O documento discute o antigo e novo paradigma em relação ao meio ambiente. O antigo paradigma via o planeta como tendo recursos ilimitados e a ser explorado, enquanto o novo reconhece os recursos como limitados. O documento também discute a ecologia profunda, que vê todos os seres e coisas como interligados, e defende uma visão holística do planeta.
1. Antigo e Novo Paradigma
Implicações Sociais e Políticas
2. Paradigma
Conjunto de concepções, valores, percepções e
de práticas compartilhadas por uma comunidade e
que permite uma visão particular da realidade.
3. Antigo Paradigma
Consciência simplista da ecologia.
Visão de inesgotabilidade dos recursos naturais.
O planeta como objeto a ser estudado, subjugado e explorado.
4. Novo Paradigma
Consciência de que a Terra possui apenas uma película fina
de vida (a biosfera), que está constantemente ameaçada pela
atuação do homem.
Compreensão apropriada da vida e dos processos de
desenvolvimento.
5. Antigo Paradigma Novo Paradigma
Homem
Superior a todos os
seres vivos
Ser participante
de uma cadeia
Meio Ambiente
(recursos naturais)
Recursos naturais
inesgotáveis
Planeta objeto de
estudo e exploração
Recursos naturais
esgotáveis.
Compreensão
apropriada da
vida.
6. Lei Social Principal
(Rudolf Steiner – filósofo austríaco)
“O bem estar da integridade social é tanto
maior quanto menos cada um exige pra si os
resultados do seu trabalho.”
7. Sociedade Ideal
Sociedade como uma unidade orgânica
na diversidade, liberta de hierarquia e
baseada no respeito mútuo, pelo
interrelacionamento de todos os aspectos da
vida.
(Unidade não Uniformidade)
8. Uma Nova Forma de Perceber o Mundo
“A terra não pertence ao homem; é o
homem que pertence à terra. Disto temos
certeza. Todas as coisas estão interligadas,
como o sangue une uma família. Tudo está
relacionado entre si. O que fere a terra fere
também os filhos da terra. Não foi o homem
que teceu a trama da vida: ele é meramente
um fio da mesma. Tudo o que ele fizer à
trama, a si próprio fará.”
Trecho da carta do cacique Seatle ao Presidente dos EUA em 1855.
9. Ecologia Profunda
Ecologia proposta pelo filósofo norueguês
Arne Naess que caracteriza sua essência
como a capacidade de formular questões
mais profundas, ou questionar cada aspecto
isolado do velho paradigma.
10. Ecologia Profunda não significa desfazer
de tudo, mas ter disposição para questionar
tudo.
11. Foco da Ecologia Profunda
A atitude de pensar o planeta numa visão
holística, sistêmica ou interrelacional, entre
todas as coisas que nos cercam.
12. Visão holística
Visão do homem (e por extensão o
planeta) como um todo indivisível e que não
pode ser explicado pelos seus componentes
distintos (físico, psíquico ou psicológico)
separadamente.
13. Visão holística
“Um ser humano é uma parte do todo que
chamamos Universo, uma parte limitada no
tempo e no espaço, que concebe a si
mesmo, as suas ideias e sentimentos como
algo separado de todo o resto. É como se
fosse uma espécie de ilusão de ótica da sua
consciência.” (Albert Einstein – 1905)
15. Dificuldade
Pensar as questões ambientais com mais
profundidade requer uma mudança radical
das nossas percepções, no nosso
pensamento e nos nossos valores.
16.
Visão de Mundo Ecologia Profunda
Domínio da Natureza Harmonia com a Natureza
Ambiente natural como
recurso para os seres
humanos
Toda a Natureza tem valor
intínseco
Seres humanos são
superiores aos demais seres
vivos
Igualdade entre as diferentes
espécies
Crescimento econômico e
material como base para
o crescimento humano
Objetivos materiais a serviço
de objetivos maiores de auto-
realização
17.
Visão de Mundo Ecologia Profunda
Crença em amplas reservas de
recursos
Planeta tem recursos limitados
Progresso e soluções baseados
em alta tecnologia
Tecnologia apropriada e ciência
não dominante
Consumismo
Fazendo com o necessário
e reciclando
Comunidade
nacional centralizada
Biorregiões e reconhecimento
de tradições das minoriais
Arne Naess 1973.