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Indústria Cultural
Produced by
Prof. Munis Pedro (IFTM/2017)
O que é Indústria Cultural?
É um conceito criado por Theodor
Adorno e Max Horkheimer para referir-
se à capacidade da economia
capitalista para produzir bens culturais
como mercadoria em massa (larga
escala/fordismo).
Origem do
conceito
Aparece no livro
“Dialética do
Esclarecimento”,
publicado em
1947, na
Alemanha.
Estudo faz parte de grupo de
pensadores alemães,
conhecido como “Escola de
Frankfurt” ou “Teoria Crítica”
Além de Adorno e
Horkheimer também estão
presentes Walter Benjamin e
Herbert Marcuse
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CAPITALISMO
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INDUSTRIALIZAÇÃO
Produção em
larga escala
Processo
contínuo de
valorização de:
• Recursos
humanos e
naturais
• Bens materiais
• Elementos
simbólicos
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Apropriação e
redefinição da
arte
Adorno
Horkheimer
Primeiras décadas do séc. XX
Sociedade de
consumo Arte Indústria Cultural
rádio
TV
cinema
música
Consequências:
Cultura
erudita perde
o rigor
Cultura popular
perde a
espontaneidade
1
Uniformização do sujeito e
manipulação de sua autonomia
+ alienação
+ despolitização
Arte sem
“magia”,
mas, pelo
menos, saiu
dos
“palácios”
2
3
Pessoas que
vestem as mesmas
roupas, usam os
mesmos sapatos,
ouvem as mesmas
músicas, assistem
aos mesmos filmes
Sair desta
lógica te torna
um outsider
Na era da indústria cultural o indivíduo já não decide autonomamente: o
conflito entre impulsos e consciência se resolve com a adesão acrítica
aos valores impostos:
“O que antes os filósofos chamavam de vida foi reduzido à
esfera do privado e logo do puro e simples consumo, que já
não é mais do que um apêndice do processo material de
produção econômica, sem autonomia e substâncias próprias”
(Adorno, 1951).
O ser humano está nas mãos de uma
sociedade que lhe manipula e ilude: “o
consumidor não é soberano, como a
indústria cultural desejaria fazê-lo crer,
não é seu sujeito e sim seu objeto”
(Adorno, 1957)
Fundamentos e aspectos da Indústria Cultural
O mercado captura a arte e
os bens simbólicos para
geração de capital. Isto é, o
objetivo principal é o lucro
É preciso ter o maior número possível de consumidores
ESTRATÉGIA
-> Criar ilusão da diversidade
No fundo são os mesmos produtos embalados de maneira diferente para públicos
distintos
O importante não é o que está dentro do produto,
mas como ele é vendido para o consumidor
Ex. Gêneros fílmicos diferentes, mas a estrutura narrativa é a mesma
Problema; complicação; conflito; crise; clímax; resolução
Surpresa faz parte do esquema
Repetição satisfaz
um desejo de
previsibilidade
Música aumenta a
tensão, a emoção
Causar efeito
desejado: choro,
riso, tensão
O final gera conforto e felicidade
• Roupas
• Carros
• Músicas
• Filmes
Mensagem é a de que você vai passar dificuldades,
porém, no final, tudo vai dar certo.ilusão
E a impressão de
assistir sempre o
mesmo filme é
recorrente para quem
se propõe a pensar
Fundamentos e aspectos da Indústria Cultural
Todos somos consumidores
e ao mesmo tempo todos
somos produtos
Televisão
Redes sociais
Publicidade e propaganda
Onde as informações sobre você
são vendidas às empresas que
compram anúncios
É o horário
comercial que
financia a TV. A
emissora vende
horários
específicos para
atingir um
determinado
público-alvo
Imagens de beleza,
sensualidade e diversão
são transmitidas e
vinculadas aos
produtos
Fundamentos e aspectos da Indústria Cultural
A indústria cultural
prescinde o expectador da
reflexão
Quanto menos esforço para a reflexão, melhor
Tudo é passado de forma rápida para que não dê tempo de
refletir ou divagar – o fluxo é constante
“Consumidores que pensam demais não compram”
O produto da
indústria cultural
não deve aborrecer
Se o filme não divertiu, não presta
Apresenta-se um ideal de vida inalcançável e distante da realidade
Não deve levar o
indivíduo a
contestar sua
situação, mas
aceitá-la
Obras de arte clássica geram
incômodo, abalam conceitos e
apresentam alternativas
perigosas (a Indústria Cultural
não quer fuga da normalidade)
Fundamentos e aspectos da Indústria Cultural
Entrega-se aos produtos da
indústria cultural para
“fugir” da realidade
Trabalha-se
40h por
semana e vai
ao cinema
para relaxar,
divertir. O
expectador
não quer
esforço ou
desconforto.
Busca
refúgio na
diversão
Fuga de
uma vida
tediosa,
monótona
e
opressiva
do
trabalho
cansativo
Fuga ou
aceitação?
Não posso
fazer nada
sobre a
minha vida,
logo,
assisto
Tento me reconhecer no herói da
obra/catarse
A alienação
através do
consumo é
uma
escolha do
próprio
expectador
A indústria cultural vende cultura. Para vendê-la,
deve seduzir e agradar o consumidor. Para seduzi-
lo e agradá-lo, não pode chocá-lo, provocá-lo,
fazê-lo pensar, fazê-lo ter informações novas que
perturbem, mas deve devolver-lhe, com nova
aparência, o que ele sabe, já viu, já fez. A ‘média’
é o senso-comum cristalizado que a indústria
cultural devolve com cara de coisa nova [...].
Dessa maneira, um conjunto de programas e
publicações que poderiam ter verdadeiro
significado cultural tornam-se o contrário da
Cultura e de sua democratização, pois se dirigem
a um público transformado em massa inculta,
infantil, desinformada e passiva.
CHAUÍ, Marilena. Filosofia. 7. ed. São Paulo: Ática, 2000, p. 330-333.
Ernesto “Che” Guevara,
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Sobre cooptação da Indústria CulturalESTRATÉGIA
Lançamento do Novo Uno, 2011
No anúncio publicitário da TV dizia-se que agora existia
um carro para cada individualidade. Conclui-se que
existem apenas cinco individualidades
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Kurt Cobain, músico, principal representante da
estética grunge, crítico da sociedade de consumo
Se é o objeto é marginal e consegue se destacar, será
assimilado pela indústria cultural
Há dois caminhos para o marginal e o diferente: ou é erradicado ou é digerido
O grunge voltou!
“Hoje, a indústria cultural assumiu a herança civilizatória da democracia de
pioneiros e empresários, que tampouco desenvolvera uma fineza de
sentido para os desvios espirituais. Todos são livres para dançar e para se
divertir do mesmo modo que, desde a neutralização histórica da religião,
são livres para entrar em qualquer uma das inúmeras seitas. Mas a
liberdade de escolha da ideologia, que reflete sempre a coerção
econômica, revela-se em todos os setores como a liberdade de escolher o
que é sempre a mesma coisa”.
ADORNO, T; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de
Janeiro; Zahar, 1985.
A liberdade de escolha na civilização ocidental, de acordo com a análise
do texto, é um(a)
a) legado social.
b) patrimônio politico.
c) produto da moralidade.
d) conquista da humanidade.
e) ilusão da contemporaneidade.
ENEM/2016
Indústria Cultural e seus fundamentos

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Indústria Cultural e seus fundamentos

  • 1. Indústria Cultural Produced by Prof. Munis Pedro (IFTM/2017)
  • 2. O que é Indústria Cultural? É um conceito criado por Theodor Adorno e Max Horkheimer para referir- se à capacidade da economia capitalista para produzir bens culturais como mercadoria em massa (larga escala/fordismo). Origem do conceito Aparece no livro “Dialética do Esclarecimento”, publicado em 1947, na Alemanha. Estudo faz parte de grupo de pensadores alemães, conhecido como “Escola de Frankfurt” ou “Teoria Crítica” Além de Adorno e Horkheimer também estão presentes Walter Benjamin e Herbert Marcuse
  • 3. Contexto histórico-social CAPITALISMO & INDUSTRIALIZAÇÃO Produção em larga escala Processo contínuo de valorização de: • Recursos humanos e naturais • Bens materiais • Elementos simbólicos Ideologia e consumo de massa Apropriação e redefinição da arte Adorno Horkheimer Primeiras décadas do séc. XX
  • 4. Sociedade de consumo Arte Indústria Cultural rádio TV cinema música Consequências: Cultura erudita perde o rigor Cultura popular perde a espontaneidade 1 Uniformização do sujeito e manipulação de sua autonomia + alienação + despolitização Arte sem “magia”, mas, pelo menos, saiu dos “palácios” 2 3 Pessoas que vestem as mesmas roupas, usam os mesmos sapatos, ouvem as mesmas músicas, assistem aos mesmos filmes Sair desta lógica te torna um outsider
  • 5. Na era da indústria cultural o indivíduo já não decide autonomamente: o conflito entre impulsos e consciência se resolve com a adesão acrítica aos valores impostos: “O que antes os filósofos chamavam de vida foi reduzido à esfera do privado e logo do puro e simples consumo, que já não é mais do que um apêndice do processo material de produção econômica, sem autonomia e substâncias próprias” (Adorno, 1951). O ser humano está nas mãos de uma sociedade que lhe manipula e ilude: “o consumidor não é soberano, como a indústria cultural desejaria fazê-lo crer, não é seu sujeito e sim seu objeto” (Adorno, 1957)
  • 6. Fundamentos e aspectos da Indústria Cultural O mercado captura a arte e os bens simbólicos para geração de capital. Isto é, o objetivo principal é o lucro É preciso ter o maior número possível de consumidores ESTRATÉGIA -> Criar ilusão da diversidade No fundo são os mesmos produtos embalados de maneira diferente para públicos distintos O importante não é o que está dentro do produto, mas como ele é vendido para o consumidor Ex. Gêneros fílmicos diferentes, mas a estrutura narrativa é a mesma Problema; complicação; conflito; crise; clímax; resolução Surpresa faz parte do esquema Repetição satisfaz um desejo de previsibilidade Música aumenta a tensão, a emoção Causar efeito desejado: choro, riso, tensão O final gera conforto e felicidade • Roupas • Carros • Músicas • Filmes Mensagem é a de que você vai passar dificuldades, porém, no final, tudo vai dar certo.ilusão E a impressão de assistir sempre o mesmo filme é recorrente para quem se propõe a pensar
  • 7. Fundamentos e aspectos da Indústria Cultural Todos somos consumidores e ao mesmo tempo todos somos produtos Televisão Redes sociais Publicidade e propaganda Onde as informações sobre você são vendidas às empresas que compram anúncios É o horário comercial que financia a TV. A emissora vende horários específicos para atingir um determinado público-alvo Imagens de beleza, sensualidade e diversão são transmitidas e vinculadas aos produtos
  • 8. Fundamentos e aspectos da Indústria Cultural A indústria cultural prescinde o expectador da reflexão Quanto menos esforço para a reflexão, melhor Tudo é passado de forma rápida para que não dê tempo de refletir ou divagar – o fluxo é constante “Consumidores que pensam demais não compram” O produto da indústria cultural não deve aborrecer Se o filme não divertiu, não presta Apresenta-se um ideal de vida inalcançável e distante da realidade Não deve levar o indivíduo a contestar sua situação, mas aceitá-la Obras de arte clássica geram incômodo, abalam conceitos e apresentam alternativas perigosas (a Indústria Cultural não quer fuga da normalidade)
  • 9. Fundamentos e aspectos da Indústria Cultural Entrega-se aos produtos da indústria cultural para “fugir” da realidade Trabalha-se 40h por semana e vai ao cinema para relaxar, divertir. O expectador não quer esforço ou desconforto. Busca refúgio na diversão Fuga de uma vida tediosa, monótona e opressiva do trabalho cansativo Fuga ou aceitação? Não posso fazer nada sobre a minha vida, logo, assisto Tento me reconhecer no herói da obra/catarse A alienação através do consumo é uma escolha do próprio expectador
  • 10. A indústria cultural vende cultura. Para vendê-la, deve seduzir e agradar o consumidor. Para seduzi- lo e agradá-lo, não pode chocá-lo, provocá-lo, fazê-lo pensar, fazê-lo ter informações novas que perturbem, mas deve devolver-lhe, com nova aparência, o que ele sabe, já viu, já fez. A ‘média’ é o senso-comum cristalizado que a indústria cultural devolve com cara de coisa nova [...]. Dessa maneira, um conjunto de programas e publicações que poderiam ter verdadeiro significado cultural tornam-se o contrário da Cultura e de sua democratização, pois se dirigem a um público transformado em massa inculta, infantil, desinformada e passiva. CHAUÍ, Marilena. Filosofia. 7. ed. São Paulo: Ática, 2000, p. 330-333.
  • 11. Ernesto “Che” Guevara, revolucionário e símbolo do anticapitalismo Sobre a frase anterior, há controvérsias atualmente Sobre cooptação da Indústria CulturalESTRATÉGIA
  • 12. Lançamento do Novo Uno, 2011 No anúncio publicitário da TV dizia-se que agora existia um carro para cada individualidade. Conclui-se que existem apenas cinco individualidades A ilusão da diversidade
  • 13. Kurt Cobain, músico, principal representante da estética grunge, crítico da sociedade de consumo
  • 14. Se é o objeto é marginal e consegue se destacar, será assimilado pela indústria cultural Há dois caminhos para o marginal e o diferente: ou é erradicado ou é digerido O grunge voltou!
  • 15. “Hoje, a indústria cultural assumiu a herança civilizatória da democracia de pioneiros e empresários, que tampouco desenvolvera uma fineza de sentido para os desvios espirituais. Todos são livres para dançar e para se divertir do mesmo modo que, desde a neutralização histórica da religião, são livres para entrar em qualquer uma das inúmeras seitas. Mas a liberdade de escolha da ideologia, que reflete sempre a coerção econômica, revela-se em todos os setores como a liberdade de escolher o que é sempre a mesma coisa”. ADORNO, T; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro; Zahar, 1985. A liberdade de escolha na civilização ocidental, de acordo com a análise do texto, é um(a) a) legado social. b) patrimônio politico. c) produto da moralidade. d) conquista da humanidade. e) ilusão da contemporaneidade. ENEM/2016