SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 84
Islândia 
a terra dos contrastes
2 • MyBrainMagazine
MyBrainMagazine • 3 
MyBrainMagazine 
ENDEREÇO www.mybrainsociety.blogspot.pt 
Copyright © 2015 MyBrainSociety. Todos os direitos reservados. MyBrain (capa): Registered Trademarks® (marcas registadas). A MyBrain não se responsabiliza por material não solicitado. 
A sabedoria não tem limites 
INTERDITA A REPRODUÇÃO DE TEXTOS E DE IMAGENS 
CAPA 
Cascata Skógafoss
4 • MyBrainMagazine 
Í N D I C E 
visão ..................................................................................................... 7 
crítica ................................................................................................... 8 
meditação ............................................................................................. 9 
roteiro de viagem ............................................................................... 10 
entrevista ............................................................................................ 11 
................................................................................................ 12 .............................................................................. 22 ........................................................................... 24 ............................................................................... 28 
.............................................................................. 29 ............................................................................................... 30 .................................................................................. 32 ................................................................................ 33 
.......................................................................................... 34 
............................................................................................. 35 
................................................................................................. 36 
................................................................ 37 
........................................................ 38 ...................................................................... 39 
.............................................................................. 40 
.............................................................................. 41 
.............................................................................. 42 
............................................................................. 43 
............................................................................... 44 
...................................................................... 46
MyBrainMagazine • 5 
.......................................................... 48 
...................................................................... 49 
......................................................................................... 50 
.................................................................................................... 52 
........................................................................................ 53 
............................................................................... 54 
..................................................................................... 55 
......................................................................... 56 
............................................................................. 57 
.................................................................. 58 
............................................................................. 59 
............................................................................. 60 
.............................................................................................. 61 
................................................................................ 62 
......................................................................... 63 
................................................................................................ 64 
............................................................................ 66 
.......................................................................... 67 
............................................................................................ 68 
............................................................................ 69 
............................................................................. 70 
................................................................................................ 71 
.................................................................................. 72 
...................................................................................... 73 
............................................................................ 74 
............................................................................ 75 
.................... 76 
................................................................................................ 77 
......................................................................................... 78 
........................................................................ 80
6 • MyBrainMagazine
MyBrainMagazine • 7 
AVEIRO 
Aveiro, no litoral norte de Portugal, é uma cidade pequena e famosa nacionalmente pela sua ria - a ria de Aveiro. Foi comparada com Veneza por Salazar, que a apelidou de "Veneza de Portugal". 
visão 
“É preciso provocar sistematicamente confusão. Isso promove a criatividade. Tudo aquilo que é contraditório gera vida.” Salvador Dalí
8 • MyBrainMagazine 
AUTO-REFINAMENTO 
"Um judeu é como uma vela," explicou certa vez o Rebe a um chassid, "e sua tarefa é acender outros judeus." 
AS ENERGIAS RENOVÁVEIS POLUEM OU NÃO? 
Não, só durante a sua construção. Apesar de serem uma energia limpa, e ainda bem que cada vez mais estamos a apostar nela, há uma delas que não é limpa, a da biomassa. A biomassa é utilizada na produção de energia a partir de processos como a combustão de material orgânico. A queima da biomassa liberta dióxido de carbono na atmosfera, mas como este composto havia sido previamente absorvido pelas plantas que deram origem ao combustível, o balanço de emissões de CO2 é nulo. 
crítica 
“A crítica construtiva, por mais ferina que seja, é um dos métodos mais eficazes para resolver problemas. “ Nelson Mandela
MyBrainMagazine • 9 
A BORBOLETA 
Um dia, uma pequena abertura apareceu num casulo; um homem sentou-se e observou a borboleta por várias horas, conforme se esforçava para fazer com que o seu corpo passasse através daquele pequeno buraco. Então pareceu que ela tinha parado. 
Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais. Então o homem decidiu ajudá-la pegou numa tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta saiu facilmente, mas o seu corpo estava murcho, era pequeno e tinha as asas amassadas. 
O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo que se iria afirmar. 
Nada aconteceu! Na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar. O que o homem, com a sua gentileza e vontade de ajudar, não compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo com que a natureza fazia com que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de modo que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo. 
Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida. Se passássemos esta nossa vida sem quaisquer obstáculos, nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. 
meditação 
“Meditação traz sabedoria; a falta de meditação deixa a ignorância. Escolha o caminho que o guia à sabedoria.” Buda
10 • MyBrainMagazine 
BARCELONA (5 DIAS) 
1.º Dia 
Viagem para Toledo 
Hotel Hilton Buenavista Toledo 
+ Visita da Cidade e Parador 
2.º Dia 
Toledo > Barcelona 
Hotel Catalonia Passeig de Gràcia 
3.º Dia 
Barcelona 
+ Sagrada Família 
Casa Batlló, Calvet, La Pedrera 
Palau de la Música Catalana 
Hospital Santa Creu i Sant Pau 
Bairro Gótico 
Palacio Güell 
Marina 
4.º Dia 
Barcelona 
+ Park Güell 
Casa Vicens 
La Boquería 
Tibidabo 
5.º Dia 
Viagem de regresso 
roteiro de viagem 
“Viajar é a maneira mais agradável, menos prática e mais custosa de instruir-se.” Paul Morrand
MyBrainMagazine • 11 
ENTREVISTA A JEAN-MICHEL COSTEAU (PORTOS & MERCADOS: DINIZ JÚNIOR) Repórter (R) - O sistema de sustentação de vida debaixo de água é semelhante ao utilizado no espaço. Existe uma colaboração entre a Ocean Futures Society e a NASA. De que forma se dá essa parceria? Costeau (C) - A NASA é responsável pela melhoria da vida aqui na Terra. Trabalha diariamente com esse objetivo. É um erro pensar que o órgão só está voltado para fora do planeta. Eu sou um entusiasta do programa espacial, e ser astronauta era um dos meus sonhos de infância. Já dei o primeiro passo, já que todo astronauta é, em primeiro lugar, um mergulhador. É nos tanques de água que se simula a falta de gravidade que os astronautas irão enfrentar no espaço. As pessoas não têm ideia de como esse trabalho é intenso e amplo. Envolve estudos sobre a temperatura no planeta, sobre o que está acontecendo com a água do mundo. R - Governos como o norte-americano, que se recusou a assinar o protocolo de Kyoto, percebem essa urgência de mudança de atitude? C - Aos poucos, sim. Os governos estão a tomar consciência da questão ambiental da forma mais perigosa: já sentindo os seus efeitos nocivos. Os sistemas responsáveis pela refrigeração das centrais nucleares aqueceram e tiveram de ser desligados. Devido a isso, a central também foi desligada. Imagine o prejuízo e o número de pessoas prejudicadas. R - A Ocean Futures Society mantém algum programa de educação ambiental? C - Temos alguns. O mais conhecido é o programa Embaixadores do Meio Ambiente, que colocamos em prática na Califórnia, no Havai, em São Francisco e no Brasil. Colocamos as crianças em contacto direto com a natureza, participando em programas de monitoramento e de recuperação. R - Qual o papel dos portos no que se refere ao meio ambiente? C - Os portos são o elo entre a terra e os oceanos, que é a base das nossas vidas. É necessário preservar os oceanos, a água. Hoje quando vou a um restaurante, pago três vezes mais pela água que vou beber, do que pela gasolina que coloco no meu carro. É necessário ver o meio ambiente com outro olhar. R - E como está, na sua opinião, a saúde do planeta Terra? C - Há os que dizem que o aquecimento global faz parte de um ciclo natural do globo e que não há nada a temer. É engraçado como ultimamente se começou a falar sobre o derretimento das calotes polares. Por isso, parece que é um assunto novo. Mas eu e o meu pai já falávamos sobre isso há 20 anos. Há, além dos que acham que é um ciclo, os que dizem que, com o derretimento das calotes polares, a temperatura irá baixar. A situação está longe de ser controlada. Estamos a perder espécies marinhas diariamente. Cerca de 30% dos corais tropicais do mundo desapareceram nos últimos anos. Eu mergulho em lugares onde ia há 30 anos e eles estão muito mudados. 
entrevista 
“Ninguém é tão ignorante que não tenha algo a ensinar. Ninguém é tão sábio que não tenha algo a aprender.” Blaise Pascal
12 • MyBrainMagazine 
No fim do período Terciário, há 30-35 milhões de anos atrás, o hot spot no sítio onde é agora a Islândia e a dorsal meso-atlântica começaram a formar um monte de rocha basáltica, que resultou numa pequena ilha, a Islândia, há 20 milhões de anos. A ilha começou a aumentar, com os vulcões. Nos primeiro "milhão de anos" da Islândia, a tem peratura era de 8 a 10ºC mais alta do que é agora. Predominavam florestas de coníferas e não havia glaciares. Há 3,3 milhões de anos atrás, a Islândia mudou completamente o seu clima, tornando-se mais fria, aparecendo os primeiros glaciares. 
Milhões de anos passaram e os primeiros habitantes desta ilha chegaram por volta do século IX d.C., e que eram membros de uma missão de monges eremitas, também conhecidos como papar, provenientes da Escócia e da Irlanda. Presume-se que os monges abandonaram a ilha com a chegada dos escandinavos, que se assentaram no período compreendido entre os anos 870 e 930. 
O primeiro colono nórdico permanente foi o sueco Garðar Svavarsson. Depois foi Ingólfur Arnarson, que construiu uma quinta na zona da atual capital no ano 874. Ingólfur foi seguido por muitos outros colonos imigrantes, a maior parte deles nórdicos, com escravos vindos da Irlanda. Em 930, a maior parte do terreno islandês cultivável já havia sido ocupada. Com isso, foi fundado o Alþing, um parlamento legislativo e judicial, como centro político da Comunidade Islandesa, na Logberg, em Þingvellir. Por volta do ano 1000, o cristianismo foi adotado na Islândia. 
As lutas internas e civis da Era de Sturlung levaram o país a assinar o Pacto antigo em 1262, tratado que colocou a Islândia sob o domínio da Coroa Norueguesa. A posse da Islândia passou para o Reino da Dinamarca e Noruega até finais do século XIV, quando os reinos da Noruega, Dinamarca e Suécia se uniram, formando a União de Kalmar. Nos séculos posteriores, a Islândia passou a ser um dos países mais pobres da Europa. Os solos estéreis, as erupções vulcânicas e o tipo de clima tornaram a vida da sociedade mais difícil, cuja subsistência era quase totalmente dependente da agricultura. A peste negra afetou quase toda a população entre 1402 e 1404 
Com isso, foi fundado o Alþing, um parlamento legislativo e judicial, como centro político da Comunidade Islandesa, na Logberg, em Þingvellir. Por volta do ano 1000, o cristianismo foi adotado na Islândia. 
As lutas internas e civis da Era de Sturlung levaram o país a assinar o Pacto antigo em 1262, tratado que colocou a Islândia sob o domínio da Coroa Norueguesa. A posse da Islândia passou para o Reino da Dinamarca e Noruega até finais do século XIV, quando os reinos da Noruega, Dinamarca e Suécia se uniram, formando a União de Kalmar. Nos séculos posteriores, a Islândia passou a ser um dos países mais pobres da Europa. Os solos estéreis, as erupções vulcânicas e o tipo de clima tornaram a vida da sociedade mais difícil, cuja subsistência era quase totalmente dependente da agricultura. A peste negra afetou quase toda a população entre 1402 e 1404 e novamente entre 1494 e 1495, matando cerca de metade dos habitantes. Em meados do século XVI, Cristiano III da Dinamarca e Noruega começou a impor o luteranismo a todos os seus súditos. 
Durante a Idade Média foram escritas várias sagas, que tratam da vida e feitos de membros das famílias mais importantes da Islândia durante o período entre o descobrimento (874) até as primeiras décadas depois da chegada do Cristianismo à ilha, cerca do ano de 1000. Os textos foram escritos muito tempo depois dos acontecimentos que narram, entre os finais do século XIII e a metade do século XIV. Foram todas redigidas em prosa, ainda que possa haver alguns poemas intercalados no texto. A ação se desenrola-se na antiga Escandinávia viking. As histórias giram em torno da colonização e das disputas entre os membros de famílias rivais. Como muitos dos conflitos apresentandos são resolvidos nos conselhos anuais da antiga Islândia (Alþing), as sagas são também uma fonte para o entendimento do sistema legal da época. A mais extensa das sagas de islandeses é a Saga de Njál. Outras sagas de importância são a Saga de Egil e a Saga de Grettir. 
Em 1814, após as Guerras Napoleónicas, o Reino da Dinamarca-Noruega foi dividido em dois novos reinos separados pelo Tratado de Kiel. Entretanto, a Islândia permaneceu dependente da Dinamarca. Cerca de quinze mil pessoas, dentre 
O norueguês Ingólfur Arnarson foi um dos primeiros nórdicos a chegar à ilha. 
A dorsal meso-atlântica na Islândia. 
Logberg no século XIX.
MyBrainMagazine • 13 
O último bispo católico do país (antes de 1968) foi Jon Arason, decapitado em 1550 juntamente com seus filhos. Posteriormente, quase toda a população islandesa aderiu ao luteranismo, que desde então é a religião predominante. Nos séculos XVII e XVIII, a Dinamarca impôs à Islândia uma série de restrições ao comércio, enquanto piratas ingleses, espanhóis e argelinos invadiam sua costa. 
Em 1814, após as Guerras Napoleónicas, o Reino da Dinamarca-Noruega foi dividido em dois novos reinos separados pelo Tratado de Kiel. Entretanto, a Islândia permaneceu dependente da Dinamarca. Cerca de quinze mil pessoas, dentre uma população total de setenta mil, abandonaram a Islândia. Porém, no auge das dificuldades, surgiu, por volta dos anos 1850, um movimento nacionalista, que conseguiu adquirir uma força considerável, conquistando a reabertura do parlamento islandês. Desta maneira, nasceu o movimento de luta pela Independência da Islândia, liderado por Jon Sigurðsson. Em 1874, a Dinamarca concedeu à Islândia uma constituição e um governo limitado, que foi expandido em 1904. 
O Ato de União, acordo firmado com a Dinamarca em 1° de dezembro de 1918 e válido durante vinte e cinco anos, concedeu à Islândia o total reconhecimento como um Estado soberano numa união com o rei da Dinamarca. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Islândia uniu-se à Dinamarca mantendo a sua postura neutra. Entretanto, após a ocupação alemã da Dinamarca em 9 de abril de 1940, o parlamento decidiu que a Islândia deveria assumir os poderes do rei dinamarquês, substituí-lo por um regente e declarou que que seria feita a implantação da política externa independente, além de outras questões previamente gerenciadas pela Dinamarca à petição islandesa. Um mês mais tarde, as Forças Armadas do Reino Unido invadiram a Islândia, violando sua neutralidade. Em 1941, o país passou a ser dominado pelos Estados Unidos, para que o Reino Unido pudesse implantar as suas tropas em outros locais. Em 31 de dezembro de 1943, o Ato de União expirou depois de 25 anos. 
Entre 2003 e 2007, a economia da Islândia transformou- se, baseada até então na indústria pesqueira, passando a ser uma nação que oferecia serviços financeiros sofisticados. Consequentemente, o país foi um dos mais afetados pela crise económica de 2008, que se estendeu até 2009. A Aliança Social Democrática e o Movimento de Esquerda Verde venceram nos comícios, liderados por Jóhanna Sigurðardóttir, que assumiu o poder como nova primeira-ministra. 
O SUDOESTE DA ISLÂNDIA contém muitas das maravilhas naturais mais conhecidas do país. 
Reykjavík é a capital europeia mais a norte. A Hallgrímskirkja é o monumento mais conhecido de Reykjavík. Esta igreja luterana feita de betão foi baseada nas colunas basálticas da cascata Svartifoss. 
Tem uma torre de 75 m. O órgão da igreja tem 5275 tubos. Demorou 34 anos a ser construída (1940-1974), pelo que o arquiteto não a chegou a ver acabada. O moderno edifício Harpa é a nova sala de concertos e centro cultural da cidade. Ingólfur Arnarson construiu a sua quinta onde agora é o museu Reykjavík 871+/-2, que é baseado nas ruínas da quinta de Ingólfur, tendo uma exposição sobre os vikings na era da descoberta da Islândia. É do Perlan, um edifício no meio de quatro tanques de água quente, que se apanha a melhor vista sob Reykjavík. A estátua Sólfar é um abstrato barco viking, baseado no barco de Jón Gunnar Árnarson. O Museu Nacional da Islândia dispõe de uma grande exposição sobre a história e a cultura do país. 
Mapa das sagas. 
Perlan. 
Em baixo, casas típicas e Reykjavík 871+/-2.
14 • MyBrainMagazine 
A península de Reykjanes possui um enorme campo de lava e a maior atração da Islândia, a Blue Lagoon. Esta lagoa de água salgada opaca azul clara a 38ºC tem algas verdes e azuis, sais minerais e lama de sílica, que lhe dão essa cor. Não há melhor sítio para hidratar a pele. 
O Golden Circle é o percurso mais visitado da Islândia, que possui três atrações principais: Gullfoss, Geysir e Þingvellir. A Gulfoss é a cascata mais famosa da Islândia, rasga um vale e possui um arco-íris permanente. O Geysir é um géiser que chega até 80 m de altura, mas agora não é muito frequente ele entrar em erupção. O Strokkur é outro géiser que explode de 10 em 10 minutos, chegando a 30 m de altura. Esta zona está cheia de nascentes termais. Þingvellir é um parque nacional onde se localiza a dorsal meso- atlântica, separando as duas placas tectónicas (Norte- americana e Euroasiática) por um rifte. Mesmo no rifte, em 930 d.C., os Vikings estabeleceram o primeiro parlamento democrático do mundo, Alþing. A igreja do parque é uma das mais antigas da Islândia e o lago Þingvallavatn é o maior lago da Islândia, com águas vindas do glaciar Langjökull. 
Kerið é uma cratera de explosão de 6500 anos com um lago. 
Os aragoneses e catalães só abandonariam a Sardenha no início do século XVIII, altura em que passou para a posse do Sacro Império Romano- Germânico. Em 1718, passou para a posse da Casa de Saboia, os governadores de Piemonte, passando o duque de Saboia a usar o título de rei da Sardenha a partir de 1720. Apesar disso, o território manteve-se autónomo até 1847. Em 1848 estalou a guerra da guerra de independência e unidade italiana, a qual foi liderada pelos rei do Piemonte-Sardenha. O reino do Piemonte-Sardenha torna-se o Reino de Itália em 1861. 
No Norte da ilha, a cidade maior é Sassari. Esta cidade é muito antiga e tem muitas obras de arte. 
uma das salas do Palácio Real de Cagliari 
O porto de Reykjavík tem muitos monumentos atuais, como a estátua Sólfar (esquerda) e o edifício Harpa, destinado a exibições e concertos (em cima). A Hallgrímskirkja é talvez a atração principal da cidade, com um órgão famoso (em baixo). 
Vista do Perlan sob Reykjavík. 
Na paisagem escura de Reykjanes (à esquerda), aparece a Blue Lagoon, onde se pode fazer uma máscara de sílica (em cima).
MyBrainMagazine • 15 
A Blue Lagoon (topo), o Strokkur (em cima), a Gullfoss (em baixo à esquerda) e Þingvellir (em baixo à direita) são os ícones da Islândia. Perto deles está Kerið, fora das rotas das excursões.
16 • MyBrainMagazine 
A costa do sudoeste tem praias de areia preta e muitas cascatas. A pequena cidade de Hveragerði possui estufas devido a estar localizada num ativo campo geotermal. Tem também um rio quente, aquecido pelo calor geotérmico. Selfoss é a capital da costa do sudoeste. Outras cascatas conhecidas estão nesta área: a Seljalandsfoss, que dá para passar por trás dela, a Gljúfrafoss, que cai para trás de uma rocha, ficando escondida e a Skógafoss, de 62 metros de altura, com um fantástico arco-íris. O vulcão Eyjafjallajökull bloqueou o espaço aéreo europeu em 2010. O vulcão Katla está também no meio de um glaciar. Perto da pequena comunidade de Vík, encontra-se o arco de Dyrhólaey, mesmo em cima do mar. A praia de areia preta de Reynisfjara, possui falésias com papagaios-do-mar e colunas basálticas. Pequenos ilhéus de rocha (Reynisdrangur) aperfeiçoam essa praia que dizem ser uma das mais bonitas do mundo. As 15 ilhas Vestmann, cujas mais conhecidas são Heimaey, com uma cidade com o mesmo nome e dois vulcões: o Eldfell, que apareceu do nada em 23 de janeiro de 1973, e o Helgafell; e a ilha de Surtsey, criada durante quatro anos e meio após novembro de 1963, foram formadas por vulcões submarinos que entraram em erupção. Mais para o interior encontra-se o vale de Þórsmörk e Landmannalaugar, um grande campo geotermal, campos de lava e montanhas de várias cores, devido à riolite, uma lava cheia de minerais que solidificou anormalmente devagar. Aí perto também estão as cascatas Hjálparfoss e Háifoss, a segunda mais alta. 
Os aragoneses e catalães só abandonariam a Sardenha no início do século XVIII, altura em que passou para a posse do Sacro Império Romano- Germânico. Em 1718, passou para a posse da Casa de Saboia, os governadores de Piemonte, passando o duque de Saboia a usar o título de rei da Sardenha a partir de 1720. Apesar disso, o território manteve-se autónomo até 1847. Em 1848 estalou a guerra da guerra de independência e unidade italiana, a qual foi 
A Oxárarfoss (ao lado) e o Þeningagjá (em cima) integram-se no Þingvellir, as nascentes termais (ao lado) situam-se no parque Geysir, tal como o géiser Strokkur. Esta zona da Islândia tem vulcões conhecidos como o Hekla, o Katla (em baixo) e o Eyjafjallajökull (em baixo do Katla). A cidade de Hveragerði tem muitas nascentes termais (em baixo). 
Perto de Vík (em baixo, igreja), há várias cascatas que provavelmente são as mais conhecidas e mais bonitas da Islândia: Skógafoss (em cima, arco-íris), Seljalandsfoss (ao lado) e a Gljúfrafoss (ao lado, por cima da igreja de Vík). 
No cabeçalho da página seguinte ainda se encontram duas fotos da Seljalandsfoss, a seguir uma da Skógafoss e as praias conhecidas Reynisfjara e em baixo o arco Dyrhólaey. Nessa página também estão fotos de uma montanha na península de Tröllaskagi, de Borgarnes, do vulcão cratera do vulcão Grábrókargígar, no norte da ilha, da cascata Barnafoss (em pequeno), Hraunfossar (esquerda) e Goðafoss (direita).
MyBrainMagazine • 17 
O OESTE DA ISLÂNDIA possui a cascata mais alta da Islândia, Glymur, de 198 m, no Hvalfjorður. A pequena cidade de Borgarnes foi o coração da saga de Egil. A maior nascente termal maior da Europa é a de Deildartunguhver, perto de Borgarnes. A cascata Hraunfossar jorra água que passa 900 m por baixo de um campo de lava (Hallmundarhraun) formado por uma erupção de um vulcão do glaciar Langjökull. Mesmo ao seu lado está a cascata Barnafoss. A península de Snæfellsnes possui o glaciar de Snæfellsjökull, com um grande vulcão onde começa o livro "Viagem ao Centro da Terra", de Júlio Verne. A capital da península é Stykkishólmur. Talvez o sítio que mais aparece em postais desta zona é Kirkjufell, uma montanha no mar com 463 m. O fiorde de Breidafjorður possui imensas ilhas com papagaios-do-mar. A mais conhecida é a ilha de Flatey. 
Os Fiordes do Oeste são talvez o sítio com paisagens mais dramáticas, com grandes fiordes com montanhas junto ao mar cheias de neblina. É lá que se encontra a cascata Dynjandi e a famosa raposa ártica. Ísafjörður é a capital. As falésias de Látrabjarg estão cheias de aves (gaivotas, papagaios-do-mar,...). 
O NORTE DA ISLÂNDIA possui a segunda cidade maior fora da área de Reykjavík, Akureyri. Possui apenas 17000 habitantes. O seu principal monumento é a Akureyrarkirkja, do mesmo arquiteto que a Hallgrímskirkja. Construída em 1940, esta igreja possui um órgão com 3200 tubos e muitos vitrais. Na costa norte, perto de Hindisvík, uma das maiores colónias de focas da Islândia, existe um rochedo no meio do mar, com 15 metros de altura e de origem vulcânica, o Hvítserkur. A cascata Goðafoss é uma das mais bonitas da Islândia. No Alþing, Þorgeir, no ano 1000, tinha de decidir a religião da Islândia. 24 horas depois declarou que a ilha iria ser uma nação cristã. Quando voltou para casa, atirou as suas esculturas pagãs dos deuses nórdicos para uma cascata que se ficou a chamar Goðafoss ("cascata dos deuses").
18 • MyBrainMagazine 
Há 10000 anos, a zona do lago Mývatn estava coberta por glaciar, que foi destruído por erupções vulcânicas formando um lago, o Mývatn. Este lago é um dos sítios com mais aves. As pseudocrateras no lago formaram-se quando lava fundida alcançou o lago, com várias explosões de gás. Estes montes formaram-se quando água subsuperficial ficou encurralada e ferveu e explodiu formando pequenas crateras e cones. Durante a explosão do Krafla em 1727, Leirhnjúkur mandou rios de lava durante dois anos para o. Lago, destruindo Reykjalið. Apenas a igreja se salvou, pois a lava estava a 10 metros dela. A grande cratera Hverfell formou-se há 2700 anos numa erupção cataclísmica do complexo de Lúdentarhíð. O campo de lava de Dimmuborgir formou-se há 2000 anos quando a lava das crateras de Prengslaborgir e Lúdentarborgir foi para cima da mais antiga do Hverfell. A nova lava ficou contida num lago ardente e, quando a superfície do lago solidificou, uma cúpula formou-se por cima do material ainda não solidificado. Esta cúpula estava a ser suportada por pilares ígneos. Quando esta finalmente se partiu, a lava saiu e os pilares ficaram. 
No sopé das colinas sulfúricas de Námaskarð, charcos de lama quente e sulfataras (fumarolas) predominam na paisagem, em Hverir. A região vulcânica de Krafla possui uma central geotérmica e uma diferente paisagem vulcânica. O lago Víti (Krafla), formou-se da mesma maneira que Kerið. Víti significa 'Inferno'. A cratera e as sulfataras de Leirhnjúkur apareceram em 1727. Daí vê-se o enorme campo de lava do Krafla, que se formou em 1975. Nesta zona, o chão é muito quente, pois a crusta nessa zona é muito fina. 
Foi em Húsavík, a capital da ida às baleias, que chegou o primeiro viking nórdico à Islândia, o sueco Garðar Svavarsson. A baía de Húsavík, Skjálfandi, atrai 11 a 9 espécies de baleias, incluindo a baleia-azul. De vez em quando podem ser avistados cachalotes e orcas. Devido a desaguarem dois rios com água fresca e devido à geologia da baía, há muitos nutrientes, que atraem o fitoplâncton, o alimento das baleias, em grande quantidade, sendo que esta baía é uma grande fonte de alimento das baleias. 
O parque de Jökulsárgljúfur (Norte do parque nacional de Vatnajökull) tem como principais atrações a Dettifoss, a cascata mais poderosa da Europa, e Ásbyrgi, um desfiladeiro que foi criado pela explosão do Grímsvötn, que está por baixo do glaciar Vatnajökull, ainda distante de Ásbyrgi. Formou um imenso jökulhaup, que viajou pelo rio Jökulsá á Fjollum, escavou o desfiladeiro vários dias e o rio mudou o seu curso, passando por Ásbyrgi durante 100 anos, quando depois mudou para o seu atual curso, ao lado do desfiladeiro. 
Akureyri e a sua igreja. 
Húsavík (ida às baleias, em cima à esquerda), falésia na península de Tjörnes (em cima no centro), floresta em Asbyrgi (em cima à direita) e Asbyrgi (em baixo). 
Detifoss (em cima), rio Jokulsá á Fjollum (em baixo à direita) e lago Botnstjörn, Ásbyrgi (em baixo à esquerda):
MyBrainMagazine • 19 
(em colunas) pseudocratera (primeira) e Kálfaströnd (duas), lago Mývatn. Hverfell, Dimmuborgir, Námaskarð, charco de lama quente em Hverir (duas), Námaskarð, fumarola sulfatara em Hverir, charco de lama quente em Hverir, Krafla Power Plant (Kröflustöð), Víti (Krafla), Leirhnjúkur, fumarolas, fissuras e campo de lava de Krafla (Leirhnjúkur), gelo e lava do Krafla solidificada, campo de lava do Krafla, pseudocrateras no lago Mývatn em Skútustaðagígar.
20 • MyBrainMagazine 
O ESTE DA ISLÂNDIA, cuja capital é Egilsstadir, possui muitos fiordes, sendo que o mais conhecido é o Seyðisfjörður, com uma localidade com o mesmo nome. Borgarfjorður Eystri é uma localidade com "elfos" (em que metade dos islandeses acredita que existam) e papagaios-do-mar, mais propriamente nas falésias de Hafnarhólmi. A terceira mais alta cascata da Islândia é a Hengifoss, com diferentes estratos vulcânicos de diferentes épocas. A Litlanesfoss possui colunas basálticas. 
Mesmo ao lado da Hengifoss (ao lado) está a Litlanesfoss (no topo à esquerda). Seyðisfjörður (no topo à direita) é uma povoação num fiorde com o mesmo nome e Egilsstadir é a capital da zona (casas por baixo da fotografia de Seyðisfjörður). Em cima encontram-se duas imagens do fiorde Berufjorður. Ao lado estão duas imagens de gansos e do maçarico- galego, comuns na Islândia. Ao lado da fotografia da Litlanesfoss encontra-se uma casa, de Borgarfjorður Eystri, próxima de Hafnarhólmi, onde se podem ver diversas aves, como as andorinhas-do-mar-árticas (em baixo da foto da casa), papagaios-do-mar e gaivotas (as restantes).
MyBrainMagazine • 21 
No SUDESTE DA ISLÂNDIA, apenas há duas localidades mais importantes: Höfn, a capital da lagosta e Kirkjubæjarklaustur, onde chegaram os monges irlandeses. 
Kirkjubæjarklaustur tem várias atrações: Kirkjugólf, colunas basálticas só com a face de cima à vista, baralhando as pessoas, que pensavam que era o chão de uma antiga igreja; a cascata Systrafoss; a cascata Fagrifoss e Fjardrárgljúfur, um desfiladeiro erodido pelo rio Fjardrá, há dois milhões de anos. Também perto desta pequena vila está o campo de lava Eldhraun. 
O sul do parque nacional de Vatnajökull, o parque de Skaftafell, tem uma rica flora e fauna. A Svartifoss é talvez a joia do parque e possui também colunas basálticas. 
O Jökulsárlón é uma lagoa glacial cheia de icebergues de cor azul bebé numa ponta do Vatnajökull, o glaciar maior da Europa. Esta lagoa só existe desde há 80 anos e está sempre a crescer. Tem 250 metros de profundidade. 
As TERRAS ALTAS DA ISLÂNDIA têm como principais pontos de interesse: Hveravellir (área geotermal com fumarolas e nascentes termais), Aldeyjarfoss (cascata com colunas basálticas), Vatnajökull (o glaciar maior da Europa), Kverkfjöll (grutas de gelo geotermais) e Askja (o Öskjuvatn e Víti são outros lagos na cratera do vulcão Askja que se formaram da mesma forma que o Víti do Krafla e que Kerið. Esta zona, devido a ter uma paisagem semelhante à do solo lunar, trouxe os astronautas da Apollo para se prepararem para a lua). 
A fauna da Islândia consiste em renas, papagaios-do-mar, gaivota tridáctila, andorinha-do-mar-ártica, baleias, cachalotes e orcas, patos mergulhadores, gansos-patola, maçarico-galego,... 
Jökulsárlón (cinco primeiras), Vatnajökull, Svartifoss, gansos, Fjallsárlón, Svínafellsjökull (três), Vatnajökull, Svartifoss, Fjarðrárgljúfur, Systrafoss, cavalo, ovelhas, Kirkjugólf, campo de lava Eldhraun, colunas basálticas na cascata Aldeyjarfoss, Aldeyjarfoss.
22 • MyBrainMagazine 
A Serra da Arrábida encanta qualquer um. As suas praias, paisagens,... dão pinceladas de encanto a esta serra. 
A flora consiste em vegetação maquis de tipo mediterrânico nascida deste microclima com semelhanças com regiões Adriáticas, como a Dalmácia. Esta formação vegetal da região do Mediterrâneo estabelece-se em solos siliciosos. Corresponde a uma fase de degradação de áreas onde predominava o sobreiro. É composto por arbustos muito densos e de difícil penetração. As orquídeas também têm influência no solo. 
A fauna é bastante diversificada, apesar de ter sofrido grandes alterações desde o século XIX. Até ao início do século XX era ainda possível observar lobos, javalis e veados. O caracol endémico, a gineta, o morcego-negro, o morcego-de-peluche, raposas, sardões, águias-de- Bonelli, cavalos-marinhos, golfinho-comum, golfinho-roaz e a aranha mais pequena da Europa, dentro das grutas, a Anapistula ataecina, com 0,5 mm. O fundo marinho cheio de pradarias e florestas marinhas produzem matéria orgânica, funcionando como refúgio e maternidade. 
Além da fauna e da flora, a Serra da Arrábida tem um património geológico, que começa desde o Jurássico e também património histórico e cultural, como o Convento da Arrábida. 
Há 250 milhões de anos, a Península Ibérica estava no coração da Pangeia. Quando esta se separou do Labrador, no atual Canadá, provocou uma zona de ruptura. A serra da Arrábida começou a erguer-se há cerca de 17 milhões de anos por colisão, levando à subida, para a superfície, dos materiais sedimentares que se tinham formado em ambientes marinhos aquando do início da abertura do Atlântico Norte. Antes o Tejo terminava em delta, e foi a Arrábida que provocou a separação desse rio e do Sado. 
É na Serra da Arrábida que se encontra a falésia calcária mais alta da Europa (380 metros), a serra do Risco. A Fenda do Creiro é uma estrutura de ordem tectónica que terá sido aberta pela meteorização das águas da chuva, com vários fósseis marinhos do Jurássico. O interior da Serra da Arrábida também é encantador. Por baixo daquela linda paisagem há outra linda paisagem subterrânea, cheia de grutas. A que mais se destaca é a Gruta do Frade, com lagos e grandes estalactites e estalagmites. Essa grande gruta apenas tem acesso por via marítima. Há cerca de centenas de milhares de anos, o Homo erectus já ocupava a região da Arrábida. 
A fundação do Convento na Serra da Arrábida data de fins de 1538-1539, quando Dom João de Lencastre 1º Duque de Aveiro prometeu a Frei Martinho, um religioso andaluz da Ordem de São Francisco, cumprir o seu desejo de levar uma vida eremítica e dedicada exclusivamente a Nossa Senhora. O duque cedeu-lhe a Serra da Arrábida, onde já se existia uma ermida aberta ao culto em que se venerava a imagem conhecida por Nossa Senhora da Arrábida (Hildebrando, um mercador das ilhas britânicas, ergueu uma pequena ermida a Nossa Senhora, em acção de graças pelo milagre que ali o salvou de um naufrágio). D. Jorge de Lencastre, filho do primeiro Duque de Aveiro, continuou as obras no Convento da Arrábida e mandou construir uma cerca para vedar a área do convento. Mais tarde, D. Álvaro de Lencastre, seu primo, mandou edificar a hospedaria que lhe servia de alojamento e projetou as guaritas, na crista do monte, que ligam o convento ao sopé da montanha, deixando, no entanto, três por acabar. Em 1650, D. Ana Manique de Lara, viúva do duque de Torres Novas e nora de D. Álvaro, mandou construir duas capelas.
MyBrainMagazine • 23 
O Forte de Santa Maria da Arrábida, pequena fortificação marítima iniciada entre 1670 sob o reinado de D. Pedro II, com a função de defesa do chamado portinho e do Convento da Arrábida. Reconstruído no final do século XVIII (1798), esteve em operação até ao reinado de D. Luís. A partir de 1932 foi adaptado às funções de pousada pelos pais do poeta Sebastião da Gama, que escreveu variados poemas sobre a Arrábida, funções que conservou até 1976. A partir de 1978 integra o Parque Natural da Arrábida como Museu Oceanográfico (1991), com um centro de biologia marinha. 
A Quinta das Torres e o seu Palácio, perto de Azeitão, datável de cerca de 1560, é um dos mais importantes e belos conjuntos arquitectónicos renascentistas do país. No seu interior, quase todas as salas possuem tetos de madeira, portas à romana e painéis de azulejos na parede. Merece especial destaque um notável conjunto de azulejos em majólica com cenas da Eneida, provavelmente provenientes de Urbino (Itália). Junto ao edifício um pequeno lago em cujo centro se eleva um templete. 
O Forte de S. Filipe foi edificado durante a ocupação espanhola a mando de Filipe I, como meio de defesa da cidade de Setúbal. Após a restauração da independência, foi ampliado e reforçado. 
Existem vestígios da presença humana em Sesimbra desde o período do calcolítico (3000 a.C.). Em , 15 de Agosto de 1201 foi concedido aos habitantes de Sesimbra a Carta de Foral, documento régio que aplica os direitos e deveres. Foi no reinado de D. Dinis, sexto rei de Portugal, que se criou a Póvoa de Ribeira de Sesimbra, pequena aldeia de pescadores, junto ao mar. A aldeia cresceu muito e tornou-se vila à época dos Descobrimentos. Sesimbra passou a ser um importante porto de construção naval e de abastecimentos de embarcações. Tem um castelo mouro. 
Há mais de 600 anos, em meados do século XIV, foi construída uma ermida para guardar uma imagem da Virgem, venerada há muito em cima do rochedo onde foi encontrada. À sua volta foram crescendo modestas casas para receber os peregrinos que aqui demandavam, dando mais tarde lugar à construção das hospedarias com sobrados e lojas, também conhecidas por Casa dos Círios. À Sra. do Cabo afluem vários e numerosos grupos de círios (grandes grupos de peregrinos). Foi ao designado Círio Saloio (peregrinos das redondezas da capital) que coube o incentivo da construção do santuário, conforme se pode ler numa lápide na parede das hospedarias do lado sul: "Casas de N. Sra. de Cabo feitas por conta do Sírio dos Saloios no ano de 1757 para acomodação dos mordomos que vierem dar bodo". No século XIII, o local foi muito popular junto dos peregrinos, depois de um homem ter tido uma visão de uma grande luz que brilhava sobre o Cabo. Lá chegado, teria visto Nossa Senhora subindo no dorso de um burro pela rocha acima. As pegadas correspondem, na realidade, a vários trilhos fossilizados deixados por dinossauros do Jurássico. A Igreja de Nossa Senhora do Cabo do século XVII está de costas para o mar. O interior da igreja é decorado com pinturas barrocas e frescos. 
Junto à igreja fica a Ermida da Memória, uma capela abobadada, com painéis de azulejos azuis e brancos no seu interior. No exterior encontram-se dois quadros de imagens em azulejo que estão muito degradados. 
Infelizmente,a Serra da Arrábida está a ser destruída em algumas zonas para obtenção de calcário para fazer cimento, numa fábrica na serra. 
Página anterior: praia no sopé da serra, Portinho da Arrábida, Serra do Creiro, vegetação maquis, Convento da Arrábida, Forte de S. Filipe. Nesta página: templete na Quinta das Torres, Sesimbra, castelo de Sesimbra, interior da igreja do castelo, mapa, Cabo Espichel, Santuário de Nossa Sra. do Cabo, Cabo Espichel.
24 • MyBrainMagazine 
Os vulcões são estruturas da crusta terrestre que põem em contacto zonas profundas da Terra com a superfície. Através deles são expulsos diferentes materiais, constituindo erupções vulcânicas. 
O maior da Terra é o Mauna Loa, no Havai. A maior erupção foi a do Tambora em 1915. 
Os vulcões encontram-se normalmente nas zonas de subducção, como por exemplo o Anel de Fogo do Pacífico. Mas também se podem encontrar por cima de hot spots. Um hot spot consiste numa zona invulgarmente mais quente no manto. Está derreteu a crusta oceânica e projetou magma, que perdeu os seus gases, ficando lava, e está solidificou transformando-se em basalto. O Havai, a Islândia e o Pico Vermelho, nos Açores, são três exemplos. No Havai, tanto como na Islândia, o hot spot continuou sempre a deitar magma e uma montanha foi crescendo até passar a superfície oceânica. A ilha de Kauai, no Havai, foi a primeira a ser formada. Como a crusta oceânica está sempre a se construída e destruída, movendo-se, formou-se outra ilha, Oahu, mais outra, Molokai, e outra Maui e a última, Havai. O hot spot está por baixo desta última ilha, com vulcões que ainda a estão a construir. Não se formou uma ilha só contínua pois devido à erosão e ao arrefecimento de algumas zonas de cada ilha desaparecem formando montanhas submarinas. 
Os vulcões, na sua grande maioria, são constituídos por uma câmara magmática, local no interior da Terra onde se armazena o magma (material rochoso fundido, rico em gases e com altas temperaturas). A comunicação da câmara magmática ao exterior é feita pela chaminé vulcânica, por onde ascendem diversos produtos. Na parte superior do vulcão encontra-se a cratera, por onde são expelidos os produtos, que se podem acumular à volta da chaminé, formando o cone vulcânico. 
As erupções fissurais não possuem um cone mas sim várias fraturas profundas, formando escoadas de lava que se distribuem dos dois lados da fissura. Por vezes, ao longo da fissura, ocorrem pequenos cones vulcânicos alinhados. 
Na parte superior dos vulcões podem-se formar caldeiras vulcânicas. Quando erupções vulcânicas sucessivas esvaziam a câmara magmática, o cone deixa de ter um suporte, ficando instável, e a sua parte central abate, originando uma depressão limitada por rebordos irregulares. 
Etna 2010, Lagoa do Fogo (caldeira vulcânica, Açores), vulcão Grábrókargígar (duas) na Islândia, vulcão Katla na Islândia, Eyjafjallajökull na Islândia, cratera do Nyiragongo na R.D. Congo, formação das ilhas do Havai, erupção fissural do Krafla 1981 na Islândia.
MyBrainMagazine • 25 
Os vulcões podem libertar diversos materiais. O magma, ao ascender à superfície, liberta a maior parte dos produtos gasosos e passa a designar-se lava. Esta, uma vez solidificada, pode ser: pahoehoe (muito fluida e basáltica, fica lisa e estriada), a'a (espessa, possuindo piroclastos, tem um fluido lento e desigual, ficando com uma textura irregular) e pillow lava (quando a lava solidifica no mar). Os materiais gasosos são normalmente vapor de água, dióxido e hidróxido de enxofre e dióxido e monóxido de carbono. Os materiais sólidos são piroclastos, que podem resultar de lavas parcialmente solidificadas ou de fragmentos de outras rochas arrancadas pelo magma na sua subida para a superfície. De acordo com as dimensões podem ser cinzas vulcânicas, lapilli ou bombas vulcânicas (do menor para o maior). 
De uma maneira geral, as erupções podem ser: 
- Explosivas: As lavas são muito viscosas, fluem com dificuldade e impedem a libertação de gases, ocorrendo por isso, violentas explosões. Devido à sua viscosidade, a lava, por vezes, não chega a derramar constituindo estruturas arredondadas, chamadas domos. Noutras situações a lava solidifica mesmo dentro da chaminé, formando agulhas vulcânicas, que podem mais tarde ficar a descoberto devido à erosão do cone. Nas erupções explosivas os cones são essencialmente formados pela acumulação de piroclastos. 
- Efusivas: O magma é fluido, a libertação de gases é fácil e a erupção é calma, com derramamento de lava abundante a altíssima temperatura. A lava desliza rapidamente, espalhando-se por grandes distâncias. Se os terrenos forem planos, a lava pode cobrir grandes áreas, constituindo os mantos de lava. Se houver declive acentuado, pode formar "rios" de lava, denominados correntes de lava ou também escoadas lávicas. Os vulcões predominantemente efusivos, quando formam cones, são baixos, pois a lava espalha-se por grandes superfícies. O vulcanismo dos fundos oceânicos é do tipo efusivo. 
- Mistas: Assumem aspetos intermédios entre os descritos, observando-se fases explosivas que alternam com fases efusivas. Formam-se cones mistos, em que alternam camadas de lava com camadas de piroclastos. As explosões são explicadas pela entrada de água na chaminé ou na câmara magmática, que devido às altas temperaturas, se vaporizou, originando uma grande quantidade de água. Por essa razão, deu-se um aumento da pressão interior, tornando a erupção periodicamente explosiva. 
Mais detalhadamente, as erupções vulcânicas podem ser: 
- estromboliana: bolhas de gás enormes explodem à superfície, lançando projéteis; 
- vulcaniana: causada pela explosão súbita da lava solidificada na chaminé, o material fundido que dispara alcança quilómetros de altitude; 
- peleana: letal, os seus detritos e lava escorrem pelas encostas do vulcão, ultrapassando os 150 km/h; 
- havaiana: a lava fluida é lançada no ar por fissuras ou aberturas longas e estreitas; 
- surtseyana: quando um vulcão subaquático atravessa a superfície do oceano, o resultado é uma reação hidromagmática explosiva; 
- submarina: mais de 75% do magma que chega à superfície provém das dorsais meso-oceânicas; 
- subglacial: quando o magma chega à superfície através de um manto de gelo glacial pode formar-se um lahar, rio de lama e detritos; 
- freática: quando o magma ascendente passa por uma massa de água, está evapora-se imediatamente, lançando um jato de vapor. 
Três tipos de erupções, pillow lava, campo de lava solidificada, lapilli, cinzas vulcânicas, campo de lava a’a, lava pahoehoe solidificada, erupção efusiva no Havai, erupção explosiva do Eyafjallajökull, Islândia 2010.
26 • MyBrainMagazine 
Além do vulcanismo primário, por vulcões, também pode ocorrer vulcanismo secundário: 
- charcos de lama quente: lama aquecida pelo calor interno da Terra e pelo magma; 
- chaminés hidrotermais: nascentes termais no fundo do oceano, junto a fendas e fossas; 
- nascentes termais: as nascentes termais são fontes libertação de águas quentes, ricas em sais minerais. Nalguns casos, as águas libertadas resultam do arrefecimento e consequente condensação do vapor de água que se liberta do magma. Nestes casos, as águas termais são águas magmáticas ou juvenis. Noutros mais frequentes, a água quente libertada das nascentes resulta da infiltração, da acumulação em rochas porosas e do aquecimento de águas pluviais, por rochas a elevada temperatura, situadas nas proximidades de câmaras magmáticas. Durante a sua ascensão à superfície, através de fraturas do interior da Terra, as águas termais são misturadas com águas frias, de forma a que a sua temperatura seja inferior ao ponto de ebulição; 
- fumarolas: quando não ocorre mistura de águas termais com águas frias, as águas termais, ao encontrarem uma abertura, começam a ferver, devido à diminuição da pressão. Originam-se, assim, as fumarolas, com emissão de vapor de água e de outros gases, ricos em enxofre (designando-se sulfataras) ou tóxicos (designando-se mofetas). 
- géiseres: jatos de água quente. Água infiltra-se por rochas fraturadas, durante séculos, até dois ou três quilómetros de profundidade. A água entra em contacto com rocha quente em volta de rocha parcialmente fundida, poucos quilómetros sob a superfície terrestre. A água é aquecida a altas temperaturas, mas não pode ferver devido à pressão da água e da rocha acima - sobreaquecimento. A água aquecida circula para cima e para baixo por um complexo sistema natural de condutas e canais subterrâneos, diminuindo a pressão, podendo a água expandir-se e ferver. Para que um géiser se forme, tem de existir uma zona estreita no sistema de canais subterrâneos. Sílica dissolvida em riolite pode acumular-se nas paredes da conduta causando mais estreitamento. A pressão da água aumenta até conseguir vencer o peso da água fria por cima e correr para a superfície. A água mais fria por cima da água sobreaquecida é lançada ao ar numa jato, dissipando-se a pressão e a água sobreaquecida transforma-se em vapor. 
Géiser Strokkur (duas) na Islândia, nascentes termais, fumarola sulfatara, charcos de lama quente (duas) em Hverir perto de Námaskarð, esquema de vulcanismo secundário, rio de lava do Kilauea no Havai, formação de pillow lava no mar e rio de lava.
MyBrainMagazine • 27 
Algumas raridades podem acontecer relacionadas ao vulcanismo, como por exemplo: 
- erupções com raios: as partículas de cinza, água e granizo colidem e dentro das nuvens ardentes formam-se campos elétricos, dando origem a raios que põem fim à separação das cargas; 
- colunas basálticas: quando lava quente incandescente solidifica e arrefece, contrai e fratura. Se a lava está estagnada, formam-se colunas regulares hexagonais. 
- lagos vulcânicos: os mais conhecidos são lagos em caldeiras vulcânicas e lagos em crateras, sendo que os últimos formam-se em crateras suficientemente profundas para entrar água. Estas crateras podem-se formar em erupções violentas de gás pressurizado ou cando o magma interage com a água. 
Erupção com raios do Eyfjallajökull, colunas basálticas, jato de lava pahoehoe, lava pahoehoe, Víti no Krafla e Kerið na Islândia (lagos numa cratera de explosão), Lagoa das Sete Cidades e Lagoa do Fogo nos Açores (caldeiras vulcânicas).
28 • MyBrainMagazine 
A litosfera terrestre, não é contínua, mas sim dividida num conjunto de placas tectónicas, que se movimentam transportando as crustas continentais e oceânicas. 
Estas placas flutuam por cima de uma região do manto, onde existe material rochoso a temperaturas elevadas e dúctil que também se encontra em movimento. 
O material em estado de fusão no interior da Terra (quente e menos denso) ascende e atinge a superfície ao nível dos riftes. À medida que as placas litosféricas se afastam deste, a rocha arrefece, contrai-se e torna-se mais rígida. Quando o material rochoso se aproxima da zona de contacto entre uma placa oceânica e uma placa com margem continental, designada zona de subducção, a placa oceânica (mais densa) mergulha em direção ao interior da Terra permitindo a fusão de material rochoso. O calor produzido no interior da Terra é o "motor" das correntes de convecção. 
Os limites das placas tectónicas podem ser: 
- divergentes: resultado do afastamento de duas placas, no qual se forma um vale central, o rifte, por onde ascende magma originando vulcões. Este limite é construtivo pois possibilita expansão dos fundos oceânicos. é uma zona com grande atividade sísmica e vulcânica. Ex.: dorsal meso-atlântica. 
- convergentes: quando duas placas, por acção das correntes de convecção se colidem provocam a destruição de crosta continental visto que uma placa vai “mergulhar” sobre outra, destruindo-se. Estas “mergulham” uma sobre a outra de acordo com as densidades, em que a de maior densidade tem tendência a se destruir (limites entra placa oceânica e placa continental, a placa oceânica é que vai submergir, visto ter maior densidade que a placa continental). Nestas zonas de subducção formam-se fossas, ou seja, grandes depressões causadas pelas placas tectónicas. São zonas com grande atividade vulcânica e sísmica e com cadeias montanhosas. Ex.: Oceano Pacífico junto aos Andes) 
- transformantes: duas placas tectónicas deslizam horizontalmente, onde a litosfera nem é criada nem destruída. São zonas de grande atividade sísmica. Ex.: falha de Sto. André (Califórnia). 
dorsal meso-atlântica (junção das placas Euroasiática e Norteamericana) em Þingvellir, falha relacionada com um episódio vulcano-tectónico no Sistema Vulcânico de Krafla, formação de um novo fundo oceânico, tipos de limites de placas, placas tectónicas.
MyBrainMagazine • 29 
Há dois modelos da estrutura interna da Terra baseados nas propriedades químicas e físicas dos materiais que a constituem. O interior da Terra não é uniforme. 
De acordo com o modelo geoquímico, o interior da Terra é constituído por: 
- crusta: crusta continental - com cerca de 20 km a 70 km de profundidade, essencialmente de natureza granítica (rica em silício e alumínio); crusta oceânica - com cerca de 5 km a 10 km de profundidade, essencialmente de natureza basáltica (rica em silício e magnésio). 
- manto: é a camada a seguir à crusta; estende-se até a uma profundidade de cerca de 2900 km. Essencialmente de natureza peridotítica (rico em ferro e em magnésio). 
- núcleo: ocupa o centro da Terra, a partir dos 2900 km de profundidade. Essencialmente de natureza metálica (rico em ferro e níquel). 
De acordo com o modelo físico, é constituído por: 
- Litosfera: pode atingir uma espessura superior a 150 km. Camada sólida e rígida. 
- Astenosfera: o limite inferior desta camada não é unânime entre os cientistas. Camada sólida, mas dúctil. é sob esta camada que a litosfera se move. 
- Mesosfera: situa-se entre a astenosfera e os 2900 km de profundidade. Camada sólida e rígida. 
- Endosfera externa: situa-se entre os 2900 km e os 5170 km de profundidade. Camada líquida. 
- Endosfera interna: situa-se na zona mais central da Terra, a partir dos 5170 km de profundidade. Camada sólida e rígida.
30 • MyBrainMagazine 
As rochas são constituídas por minerais. Podem ser magmáticas, sedimentares ou metamórficas. 
As rochas magmáticas resultam do arrefecimento e da solidificação do magma. O ambiente geológico onde se formam estas rochas é caracterizado por temperaturas elevadas e pressões variáveis o que permite a existência de material rochoso em fusão. Devido à descida da temperatura e à mudança da pressão, os materiais que constituem o magma solidificam, formando rochas. Podem ser: 
- plutónicas: a solidificação do magma ocorre no interior da crusta. Se o arrefecimento é lento, a rocha apresenta uma textura fanerítica ou granular. Ex.: granito, pedra pomes. 
- vulcânicas: a solidificação do magma ocorre à superfície. Se o arrefecimento é rápido, a rocha apresenta uma textura afanítica ou agranular. Ex.: basalto. Se o arrefecimento é muito rápido, a textura é vítrea ou amorfa. Ex.: obsidiana. 
As rochas sedimentares são rochas que se formam à superfície da crusta terrestre ou muito perto dela. Dispõe-se em estratos e são constituídas por sedimentos (fragmentos de rochas, esqueletos, conchas,... Vão-se acumulando nos fundos dos oceanos, mares, lagos ou pântanos). 
As rochas sedimentares formam-se após muitos processos: 
- Meteorização: alteração e desagregação das rochas por parte de fatores climáticos, pela água ou seres vivos; 
- Erosão: remoção de materiais resultantes da meteorização por parte de agentes erosivos (água da chuva, glaciares, ondas do mar, rios, vento,...); 
- Transporte: movimentação dos materiais erodidos por parte do vento, da água, dos glaciares, da gravidade); 
- Sedimentação: deposição dos materiais, diferindo conforme o tipo de sedimentos e de agentes de transporte, formam uma sucessão de camadas (estratos); 
- Diagénese: alteração química e estrutural dos sedimentos e, sob a ação da pressão, ligam-se entre si, através de cimento. 
As rochas sedimentares podem ser: 
- detríticas: formam-se pela acumulação de partículas sólidas de diferentes dimensões, resultantes da degradação e alteração de rochas preexistentes. Ex.: arenitos (formados por areias basálticas ou siliciosas), conglomerados (com sedimentos redondos) e brechas (com sedimentos angulares); 
- químicas: resultam da precipitação de substâncias dissolvidas na água. Ex.: sal- gema, gesso e alguns calcários; 
- biogénicas: resultam da deposição de materiais provenientes de seres vivos. Ex.: carvões, calcários conquíferos e coralíferos. 
Colunas basálticas resultantes de uma escoada de lava, granito, obsidiana, rochas vulcânicas (duas), erosão e meteorização, paisagem sedimentar no Algarve, estratos sedimentares, arco sedimentar, queijeiras – meteorização e erosão, bloco pedunculado resultante da erosão.
MyBrainMagazine • 31 
As rochas metamórficas formam-se no interior da crusta terrestre à custa de outras preexistentes. Os agentes responsáveis pela formação destas rochas são as elevadas pressões, as altas temperaturas e os fluidos circulantes. Quando uma rocha, em profundidade, é sujeita a condições de temperatura e pressão diferentes das que presidiram à sua formação, sofrem um conjunto de adaptações mineralógicas e texturais, que ocorrem geralmente no estado sólido, formando uma rocha metamórfica. Ex.: granito > gnaisse, argilito > xisto, calcário > mármore. 
Os dois tipos mais fundamentais de metamorfismo são: 
- de contacto: as rochas preexistentes não são modificadas por um aumento de pressão superior ao aumento de temperatura e de tensões não-litostáticas. O metamorfismo regional está relacionado com limites convergentes, onde se verificam altas temperaturas e pressões. Algumas rochas deste tipo de metamorfismo são a ardósia, o filito, o micaxisto e a gnaisse. 
- regional: está diretamente relacionado com as intrusões magmáticas. Como estão a temperaturas muito elevadas, causam uma instabilidade nos minerais das rochas envolventes à inclusão magmática. Essa instabilidade vai levar ao rearranjo estrutural dos minerais, formando novas ligações químicas, formando, então, novos minerais. Exemplos: corneana, quartzito e mármore. 
Ainda há outros tipos de metamorfismo: 
- Metamorfismo dinâmico: desenvolve-se em "faixas" longas estreitas nas adjacências de falhas ou zonas de cisalhamento; 
- Metamorfismo por soterramento: está geralmente associado com bacias sedimentares formadas na margem de distensão das placas; 
- Metamorfismo hidrotermal: resulta da percolação de águas quentes ao longo de fraturas e espaços intergranulares das rochas; 
- Metamorfismo de impacto: desenvolve-se em locais submetidos ao impacto de grandes meteoritos; 
- Metamorfismo de fundo oceânico: ocorre junto às ridges meso-oceânicas, sendo fatores essenciais a temperatura e o fluido. 
O ciclo das rochas começa quando as rochas da litosfera se transformam praticamente umas nas outras ao longo do tempo. Assim, a partir de magma profundo originam-se rochas ígneas ou magmáticas, incorporando-se os seus elementos solúveis ou voláteis na hidrosfera ou na atmosfera. Os processos de geodinâmica externa, erosão, transporte, sedimentação, originam sedimentos a partir de qualquer rocha preexistente. 
Os sedimentos originam, por litogénese, rochas sedimentares. Quando os sedimentos alcançam níveis profundos da litosfera, ocorrem fenómenos de metamorfismo que originam rochas metamórficas. Estas podem chegar a regenerar magmas, fechando-se o ciclo das rochas. 
Em cima, os dois tipos principais de metamorfismo; em cima à direita, xisto - rocha metamórfica originária do argilito; à esquerda, ciclo das rochas.
32 • MyBrainMagazine 
A Baía de Halong, que significa "Onde o Dragão entra no Oceano", com cerca de 3.000 ilhotas de calcário que se elevam das águas, é a mais conhecida baía do Vietname. As ilhas têm um número infinito de praias, grutas e cavernas. De acordo com a lenda, quando um grande dragão que vivia nas montanhas correu até ao mar, a sua cauda cavou vales que mais tarde foram enchidos com água, deixando apenas pedaços de terra à superfície, ou seja, as inúmeras ilhas que se avistam na baía. 
As ilhas mais pequenas são o encanto da paisagem (em cima), mas são as ilhas maiores que têm praias e grutas (à esquerda).
MyBrainMagazine • 33 
As quedas-de-água resultam da rutura do declive dos leitos dos cursos de água por motivo de fenómenos tectónicos, erosão ou outros. Têm alturas muito variadas - sendo a de Ángel, na Venezuela, a mais alta, com 980 metros de altura - e fluxos de água muito diferentes - sendo a de Boyoma (ou Stanley), na República Democrática do Congo, a maior. 
As quedas-de-água formam-se normalmente quando um rio é jovem. A água flui de uma camada de rocha dura para rochas mais moles. O leito do rio torna-se mais íngreme, formando um bordo rochoso sob o qual a água cai. Esta depois recorta a rocha mole, criando um ressalto, que acaba por cair. A rocha mole também é desgastada e transportada ao longo do rio. 
Estas podem ser: 
- cascatas: quando a queda é desde uma massa de rochas de inclinação irregular, no sentido vertical, com a qual a água desliza sobre uma série de declives acidentados. 
- cataratas: quando a queda de água é de grande caudal e em forma de cortina. A extrema força da água erode as rochas na parte baixa da catarata, até formar uma espécie de piscina. 
- saltos: quando a queda é em forma de esguicho, e em queda ininterrupta de grande altura. 
Em cima, cascata Gljufrafoss. Ao lado, Seljalandsfoss, Hengifoss, Barnafoss (cascata que parece mais um rápido), cataratas do Iguaçú, catarata Detifoss, esquema de formação de uma cascata, Gullfoss: catarata com várias quedas de água.
34 • MyBrainMagazine 
Os icebergues são blocos de gelo que se desprendem de um glaciar. O maior icebergue (B-15, no Polo Sul) tem 295 km de comprimento e 37 de largura. 
Alguns icebergues possuem uma cor azulada devido a serem feitos de gelo compactado, que espalha a luz azul. 
Quando um glaciar atinge a costa, este continua a deslocar-se, formando uma plataforma flutuante, a plataforma de gelo. O movimento das marés do oceano aumenta e diminui a plataforma de gelo, causando rachas. A água do mar derrete e enfraquece o fundo da plataforma. Então, grandes pedaços de gelo caem, formando enormes ondas, e estes pedaços são nada mais nada menos que icebergues. 
B-15, icebergue no Jökulsárlón, o azul dos icebergues, icebergues na areia preta, icebergues no Jökulsárlón, icebergue a movimentar-se pelas correntes e ondas, percurso do B-15.
MyBrainMagazine • 35 
Os glaciares são enormes rios ou lençóis de gelo que são encontrados, atualmente, onde o frio é suficiente para o gelo persistir durante todo o ano. Estes têm um enorme poder erosivo. A erosão glaciar envolve dois mecanismos principais: abrasão e ablação. Ao fluírem colina abaixo, os glaciares usam detritos presos no gelo para lixar a rocha exposta, deixando sulcos (abrasão). Quando os glaciares se congelam na rocha, removem fragmentos soltos ao avançarem (ablação). 
Os glaciares só podem avançar, erodir e transportar detritos se tiverem um fundo húmido. O glaciar que avança mais rápido encontra-se na Gronelândia, e avança 12,6 km por ano. 
Os glaciares podem acumular detritos, as moreias. Estas podem ser de fundo (no centro de um vale, formada quando dois glaciares afluentes se juntam e as suas moreias laterais se unem), laterais (compostas por rochas que caíram das encostas do vale), frontais (crista de sedimentos que se estende por um vale ou planície) ou de recessão (quando um glaciar para de recuar tempo suficiente para um monte de detritos se formar no fundo. 
Os glaciares podem ser: 
- confinados (glaciares cuja morfologia depende do relevo e que se encontram geralmente em montanhas): 
• de vale: bacia em forma de círculo no sopé de um pico montanhoso. 
• suspenso: pequeno e encontra-se só junto à parede de uma montanha. 
• regenerado: glaciar que depende fundamentalmente da queda de séracs de um glaciar suspenso. 
• de círculo: glaciar rodeado por montanhas. 
• de piemonte: variedade do glaciares de vale que atinge a planície no sopé da cadeia montanhosa. 
• costeiro: a língua do glaciar atinge o mar ou o oceano. 
- não confinados (extensos e espessos, o relevo tem pouca incidência sobre a sua morfologia): 
• calota glaciar: massa de gelo que cobre uma área menor que 50 000 km². 
• manto de gelo: massa de gelo glaciar que cobre mais de 50 000 km² de terreno. 
Glaciar Svínafellsjökull, calota polar Vatnajokull (duas) e moreia no Vatnajokull.
36 • MyBrainMagazine 
Europa é uma das quatro maiores luas de Júpiter. 
Europa é maioritariamente constituída por rocha, embora o seu núcleo tenha um alto teor em ferro e em níquel. As forças gravíticas de Júpiter e das outras três grandes luas podem ter aquecido o interior de Europa graças a um processo: aquecimento por maré. A atmosfera de Europa é muito rarefeita, apenas composta por oxigénio criado por partículas emitidas da radiação de Júpiter, que atingem a superfície e produzem vapor de água. A temperatura à superfície, graças à elevada rarefação da sua atmosfera, é de -162ºC no equador e -220ºC nos polos. Dentro do oceano de Europa, a temperatura pode ainda variar entre -30ºC a 0ºC . 
A superfície desta lua é de gelo e apresenta traços de blocos de gelo, conhecidos como "caos", que indicam a presença de água por baixo e que podem ser o resultado do aquecimento sob o gelo. 
A ausência de crateras de impacto e a presença de fissuras significa que algo sem serem meteoritos está a danificar o gelo. Vida na Europa pode existir no oceano debaixo da camada de gelo. 
Mas há duas teorias sobre a estrutura da Europa: 
- camada de gelo fina: nesta teoria, o gelo à superfície estala e pode deixar sair vapor de água ao ser aquecido por baixo. O leito do oceano poderá ter vulcões que lançam gás quente do núcleo da lua. O calor sobe pela água líquida rica em oxigénio, onde podem existir organismos. 
- camada de gelo espessa: o aquecimento por maré cria calor adicional, empurrando a camada de gelo interior para a superfície. O calor do núcleo também transfere calor par esta camada de gelo. Este calor todo pode mover a camada de gelo inferior e ser a causa das linhas da superfície de Europa, em vez do calor vulcânico.
MyBrainMagazine • 37 
A magnetosfera da Terra - a área de influência do seu campo magnético - é o resultado da movimentação de campos elétricos no núcleo de ferro fundido líquido. Em comparação com a superfície, o campo magnético no núcleo é cerca de 50 vezes mais forte. 
Acredita-se que a Terra teve um campo magnético em praticamente toda a sua vida. O magnetismo da Terra teria sido consideravelmente mais forte do que é agora. Esse campo magnético forte foi o que ajudou a manter a atmosfera da Terra no início do seu desenvolvimento, ao invés que Marte perdeu a sua atmosfera pois o seu campo magnético dissipou-se. 
Este campo gerado em torno da Terra protege-nos de muitas radiações solares. Elas geram um vento solar que arrasta gases evaporados dos planetas, poeira meteórica e raios cósmicos que quando interagem com o campo magnético do planeta geram tempestades geomagnéticas. 
O movimento faz com que o campo magnético enfraqueça continuamente e que as suas polaridades se invertam. 
A energia produzida pela interação entre os ventos solares e o campo magnético da Terra empurra os eletrões para baixo, que excitam os gases do planeta que emitem luz e cor formando assim as auroras boreais e austrais, que ocorrem na termosfera. 
O estudo do paleomagnetismo revelou que a direção do campo magnético terrestre tem sofrido anomalias magnéticas. Numa anomalia magnética, o polo sul geográfico coincide com o norte magnético e viceversa. 
Magnetosfera protegendo a Terra do vento solar, aurora austral e aurora boreal vistas do espaço, expansão do fundo dos oceanos relativamente ao magnetismo, composição do campo magnético da Terra.
38 • MyBrainMagazine 
Atualmente, a União Astronómica Internacional classificou 5 objetos como planetas anões: Ceres, Plutão, Éris, Haumea e Makemake, mas acredita-se que várias dezenas de objetos possam entrar nesta categoria. O que qualifica os planetas anões como tais, é que "têm massa suficiente para que a sua própria gravidade seja suficientemente grande para vencer a sua rigidez de corpo sólido, assumindo assim um equilíbrio hidrostático com uma forma quase-esférica".
MyBrainMagazine • 39 
Há relativamente pouco tempo é que descobriram que o nosso planeta era na verdade azul, com os primeiros satélites, em meados do século XX. 
À noite, a Terra apresenta manchas de luz, as cidades. 
As nuvens e as tempestades tapam algumas das partes da Terra, as manchas brancas, que se veem durante o dia. 
Para que esta fantástica vista do espaço continue, temos que parar de destruir a Terra.
40 • MyBrainMagazine 
Anualmente, milhões de aves migram pelo mundo, guiadas pelas estrelas, pela posição do sol ou pelo campo magnético da Terra e impelidas pelos genes. 
As aves não migram por causa da temperatura, mas sim por causa da falta de alimento. 
Todas as aves migratórias têm a capacidade de orientação e navegação. 
As aves viajam seguindo linhas de costa ou montanhas, mas também aprendem a rota seguindo as mais velhas que já a fizeram ou com um "mapa" no ADN. 
Quase todas as rotas migratórias são norte-sul e, normalmente, quando as aves migratórias chegam a um dos destinos, reproduzem-se. 
A andorinha-do-mar-ártica viaja desde a zona ártica à Antártida, um percurso de 70900 km (ida e volta). 
O ganso-de-cabeça-listada viaja a uma altitude de nove mil metros. 
O maçarico-galego viaja desde a verde Islândia até à desértica Mauritânia. 
Andorinhas-do-mar-árticas (em cima), maçarico-galego (em baixo).
MyBrainMagazine • 41 
Vários animais desenvolveram uma espécie de orientação pelo campo magnético da Terra, como as bactérias magnetotáticas, a mosca da fruta, a truta, a tartaruga marinha e o pombo-correio. 
As tartarugas usam o campo magnético da Terra para regressar aos locais de alimento. 
O pombo-correio usa a magnetocorreção para detetar o campo magnético da Terra e assim calcular a sua localização. Existem dois sistemas para detetar campos magnéticos nos pombos-correio - um nos olhos e outros nos ouvidos. As células do ouvido interno contêm fero magnético, que altera a sua localização conforme o local onde se encontra o pombo face ao campo magnético da Terra. À medida que os cristais de magnetite se movem, a membrana celular no ouvido interno é estendida. A pressão exercida sobre a membrana pelas partículas magnéticas em movimento abre canais iónicos, alterando o potencial elétrico e fazendo disparar um nervo, que indica ao cérebro por onde ir. 
Tartaruga marinha (em cima à esquerda) e pombo correio (em cima à direita).
42 • MyBrainMagazine 
A coruja-das-torres (Tyto alba) é de dimensão média, corpo pequeno, asas médias e patas compridas. A sua face é pálida com olhos escuros em forma de coração. O seu voo é lento e elegante, com batimentos rápidos quando caça em voo. As suas patas balançam enquanto caça em voo. Tem um aspeto fantasmagórico devido a palidez da sua plumagem, bastante notória durante um voo. 
O guincho da fêmea é alto, ronronante e repetitivo. O chamamento de alarme, durante o voo, é estridente e rouco. O canto ou chamamento territorial é um guincho prolongado e repetitivo "shrrreeee". As crias pedem comida com um ronco prolongado e arfante. 
Reproduz-se em terrenos agrícolas com matas dispersas, jardins. É sedentária, noturna e crepuscular. Alimenta-se de ratos, rãs e insetos. Nidifica em buracos em árvores, edifícios ou ruínas. As suas regurgitações são escuras e brilhantes.
MyBrainMagazine • 43 
A mobelha-pequena é a espécie mais comum de mobelhas e também a mais pequena. Reproduz-se em lagoas pequenas e sem peixes, na tundra ou em lodaçais situados em bosques. 
No Inverno, a mobelha-pequena migra para as zonas costeiras das latitudes temperadas. 
Possui olhos e a parte frontal dos pescoço vermelhos, sendo que essa coloração do pescoço só é adquirida no verão, devido à mudança de penas.
44 • MyBrainMagazine 
Nada discreto, habita em colónias, rápido a voar, o papagaio-do- mar aquece os corações dos fascinados em aves. 
Misteriosos, desaparecem durante meses a fio e no verão, regressam a terra, prontos para se reproduzirem. 
Os progenitores fazem oito a dez viagens diárias em busca de alimento, conseguindo transportar vinte ou mais peixes no bico. 
Vivendo cerca de 30 anos, estas aves fazem ninhos em buracos com um metro de comprimento, para a segurança das crias. 
Quando os papagaios-do-mar cortejam, esfregam e batem os bicos. Costumam lutar devido a disputas de ninhos, estas lutas acabam com um ataque ao pescoço. 
^ Dois papagaios-do-mar a cortejarem. 
< À beira da sua toca, este papagaio-do-mar está à procura de ervas para construir um ninho no interior do buraco.
MyBrainMagazine • 45 
O papagaio-do-mar mais comum, aquele que nós conhecemos como papagaio-do-mar, o papagaio-do-mar do Atlântico, é a espécie mais pequena das quatro espécies de papagaios-do-mar e chega em massa para se reproduzir nas ilhas e na costa banhadas pelo Atlântico Norte. Ninguém sabe como e onde a Fratercula arctica (“fradinho do Árctico” numa tradução literal, assim denominado devido ao carapuço negro, de aspecto monástico) passa o resto do ano. Os animais andam algures nos vastos mares do Norte, solitários, raramente avistados, enquanto voam, comem e flutuam. 
A reprodução é o único pretexto destas aves marinhas para ir a terra. Tornam-se intensamente sociais, cortejando, acasalando, lutando. O tamanho dos bandos varia entre algumas centenas de casais, no Maine (EUA), a dezenas de milhares na Islândia. As Ilhas Britânicas atraem cerca de 10% de um total estimado de vinte milhões de papagaios-do-mar. Embora ninguém conheça o número exacto da população, estima-se que a Islândia albergue quase metade. 
Os papagaios-do-mar mudam de roupa durante a época de acasalamento. Os bicos ficam mais grossos e brilhantes, penas brancas substituem as pretas e os olhos ficam enfeitados. Depois de emparelharem, frequentemente com o mesmo parceiro de anos anteriores, os papagaios- do-mar utilizam o bico e as patas com membranas para escavar um ninho no solo macio. Noutros locais, nidificam entre rochas e pedregulhos. As fêmeas põem ovos que são incubados, por turnos, sob as asas do macho e da fêmea. Eles também partilham os deveres relacionados com a alimentação: a fêmea faz a maioria das viagens, correndo até à água e regressando com o bico cheio de peixes, determinada a evitar gaivotas, mandriões-grandes e outros piratas do ar. 
A maioria das populações tem vindo a diminuir na última década. Em alguns anos, certas colónias da Islândia e da Noruega quase não geraram juvenis. Os pequenos peixes preferidos pelos papagaios-do-mar, como galeotas, espadilhas e arenques, estão a escassear e o tamanho das capturas tem vindo a diminuir. O aquecimento da água parece afetar a cadeia alimentar. 
Não está claro como é que estas aves navegam de volta para os seus locais de origem. Poderão utilizar pontos de referência visuais, cheiros, sons, o campo magnético da Terra ou talvez até mesmo as estrelas.
46 • MyBrainMagazine 
Nomenclatura binomial ou nomenclatura binária designa o conjunto de normas que regulam a atribuição de nomes científicos às espécies de seres vivos. Chama-se binomial porque o nome de cada espécie é formado por duas palavras: o nome do género e o restritivo específico, normalmente um adjectivo que qualifica género. A utilização do sistema de nomenclatura binomial é um dos pilares da classificação científica dos seres vivos sendo regulada pelos códigos específicos da nomenclatura botânica, zoológica e bacteriológica. Foi primeiramente proposta pelo naturalista suíço Gaspard Bauhin, no século XVII e formalizada por Carlos de Lineu no século seguinte. Os nomes utilizados são em latim, ou numa versão latinizada da palavra ou das palavras que se pretende utilizar. O nome genérico e o epíteto específico devem sempre ser escritos em itálico. A nomenclatura binomial é o método formal e o único universalmente aceite para a atribuição do nome científico a espécies (com excepção dos vírus). Como o termo "binomial" sugere, o nome científico de uma espécie é formado pela combinação de dois termos: o nome do género e o descritor específico. 
- As subespécies têm um nome composto por três nomes, ou seja, um trinome, colocados pela seguinte ordem: nome genérico, descritor específico e descritor subespecífico. Exemplo: Homo sapiens sapiens, em que sapiens é a subespécie. 
- O nome genérico é sempre escrito começando por uma maiúscula, enquanto que o descritor específico (em zoologia, o nome específico, em botânica, o epíteto específico) nunca começa por uma maiúscula, mesmo quando seja derivado de um nome próprio ou de uma designação geográfica. 
- O nome científico deve ser sempre usado por extenso na sua primeira ocorrência no texto e sempre que diversas espécies do mesmo género estiverem a ser discutidas no mesmo documento. Nos usos subsequentes, as referências podem ser abreviadas à inicial do género, seguida de um ponto e do nome específico completo. Ex. a bactéria Escherichia coli é frequentemente referida simplesmente por E. coli, o Tyrannosaurus rex é provavelmente mais conhecido por T. rex. A abreviatura "sp." (zoologia) ou "spec." (botânica) é usada quando o nome da espécie não pode ou não interessa ser explicitado. A abreviatura "spp." (plural) indica "várias espécies". 
- As abreviaturas "ssp." (zoologia) e "subsp." (botânica), que indicam uma subespécie não especificada. As abreviaturas "sspp." ou "subspp." indicam "um número não especificado de subespécies". 
- A abreviatura "cf." é utilizada quando a identificação da espécie requer confirmação por ser incerta ou estar a ser citada através de uma referência secundária não verificável.
MyBrainMagazine • 47
48 • MyBrainMagazine 
Em agosto de 1578, o exército português, desorganizado e mal preparado, foi derrotado em Alcácer Quibir. Nesta batalha morreu o rei D. Sebastião, sem deixar descendentes. 
Após a morte de D. Henrique, apresentaram-se alguns pretendentes ao trono: 
- D. Filipe II, rei de Espanha; 
- D. António, Prior do Crato; 
- D. Catarina, duquesa de Brangança. 
D. António, sabendo que D. Filipe iria invadir Portugal, foi aclamado rei em Santarém e Lisboa, mas o exército espanhol derrotou-o na batalha de Alcântara, em 1580. 
Filipe II reuniu Cortes em Tomar, onde prestou juramento como rei de Portugal Filipe I. Este fez várias promessas, mas os seguintes reis (Filipe II e Filipe III) não as cumpriram e estes aumentaram os impostos, integraram alguns portugueses no exército espanhol e nomearam alguns espanhóis para cargos em Portugal. 
O povo levantou muitos motins, como: Motim das Maçarocas e o mais conhecido Revolta do Manuelinho. 
Em 1 de dezembro de 1640, alguns nobres vão ao Paço da Ribeira e matam D. Miguel de Vasconcelos e prendem a Duquesa de Mântua e proclamaram a independência de Portugal. As pessoas começaram a gritar: Viva El’Rei D. João IV! Viva! 
Então, nas cortes de Lisboa, foi proclamada rei, D. João IV. 
A primeira batalha da Guerra da Restauração foi travada em 1644, em Montijo. A última e mais importante foi a de Montes Claros. 
No reinado de D. Afonso VI (que foi fechado no Palácio de Sintra porque estava maluco – foi substituído pelo conde de Castelo Melhor) é que se travaram as maiores batalhas: Ameixal, Castelo Rodrigo, Linhas de Elvas e Montes Claros. 
D. João IV ofereceu a coroa portuguesa à padroeira de Portugal – Nossa Senhora de Vila Viçosa. 
As guerras terminaram em 1668, com um tratado de paz entre Portugal e Castela, no reinado de D. Pedro II. 
Foram também reconquistadas várias colónias portuguesas dos franceses e holandeses. “Os combates de touros sempre foram 
Restauração da Independência, potenciais sucessores de D. Henrique, a Batalha de Alcácer Quibir.
MyBrainMagazine • 49 
No Egito, os tecidos e a forma como eram elaboradas as roupas modificavam-se de acordo com a hierarquia social, bem como os acessórios, sendo estes últimos usados exclusivamente pelas classes mais altas. A vestimenta básica era o chanti, usado por homens e mulheres. Era uma espécie de saia onde só os homens podiam mostrar as pernas. As mulheres, como não podiam mostrar o seu corpo, usavam um chanti longo e justo com um tipo de cera. No que diz respeito a penteados, devido ao forte calor da região e ao facto do piolho ser uma praga local, homens e mulheres usavam o cabelo rapado e substituíam-no por perucas, removendo, também, os pelos corporais como medida higiénica. Os das classes baixas vestiam-se de modo simples, com pouca roupa e andavam descalços ou com sandálias de fibra de papiro. O faraó e a sua corte, usavam uma túnica larga de linho muito fino e transparente, kalasyris, ornamentado com ouro e pedras preciosas especialmente turquesas e lápis-lazúli. Quanto aos restantes constituintes masculinos das classes altas, utilizavam uma roupa complementar de nome neket, que se assemelha a um cinto de forma triangular feito de linho e com pedras preciosas a adornar. Também se usava como complemento o hosch que era uma espécie de pequena capa que se usava sobre os ombros e o peito. No que diz respeito às mulheres, tinham como traje principal a loriga, que tinha uma forma tubular muito justa ao corpo e confeccionada com tecidos semelhantes à malha. Como complemento usava-se a Túnica de Ísis, sendo esta uma espécie de manto em forma retangular. Os nobres usavam muitos acessórios, principalmente jóias, colares e braceletes, que tinham como principal função expressar a devoção religiosa e denotar a diferenciação social. Para além destes “enfeites”, as mulheres eram adeptas da maquilhagem, o kohl, onde o olho era marcado com preto (galena) e sombra verde (malaquite). 
No antigo Egito, homens e mulheres usavam cosméticos, produtos de limpeza e hidratantes. Tomar banho era considerado tão essencial que as casas ricas tinham áreas dedicadas, muito semelhantes às casas de banho actuais. Mesmo as pessoas que não tinham dinheiro para ter zonas de banho lavavam-se todos os dias em rios ou regatos. 
Uma das mulheres mais belas da história, Cleópatra, tomava banho em leite e mel para deixar a sua pele macia e radiosa. 
Apesar do clima quente do deserto em que viviam, os antigos egípcios não gostavam de pele seca e a hidratação era crucial. Embora a maioria das pessoas usassem óleos baratos como óleo de castor para hidratar a sua pele, os ricos podiam escolher a partir de uma variedade de óleos finos que eram perfumados com flores, resinas de plantas ou madeiras aromáticas. Os egípcios antigos até tinham cremes específicos para tratar rugas, limpar e suavizar a pele. 
Os Celtas, pelo contrário, eram altos e tinham o cabelo loiro e os olhos azuis. Eram bons ourives. Trabalhavam o ouro e objetos em ferro. Ocupavam as regiões norte, oeste e centro da Península Ibérica. Alguns Celtas cremavam os mortos, em vez de os sepultarem.
50 • MyBrainMagazine 
No Império Romano, o combate de gladiadores eram uma forma de entretenimento popular. Surgiu no sul de Itália, no século III a.C., mais propriamente na região da Campânia. No seu auge, houve combates que demoravam um mês. Escravos, condenados e prisioneiros eram obrigados a lutar e a tornarem-se gladiadores. Eram treinados em escolas especializadas, propriedades de um lanista. Ficavam alojados nessas escolas onde podiam ser treinados durante meses ou anos. O treino dos gladiadores era muito complexo. A escola emprestava ou vendia gladiadores ao Estado ou a famílias privadas. Os gladiadores eram classificados em vários tipos (com armas, vestuário e técnicas diferentes): - Eques: a cavalo, usava uma armadura de escamas, um escudo redondo, lança e espada curta. Lutava com outros equites. - Laquearius: usava um laço para prender o adversário e tinha um punhal para o matar. Defrontava contra muitos tipos. - Murmillo: elmo ornado com um peixe estilizado, escudos altos e oblongos, par com galdiadores thraeces. - Retiarius: armado com uma rede um tridente ornado. Usava uma tanga, um cinto largo e uma proteção de braço esquerdo, lutando com murmillones e secutores. - Provocator: lutava com couraça, espada curta, escudo retangular. Só defrontava outros provocatores. Além destes ainda havia: Andabatae, Arbelas, Bestiarius, Bustuarius, Cestus, Crupellarii, Dimachaerus, Essedarius, Hoplomachus, Lorarius, Paegniarius, Rudiarius, Sagittarius, Samnite, Scissor, Secutor, Tertiarius, Thraex, Velites, Venator. Os escudos dos gladiadores podiam ser variados, os dos equites eram redondos e médios e os dos murmillones eram altos e oblongos. Quase todos os gladiadores usavam um elmo, que podia ter viseira, como o dos provocatores, ou liso, como o dos seductores. Os gladiadores usavam muitas armas: gládios (espadas curtas), redes, tridentes, cimitarras, laços, lanças e punhais. Os provocatores usavam couraça, pois queriam imitar os legionários. Os gladiadores, em exceção dos paegniarii (lutadores fingidos), usam proteções. Os thraeces usavam grevas duplas até às coxas. 
Alguns imperadores também lutavam, sendo gladiadores, e também havia mulheres, as gladiatrix. Apesar dos combates serem a atração principal, os jogos tinham outras atividades: reconstituições históricas de famosas batalhas vencidas por Roma, recitais, leituras, lutas e paradas de animais, caçadas, anúncios oficiais, lutas de pessoa contra animal, execuções e perfomances do imperador. 
Em 6 de abril de 1384, as tropas castelhanas invadiram Portugal na Batalha de Atoleiros, no Alentejo. Portugal venceu. Entretanto, em 29 de maio desse mesmo ano, os inimigos cercaram Lisboa. Deu-se o Cerco de Lisboa. Com esse acontecimento, a população de Lisboa ficou com fome e a Peste Negra contagiou alguns castelhanos, e foram obrigados a retirarem-se. Depois, a 6 de janeiro de 1385, sucedeu-se a Batalha de Trancoso e as tropas portuguesas foram vencedoras. 
Em 6 de abril de 1385, os representantes da burguesia e de parte da nobreza, chefiados pelo Dr. João das Regras, fazem aclamar D. João como rei de Portugal D. João I. Iniciou-se com ele a 2.ª dinastia – dinastia de Avis. 
Em 14 de agosto de 1385 deu-se a célebre batalha de Aljubarrota, com D. Nuno Álvares Pereira (foi considerado santo com o nome de D. Nuno de Santa Maria) a chefiar com a sua tática do quadrado. Nesta batalha, o exército castelhano perdeu com uma diferença considerável de homens (castelhanos – 32 000, portugueses – 8 000). Para comemorar a batalha construiu-se o Mosteiro da Batalha. Uma personagem muito popular é a padeira de Aljubarrota, Brites de Almeida, que segundo a lenda matou sete castelhanos. 
Deu-se também a Batalha de Valverde onde também ganharam os portugueses. 
Em 9 de maio de 1386, Portugal faz um tratado de amizade com a Inglaterra, onde os dois países prometiam ajudar-se. Esta aliança foi reforçada pelo casamento de D. João I com a inglesa D. Filipa de Lencastre, em 1387. 
Gladiador no coliseu (à esquerda) e gladiadores a treinarem numa escola (à direita).
MyBrainMagazine • 51 
Os jogos podiam ser Munera (privados, de menor dimensão, em honra de um antepassado falecido) ou ludi (muitos espetadores, de grande dimensão, alta variedade e opulência, patrocinados pelo Estado). 
Na galeria, os espetadores podiam comprar bebidas a vendedores que percorriam a galeria ou em bancas no exterior. Leões, tigres, girafas, javalis e outros animais lutavam entre si ou com gladiadores, e entravam por elevadores (no chão da arena havia alçapões, alguns com elevadores manobrados por polias manuais ou por um sistema de elevação hidráulico). Por baixo da arena, havia uma série de instalações, como a armaria dos gladiadores. As galerias subterrâneas albergavam homens e animais (alguns em celas adjacentes) lembravam o estatuto social de escravos lutadores, sendo controlados por um carcereiro, responsável pela segurança e transporte até à armaria e à arena. Um editor, nos lundi, sentava e alimentava o imperador, os senadores e a consorte. O imperador decidia se um lutador deveria ou não ser morto após um duelo. Diferente da crença popular, não era com o polegar que o imperador indicava qual o veredicto de um gladiador derrotado. O imperador mostrava a mão aberta ou fechada. Quando aberta significava: "Poupe a vida" e fechada: "Mate-o". Se um gladiador matasse o seu oponente antes da permissão imperial, ele seria levado a julgamento por assassinato, já que somente o imperador tinha o direito de condenar um homem à morte. 
Os Celtas, pelo contrário, eram altos e tinham o cabelo loiro e os olhos azuis. Eram bons ourives. Trabalhavam o ouro e objetos em ferro. Ocupavam as regiões norte, oeste e centro da Península Ibérica. Alguns Celtas cremavam os mortos, em vez de os sepultarem. 
Os Lusitanos viviam a norte do Tejo numa região situada à volta da serra da Estrela chamada Lusitânia. 
Eram fortes e corajosos. Dedicavam-se à agricultura e à pastorícia. O chefe que mais se destacou foi, certamente, Viriato. 
Coliseu de Roma (no topo) e constituição de um coliseu (em cima):
52 • MyBrainMagazine 
Assim se designa o dia 6 de junho de 1944, em que foi efetuado um desembarque em massa de tropas aliadas nas praias da Normandia. A situação militar na Europa continental era, naquele momento, estrategicamente desfavorável às Forças Armadas alemãs, que dominavam grande parte do continente mas se debatiam com dificuldades cada vez maiores para continuar a guerra. O objetivo estratégico da "Operação Overlord" era forçar as tropas alemãs a bater-se em duas frentes (as tropas soviéticas avançavam na Frente Leste), a fim de acelerar o fim do conflito.Compreendendo as intenções dos Aliados, o marechal alemão Erwin Rommel fortificou as praias do norte da França onde, na sua opinião, seria mais lógico o desembarque. Foi contra esta Muralha da Europa que se lançaram as tropas aliadas sob o comando supremo do general norte-americano Dwight ("Ike") Eisenhower. As operações aliadas englobaram o bombardeamento aéreo de posições na costa e na retaguarda, a sabotagem de objetivos selecionados por comandos de paraquedistas e por núcleos da Resistência francesa, o bombardeamento naval das costas e o desembarque de forças transportadas por meios aéreos, navais e anfíbios, num total de mais de cem mil homens, que se lançaram sobre as fortificações da costa e as neutralizaram ao fim de um dia de combate árduo e extremamente mortífero. Vários fatores colocaram os comandos alemães em desvantagem: a ausência de Rommel, a incapacidade de prever a data da operação, a divergência de opiniões ao mais alto nível. Consumado o desembarque e a rutura das defesas, os aliados ficaram com o caminho aberto para o coração da Europa ocupada e criaram a Segunda Frente. 
Desembarque de soldados americanos na praia do Utah; desembarque na praia de Omaha, na Normandia, 6 de junho de 1944, durante a Operação Neptuno.; rotas de invasão da Normandia durante o dia D.
MyBrainMagazine • 53 
O Carbónico foi um intervalo de tempo geológico compreendido entre os períodos Devónico e Pérmico, sendo, portanto, o quinto período da Era Paleozoica. 
Recebeu esse nome devido à presença de carvão nos estratos relativos a esta época situados na Inglaterra. 
A fauna evolui, apareceram os primeiros pulmonados, os anfíbios espalharam-se e diversificaram-se e apareceram os répteis que se adaptaram rapidamente aos diferentes habitats. 
O movimento das placas tectónicas aproximou as massas terrestres e reuniu-as nas zonas equatoriais e na metade sul do globo. 
Os Celtas, pelo contrário, eram altos e tinham o cabelo loiro e os olhos azuis. Eram bons ourives. Trabalhavam o ouro e objetos em ferro. Ocupavam as regiões norte, oeste e centro da Península Ibérica. Alguns Celtas cremavam os mortos, em vez de os sepultarem. 
Os Lusitanos viviam a norte do Tejo numa região situada à volta da serra da Estrela chamada Lusitânia. 
Eram fortes e corajosos. Dedicavam-se à agricultura e à pastorícia. O chefe que mais se destacou foi, certamente, Viriato. 
A Terra no Carbónico; vida no Carbónico (três); Proterogyrinus; Uma meganeura carrega um Hylonomus, a mais antiga espécie de réptil já encontrada, enquanto um Eryops salta em direção a eles.
54 • MyBrainMagazine 
O rei dos dinossauros, um dos maiores predadores de todos os tempos, viveu no Cretáceo Superior, com um comprimento de 12 a 13 metros, com quatro metros de altura e de 6 a 9 toneladas, nada mais nada menos do que o Tyrannosaurus rex. 
Com cerca de 60 dentes, de diferentes tamanhos (alguns quase com 20 cm), membros posteriores muito pequenos uma grande cauda para manter o equilíbrio e para perseguir presas, este grande "rei lagarto tirano" (o significado do seu nome) era um carnívoro bípede, com uma posição espinal quase horizontal, e andava com passos pequenos, chegando apenas aos 40 km/h. Necrófago e predador, caçava dinossauros menores, roubava as suas presas, preferindo normalmente hadrossauros e ceratopsídeos. 
A sua esperança de vida era de 30 anos, crescia nos primeiros 16 anos e depois diminuía rapidamente. 
Não foi o maior dinossauro carnívoro, mas sim o Espinossauro. 
Os Celtas, pelo contrário, eram altos e tinham o cabelo loiro e os olhos azuis. Eram bons ourives. Trabalhavam o ouro e objetos em ferro. Ocupavam as regiões norte, oeste e centro da Península Ibérica. Alguns Celtas cremavam os mortos, em vez de os sepultarem. 
Os Lusitanos viviam a norte do Tejo numa região situada à volta da serra da Estrela chamada Lusitânia. 
Eram fortes e corajosos. Dedicavam-se à agricultura e à pastorícia. O chefe que mais se destacou foi, certamente, Viriato. 
Archeroraptor chega primeiro a uma carcaça do que o Tyrannosaurus; pterossauros Quetzalcoatlus anões a serem atacados por um Tyrannosaurus (esquerda), enquanto outro T. rex está a atacar um Triceratops; Tyrannosaurus rex há 65 milhões de anos.
MyBrainMagazine • 55 
A paleontologia moderna tem consistentemente posicionado o Archaeopteryx como a ave mais primitiva, mas não como um descendente direto das aves modernas, mas um parente próximo aos ancestrais. Lowe (1935) e Thulborn (1984) questionaram o Archaeopteryx como a primeira ave verdadeira, e sugeriram que se tratava de um dinossauro que não era mais relacionado com as aves do que qualquer outro grupo de dinossauros. Kurzanov (1987) sugeriu que o Avimimus era o ancestral mais provável de todas as aves que o Archaeopteryx. 
O Archaeopteryx viveu durante o período Jurássico em torno de 150-148 milhões de anos atrás, onde atualmente se encontra o sul da Alemanha, quando a Europa era um arquipélago num mar baixo tropical quente, muito mais perto do equador do que é agora. 
Os Celtas, pelo contrário, eram altos e tinham o cabelo loiro e os olhos azuis. Eram bons ourives. Trabalhavam o ouro e objetos em ferro. Ocupavam as regiões norte, oeste e centro da Península Ibérica. Alguns Celtas cremavam os mortos, em vez de os sepultarem. 
Os Lusitanos viviam a norte do Tejo numa região situada à volta da serra da Estrela chamada Lusitânia. 
Eram fortes e corajosos. Dedicavam-se à agricultura e à pastorícia. O chefe que 
Ao lado, fóssil de Archaeopteryx lithographica; em baixo, Archaeopteryx.
MyBrainMagazine 11
MyBrainMagazine 11
MyBrainMagazine 11
MyBrainMagazine 11
MyBrainMagazine 11
MyBrainMagazine 11
MyBrainMagazine 11
MyBrainMagazine 11
MyBrainMagazine 11
MyBrainMagazine 11
MyBrainMagazine 11
MyBrainMagazine 11
MyBrainMagazine 11
MyBrainMagazine 11
MyBrainMagazine 11
MyBrainMagazine 11
MyBrainMagazine 11
MyBrainMagazine 11
MyBrainMagazine 11
MyBrainMagazine 11
MyBrainMagazine 11
MyBrainMagazine 11
MyBrainMagazine 11
MyBrainMagazine 11
MyBrainMagazine 11
MyBrainMagazine 11
MyBrainMagazine 11
MyBrainMagazine 11
MyBrainMagazine 11

Más contenido relacionado

Similar a MyBrainMagazine 11

As religiões como protagonistas no cuidado socioambiental uma perspectiva e...
As religiões como protagonistas no cuidado socioambiental   uma perspectiva e...As religiões como protagonistas no cuidado socioambiental   uma perspectiva e...
As religiões como protagonistas no cuidado socioambiental uma perspectiva e...
Orlei Almeida
 
Avaliac3a7c3a3o diagnc3b3stica-gabaritada-cic3aancias-5c2ba-ano
Avaliac3a7c3a3o diagnc3b3stica-gabaritada-cic3aancias-5c2ba-anoAvaliac3a7c3a3o diagnc3b3stica-gabaritada-cic3aancias-5c2ba-ano
Avaliac3a7c3a3o diagnc3b3stica-gabaritada-cic3aancias-5c2ba-ano
ana311982
 
A improbabilidade de deus richard dawkins
A improbabilidade de deus   richard dawkinsA improbabilidade de deus   richard dawkins
A improbabilidade de deus richard dawkins
Marcos Florentino Alves
 

Similar a MyBrainMagazine 11 (20)

As religiões como protagonistas no cuidado socioambiental uma perspectiva e...
As religiões como protagonistas no cuidado socioambiental   uma perspectiva e...As religiões como protagonistas no cuidado socioambiental   uma perspectiva e...
As religiões como protagonistas no cuidado socioambiental uma perspectiva e...
 
Avaliac3a7c3a3o diagnc3b3stica-gabaritada-cic3aancias-5c2ba-ano
Avaliac3a7c3a3o diagnc3b3stica-gabaritada-cic3aancias-5c2ba-anoAvaliac3a7c3a3o diagnc3b3stica-gabaritada-cic3aancias-5c2ba-ano
Avaliac3a7c3a3o diagnc3b3stica-gabaritada-cic3aancias-5c2ba-ano
 
Atividade 8º e 9 ano
Atividade 8º e 9 anoAtividade 8º e 9 ano
Atividade 8º e 9 ano
 
Atividade quinto ano (2)
Atividade quinto ano (2)Atividade quinto ano (2)
Atividade quinto ano (2)
 
Expressão lição-06 2016 - 2ºtrimestre
Expressão   lição-06 2016 - 2ºtrimestreExpressão   lição-06 2016 - 2ºtrimestre
Expressão lição-06 2016 - 2ºtrimestre
 
A improbabilidade de deus richard dawkins
A improbabilidade de deus   richard dawkinsA improbabilidade de deus   richard dawkins
A improbabilidade de deus richard dawkins
 
MyBrainMagazine 13
MyBrainMagazine 13MyBrainMagazine 13
MyBrainMagazine 13
 
Estudo 4 (Cuidado com a Criação)
Estudo 4  (Cuidado com a Criação)Estudo 4  (Cuidado com a Criação)
Estudo 4 (Cuidado com a Criação)
 
Rio 20
Rio 20Rio 20
Rio 20
 
Rio 20
Rio 20Rio 20
Rio 20
 
Criacionismo kem ham=cpad religioso
Criacionismo kem ham=cpad religiosoCriacionismo kem ham=cpad religioso
Criacionismo kem ham=cpad religioso
 
A busca pela inspiração depende da motivação
A busca pela inspiração depende da motivaçãoA busca pela inspiração depende da motivação
A busca pela inspiração depende da motivação
 
Ciencias
CienciasCiencias
Ciencias
 
A grande esperança (charles richet)
A grande esperança (charles richet)A grande esperança (charles richet)
A grande esperança (charles richet)
 
AGRISSÊNIOR NOTÍCIAS Nº 579 an 05 julho_2016.ok
AGRISSÊNIOR NOTÍCIAS Nº 579 an  05 julho_2016.okAGRISSÊNIOR NOTÍCIAS Nº 579 an  05 julho_2016.ok
AGRISSÊNIOR NOTÍCIAS Nº 579 an 05 julho_2016.ok
 
Jubilai mar21 (1) (1)
Jubilai mar21 (1) (1)Jubilai mar21 (1) (1)
Jubilai mar21 (1) (1)
 
A aguia acorrentada
A aguia acorrentadaA aguia acorrentada
A aguia acorrentada
 
Workshop I -
Workshop I - Workshop I -
Workshop I -
 
A aguia acorrentada
A aguia acorrentadaA aguia acorrentada
A aguia acorrentada
 
Tesouro no fundo do mar2ppsx
Tesouro no fundo do mar2ppsxTesouro no fundo do mar2ppsx
Tesouro no fundo do mar2ppsx
 

Más de MyBrain Society (20)

MyBrain Magazine 24
MyBrain Magazine 24MyBrain Magazine 24
MyBrain Magazine 24
 
MyBrainMagazine 23
MyBrainMagazine 23MyBrainMagazine 23
MyBrainMagazine 23
 
MyBrainMagazine 22
MyBrainMagazine 22MyBrainMagazine 22
MyBrainMagazine 22
 
MyBrainMagazine 21
MyBrainMagazine 21MyBrainMagazine 21
MyBrainMagazine 21
 
MyBrainMagazine 20
MyBrainMagazine 20MyBrainMagazine 20
MyBrainMagazine 20
 
MyBrainMagazine 19
MyBrainMagazine 19MyBrainMagazine 19
MyBrainMagazine 19
 
MyBrainMagazine 18
MyBrainMagazine 18MyBrainMagazine 18
MyBrainMagazine 18
 
MyBrainMagazine 17
MyBrainMagazine 17MyBrainMagazine 17
MyBrainMagazine 17
 
MyBrainMagazine 16
MyBrainMagazine 16MyBrainMagazine 16
MyBrainMagazine 16
 
MyBrainMagazine 15
MyBrainMagazine 15MyBrainMagazine 15
MyBrainMagazine 15
 
MyBrainMagazine 14
MyBrainMagazine 14MyBrainMagazine 14
MyBrainMagazine 14
 
MyBrainMagazine 12
MyBrainMagazine 12MyBrainMagazine 12
MyBrainMagazine 12
 
MyBrainMagazine 10
MyBrainMagazine 10MyBrainMagazine 10
MyBrainMagazine 10
 
MyBrainMagazine 9
MyBrainMagazine 9MyBrainMagazine 9
MyBrainMagazine 9
 
MyBrainMagazine 8
MyBrainMagazine 8MyBrainMagazine 8
MyBrainMagazine 8
 
MyBrainMagazine 7
MyBrainMagazine 7MyBrainMagazine 7
MyBrainMagazine 7
 
MyBrainMagazine 6
MyBrainMagazine 6MyBrainMagazine 6
MyBrainMagazine 6
 
MyBrainMagazine 5
MyBrainMagazine 5MyBrainMagazine 5
MyBrainMagazine 5
 
MyBrainMagazine 4
MyBrainMagazine 4MyBrainMagazine 4
MyBrainMagazine 4
 
MyBrainMagazine 3
MyBrainMagazine 3MyBrainMagazine 3
MyBrainMagazine 3
 

MyBrainMagazine 11

  • 1. Islândia a terra dos contrastes
  • 3. MyBrainMagazine • 3 MyBrainMagazine ENDEREÇO www.mybrainsociety.blogspot.pt Copyright © 2015 MyBrainSociety. Todos os direitos reservados. MyBrain (capa): Registered Trademarks® (marcas registadas). A MyBrain não se responsabiliza por material não solicitado. A sabedoria não tem limites INTERDITA A REPRODUÇÃO DE TEXTOS E DE IMAGENS CAPA Cascata Skógafoss
  • 4. 4 • MyBrainMagazine Í N D I C E visão ..................................................................................................... 7 crítica ................................................................................................... 8 meditação ............................................................................................. 9 roteiro de viagem ............................................................................... 10 entrevista ............................................................................................ 11 ................................................................................................ 12 .............................................................................. 22 ........................................................................... 24 ............................................................................... 28 .............................................................................. 29 ............................................................................................... 30 .................................................................................. 32 ................................................................................ 33 .......................................................................................... 34 ............................................................................................. 35 ................................................................................................. 36 ................................................................ 37 ........................................................ 38 ...................................................................... 39 .............................................................................. 40 .............................................................................. 41 .............................................................................. 42 ............................................................................. 43 ............................................................................... 44 ...................................................................... 46
  • 5. MyBrainMagazine • 5 .......................................................... 48 ...................................................................... 49 ......................................................................................... 50 .................................................................................................... 52 ........................................................................................ 53 ............................................................................... 54 ..................................................................................... 55 ......................................................................... 56 ............................................................................. 57 .................................................................. 58 ............................................................................. 59 ............................................................................. 60 .............................................................................................. 61 ................................................................................ 62 ......................................................................... 63 ................................................................................................ 64 ............................................................................ 66 .......................................................................... 67 ............................................................................................ 68 ............................................................................ 69 ............................................................................. 70 ................................................................................................ 71 .................................................................................. 72 ...................................................................................... 73 ............................................................................ 74 ............................................................................ 75 .................... 76 ................................................................................................ 77 ......................................................................................... 78 ........................................................................ 80
  • 7. MyBrainMagazine • 7 AVEIRO Aveiro, no litoral norte de Portugal, é uma cidade pequena e famosa nacionalmente pela sua ria - a ria de Aveiro. Foi comparada com Veneza por Salazar, que a apelidou de "Veneza de Portugal". visão “É preciso provocar sistematicamente confusão. Isso promove a criatividade. Tudo aquilo que é contraditório gera vida.” Salvador Dalí
  • 8. 8 • MyBrainMagazine AUTO-REFINAMENTO "Um judeu é como uma vela," explicou certa vez o Rebe a um chassid, "e sua tarefa é acender outros judeus." AS ENERGIAS RENOVÁVEIS POLUEM OU NÃO? Não, só durante a sua construção. Apesar de serem uma energia limpa, e ainda bem que cada vez mais estamos a apostar nela, há uma delas que não é limpa, a da biomassa. A biomassa é utilizada na produção de energia a partir de processos como a combustão de material orgânico. A queima da biomassa liberta dióxido de carbono na atmosfera, mas como este composto havia sido previamente absorvido pelas plantas que deram origem ao combustível, o balanço de emissões de CO2 é nulo. crítica “A crítica construtiva, por mais ferina que seja, é um dos métodos mais eficazes para resolver problemas. “ Nelson Mandela
  • 9. MyBrainMagazine • 9 A BORBOLETA Um dia, uma pequena abertura apareceu num casulo; um homem sentou-se e observou a borboleta por várias horas, conforme se esforçava para fazer com que o seu corpo passasse através daquele pequeno buraco. Então pareceu que ela tinha parado. Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais. Então o homem decidiu ajudá-la pegou numa tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta saiu facilmente, mas o seu corpo estava murcho, era pequeno e tinha as asas amassadas. O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo que se iria afirmar. Nada aconteceu! Na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar. O que o homem, com a sua gentileza e vontade de ajudar, não compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo com que a natureza fazia com que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de modo que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo. Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida. Se passássemos esta nossa vida sem quaisquer obstáculos, nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. meditação “Meditação traz sabedoria; a falta de meditação deixa a ignorância. Escolha o caminho que o guia à sabedoria.” Buda
  • 10. 10 • MyBrainMagazine BARCELONA (5 DIAS) 1.º Dia Viagem para Toledo Hotel Hilton Buenavista Toledo + Visita da Cidade e Parador 2.º Dia Toledo > Barcelona Hotel Catalonia Passeig de Gràcia 3.º Dia Barcelona + Sagrada Família Casa Batlló, Calvet, La Pedrera Palau de la Música Catalana Hospital Santa Creu i Sant Pau Bairro Gótico Palacio Güell Marina 4.º Dia Barcelona + Park Güell Casa Vicens La Boquería Tibidabo 5.º Dia Viagem de regresso roteiro de viagem “Viajar é a maneira mais agradável, menos prática e mais custosa de instruir-se.” Paul Morrand
  • 11. MyBrainMagazine • 11 ENTREVISTA A JEAN-MICHEL COSTEAU (PORTOS & MERCADOS: DINIZ JÚNIOR) Repórter (R) - O sistema de sustentação de vida debaixo de água é semelhante ao utilizado no espaço. Existe uma colaboração entre a Ocean Futures Society e a NASA. De que forma se dá essa parceria? Costeau (C) - A NASA é responsável pela melhoria da vida aqui na Terra. Trabalha diariamente com esse objetivo. É um erro pensar que o órgão só está voltado para fora do planeta. Eu sou um entusiasta do programa espacial, e ser astronauta era um dos meus sonhos de infância. Já dei o primeiro passo, já que todo astronauta é, em primeiro lugar, um mergulhador. É nos tanques de água que se simula a falta de gravidade que os astronautas irão enfrentar no espaço. As pessoas não têm ideia de como esse trabalho é intenso e amplo. Envolve estudos sobre a temperatura no planeta, sobre o que está acontecendo com a água do mundo. R - Governos como o norte-americano, que se recusou a assinar o protocolo de Kyoto, percebem essa urgência de mudança de atitude? C - Aos poucos, sim. Os governos estão a tomar consciência da questão ambiental da forma mais perigosa: já sentindo os seus efeitos nocivos. Os sistemas responsáveis pela refrigeração das centrais nucleares aqueceram e tiveram de ser desligados. Devido a isso, a central também foi desligada. Imagine o prejuízo e o número de pessoas prejudicadas. R - A Ocean Futures Society mantém algum programa de educação ambiental? C - Temos alguns. O mais conhecido é o programa Embaixadores do Meio Ambiente, que colocamos em prática na Califórnia, no Havai, em São Francisco e no Brasil. Colocamos as crianças em contacto direto com a natureza, participando em programas de monitoramento e de recuperação. R - Qual o papel dos portos no que se refere ao meio ambiente? C - Os portos são o elo entre a terra e os oceanos, que é a base das nossas vidas. É necessário preservar os oceanos, a água. Hoje quando vou a um restaurante, pago três vezes mais pela água que vou beber, do que pela gasolina que coloco no meu carro. É necessário ver o meio ambiente com outro olhar. R - E como está, na sua opinião, a saúde do planeta Terra? C - Há os que dizem que o aquecimento global faz parte de um ciclo natural do globo e que não há nada a temer. É engraçado como ultimamente se começou a falar sobre o derretimento das calotes polares. Por isso, parece que é um assunto novo. Mas eu e o meu pai já falávamos sobre isso há 20 anos. Há, além dos que acham que é um ciclo, os que dizem que, com o derretimento das calotes polares, a temperatura irá baixar. A situação está longe de ser controlada. Estamos a perder espécies marinhas diariamente. Cerca de 30% dos corais tropicais do mundo desapareceram nos últimos anos. Eu mergulho em lugares onde ia há 30 anos e eles estão muito mudados. entrevista “Ninguém é tão ignorante que não tenha algo a ensinar. Ninguém é tão sábio que não tenha algo a aprender.” Blaise Pascal
  • 12. 12 • MyBrainMagazine No fim do período Terciário, há 30-35 milhões de anos atrás, o hot spot no sítio onde é agora a Islândia e a dorsal meso-atlântica começaram a formar um monte de rocha basáltica, que resultou numa pequena ilha, a Islândia, há 20 milhões de anos. A ilha começou a aumentar, com os vulcões. Nos primeiro "milhão de anos" da Islândia, a tem peratura era de 8 a 10ºC mais alta do que é agora. Predominavam florestas de coníferas e não havia glaciares. Há 3,3 milhões de anos atrás, a Islândia mudou completamente o seu clima, tornando-se mais fria, aparecendo os primeiros glaciares. Milhões de anos passaram e os primeiros habitantes desta ilha chegaram por volta do século IX d.C., e que eram membros de uma missão de monges eremitas, também conhecidos como papar, provenientes da Escócia e da Irlanda. Presume-se que os monges abandonaram a ilha com a chegada dos escandinavos, que se assentaram no período compreendido entre os anos 870 e 930. O primeiro colono nórdico permanente foi o sueco Garðar Svavarsson. Depois foi Ingólfur Arnarson, que construiu uma quinta na zona da atual capital no ano 874. Ingólfur foi seguido por muitos outros colonos imigrantes, a maior parte deles nórdicos, com escravos vindos da Irlanda. Em 930, a maior parte do terreno islandês cultivável já havia sido ocupada. Com isso, foi fundado o Alþing, um parlamento legislativo e judicial, como centro político da Comunidade Islandesa, na Logberg, em Þingvellir. Por volta do ano 1000, o cristianismo foi adotado na Islândia. As lutas internas e civis da Era de Sturlung levaram o país a assinar o Pacto antigo em 1262, tratado que colocou a Islândia sob o domínio da Coroa Norueguesa. A posse da Islândia passou para o Reino da Dinamarca e Noruega até finais do século XIV, quando os reinos da Noruega, Dinamarca e Suécia se uniram, formando a União de Kalmar. Nos séculos posteriores, a Islândia passou a ser um dos países mais pobres da Europa. Os solos estéreis, as erupções vulcânicas e o tipo de clima tornaram a vida da sociedade mais difícil, cuja subsistência era quase totalmente dependente da agricultura. A peste negra afetou quase toda a população entre 1402 e 1404 Com isso, foi fundado o Alþing, um parlamento legislativo e judicial, como centro político da Comunidade Islandesa, na Logberg, em Þingvellir. Por volta do ano 1000, o cristianismo foi adotado na Islândia. As lutas internas e civis da Era de Sturlung levaram o país a assinar o Pacto antigo em 1262, tratado que colocou a Islândia sob o domínio da Coroa Norueguesa. A posse da Islândia passou para o Reino da Dinamarca e Noruega até finais do século XIV, quando os reinos da Noruega, Dinamarca e Suécia se uniram, formando a União de Kalmar. Nos séculos posteriores, a Islândia passou a ser um dos países mais pobres da Europa. Os solos estéreis, as erupções vulcânicas e o tipo de clima tornaram a vida da sociedade mais difícil, cuja subsistência era quase totalmente dependente da agricultura. A peste negra afetou quase toda a população entre 1402 e 1404 e novamente entre 1494 e 1495, matando cerca de metade dos habitantes. Em meados do século XVI, Cristiano III da Dinamarca e Noruega começou a impor o luteranismo a todos os seus súditos. Durante a Idade Média foram escritas várias sagas, que tratam da vida e feitos de membros das famílias mais importantes da Islândia durante o período entre o descobrimento (874) até as primeiras décadas depois da chegada do Cristianismo à ilha, cerca do ano de 1000. Os textos foram escritos muito tempo depois dos acontecimentos que narram, entre os finais do século XIII e a metade do século XIV. Foram todas redigidas em prosa, ainda que possa haver alguns poemas intercalados no texto. A ação se desenrola-se na antiga Escandinávia viking. As histórias giram em torno da colonização e das disputas entre os membros de famílias rivais. Como muitos dos conflitos apresentandos são resolvidos nos conselhos anuais da antiga Islândia (Alþing), as sagas são também uma fonte para o entendimento do sistema legal da época. A mais extensa das sagas de islandeses é a Saga de Njál. Outras sagas de importância são a Saga de Egil e a Saga de Grettir. Em 1814, após as Guerras Napoleónicas, o Reino da Dinamarca-Noruega foi dividido em dois novos reinos separados pelo Tratado de Kiel. Entretanto, a Islândia permaneceu dependente da Dinamarca. Cerca de quinze mil pessoas, dentre O norueguês Ingólfur Arnarson foi um dos primeiros nórdicos a chegar à ilha. A dorsal meso-atlântica na Islândia. Logberg no século XIX.
  • 13. MyBrainMagazine • 13 O último bispo católico do país (antes de 1968) foi Jon Arason, decapitado em 1550 juntamente com seus filhos. Posteriormente, quase toda a população islandesa aderiu ao luteranismo, que desde então é a religião predominante. Nos séculos XVII e XVIII, a Dinamarca impôs à Islândia uma série de restrições ao comércio, enquanto piratas ingleses, espanhóis e argelinos invadiam sua costa. Em 1814, após as Guerras Napoleónicas, o Reino da Dinamarca-Noruega foi dividido em dois novos reinos separados pelo Tratado de Kiel. Entretanto, a Islândia permaneceu dependente da Dinamarca. Cerca de quinze mil pessoas, dentre uma população total de setenta mil, abandonaram a Islândia. Porém, no auge das dificuldades, surgiu, por volta dos anos 1850, um movimento nacionalista, que conseguiu adquirir uma força considerável, conquistando a reabertura do parlamento islandês. Desta maneira, nasceu o movimento de luta pela Independência da Islândia, liderado por Jon Sigurðsson. Em 1874, a Dinamarca concedeu à Islândia uma constituição e um governo limitado, que foi expandido em 1904. O Ato de União, acordo firmado com a Dinamarca em 1° de dezembro de 1918 e válido durante vinte e cinco anos, concedeu à Islândia o total reconhecimento como um Estado soberano numa união com o rei da Dinamarca. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Islândia uniu-se à Dinamarca mantendo a sua postura neutra. Entretanto, após a ocupação alemã da Dinamarca em 9 de abril de 1940, o parlamento decidiu que a Islândia deveria assumir os poderes do rei dinamarquês, substituí-lo por um regente e declarou que que seria feita a implantação da política externa independente, além de outras questões previamente gerenciadas pela Dinamarca à petição islandesa. Um mês mais tarde, as Forças Armadas do Reino Unido invadiram a Islândia, violando sua neutralidade. Em 1941, o país passou a ser dominado pelos Estados Unidos, para que o Reino Unido pudesse implantar as suas tropas em outros locais. Em 31 de dezembro de 1943, o Ato de União expirou depois de 25 anos. Entre 2003 e 2007, a economia da Islândia transformou- se, baseada até então na indústria pesqueira, passando a ser uma nação que oferecia serviços financeiros sofisticados. Consequentemente, o país foi um dos mais afetados pela crise económica de 2008, que se estendeu até 2009. A Aliança Social Democrática e o Movimento de Esquerda Verde venceram nos comícios, liderados por Jóhanna Sigurðardóttir, que assumiu o poder como nova primeira-ministra. O SUDOESTE DA ISLÂNDIA contém muitas das maravilhas naturais mais conhecidas do país. Reykjavík é a capital europeia mais a norte. A Hallgrímskirkja é o monumento mais conhecido de Reykjavík. Esta igreja luterana feita de betão foi baseada nas colunas basálticas da cascata Svartifoss. Tem uma torre de 75 m. O órgão da igreja tem 5275 tubos. Demorou 34 anos a ser construída (1940-1974), pelo que o arquiteto não a chegou a ver acabada. O moderno edifício Harpa é a nova sala de concertos e centro cultural da cidade. Ingólfur Arnarson construiu a sua quinta onde agora é o museu Reykjavík 871+/-2, que é baseado nas ruínas da quinta de Ingólfur, tendo uma exposição sobre os vikings na era da descoberta da Islândia. É do Perlan, um edifício no meio de quatro tanques de água quente, que se apanha a melhor vista sob Reykjavík. A estátua Sólfar é um abstrato barco viking, baseado no barco de Jón Gunnar Árnarson. O Museu Nacional da Islândia dispõe de uma grande exposição sobre a história e a cultura do país. Mapa das sagas. Perlan. Em baixo, casas típicas e Reykjavík 871+/-2.
  • 14. 14 • MyBrainMagazine A península de Reykjanes possui um enorme campo de lava e a maior atração da Islândia, a Blue Lagoon. Esta lagoa de água salgada opaca azul clara a 38ºC tem algas verdes e azuis, sais minerais e lama de sílica, que lhe dão essa cor. Não há melhor sítio para hidratar a pele. O Golden Circle é o percurso mais visitado da Islândia, que possui três atrações principais: Gullfoss, Geysir e Þingvellir. A Gulfoss é a cascata mais famosa da Islândia, rasga um vale e possui um arco-íris permanente. O Geysir é um géiser que chega até 80 m de altura, mas agora não é muito frequente ele entrar em erupção. O Strokkur é outro géiser que explode de 10 em 10 minutos, chegando a 30 m de altura. Esta zona está cheia de nascentes termais. Þingvellir é um parque nacional onde se localiza a dorsal meso- atlântica, separando as duas placas tectónicas (Norte- americana e Euroasiática) por um rifte. Mesmo no rifte, em 930 d.C., os Vikings estabeleceram o primeiro parlamento democrático do mundo, Alþing. A igreja do parque é uma das mais antigas da Islândia e o lago Þingvallavatn é o maior lago da Islândia, com águas vindas do glaciar Langjökull. Kerið é uma cratera de explosão de 6500 anos com um lago. Os aragoneses e catalães só abandonariam a Sardenha no início do século XVIII, altura em que passou para a posse do Sacro Império Romano- Germânico. Em 1718, passou para a posse da Casa de Saboia, os governadores de Piemonte, passando o duque de Saboia a usar o título de rei da Sardenha a partir de 1720. Apesar disso, o território manteve-se autónomo até 1847. Em 1848 estalou a guerra da guerra de independência e unidade italiana, a qual foi liderada pelos rei do Piemonte-Sardenha. O reino do Piemonte-Sardenha torna-se o Reino de Itália em 1861. No Norte da ilha, a cidade maior é Sassari. Esta cidade é muito antiga e tem muitas obras de arte. uma das salas do Palácio Real de Cagliari O porto de Reykjavík tem muitos monumentos atuais, como a estátua Sólfar (esquerda) e o edifício Harpa, destinado a exibições e concertos (em cima). A Hallgrímskirkja é talvez a atração principal da cidade, com um órgão famoso (em baixo). Vista do Perlan sob Reykjavík. Na paisagem escura de Reykjanes (à esquerda), aparece a Blue Lagoon, onde se pode fazer uma máscara de sílica (em cima).
  • 15. MyBrainMagazine • 15 A Blue Lagoon (topo), o Strokkur (em cima), a Gullfoss (em baixo à esquerda) e Þingvellir (em baixo à direita) são os ícones da Islândia. Perto deles está Kerið, fora das rotas das excursões.
  • 16. 16 • MyBrainMagazine A costa do sudoeste tem praias de areia preta e muitas cascatas. A pequena cidade de Hveragerði possui estufas devido a estar localizada num ativo campo geotermal. Tem também um rio quente, aquecido pelo calor geotérmico. Selfoss é a capital da costa do sudoeste. Outras cascatas conhecidas estão nesta área: a Seljalandsfoss, que dá para passar por trás dela, a Gljúfrafoss, que cai para trás de uma rocha, ficando escondida e a Skógafoss, de 62 metros de altura, com um fantástico arco-íris. O vulcão Eyjafjallajökull bloqueou o espaço aéreo europeu em 2010. O vulcão Katla está também no meio de um glaciar. Perto da pequena comunidade de Vík, encontra-se o arco de Dyrhólaey, mesmo em cima do mar. A praia de areia preta de Reynisfjara, possui falésias com papagaios-do-mar e colunas basálticas. Pequenos ilhéus de rocha (Reynisdrangur) aperfeiçoam essa praia que dizem ser uma das mais bonitas do mundo. As 15 ilhas Vestmann, cujas mais conhecidas são Heimaey, com uma cidade com o mesmo nome e dois vulcões: o Eldfell, que apareceu do nada em 23 de janeiro de 1973, e o Helgafell; e a ilha de Surtsey, criada durante quatro anos e meio após novembro de 1963, foram formadas por vulcões submarinos que entraram em erupção. Mais para o interior encontra-se o vale de Þórsmörk e Landmannalaugar, um grande campo geotermal, campos de lava e montanhas de várias cores, devido à riolite, uma lava cheia de minerais que solidificou anormalmente devagar. Aí perto também estão as cascatas Hjálparfoss e Háifoss, a segunda mais alta. Os aragoneses e catalães só abandonariam a Sardenha no início do século XVIII, altura em que passou para a posse do Sacro Império Romano- Germânico. Em 1718, passou para a posse da Casa de Saboia, os governadores de Piemonte, passando o duque de Saboia a usar o título de rei da Sardenha a partir de 1720. Apesar disso, o território manteve-se autónomo até 1847. Em 1848 estalou a guerra da guerra de independência e unidade italiana, a qual foi A Oxárarfoss (ao lado) e o Þeningagjá (em cima) integram-se no Þingvellir, as nascentes termais (ao lado) situam-se no parque Geysir, tal como o géiser Strokkur. Esta zona da Islândia tem vulcões conhecidos como o Hekla, o Katla (em baixo) e o Eyjafjallajökull (em baixo do Katla). A cidade de Hveragerði tem muitas nascentes termais (em baixo). Perto de Vík (em baixo, igreja), há várias cascatas que provavelmente são as mais conhecidas e mais bonitas da Islândia: Skógafoss (em cima, arco-íris), Seljalandsfoss (ao lado) e a Gljúfrafoss (ao lado, por cima da igreja de Vík). No cabeçalho da página seguinte ainda se encontram duas fotos da Seljalandsfoss, a seguir uma da Skógafoss e as praias conhecidas Reynisfjara e em baixo o arco Dyrhólaey. Nessa página também estão fotos de uma montanha na península de Tröllaskagi, de Borgarnes, do vulcão cratera do vulcão Grábrókargígar, no norte da ilha, da cascata Barnafoss (em pequeno), Hraunfossar (esquerda) e Goðafoss (direita).
  • 17. MyBrainMagazine • 17 O OESTE DA ISLÂNDIA possui a cascata mais alta da Islândia, Glymur, de 198 m, no Hvalfjorður. A pequena cidade de Borgarnes foi o coração da saga de Egil. A maior nascente termal maior da Europa é a de Deildartunguhver, perto de Borgarnes. A cascata Hraunfossar jorra água que passa 900 m por baixo de um campo de lava (Hallmundarhraun) formado por uma erupção de um vulcão do glaciar Langjökull. Mesmo ao seu lado está a cascata Barnafoss. A península de Snæfellsnes possui o glaciar de Snæfellsjökull, com um grande vulcão onde começa o livro "Viagem ao Centro da Terra", de Júlio Verne. A capital da península é Stykkishólmur. Talvez o sítio que mais aparece em postais desta zona é Kirkjufell, uma montanha no mar com 463 m. O fiorde de Breidafjorður possui imensas ilhas com papagaios-do-mar. A mais conhecida é a ilha de Flatey. Os Fiordes do Oeste são talvez o sítio com paisagens mais dramáticas, com grandes fiordes com montanhas junto ao mar cheias de neblina. É lá que se encontra a cascata Dynjandi e a famosa raposa ártica. Ísafjörður é a capital. As falésias de Látrabjarg estão cheias de aves (gaivotas, papagaios-do-mar,...). O NORTE DA ISLÂNDIA possui a segunda cidade maior fora da área de Reykjavík, Akureyri. Possui apenas 17000 habitantes. O seu principal monumento é a Akureyrarkirkja, do mesmo arquiteto que a Hallgrímskirkja. Construída em 1940, esta igreja possui um órgão com 3200 tubos e muitos vitrais. Na costa norte, perto de Hindisvík, uma das maiores colónias de focas da Islândia, existe um rochedo no meio do mar, com 15 metros de altura e de origem vulcânica, o Hvítserkur. A cascata Goðafoss é uma das mais bonitas da Islândia. No Alþing, Þorgeir, no ano 1000, tinha de decidir a religião da Islândia. 24 horas depois declarou que a ilha iria ser uma nação cristã. Quando voltou para casa, atirou as suas esculturas pagãs dos deuses nórdicos para uma cascata que se ficou a chamar Goðafoss ("cascata dos deuses").
  • 18. 18 • MyBrainMagazine Há 10000 anos, a zona do lago Mývatn estava coberta por glaciar, que foi destruído por erupções vulcânicas formando um lago, o Mývatn. Este lago é um dos sítios com mais aves. As pseudocrateras no lago formaram-se quando lava fundida alcançou o lago, com várias explosões de gás. Estes montes formaram-se quando água subsuperficial ficou encurralada e ferveu e explodiu formando pequenas crateras e cones. Durante a explosão do Krafla em 1727, Leirhnjúkur mandou rios de lava durante dois anos para o. Lago, destruindo Reykjalið. Apenas a igreja se salvou, pois a lava estava a 10 metros dela. A grande cratera Hverfell formou-se há 2700 anos numa erupção cataclísmica do complexo de Lúdentarhíð. O campo de lava de Dimmuborgir formou-se há 2000 anos quando a lava das crateras de Prengslaborgir e Lúdentarborgir foi para cima da mais antiga do Hverfell. A nova lava ficou contida num lago ardente e, quando a superfície do lago solidificou, uma cúpula formou-se por cima do material ainda não solidificado. Esta cúpula estava a ser suportada por pilares ígneos. Quando esta finalmente se partiu, a lava saiu e os pilares ficaram. No sopé das colinas sulfúricas de Námaskarð, charcos de lama quente e sulfataras (fumarolas) predominam na paisagem, em Hverir. A região vulcânica de Krafla possui uma central geotérmica e uma diferente paisagem vulcânica. O lago Víti (Krafla), formou-se da mesma maneira que Kerið. Víti significa 'Inferno'. A cratera e as sulfataras de Leirhnjúkur apareceram em 1727. Daí vê-se o enorme campo de lava do Krafla, que se formou em 1975. Nesta zona, o chão é muito quente, pois a crusta nessa zona é muito fina. Foi em Húsavík, a capital da ida às baleias, que chegou o primeiro viking nórdico à Islândia, o sueco Garðar Svavarsson. A baía de Húsavík, Skjálfandi, atrai 11 a 9 espécies de baleias, incluindo a baleia-azul. De vez em quando podem ser avistados cachalotes e orcas. Devido a desaguarem dois rios com água fresca e devido à geologia da baía, há muitos nutrientes, que atraem o fitoplâncton, o alimento das baleias, em grande quantidade, sendo que esta baía é uma grande fonte de alimento das baleias. O parque de Jökulsárgljúfur (Norte do parque nacional de Vatnajökull) tem como principais atrações a Dettifoss, a cascata mais poderosa da Europa, e Ásbyrgi, um desfiladeiro que foi criado pela explosão do Grímsvötn, que está por baixo do glaciar Vatnajökull, ainda distante de Ásbyrgi. Formou um imenso jökulhaup, que viajou pelo rio Jökulsá á Fjollum, escavou o desfiladeiro vários dias e o rio mudou o seu curso, passando por Ásbyrgi durante 100 anos, quando depois mudou para o seu atual curso, ao lado do desfiladeiro. Akureyri e a sua igreja. Húsavík (ida às baleias, em cima à esquerda), falésia na península de Tjörnes (em cima no centro), floresta em Asbyrgi (em cima à direita) e Asbyrgi (em baixo). Detifoss (em cima), rio Jokulsá á Fjollum (em baixo à direita) e lago Botnstjörn, Ásbyrgi (em baixo à esquerda):
  • 19. MyBrainMagazine • 19 (em colunas) pseudocratera (primeira) e Kálfaströnd (duas), lago Mývatn. Hverfell, Dimmuborgir, Námaskarð, charco de lama quente em Hverir (duas), Námaskarð, fumarola sulfatara em Hverir, charco de lama quente em Hverir, Krafla Power Plant (Kröflustöð), Víti (Krafla), Leirhnjúkur, fumarolas, fissuras e campo de lava de Krafla (Leirhnjúkur), gelo e lava do Krafla solidificada, campo de lava do Krafla, pseudocrateras no lago Mývatn em Skútustaðagígar.
  • 20. 20 • MyBrainMagazine O ESTE DA ISLÂNDIA, cuja capital é Egilsstadir, possui muitos fiordes, sendo que o mais conhecido é o Seyðisfjörður, com uma localidade com o mesmo nome. Borgarfjorður Eystri é uma localidade com "elfos" (em que metade dos islandeses acredita que existam) e papagaios-do-mar, mais propriamente nas falésias de Hafnarhólmi. A terceira mais alta cascata da Islândia é a Hengifoss, com diferentes estratos vulcânicos de diferentes épocas. A Litlanesfoss possui colunas basálticas. Mesmo ao lado da Hengifoss (ao lado) está a Litlanesfoss (no topo à esquerda). Seyðisfjörður (no topo à direita) é uma povoação num fiorde com o mesmo nome e Egilsstadir é a capital da zona (casas por baixo da fotografia de Seyðisfjörður). Em cima encontram-se duas imagens do fiorde Berufjorður. Ao lado estão duas imagens de gansos e do maçarico- galego, comuns na Islândia. Ao lado da fotografia da Litlanesfoss encontra-se uma casa, de Borgarfjorður Eystri, próxima de Hafnarhólmi, onde se podem ver diversas aves, como as andorinhas-do-mar-árticas (em baixo da foto da casa), papagaios-do-mar e gaivotas (as restantes).
  • 21. MyBrainMagazine • 21 No SUDESTE DA ISLÂNDIA, apenas há duas localidades mais importantes: Höfn, a capital da lagosta e Kirkjubæjarklaustur, onde chegaram os monges irlandeses. Kirkjubæjarklaustur tem várias atrações: Kirkjugólf, colunas basálticas só com a face de cima à vista, baralhando as pessoas, que pensavam que era o chão de uma antiga igreja; a cascata Systrafoss; a cascata Fagrifoss e Fjardrárgljúfur, um desfiladeiro erodido pelo rio Fjardrá, há dois milhões de anos. Também perto desta pequena vila está o campo de lava Eldhraun. O sul do parque nacional de Vatnajökull, o parque de Skaftafell, tem uma rica flora e fauna. A Svartifoss é talvez a joia do parque e possui também colunas basálticas. O Jökulsárlón é uma lagoa glacial cheia de icebergues de cor azul bebé numa ponta do Vatnajökull, o glaciar maior da Europa. Esta lagoa só existe desde há 80 anos e está sempre a crescer. Tem 250 metros de profundidade. As TERRAS ALTAS DA ISLÂNDIA têm como principais pontos de interesse: Hveravellir (área geotermal com fumarolas e nascentes termais), Aldeyjarfoss (cascata com colunas basálticas), Vatnajökull (o glaciar maior da Europa), Kverkfjöll (grutas de gelo geotermais) e Askja (o Öskjuvatn e Víti são outros lagos na cratera do vulcão Askja que se formaram da mesma forma que o Víti do Krafla e que Kerið. Esta zona, devido a ter uma paisagem semelhante à do solo lunar, trouxe os astronautas da Apollo para se prepararem para a lua). A fauna da Islândia consiste em renas, papagaios-do-mar, gaivota tridáctila, andorinha-do-mar-ártica, baleias, cachalotes e orcas, patos mergulhadores, gansos-patola, maçarico-galego,... Jökulsárlón (cinco primeiras), Vatnajökull, Svartifoss, gansos, Fjallsárlón, Svínafellsjökull (três), Vatnajökull, Svartifoss, Fjarðrárgljúfur, Systrafoss, cavalo, ovelhas, Kirkjugólf, campo de lava Eldhraun, colunas basálticas na cascata Aldeyjarfoss, Aldeyjarfoss.
  • 22. 22 • MyBrainMagazine A Serra da Arrábida encanta qualquer um. As suas praias, paisagens,... dão pinceladas de encanto a esta serra. A flora consiste em vegetação maquis de tipo mediterrânico nascida deste microclima com semelhanças com regiões Adriáticas, como a Dalmácia. Esta formação vegetal da região do Mediterrâneo estabelece-se em solos siliciosos. Corresponde a uma fase de degradação de áreas onde predominava o sobreiro. É composto por arbustos muito densos e de difícil penetração. As orquídeas também têm influência no solo. A fauna é bastante diversificada, apesar de ter sofrido grandes alterações desde o século XIX. Até ao início do século XX era ainda possível observar lobos, javalis e veados. O caracol endémico, a gineta, o morcego-negro, o morcego-de-peluche, raposas, sardões, águias-de- Bonelli, cavalos-marinhos, golfinho-comum, golfinho-roaz e a aranha mais pequena da Europa, dentro das grutas, a Anapistula ataecina, com 0,5 mm. O fundo marinho cheio de pradarias e florestas marinhas produzem matéria orgânica, funcionando como refúgio e maternidade. Além da fauna e da flora, a Serra da Arrábida tem um património geológico, que começa desde o Jurássico e também património histórico e cultural, como o Convento da Arrábida. Há 250 milhões de anos, a Península Ibérica estava no coração da Pangeia. Quando esta se separou do Labrador, no atual Canadá, provocou uma zona de ruptura. A serra da Arrábida começou a erguer-se há cerca de 17 milhões de anos por colisão, levando à subida, para a superfície, dos materiais sedimentares que se tinham formado em ambientes marinhos aquando do início da abertura do Atlântico Norte. Antes o Tejo terminava em delta, e foi a Arrábida que provocou a separação desse rio e do Sado. É na Serra da Arrábida que se encontra a falésia calcária mais alta da Europa (380 metros), a serra do Risco. A Fenda do Creiro é uma estrutura de ordem tectónica que terá sido aberta pela meteorização das águas da chuva, com vários fósseis marinhos do Jurássico. O interior da Serra da Arrábida também é encantador. Por baixo daquela linda paisagem há outra linda paisagem subterrânea, cheia de grutas. A que mais se destaca é a Gruta do Frade, com lagos e grandes estalactites e estalagmites. Essa grande gruta apenas tem acesso por via marítima. Há cerca de centenas de milhares de anos, o Homo erectus já ocupava a região da Arrábida. A fundação do Convento na Serra da Arrábida data de fins de 1538-1539, quando Dom João de Lencastre 1º Duque de Aveiro prometeu a Frei Martinho, um religioso andaluz da Ordem de São Francisco, cumprir o seu desejo de levar uma vida eremítica e dedicada exclusivamente a Nossa Senhora. O duque cedeu-lhe a Serra da Arrábida, onde já se existia uma ermida aberta ao culto em que se venerava a imagem conhecida por Nossa Senhora da Arrábida (Hildebrando, um mercador das ilhas britânicas, ergueu uma pequena ermida a Nossa Senhora, em acção de graças pelo milagre que ali o salvou de um naufrágio). D. Jorge de Lencastre, filho do primeiro Duque de Aveiro, continuou as obras no Convento da Arrábida e mandou construir uma cerca para vedar a área do convento. Mais tarde, D. Álvaro de Lencastre, seu primo, mandou edificar a hospedaria que lhe servia de alojamento e projetou as guaritas, na crista do monte, que ligam o convento ao sopé da montanha, deixando, no entanto, três por acabar. Em 1650, D. Ana Manique de Lara, viúva do duque de Torres Novas e nora de D. Álvaro, mandou construir duas capelas.
  • 23. MyBrainMagazine • 23 O Forte de Santa Maria da Arrábida, pequena fortificação marítima iniciada entre 1670 sob o reinado de D. Pedro II, com a função de defesa do chamado portinho e do Convento da Arrábida. Reconstruído no final do século XVIII (1798), esteve em operação até ao reinado de D. Luís. A partir de 1932 foi adaptado às funções de pousada pelos pais do poeta Sebastião da Gama, que escreveu variados poemas sobre a Arrábida, funções que conservou até 1976. A partir de 1978 integra o Parque Natural da Arrábida como Museu Oceanográfico (1991), com um centro de biologia marinha. A Quinta das Torres e o seu Palácio, perto de Azeitão, datável de cerca de 1560, é um dos mais importantes e belos conjuntos arquitectónicos renascentistas do país. No seu interior, quase todas as salas possuem tetos de madeira, portas à romana e painéis de azulejos na parede. Merece especial destaque um notável conjunto de azulejos em majólica com cenas da Eneida, provavelmente provenientes de Urbino (Itália). Junto ao edifício um pequeno lago em cujo centro se eleva um templete. O Forte de S. Filipe foi edificado durante a ocupação espanhola a mando de Filipe I, como meio de defesa da cidade de Setúbal. Após a restauração da independência, foi ampliado e reforçado. Existem vestígios da presença humana em Sesimbra desde o período do calcolítico (3000 a.C.). Em , 15 de Agosto de 1201 foi concedido aos habitantes de Sesimbra a Carta de Foral, documento régio que aplica os direitos e deveres. Foi no reinado de D. Dinis, sexto rei de Portugal, que se criou a Póvoa de Ribeira de Sesimbra, pequena aldeia de pescadores, junto ao mar. A aldeia cresceu muito e tornou-se vila à época dos Descobrimentos. Sesimbra passou a ser um importante porto de construção naval e de abastecimentos de embarcações. Tem um castelo mouro. Há mais de 600 anos, em meados do século XIV, foi construída uma ermida para guardar uma imagem da Virgem, venerada há muito em cima do rochedo onde foi encontrada. À sua volta foram crescendo modestas casas para receber os peregrinos que aqui demandavam, dando mais tarde lugar à construção das hospedarias com sobrados e lojas, também conhecidas por Casa dos Círios. À Sra. do Cabo afluem vários e numerosos grupos de círios (grandes grupos de peregrinos). Foi ao designado Círio Saloio (peregrinos das redondezas da capital) que coube o incentivo da construção do santuário, conforme se pode ler numa lápide na parede das hospedarias do lado sul: "Casas de N. Sra. de Cabo feitas por conta do Sírio dos Saloios no ano de 1757 para acomodação dos mordomos que vierem dar bodo". No século XIII, o local foi muito popular junto dos peregrinos, depois de um homem ter tido uma visão de uma grande luz que brilhava sobre o Cabo. Lá chegado, teria visto Nossa Senhora subindo no dorso de um burro pela rocha acima. As pegadas correspondem, na realidade, a vários trilhos fossilizados deixados por dinossauros do Jurássico. A Igreja de Nossa Senhora do Cabo do século XVII está de costas para o mar. O interior da igreja é decorado com pinturas barrocas e frescos. Junto à igreja fica a Ermida da Memória, uma capela abobadada, com painéis de azulejos azuis e brancos no seu interior. No exterior encontram-se dois quadros de imagens em azulejo que estão muito degradados. Infelizmente,a Serra da Arrábida está a ser destruída em algumas zonas para obtenção de calcário para fazer cimento, numa fábrica na serra. Página anterior: praia no sopé da serra, Portinho da Arrábida, Serra do Creiro, vegetação maquis, Convento da Arrábida, Forte de S. Filipe. Nesta página: templete na Quinta das Torres, Sesimbra, castelo de Sesimbra, interior da igreja do castelo, mapa, Cabo Espichel, Santuário de Nossa Sra. do Cabo, Cabo Espichel.
  • 24. 24 • MyBrainMagazine Os vulcões são estruturas da crusta terrestre que põem em contacto zonas profundas da Terra com a superfície. Através deles são expulsos diferentes materiais, constituindo erupções vulcânicas. O maior da Terra é o Mauna Loa, no Havai. A maior erupção foi a do Tambora em 1915. Os vulcões encontram-se normalmente nas zonas de subducção, como por exemplo o Anel de Fogo do Pacífico. Mas também se podem encontrar por cima de hot spots. Um hot spot consiste numa zona invulgarmente mais quente no manto. Está derreteu a crusta oceânica e projetou magma, que perdeu os seus gases, ficando lava, e está solidificou transformando-se em basalto. O Havai, a Islândia e o Pico Vermelho, nos Açores, são três exemplos. No Havai, tanto como na Islândia, o hot spot continuou sempre a deitar magma e uma montanha foi crescendo até passar a superfície oceânica. A ilha de Kauai, no Havai, foi a primeira a ser formada. Como a crusta oceânica está sempre a se construída e destruída, movendo-se, formou-se outra ilha, Oahu, mais outra, Molokai, e outra Maui e a última, Havai. O hot spot está por baixo desta última ilha, com vulcões que ainda a estão a construir. Não se formou uma ilha só contínua pois devido à erosão e ao arrefecimento de algumas zonas de cada ilha desaparecem formando montanhas submarinas. Os vulcões, na sua grande maioria, são constituídos por uma câmara magmática, local no interior da Terra onde se armazena o magma (material rochoso fundido, rico em gases e com altas temperaturas). A comunicação da câmara magmática ao exterior é feita pela chaminé vulcânica, por onde ascendem diversos produtos. Na parte superior do vulcão encontra-se a cratera, por onde são expelidos os produtos, que se podem acumular à volta da chaminé, formando o cone vulcânico. As erupções fissurais não possuem um cone mas sim várias fraturas profundas, formando escoadas de lava que se distribuem dos dois lados da fissura. Por vezes, ao longo da fissura, ocorrem pequenos cones vulcânicos alinhados. Na parte superior dos vulcões podem-se formar caldeiras vulcânicas. Quando erupções vulcânicas sucessivas esvaziam a câmara magmática, o cone deixa de ter um suporte, ficando instável, e a sua parte central abate, originando uma depressão limitada por rebordos irregulares. Etna 2010, Lagoa do Fogo (caldeira vulcânica, Açores), vulcão Grábrókargígar (duas) na Islândia, vulcão Katla na Islândia, Eyjafjallajökull na Islândia, cratera do Nyiragongo na R.D. Congo, formação das ilhas do Havai, erupção fissural do Krafla 1981 na Islândia.
  • 25. MyBrainMagazine • 25 Os vulcões podem libertar diversos materiais. O magma, ao ascender à superfície, liberta a maior parte dos produtos gasosos e passa a designar-se lava. Esta, uma vez solidificada, pode ser: pahoehoe (muito fluida e basáltica, fica lisa e estriada), a'a (espessa, possuindo piroclastos, tem um fluido lento e desigual, ficando com uma textura irregular) e pillow lava (quando a lava solidifica no mar). Os materiais gasosos são normalmente vapor de água, dióxido e hidróxido de enxofre e dióxido e monóxido de carbono. Os materiais sólidos são piroclastos, que podem resultar de lavas parcialmente solidificadas ou de fragmentos de outras rochas arrancadas pelo magma na sua subida para a superfície. De acordo com as dimensões podem ser cinzas vulcânicas, lapilli ou bombas vulcânicas (do menor para o maior). De uma maneira geral, as erupções podem ser: - Explosivas: As lavas são muito viscosas, fluem com dificuldade e impedem a libertação de gases, ocorrendo por isso, violentas explosões. Devido à sua viscosidade, a lava, por vezes, não chega a derramar constituindo estruturas arredondadas, chamadas domos. Noutras situações a lava solidifica mesmo dentro da chaminé, formando agulhas vulcânicas, que podem mais tarde ficar a descoberto devido à erosão do cone. Nas erupções explosivas os cones são essencialmente formados pela acumulação de piroclastos. - Efusivas: O magma é fluido, a libertação de gases é fácil e a erupção é calma, com derramamento de lava abundante a altíssima temperatura. A lava desliza rapidamente, espalhando-se por grandes distâncias. Se os terrenos forem planos, a lava pode cobrir grandes áreas, constituindo os mantos de lava. Se houver declive acentuado, pode formar "rios" de lava, denominados correntes de lava ou também escoadas lávicas. Os vulcões predominantemente efusivos, quando formam cones, são baixos, pois a lava espalha-se por grandes superfícies. O vulcanismo dos fundos oceânicos é do tipo efusivo. - Mistas: Assumem aspetos intermédios entre os descritos, observando-se fases explosivas que alternam com fases efusivas. Formam-se cones mistos, em que alternam camadas de lava com camadas de piroclastos. As explosões são explicadas pela entrada de água na chaminé ou na câmara magmática, que devido às altas temperaturas, se vaporizou, originando uma grande quantidade de água. Por essa razão, deu-se um aumento da pressão interior, tornando a erupção periodicamente explosiva. Mais detalhadamente, as erupções vulcânicas podem ser: - estromboliana: bolhas de gás enormes explodem à superfície, lançando projéteis; - vulcaniana: causada pela explosão súbita da lava solidificada na chaminé, o material fundido que dispara alcança quilómetros de altitude; - peleana: letal, os seus detritos e lava escorrem pelas encostas do vulcão, ultrapassando os 150 km/h; - havaiana: a lava fluida é lançada no ar por fissuras ou aberturas longas e estreitas; - surtseyana: quando um vulcão subaquático atravessa a superfície do oceano, o resultado é uma reação hidromagmática explosiva; - submarina: mais de 75% do magma que chega à superfície provém das dorsais meso-oceânicas; - subglacial: quando o magma chega à superfície através de um manto de gelo glacial pode formar-se um lahar, rio de lama e detritos; - freática: quando o magma ascendente passa por uma massa de água, está evapora-se imediatamente, lançando um jato de vapor. Três tipos de erupções, pillow lava, campo de lava solidificada, lapilli, cinzas vulcânicas, campo de lava a’a, lava pahoehoe solidificada, erupção efusiva no Havai, erupção explosiva do Eyafjallajökull, Islândia 2010.
  • 26. 26 • MyBrainMagazine Além do vulcanismo primário, por vulcões, também pode ocorrer vulcanismo secundário: - charcos de lama quente: lama aquecida pelo calor interno da Terra e pelo magma; - chaminés hidrotermais: nascentes termais no fundo do oceano, junto a fendas e fossas; - nascentes termais: as nascentes termais são fontes libertação de águas quentes, ricas em sais minerais. Nalguns casos, as águas libertadas resultam do arrefecimento e consequente condensação do vapor de água que se liberta do magma. Nestes casos, as águas termais são águas magmáticas ou juvenis. Noutros mais frequentes, a água quente libertada das nascentes resulta da infiltração, da acumulação em rochas porosas e do aquecimento de águas pluviais, por rochas a elevada temperatura, situadas nas proximidades de câmaras magmáticas. Durante a sua ascensão à superfície, através de fraturas do interior da Terra, as águas termais são misturadas com águas frias, de forma a que a sua temperatura seja inferior ao ponto de ebulição; - fumarolas: quando não ocorre mistura de águas termais com águas frias, as águas termais, ao encontrarem uma abertura, começam a ferver, devido à diminuição da pressão. Originam-se, assim, as fumarolas, com emissão de vapor de água e de outros gases, ricos em enxofre (designando-se sulfataras) ou tóxicos (designando-se mofetas). - géiseres: jatos de água quente. Água infiltra-se por rochas fraturadas, durante séculos, até dois ou três quilómetros de profundidade. A água entra em contacto com rocha quente em volta de rocha parcialmente fundida, poucos quilómetros sob a superfície terrestre. A água é aquecida a altas temperaturas, mas não pode ferver devido à pressão da água e da rocha acima - sobreaquecimento. A água aquecida circula para cima e para baixo por um complexo sistema natural de condutas e canais subterrâneos, diminuindo a pressão, podendo a água expandir-se e ferver. Para que um géiser se forme, tem de existir uma zona estreita no sistema de canais subterrâneos. Sílica dissolvida em riolite pode acumular-se nas paredes da conduta causando mais estreitamento. A pressão da água aumenta até conseguir vencer o peso da água fria por cima e correr para a superfície. A água mais fria por cima da água sobreaquecida é lançada ao ar numa jato, dissipando-se a pressão e a água sobreaquecida transforma-se em vapor. Géiser Strokkur (duas) na Islândia, nascentes termais, fumarola sulfatara, charcos de lama quente (duas) em Hverir perto de Námaskarð, esquema de vulcanismo secundário, rio de lava do Kilauea no Havai, formação de pillow lava no mar e rio de lava.
  • 27. MyBrainMagazine • 27 Algumas raridades podem acontecer relacionadas ao vulcanismo, como por exemplo: - erupções com raios: as partículas de cinza, água e granizo colidem e dentro das nuvens ardentes formam-se campos elétricos, dando origem a raios que põem fim à separação das cargas; - colunas basálticas: quando lava quente incandescente solidifica e arrefece, contrai e fratura. Se a lava está estagnada, formam-se colunas regulares hexagonais. - lagos vulcânicos: os mais conhecidos são lagos em caldeiras vulcânicas e lagos em crateras, sendo que os últimos formam-se em crateras suficientemente profundas para entrar água. Estas crateras podem-se formar em erupções violentas de gás pressurizado ou cando o magma interage com a água. Erupção com raios do Eyfjallajökull, colunas basálticas, jato de lava pahoehoe, lava pahoehoe, Víti no Krafla e Kerið na Islândia (lagos numa cratera de explosão), Lagoa das Sete Cidades e Lagoa do Fogo nos Açores (caldeiras vulcânicas).
  • 28. 28 • MyBrainMagazine A litosfera terrestre, não é contínua, mas sim dividida num conjunto de placas tectónicas, que se movimentam transportando as crustas continentais e oceânicas. Estas placas flutuam por cima de uma região do manto, onde existe material rochoso a temperaturas elevadas e dúctil que também se encontra em movimento. O material em estado de fusão no interior da Terra (quente e menos denso) ascende e atinge a superfície ao nível dos riftes. À medida que as placas litosféricas se afastam deste, a rocha arrefece, contrai-se e torna-se mais rígida. Quando o material rochoso se aproxima da zona de contacto entre uma placa oceânica e uma placa com margem continental, designada zona de subducção, a placa oceânica (mais densa) mergulha em direção ao interior da Terra permitindo a fusão de material rochoso. O calor produzido no interior da Terra é o "motor" das correntes de convecção. Os limites das placas tectónicas podem ser: - divergentes: resultado do afastamento de duas placas, no qual se forma um vale central, o rifte, por onde ascende magma originando vulcões. Este limite é construtivo pois possibilita expansão dos fundos oceânicos. é uma zona com grande atividade sísmica e vulcânica. Ex.: dorsal meso-atlântica. - convergentes: quando duas placas, por acção das correntes de convecção se colidem provocam a destruição de crosta continental visto que uma placa vai “mergulhar” sobre outra, destruindo-se. Estas “mergulham” uma sobre a outra de acordo com as densidades, em que a de maior densidade tem tendência a se destruir (limites entra placa oceânica e placa continental, a placa oceânica é que vai submergir, visto ter maior densidade que a placa continental). Nestas zonas de subducção formam-se fossas, ou seja, grandes depressões causadas pelas placas tectónicas. São zonas com grande atividade vulcânica e sísmica e com cadeias montanhosas. Ex.: Oceano Pacífico junto aos Andes) - transformantes: duas placas tectónicas deslizam horizontalmente, onde a litosfera nem é criada nem destruída. São zonas de grande atividade sísmica. Ex.: falha de Sto. André (Califórnia). dorsal meso-atlântica (junção das placas Euroasiática e Norteamericana) em Þingvellir, falha relacionada com um episódio vulcano-tectónico no Sistema Vulcânico de Krafla, formação de um novo fundo oceânico, tipos de limites de placas, placas tectónicas.
  • 29. MyBrainMagazine • 29 Há dois modelos da estrutura interna da Terra baseados nas propriedades químicas e físicas dos materiais que a constituem. O interior da Terra não é uniforme. De acordo com o modelo geoquímico, o interior da Terra é constituído por: - crusta: crusta continental - com cerca de 20 km a 70 km de profundidade, essencialmente de natureza granítica (rica em silício e alumínio); crusta oceânica - com cerca de 5 km a 10 km de profundidade, essencialmente de natureza basáltica (rica em silício e magnésio). - manto: é a camada a seguir à crusta; estende-se até a uma profundidade de cerca de 2900 km. Essencialmente de natureza peridotítica (rico em ferro e em magnésio). - núcleo: ocupa o centro da Terra, a partir dos 2900 km de profundidade. Essencialmente de natureza metálica (rico em ferro e níquel). De acordo com o modelo físico, é constituído por: - Litosfera: pode atingir uma espessura superior a 150 km. Camada sólida e rígida. - Astenosfera: o limite inferior desta camada não é unânime entre os cientistas. Camada sólida, mas dúctil. é sob esta camada que a litosfera se move. - Mesosfera: situa-se entre a astenosfera e os 2900 km de profundidade. Camada sólida e rígida. - Endosfera externa: situa-se entre os 2900 km e os 5170 km de profundidade. Camada líquida. - Endosfera interna: situa-se na zona mais central da Terra, a partir dos 5170 km de profundidade. Camada sólida e rígida.
  • 30. 30 • MyBrainMagazine As rochas são constituídas por minerais. Podem ser magmáticas, sedimentares ou metamórficas. As rochas magmáticas resultam do arrefecimento e da solidificação do magma. O ambiente geológico onde se formam estas rochas é caracterizado por temperaturas elevadas e pressões variáveis o que permite a existência de material rochoso em fusão. Devido à descida da temperatura e à mudança da pressão, os materiais que constituem o magma solidificam, formando rochas. Podem ser: - plutónicas: a solidificação do magma ocorre no interior da crusta. Se o arrefecimento é lento, a rocha apresenta uma textura fanerítica ou granular. Ex.: granito, pedra pomes. - vulcânicas: a solidificação do magma ocorre à superfície. Se o arrefecimento é rápido, a rocha apresenta uma textura afanítica ou agranular. Ex.: basalto. Se o arrefecimento é muito rápido, a textura é vítrea ou amorfa. Ex.: obsidiana. As rochas sedimentares são rochas que se formam à superfície da crusta terrestre ou muito perto dela. Dispõe-se em estratos e são constituídas por sedimentos (fragmentos de rochas, esqueletos, conchas,... Vão-se acumulando nos fundos dos oceanos, mares, lagos ou pântanos). As rochas sedimentares formam-se após muitos processos: - Meteorização: alteração e desagregação das rochas por parte de fatores climáticos, pela água ou seres vivos; - Erosão: remoção de materiais resultantes da meteorização por parte de agentes erosivos (água da chuva, glaciares, ondas do mar, rios, vento,...); - Transporte: movimentação dos materiais erodidos por parte do vento, da água, dos glaciares, da gravidade); - Sedimentação: deposição dos materiais, diferindo conforme o tipo de sedimentos e de agentes de transporte, formam uma sucessão de camadas (estratos); - Diagénese: alteração química e estrutural dos sedimentos e, sob a ação da pressão, ligam-se entre si, através de cimento. As rochas sedimentares podem ser: - detríticas: formam-se pela acumulação de partículas sólidas de diferentes dimensões, resultantes da degradação e alteração de rochas preexistentes. Ex.: arenitos (formados por areias basálticas ou siliciosas), conglomerados (com sedimentos redondos) e brechas (com sedimentos angulares); - químicas: resultam da precipitação de substâncias dissolvidas na água. Ex.: sal- gema, gesso e alguns calcários; - biogénicas: resultam da deposição de materiais provenientes de seres vivos. Ex.: carvões, calcários conquíferos e coralíferos. Colunas basálticas resultantes de uma escoada de lava, granito, obsidiana, rochas vulcânicas (duas), erosão e meteorização, paisagem sedimentar no Algarve, estratos sedimentares, arco sedimentar, queijeiras – meteorização e erosão, bloco pedunculado resultante da erosão.
  • 31. MyBrainMagazine • 31 As rochas metamórficas formam-se no interior da crusta terrestre à custa de outras preexistentes. Os agentes responsáveis pela formação destas rochas são as elevadas pressões, as altas temperaturas e os fluidos circulantes. Quando uma rocha, em profundidade, é sujeita a condições de temperatura e pressão diferentes das que presidiram à sua formação, sofrem um conjunto de adaptações mineralógicas e texturais, que ocorrem geralmente no estado sólido, formando uma rocha metamórfica. Ex.: granito > gnaisse, argilito > xisto, calcário > mármore. Os dois tipos mais fundamentais de metamorfismo são: - de contacto: as rochas preexistentes não são modificadas por um aumento de pressão superior ao aumento de temperatura e de tensões não-litostáticas. O metamorfismo regional está relacionado com limites convergentes, onde se verificam altas temperaturas e pressões. Algumas rochas deste tipo de metamorfismo são a ardósia, o filito, o micaxisto e a gnaisse. - regional: está diretamente relacionado com as intrusões magmáticas. Como estão a temperaturas muito elevadas, causam uma instabilidade nos minerais das rochas envolventes à inclusão magmática. Essa instabilidade vai levar ao rearranjo estrutural dos minerais, formando novas ligações químicas, formando, então, novos minerais. Exemplos: corneana, quartzito e mármore. Ainda há outros tipos de metamorfismo: - Metamorfismo dinâmico: desenvolve-se em "faixas" longas estreitas nas adjacências de falhas ou zonas de cisalhamento; - Metamorfismo por soterramento: está geralmente associado com bacias sedimentares formadas na margem de distensão das placas; - Metamorfismo hidrotermal: resulta da percolação de águas quentes ao longo de fraturas e espaços intergranulares das rochas; - Metamorfismo de impacto: desenvolve-se em locais submetidos ao impacto de grandes meteoritos; - Metamorfismo de fundo oceânico: ocorre junto às ridges meso-oceânicas, sendo fatores essenciais a temperatura e o fluido. O ciclo das rochas começa quando as rochas da litosfera se transformam praticamente umas nas outras ao longo do tempo. Assim, a partir de magma profundo originam-se rochas ígneas ou magmáticas, incorporando-se os seus elementos solúveis ou voláteis na hidrosfera ou na atmosfera. Os processos de geodinâmica externa, erosão, transporte, sedimentação, originam sedimentos a partir de qualquer rocha preexistente. Os sedimentos originam, por litogénese, rochas sedimentares. Quando os sedimentos alcançam níveis profundos da litosfera, ocorrem fenómenos de metamorfismo que originam rochas metamórficas. Estas podem chegar a regenerar magmas, fechando-se o ciclo das rochas. Em cima, os dois tipos principais de metamorfismo; em cima à direita, xisto - rocha metamórfica originária do argilito; à esquerda, ciclo das rochas.
  • 32. 32 • MyBrainMagazine A Baía de Halong, que significa "Onde o Dragão entra no Oceano", com cerca de 3.000 ilhotas de calcário que se elevam das águas, é a mais conhecida baía do Vietname. As ilhas têm um número infinito de praias, grutas e cavernas. De acordo com a lenda, quando um grande dragão que vivia nas montanhas correu até ao mar, a sua cauda cavou vales que mais tarde foram enchidos com água, deixando apenas pedaços de terra à superfície, ou seja, as inúmeras ilhas que se avistam na baía. As ilhas mais pequenas são o encanto da paisagem (em cima), mas são as ilhas maiores que têm praias e grutas (à esquerda).
  • 33. MyBrainMagazine • 33 As quedas-de-água resultam da rutura do declive dos leitos dos cursos de água por motivo de fenómenos tectónicos, erosão ou outros. Têm alturas muito variadas - sendo a de Ángel, na Venezuela, a mais alta, com 980 metros de altura - e fluxos de água muito diferentes - sendo a de Boyoma (ou Stanley), na República Democrática do Congo, a maior. As quedas-de-água formam-se normalmente quando um rio é jovem. A água flui de uma camada de rocha dura para rochas mais moles. O leito do rio torna-se mais íngreme, formando um bordo rochoso sob o qual a água cai. Esta depois recorta a rocha mole, criando um ressalto, que acaba por cair. A rocha mole também é desgastada e transportada ao longo do rio. Estas podem ser: - cascatas: quando a queda é desde uma massa de rochas de inclinação irregular, no sentido vertical, com a qual a água desliza sobre uma série de declives acidentados. - cataratas: quando a queda de água é de grande caudal e em forma de cortina. A extrema força da água erode as rochas na parte baixa da catarata, até formar uma espécie de piscina. - saltos: quando a queda é em forma de esguicho, e em queda ininterrupta de grande altura. Em cima, cascata Gljufrafoss. Ao lado, Seljalandsfoss, Hengifoss, Barnafoss (cascata que parece mais um rápido), cataratas do Iguaçú, catarata Detifoss, esquema de formação de uma cascata, Gullfoss: catarata com várias quedas de água.
  • 34. 34 • MyBrainMagazine Os icebergues são blocos de gelo que se desprendem de um glaciar. O maior icebergue (B-15, no Polo Sul) tem 295 km de comprimento e 37 de largura. Alguns icebergues possuem uma cor azulada devido a serem feitos de gelo compactado, que espalha a luz azul. Quando um glaciar atinge a costa, este continua a deslocar-se, formando uma plataforma flutuante, a plataforma de gelo. O movimento das marés do oceano aumenta e diminui a plataforma de gelo, causando rachas. A água do mar derrete e enfraquece o fundo da plataforma. Então, grandes pedaços de gelo caem, formando enormes ondas, e estes pedaços são nada mais nada menos que icebergues. B-15, icebergue no Jökulsárlón, o azul dos icebergues, icebergues na areia preta, icebergues no Jökulsárlón, icebergue a movimentar-se pelas correntes e ondas, percurso do B-15.
  • 35. MyBrainMagazine • 35 Os glaciares são enormes rios ou lençóis de gelo que são encontrados, atualmente, onde o frio é suficiente para o gelo persistir durante todo o ano. Estes têm um enorme poder erosivo. A erosão glaciar envolve dois mecanismos principais: abrasão e ablação. Ao fluírem colina abaixo, os glaciares usam detritos presos no gelo para lixar a rocha exposta, deixando sulcos (abrasão). Quando os glaciares se congelam na rocha, removem fragmentos soltos ao avançarem (ablação). Os glaciares só podem avançar, erodir e transportar detritos se tiverem um fundo húmido. O glaciar que avança mais rápido encontra-se na Gronelândia, e avança 12,6 km por ano. Os glaciares podem acumular detritos, as moreias. Estas podem ser de fundo (no centro de um vale, formada quando dois glaciares afluentes se juntam e as suas moreias laterais se unem), laterais (compostas por rochas que caíram das encostas do vale), frontais (crista de sedimentos que se estende por um vale ou planície) ou de recessão (quando um glaciar para de recuar tempo suficiente para um monte de detritos se formar no fundo. Os glaciares podem ser: - confinados (glaciares cuja morfologia depende do relevo e que se encontram geralmente em montanhas): • de vale: bacia em forma de círculo no sopé de um pico montanhoso. • suspenso: pequeno e encontra-se só junto à parede de uma montanha. • regenerado: glaciar que depende fundamentalmente da queda de séracs de um glaciar suspenso. • de círculo: glaciar rodeado por montanhas. • de piemonte: variedade do glaciares de vale que atinge a planície no sopé da cadeia montanhosa. • costeiro: a língua do glaciar atinge o mar ou o oceano. - não confinados (extensos e espessos, o relevo tem pouca incidência sobre a sua morfologia): • calota glaciar: massa de gelo que cobre uma área menor que 50 000 km². • manto de gelo: massa de gelo glaciar que cobre mais de 50 000 km² de terreno. Glaciar Svínafellsjökull, calota polar Vatnajokull (duas) e moreia no Vatnajokull.
  • 36. 36 • MyBrainMagazine Europa é uma das quatro maiores luas de Júpiter. Europa é maioritariamente constituída por rocha, embora o seu núcleo tenha um alto teor em ferro e em níquel. As forças gravíticas de Júpiter e das outras três grandes luas podem ter aquecido o interior de Europa graças a um processo: aquecimento por maré. A atmosfera de Europa é muito rarefeita, apenas composta por oxigénio criado por partículas emitidas da radiação de Júpiter, que atingem a superfície e produzem vapor de água. A temperatura à superfície, graças à elevada rarefação da sua atmosfera, é de -162ºC no equador e -220ºC nos polos. Dentro do oceano de Europa, a temperatura pode ainda variar entre -30ºC a 0ºC . A superfície desta lua é de gelo e apresenta traços de blocos de gelo, conhecidos como "caos", que indicam a presença de água por baixo e que podem ser o resultado do aquecimento sob o gelo. A ausência de crateras de impacto e a presença de fissuras significa que algo sem serem meteoritos está a danificar o gelo. Vida na Europa pode existir no oceano debaixo da camada de gelo. Mas há duas teorias sobre a estrutura da Europa: - camada de gelo fina: nesta teoria, o gelo à superfície estala e pode deixar sair vapor de água ao ser aquecido por baixo. O leito do oceano poderá ter vulcões que lançam gás quente do núcleo da lua. O calor sobe pela água líquida rica em oxigénio, onde podem existir organismos. - camada de gelo espessa: o aquecimento por maré cria calor adicional, empurrando a camada de gelo interior para a superfície. O calor do núcleo também transfere calor par esta camada de gelo. Este calor todo pode mover a camada de gelo inferior e ser a causa das linhas da superfície de Europa, em vez do calor vulcânico.
  • 37. MyBrainMagazine • 37 A magnetosfera da Terra - a área de influência do seu campo magnético - é o resultado da movimentação de campos elétricos no núcleo de ferro fundido líquido. Em comparação com a superfície, o campo magnético no núcleo é cerca de 50 vezes mais forte. Acredita-se que a Terra teve um campo magnético em praticamente toda a sua vida. O magnetismo da Terra teria sido consideravelmente mais forte do que é agora. Esse campo magnético forte foi o que ajudou a manter a atmosfera da Terra no início do seu desenvolvimento, ao invés que Marte perdeu a sua atmosfera pois o seu campo magnético dissipou-se. Este campo gerado em torno da Terra protege-nos de muitas radiações solares. Elas geram um vento solar que arrasta gases evaporados dos planetas, poeira meteórica e raios cósmicos que quando interagem com o campo magnético do planeta geram tempestades geomagnéticas. O movimento faz com que o campo magnético enfraqueça continuamente e que as suas polaridades se invertam. A energia produzida pela interação entre os ventos solares e o campo magnético da Terra empurra os eletrões para baixo, que excitam os gases do planeta que emitem luz e cor formando assim as auroras boreais e austrais, que ocorrem na termosfera. O estudo do paleomagnetismo revelou que a direção do campo magnético terrestre tem sofrido anomalias magnéticas. Numa anomalia magnética, o polo sul geográfico coincide com o norte magnético e viceversa. Magnetosfera protegendo a Terra do vento solar, aurora austral e aurora boreal vistas do espaço, expansão do fundo dos oceanos relativamente ao magnetismo, composição do campo magnético da Terra.
  • 38. 38 • MyBrainMagazine Atualmente, a União Astronómica Internacional classificou 5 objetos como planetas anões: Ceres, Plutão, Éris, Haumea e Makemake, mas acredita-se que várias dezenas de objetos possam entrar nesta categoria. O que qualifica os planetas anões como tais, é que "têm massa suficiente para que a sua própria gravidade seja suficientemente grande para vencer a sua rigidez de corpo sólido, assumindo assim um equilíbrio hidrostático com uma forma quase-esférica".
  • 39. MyBrainMagazine • 39 Há relativamente pouco tempo é que descobriram que o nosso planeta era na verdade azul, com os primeiros satélites, em meados do século XX. À noite, a Terra apresenta manchas de luz, as cidades. As nuvens e as tempestades tapam algumas das partes da Terra, as manchas brancas, que se veem durante o dia. Para que esta fantástica vista do espaço continue, temos que parar de destruir a Terra.
  • 40. 40 • MyBrainMagazine Anualmente, milhões de aves migram pelo mundo, guiadas pelas estrelas, pela posição do sol ou pelo campo magnético da Terra e impelidas pelos genes. As aves não migram por causa da temperatura, mas sim por causa da falta de alimento. Todas as aves migratórias têm a capacidade de orientação e navegação. As aves viajam seguindo linhas de costa ou montanhas, mas também aprendem a rota seguindo as mais velhas que já a fizeram ou com um "mapa" no ADN. Quase todas as rotas migratórias são norte-sul e, normalmente, quando as aves migratórias chegam a um dos destinos, reproduzem-se. A andorinha-do-mar-ártica viaja desde a zona ártica à Antártida, um percurso de 70900 km (ida e volta). O ganso-de-cabeça-listada viaja a uma altitude de nove mil metros. O maçarico-galego viaja desde a verde Islândia até à desértica Mauritânia. Andorinhas-do-mar-árticas (em cima), maçarico-galego (em baixo).
  • 41. MyBrainMagazine • 41 Vários animais desenvolveram uma espécie de orientação pelo campo magnético da Terra, como as bactérias magnetotáticas, a mosca da fruta, a truta, a tartaruga marinha e o pombo-correio. As tartarugas usam o campo magnético da Terra para regressar aos locais de alimento. O pombo-correio usa a magnetocorreção para detetar o campo magnético da Terra e assim calcular a sua localização. Existem dois sistemas para detetar campos magnéticos nos pombos-correio - um nos olhos e outros nos ouvidos. As células do ouvido interno contêm fero magnético, que altera a sua localização conforme o local onde se encontra o pombo face ao campo magnético da Terra. À medida que os cristais de magnetite se movem, a membrana celular no ouvido interno é estendida. A pressão exercida sobre a membrana pelas partículas magnéticas em movimento abre canais iónicos, alterando o potencial elétrico e fazendo disparar um nervo, que indica ao cérebro por onde ir. Tartaruga marinha (em cima à esquerda) e pombo correio (em cima à direita).
  • 42. 42 • MyBrainMagazine A coruja-das-torres (Tyto alba) é de dimensão média, corpo pequeno, asas médias e patas compridas. A sua face é pálida com olhos escuros em forma de coração. O seu voo é lento e elegante, com batimentos rápidos quando caça em voo. As suas patas balançam enquanto caça em voo. Tem um aspeto fantasmagórico devido a palidez da sua plumagem, bastante notória durante um voo. O guincho da fêmea é alto, ronronante e repetitivo. O chamamento de alarme, durante o voo, é estridente e rouco. O canto ou chamamento territorial é um guincho prolongado e repetitivo "shrrreeee". As crias pedem comida com um ronco prolongado e arfante. Reproduz-se em terrenos agrícolas com matas dispersas, jardins. É sedentária, noturna e crepuscular. Alimenta-se de ratos, rãs e insetos. Nidifica em buracos em árvores, edifícios ou ruínas. As suas regurgitações são escuras e brilhantes.
  • 43. MyBrainMagazine • 43 A mobelha-pequena é a espécie mais comum de mobelhas e também a mais pequena. Reproduz-se em lagoas pequenas e sem peixes, na tundra ou em lodaçais situados em bosques. No Inverno, a mobelha-pequena migra para as zonas costeiras das latitudes temperadas. Possui olhos e a parte frontal dos pescoço vermelhos, sendo que essa coloração do pescoço só é adquirida no verão, devido à mudança de penas.
  • 44. 44 • MyBrainMagazine Nada discreto, habita em colónias, rápido a voar, o papagaio-do- mar aquece os corações dos fascinados em aves. Misteriosos, desaparecem durante meses a fio e no verão, regressam a terra, prontos para se reproduzirem. Os progenitores fazem oito a dez viagens diárias em busca de alimento, conseguindo transportar vinte ou mais peixes no bico. Vivendo cerca de 30 anos, estas aves fazem ninhos em buracos com um metro de comprimento, para a segurança das crias. Quando os papagaios-do-mar cortejam, esfregam e batem os bicos. Costumam lutar devido a disputas de ninhos, estas lutas acabam com um ataque ao pescoço. ^ Dois papagaios-do-mar a cortejarem. < À beira da sua toca, este papagaio-do-mar está à procura de ervas para construir um ninho no interior do buraco.
  • 45. MyBrainMagazine • 45 O papagaio-do-mar mais comum, aquele que nós conhecemos como papagaio-do-mar, o papagaio-do-mar do Atlântico, é a espécie mais pequena das quatro espécies de papagaios-do-mar e chega em massa para se reproduzir nas ilhas e na costa banhadas pelo Atlântico Norte. Ninguém sabe como e onde a Fratercula arctica (“fradinho do Árctico” numa tradução literal, assim denominado devido ao carapuço negro, de aspecto monástico) passa o resto do ano. Os animais andam algures nos vastos mares do Norte, solitários, raramente avistados, enquanto voam, comem e flutuam. A reprodução é o único pretexto destas aves marinhas para ir a terra. Tornam-se intensamente sociais, cortejando, acasalando, lutando. O tamanho dos bandos varia entre algumas centenas de casais, no Maine (EUA), a dezenas de milhares na Islândia. As Ilhas Britânicas atraem cerca de 10% de um total estimado de vinte milhões de papagaios-do-mar. Embora ninguém conheça o número exacto da população, estima-se que a Islândia albergue quase metade. Os papagaios-do-mar mudam de roupa durante a época de acasalamento. Os bicos ficam mais grossos e brilhantes, penas brancas substituem as pretas e os olhos ficam enfeitados. Depois de emparelharem, frequentemente com o mesmo parceiro de anos anteriores, os papagaios- do-mar utilizam o bico e as patas com membranas para escavar um ninho no solo macio. Noutros locais, nidificam entre rochas e pedregulhos. As fêmeas põem ovos que são incubados, por turnos, sob as asas do macho e da fêmea. Eles também partilham os deveres relacionados com a alimentação: a fêmea faz a maioria das viagens, correndo até à água e regressando com o bico cheio de peixes, determinada a evitar gaivotas, mandriões-grandes e outros piratas do ar. A maioria das populações tem vindo a diminuir na última década. Em alguns anos, certas colónias da Islândia e da Noruega quase não geraram juvenis. Os pequenos peixes preferidos pelos papagaios-do-mar, como galeotas, espadilhas e arenques, estão a escassear e o tamanho das capturas tem vindo a diminuir. O aquecimento da água parece afetar a cadeia alimentar. Não está claro como é que estas aves navegam de volta para os seus locais de origem. Poderão utilizar pontos de referência visuais, cheiros, sons, o campo magnético da Terra ou talvez até mesmo as estrelas.
  • 46. 46 • MyBrainMagazine Nomenclatura binomial ou nomenclatura binária designa o conjunto de normas que regulam a atribuição de nomes científicos às espécies de seres vivos. Chama-se binomial porque o nome de cada espécie é formado por duas palavras: o nome do género e o restritivo específico, normalmente um adjectivo que qualifica género. A utilização do sistema de nomenclatura binomial é um dos pilares da classificação científica dos seres vivos sendo regulada pelos códigos específicos da nomenclatura botânica, zoológica e bacteriológica. Foi primeiramente proposta pelo naturalista suíço Gaspard Bauhin, no século XVII e formalizada por Carlos de Lineu no século seguinte. Os nomes utilizados são em latim, ou numa versão latinizada da palavra ou das palavras que se pretende utilizar. O nome genérico e o epíteto específico devem sempre ser escritos em itálico. A nomenclatura binomial é o método formal e o único universalmente aceite para a atribuição do nome científico a espécies (com excepção dos vírus). Como o termo "binomial" sugere, o nome científico de uma espécie é formado pela combinação de dois termos: o nome do género e o descritor específico. - As subespécies têm um nome composto por três nomes, ou seja, um trinome, colocados pela seguinte ordem: nome genérico, descritor específico e descritor subespecífico. Exemplo: Homo sapiens sapiens, em que sapiens é a subespécie. - O nome genérico é sempre escrito começando por uma maiúscula, enquanto que o descritor específico (em zoologia, o nome específico, em botânica, o epíteto específico) nunca começa por uma maiúscula, mesmo quando seja derivado de um nome próprio ou de uma designação geográfica. - O nome científico deve ser sempre usado por extenso na sua primeira ocorrência no texto e sempre que diversas espécies do mesmo género estiverem a ser discutidas no mesmo documento. Nos usos subsequentes, as referências podem ser abreviadas à inicial do género, seguida de um ponto e do nome específico completo. Ex. a bactéria Escherichia coli é frequentemente referida simplesmente por E. coli, o Tyrannosaurus rex é provavelmente mais conhecido por T. rex. A abreviatura "sp." (zoologia) ou "spec." (botânica) é usada quando o nome da espécie não pode ou não interessa ser explicitado. A abreviatura "spp." (plural) indica "várias espécies". - As abreviaturas "ssp." (zoologia) e "subsp." (botânica), que indicam uma subespécie não especificada. As abreviaturas "sspp." ou "subspp." indicam "um número não especificado de subespécies". - A abreviatura "cf." é utilizada quando a identificação da espécie requer confirmação por ser incerta ou estar a ser citada através de uma referência secundária não verificável.
  • 48. 48 • MyBrainMagazine Em agosto de 1578, o exército português, desorganizado e mal preparado, foi derrotado em Alcácer Quibir. Nesta batalha morreu o rei D. Sebastião, sem deixar descendentes. Após a morte de D. Henrique, apresentaram-se alguns pretendentes ao trono: - D. Filipe II, rei de Espanha; - D. António, Prior do Crato; - D. Catarina, duquesa de Brangança. D. António, sabendo que D. Filipe iria invadir Portugal, foi aclamado rei em Santarém e Lisboa, mas o exército espanhol derrotou-o na batalha de Alcântara, em 1580. Filipe II reuniu Cortes em Tomar, onde prestou juramento como rei de Portugal Filipe I. Este fez várias promessas, mas os seguintes reis (Filipe II e Filipe III) não as cumpriram e estes aumentaram os impostos, integraram alguns portugueses no exército espanhol e nomearam alguns espanhóis para cargos em Portugal. O povo levantou muitos motins, como: Motim das Maçarocas e o mais conhecido Revolta do Manuelinho. Em 1 de dezembro de 1640, alguns nobres vão ao Paço da Ribeira e matam D. Miguel de Vasconcelos e prendem a Duquesa de Mântua e proclamaram a independência de Portugal. As pessoas começaram a gritar: Viva El’Rei D. João IV! Viva! Então, nas cortes de Lisboa, foi proclamada rei, D. João IV. A primeira batalha da Guerra da Restauração foi travada em 1644, em Montijo. A última e mais importante foi a de Montes Claros. No reinado de D. Afonso VI (que foi fechado no Palácio de Sintra porque estava maluco – foi substituído pelo conde de Castelo Melhor) é que se travaram as maiores batalhas: Ameixal, Castelo Rodrigo, Linhas de Elvas e Montes Claros. D. João IV ofereceu a coroa portuguesa à padroeira de Portugal – Nossa Senhora de Vila Viçosa. As guerras terminaram em 1668, com um tratado de paz entre Portugal e Castela, no reinado de D. Pedro II. Foram também reconquistadas várias colónias portuguesas dos franceses e holandeses. “Os combates de touros sempre foram Restauração da Independência, potenciais sucessores de D. Henrique, a Batalha de Alcácer Quibir.
  • 49. MyBrainMagazine • 49 No Egito, os tecidos e a forma como eram elaboradas as roupas modificavam-se de acordo com a hierarquia social, bem como os acessórios, sendo estes últimos usados exclusivamente pelas classes mais altas. A vestimenta básica era o chanti, usado por homens e mulheres. Era uma espécie de saia onde só os homens podiam mostrar as pernas. As mulheres, como não podiam mostrar o seu corpo, usavam um chanti longo e justo com um tipo de cera. No que diz respeito a penteados, devido ao forte calor da região e ao facto do piolho ser uma praga local, homens e mulheres usavam o cabelo rapado e substituíam-no por perucas, removendo, também, os pelos corporais como medida higiénica. Os das classes baixas vestiam-se de modo simples, com pouca roupa e andavam descalços ou com sandálias de fibra de papiro. O faraó e a sua corte, usavam uma túnica larga de linho muito fino e transparente, kalasyris, ornamentado com ouro e pedras preciosas especialmente turquesas e lápis-lazúli. Quanto aos restantes constituintes masculinos das classes altas, utilizavam uma roupa complementar de nome neket, que se assemelha a um cinto de forma triangular feito de linho e com pedras preciosas a adornar. Também se usava como complemento o hosch que era uma espécie de pequena capa que se usava sobre os ombros e o peito. No que diz respeito às mulheres, tinham como traje principal a loriga, que tinha uma forma tubular muito justa ao corpo e confeccionada com tecidos semelhantes à malha. Como complemento usava-se a Túnica de Ísis, sendo esta uma espécie de manto em forma retangular. Os nobres usavam muitos acessórios, principalmente jóias, colares e braceletes, que tinham como principal função expressar a devoção religiosa e denotar a diferenciação social. Para além destes “enfeites”, as mulheres eram adeptas da maquilhagem, o kohl, onde o olho era marcado com preto (galena) e sombra verde (malaquite). No antigo Egito, homens e mulheres usavam cosméticos, produtos de limpeza e hidratantes. Tomar banho era considerado tão essencial que as casas ricas tinham áreas dedicadas, muito semelhantes às casas de banho actuais. Mesmo as pessoas que não tinham dinheiro para ter zonas de banho lavavam-se todos os dias em rios ou regatos. Uma das mulheres mais belas da história, Cleópatra, tomava banho em leite e mel para deixar a sua pele macia e radiosa. Apesar do clima quente do deserto em que viviam, os antigos egípcios não gostavam de pele seca e a hidratação era crucial. Embora a maioria das pessoas usassem óleos baratos como óleo de castor para hidratar a sua pele, os ricos podiam escolher a partir de uma variedade de óleos finos que eram perfumados com flores, resinas de plantas ou madeiras aromáticas. Os egípcios antigos até tinham cremes específicos para tratar rugas, limpar e suavizar a pele. Os Celtas, pelo contrário, eram altos e tinham o cabelo loiro e os olhos azuis. Eram bons ourives. Trabalhavam o ouro e objetos em ferro. Ocupavam as regiões norte, oeste e centro da Península Ibérica. Alguns Celtas cremavam os mortos, em vez de os sepultarem.
  • 50. 50 • MyBrainMagazine No Império Romano, o combate de gladiadores eram uma forma de entretenimento popular. Surgiu no sul de Itália, no século III a.C., mais propriamente na região da Campânia. No seu auge, houve combates que demoravam um mês. Escravos, condenados e prisioneiros eram obrigados a lutar e a tornarem-se gladiadores. Eram treinados em escolas especializadas, propriedades de um lanista. Ficavam alojados nessas escolas onde podiam ser treinados durante meses ou anos. O treino dos gladiadores era muito complexo. A escola emprestava ou vendia gladiadores ao Estado ou a famílias privadas. Os gladiadores eram classificados em vários tipos (com armas, vestuário e técnicas diferentes): - Eques: a cavalo, usava uma armadura de escamas, um escudo redondo, lança e espada curta. Lutava com outros equites. - Laquearius: usava um laço para prender o adversário e tinha um punhal para o matar. Defrontava contra muitos tipos. - Murmillo: elmo ornado com um peixe estilizado, escudos altos e oblongos, par com galdiadores thraeces. - Retiarius: armado com uma rede um tridente ornado. Usava uma tanga, um cinto largo e uma proteção de braço esquerdo, lutando com murmillones e secutores. - Provocator: lutava com couraça, espada curta, escudo retangular. Só defrontava outros provocatores. Além destes ainda havia: Andabatae, Arbelas, Bestiarius, Bustuarius, Cestus, Crupellarii, Dimachaerus, Essedarius, Hoplomachus, Lorarius, Paegniarius, Rudiarius, Sagittarius, Samnite, Scissor, Secutor, Tertiarius, Thraex, Velites, Venator. Os escudos dos gladiadores podiam ser variados, os dos equites eram redondos e médios e os dos murmillones eram altos e oblongos. Quase todos os gladiadores usavam um elmo, que podia ter viseira, como o dos provocatores, ou liso, como o dos seductores. Os gladiadores usavam muitas armas: gládios (espadas curtas), redes, tridentes, cimitarras, laços, lanças e punhais. Os provocatores usavam couraça, pois queriam imitar os legionários. Os gladiadores, em exceção dos paegniarii (lutadores fingidos), usam proteções. Os thraeces usavam grevas duplas até às coxas. Alguns imperadores também lutavam, sendo gladiadores, e também havia mulheres, as gladiatrix. Apesar dos combates serem a atração principal, os jogos tinham outras atividades: reconstituições históricas de famosas batalhas vencidas por Roma, recitais, leituras, lutas e paradas de animais, caçadas, anúncios oficiais, lutas de pessoa contra animal, execuções e perfomances do imperador. Em 6 de abril de 1384, as tropas castelhanas invadiram Portugal na Batalha de Atoleiros, no Alentejo. Portugal venceu. Entretanto, em 29 de maio desse mesmo ano, os inimigos cercaram Lisboa. Deu-se o Cerco de Lisboa. Com esse acontecimento, a população de Lisboa ficou com fome e a Peste Negra contagiou alguns castelhanos, e foram obrigados a retirarem-se. Depois, a 6 de janeiro de 1385, sucedeu-se a Batalha de Trancoso e as tropas portuguesas foram vencedoras. Em 6 de abril de 1385, os representantes da burguesia e de parte da nobreza, chefiados pelo Dr. João das Regras, fazem aclamar D. João como rei de Portugal D. João I. Iniciou-se com ele a 2.ª dinastia – dinastia de Avis. Em 14 de agosto de 1385 deu-se a célebre batalha de Aljubarrota, com D. Nuno Álvares Pereira (foi considerado santo com o nome de D. Nuno de Santa Maria) a chefiar com a sua tática do quadrado. Nesta batalha, o exército castelhano perdeu com uma diferença considerável de homens (castelhanos – 32 000, portugueses – 8 000). Para comemorar a batalha construiu-se o Mosteiro da Batalha. Uma personagem muito popular é a padeira de Aljubarrota, Brites de Almeida, que segundo a lenda matou sete castelhanos. Deu-se também a Batalha de Valverde onde também ganharam os portugueses. Em 9 de maio de 1386, Portugal faz um tratado de amizade com a Inglaterra, onde os dois países prometiam ajudar-se. Esta aliança foi reforçada pelo casamento de D. João I com a inglesa D. Filipa de Lencastre, em 1387. Gladiador no coliseu (à esquerda) e gladiadores a treinarem numa escola (à direita).
  • 51. MyBrainMagazine • 51 Os jogos podiam ser Munera (privados, de menor dimensão, em honra de um antepassado falecido) ou ludi (muitos espetadores, de grande dimensão, alta variedade e opulência, patrocinados pelo Estado). Na galeria, os espetadores podiam comprar bebidas a vendedores que percorriam a galeria ou em bancas no exterior. Leões, tigres, girafas, javalis e outros animais lutavam entre si ou com gladiadores, e entravam por elevadores (no chão da arena havia alçapões, alguns com elevadores manobrados por polias manuais ou por um sistema de elevação hidráulico). Por baixo da arena, havia uma série de instalações, como a armaria dos gladiadores. As galerias subterrâneas albergavam homens e animais (alguns em celas adjacentes) lembravam o estatuto social de escravos lutadores, sendo controlados por um carcereiro, responsável pela segurança e transporte até à armaria e à arena. Um editor, nos lundi, sentava e alimentava o imperador, os senadores e a consorte. O imperador decidia se um lutador deveria ou não ser morto após um duelo. Diferente da crença popular, não era com o polegar que o imperador indicava qual o veredicto de um gladiador derrotado. O imperador mostrava a mão aberta ou fechada. Quando aberta significava: "Poupe a vida" e fechada: "Mate-o". Se um gladiador matasse o seu oponente antes da permissão imperial, ele seria levado a julgamento por assassinato, já que somente o imperador tinha o direito de condenar um homem à morte. Os Celtas, pelo contrário, eram altos e tinham o cabelo loiro e os olhos azuis. Eram bons ourives. Trabalhavam o ouro e objetos em ferro. Ocupavam as regiões norte, oeste e centro da Península Ibérica. Alguns Celtas cremavam os mortos, em vez de os sepultarem. Os Lusitanos viviam a norte do Tejo numa região situada à volta da serra da Estrela chamada Lusitânia. Eram fortes e corajosos. Dedicavam-se à agricultura e à pastorícia. O chefe que mais se destacou foi, certamente, Viriato. Coliseu de Roma (no topo) e constituição de um coliseu (em cima):
  • 52. 52 • MyBrainMagazine Assim se designa o dia 6 de junho de 1944, em que foi efetuado um desembarque em massa de tropas aliadas nas praias da Normandia. A situação militar na Europa continental era, naquele momento, estrategicamente desfavorável às Forças Armadas alemãs, que dominavam grande parte do continente mas se debatiam com dificuldades cada vez maiores para continuar a guerra. O objetivo estratégico da "Operação Overlord" era forçar as tropas alemãs a bater-se em duas frentes (as tropas soviéticas avançavam na Frente Leste), a fim de acelerar o fim do conflito.Compreendendo as intenções dos Aliados, o marechal alemão Erwin Rommel fortificou as praias do norte da França onde, na sua opinião, seria mais lógico o desembarque. Foi contra esta Muralha da Europa que se lançaram as tropas aliadas sob o comando supremo do general norte-americano Dwight ("Ike") Eisenhower. As operações aliadas englobaram o bombardeamento aéreo de posições na costa e na retaguarda, a sabotagem de objetivos selecionados por comandos de paraquedistas e por núcleos da Resistência francesa, o bombardeamento naval das costas e o desembarque de forças transportadas por meios aéreos, navais e anfíbios, num total de mais de cem mil homens, que se lançaram sobre as fortificações da costa e as neutralizaram ao fim de um dia de combate árduo e extremamente mortífero. Vários fatores colocaram os comandos alemães em desvantagem: a ausência de Rommel, a incapacidade de prever a data da operação, a divergência de opiniões ao mais alto nível. Consumado o desembarque e a rutura das defesas, os aliados ficaram com o caminho aberto para o coração da Europa ocupada e criaram a Segunda Frente. Desembarque de soldados americanos na praia do Utah; desembarque na praia de Omaha, na Normandia, 6 de junho de 1944, durante a Operação Neptuno.; rotas de invasão da Normandia durante o dia D.
  • 53. MyBrainMagazine • 53 O Carbónico foi um intervalo de tempo geológico compreendido entre os períodos Devónico e Pérmico, sendo, portanto, o quinto período da Era Paleozoica. Recebeu esse nome devido à presença de carvão nos estratos relativos a esta época situados na Inglaterra. A fauna evolui, apareceram os primeiros pulmonados, os anfíbios espalharam-se e diversificaram-se e apareceram os répteis que se adaptaram rapidamente aos diferentes habitats. O movimento das placas tectónicas aproximou as massas terrestres e reuniu-as nas zonas equatoriais e na metade sul do globo. Os Celtas, pelo contrário, eram altos e tinham o cabelo loiro e os olhos azuis. Eram bons ourives. Trabalhavam o ouro e objetos em ferro. Ocupavam as regiões norte, oeste e centro da Península Ibérica. Alguns Celtas cremavam os mortos, em vez de os sepultarem. Os Lusitanos viviam a norte do Tejo numa região situada à volta da serra da Estrela chamada Lusitânia. Eram fortes e corajosos. Dedicavam-se à agricultura e à pastorícia. O chefe que mais se destacou foi, certamente, Viriato. A Terra no Carbónico; vida no Carbónico (três); Proterogyrinus; Uma meganeura carrega um Hylonomus, a mais antiga espécie de réptil já encontrada, enquanto um Eryops salta em direção a eles.
  • 54. 54 • MyBrainMagazine O rei dos dinossauros, um dos maiores predadores de todos os tempos, viveu no Cretáceo Superior, com um comprimento de 12 a 13 metros, com quatro metros de altura e de 6 a 9 toneladas, nada mais nada menos do que o Tyrannosaurus rex. Com cerca de 60 dentes, de diferentes tamanhos (alguns quase com 20 cm), membros posteriores muito pequenos uma grande cauda para manter o equilíbrio e para perseguir presas, este grande "rei lagarto tirano" (o significado do seu nome) era um carnívoro bípede, com uma posição espinal quase horizontal, e andava com passos pequenos, chegando apenas aos 40 km/h. Necrófago e predador, caçava dinossauros menores, roubava as suas presas, preferindo normalmente hadrossauros e ceratopsídeos. A sua esperança de vida era de 30 anos, crescia nos primeiros 16 anos e depois diminuía rapidamente. Não foi o maior dinossauro carnívoro, mas sim o Espinossauro. Os Celtas, pelo contrário, eram altos e tinham o cabelo loiro e os olhos azuis. Eram bons ourives. Trabalhavam o ouro e objetos em ferro. Ocupavam as regiões norte, oeste e centro da Península Ibérica. Alguns Celtas cremavam os mortos, em vez de os sepultarem. Os Lusitanos viviam a norte do Tejo numa região situada à volta da serra da Estrela chamada Lusitânia. Eram fortes e corajosos. Dedicavam-se à agricultura e à pastorícia. O chefe que mais se destacou foi, certamente, Viriato. Archeroraptor chega primeiro a uma carcaça do que o Tyrannosaurus; pterossauros Quetzalcoatlus anões a serem atacados por um Tyrannosaurus (esquerda), enquanto outro T. rex está a atacar um Triceratops; Tyrannosaurus rex há 65 milhões de anos.
  • 55. MyBrainMagazine • 55 A paleontologia moderna tem consistentemente posicionado o Archaeopteryx como a ave mais primitiva, mas não como um descendente direto das aves modernas, mas um parente próximo aos ancestrais. Lowe (1935) e Thulborn (1984) questionaram o Archaeopteryx como a primeira ave verdadeira, e sugeriram que se tratava de um dinossauro que não era mais relacionado com as aves do que qualquer outro grupo de dinossauros. Kurzanov (1987) sugeriu que o Avimimus era o ancestral mais provável de todas as aves que o Archaeopteryx. O Archaeopteryx viveu durante o período Jurássico em torno de 150-148 milhões de anos atrás, onde atualmente se encontra o sul da Alemanha, quando a Europa era um arquipélago num mar baixo tropical quente, muito mais perto do equador do que é agora. Os Celtas, pelo contrário, eram altos e tinham o cabelo loiro e os olhos azuis. Eram bons ourives. Trabalhavam o ouro e objetos em ferro. Ocupavam as regiões norte, oeste e centro da Península Ibérica. Alguns Celtas cremavam os mortos, em vez de os sepultarem. Os Lusitanos viviam a norte do Tejo numa região situada à volta da serra da Estrela chamada Lusitânia. Eram fortes e corajosos. Dedicavam-se à agricultura e à pastorícia. O chefe que Ao lado, fóssil de Archaeopteryx lithographica; em baixo, Archaeopteryx.