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Psicologia, uma (nova) introdução

Resumo do primeiro   capítulo   do   livro   “Psicologia,   uma   (nova)
introdução”.

O ponto chave deste capítulo é entender a maneira como a sociedade
chegou   a   produzir   o  sujeito   dotado  de   “Subjetividade”,
“Individualidade” e “Identidade”.


A PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA INDEPENDENTE

Uma visão panorâmica e crítica
O processo de criar uma nova ciência é muito complexo: é preciso
um objeto próprio e métodos adequados ao estudo desse objeto. O
presente texto pretende apresentar resumidamente uma visão
panorâmica e crítica da psicologia contemporânea.

Só em época muito recente surgiu o conceito de ciência tal como
hoje é de uso corrente. Ainda mais recentemente, no século XIX,
começou-se a elaboração dos primeiros projetos de psicologia como
ciência independente.

Na Idade Moderna, as ciências da sociedade tiveram início.
Ciências como a Economia Política, a História, a Antropologia, a
Sociologia e a Linguística.


Auguste Comte (1798 – 1857)
Em seu sistema de ciências não cabe uma “psicologia” entre as
“ciências biológicas” e as “ciências sociais”. O principal
empecilho para a psicologia seria seu objeto: a “psique”,
entendida como “mente”. Por não apresentar-se como um objeto
observável, não se enquadra às exigências do positivismo.

Ainda hoje, após mais de cem anos de esforços para se criar uma
psicologia científica, os estudos psicológicos mantêm relações
estreitas com muitas ciências biológicas e com muitas ciências
sociais. Isso cria uma situação curiosa: por um lado, a psicologia
reivindica um lugar à parte entre as ciências e, por outro, não
consegue seu desenvolvimento sem estabelecer relações estreitas
com as ciências biológicas e com as ciências sociais.
PRECONDIÇÕES SOCIOCULTURAIS PARA O APARECIMENTO DA PSICOLOGIA COMO
CIÊNCIA NO SÉCULO XIX

A experiência da subjetividade privatizada
São necessárias duas condições para conhecermos cientificamente o
“psicológico”:

a) uma experiência muito clara da subjetividade privatizada, e

b) a experiência da crise dessa subjetividade.


A experiência da subjetividade privada é quando todos sentem suas
experiências como íntimas, ninguém mais tem acesso a ela. É
possível, por exemplo, ficar um longo tempo pensando se vamos ou
não fazer uma coisa, quase decidir por uma e no final optar por
outra, sem que ninguém fique sabendo. A possibilidade de mantermos
nossa privacidade é altamente valorizada por nós e é relacionada
ao nosso desejo de sermos livres para decidir nosso destino.

Essa   experiência  de   sermos  sujeitos  capazes de   decisões,
sentimentos e emoções privadas, só desenvolve-se, aprofunda-se e
difunde-se    amplamente    numa   sociedade   com   determinadas
características. Nossa preocupação é identificar sumariamente
essas características.

As grandes irrupções da experiência subjetiva privatizada ocorrem
em situações de crise social, quando uma tradição cultural
(valores, normas e costumes) é contestada e dá lugar a novas
formas de vida. Em situações como essas, os homens se vêem
obrigados a tomar decisões nas quais não conseguem o apoio da
sociedade. Nessas épocas, as artes revelam a existência de homens
mais solitários e indecisos, diferentemente das épocas sem grandes
conflitos, nas quais dominam as velhas tradições.

A perda de referências coletivas como a religião, a família, ou
uma lei confiável, obriga o homem a construir referências
internas, assim surge o espaço para a experiência da subjetividade
privatizada. A consequência desses contextos é o desenvolvimento
da reflexão moral e do sentido da tragédia - uma tragédia se dá
quando um indivíduo se encontra numa situação de conflito entre
duas obrigações igualmente fortes, mas incompatíveis.

No campo das artes, além do surgimento e desenvolvimento do gênero
“tragédia”, observa-se na literatura, o aparecimento da poesia
lírica. Nela o poeta expressa seus sentimentos e desejos
particulares muitas vezes opostos ao esperado pela sociedade, como
amores socialmente não recomendados ou mesmo proibidos. O
pensamento religioso acompanha esse processo de subjetivação e
individualização e, nos momentos de crise, de desagregação
sociocultural, assim surgem novos sistemas religiosos ou variantes
de    sistemas    antigos,   surgem    heresias     enfatizando  a
responsabilidade individual e atribuindo à consciência e às
intenções mais valor que aos próprios atos e obras.
Esse movimento em direção a um aprofundamento da experiência
subjetiva privatizada não foi um processo linear pelo qual tenham
passado todas as sociedades humanas. No conjunto, porém, pode-se
dizer que ao longo dos séculos as experiências da subjetividade
privatizada foram se tornando cada vez mais determinantes da
consciência humana sobre a sua própria existência.

A crença na liberdade é um dos elementos básicos da democracia e
da sociedade de consumo e não estamos dispostos, em geral, a pôr
em risco nossos valores. Em alguns aspectos importantes essa
imagem é completamente ilusória, e uma das tarefas da psicologia
será a de revelar essa ilusão.


Constituição e desdobramento da noção de subjetividade na
Modernidade
De forma simplificada, podemos firmar o início de nossa noção de
subjetividade privada nos três últimos séculos: da passagem do
Renascimento para a Idade Moderna.

Em A Invenção do Psicólogo, desenvolvemos a ideia de que no
Renascimento   teria   surgido  uma   experiência   de  perda   de
referências. A falência do mundo medieval e a abertura do ocidente
ao restante do mundo teriam lançado o homem europeu numa condição
de desamparo.

O Renascimento foi um período muito rico em variedade de formas e
em experiências, teve assim uma produção intensa de conhecimento.
O contato com a diversidade das coisas, dos homens e das culturas
impôs novos modos de ser. O homem viu-se obrigado a escolher seus
caminhos e arcar com as consequências de suas opções.

A crença em Deus não desapareceu, mas Deus ficou distante e foi
posto “sobre” o mundo. O mundo passou a ser considerado cada vez
menos como sagrado e cada vez mais como objeto de uso – movido por
forças mecânicas – a serviço dos homens. Essa transformação é
parte essencial da origem da ciência moderna.

Michel de Montaigne (1533 – 1592)
Na introdução de seus Ensaios, Montaigne diz ao leitor que tomará
a si mesmo como assunto, ainda que sua vida seja comum, totalmente
desprovida de feitos heróicos ou notáveis. O livro foi muito
criticado com o argumento de que uma vida comum não mereceria ser
objeto de tal obra, mas a questão que nos interessa é justamente o
surgimento da valorização de cada indivíduo, da construção de cada
individualidade única.

Os   céticos  achavam   impossível  que   pudéssemos obter algum
conhecimento seguro sobre o mundo: a qualquer afirmação poderia
ser oposta outra de igual valor, qualquer impressão que tenhamos
poderia ser um engano de nossos órgãos dos sentidos.

A descrença cética somada ao grande individualismo nascente acabou
por produzir uma reação de duas feições bem distintas: a reação
racionalista   e   a   reação  empirista.   Em   ambas,   contudo,
estabeleciam-se novas e mais seguras bases para as crenças e para
as ações humanas, essas bases estavam no âmbito das experiências
subjetivas.

A Igreja Católica e as novas Igrejas Protestantes (Luteranos e
Calvinistas) fizeram um esforço enorme para articular a crença no
Deus onipotente e no livre-arbítrio. O sujeito deveria “sujeitar-
se” uma vez mais a uma ordem superior, desvalorizando seus desejos
e projetos particulares. Daí surge um regime onde o corpo,
sobretudo, deve ser controlado e desvalorizado, pois ele sempre é
fonte de desejo e dispersão.


René Descartes (1596 - 1650)
Descartes é o fundador do racionalismo moderno. Estabeleceu as
condições de possibilidade para obtermos um conhecimento seguro da
verdade. Ele se alinha entre aqueles que quiseram superar a grande
dispersão do Renascimento e, o mais importante, superar o
ceticismo. Diz ele: parece que tudo o que tomo como objeto de meu
julgamento se mostra incerto, mas, no momento mesmo de minha
dúvida, algo se mostra como uma ideia indubitável. Enquanto
duvido, existe ao menos a ação de duvidar, e essa ação requer um
sujeito. Surge então frase “penso, logo existo” [Cogito, ergo
sum]. O ato de duvidar deixa evidente a existência do agente
pensante. A evidência primeira é a de um “eu” e ele será a partir
de agora o fundamento de todo o conhecimento.

O homem moderno não busca a verdade num além, em algo
transcendente,   a    verdade   agora significa    adquirir  uma
representação correta do mundo. Essa representação é interna, ou
seja, a verdade reside no homem.


Francis Bacon (1561 - 1626)
Contemporâneo de Descartes, Bacon foi o fundador do empirismo.
Para Bacon, a razão deixada em total liberdade poderia tornar-se
especulativa e delirante ao ponto de não ser digna de crédito. É
necessário dar à razão uma base nas experiências dos sentidos, da
percepção, desde que essa percepção tenha sido purificada,
liberada dos erros e ilusões a que está submetida no cotidiano.

Bacon, como Descartes, é um dos grandes pioneiros na preocupação
com o Método, no trabalho da produção de conhecimentos filosóficos
e científicos de toda a Modernidade ocidental desde o século XVII
até os dias de hoje.


A crise da Modernidade e da subjetividade moderna em algumas de
suas expressões filosóficas

Iluminismo, séc. XVIII
No Iluminismo as grandes conquistas do racionalismo cartesiano
eram articuladas com a valorização das experiências individuais
tal como promovidas pelos filósofos empiristas que formavam a
outra grande corrente da Modernidade.
David Hume (1711 — 1776)
Para Hume, somos algo formado e transformado pelos embates da
experiência e já não podemos nos conhecer como base e sustentação
dos conhecimentos e de nós mesmos. Nessa medida, o conhecimento
entendido como domínio dos objetos por um sujeito soberano não
pode mais se sustentar.


Immanuel Kant (1724 — 1804)
Em A Crítica da Razão Pura, Kant afirma que o homem só tem acesso
às coisas tais como essas coisas se apresentam para ele: a isso
ele chama “fenômeno”. A única forma de produzirmos algum
conhecimento válido é nos restringirmos ao campo dos fenômenos,
pois   as  “coisas   em   si”,  independentes  do   sujeito,  são
incognoscíveis. Tudo o que é cognoscível repousa na subjetividade
humana.


Romantismo, séc. XIX
O Romantismo nasceu no final do século XVIII exatamente como uma
crítica ao Iluminismo e, mais particularmente, à vertente
racionalista do Iluminismo.

Aquilo que na fundação da modernidade deve ser excluído do “eu” ou
mantido sob o férreo controle do Método parece agora invadi-lo. A
razão é destronada, o Método é feito em pedaços e o “eu” racional
e metódico é deslocado do centro da subjetividade e tomado como
uma superfície mais ou menos ilusória, encobrindo algo profundo e
obscuro.

Assim o Romantismo é um momento essencial na crise do sujeito
moderno pela destituição do “eu” de seu lugar de senhor, de
soberano.


Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844 — 1900)
O ponto mais agudo da crise do sujeito moderno acontece na
filosofia de Nietzsche. Nela as ideias do “eu” ou do “sujeito” são
interpretadas como ficções (isso dá continuidade à crítica de Hume
à suposta substancialidade e estabilidade do sujeito).

Nietzsche dá um passo bem largo e radical: não só o homem é
deslocado da posição de centro do mundo, como a própria ideia de
que o mundo tenha um centro ou uma unidade é destruída. A questão
para Nietzsche é saber o quanto cada ilusão em cada contexto se
mostra útil para a expansão da vida.


Sistema mercantil e individualização
Para existirem trabalhadores necessitados de garantir a própria
sobrevivência alugando sua força de trabalho, é preciso antes a
perda das condições mais antigas de vida e produção. Isso
significa a ruptura dos vínculos que nas sociedades tradicionais
pré-capitalistas uniam os produtores uns aos outros e todos aos
meios de produção.

O trabalhador livre é aquele capaz de buscar no mercado de
trabalho sua ocupação. Essa liberdade, contudo, é muito ambígua.
Ela é principalmente uma liberdade negativa, o sujeito, ao ganhá-
la, perde uma porção de apoios e meios de sustentação. Perde a
solidariedade do seu grupo: a família ou a aldeia deixam de ser
auto-suficientes e cada indivíduo vai isoladamente procurar o seu
sustento.


Ideologia liberal iluminista, romantismo e regime disciplinar.
De acordo com a Ideologia Liberal, cujas principais ideias
manifestaram-se na Revolução Francesa, os homens são iguais em
capacidade e devem ser iguais em direitos. Sendo assim, todos
devem ser livres e, como todos são iguais, é possível supor um
comportamento fraterno.

No Romantismo reconhece-se a diferença entre os indivíduos e a
liberdade é exatamente a liberdade de ser diferente.

Na Ideologia Liberal, como no Romantismo, expressam-se os
problemas   da  experiência   subjetiva  privatizada:   segundo  a
Ideologia Liberal, todos são iguais, mas têm interesses próprios
(individuais). Segundo o Romantismo, cada indivíduo é diferente,
mas sente saudade do tempo no qual vivia em comunidade, e espera o
retorno desse tempo. Enquanto esse tempo não vem, os românticos
acreditam na reunião dos homens por meio dos grandes e intensos
sentimentos, apesar de suas diferenças. Já os liberais apostam na
fraternidade.


A crise da subjetividade privatizada ou a decepção necessária
Uma das condições para o surgimento dos projetos de psicologia
científica é a clara ideia da experiência da subjetividade
privatizada, mais ainda: é preciso que essa experiência entre em
crise. Algumas das manifestações filosóficas dessa crise foram
apontadas nos itens anteriores.

Ao lado dessa necessidade emergente no contexto das experiências
individuais - saber o que somos, quem somos, como somos, por que
agimos de uma ou outra maneira -, surge para o Estado a
necessidade de recorrer a práticas de previsão e controle – como
lidar melhor com os sujeitos individuais, como educá-los de forma
mais   eficaz,  treiná-los  e   selecioná-los  para   os  diversos
trabalhos? Em todas essas questões se expressa o reconhecimento da
existência de um sujeito individual e a esperança da possível
padronização desse sujeito segundo uma disciplina, uma norma, para
ser possível colocá-lo, enfim, a serviço da ordem social. Surge
desse modo a demanda por uma psicologia aplicada, principalmente
nos campos da educação e do trabalho. Ou seja, o Regime
Disciplinar, em si mesmo, exige a produção de certo tipo de
conhecimento psicológico, de modo a tornar mais eficaz suas
técnicas de controle. As subjetividades formadas pelos modelos
liberais e românticos, sentindo-se contestadas e problematizadas,
são atraídas pelos estudos psicológicos.




Referência Bibliográfica:

FIGUEIREDO, L. C. M. e SANTI, P. L. R. Psicologia, uma (nova)
introdução; uma visão histórica da psicologia como ciência. 2ª
ed., p. 13 – 52. São Paulo: EDUC, 2000.


http://nicolas-pelicioni.blogspot.com/

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“Psicologia, uma (nova) introdução” resumo

  • 1. Psicologia, uma (nova) introdução Resumo do primeiro capítulo do livro “Psicologia, uma (nova) introdução”. O ponto chave deste capítulo é entender a maneira como a sociedade chegou a produzir o sujeito dotado de “Subjetividade”, “Individualidade” e “Identidade”. A PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA INDEPENDENTE Uma visão panorâmica e crítica O processo de criar uma nova ciência é muito complexo: é preciso um objeto próprio e métodos adequados ao estudo desse objeto. O presente texto pretende apresentar resumidamente uma visão panorâmica e crítica da psicologia contemporânea. Só em época muito recente surgiu o conceito de ciência tal como hoje é de uso corrente. Ainda mais recentemente, no século XIX, começou-se a elaboração dos primeiros projetos de psicologia como ciência independente. Na Idade Moderna, as ciências da sociedade tiveram início. Ciências como a Economia Política, a História, a Antropologia, a Sociologia e a Linguística. Auguste Comte (1798 – 1857) Em seu sistema de ciências não cabe uma “psicologia” entre as “ciências biológicas” e as “ciências sociais”. O principal empecilho para a psicologia seria seu objeto: a “psique”, entendida como “mente”. Por não apresentar-se como um objeto observável, não se enquadra às exigências do positivismo. Ainda hoje, após mais de cem anos de esforços para se criar uma psicologia científica, os estudos psicológicos mantêm relações estreitas com muitas ciências biológicas e com muitas ciências sociais. Isso cria uma situação curiosa: por um lado, a psicologia reivindica um lugar à parte entre as ciências e, por outro, não consegue seu desenvolvimento sem estabelecer relações estreitas com as ciências biológicas e com as ciências sociais.
  • 2. PRECONDIÇÕES SOCIOCULTURAIS PARA O APARECIMENTO DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA NO SÉCULO XIX A experiência da subjetividade privatizada São necessárias duas condições para conhecermos cientificamente o “psicológico”: a) uma experiência muito clara da subjetividade privatizada, e b) a experiência da crise dessa subjetividade. A experiência da subjetividade privada é quando todos sentem suas experiências como íntimas, ninguém mais tem acesso a ela. É possível, por exemplo, ficar um longo tempo pensando se vamos ou não fazer uma coisa, quase decidir por uma e no final optar por outra, sem que ninguém fique sabendo. A possibilidade de mantermos nossa privacidade é altamente valorizada por nós e é relacionada ao nosso desejo de sermos livres para decidir nosso destino. Essa experiência de sermos sujeitos capazes de decisões, sentimentos e emoções privadas, só desenvolve-se, aprofunda-se e difunde-se amplamente numa sociedade com determinadas características. Nossa preocupação é identificar sumariamente essas características. As grandes irrupções da experiência subjetiva privatizada ocorrem em situações de crise social, quando uma tradição cultural (valores, normas e costumes) é contestada e dá lugar a novas formas de vida. Em situações como essas, os homens se vêem obrigados a tomar decisões nas quais não conseguem o apoio da sociedade. Nessas épocas, as artes revelam a existência de homens mais solitários e indecisos, diferentemente das épocas sem grandes conflitos, nas quais dominam as velhas tradições. A perda de referências coletivas como a religião, a família, ou uma lei confiável, obriga o homem a construir referências internas, assim surge o espaço para a experiência da subjetividade privatizada. A consequência desses contextos é o desenvolvimento da reflexão moral e do sentido da tragédia - uma tragédia se dá quando um indivíduo se encontra numa situação de conflito entre duas obrigações igualmente fortes, mas incompatíveis. No campo das artes, além do surgimento e desenvolvimento do gênero “tragédia”, observa-se na literatura, o aparecimento da poesia lírica. Nela o poeta expressa seus sentimentos e desejos particulares muitas vezes opostos ao esperado pela sociedade, como amores socialmente não recomendados ou mesmo proibidos. O pensamento religioso acompanha esse processo de subjetivação e individualização e, nos momentos de crise, de desagregação sociocultural, assim surgem novos sistemas religiosos ou variantes de sistemas antigos, surgem heresias enfatizando a responsabilidade individual e atribuindo à consciência e às intenções mais valor que aos próprios atos e obras.
  • 3. Esse movimento em direção a um aprofundamento da experiência subjetiva privatizada não foi um processo linear pelo qual tenham passado todas as sociedades humanas. No conjunto, porém, pode-se dizer que ao longo dos séculos as experiências da subjetividade privatizada foram se tornando cada vez mais determinantes da consciência humana sobre a sua própria existência. A crença na liberdade é um dos elementos básicos da democracia e da sociedade de consumo e não estamos dispostos, em geral, a pôr em risco nossos valores. Em alguns aspectos importantes essa imagem é completamente ilusória, e uma das tarefas da psicologia será a de revelar essa ilusão. Constituição e desdobramento da noção de subjetividade na Modernidade De forma simplificada, podemos firmar o início de nossa noção de subjetividade privada nos três últimos séculos: da passagem do Renascimento para a Idade Moderna. Em A Invenção do Psicólogo, desenvolvemos a ideia de que no Renascimento teria surgido uma experiência de perda de referências. A falência do mundo medieval e a abertura do ocidente ao restante do mundo teriam lançado o homem europeu numa condição de desamparo. O Renascimento foi um período muito rico em variedade de formas e em experiências, teve assim uma produção intensa de conhecimento. O contato com a diversidade das coisas, dos homens e das culturas impôs novos modos de ser. O homem viu-se obrigado a escolher seus caminhos e arcar com as consequências de suas opções. A crença em Deus não desapareceu, mas Deus ficou distante e foi posto “sobre” o mundo. O mundo passou a ser considerado cada vez menos como sagrado e cada vez mais como objeto de uso – movido por forças mecânicas – a serviço dos homens. Essa transformação é parte essencial da origem da ciência moderna. Michel de Montaigne (1533 – 1592) Na introdução de seus Ensaios, Montaigne diz ao leitor que tomará a si mesmo como assunto, ainda que sua vida seja comum, totalmente desprovida de feitos heróicos ou notáveis. O livro foi muito criticado com o argumento de que uma vida comum não mereceria ser objeto de tal obra, mas a questão que nos interessa é justamente o surgimento da valorização de cada indivíduo, da construção de cada individualidade única. Os céticos achavam impossível que pudéssemos obter algum conhecimento seguro sobre o mundo: a qualquer afirmação poderia ser oposta outra de igual valor, qualquer impressão que tenhamos poderia ser um engano de nossos órgãos dos sentidos. A descrença cética somada ao grande individualismo nascente acabou por produzir uma reação de duas feições bem distintas: a reação racionalista e a reação empirista. Em ambas, contudo,
  • 4. estabeleciam-se novas e mais seguras bases para as crenças e para as ações humanas, essas bases estavam no âmbito das experiências subjetivas. A Igreja Católica e as novas Igrejas Protestantes (Luteranos e Calvinistas) fizeram um esforço enorme para articular a crença no Deus onipotente e no livre-arbítrio. O sujeito deveria “sujeitar- se” uma vez mais a uma ordem superior, desvalorizando seus desejos e projetos particulares. Daí surge um regime onde o corpo, sobretudo, deve ser controlado e desvalorizado, pois ele sempre é fonte de desejo e dispersão. René Descartes (1596 - 1650) Descartes é o fundador do racionalismo moderno. Estabeleceu as condições de possibilidade para obtermos um conhecimento seguro da verdade. Ele se alinha entre aqueles que quiseram superar a grande dispersão do Renascimento e, o mais importante, superar o ceticismo. Diz ele: parece que tudo o que tomo como objeto de meu julgamento se mostra incerto, mas, no momento mesmo de minha dúvida, algo se mostra como uma ideia indubitável. Enquanto duvido, existe ao menos a ação de duvidar, e essa ação requer um sujeito. Surge então frase “penso, logo existo” [Cogito, ergo sum]. O ato de duvidar deixa evidente a existência do agente pensante. A evidência primeira é a de um “eu” e ele será a partir de agora o fundamento de todo o conhecimento. O homem moderno não busca a verdade num além, em algo transcendente, a verdade agora significa adquirir uma representação correta do mundo. Essa representação é interna, ou seja, a verdade reside no homem. Francis Bacon (1561 - 1626) Contemporâneo de Descartes, Bacon foi o fundador do empirismo. Para Bacon, a razão deixada em total liberdade poderia tornar-se especulativa e delirante ao ponto de não ser digna de crédito. É necessário dar à razão uma base nas experiências dos sentidos, da percepção, desde que essa percepção tenha sido purificada, liberada dos erros e ilusões a que está submetida no cotidiano. Bacon, como Descartes, é um dos grandes pioneiros na preocupação com o Método, no trabalho da produção de conhecimentos filosóficos e científicos de toda a Modernidade ocidental desde o século XVII até os dias de hoje. A crise da Modernidade e da subjetividade moderna em algumas de suas expressões filosóficas Iluminismo, séc. XVIII No Iluminismo as grandes conquistas do racionalismo cartesiano eram articuladas com a valorização das experiências individuais tal como promovidas pelos filósofos empiristas que formavam a outra grande corrente da Modernidade.
  • 5. David Hume (1711 — 1776) Para Hume, somos algo formado e transformado pelos embates da experiência e já não podemos nos conhecer como base e sustentação dos conhecimentos e de nós mesmos. Nessa medida, o conhecimento entendido como domínio dos objetos por um sujeito soberano não pode mais se sustentar. Immanuel Kant (1724 — 1804) Em A Crítica da Razão Pura, Kant afirma que o homem só tem acesso às coisas tais como essas coisas se apresentam para ele: a isso ele chama “fenômeno”. A única forma de produzirmos algum conhecimento válido é nos restringirmos ao campo dos fenômenos, pois as “coisas em si”, independentes do sujeito, são incognoscíveis. Tudo o que é cognoscível repousa na subjetividade humana. Romantismo, séc. XIX O Romantismo nasceu no final do século XVIII exatamente como uma crítica ao Iluminismo e, mais particularmente, à vertente racionalista do Iluminismo. Aquilo que na fundação da modernidade deve ser excluído do “eu” ou mantido sob o férreo controle do Método parece agora invadi-lo. A razão é destronada, o Método é feito em pedaços e o “eu” racional e metódico é deslocado do centro da subjetividade e tomado como uma superfície mais ou menos ilusória, encobrindo algo profundo e obscuro. Assim o Romantismo é um momento essencial na crise do sujeito moderno pela destituição do “eu” de seu lugar de senhor, de soberano. Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844 — 1900) O ponto mais agudo da crise do sujeito moderno acontece na filosofia de Nietzsche. Nela as ideias do “eu” ou do “sujeito” são interpretadas como ficções (isso dá continuidade à crítica de Hume à suposta substancialidade e estabilidade do sujeito). Nietzsche dá um passo bem largo e radical: não só o homem é deslocado da posição de centro do mundo, como a própria ideia de que o mundo tenha um centro ou uma unidade é destruída. A questão para Nietzsche é saber o quanto cada ilusão em cada contexto se mostra útil para a expansão da vida. Sistema mercantil e individualização Para existirem trabalhadores necessitados de garantir a própria sobrevivência alugando sua força de trabalho, é preciso antes a perda das condições mais antigas de vida e produção. Isso significa a ruptura dos vínculos que nas sociedades tradicionais
  • 6. pré-capitalistas uniam os produtores uns aos outros e todos aos meios de produção. O trabalhador livre é aquele capaz de buscar no mercado de trabalho sua ocupação. Essa liberdade, contudo, é muito ambígua. Ela é principalmente uma liberdade negativa, o sujeito, ao ganhá- la, perde uma porção de apoios e meios de sustentação. Perde a solidariedade do seu grupo: a família ou a aldeia deixam de ser auto-suficientes e cada indivíduo vai isoladamente procurar o seu sustento. Ideologia liberal iluminista, romantismo e regime disciplinar. De acordo com a Ideologia Liberal, cujas principais ideias manifestaram-se na Revolução Francesa, os homens são iguais em capacidade e devem ser iguais em direitos. Sendo assim, todos devem ser livres e, como todos são iguais, é possível supor um comportamento fraterno. No Romantismo reconhece-se a diferença entre os indivíduos e a liberdade é exatamente a liberdade de ser diferente. Na Ideologia Liberal, como no Romantismo, expressam-se os problemas da experiência subjetiva privatizada: segundo a Ideologia Liberal, todos são iguais, mas têm interesses próprios (individuais). Segundo o Romantismo, cada indivíduo é diferente, mas sente saudade do tempo no qual vivia em comunidade, e espera o retorno desse tempo. Enquanto esse tempo não vem, os românticos acreditam na reunião dos homens por meio dos grandes e intensos sentimentos, apesar de suas diferenças. Já os liberais apostam na fraternidade. A crise da subjetividade privatizada ou a decepção necessária Uma das condições para o surgimento dos projetos de psicologia científica é a clara ideia da experiência da subjetividade privatizada, mais ainda: é preciso que essa experiência entre em crise. Algumas das manifestações filosóficas dessa crise foram apontadas nos itens anteriores. Ao lado dessa necessidade emergente no contexto das experiências individuais - saber o que somos, quem somos, como somos, por que agimos de uma ou outra maneira -, surge para o Estado a necessidade de recorrer a práticas de previsão e controle – como lidar melhor com os sujeitos individuais, como educá-los de forma mais eficaz, treiná-los e selecioná-los para os diversos trabalhos? Em todas essas questões se expressa o reconhecimento da existência de um sujeito individual e a esperança da possível padronização desse sujeito segundo uma disciplina, uma norma, para ser possível colocá-lo, enfim, a serviço da ordem social. Surge desse modo a demanda por uma psicologia aplicada, principalmente nos campos da educação e do trabalho. Ou seja, o Regime Disciplinar, em si mesmo, exige a produção de certo tipo de conhecimento psicológico, de modo a tornar mais eficaz suas técnicas de controle. As subjetividades formadas pelos modelos
  • 7. liberais e românticos, sentindo-se contestadas e problematizadas, são atraídas pelos estudos psicológicos. Referência Bibliográfica: FIGUEIREDO, L. C. M. e SANTI, P. L. R. Psicologia, uma (nova) introdução; uma visão histórica da psicologia como ciência. 2ª ed., p. 13 – 52. São Paulo: EDUC, 2000. http://nicolas-pelicioni.blogspot.com/