Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), Edmundo Klotz, assinaram o 4º acordo para redução de sódio nos alimentos industrializados. O elevado consumo de sódio é um dos fatores de risco para doenças crônicas. Na ocasião também foram apresentados dados inéditos da pesquisa Vigitel 2012 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) sobre a hipertensão arterial no Brasil.
1. Termo de
Compromisso para
a Redução do Sódio
em Alimentos
Processados e
divulgação dos
dados do Vigitel
2012 - hipertensão
2. Cenário atual: grande participação das
doenças crônicas não-transmissíveis no
adoecimento e nos óbitos dos brasileiros
DCNT
Mais de 70% dos óbitos
Doenças cardiovasculares
Doenças respiratórias crônicas
Diabetes mellitus
Neoplasias
Quadro é decorrência do avanço de fatores de risco
como tabagismo, consumo excessivo de bebidas
alcoólicas, inatividade física e maus hábitos
alimentares.
3. Plano DCNT
Define e prioriza as ações
e os investimentos
necessários para preparar
o país para enfrentar e
deter as DCNT nos
próximos dez anos.
4. Metas
Reduzir a taxa de mortalidade prematura (<70 anos) por DCNT em 2% ao ano
Reduzir a prevalência de obesidade em crianças e adolescentes
Deter o crescimento da obesidade em adultos
Reduzir a prevalência de consumo nocivo de álcool
Aumentar a prevalência de atividade física no lazer
Aumentar o consumo de frutas e hortaliças
Reduzir o consumo médio de sal
Reduzir a prevalência de tabagismo em adultos
5. Sistema de Monitoramento de Fatores de
Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não
Transmissíveis por meio de Inquérito Telefônico
Objetivos:
Medir a prevalência de fatores de risco e proteção para doenças não
transmissíveis na população brasileira
Subsidiar ações de promoção da saúde e de prevenção de doenças
Periodicidade: anual (2006 a 2012)
População monitorada: adultos (≥ 18 anos) residentes em domicílios com
telefone fixo nas capitais dos 26 estados brasileiros e DF
Parceria: SVS/MS, NUPENS/USP
6. Vigitel 2012: 24,3% dos
brasileiros são hipertensos
Taxa, que é maior entre as mulheres, se mantém estável desde 2010
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
30
27,8 28,2
25,3 25,5
25
22,5
23,5
25,2 25,7
24,3 24,3 24,3
21,1
22,4 22,3
26,6 26,9 26,9
21,5 21,4 21,3
19,3
20
% 15
10
5
0
Total
Masculino
Feminino
7. Condição é mais comum entre
aqueles com menor escolaridade
Prevalência de diagnóstico referido de hipertensão arterial,
segundo escolaridade (VIGITEL 2012)
%
40
35
30
25
20
15
10
5
0
37,8
17,9
0a8
9 a 11
14,2
12 ou mais
8. Doença atinge 59,2%
dos maiores de 65 anos
Prevalência de diagnóstico referido de hipertensão arterial,
segundo faixa etária (VIGITEL 2012)
Hipertensão arterial
59,2
60
50
50
%
40
34,6
30
19,3
20
10
3,8
8,8
0
18 a 24
25 a 34
35 a 44
45 a 54
55 a 64
65 e mais
10. Saúde Não Tem Preço
amplia acesso a tratamento
Com distribuição gratuita, número de
beneficiários cresceu mais que sete vezes
Jan/11: 658.648 pessoas
Set/13: 4.768.100 pessoas (+628%)
Expansão da cobertura: rede conta com
mais de 23.102 farmácias conveniadas,
além de 546 unidades próprias
Unidades estão presentes em 3.742
cidades. Destas, 1.324 são de extrema
pobreza. Em 2011, eram apenas 578
municípios cobertos
11. Taxa de internação é a
menor dos últimos 10 anos
Taxa de internação por 100 mil habitantes
120
100
95,04
97,43
93,30
91,39
90,29
88,40
84,05
80
86,53
81,21
70,85
60
59,67
40
20
0
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Fonte: SIH/MS
12. Consumo de sódio é mais que
o dobro do que recomenda a OMS
Pesquisa do Orçamento Familiar (POF), do IBGE, aponta que consumo diário
médio no Brasil chega a 12 gramas, enquanto a OMS recomenda o ideal de
5 gramas por dia
Mudança de hábitos leva à tendência de aumento da participação dos
alimentos processados e da alimentação fora do domicílio e grande
prevalência de consumo excessivo de sódio, principalmente por
adolescentes e adultos
Principais fontes de sódio:
Sal adicionado na preparação e no consumo de alimentos
Sódio presente nos alimentos processados e nos alimentos produzidos
e consumidos fora do domicílio
13. Consumo excessivo
de sódio traz malefícios
Atual: 12 gramas
15% menos óbitos por AVC
10% menos óbitos por infarto
1,5 milhão de pessoas livres de
medicação para hipertensão
Meta: 5 gramas
+4 anos na expectativa de vida de
indivíduos hipertensos
14. Estratégias para redução
do consumo excessivo de sódio
Promoção da alimentação saudável e aumento da
oferta de alimentos saudáveis.
Redução voluntária dos níveis de sódio em
alimentos processados e alimentos vendidos em
estabelecimentos de food service e restaurantes.
Rotulagem e informação ao consumidor
Educação e sensibilização para consumidores,
indústria, profissionais de saúde e outras partes
interessadas.
15. Acordo para redução dos
níveis de sódio de alimentos
1ª Etapa do
acordo com
Abia: Primeiras
metas de
redução do sódio
em alimentos
processados e
cronograma para
outras categorias
prioritárias
2ª Etapa do
acordo com
Abia: Pactuação
do Plano de
Monitoramento,
critérios para
estabelecimento
de metas e
metas para
novas categorias
de alimentos
Abril/2011
Out-Nov/2011
2011
3ª Etapa do
acordo com
Abia: Metas
para novas
categorias de
alimentos
Renovação do
Acordo de
Cooperação e
4ª Etapa do
acordo com
Abia: Metas
para novas
categorias de
alimentos
Ago/2012
Out/2013
2012
2013
16. Acordo para redução dos
níveis de sódio de alimentos
1ª etapa
(abril 2011)
2ª etapa
(outubro 2011)
3ª etapa
(agosto 2012)
Categoria
Massas instantâneas
Pães de forma
Bisnaguinhas
Pão francês
Batatas fritas
Salgadinhos de milho
Bolos recheados
Bolos sem recheio
Rocambole
Mistura para bolo aerado
Mistura para bolo cremoso
Maionese
Biscoitos salgados
Biscoitos doces
Biscoitos recheados
Margarinas
Cereais matinais
Caldos em cubo
Caldos em gel
Temperos em pasta
Tempero para arroz
Outros temperos
Já foram retiradas
11,3 mil toneladas
de sódio até 2013
Com os quatro
acordos, expectativa
é de redução de 28,5
mil toneladas de
sódio até 2020
17. Acordo para redução dos
níveis de sódio de alimentos
Alimento
Metas 2014/15 – em mg
Metas 2016/17 – em mg
Empanados
690 (21,7% ao ano)
650 (3,0% ao ano)
Hambúrguer
780 (17,55% ao ano)
740 (2,65% ao ano)
Linguiça cozida- temperatura ambiente
1560 (9,15% ao ano)
1500 (1,95% ao ano)
Linguiça cozida- resfriada
1310 (10,55% ao ano)
1210 (3,90% ao ano)
Linguiça frescal
1080 (13,55% ano ano)
970 (5,20% ao ano)
Mortadela refrigerada
1270 (7,55% ao ano)
1180 (3,60% ao ano)
Mortadela temperatura ambiente
1980 (5,55% ao ano)
1350 (1,10% ao ano)
Presuntaria
Queijo muçarela
Requeijão cremoso
1180 (13,15% ao ano)
559 (40,90% ao ano)
587 (36,80% ao ano)
1160 (0,85% ao ano)
512 (4,30% ao ano)
541 (4,0% ao ano)
Salsicha
1140 (10,6% ao ano)
1120 (0,90% ao ano)
Sopas instantâneas individuais
237 (6,60% ao ano)
314 (0,50% ao ano)
Sopas
334 (11,40% ao ano)
330 (2,0% ao ano)
18. Monitoramento dos
resultados do acordo
Monitoramento do alcance das metas bianuais (rotulagem
nutricional, análises laboratoriais e utilização de ingredientes à
base de sódio).
Objetivos:
Obter informações atualizadas para novas negociações;
Incentivar o controle social: Conselho Nacional de Saúde e Conselho
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, associações de
consumidores;
Impactos da redução do sódio: consumo e indicadores de saúde.
19. Monitoramento dos
resultados do acordo
Período de coleta e análise: início
ao final do ano de referência da
pactuação (ex: avaliação de
metas para 2012 vem sendo
realizada durante 2013).
Coleta de produtos nos estados –
plano de amostragem e análises
com representatividade regional
(número de amostras e marcas
regionais e nacionais).
20. Renovação do cooperação técnica entre
MS e ABIA/indústria (2013-2015)
Próximos passos:
Debate para reduzir teor
de açúcar e gordura totais
e saturadas
Monitoramento e
repactuação das metas
para redução de sódio