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                                                                                       A L       A

                                                                                       25
                                    As áreas
                                                                                       25
                              geoeconômicas
                                    do Brasil

                                  N  esta aula vamos iniciar nosso estudo das
grandes áreas geoeconômicas do Brasil. Veremos que existem características
comuns, entre as diversas paisagens, que nos permitem agrupá-las em grandes
          geográficos.
conjuntos geográficos
    Do ponto de vista do ritmo do crescimento econômico e do grau de
integração territorial podemos encontrar no território nacional três grandes
           territorial,
conjuntos diferenciados: o Centro-Sul o Nordeste e a Amazônia
                           Centro-Sul,                Amazônia.




    Chico está transportando máquinas montadas em Petropólis (RJ) para uma
fábrica de roupas em Fortaleza. Como a viagem é longa, ele resolveu levar Tiago,
seu cunhado, para ajudar e fazer companhia durante o trajeto.
    Depois de um dia de viagem na Rio-Bahia, eles resolvem pernoitar em Teófilo
Otoni, no norte de Minas Gerais. Lá, estacionam em um posto de gasolina onde há
um pequeno hotel para caminhoneiros que não querem dormir na boléia.
    Depois do jantar, Chico comenta com Tiago:
    - Amanhã vamos passar pelo vale do rio Jequitinhonha, uma das áreas
mais pobres que eu conheço no Brasil. Nem parece que fica em Minas Gerais!
    - Ouvi dizer que por essas bandas existem muitas doenças - comenta
Tiago. - Inclusive uma tal de esquistossomose, não sei nem como se fala direito,
que acaba com a vida do sujeito.
    - É verdade. Essa doença é muito comum no povo que vive por aqui. É
transmitida por um parasita que vive nos caramujos. Contamina as pessoas que
tomam banho de rio ou bebem a água dele.
    - É bom tomar muito cuidado, daqui para a frente. É uma pena que ainda
existam doenças assim no Brasil. Já era tempo de todas as regiões terem as
mesmas condições de saúde, você não acha?




    O Brasil tem muitas paisagens diferentes. Isso se deve a diversos fatores, tanto
naturais como sócio-econômicos. No entanto, existem algumas características
comuns a essas paisagens que nos permitem agrupá-las em grandes conjuntos
geográficos Esses conjuntos têm atributos sociais e econômicos comuns.
geográficos.
A U L A        Uma das maneiras de agrupar as diversas paisagens é considerar o seu
          ritmo de crescimento econômico isto é, a velocidade das mudanças que
                                   econômico,

25        ocorrem nas paisagens devido às transformações na agropecuária, na indústria
          e nos serviços.
               Essas mudanças aparecem claramente no grau de integração territorial
          entre os diversos lugares, isto é, na densidade das redes de transportes, energia
          e telecomunicações, e também na intensidade de circulação de pessoas, merca-
          dorias e informações.

                                                              ÁREAS GEOECONÔMICAS DO BRASIL




              O Centro-Sul

              Do ponto de vista do ritmo de crescimento e do grau de integração territorial,
          devemos iniciar nosso estudo pelo Centro-Sul que se estende de Minas Gerais
                                              Centro-Sul,
          até o Rio Grande do Sul, englobando também o Mato Grosso do Sul, Goiás e o
          Distrito Federal.
              Trata-se de uma área do território brasileiro onde o processo de industriali-
          zação, acelerado a partir de meados do século XX, se deu com maior intensidade.
          Isso levou à sua diferenciação em relação ao restante do país.
              O Centro-Sul é a área de maior capacidade produtiva. Nessa região ocorrem,
          com maior intensidade, os fluxos de circulação de mercadorias, pessoas, capitais
          e informações. Nela se encontram os mais importantes centros de decisões
          econômicas e políticas do país.
              A diferenciação do Centro-Sul se dá por meio de alguns aspectos relevantes.
          Uma primeira característica seria a grande concentração industrial, com desta-
          que para cinco grandes áreas industriais mais ou menos diversificadas:
·   a área industrial que tem seu centro em São Paulo e se estende até o Rio de     A U L A
    Janeiro;

·   a zona metalúrgica em torno de Belo Horizonte;                                  25
·   a área industrial de Curitiba;

·   o nordeste de Santa Catarina, no vale do Itajaí;

·   a área industrial que vai de Porto Alegre até Caxias do Sul.


    O Centro-Sul é o principal cinturão agroindustrial do país. Nele encontra-
mos áreas nas quais ocorreu uma verdadeira industrialização da agricultura,
com uso de máquinas, adubos e fertilizantes, além de especialização da produ-
ção nas chamadas empresas rurais.
    O Centro-Sul também possui a melhor infra-estrutura viária do país. A
intensa circulação de produtos e de pessoas, feita por meio de uma densa rede
rodoviária e de ferrovias, revela a forte integração e o dinamismo de sua área
interna. Assim como sua articulação com as demais regiões do país.




    Devido ao seu maior desenvolvimento econômico, é no Centro-Sul que
ocorrem os mais elevados níveis de renda do país. Há um forte contraste entre
a renda média de um habitante do Centro-Sul e a de um habitante do Nordeste
ou da Amazônia.
    No entanto, se existem zonas com níveis de modernização e de vida elevados
- caso de algumas cidades no interior de São Paulo, no Vale do Itajaí, em Santa
Catarina, ou no norte do Paraná -, existem também verdadeiros “bolsões” de
pobreza. É o caso do Vale do Ribeira de Iguape, das cidades-satélites de Brasília
A U L A   e, principalmente, da periferia dos grandes centros urbanos. Mesmo nas áreas
          mais ricas o contraste entre “lugares de ricos” e “lugares de pobres” é nítido,

25        marcante, e quase sempre assustador.


              O Nordeste

              O Nordeste compreende o conjunto de Estados que vai do leste do
          Maranhão até a Bahia. Esses Estados têm população numerosa, mas, na maior
          parte, com baixas condições de vida.

              Índices muito baixos de escolaridade e altas taxas de mortalidade infantil,
          são, entre outros, indicadores da baixa renda dos nordestinos.
              Apesar de algumas ações políticas que tentam impedir o agravamento dessa
          situação, o Nordeste tem sido caracterizado como uma área geográfica de
          perdas, tanto demográficas quanto econômicas.

              O Nordeste apresenta grande concentração da renda, da propriedade de
          terra e das decisões políticas. Tem sido, desde o século XIX, uma zona de
          expulsão de mão-de-obra. Como sua economia não cria empregos em número
          suficiente para absorver a demanda de trabalho, contingentes expressivos da sua
          população se deslocam para outras áreas de maior dinamismo econômico.

              Assim, os nordestinos foram atraídos para o Centro-Sul, inicialmente para
          trabalhar na economia do café. Posteriormente, durante várias décadas, chega-
          ram em grandes levas como força de trabalho para as atividades urbano-
          industriais nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e São Paulo.

              A extração de borracha na Amazônia também atraiu, no passado, impor-
          tantes levas de migrantes nordestinos. Mais recentemente, Brasília e as novas
          áreas agrícolas na fronteira amazônica, formam novas zonas de atração para
          trabalhadores nordestinos em busca de melhores condições de vida.

               A participação do Nordeste na economia brasileira é relativamente modes-
          ta. Sua área agrícola mais importante - a Zona da Mata canavieira, no litoral -
          não se modernizou a ponto de poder competir com outras áreas melhor
          equipadas do Centro-Sul.
               O mesmo acontece com o algodão, produto tradicional da região, cultivado
          no sertão semi-árido, cuja participação no total brasileiro tem decrescido nas
          últimas décadas.
               Os projetos agrícolas para a produção de frutas em áreas irrigadas depen-
          dem de capitais e técnicas de fora do Nordeste. Esses projetos procuram
          utilizar alguns fatores de produção que são mais favoráveis na zona semi-
          árida: baixos custos de mão-de-obra e menores preços da terra.
               A produção, por sua vez, está voltada para fora do Nordeste, isto é, para
          atender os grandes mercados consumidores do Centro-Sul e também do
          exterior.
               A ação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene),
          que estimulou investimentos industriais na região a partir da década de 1960,
          não foi suficiente para integrar internamente a estrutura industrial do Nordes-
          te. Isso acabou estimulando o caráter complementar da produção nordestina
          em relação ao Centro-Sul.
A Amazônia                                                                   A U L A

   A Amazônia compreende o território dos Estados de Rondônia, Acre,
Amazonas, Roraima, Pará e Amapá e Tocantins, entrando pelo Maranhão e            25
o Mato Grosso. É a área que, a partir da década de 1970, integra-se ao
mercado nacional como uma grande fronteira de recursos isto é, como área
                                                 recursos,
de fornecimento de matérias-primas que provêm da agropecuária e da
mineração.
   A ocupação do território amazônico ainda está se processando. Essa
ocupação busca integrar definitivamente a área à economia do Centro-Sul e
mesmo à economia internacional, graças aos grandes investimentos de capital
em projetos de mineração, agropecuários e industriais.

    A Amazônia passa a ser, deste modo, uma fronteira que vai sendo expan-
dida, e uma reserva de recursos que passa a ser utilizada.
    Entre as principais medidas adotadas para tornar possível essa integração,
destacamos a construção de rodovias, forma mais visível dessa integração. Até
a década de 50, a economia da Amazônia convergia para Belém, que atuava
como o grande pólo regional por meio de uma rede hidrográfica natural.
    A construção das rodovias Belém-Brasília, Brasília-Acre, Cuiabá-Santarém
e Porto Velho-Manaus penetraram a região, acelerando a integração da Ama-
zônia ao Centro-Sul.

    Os capitais públicos e privados investidos na construção de hidrelétricas
como Tucuruí, na instalação de núcleos de mineração como Carajás, e de pólos
industriais como a Zona Franca de Manaus, procuram integrar a região à
economia do país de forma mais efetiva - como fornecedora de produtos
semiprocessados ou processados para os grandes mercados consumidores
internos ou externos, e também como mercado consumidor dos produtos do
Centro-Sul.
    Os incentivos fiscais da Superintendência de Desenvolvimento da Amazô-
nia (Sudam) permitiram que as grandes empresas nacionais e transnacionais
adquirissem enormes propriedades de terra, cujo aproveitamento de recursos
naturais - os minérios, a madeira e a própria terra - tem provocado graves
danos ambientais.

    A fronteira amazônica tem atraído, nas últimas décadas, importantes
fluxos de migrantes. Duas correntes são identificadas: os que procedem do
Centro-Sul, devido à modernização da agricultura, e que vão para Mato
Grosso, Rondônia e mesmo para o Acre; e os que procedem do Nordeste, que
se dirigem ao Pará e Tocantins, e que formam a Amazônia Oriental.
    A ocupação da nova fronteira, em grande medida desordenada, provoca
graves conflitos sociais. Os diferentes contendores lutam principalmente pela
posse da terra e pelo uso da floresta.

    Pouco a pouco, vai ganhando a opinião pública o movimento que propõe
a necessidade de se ocupar a Amazônia de forma mais racional, preservando
o equilíbrio ecológico com ações eficientes de manutenção da qualidade
ambiental.

   O que se propõe é uma ocupação mais cuidadosa, visando um desenvol-
vimento equitativo e sustentável para a maior floresta pluvial do planeta.
A U L A       Bye Bye Brasil


25        Oi, coração
          Não dá pra falar muito não
          Espera passar o avião
                                                      Estou me sentindo tão só
                                                      Oh, tem dó de mim
                                                      Pintou uma chance legal
          Assim que o inverno passar                  Um lance lá na Capital
          Eu acho que vou te buscar                   Nem tem que ter ginasial, meu amor
          Aqui tá fazendo calor                       No tabariz
          Deu pane no ventilador                      O som é que nem os Bee Gees
          Já tem fliperama em Macau                   Dancei com uma dona infeliz
          Tomei a costeira em Belém do Pará           Que tem um tufão nos quadris
          Puseram uma usina no mar                    Tem um japonês ‘trás de mim
          Talvez fique ruim pra pescar, meu amor      Eu vou dar um pulo em Manaus
          No Tocantins                                Aqui tá quarenta e dois graus
          O chefe dos Parintintins                    O sol nunca mais vai se pôr
          Vidrou na minha calça Lee                   Eu tenho saudades da nossa canção
          Eu vi uns patins pra você                   Saudades de roça e sertão
          Eu vi um Brasil na tevê                     Bom mesmo é ter um caminhão,
          Capaz de cair um toró                       meu amor.
          Letra e música de Chico Buarque (trecho)




               As paisagens brasileiras podem ser agrupadas, de acordo com suas caracte-
          rísticas sócio-econômicas, em três grandes conjuntos geográficos ou áreas
          geoeconômicas o Centro Sul, o Nordeste e a Amazônia
          geoeconômicas:                                 Amazônia.
               Os principais critérios para este grupamento são: o ritmo de crescimento
          econômico e o grau de integração territorial que apresentam estas áreas. A
          velocidade das mudanças na produção industrial e agropecuária e na oferta de
          serviços é muito mais acelerada no Centro Sul do que nas demais áreas. Da
          mesma maneira, a integração entre as diversas zonas agroindustriais é muito
          efetiva e intensa nesta porção mais desenvolvida do território nacional.
               O Nordeste ainda é muito marcado pela fragilidade de sua economia às
          secas periódicas, fragilidade esta que resulta muito mais de um problema na
          distribuição da riqueza do que devido ao clima semi-árido que hoje pode ser
                                                           semi-árido,
          perfeitamente superada graças à irrigação.
               A Amazônia ainda é a grande fronteira de recursos do Brasil, que está sendo
          ocupada nos dias atuais. Os problemas desta ocupação devem ser enfrentados
          por todos para que se preserve a maior floresta pluvial do planeta e garanta
          abrigo e sustento para sua população.




          Exercício 1
             Quais são as áreas geoeconômicas atravessadas por Chico em sua viagem de
             Petrópolis até Fortaleza?

          Exercício 2
             Cite um fator que explique a maior ou menor integração territorial entre os
             lugares?
Exercício 3                                                                                            A U L A
   A que áreas geoeconômicas podemos atribuir as seguintes características:

   a)   migração da população para outras áreas                                                        25
   b)   predomínio da agricultura mecanizada
   c)   fronteira de recursos em expansão e integração
   d)   grande concentração na distribuição da riqueza
   e)   rede de transporte depende muito dos rios


Exercício 4
   Complete as lacunas:

   A Amazônia se encontra em um processo de (a) ........................ ao espaço
   nacional. Para isto, foram feitos grandes (b) ........................ na construção
   de (c) ............................., usinas (d) ............................. e grandes projetos
   (e) ............................. e (f) ............................. .


Exercício 5
   Identifique a que áreas geoeconômicas pertencem as cidades que são men-
   cionadas na canção Bye Bye Brasil .

   a) Macau
   b) Belém do Pará
   c) Manaus

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  • 1. A UU AL A L A 25 As áreas 25 geoeconômicas do Brasil N esta aula vamos iniciar nosso estudo das grandes áreas geoeconômicas do Brasil. Veremos que existem características comuns, entre as diversas paisagens, que nos permitem agrupá-las em grandes geográficos. conjuntos geográficos Do ponto de vista do ritmo do crescimento econômico e do grau de integração territorial podemos encontrar no território nacional três grandes territorial, conjuntos diferenciados: o Centro-Sul o Nordeste e a Amazônia Centro-Sul, Amazônia. Chico está transportando máquinas montadas em Petropólis (RJ) para uma fábrica de roupas em Fortaleza. Como a viagem é longa, ele resolveu levar Tiago, seu cunhado, para ajudar e fazer companhia durante o trajeto. Depois de um dia de viagem na Rio-Bahia, eles resolvem pernoitar em Teófilo Otoni, no norte de Minas Gerais. Lá, estacionam em um posto de gasolina onde há um pequeno hotel para caminhoneiros que não querem dormir na boléia. Depois do jantar, Chico comenta com Tiago: - Amanhã vamos passar pelo vale do rio Jequitinhonha, uma das áreas mais pobres que eu conheço no Brasil. Nem parece que fica em Minas Gerais! - Ouvi dizer que por essas bandas existem muitas doenças - comenta Tiago. - Inclusive uma tal de esquistossomose, não sei nem como se fala direito, que acaba com a vida do sujeito. - É verdade. Essa doença é muito comum no povo que vive por aqui. É transmitida por um parasita que vive nos caramujos. Contamina as pessoas que tomam banho de rio ou bebem a água dele. - É bom tomar muito cuidado, daqui para a frente. É uma pena que ainda existam doenças assim no Brasil. Já era tempo de todas as regiões terem as mesmas condições de saúde, você não acha? O Brasil tem muitas paisagens diferentes. Isso se deve a diversos fatores, tanto naturais como sócio-econômicos. No entanto, existem algumas características comuns a essas paisagens que nos permitem agrupá-las em grandes conjuntos geográficos Esses conjuntos têm atributos sociais e econômicos comuns. geográficos.
  • 2. A U L A Uma das maneiras de agrupar as diversas paisagens é considerar o seu ritmo de crescimento econômico isto é, a velocidade das mudanças que econômico, 25 ocorrem nas paisagens devido às transformações na agropecuária, na indústria e nos serviços. Essas mudanças aparecem claramente no grau de integração territorial entre os diversos lugares, isto é, na densidade das redes de transportes, energia e telecomunicações, e também na intensidade de circulação de pessoas, merca- dorias e informações. ÁREAS GEOECONÔMICAS DO BRASIL O Centro-Sul Do ponto de vista do ritmo de crescimento e do grau de integração territorial, devemos iniciar nosso estudo pelo Centro-Sul que se estende de Minas Gerais Centro-Sul, até o Rio Grande do Sul, englobando também o Mato Grosso do Sul, Goiás e o Distrito Federal. Trata-se de uma área do território brasileiro onde o processo de industriali- zação, acelerado a partir de meados do século XX, se deu com maior intensidade. Isso levou à sua diferenciação em relação ao restante do país. O Centro-Sul é a área de maior capacidade produtiva. Nessa região ocorrem, com maior intensidade, os fluxos de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações. Nela se encontram os mais importantes centros de decisões econômicas e políticas do país. A diferenciação do Centro-Sul se dá por meio de alguns aspectos relevantes. Uma primeira característica seria a grande concentração industrial, com desta- que para cinco grandes áreas industriais mais ou menos diversificadas:
  • 3. · a área industrial que tem seu centro em São Paulo e se estende até o Rio de A U L A Janeiro; · a zona metalúrgica em torno de Belo Horizonte; 25 · a área industrial de Curitiba; · o nordeste de Santa Catarina, no vale do Itajaí; · a área industrial que vai de Porto Alegre até Caxias do Sul. O Centro-Sul é o principal cinturão agroindustrial do país. Nele encontra- mos áreas nas quais ocorreu uma verdadeira industrialização da agricultura, com uso de máquinas, adubos e fertilizantes, além de especialização da produ- ção nas chamadas empresas rurais. O Centro-Sul também possui a melhor infra-estrutura viária do país. A intensa circulação de produtos e de pessoas, feita por meio de uma densa rede rodoviária e de ferrovias, revela a forte integração e o dinamismo de sua área interna. Assim como sua articulação com as demais regiões do país. Devido ao seu maior desenvolvimento econômico, é no Centro-Sul que ocorrem os mais elevados níveis de renda do país. Há um forte contraste entre a renda média de um habitante do Centro-Sul e a de um habitante do Nordeste ou da Amazônia. No entanto, se existem zonas com níveis de modernização e de vida elevados - caso de algumas cidades no interior de São Paulo, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, ou no norte do Paraná -, existem também verdadeiros “bolsões” de pobreza. É o caso do Vale do Ribeira de Iguape, das cidades-satélites de Brasília
  • 4. A U L A e, principalmente, da periferia dos grandes centros urbanos. Mesmo nas áreas mais ricas o contraste entre “lugares de ricos” e “lugares de pobres” é nítido, 25 marcante, e quase sempre assustador. O Nordeste O Nordeste compreende o conjunto de Estados que vai do leste do Maranhão até a Bahia. Esses Estados têm população numerosa, mas, na maior parte, com baixas condições de vida. Índices muito baixos de escolaridade e altas taxas de mortalidade infantil, são, entre outros, indicadores da baixa renda dos nordestinos. Apesar de algumas ações políticas que tentam impedir o agravamento dessa situação, o Nordeste tem sido caracterizado como uma área geográfica de perdas, tanto demográficas quanto econômicas. O Nordeste apresenta grande concentração da renda, da propriedade de terra e das decisões políticas. Tem sido, desde o século XIX, uma zona de expulsão de mão-de-obra. Como sua economia não cria empregos em número suficiente para absorver a demanda de trabalho, contingentes expressivos da sua população se deslocam para outras áreas de maior dinamismo econômico. Assim, os nordestinos foram atraídos para o Centro-Sul, inicialmente para trabalhar na economia do café. Posteriormente, durante várias décadas, chega- ram em grandes levas como força de trabalho para as atividades urbano- industriais nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e São Paulo. A extração de borracha na Amazônia também atraiu, no passado, impor- tantes levas de migrantes nordestinos. Mais recentemente, Brasília e as novas áreas agrícolas na fronteira amazônica, formam novas zonas de atração para trabalhadores nordestinos em busca de melhores condições de vida. A participação do Nordeste na economia brasileira é relativamente modes- ta. Sua área agrícola mais importante - a Zona da Mata canavieira, no litoral - não se modernizou a ponto de poder competir com outras áreas melhor equipadas do Centro-Sul. O mesmo acontece com o algodão, produto tradicional da região, cultivado no sertão semi-árido, cuja participação no total brasileiro tem decrescido nas últimas décadas. Os projetos agrícolas para a produção de frutas em áreas irrigadas depen- dem de capitais e técnicas de fora do Nordeste. Esses projetos procuram utilizar alguns fatores de produção que são mais favoráveis na zona semi- árida: baixos custos de mão-de-obra e menores preços da terra. A produção, por sua vez, está voltada para fora do Nordeste, isto é, para atender os grandes mercados consumidores do Centro-Sul e também do exterior. A ação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que estimulou investimentos industriais na região a partir da década de 1960, não foi suficiente para integrar internamente a estrutura industrial do Nordes- te. Isso acabou estimulando o caráter complementar da produção nordestina em relação ao Centro-Sul.
  • 5. A Amazônia A U L A A Amazônia compreende o território dos Estados de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá e Tocantins, entrando pelo Maranhão e 25 o Mato Grosso. É a área que, a partir da década de 1970, integra-se ao mercado nacional como uma grande fronteira de recursos isto é, como área recursos, de fornecimento de matérias-primas que provêm da agropecuária e da mineração. A ocupação do território amazônico ainda está se processando. Essa ocupação busca integrar definitivamente a área à economia do Centro-Sul e mesmo à economia internacional, graças aos grandes investimentos de capital em projetos de mineração, agropecuários e industriais. A Amazônia passa a ser, deste modo, uma fronteira que vai sendo expan- dida, e uma reserva de recursos que passa a ser utilizada. Entre as principais medidas adotadas para tornar possível essa integração, destacamos a construção de rodovias, forma mais visível dessa integração. Até a década de 50, a economia da Amazônia convergia para Belém, que atuava como o grande pólo regional por meio de uma rede hidrográfica natural. A construção das rodovias Belém-Brasília, Brasília-Acre, Cuiabá-Santarém e Porto Velho-Manaus penetraram a região, acelerando a integração da Ama- zônia ao Centro-Sul. Os capitais públicos e privados investidos na construção de hidrelétricas como Tucuruí, na instalação de núcleos de mineração como Carajás, e de pólos industriais como a Zona Franca de Manaus, procuram integrar a região à economia do país de forma mais efetiva - como fornecedora de produtos semiprocessados ou processados para os grandes mercados consumidores internos ou externos, e também como mercado consumidor dos produtos do Centro-Sul. Os incentivos fiscais da Superintendência de Desenvolvimento da Amazô- nia (Sudam) permitiram que as grandes empresas nacionais e transnacionais adquirissem enormes propriedades de terra, cujo aproveitamento de recursos naturais - os minérios, a madeira e a própria terra - tem provocado graves danos ambientais. A fronteira amazônica tem atraído, nas últimas décadas, importantes fluxos de migrantes. Duas correntes são identificadas: os que procedem do Centro-Sul, devido à modernização da agricultura, e que vão para Mato Grosso, Rondônia e mesmo para o Acre; e os que procedem do Nordeste, que se dirigem ao Pará e Tocantins, e que formam a Amazônia Oriental. A ocupação da nova fronteira, em grande medida desordenada, provoca graves conflitos sociais. Os diferentes contendores lutam principalmente pela posse da terra e pelo uso da floresta. Pouco a pouco, vai ganhando a opinião pública o movimento que propõe a necessidade de se ocupar a Amazônia de forma mais racional, preservando o equilíbrio ecológico com ações eficientes de manutenção da qualidade ambiental. O que se propõe é uma ocupação mais cuidadosa, visando um desenvol- vimento equitativo e sustentável para a maior floresta pluvial do planeta.
  • 6. A U L A Bye Bye Brasil 25 Oi, coração Não dá pra falar muito não Espera passar o avião Estou me sentindo tão só Oh, tem dó de mim Pintou uma chance legal Assim que o inverno passar Um lance lá na Capital Eu acho que vou te buscar Nem tem que ter ginasial, meu amor Aqui tá fazendo calor No tabariz Deu pane no ventilador O som é que nem os Bee Gees Já tem fliperama em Macau Dancei com uma dona infeliz Tomei a costeira em Belém do Pará Que tem um tufão nos quadris Puseram uma usina no mar Tem um japonês ‘trás de mim Talvez fique ruim pra pescar, meu amor Eu vou dar um pulo em Manaus No Tocantins Aqui tá quarenta e dois graus O chefe dos Parintintins O sol nunca mais vai se pôr Vidrou na minha calça Lee Eu tenho saudades da nossa canção Eu vi uns patins pra você Saudades de roça e sertão Eu vi um Brasil na tevê Bom mesmo é ter um caminhão, Capaz de cair um toró meu amor. Letra e música de Chico Buarque (trecho) As paisagens brasileiras podem ser agrupadas, de acordo com suas caracte- rísticas sócio-econômicas, em três grandes conjuntos geográficos ou áreas geoeconômicas o Centro Sul, o Nordeste e a Amazônia geoeconômicas: Amazônia. Os principais critérios para este grupamento são: o ritmo de crescimento econômico e o grau de integração territorial que apresentam estas áreas. A velocidade das mudanças na produção industrial e agropecuária e na oferta de serviços é muito mais acelerada no Centro Sul do que nas demais áreas. Da mesma maneira, a integração entre as diversas zonas agroindustriais é muito efetiva e intensa nesta porção mais desenvolvida do território nacional. O Nordeste ainda é muito marcado pela fragilidade de sua economia às secas periódicas, fragilidade esta que resulta muito mais de um problema na distribuição da riqueza do que devido ao clima semi-árido que hoje pode ser semi-árido, perfeitamente superada graças à irrigação. A Amazônia ainda é a grande fronteira de recursos do Brasil, que está sendo ocupada nos dias atuais. Os problemas desta ocupação devem ser enfrentados por todos para que se preserve a maior floresta pluvial do planeta e garanta abrigo e sustento para sua população. Exercício 1 Quais são as áreas geoeconômicas atravessadas por Chico em sua viagem de Petrópolis até Fortaleza? Exercício 2 Cite um fator que explique a maior ou menor integração territorial entre os lugares?
  • 7. Exercício 3 A U L A A que áreas geoeconômicas podemos atribuir as seguintes características: a) migração da população para outras áreas 25 b) predomínio da agricultura mecanizada c) fronteira de recursos em expansão e integração d) grande concentração na distribuição da riqueza e) rede de transporte depende muito dos rios Exercício 4 Complete as lacunas: A Amazônia se encontra em um processo de (a) ........................ ao espaço nacional. Para isto, foram feitos grandes (b) ........................ na construção de (c) ............................., usinas (d) ............................. e grandes projetos (e) ............................. e (f) ............................. . Exercício 5 Identifique a que áreas geoeconômicas pertencem as cidades que são men- cionadas na canção Bye Bye Brasil . a) Macau b) Belém do Pará c) Manaus