reduzir morbimortalidade
perinatal
- Permanece internada até 34a semana
- Evolução materna desfavorável ou sofrimento fetal:
interrompe!
 Ato anestésico = riscos
-Parto: 2-3 horas após a dose de ataque
-Avaliar ventilação, oxigenação, quadro convulsivo, PA, volemia,
coagulação, equilíbrio ácido-básico: corrigidos e compensados
-Evitar uso de antagonistas do canal de Ca (*nifedipina)
-PA controlada: risco de EAP e HIC
Indicação de analgesia precoce
-Melhora o fluxo retroplacentário
 Peridural contínua intermitente x casos graves
-Bloqueio simpático gradativo
-Menor redução da PA e < probab. de hipofluxo placentário
 Anestesia Geral
- Indicações: distúrbios da hemostasia e complicações
neurológicas
- Proteção neurovegetativa
- Fentanil em altas doses (15 μg/kg)
- Etomidato (0.2 mg)
SÍNDROME HELLP
Hemolysis + Elevated Liver enzymes + Low Platelets
HELLP
 Entidade clínica: DHEG ou eclâmpsia
 Conjunto de sinais e sintomas associados à hemólise
microangiopática, elevação das enzimas hepáticas e
plaquetopenia
 Descrito por Louis Weinstein (1982)
 Pelo menos 1% das gestações, mas em até 12 % das
complicadas por DHEG e Eclâmpsia
 Pcte típica: branca, multípara e > 25 anos
Epidemiologia
 4 a 12% em PE grave
11 % eclâmpsia
Mortalidade materna e perinatal
Dificuldade em identificar corretamente => utilização de critérios dx diferentes
-Roelofsen et al. 22.8% - complicações perinatais graves e 17% de óbitos
Hemólise
 Responsável pela hiperbilirrubinemia não conjugada
- > 3 mg/dL = icterícia
- Apenas hemólise: hiperbilirrub. Leve
- Valores ↑: disfunção hepática
 Aumento do LDH
 Anemia hemolítica microangiopática
- ↓ Hb e lesões vasculares
- Esquizócitos e equinócitos
- (HA maligna, PTT, necrose cortical renal, LES)
Elevação TGO/TGP
 Necrose dos hepatócitos (TGP mais sensível)
- Também pode ocorrer aumento do LDH
 Hemorragia periportal
 Deposição de fibrina nos sinusóides
 Ausência de correlação da histologia com alterações
enzimáticas
Plaquetopenia
 < 100.000: ↑ destruição
 Aderência ao colágeno vascular exposto pela lesão endotelial
 Exacerbação diante de CIVD:
↓fibrinogênio (< 300 mg/dL) e AT-3 (< 80%)
↑ TAP ( < 70%)
↑ produtos de degradação da fibrina ( > 40 mg/mL)
 Outras causas:
 Imunológicas
 Medicamentosas
 Idiopáticas
3 valores alterados= presença de CIVD
2 valores alterados = suspeita
Quadro clínico
 Manifestações múltiplas e imprecisas
- Cefaleia, dor epigástrica e/ou no HD, inapetência, náuseas
e vômitos, escotomoas e níveis pressóricos elevados;
- Iminência de eclâmpsia: alteração do nível de consciência;
 Dx: + precoce possível laboratorial (completa/parcial)
HELLP
↑TRANSAMINASES ( >
70 UI/L)
PLAQUETOPENIA ( <
100.000 plaquetas / mm3)
HEMÓLISE
- Alt. eritrocitárias
(esquizócitos);
- ↑ BT ( > 1.2 mg/dL);
- ↑ LDH ( > 600 UI/L)
COMPLETA
PARCIAL
DX DIFERENCIAL
 Síndromes presentes na gravidez e raramente simulam HELLP
(anemias hemolíticas e hepatopatias)
Tratamento clínico
 O INICIAL = formas graves de HA
H
• Estabilização das condições cínicas maternas
E
• Profilaxia das convulsões quando indicadas
L
• Corticoide
• Determinar o momento e via de parto
L
• Terapia hipotensor
P
• Avaliação da vitalidade fetal
CIVD, plaquetas < 50.000: na iminência de
eclâmpsia, utilizar o esquema EV de Sibai;
Todas as mulheres com HELLP devem receber MgSO4
Quando estiverem em TP ou com dor epigástrica
 No anteparto:
- melhora dos parâmetros laboratoriais
- Interrupção necessária por OF ou sofrimento de fetos inviáveis
# Melhorar condições maternas clínicas e laboratoriais
(*plaquetopenia)
Corticoterapia
-Dexametasona 10 mg, EV a cada
12 horas, até o parto
Transfusão
 corrigir problemas de coagulação ou
hemorragia aguda
P < 50.000
- Controle
da PA
Tto: PAS
≥15mmhg
Manter PAD 80-
90mmHg
- Intens. da
hemólise
- coag.
Transf. Se P <
50.000
- Lesão
hepática
- Função
renal
Alternar sol.
Salina + glicose a
5% c/ RL a
100ml/h
-DU 30-40ml/h
- Função
respiratória
Ausculta e
gasometria
Conduta conservadora
DOR prolongada
US: líquido livre na cavidade
peritoneal
 Queda Hb
 Hipotensão arterial
 TAC/RNM
IRA (Cr > 1.2 mg/dL) + oligúria
( < 400 mL/dia)
CIVD: dx clínico (gengivorragia, hematomas,
petéquias, hematúria) ou laboratorial
Tratamento obstétrico
 IG precoce: controverso
- Conduta convservadora; estabilizar o curso da
doença e reduzir a morbimortalidade perinatal e
também as complicações maternas
- < 34 semanas: postergar por apenas 48 horas
- Interrupção sempre indicada, independente da IG
Feto vivo
Viável
Vitalidade alterada
IG ≥ 34 sem
PARTO
inviável
Vitalidade normal
IG entre 28 e 34 sem
Controle materno fetalINADEQUADO
ADEQUADO
34 sem
CIVD, EAP, IRA, ECLÂMPSIA,
RH, PLAQUETAS < 50.000
OU SOFRIMENTO FETAL = PARTO
 Melhor via: vaginal (menor sangramento intraoperatório)
 Colo uterino em boas condições, induz-se ou conduz-se o TP,
com vigilância contínua da vitalidade fetal
- < 50.000 plaquetas: correção durante parto
 Cuidados: Cesárea
- Monitorização rigorosa, reserva de plaquetas
- < 50.000 plaquetas: transfusão de plaquetas na indução
anestésica
- Bloqueio: > 70.000 e ausência de CIVD
- CIVD: laparotomia mediana
 Cuidados: Cesárea
- Drenos subaponeuróticos
- Extração fetal sem compressão do fundo uterino (evitar
ruptura hepática)
- Hemostasia rigorosa e curativo compressivo
- Profilaxia ATB
 Pós-parto: UTI
- Identificar e tratar possível FMO, controle da PA, BHE,
diurese, avaliação pulmonar, reavaliação laboratorial a cada
12 h até normali-zação, e manutençao do MgSO4 por 24
horas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Zugaib. Tratado de Obstetrícia. 2a edição, 2012.
- MS. Gestação de alto risco. 5° edição, 2012
- FEBRASGO. Gestação de alto risco. 2010
- Freitas, F.; Costa, S.H.M.; Ramos, J.G.L.; Magalhães, J. A.
Rotinas em Obstetrícia. 5° edição. 2006
- ALSO. Advanced Life Supportin Obstetrics.
Em relação à hipertensão arterial crônica na gravidez, marque a
alternativa correta:
a. Os IECA são considerados como terapia de primeira linha para o
tratamento da hipertensão arterial crônica na gravidez.
b. A monoterapia com hidralazina oral para hipertensão arterial
crônica é recomendada por causa de seus fortes efeitos anti-
hipertensivos.
c. O uso da alfametildopa no primeiro trimestre não foi associado
a nenhum padrão de anomalias fetais.
d. A administração de diurético tiazídico para mulheres
hipertensas crônicas é eficaz para prevenção da pré-eclâmpsia
primária.
Considerando os distúrbios hipertensivos na gravidez,
assinale a alternativa incorreta.
a. Na pré-eclâmpsia ocorre a associação do aumento de PA e
proteinúria significativa (pelo menos 2 gramas em 24h)
b. Hipertensão arterial crônica: hipertensão que precede a
gestação, evidenciada antes de 20 semanas de gestação
ou que persiste além de 12 semanas do parto
c. Hipertensão gestacional transitória: sem proteinúria, se
desenvolve após 20 semanas de gestação e regride até 12
semanas pós-parto
d. Os distúrbios hipertensivos complicam cerca de 5 a 10%
de todas as gestações

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Pré-eclâmpsia e Eclâmpsia

  • 1.
  • 2. Plano de aula Introdução Definições HAS crônica Pré eclâmpsia Eclâmpsia Sindrome HELLP Referências bibliográficas
  • 3. Introdução Brasil: – 7,5% das gestantes acima de 20a apresentam distúrbios hipertensivos – Maior causa de morte materna no Brasil (35%) Mundo: – Prevalência entre 6 a 22% – OMS: a cada 7 minutos, morra uma mulher por complicações hipertensivas
  • 4. Definições Pré- eclâmpsia • PA ≥ 140 x 90 + proteinúria após 20 sem Eclâmpsia • Pré-eclâmpsia + convulsão HAS crônica • PA ≥ 140 x 90 antes de 20 sem Pré-eclâmpsia sobreposta • HAS + pré-eclâmpsia Hipertensão gestacional • PA ≥ 140 x 90 sem proteinúria, após 20 sem
  • 6. HAS crônica Não complicada Leve Sem lesões em órgão alvo antes da gravidez PA < 160mmHg x 110mmHg Complicada Grave Alteração cardíacas/ renal porém sem comprometi mento do clearence de creatinina PA > 160mmHg x 110mmHg Maligna Associando-se ao quadro sintomas de ICC, encefalopatia hipertensiva ou grave comprometimento da função renal PA com valores altos
  • 7. Hipertensão crônica com pré- eclâmpsia sobreposta  Diagnosticar a sobreposição é um desafio.. Gestante já apresenta HAS prévia Pode ainda apresentar proteinúria basal aumentada.  Quando suspeitar? Há aumento da PA, acima dos valores basais Há aumento da proteinúria já estabelecida previamente  Outros dados que sugerem sobreposição Trombocitopenia Alteração enzimas hepáticas Elevação do ácido úrico
  • 8. Pré-natal  Principal determinante de bom prognóstico: início precoce e atenção diferenciada.  Consultas: › mensais até a 30ª sem › quinzenais até a 34ª sem › semanais após essa IG  HAS estágio 1 e sem repercussões em órgãos-alvo: nível secundário de assistência.  Avaliar anti-hipertensivos em uso.
  • 10. Pré-natal avaliação fetal  USG: › avaliação acurada da IG › Crescimento fetal: 28-32sem › Mensalmente até o termo  FEBRASGO: › Doppler com 20, 26, 32 e 36 sem › >34 sem: consulta + CTG
  • 11. Pré- natal • Orientar: – Repouso DLE – Dieta hipossódica – Evitar fatores que pioram a hipertensão: ITU, obesidade, estresse emocional e fumo
  • 12. Tratamento  Inicialmente: Avaliar riscos de anti-hipertensivos usados Substituir por um medicamento seguro  Razão inicial do tratamento Reduzir morbidade materna associada a Hipertensão Grave  Meta-análise 28 estudos randomizados Reduziu taxa de Hipertensão grave Porém não reduziu taxa de sobreposição... DHEG pode surgir INDEPENDENTE do tratamento HAC
  • 13. Controvérsias tratamento HAS leve • Associação – 33% partos prematuros – 11% PIG • Morte materna, AVEh são raros • Eclâmpsia pouco comum • Baixo risco para complicações gestacionais • Pelos riscos: sugere-se não instituir terapia anti-hipertensiva • PA baixa- Bom para mãe Diminui perfusão utero-placentária ( RCFetal ) HAS grave  Associação › 65% partos prematuros › 40% PIG  Alto risco de complicações  Benefício concreto de tratamento
  • 14. Tratamento ACOG / Rotinas obstetrícia Suspender drogas em uso PA≥ 150-160/100-110 mmHg Idade materna > 40a HAS há mais de 10 anos HAS secundária Comprometimento órgãos - alvo FEBRASGO PAD > 90 mmHg Manter droga anterior a gestação (mesmo diurético) MS PA≥ 150-160/100-110 mmHg Lesão em órgão-alvo Manter droga anterior a gestação
  • 15. Tratamento  Metildopa  Hidralazina  Verapamil  Lebetalol › Evitar atenolol e propranolol: Diminuição do fluxo placentário e CIUR.  Diuréticos: evitar › Pode preciptar hipovolemia e piorar perfusão placentária.  IECA: CONTRAINDICADOS! › Oligodramnia, anomalias renais, IR neonatal, hipoplasia pulmonar, retardo mental, CIUR, morte fetal/neonatal.
  • 16.
  • 17. HAS crônica  Interrupção da gestação: › 40 semanas se PA bem controlada e feto bem › 37 semanas se PE sobreposta › Interrupção imediata se comprometimento materno › Sofrimento fetal: grau de comprometimento x IG
  • 20. Definição Aparecimento de hipertensão e proteinúria após 20 semanas de gestação em paciente previamente normotensa PAS>=140mmHg PAD>90mmHg >=300mg urina 24h >= 1+ amostra isolada urina 30mg/dL amostra urinária única Relação proteinúria/creatinina>0,3
  • 21. Fatores de Risco Primiparidade Obesidade Trombofilias Gravidez múltipla Hist. Familiar DHEG Doenças colágeno Gestação molar Pré-eclampsia gestação anterior Troca parceiro e nova gravidez DM Extremos idade Raça negra HAS DRC SAAF
  • 23.
  • 24. Fisiopatologia Isquemia placentária Lesão endotelial vasodilatadores/anticoagulantes vasoconstritoras/pró-coagulantes Consequências: 1) Vasoespasmo placentário e sistêmico 2) Deposição de fibrina – trombose de arteríolas e capilares 3) Aumento permeabilidade capilar
  • 25. Fisiopatologia 2)Fatores imunológicos Resposta materna aos antígenos paternos: a exposição prévia a um mesmo antígeno parece ter efeito protetor, o contato com antígeno diferente parece aumentar o risco 3) Predisposição genética 4) Estresse oxidativo Hipoxemia placentária – produção de radicais livres - dano endotelial
  • 27. Diagnóstico PA >= 140x90mmHg Proteinúria >= 300mg/24h Edema generalizado Não é essencial para o diagnóstico  Aumento ácido úrico  Trombocitopenia  Aumento transaminases  Aumento LDH
  • 29. Conduta Pré-eclâmpsia Leve Conduta expectante até que o concepto atinja o termo se condições maternofetais permitirem  Medidas Gerais: Repouso em DLE Evitar ansiedade, fumo, cafeína O tratamento anti-hipertensivo pode piorar a circulação uteroplacentária, não sendo indicado nos casos leves
  • 30. Pré-eclâmpsia Grave PA >= 160/110 mmHg Proteinúria >= 5g/24h Oligúria < 400mL/24h Complicações Respiratórias Edema Agudo de Pulmão/ Cianose Síndrome HELLP Hemólise/ Aumento Enzimas Hepáticas/ Trombocitopenia Iminência eclâmpsia Cefaléia/ Escotomas/ Dor epigástrica/ Aumento Reflexos
  • 31. Conduta Pré-eclâmpsia Leve  Consultas ambulatoriais semanais, aferição diária PA 1) Avaliação Bem-Estar Materno: ganho de peso, PA, hemograma com contagem de plaquetas, ureia, Cr, ácido úrico, transaminases hepáticas, LDH, EAS, proteinúria 24h 2) Avaliação Bem-Estar Fetal: movimentação fetal, crescimento uterino A partir de 30-32s: cardiotocografia semanalmente, USG (Perfil Biofísico Fetal) e Dopplervelocimetria
  • 32. Conduta Pré-eclâmpsia Grave A única forma de se curar é a interrupção da gestação  > 34 semanas: estabilização da paciente e interrupção gestação  < 34 semanas: estabilização paciente, uso de glicocorticoides e interrupção gestação. Conduta expectante pode ser tomada se quadro clínico materno compensado e vitalidade fetal preservada • Glicocorticoides indicados para maturação pulmonar entre 24-34 semanas de gestação
  • 33. Conduta Pré-eclâmpsia Grave  Estabilização Paciente 1) Controle/ Prevenção convulsões: Sulfato de Magnésio 2) Controle PA: >=160/110 mmHg Alvo: PAS entre 140 e 155 mmHg PAD entre 90 e 100 mmHg
  • 34. Conduta Pré-eclâmpsia Grave  Tratamento Agudo PA: 1) Hidralazina 5mg IV 20/20 min até 4x 2) Labetalol IV 3) Nifedipina VO Tratamento Crônico PA: 1) Metildopa VO
  • 36. ECLÂMPSIA  Presença de convulsões tônico-clônicas generalizadas ou coma, em gestantes com sinais e sintomas de DHEG;  Exclusão de outras causas/alterações do SNC  Pode ocorrer na gravidez, no parto e no puerpério imediato;  Proteinúria - complicação característica da pré-eclâmpsia - 10% das convulsões ocorrem na ausência de proteinúria
  • 37. ECLÂMPSIA  Fatores de risco: - Condições socioeconômicas desfavoráveis; - Atendimento PN deficiente; - Acompanhamento inadequado da DHEG  Causas diretas mais frequentes - Hipóxia - DPP  Classificação (HC-FMUSP, 1986) -Não complicada / complicada / descompensada
  • 38. Epidemiologia Países desenvolvidos: 4 a 6 em cada 10.000 partos Países em desenvolvimento: entre 6 a 100 em cada 10.000 partos É a principal causa de morte materna e perinatal nas formas hipertensivas
  • 39. Fisiopatologia Eclâmpsia = manifestação do comprometimento do SNC da PE -> motivo das convulsões é desconhecido Sugeridos: edema cerebral, isquemia, encefalopatia hipertensiva, infarto cerebral, hemorragia cerebral.
  • 40. em resposta PA grave Vasoespasmo Redução do fluxo sanguíneo Isquemia Edema ciotóxico Eventual infartotecidual 2 teorias ↑brusca da PA Perda da autoregulação vascular cerebral No capilar -> rotura da pressão distal ↑ pressão hidrostática, Hiperperfusão extravasamento de plasma e hemácias edema angiogênico
  • 41. Quadro clínico  Instalação geralmente gradual - ↑PA, ganho de peso ( > 1kg/sem) e edema - Alguns casos: rápida e devastadora  Evolução típica da convulsão: 4 fases (Briquet) 1. Fase de invasão (30 s) - silenciosa ou precedida de grito ou aura; - fasciculações fasciais(*em torno da boca) - a língua pode ser exteriorizada - MS em pronação, polegar sobre a mão fechada
  • 42. 2. Fase de contrações tônicas - tetanização de todo o corpo, epistótono cefálico - masseteres -> fechar a boca - face cianótica e pletórica - olhos voltados p/ cima e pupilas dilatadas 3. Fase de contrações clônicas - inspiração profunda / expiração estertorosa - saída de muco sanguinolento ( lesão da língua) - Pode haver incontinência urinária / fecal
  • 43. 4. Fase de coma - convulsões repetidas ou prolongadas - perda de consciência e ausência de reflexos - duração de min a dias; - Convulsões frequentes, sem intervalos ->EMC *coma prolongado Outras manifestações de insuficiência de diversos órgãos: - Oligúria ou anúria; IResp, cianose, icterícia e sangramentos - tônus e [f] das contrações uterinas / BCF - Acontecem durante ou imediatamente depois das convulsões e desaparecem com a correção da hipóxia
  • 44.
  • 45. Tratamento clínico  Emergência obstétrica; requer atendimento imediato  Objetivo: - Manutenção da função cardiopulmonar; - Controle da PA - Correção da hipoxemia e da acidose  Exames: - HMG c/ plaquetas, coagulograma, Ur, Cr, Na, K, TGO, TGP, BT e frações, LDH, gasometria arterial, fundoscopia, ECG - TAC se persistência do quadro convulsivo
  • 46.
  • 47. OXIGENAÇÃO MgSO4 AVALIAÇÃO GLOBAL TTO HIPOTENSOR CORREÇÃO DOS DISTURBIOS FUNCIONAIS CONDUTA OBSTÉTRICA UTI
  • 48. Tratamento clínico  Uso de BZD: contraindicado - Depressão respiratória e neurológica - Reflexos laríngeos  Prevenção de novas crises - MgS04 (Pritchard em 1955) # ação Anticonvulsivante=> córtex cerebral , 3 mecanismos: - Efeito vasodilatador; bloqueia a excitação e a transmissibilida-de elétrica no tecido cerebral - Outros agentes? - Fenitoína
  • 49.
  • 50. 24 h após o parto ou após a última crise convulsiva!
  • 51.  De 4 a 7 mEq/L: nível terapêutico  verificar sinais de Toxicidade * - 7 e 10 mEq/L: perda do reflexo patelar - 15 mEq/L: mm. envolvidos na respiração - 30 mEq/l: parada cardíaca * De hora em hora, no esquema de Zuspan, e antes da adm de cada dose de manutenção, no esquema de Pritchard. - Depressão neonatal: hipermagnesemia grave GLUCONATO DE CÁLCIO a 10%, 10 mL EV a cada 3 min Identificar a concentração do magnésio disponível, lembrando que: MgSO4.7H2O a 50% ............................................. 1 ampola = 10 mL = 5 g MgSO4.7H2O a 20% ............................................. 1 ampola = 10 mL = 2 g MgSO4.7H2O a 10% ............................................. 1 ampola = 10 mL = 1 g
  • 52. Persistência das convulsões / hemorragia cerebral - Fenitoína 250 mg (1 amp diluída em 250 mL de SF, correr 10 min) - Repetir ate 750 mg, a cada 30 min; - Manutenção: 100 mg a cada 8h (EV/VO)  TTO Hipertensão: -Se após 20-30 min da última dose venosa de ataque (MgSO4), PAD ≥ 110 Hidralazina 5 mg EV a cada 15 min até o controle da PA (redução de 20 a 30%) - Diluir em 19 mL de água destilada 1 amp = 1 ml = 20 mg utilizar 5 ml /cd aplicação
  • 53. Monitorização fetal  Estabilização materna avaliar IG, peso e vitalidade  Bradicardias fetais transitórias (3-5) após as convulsões - Taquicardias compensatórias com desacelerações que desaparecem em 20 a 30 s;  Interrupção da gestação: tratamento definitivo - Avaliações maternas e fetais adequadas - Medidas de correção feitas antes do nascimento
  • 54. Tratamento obstétrico  Alguns autores defendem a interrupção independentemente da IG;  Fetos vivos e inviáveis + eclâmpsia não complicada (intercorrente) - Conservador - Estabilizar o curso da doença e reduzir morbimortalidade perinatal - Permanece internada até 34a semana - Evolução materna desfavorável ou sofrimento fetal: interrompe!
  • 55.  Ato anestésico = riscos -Parto: 2-3 horas após a dose de ataque -Avaliar ventilação, oxigenação, quadro convulsivo, PA, volemia, coagulação, equilíbrio ácido-básico: corrigidos e compensados -Evitar uso de antagonistas do canal de Ca (*nifedipina) -PA controlada: risco de EAP e HIC Indicação de analgesia precoce -Melhora o fluxo retroplacentário  Peridural contínua intermitente x casos graves -Bloqueio simpático gradativo -Menor redução da PA e < probab. de hipofluxo placentário
  • 56.  Anestesia Geral - Indicações: distúrbios da hemostasia e complicações neurológicas - Proteção neurovegetativa - Fentanil em altas doses (15 μg/kg) - Etomidato (0.2 mg)
  • 57. SÍNDROME HELLP Hemolysis + Elevated Liver enzymes + Low Platelets
  • 58. HELLP  Entidade clínica: DHEG ou eclâmpsia  Conjunto de sinais e sintomas associados à hemólise microangiopática, elevação das enzimas hepáticas e plaquetopenia  Descrito por Louis Weinstein (1982)  Pelo menos 1% das gestações, mas em até 12 % das complicadas por DHEG e Eclâmpsia  Pcte típica: branca, multípara e > 25 anos
  • 59. Epidemiologia  4 a 12% em PE grave 11 % eclâmpsia Mortalidade materna e perinatal Dificuldade em identificar corretamente => utilização de critérios dx diferentes -Roelofsen et al. 22.8% - complicações perinatais graves e 17% de óbitos
  • 60. Hemólise  Responsável pela hiperbilirrubinemia não conjugada - > 3 mg/dL = icterícia - Apenas hemólise: hiperbilirrub. Leve - Valores ↑: disfunção hepática  Aumento do LDH  Anemia hemolítica microangiopática - ↓ Hb e lesões vasculares - Esquizócitos e equinócitos - (HA maligna, PTT, necrose cortical renal, LES)
  • 61.
  • 62. Elevação TGO/TGP  Necrose dos hepatócitos (TGP mais sensível) - Também pode ocorrer aumento do LDH  Hemorragia periportal  Deposição de fibrina nos sinusóides  Ausência de correlação da histologia com alterações enzimáticas
  • 63. Plaquetopenia  < 100.000: ↑ destruição  Aderência ao colágeno vascular exposto pela lesão endotelial  Exacerbação diante de CIVD: ↓fibrinogênio (< 300 mg/dL) e AT-3 (< 80%) ↑ TAP ( < 70%) ↑ produtos de degradação da fibrina ( > 40 mg/mL)  Outras causas:  Imunológicas  Medicamentosas  Idiopáticas 3 valores alterados= presença de CIVD 2 valores alterados = suspeita
  • 64. Quadro clínico  Manifestações múltiplas e imprecisas - Cefaleia, dor epigástrica e/ou no HD, inapetência, náuseas e vômitos, escotomoas e níveis pressóricos elevados; - Iminência de eclâmpsia: alteração do nível de consciência;  Dx: + precoce possível laboratorial (completa/parcial)
  • 65. HELLP ↑TRANSAMINASES ( > 70 UI/L) PLAQUETOPENIA ( < 100.000 plaquetas / mm3) HEMÓLISE - Alt. eritrocitárias (esquizócitos); - ↑ BT ( > 1.2 mg/dL); - ↑ LDH ( > 600 UI/L) COMPLETA PARCIAL
  • 66. DX DIFERENCIAL  Síndromes presentes na gravidez e raramente simulam HELLP (anemias hemolíticas e hepatopatias)
  • 67. Tratamento clínico  O INICIAL = formas graves de HA H • Estabilização das condições cínicas maternas E • Profilaxia das convulsões quando indicadas L • Corticoide • Determinar o momento e via de parto L • Terapia hipotensor P • Avaliação da vitalidade fetal CIVD, plaquetas < 50.000: na iminência de eclâmpsia, utilizar o esquema EV de Sibai; Todas as mulheres com HELLP devem receber MgSO4 Quando estiverem em TP ou com dor epigástrica
  • 68.  No anteparto: - melhora dos parâmetros laboratoriais - Interrupção necessária por OF ou sofrimento de fetos inviáveis # Melhorar condições maternas clínicas e laboratoriais (*plaquetopenia) Corticoterapia -Dexametasona 10 mg, EV a cada 12 horas, até o parto
  • 69. Transfusão  corrigir problemas de coagulação ou hemorragia aguda P < 50.000
  • 70. - Controle da PA Tto: PAS ≥15mmhg Manter PAD 80- 90mmHg - Intens. da hemólise - coag. Transf. Se P < 50.000 - Lesão hepática - Função renal Alternar sol. Salina + glicose a 5% c/ RL a 100ml/h -DU 30-40ml/h - Função respiratória Ausculta e gasometria Conduta conservadora
  • 71. DOR prolongada US: líquido livre na cavidade peritoneal  Queda Hb  Hipotensão arterial  TAC/RNM IRA (Cr > 1.2 mg/dL) + oligúria ( < 400 mL/dia) CIVD: dx clínico (gengivorragia, hematomas, petéquias, hematúria) ou laboratorial
  • 72. Tratamento obstétrico  IG precoce: controverso - Conduta convservadora; estabilizar o curso da doença e reduzir a morbimortalidade perinatal e também as complicações maternas - < 34 semanas: postergar por apenas 48 horas - Interrupção sempre indicada, independente da IG
  • 73. Feto vivo Viável Vitalidade alterada IG ≥ 34 sem PARTO inviável Vitalidade normal IG entre 28 e 34 sem Controle materno fetalINADEQUADO ADEQUADO 34 sem CIVD, EAP, IRA, ECLÂMPSIA, RH, PLAQUETAS < 50.000 OU SOFRIMENTO FETAL = PARTO
  • 74.  Melhor via: vaginal (menor sangramento intraoperatório)  Colo uterino em boas condições, induz-se ou conduz-se o TP, com vigilância contínua da vitalidade fetal - < 50.000 plaquetas: correção durante parto  Cuidados: Cesárea - Monitorização rigorosa, reserva de plaquetas - < 50.000 plaquetas: transfusão de plaquetas na indução anestésica - Bloqueio: > 70.000 e ausência de CIVD - CIVD: laparotomia mediana
  • 75.  Cuidados: Cesárea - Drenos subaponeuróticos - Extração fetal sem compressão do fundo uterino (evitar ruptura hepática) - Hemostasia rigorosa e curativo compressivo - Profilaxia ATB  Pós-parto: UTI - Identificar e tratar possível FMO, controle da PA, BHE, diurese, avaliação pulmonar, reavaliação laboratorial a cada 12 h até normali-zação, e manutençao do MgSO4 por 24 horas
  • 76. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - Zugaib. Tratado de Obstetrícia. 2a edição, 2012. - MS. Gestação de alto risco. 5° edição, 2012 - FEBRASGO. Gestação de alto risco. 2010 - Freitas, F.; Costa, S.H.M.; Ramos, J.G.L.; Magalhães, J. A. Rotinas em Obstetrícia. 5° edição. 2006 - ALSO. Advanced Life Supportin Obstetrics.
  • 77. Em relação à hipertensão arterial crônica na gravidez, marque a alternativa correta: a. Os IECA são considerados como terapia de primeira linha para o tratamento da hipertensão arterial crônica na gravidez. b. A monoterapia com hidralazina oral para hipertensão arterial crônica é recomendada por causa de seus fortes efeitos anti- hipertensivos. c. O uso da alfametildopa no primeiro trimestre não foi associado a nenhum padrão de anomalias fetais. d. A administração de diurético tiazídico para mulheres hipertensas crônicas é eficaz para prevenção da pré-eclâmpsia primária.
  • 78. Considerando os distúrbios hipertensivos na gravidez, assinale a alternativa incorreta. a. Na pré-eclâmpsia ocorre a associação do aumento de PA e proteinúria significativa (pelo menos 2 gramas em 24h) b. Hipertensão arterial crônica: hipertensão que precede a gestação, evidenciada antes de 20 semanas de gestação ou que persiste além de 12 semanas do parto c. Hipertensão gestacional transitória: sem proteinúria, se desenvolve após 20 semanas de gestação e regride até 12 semanas pós-parto d. Os distúrbios hipertensivos complicam cerca de 5 a 10% de todas as gestações

Notas del editor

  1. Considera-se como lesao em orgao-alvo a presenca de funcao renal anormal (proteinuria basal > 300 mg/24 h e/ou creatinina serica > 0,8 mg/dL), hipertrofia de ventriculo esquerdo ou retinopatia Importância clínica: - tanto na abordagem terapêutica quanto - desfechos maternos e perinatais
  2. A pré-eclâmpsia pode se sobrepor à hipertensão existente em 15 a 30% dos casos, e esse risco aumenta quando a gestante apresenta prejuízo da função renal. Esse fato tem importância prognóstica, pois a pré-eclâmpsia se associa à hipertensão crônica em sua forma mais grave e, em época mais precoce da gestação, quando o produto conceptual ainda é imaturo, acarretando desfecho mais sombrio para a mãe e seu feto. Diferencias entre pré-eclâmpsia, HAS anterior a gestação e HAS prévia a gestação + pré eclapsia sobreposta é uma tarefa difícil.
  3. O principal fator determinante de um bom prognostico perinatal para as gestantes com HAS e o inicio precoce e uma atencao diferenciada no pre-natal. A determinacao correta da idade gestacional (ecografia no 1o trimestre) e fundamental. Deve-se tambem verificar se há comprometimento sistemico da HAS mediante exame fi sico (fundoscopia ocular), eletrocardiograma, provas de funcao renal e rastreamento do diabete. Alem disso, du rante o pre- -natal, principalmente se estiver sendo utiliza da medicacao anti-hipertensiva e/ou diuretica, e importante estar atento para o crescimento fetal. A maioria destas gestantes têm ou irá desenvolver hipertensão essencial. Mulheres jovens com hipertensão preexistente ou gestacional precoce devem ser submetidas à avaliação de hipertensão secundária (doença renal, hipertensão renovascular, aldosteronismo primário, síndrome de Cushing e feocromocitoma). Deve-se realizar os mesmos exames acima descritos.
  4. Uma diferenciação entre hipertensão crônica e doença hipertensiva específica da gestação (DHEG) pode, às vezes, ser difícil e baseia-se numa história bem documentada de hipertensão antes da 20a semana de gestação. Outros fatores que poderiam sugerir o diagnóstico de hipertensão crônica são multiparidade, hipertensão arterial sem edemas, sem proteinúria e sem hiperuricemia; alterações características nos exames de fundoscopia, eletrocardiograma ou radiografia de área cardíaca; função renal alterada; história de hipertensão em gestação anterior; hipertensão induzida por uso de anticoncepcionais orais e persistência de hipertensão arterial 6 semanas pós-parto
  5. Se não houver pré-eclâmpsia ou se a pré-eclâmpsia não estiver sobreposta, não há necessidade de avaliação fetal extensa. Um exame ultrassonográfico para avaliação da idade gestacional deve ser feito entre 18 e 20 semanas e o crescimento fetal avaliado posteriormente por nova avaliação ultrassonográfica entre 28 e 32 semanas e a seguir mensalmente até o termo. Se houver evidência de crescimento fetal restrito ou se a pré-eclâmpsia não puder ser excluída, o bem-estar fetal deve ser avaliado pelos testes usuais (dopplerfluxometria de preferência). Se não houver pré-eclâmpsia e o feto estiver crescendo normalmente, não há necessidade de testes adicionais. (Ministério da saúde). As consultas pré-natais devem ser mensais até a 30a semana, quinzenais até a 34a semana e semanais após essa idade gestacional até o parto. Em cada consulta pré-natal, além do exame físico, medida cuidadosa da pressão arterial e proteinúria de fita devem ser feitas. A avaliação fetal inclui exame ultrassonográfico e dopplervelocimetria das artérias uterinas e umbilicais com 20, 26 e 32 e 36 semanas. A partir da 34a semana ou anteriormente, quando necessário, é realizado, semanalmente com a consulta pré- natal, o perfil biofísico fetal que inclui a cardiotocografia
  6. Enfatizamos os benefícios do repouso físico em decúbito lateral, pelo menos 8 horas de sono à noite e por mais 2 horas após o almoço. O repouso no leito promove aumento do fluxo plasmático renal e a filtração glomerular, que favorece a natriurese. A perda de sódio altera sua quantidade na parede do vaso, diminuindo sua reatividade que, associada à redução da produção de aminas endógenas, auxilia no controle da pressão arterial. Por sua vez, o repouso aumenta o fluxo uteroplacentário incrementando o aporte de nutrientes para o feto (grau de recomendação C). A dieta é hipossódica, de preferência própria da gestante, desencorajando o uso abusivo do sal e alertando reiteradamente para os perigos decorrentes de sua excessiva ingestão. A dieta habitual contém de 10 a 12 g/dia de sal. É saudável uma pessoa ingerir até 6 g de sal por dia. Para tanto, recomenda-se reduzir o sal adicionado aos alimentos, evitar o saleiro à mesa e reduzir ou abolir os alimentos industrializados, como enlatados, conservas, frios, temperos, molhos prontos e salgadinhos. Salienta-se que os alimentos contêm 2 a 3 g de sal/dia, aos quais pode-se adicionar 1 g de sal (uma colher de café) no almoço e no jantar, exemplificando uma dieta hipossódica (grau de recomendação D). Entre os cuidados gerais, deve-se combater os fatores que pioram a hipertensão, como as infecções do trato urinário, obesidade, estresse emocional e o fumo.
  7. Muitos dos ensaios clínicos realizados nas pacientes com hipertensão leve com a finalidade de detectar um risco ou benefício do tratamento anti-hipertensivo foram realizados com baixo número de participantes Comparando o uso de diversas drogas anti-hipertensivas com o não tratamento em casos de hipertensão leve e moderada, verificou-se que o maior benefício materno do uso de drogas anti-hipertensivas na gestação é a diminuição da progressão para hipertensão grave (RR 0,52; IC 95% 0,41-0,64; NNT=12) e a diminuição da necessidade de drogas anti-hipertensivas adicionais, não sendo encontrado nenhum outro benefício significativo justificando o uso de drogas
  8. Ha ainda muita controversia sobre os riscos e os beneficios da terapia anti-hipertensiva em gestantes com hipertensao arterial moderada. Antes de decidir-se por utilizar medicacao hipotensora em gestante com hipertensao arterial leve ou moderada, e preciso considerar os seguintes fatos: qualquer medicacao hipotensora pode interferir negativamente na circulacao materno-fetal; 2) os beneficios do tratamento medicamentoso da HAS moderada, vistos fora da gravidez, fundamentam-se na protecao do organismo dos pacientes das consequencias da hipertensao ao longo de varios anos e nao de algumas semanas, como ocorre na gravidez. Por isso, nas mulheres com hipertensao leve ou moderada (PAS 140/150 mmHg e PAD 90/100 mmHg), as drogas anti -hipertensivas podem ser suspensas no inicio da gestacao e somente reiniciadas se os niveis pressoricos se mantiverem altos ou na presenca de lesao em orgaos-alvo. Faltam ainda estudos clinicos bem delineados, com numero adequado de pacientes que avaliem as diversas drogas anti-hipertensivas separadamente em relacao aos ris cos e beneficios maternos e perinatais. Nos casos em que a paciente, hipertensa crônica, inicia a gestação sob uso de terapia anti-hipertensiva, e esteja adequadamente tratada e controlada, somos da opinião que ela deva ser mantida mesmo se tal droga for um diurético, contrariamente a Zuspan e O’Shaughnessy (1979)1 e Sibai (1991)3 , que não concordam com a manutenção dos diuréticos na gestação (grau de recomendação D). O real valor da terapêutica anti-hipertensiva na gestação permanece controverso. Os argumentos envolvidos na questão e contrários à utilização são: seus efeitos teratogênicos no primeiro trimestre da gestação (inibidores da ECA); efeitos adversos consequentes à utilização inadequada dos hipotensores; por isso, quedas bruscas e graves da pressão arterial são acompanhadas de redução da perfusão placentária (diazóxido); a hipotensão postural decorrente do uso de ganglioplégicos ou a diminuição do volume plasmático, pela utilização dos diuréticos, podem comprometer ainda mais o já reduzido fluxo do espaço interviloso. Os primeiros trabalhos com hipotensores na gestação relatam resultados desfavoráveis. Nesses relatos, gestantes com quadro hipertensivo grave foram tratadas com drogas hipotensoras, enquanto aquelas com quadro leve e moderado, mantidas sem tratamento, serviram como grupo-controle. Atualmente, todos esses argumentos não encontram fundamento na literatura e recentes estudos prospectivos, bem controlados e revisões sistemáticas, sugerem que a terapêutica anti-hipertensiva, adequadamente utilizada, melhora o prognóstico materno-fetal, previne a deterioração da hipertensão, protege a mãe contra crises hipertensivas ou hipotensivas durante atos anestésicos, prolonga a duração da gesta- ção e diminui a permanência de internação hospitalar4,5 (grau de recomendação A). HAS grave deve ser tratada na gestação, e isto é unanimidade: o controle da hipertensão grave diminui a incidência de acidentes vasculares cerebrais
  9. Essa droga e ainda a medicacao mais estudada e com melhor perfil de seguranca e eficacia para a gestante e o feto. A metildopa possui a vantagem de manter mais estaveis o fluxo uteroplacentario e a hemodinamica fetal.Dose inicial 250mg VO 2x/dia até dose máxima de 4g/dia O propranolol deve ser evitado de vido a diminuicao significativa do fluxo placentario e a associacao ao CIUR. O atenolol apresenta melhores resultados em relacao aos demais betabloqueadores, devendo ser evitado no 1o trimestre. Os betabloqueadores do tipo β-2 se letivos (pindolol, labetalol) podem ser uma boa opcao a metildopa em alguns casos e ate na associacao quando necessario. A hidralazina e a nifedipina, para uso conti nuado, tem a desvantagem de produzirem efeitos colaterais maternos desagradaveis (cefaleia, taquicardia). O vera pamil pode tambem ser uma boa opcao a metildopa. Diuréticos: também devem ser evitados, pois a gestante com pré-eclâmpsia apresenta uma contração do volume intravascular. Dessa forma o uso da medicação pode preciptar uma verdadeira hipovolemiae piorar a perfusão placentária. Só devem ser utilizados em caso de EAP ou ICC. Os inibidores da enzima conversora da angiotensina (captopril, enalapril) estao associados a reducao significativa do flu xo sanguineo uteroplacentario, morte fetal, CIUR, oligoi dramnio, morte neonatal e insuficiencia renal em recem-nascidos, sendo contraindicados na gestacao.
  10. - A PA deve ser aferida duas vezes espaçadas por pelo menos 4 horas e no máximo por 7 dias - Edema não entra mais nos critérios diagnóstico da síndrome - Proteína em fita e dosagem em amostra isolada só deve só deve ser utilizada para diagnóstico se não puder ser coletada a urina de 24h.
  11. - Extremos idade (>35 anos, adolescência) - Gestações molares e multifetais aumenta o risco por aumento da massa placentária - Maior risco em multíparas com história prévia de pré-eclampsia do que em primíparas. Sendo esse risco associado à precocidade com que ocorreu na gestação anterior
  12. No primeiro e segundo trimestres de gestação ocorrem as duas ondas de invasão trofoblástica, momento em que as artérias espiraladas viram vasos de baixa resistência.
  13. - Com a migração trofoblástica deficiente, não ocorre o remodelamento adequado das artérias espiraladas que permanecem com o calibre reduzido. Como consequência há aumento da resistência ao fluxo sanguíneo e isquemia placentária.
  14. - A isquemia placentária leva a injúria endotelial. O endotélio lesado aumenta a produção de substâncias vasoconstritoras e pró-coagulantes e diminui a produção de vasodilatadores e anticoagulantes, além de aumentar sua sensibilidade aos vasopressores. Com consequente vasoespasmos arteriolar e sistêmico. - Também ocorre deposição de fibrina com trombose de arteríolas e capilares por todo o organismo. Principalmente no fígado, cérebro, rins e placenta - A lesão endotelial também é responsável pelo aumento da permeabilidade capilar causando o edema (agravado pelo aumento da pressão hidrostática secundária à hipertensão e pela redução da pressão coloidosmótica por comprometimento hepático)
  15. - A incidência em multíparas que engravidam de novo parceiro é semelhante à incidência em nulíparas. A exposição prévia a um mesmo antígeno paterno parece ter efeito protetor e o contato com antígeno diferente parece aumentar o risco.
  16. DPP: pela diminuição da circulação uteroplacentária. A HAS principal fator de risco. Alterações cerebrais (convulsões): fenômenos isquêmicos do SNC (vasoespasmo e trombos plaquetários). 60% da mortalidade por hemorragia cerebral (aumento permeabilidade capilar e fragilidade por anóxia) Comprometimento renal: endotelite capilar glomerular difusa: proteinúria, diminuição taxa de filtração glomerular (aumento ácido úrico: também por reabsorção proximal aumentada) Trombocitopenia: pela formação de microtrombos. Pode ocorrer hemólise microangiopática com aumento LDH Alterações hepáticas: pelo vasoespasmo: dor QSD/epigástrica, aumento transaminases
  17. - Proteinúria: alguns autores colocam como mais de 2g em 24h ou 2+/3+ fita reagente - A dor epigástrica é por comprometimento hepático seja por isquemia ou por distensão da cápsula por hemorragia ou edema
  18. Controle da PA acima desses valores pelo risco de eventos hemorrágicos cerebrais na gestante. A diminuição para níveis inferiores ao alvo pode agravar a perfusão uteroplacentaria
  19. O Labetalol é a droga de escolha segundo a literatura americana. A nifedipina segundo o livro Rotinas em Obstetrícia.
  20. Exclusão de causa anestésica, farmacológica ou metabólica Metade dos casos acontece em gestações pré-termo12 e 25%, no puerpério tardio (> 48 horas) Incidência em países desenvolvidos – 4 a 6 por 100.000 partos Países em desenvolvimento – 6 a 100 por 100.000
  21. Classificação: presença de outras intercorrências
  22. Fechamento da boca pode lesar a língua
  23. Fechamento da boca pode lesar a língua
  24. Coma prolongado – descartar outras causas : AVE hemorrágico?
  25. Coma prolongado – descartar outras causas : AVE hemorrágico?
  26. Coma prolongado – descartar outras causas : AVE hemorrágico? SOMg4-> controle da convulsão logo após a primeira dose de ataue, e entre 1 e 2 horas a partir da primeira adm, a paciente encontra-se consciente, a vantegem sobre as demais drogas, é que em doses habituais não produz depressão do SNC ( materno e fetal) mesmo ultrapassando a barreira placentária.
  27. HC-USP: Pritchard / Sibai – coagulopatia e/ou plaquetas < 50.000. Esquemas EV não fazem o hematoma e a dor do esquema IM, mas aumenta a toxicidade do Mg.
  28. 1 ampola= 1ml= 20 mg cada aplicação utilizar 5 ml
  29. As hemácias contem grandes quantidades de LDH
  30. HD – hipocondrio direito
  31. HD – hipocondrio direito
  32. Melhorar plaquetopenia para poder realizar procedimento obstétrico
  33. Melhorar plaquetopenia para poder realizar procedimento obstétrico
  34. HC-FMUSP Avaliação clínica e laboratorial materna, vitalidade fetal e IG > 34 sem. ou peso fetal ≥ 1.500g, feto viável com vitalidade alterada: interrompe! < 34 sem. e vitalidade preservada: conservador (melhora dos paramêtros lab. a partir da 2a coleta e controle da PA)
  35. Sem CIVD: laparo transversa (Pfannestiel)
  36. Letra A: Os IECA são contraindicados durante a gravidez devido à associação com disfunção e agenesia renal Letra B: A hidralazina é a droga de escolha para tto da crise hipertensiva durante a gravidez, mas não é utilizada como monoerapia para pacientes hipertensas crônicas justamente por não ter um potente efeito anti-hipertensivo. Letra D: nenhum anti-hipertensivo é capaz de prevenir a pré-eclâmpsia, inclusive os diuréticos tiazídicos