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SESI – Serviço Social da Indústria
DAM – Diretoria de Assistência Médica e Odontológica
GSST – Gerência de Segurança e Saúde no Trabalho
Manual de Segurança e Saúde no Trabalho
Coleção Manuais
Indústria do Vestuário
2003
SESI-SP
Serviço Social da Indústria – SESI. Diretoria de Assistência Médica e
Odontológica – DAM. Gerência de Segurança e Saúde no
Trabalho – GSST.
Manual de segurança e saúde no trabalho. / Gerência de Segurança e
Saúde no Trabalho. -- São Paulo: SESI, 2003.
244 p. : il. color. ; 28 cm. -- (Coleção Manuais ; Indústria do
Vestuário).
Bibliografia: p. 199 – 205.
Índice: p. 206 – 207
.
ISBN 00-000-0000-0
I. Título. II. Saúde ocupacional.
SESI – Serviço Social da Indústria
Departamento Regional de São Paulo
Av. Paulista, 1313
CEP 01311-923
São Paulo – SP
PABX: (11) 3146-7000
www.sesisp.org.br
Diretoria de Assistência Médica e Odontológica
Tel.: (11) 3146-7170/7171
©SESI – Departamento Regional de São Paulo
É proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, por quaisquer meios,
sem autorização prévia do SESI-SP
Outra publicação da Coleção Manuais:
• Indústria Calçadista.
Ficha Catalográfica
Departamento Regional de São Paulo
Conselho Regional
Presidente
Horacio Lafer Piva
Representantes das Atividades Industriais
Titulares
Luis Eulálio de Bueno Vidigal Filho
Luis Alberto Soares Souza
Paulo Tamm Figueiredo
Suplentes
Artur Rodrigues Quaresma Filho
Dante Ludovico Mariutti
Nelson Abbud João
Representante da Categoria Econômica das Comunicações
Carlos de Paiva Lopes
Representantes do Ministério do Trabalho e Emprego
Titular
Antonio Funari Filho
Suplente
José Kalicki
Representante do Governo Estadual
Wilson Sampaio
Diretor Regional
Claudio Vaz
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
AACD Associação de Assistência à
Criança Deficiente
ACGIH American Conference of
Governamental of Industrial
Hygienists
APAE Associação de Pais e Amigos dos
Excepcionais
APM Associação Paulista de Medicina
ASO Atestado de Saúde Ocupacional
AVAP Associação para Valorização e
Promoção de Excepcionais
CAI Certificado de Aprovação de
Instalações
CAT Comunicação de Acidente de
Trabalho
CF Constituição Federal
CIPA Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes
CLT Consolidação das Leis do Trabalho
CNAE Classificação Nacional de
Atividades Econômicas
CP Código Penal
CPMAT Conclusão de Perícia Médica de
Acidente de Trabalho
CREM Comunicação de Resultado de
Exame Médico
DME Divisão de Mecânica e
Eletricidade
DMR Divisão de Medicina e
Reabilitação da Faculdade de
Medicina da Universidade de São
Paulo - FMUSP
DRT Delegacia Regional do Trabalho
EPC Equipamento de Proteção
Coletiva
EPI Equipamento de Proteção
Individual
FISPQ Ficha de Informação de
Segurança de Produtos Químicos
GLP Gás Liquefeito de Petróleo
HAS Hipertensão Arterial Sistêmica
IBUTG Índice de Bulbo Úmido
Termômetro de Globo
IMC Índice de Massa Corpórea
INMETRO Instituto Nacional de Metrologia
INSS Instituto Nacional de Seguridade
Social
IPT Instituto de Pesquisas
Tecnológicas
LESF Lar Escola São Francisco
LO Laboratório de Ótica
MTbE Ministério do Trabalho e Emprego
NHO Norma de Higiene Ocupacional
NIOSH National Institute for Occupational
Safety and Health
NBR Norma Brasileira Registrada
NR Norma Regulamentadora
OIT Organização Internacional do
Trabalho
PADEF Programa de Apoio à Pessoa
Portadora de Deficiência no
Mercado de Trabalho da
Secretaria do Emprego e
Relações do Trabalho
PAIR Perda Auditiva Induzida por Ruído
PCA Programa de Conservação
Auditiva
PCMAT Programa de Condições e Meio
Ambiente de Trabalho
PCMSO Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional
PPD Pessoas Portadoras de
Deficiência
PPRA Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais
SESMT Serviço Especializado em
Engenharia de Segurança e
Medicina do Trabalho
SIPAT Semana Interna de Prevenção de
Acidentes
SPC Sistemas de Proteção Coletiva
TST Tribunal Superior do Trabalho
UFIR Unidade Fiscal de Referência
dB(A) Decibel (unidade de medida da
intensidade das ondas sonoras)
avaliado na escala A do medidor
de nível de pressão sonora
Hz Hertz (unidade de medida da
freqüência das ondas sonoras)
Lux Unidade de medida de
iluminância
tbn Termômetro de bulbo úmido
natural
tg Termômetro de globo
Lista de Siglas e Abreviaturas
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
TÍTULO PÁG.
Figura 1 Grupo de trabalhadores em postos fixos organizados no mesmo setor 08
Figura 2 Atividade exercida pela gestante em seu posto de trabalho 12
Figura 3 Atividade exercida pelo deficiente físico 14
Figura 4 Pessoa idosa desenvolvendo atividade laboral 15
Figura 5 Demarcação de piso para organização do arranjo físico de setores 17
Figura 6 Uso do equipamento individual de proteção auditiva 22
Figura 7 Operação da máquina de corte 23
Figura 8 Exemplo de fonte de calor no setor de passadoria 24
Figura 9 Risco químico na limpeza de peças com solvente orgânico 27
Figura 10 Revisor de tecido na postura de pé 30
Figura 11 Abdução dos braços acima da amplitude articular adequada 30
Figura 12 Faixa de amplitude de movimento para articulações dos membros superiores 31
Figura 13 Levantamento manual de cargas 32
Figura 14 Bancada adequada de trabalho 34
Figura 15 Trabalho sentado 35
Figura 16 Operação da máquina de corte sobre bancada 36
Figura 17 Operação da máquina rebitadeira 37
Figura 18 Operação da máquina pregadeira de botão 37
Lista de Figuras
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
TÍTULO PÁG.
Quadro 1 Porcentagem obrigatória de cargos destinados às pessoas portadoras de
deficiência (PPD) pelo número de trabalhadores da empresa 13
Quadro 2 Limites de tolerância e grau de insalubridade de alguns agentes químicos 25
Quadro 3 Dimensionamento da CIPA 43
Quadro 4 Agrupamento de Setores Econômicos pela Classificação Nacional
de Atividades Econômicas – (CNAE), para dimensionamento da CIPA 43
Quadro 5 Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – (CNAE),
com correspondente agrupamento para dimensionamento da CIPA 43
Quadro 6 Cronograma de processo de eleição da CIPA 44
Quadro 7 Treinamento da CIPA 45
Quadro 8 Classificação dos principais riscos ocupacionais em grupos de acordo
com a sua natureza e a padronização das cores correspondentes 60
Quadro 9 Setores da produção com identificação de riscos ocupacionais 61
Quadro 10 Nomenclaturas utilizadas para interpretação dos dados do dosímetro 88
Quadro 11 Valores para interpretação dos resultados para dosimetria 97
Quadro 12 Limite de tolerância de IBUTG 98
Quadro 13 Concentrações encontradas nas amostras coletadas de forma ativa 99
Quadro 14 Concentrações encontradas nas amostras coletadas de forma passiva 99
Quadro 15 Distribuição da população por faixa etária e sexo 113
Quadro 16 Exames médicos ocupacionais 115
Quadro 17 Parâmetro mínimo adotado para exame complementar de acordo com
o risco ocupacional existente 116
Quadro 18 Atividades de promoção da saúde 130
Quadro 19 Recomendações de vacinas 131
Lista de Quadros
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
TÍTULO PÁG.
Gráfico 1 Distribuição percentual da população avaliada segundo o sexo 134
Gráfico 2 Distribuição percentual da população avaliada segundo a faixa etária. 134
Gráfico 3 Distribuição percentual dos níveis de pressão sonora dos pontos avaliados 135
Gráfico 4 Distribuição percentual dos índices de iluminância dos pontos avaliados 136
Gráfico 5 Distribuição percentual do conforto térmico dos postos avaliados 136
Gráfico 6 Fatores de riscos ergonômicos encontrados para o setor de enfesto e corte 138
Gráfico 7 Fatores de riscos ergonômicos encontrados para o setor de costura. 139
Gráfico 8 Fatores de riscos ergonômicos encontrados para o setor de passadoria. 140
Gráfico 9 Distribuição percentual dos resultados obtidos nos exames audiométricos da
população avaliada 140
Gráfico 10 Distribuição percentual das queixas otológicas apresentadas pela
população avaliada 141
Gráfico 11 Distribuição percentual das queixas audiológicas apresentadas pela população
avaliada 141
Gráfico 12 Distribuição percentual de outras queixas apresentadas pela população avaliada 142
Gráfico 13 Distribuição percentual da população avaliada segundo utilização de protetores
auditivos durante a jornada de trabalho 142
Gráfico 14 Distribuição percentual da população avaliada segundo exposição a níveis de
pressão sonora extra-ocupacionais 143
Gráfico 15 Distribuição percentual dos trabalhadores examinados segundo queixas
apresentadas no aspecto psíquico e comportamental 144
Lista de Gráficos
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 9
PARTE I 5
■ 1. Introdução 7
■ 2. Objetivo Geral 9
■ 3. Tipificação 11
■ 4. Organização Geral do Trabalho 13
■ 5. Tipos de Trabalhadores 15
5.1 Trabalho Infantil 10
5.2 Trabalho Domiciliar 11
5.3 Trabalho da Mulher 12
5.4 Trabalho do Deficiente 13
5.5 Trabalho do Idoso 15
■ 6. Fatores de Risco e Medidas de Controle 16
6.1 Riscos Físicos 18
6.1.1 Ruído 18
6.1.2 Vibração 23
6.1.3 Calor 23
6.2 Riscos Químicos 25
6.3 Riscos Biológicos 28
6.4 Riscos Ergonômicos 29
6.4.1 Aspectos Biomecânicos 29
6.4.2 Organização do Trabalho 33
6.5 Riscos de Acidentes 36
Sumário
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
10
PARTE II 40
■ 7. Empresa Modelo - Indústria do Vestuário Roupa Feliz 41
■ 8. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) 42
8.1 Introdução 42
8.2 Conceito 42
8.3 Objetivo 42
8.4 Estrutura 42
8.5 Modelos de documentos 45
8.5.1 Carta para edital de convocação 46
8.5.2 Ficha para convocação dos funcionários 47
8.5.3 Ficha para candidatura dos funcionários 48
8.5.4 Relação dos candidatos a CIPA 49
8.5.5 Cédula de votação 50
8.5.6 Lista de presença de votação 51
8.5.7 Ata de eleição da CIPA 53
8.5.8 Colocação dos eleitos por ordem de votação 54
8.5.9 Lista de presença no treinamento da CIPA 55
8.5.10 Ata de instalação e posse da CIPA 56
8.5.11 Calendário de reuniões da CIPA 57
8.5.12 Certificados do treinamento 58
■ 9. Mapa de Risco 59
9.1 Introdução 59
9.2 Conceito 59
9.3 Objetivo 59
9.4 Estrutura 59
9.5 Modelos de documentos 65
9.5.1 Mapa de risco da Indústria do Vestuário Roupa Feliz 66
9.5.2 Setor de risco da Indústria do Vestuário Roupa Feliz 67
Sumário
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 11
■ 10. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) 68
10.1 Introdução 68
10.2 Conceito 68
10.3 Objetivo 68
10.4 Estrutura 68
10.5 Modelos de documentos 69
10.5.1 Carta de apresentação (1ª via) 71
10.5.1 Carta de apresentação (2ª via) 72
10.5.2 Capa 73
10.5.3 Introdução e objetivo 74
10.5.4 Apresentação 74
10.5.5 Perfil da empresa 74
10.5.6 Planejamento anual 75
10.5.7 Fluxograma de processos da produção 77
10.5.8 Arranjo físico da empresa Indústria do Vestuário Roupa Feliz 79
10.5.9 Descritivo de funções e reconhecimento dos riscos 80
10.5.10 Avaliação ambiental 87
10.5.10.1 Equipamentos e metodologia 87
10.5.10.2 Resultados 89
10.5.11 Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação 103
10.5.12 Cronograma de ações do PPRA para a Indústria do Vestuário Roupa Feliz 105
10.5.13 Conclusão 106
■ 11. Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) 107
11.1 Introdução 107
11.2 Conceito 107
11.3 Objetivo 107
11.4 Estrutura 107
11.5 Modelos de documentos 108
11.5.1 Carta de apresentação (1ª via) 109
11.5.1 Carta de apresentação (2ª via) 110
11.5.2 Capa 111
11.5.3 Introdução e objetivo 112
11.5.4 Apresentação 112
11.5.5 Perfil da empresa 112
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
12
11.5.6 Estrutura 113
11.5.6.1 Coordenador do PCMSO 113
11.5.6.2 Competências e responsabilidades 114
11.5.6.3 Controle biológico para riscos ambientais por setores, funções
e periodicidade 117
11.5.7 Relatório Anual do PCMSO 126
11.5.8 Primeiros Socorros 127
11.5.9 Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) 127
11.5.10 Outras atividades em saúde do trabalhador 130
■ 12. Perfil das Empresas Pesquisadas 133
12.1 Introdução 133
12.2 Objetivo 133
12.3 Atividades Realizadas 133
12.4 Resultados 133
PARTE III 146
■ 13. Aspectos Legais 147
13.1 Normas Regulamentadoras (NR´s) 148
13.2 Aspectos Gerais da Legislação Brasileira Federal, Civil, Penal,
Previdenciária e Trabalhista. 179
13.2.1 Direito do Trabalho, Civil, Previdenciário 181
13.2.2 Responsabilidade Civil e Penal 195
PARTE IV
■ 14. Bibliografia 199
■ 15. Índice Remissivo 206
Parte I
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 15
A indústria do vestuário compreende um elevado número de empresas, podendo ser
dividida em dois segmentos:
■ Vestuário padrão: engloba a produção de artigos padronizados, não sujeito à osci-
lação da moda, caracterizada pelo grande volume de vendas e tem seu conceito de
qualidade associado à sua durabilidade.
■ Vestuário da moda: engloba artigos cuja produção é segmentada em lotes, obede-
cendo desenhos, cores, formas, estruturas e detalhes, ditados pelas tendências da
moda. Este segmento é caracterizado pela flexibilidade e enorme agilidade para que
possa atender e acompanhar as rápidas mudanças da moda, seu conceito de quali-
dade está ligado à atualidade da moda.
A indústria do vestuário é responsável aproximadamente por 60% do emprego na cadeia
produtiva de têxteis e confecções.
Nas atividades laborais, podemos encontrar riscos profissionais relativos a higiene, se-
gurança e saúde dos trabalhadores como provenientes da organização do trabalho (risco er-
gonômico), e os ligados aos equipamentos e agentes agressivos (risco físico, químico e
de acidentes).
A prevenção de riscos ocupacionais é essencial para um bom desenvolvimento da orga-
nização do trabalho e motivação dos trabalhadores, melhorando as condições laborais,
qualidade de vida dos trabalhadores, cultura e imagem da empresa acarretando uma me-
lhor produtividade.
Introdução
1
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 17
O objetivo deste manual é orientar as indústrias do vestuário sobre medidas de higiene,
segurança e saúde no trabalho. A prevenção dos fatores de risco protege os trabalhadores
de possíveis danos a saúde, contribuindo para melhorar a produtividade das indústrias.
Objetivo Geral
2
Atenção
Além dos fatores de risco citados neste manual, outros podem existir em função
do arranjo físico, das condições ambientais da indústria e das formas de
organização do trabalho.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 19
A indústria do vestuário constitui-se principalmente de micro, pequenas e médias empre-
sas com diversidade de escalas produtivas e grande heterogeneidade das unidades fabris. Lo-
calizam-se em galpões estruturados ou instaladas em prédios comerciais e/ou residenciais.
As máquinas e equipamentos utilizados variam desde modelos mais simples até tecno-
logias mais avançadas, que permitem economia de tecido e maior rapidez nas etapas de cri-
ação, especificação técnica das peças e modelagem.
As principais matérias-primas utilizadas são tecidos e linhas com fibras vegetais, ani-
mais e sintéticas. Também são utilizados acessórios como botões, zíperes e apliques de
plástico, madeira e metal.
As indústrias estão organizadas em setores como modelagem, corte, costura, acaba-
mento, passadoria e expedição, em menor escala encontra-se empresas com o setor de la-
vanderia e estamparia (silk-screen).
É comum a terceirização de algumas partes dos processos produtivos, dependendo da
sazonalidade e das tendências da moda.
A principal mão de obra é composta pelo sexo feminino devido principalmente a neces-
sidade da precisão e delicadeza nas atividades.
Entre as várias funções existentes pode ocorrer rotatividade nas tarefas devido ao ritmo
de produção e sazonalidade, havendo a necessidade de treinamento adequado.
Tipificação
3
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 21
Nas indústrias do vestuário avaliadas, a organização do trabalho é realizada em setores
como: criação, compras, modelagem, almoxarifado (tecidos/aviamentos), bordado, estam-
paria, lavanderia, enfesto, corte, etiquetagem, costura, revisão/acabamento, passadoria,
embalagem, expedição, manutenção mecânica e setores administrativos.
Nos setores da produção as atividades são desenvolvidas por métodos tradicionais de
gestão dos processos de trabalho em postos fixos (células). O trabalho em células é uma
atividade realizada por pequenos grupos de trabalhadores.
Para visualizar a organização geral do trabalho, pode-se consultar o fluxograma de pro-
dução constante da p. 97.
Figura 1 – Grupo de trabalhadores em postos fixos organizados no mesmo setor
Organização Geral do Trabalho
4
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 23
Alguns trabalhadores merecem atenção diferenciada pela complexidade legal a que
estão expostos:
■ Trabalho infantil
■ Trabalho domiciliar
■ Trabalho da mulher
■ Trabalho do deficiente
■ Trabalho do idoso
5.1.Trabalho Infantil
O trabalho infantil, conforme legislação brasileira vigente, é aquele exercido por qual-
quer pessoa abaixo de dezesseis anos de idade. No entanto, a mesma legislação permite
que a partir dos quatorze anos de idade a criança trabalhe na condição de aprendiz.
Grande parte do trabalho infantil no Brasil está associado a aspectos econômicos (com-
plementação da renda familiar), aspectos culturais (visão dos familiares) e aspectos sociais
(desemprego dos pais, limitações do sistema educacional), porém nas indústrias do
vestuário avaliadas, não foi observado nenhum trabalho infantil.
No Brasil, podemos citar algumas entidades que atuam na erradicação do trabalho infantil:
■ Organização Internacional do Trabalho (OIT)
■ Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF)
■ Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedo
(Fundação ABRINQ)
■ Instituto Pró-Criança
■ Fundação Semear
■ Centrais Sindicais
■ Ministério Público.
Tipos de Trabalhadores
5
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
24
Tipos de Trabalhadores
5.2.Trabalho Domiciliar
No Brasil é freqüente em vários ramos industriais o trabalho domiciliar. Conforme levan-
tamento bibliográfico, na indústria do vestuário este fato é antigo e tem aumentado desde
a década de 80. Com o fechamento de postos de trabalho nas indústrias, alguns trabalha-
dores demitidos passaram a utilizar suas próprias residências como pequenos empreendi-
mentos familiares, prestando serviços para indústrias de todos os portes. O trabalho domi-
ciliar é realizado por encomenda, o que acarreta ausência de limites à jornada de trabalho
e o envolvimento de toda a família. Geralmente os trabalhadores não possuem vínculo em-
pregatício. Esta condição associada ao ambiente em que as atividades são realizadas, ca-
racterizam a precarização do trabalho a domicílio, fugindo do controle da fiscalização do Mi-
nistério do Trabalho e Emprego.
5.3.Trabalho da Mulher
A inserção da mulher no mercado de traba-
lho brasileiro continua sendo crescente devido
a necessidade de incremento na renda familiar.
Com a igualdade de direitos, a mulher tam-
bém passou a exercer funções que geram rea-
lizações pessoais e cargos de importância den-
tro de uma empresa.
Para as mulheres, geralmente trabalhar sig-
nifica melhorar o padrão de vida.
O ramo do vestuário é marcado pelo predo-
mínio de trabalhadores do sexo feminino. As le-
gislações vigentes conferem direitos trabalhis-
tas a mulher, como a licença maternidade de
cento e vinte dias remunerada e a estabilidade
empregatícia de no mínimo sessenta dias após
o seu retorno, além de outros direitos.
Figura 2 – Atividade exercida pela gestante em seu posto de trabalho.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
Tipos de Trabalhadores
25
5.4.Trabalho do Deficiente
A Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Legislação Brasileira vigente asseguram
às pessoas portadoras de deficiências, o direito à participação em atividades econômicas.
A lei no
7.853 de 24 de outubro de 1999, regulamentada pelo decreto no
3.298 de 20 de
dezembro de 1999, dispõe sobre o trabalho da pessoa portadora de deficiência e sua inte-
gração social.
De acordo com a lei mencionada, podemos enquadrar as deficiências nas seguin-
tes categorias:
■ Deficiência física
■ Deficiência auditiva
■ Deficiência visual
■ Deficiência mental
■ Deficiência múltipla
A legislação obriga as empresas que possuem cem ou mais funcionários a contratar be-
neficiários da Previdência Social reabilitados ou portadores de deficiência habilitados, pre-
enchendo de 2 a 5% do total de seus cargos, conforme o quadro a seguir:
Quadro 1 – Porcentagem obrigatória de cargos destinados às pessoas portadoras
de deficiência (PPD) pelo número de trabalhadores da empresa.
% de PPD
No
de trabalhadores
2
de 100 a 200
3
de 201 a 500
4
de 501 a 1000
5
mais de 1000
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
26
Tipos de Trabalhadores
Relacionamos abaixo, algumas entidades que estimulam a integração ou reintegração
das pessoas portadoras de deficiência (PPD) as atividades profissionais.
■ APAE – Associação de Pais e Amigos do Excepcional.
Campanha Empresa Parceira da APAE.
■ AACD – Associação de Assistência a Criança Deficiente.
Programa de Trabalho Eficiente.
■ LESF – Lar Escola São Francisco.
■ SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.
Projeto Inclusão das Pessoas com Necessidades Especiais
(PNE) nos programas de
Educação Profissional do
SENAI.
■ AVAP – Associação para
Valorização e Promoção de
Excepcionais.
■ PADEF – Programa de Apoio à
Pessoa Portadora de
Deficiência no Mercado de
Trabalho da Secretaria do
Emprego e Relações do
Trabalho.
■ DMR – Divisão de Medicina e
Reabilitação da FMUSP
.
Figura 3 – Atividade exercida pelo deficiente físico
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 27
Tipos de Trabalhadores
5.5.Trabalho do Idoso
Conforme a Política Nacional do Idoso, a pessoa maior de 60 anos de idade é
considerada idosa.
A participação de idosos no mercado de trabalho é freqüente no Brasil, em decorrência
do crescente aumento da expectativa de vida da população. O fator preponderante que leva
o idoso a continuar trabalhando é a composição da renda familiar, que geralmente é
insuficiente para sua necessidade e além disso o desempenho de um papel social ativo.
Conforme lei no
8.842 de 04 de janeiro de 1994 “é competência dos órgãos e entidades
públicos: ... a) garantir mecanismos que impeçam a discriminação do idoso quanto a sua
participação no mercado de trabalho, no setor público e privado; b) priorizar o atendimento
do idoso nos benefícios previdenciários; c) criar e estimular a manutenção de programas de
preparação para aposentadoria nos setores público e privado com antecedência mínima de
dois anos antes do afastamento.”
Figura 4 – Pessoa idosa desenvolvendo atividade laboral
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 29
Risco é uma condição que apresenta potencial para causar danos. Esses danos podem ser
entendidos como lesões a pessoas, quebras de equipamentos ou estruturas, perda de material
em processo ou redução da capacidade de desempenho de uma função predeterminada.
Os fatores de risco existentes nos locais de trabalho podem comprometer a segurança
das pessoas, e a produtividade da empresa.
No ambiente de trabalho, estes fatores, podem variar em função de sua natureza,
concentração, intensidade e tempo de exposição aos agentes nocivos, tais como:
■ Físico: ruído, vibração e calor.
■ Químico: vapores.
■ Biológico: vírus, fungos e bactérias.
■ Ergonômico: levantamento e transporte manual de peso, postura imprópria e meios
inadequados de produção e controle.
■ Acidente: corte e perfuração nas mãos e dedos, arranjo físico inadequado, máquinas
e equipamentos com proteção deficiente e iluminação inadequada.
Para a eliminação ou minimização de fatores de risco, as empresas devem adotar
medidas de controle organizacionais, de engenharia, coletivas (uso de equipamento de
proteção coletiva – EPC) e individuais (uso de equipamento de proteção individual – EPI). É
importante a realização de orientações e treinamentos aos envolvidos no processo
produtivo e administrativo. As medidas de controle devem ser revisadas e atualizadas
sempre que necessário, garantindo a produtividade e o equilíbrio econômico da empresa.
Fatores de Risco e
Medidas de Controle
6
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
30
Riscos e Controles
6.1. Riscos Físicos
São considerados como risco físico o ruído, a vibração, a umidade, a radiação ionizante,
a radiação não ionizante e a temperatura extrema. Na indústria do vestuário os mais
observados são o ruído, a vibração e o calor.
■ 6.1.1. Ruído
Ruído é um som indesejável e desagradável. No ser humano ele pode ocasionar altera-
ções em todo o organismo, principalmente no aparelho auditivo.
O trabalhador pode muitas vezes estar exposto no ambiente de trabalho a ruídos de dife-
rentes intensidades e durações, devendo-se considerar o efeito combinado dessas variações.
De acordo com a freqüência, a intensidade e a duração, podemos ter diferentes tipos de
alterações auditivas descritas a seguir:
Figura 5 – Demarcação de piso para organização do arranjo físico de setores
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 31
Riscos e Controles
■ o Trauma Acústico é uma alteração súbita da audição decorrente de uma única expo-
sição a ruído muito intenso. Geralmente afeta a audição nas freqüências de 3000,
4000 e/ou 6000Hz.
■ a Mudança Temporária de Limiar é uma alteração auditiva provocada pela exposição
ao ruído, sendo que a audição volta ao seu normal após algumas horas do término
desta exposição ou até mesmo após algumas semanas.
■ a Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR) é a mudança permanente de limiar devido
a exposição contínua ao ruído. É uma patologia de caráter irreversível do tipo neuro-
sensorial (lesão que afeta as células nervosas da orelha interna). Quase sempre é bi-
lateral e progressiva, atingindo inicialmente as freqüências de 3000, 4000 e/ou
6000Hz, preservando as freqüências da fala. Por este motivo, o trabalhador não per-
cebe a alteração que está ocorrendo em sua audição, notando somente em uma fa-
se mais avançada.
A exposição a ruído ainda pode causar efeitos denominados extra-auditivos. Dentre os
mais conhecidos podemos destacar: distúrbios circulatórios (hipertensão arterial, taquicar-
dia), distúrbios digestivos (úlceras, gastrites), distúrbios endócrinos (diabetes mellitus), dis-
túrbios imunológicos, distúrbios sexuais e reprodutivos (impotência, infertilidade), distúrbi-
os de equilíbrio (labirintopatia), distúrbios do sono (insônia, dificuldade de adormecer), dis-
túrbios musculares, distúrbios psicológicos (estresse, depressão, ansiedade, irritação, exci-
tabilidade, nervosismo), distúrbios sociais (diminuição da atenção, da memória, da concen-
tração e isolamento social pela dificuldade de comunicação).
Assim como o ruído ocupacional, outros fatores contribuem para o desencadeamento
e/ou agravamento da perda auditiva como por exemplo a idade; distúrbios bioquímicos e
metabólicos; doenças infecciosas, hereditárias, congênitas, neonatais, entre outras; expo-
sição a outros agentes ototóxicos e otoagressivos (medicamentos, produtos químicos, vi-
brações); exposição extra-ocupacional a ruído (ruído urbano, uso de walkman, shows mu-
sicais, uso de instrumento musical, culto religioso, fogos de artifício, festividades carna-
valescas, tiro de arma de fogo, brinquedos ruidosos, ferramentas elétricas e alguns apare-
lhos domésticos).
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
32
Riscos e Controles
No ambiente de trabalho podemos encontrar diversos fatores que contribuem para a
presença do ruído, tais como alta rotação de motores, vibrações dos componentes de má-
quinas, falta de amortecimento de peças flexíveis, não utilização de silenciadores, falta de
manutenção preventiva de máquinas e instrumentos, falta de lubrificação de peças, falta de
elementos que absorvam impactos, instalações físicas acusticamente inadequadas, prote-
ção interna e externa para absorção do som nas máquinas mal dimensionada, máquinas
com projetos e/ou construção inadequadas.
Na indústria do vestuário, o setor de produção possui máquinas e equipamentos que
produzem variados níveis de pressão sonora (ruído) durante a jornada de trabalho. Os níveis
de pressão sonora (ruído) encontrados neste ramo de atividade nem sempre ultrapassam o
limite de tolerância individual descrito na NR-15 de 85 dB(A) para uma jornada de 8 (oito)
horas de trabalho.
Medidas de controle
A prevenção das alterações auditivas ocupacionais começa no ambiente de trabalho
com o objetivo de estacionar as perdas auditivas já existentes e impedir o aparecimento de
novos casos. Para isso também é necessário implantar um Programa de Conservação Audi-
tiva (PCA) em conjunto do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (NR-7) e do
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (NR-9).
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 33
Riscos e Controles
Programa de Conservação Auditiva – PCA
■ Conceito
O Programa de Conservação Auditiva (PCA) consta de uma série de medidas orga-
nizadas e coordenadas, tendo em conta os níveis de pressão sonora elevados confor-
me levantamento realizado no PPRA de cada empresa.
■ Objetivo
O PCA tem como objetivo preservar a audição dos trabalhadores expostos a níveis
de pressão sonora iguais ou superiores a 80 dB(A) pela atuação de uma equipe mul-
tidisciplinar (engenheiro de segurança, técnico de segurança, médico do trabalho, fo-
noaudiólogo, recursos humanos, trabalhador da produção, diretoria da empresa).
■ Atividades do PCA
■ Avaliação da exposição...........................................................
✗ Reconhecer o ambiente de trabalho e as atividades desenvolvidas pelos
trabalhadores;
✗ Avaliar a presença de ruído e outros agentes ototóxicos e otoagressivos
no ambiente e a exposição individual a este(s);
✗ Avaliar a interferência do ruído na comunicação oral dos trabalhadores,
e na atenção para os sinais de alerta;
✗ Identificar os setores de risco e o tempo de exposição, entrevistando o
trabalhador no local;
✗ Identificar e avaliar as fontes emissoras de ruído para possibilitar seus
controles;
✗ Estabelecer prioridades para o controle;
■ Medidas de controle ambiental e organizacional ................
✗ Indicar a todos os trabalhadores os setores de risco;
✗ Redução do tempo de exposição do trabalhador ao risco;
✗ Redução de permanência nos setores de risco;
✗ Rodízio da função;
✗ Implementação de pausas durante a jornada de trabalho;
✗ Limitação de horas extras;
✗ Funcionamento de determinadas máquinas em turnos ou horários com o
menor número de funcionários;
✗ Outras medidas propostas pela engenharia conforme PPRA (NR-9),
descrito no capítulo 10.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
34
Riscos e Controles
■ Avaliação e monitoramento audiológico ..............................
✗ Realização de exames audiométricos de referência e de seqüência
conforme proposto pela Portaria nº 19;
✗ Identificar a situação auditiva da população, fazendo o acompanhamento
periódico;
✗ Identificar os trabalhadores que necessitam de encaminhamento para o
otorrinolaringologista;
✗ Alertar os trabalhadores sobre os efeitos do ruído;
✗ Verificar a eficácia das medidas de controle.
■ Indicação para o uso de protetores auditivos ......................
✗ O uso de protetores auditivos é recomendado a trabalhadores expostos
a níveis de pressão sonora igual ou acima a 85dB(A) durante sua jornada
de trabalho ;
✗ Deve ser disponibilizado aos trabalhadores pelo menos dois tipos de
protetores auditivos, devendo ser considerado na escolha:
• o grau de conforto
• a facilidade de colocação, manuseio e manutenção
• a capacidade de atenuação do ruído nas freqüências de interesse
• a sua vida útil;
✗ O EPI deve ser encarado como uma medida temporária ou complementar
até que medidas de caráter coletivo sejam adotadas;
✗ A eficácia do EPI depende da adesão integral do trabalhador sendo que,
o protetor ideal é aquele que é mais aceito e utilizado pelos
trabalhadores expostos ao risco.
■ Formação e informação dos trabalhadores ..........................
✗ O trabalhador deve ser conscientizado periodicamente no que se refere
ao uso, manutenção, higienização e troca do protetor auditivo.
✗ Informar e educar os trabalhadores sobre vários temas como por exemplo o
que é PAIR, os fatores agravantes, predisponentes e complicadores, os
mecanismos de prevenção, as fases do PCA em andamento na empresa, os
resultados dos exames audiológicos, as dificuldades diagnósticas, a
exposição a ruído extra-ocupacional (ruído urbano, uso de walkman, shows
musicais, uso de instrumento musical, culto religioso, fogos de artifício,
festividades carnavalescas, tiro de arma de fogo, brinquedos ruidosos,
ferramentas elétricas e alguns aparelhos domésticos) e seus efeitos. Estas
informações podem ser obtidas no momento da realização do exame
audiométrico ou durante a consulta médica ocupacional e por intermédio
de palestras, seminários, encontros, campanhas e reuniões com a CIPA;
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 35
Riscos e Controles
Figura 6 – Uso do equipamento individual de proteção auditiva
■ Conservação de Registros ......................................................
✗ Os documentos do PCA devem ser mantidos pela empresa por pelo
menos trinta anos.
■ Avaliação da eficácia do programa........................................
✗ Analisar as audiometrias seqüênciais e de referência conforme critério
descrito na Portaria 19 (9 abr. 1999);
✗ Avaliação das etapas do programa;
✗ Levantamento das opiniões dos trabalhadores.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
36
Riscos e Controles
■ 6.1.2. Vibração
Este risco pode ocorrer devido a movimentação das partes rolantes da máquina que es-
tá em operação, falta de manutenção preventiva adequada das máquinas e equipamentos.
Sua transmissão ao corpo humano ocorre através do contato direto com a máquina, atingin-
do partes do seu corpo como mãos e braços.
Na indústria do vestuário este risco deverá ser examinado junto a máquina de costura e
máquina de corte elétrica manual para efeito de medidas de controle quando necessárias.
Figura 7 – Operação da máquina de corte
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 37
Riscos e Controles
■ 6.1.3. Calor
As condições térmicas anormalmente elevadas podem ser nocivas à saúde dos trabalha-
dores, causando mal-estar, cãibras, desidratração, distúrbios cardiovasculares e erupções
da pele.
Na indústria do vestuário pode-se observar fontes de calor, como por exemplo o ferro de
passar roupa e a máquina de entretela.
Medidas de controle
Para minimizar o calor no ambiente laboral, algumas medidas podem ser adotadas, co-
mo: revezamento de função quando possível, isolamento das partes emissoras de calor, pla-
nejamento de instalação e uso adequado de máquinas e equipamentos geradores de calor,
instalação e utilização de ventilação natural e artificial.
Figura 8 – Exemplo de fonte de calor no setor de passadoria
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
38
Riscos e Controles
6.2. Riscos Químicos
Na indústria do vestuário utiliza-se produtos químicos em operações auxiliares como:
LIMPEZA – produtos domésticos (sabão, sabonete ou detergente) e/ou solventes orgâ-
nicos (benzina*). Na literatura é citada a utilização de tricloroetileno e tetracloroetileno.
ESTAMPARIA DO TIPO SERIGRAFIA (silk-screen) – produtos contendo solventes or-
gânicos ou a base de água, como por exemplo, hidróxido de amônio.
LAVANDERIA - produtos químicos em soluções diluídas como, barrilhas, metabissulfi-
to de sódio e hipoclorito de sódio e produtos oxidantes como permanganato de potássio.
Na avaliação da utilização dos produtos citados acima, observou-se que o risco químico
considerado mais relevante é a exposição aos vapores de solventes orgânicos. “Vapores
são dispersões de moléculas no ar que podem se condensar para formar líquidos ou sóli-
dos em condições normais de temperatura e pressão” (SESI, 1994).
Alguns agentes químicos contidos nos produtos puros, em formulações ou misturas, ma-
nuseados nas operações, estão apresentados no quadro 2, com seus respectivos limites de
tolerância e grau de insalubridade, estabelecidos pela padronização da NR-15 e da ACGIH.
Quadro 2 – Limites de tolerância e grau de insalubridade de alguns agentes químicos
Agente químico
(padronização) (ppm)
Xileno (NR 15) 78
Tolueno (NR 15) 78
n-Hexano (ACGIH)
Tricloroetileno (NR 15)
Tetracloroetileno
(percloroetileno) (NR 15)
n-Pentano (NR 15)
Amônia (NR 15)
Álcool etílico (NR 15)
50
78
20
780
Ciclohexano (NR 15)
78
470
235
mg/m3
340
290
180
525
14
1480
420
1400
820
Grau de
insalubridade
médio
médio
—
médio
médio
mínimo
máximo
mínimo
médio
Limite de tolerância até 48 horas/semana
ppm: parte por milhão mg/m3: miligrama por metro cúbico
ACGIH: ”American Conference of Governamental of Industrial Hygienists”
NR 15: Norma Regulamentadora 15, anexo nº 11, quadro nº 1
*mistura de hidrocarbonetos saturados derivada do petróleo, constituída principalmente por n-hexano.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 39
Riscos e Controles
Medidas de controle
Embora o potencial de risco químico não seja relevante no setor do vestuário, algumas
ações podem ser tomadas para reduzi-lo evitando assim certos incômodos observados, co-
mo a inalação de vapores de amônia, ressecamento das mãos por produtos cáusticos, en-
tre outros.
A embalagem dos produtos de amônia deve estar posicionada de forma a evitar o con-
tato direto dos vapores com as vias respiratórias e oculares na manipulação dos mesmos.
Sugere-se evitar este contato facial. A utilização do produto químico deve ocorrer em local
com ventilação natural durante o horário que exponha um número menor de trabalhadores.
Além disso, deve-se fornecer, treinar e conscientizar os trabalhadores quanto ao uso de
equipamentos de proteção individual como luvas e máscaras apropriadas.
Para cada produto químico utilizado, é obrigatório ter disponível a “Ficha de Informação
de Segurança de Produto Químico” – FISPQ, conforme NBR 14725 de junho de 2001 que
contêm informações sobre vários aspectos de substâncias ou preparados quanto à prote-
ção, segurança e saúde do trabalhador e ao meio ambiente, além de medidas de proteção
e ações em situação de emergência. A FISPQ deve ser entregue pelo fornecedor na venda
do produto e mediante solicitação.
O fornecedor do produto deve disponibilizar esta ficha completa e constantemente
atualizada. O portador desta ficha é responsável em analisar as condições de uso do produ-
to, tomar medidas de precaução necessárias numa dada situação de trabalho e manter os
trabalhadores informados quanto aos perigos relevantes no seu ambiente laboral. A FISPQ
contém os seguintes dados:
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
40
Riscos e Controles
Ficha de Informação de Segurança de
Produto Químico – FISPQ
1. Identificação da substância/preparação e
da empresa;
2. Composição/informação sobre os componentes;
3. Identificação dos perigos;
4. Primeiros socorros;
5. Medidas de combate a incêndios
6. Medidas a tomar em caso de fugas acidentais;
7. Manuseamento e armazenagem;
8. Controlo da exposição/proteção individual;
9. Propriedades físico-químicas;
10. Estabilidade e reatividade;
11. Informação toxicológica;
12. Informação ecológica;
13. Questões relativas a eliminação;
14. Indicações relativas ao transporte;
15. Informação regulamentada;
16. Outras informações.
Fonte: NBR 14725 de junho de 2001
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 41
Riscos e Controles
Figura 9 – Risco químico na limpeza de peças com solvente orgânico
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
42
Riscos e Controles
6.3. Riscos Biológicos
No ambiente de trabalho, os trabalhadores podem ter contato com agentes biológicos
tais como vírus, fungos e bactérias. Esse contato ocorre por via cutânea, oral ou respiratória.
Na indústria do vestuário, não foi observado exposição a risco biológico nos processos
produtivos. Em algumas atividades não específicas deste ramo industrial podemos encon-
trar exposição ao risco, como: no ambulatório médico, na coleta de lixo (resíduos sólidos) e
nos serviços de limpeza (vestiário e refeitório).
Medidas de controle
Em atividades que o trabalhador esteja exposto a risco biológico, esta exposição deve
ser atenuada por medidas preventivas como o uso de equipamentos de proteção individual
- EPI (luvas de látex, botas, máscaras); higiene adequada no ambiente de trabalho e pesso-
al (hábito de lavar as mãos, não comer, beber e fumar no local de trabalho) e vacinação
(principalmente anti-tetânica, contra influenza e hepatite B entre outras, conforme quadro
19 da p.131).
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 43
Riscos e Controles
6.4. Riscos Ergonômicos
Os fatores de risco relacionados à ergonomia são aqueles que interferem na relação har-
mônica entre trabalho e ser humano, podendo provocar danos à saúde do trabalhador por
alterações fisiológicas no organismo e estado emocional, como também comprometer a se-
gurança no ambiente de trabalho e a produtividade da empresa.
Como a ergonomia é uma área de conhecimento multidisciplinar, a identificação dos riscos
e sua prevenção, deve ser realizada por profissionais de diversas áreas para controlar todos os
possíveis fatores de risco existentes no ambiente laboral isoladamente e simultaneamente.
Para evitar que estes fatores de risco comprometam a execução das atividades no am-
biente laboral é necessário adequar as condições de trabalho ao homem, através da inte-
gração do conforto no sentido amplo dos aspectos físico e psíquico à produtividade, para
diminuir a ocorrência de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho, garantindo econo-
micamente uma boa produção.
As medidas de controle para aspectos ergonômicos são dinâmicas, ou seja, mudam de
acordo com o processo de produção, produtividade, tipo de mobiliário, equipamentos utili-
zados, qualidades e números de funcionários e as tarefas a serem realizadas.
■ 6.4.1. Aspectos Biomecânicos
Dentre os aspectos biomecânicos, os principais são: a postura inadequada do trabalha-
dor, o uso excessivo de força, a repetição dos movimentos e o manuseio de carga incorreto
e excessivo. É importante ressaltar que esses aspectos podem ocorrer isolados e associa-
dos entre si, ou com outros fatores de risco. Quando associados, o potencial de risco é ain-
da maior.
■ Postura inadequada: o posicionamento imóvel do trabalhador por períodos prolon-
gados (figura 10) propicia a este, uma compressão dos vasos sangüíneos dificultan-
do a circulação do sangue. Consequentemente, os músculos recebem oxigênio e nu-
trientes insuficientes, prejudicando o retorno do sangue no processo circulatório,
acumulando-se resíduos metabólicos provocando dor e fadiga muscular. Posições es-
táticas prolongadas podem levar ao desgaste das articulações e ossos.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
44
Riscos e Controles
Figura 10 - Revisor de tecido na postura em pé
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 45
Riscos e Controles
Além da postura fixa, deve-se levar em consideração que posturas extremas também
são prejudiciais, como pode ser observado na figura 11.
■ Repetição: a repetição dos mesmos padrões de movimentos é prejudicial para o or-
ganismo podendo provocar atrito entre os tendões dos músculos, ligamentos e ossos,
aumentando o risco de irritação da articulação utilizada.
■ Força e manuseio de carga: a força interna gerada pelo organismo e a força ex-
terna realizada para a execução de manuseio de cargas, são aspectos importantes a
observar, já que ambas podem gerar sobrecarga à estruturas corporais, diminuindo a
circulação sangüínea do local e podendo ocasionar fadiga muscular.
O transporte manual de cargas pode acarretar danos à saúde e a integridade física do
trabalhador e depende basicamente dos seguintes fatores: peso da carga, distância a ser
percorrida, formato da carga, tipo de piso, altura da carga ao piso e distância do trabalha-
dor à carga.
Figura 11 - Abdução dos braços acima da amplitude articular adequada
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
46
Riscos e Controles
Medidas de controle
■ Postura inadequada: ao de-
finir um posto de trabalho, recomen-
da-se que a postura do trabalhador
seja a mais flexível possível, não
sendo permanentemente em pé ou
sentado. Nas atividades em que es-
tas posições flexíveis não sejam
possíveis, pode-se realizar um rodí-
zio para alterar as posturas fixas e
também implantar pausas. Além de
evitar posturas fixas do trabalhador,
devem ser evitadas as posturas e
movimentos extremos. Cada articu-
lação do corpo apresenta um melhor
desempenho biomecânico em algu-
mas faixas de amplitudes de movi-
mento, por isso, é recomendável res-
peitar esses limites de amplitude ar-
ticular para se obter as vantagens bi-
omecânicas que o corpo oferece na
execução das atividades laborais.
Na literatura consultada, há diferen-
tes faixas de amplitude de movimen-
to recomendadas, variando de acor-
do com o autor estudado. A figura 12
ilustra a recomendação adotada por
COURY, 1995.
60°
90°
180°
0°
0°
60°
0°
180°
85°
110°
0°
145°
a
s
e
r
e
v
i
t
a
d
a
a
ser evitada
recomendada
15°
15°
0°
20°
45°
0°
25°
25°
70°
90°
Amplitude de
movimento a
ser evitada
Amplitude de
movimento
recomendada
Amplitude de
movimento a
ser evitada
Amplitude de
movimento
recomendada
recomendada
recomendada
a
ser evitada
a
s
e
r
e
v
i
t
a
d
a
a
s
e
r
e
v
i
t
a
d
a
a
s
e
r
e
v
i
t
a
d
a
Figura 12 – Faixa de amplitude de movimento para articulações dos
membros superiores
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 47
Riscos e Controles
Geralmente a postura adotada pelo trabalhador é conseqüência do mobiliário que utili-
za e da demanda da sua atividade. Com isso, a análise dos fatores de risco e as medidas
de controle da organização do trabalho devem ser realizadas em conjunto com o trabalha-
dor para verificar os reais problemas do ambiente laboral.
■ Repetição: a repetição dos movimentos pode ser controlada através de métodos
adequados de produção. Outras medidas como a pausa ativa (ginástica laboral), pas-
siva (descanso) e/ou rodízio de funções podem ser implantadas para minimizar os fa-
tores de risco que a repetição dos movimentos podem desencadear ao trabalhador.
Ginástica laboral é um programa de exercícios físicos terapêuticos realizados no pró-
prio local de trabalho. Para sua implantação é necessário previamente realizar uma
análise ergonômica. A ginástica laboral é aplicada por profissionais especializados
de acordo com as necessidades do trabalhador e disponibilidade da empresa.
■ Força e manuseio de cargas: como medida de prevenção da fadiga, o peso máxi-
mo que o homem pode remover individualmente é de 60 kg (CLT, seção XIV, art.198),
sendo que a carga manuseada por mulheres e trabalhadores jovens deverá ser infe-
rior ao admitido para os homens (NR-17). A NR-17 apresenta em Nota Técnica a
Equação do National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH) para le-
vantamento manual de cargas como instrumento de cálculo do peso máximo reco-
mendado (BRASIL, Ministério do Trabalho e Emprego, 2002). Todos os valores limites
apresentados para o levantamento de cargas devem ser tomados apenas como ori-
entação geral, mas não oferecendo condição absoluta de segurança. Todo trabalha-
dor designado para o transporte manual de cargas, deve receber treinamento ou ins-
truções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar, com vistas
a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes. Um exemplo de um correto manuseio
de carga pode ser observado na figura 13.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
48
Riscos e Controles
■ 6.4.2. Organização do Trabalho
Os fatores relacionados à organização do trabalho podem envolver: cultura organizacio-
nal, processos de trabalho, qualidade de vida, saúde mental, estabilidade no emprego, sa-
lário, jornada de trabalho prolongada pela realização de horas-extras e a ausência de des-
canso, entre outros. Esses aspectos relacionados com a organização do trabalho podem in-
fluenciar o trabalhador a adotar determinadas posturas inadequadas como também podem
provocar alterações no estado emocional do mesmo, como os listados a seguir:
■ Psicossociais e pessoais: entre os elementos psicossociais encontram-se as per-
cepções de sobrecarga, trabalhos monótonos, controle limitado das funções, pouca
clareza sobre as tarefas e pouco apoio social no trabalho. Os fatores pessoais mais
conhecidos são idade, sexo, estado civil, escolaridade, atividade física, tabagismo e
antropometria (medidas do corpo humano).
Figura 13 - Levantamento manual de cargas
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 49
Riscos e Controles
■Condições ambientais: para verificar se as condições ambientais proporcionam con-
forto ao trabalhador, deve-se observar fatores como iluminação, ventilação, tempera-
tura ambiente e ruído, entre outros. Durante a execução de determinadas atividades,
o trabalhador pode sentir dificuldades de concentração diante do nível elevado de ru-
ído e da temperatura no ambiente de trabalho, podendo estes fatores influenciarem
de forma significativa no conforto, na qualidade do trabalho e na produtividade.
■ Posicionamento de mobiliários: todos os mobiliários devem ser construídos, ins-
talados e utilizados de modo a não expor os trabalhadores aos fatores de risco, que
possam afetar sua saúde ou que causem acidentes. Para tanto, deve atender a de-
manda da atividade a ser executada, de acordo com o fluxo da produção e também
com as dimensões do corpo dos trabalhadores que executarão as funções, tendo em
conta a posição relativa entre o trabalhador e seu posto de trabalho.
Medidas de controle
As medidas de controle para os aspectos da organização do trabalho dependem da es-
trutura da empresa, no qual os processos de trabalho podem ser flexíveis para a adequação
do conforto físico e psíquico de cada trabalhador. Esses aspectos, entre outros, podem pro-
porcionar uma melhora na qualidade de vida e saúde mental dos trabalhadores, garantindo
uma melhor produtividade.
■ Condições ambientais: as condições ambientais adequadas, influenciam de forma po-
sitiva o ambiente de trabalho, propiciando um local agradável sem riscos de acidentes,
aumentando a produtividade sem que haja fadiga excessiva por parte dos funcionários.
■ Posicionamento de mobiliários: as condições de trabalho podem variar com a in-
trodução de novos produtos, materiais, ferramentas, máquinas ou métodos de traba-
lho. Estas mudanças indicam que os padrões utilizados no passado devem ser revis-
tos e atualizados, de acordo com a necessidade de cada empresa.
As áreas de circulação e os espaços em torno de máquinas e equipamentos devem ser
dimensionados de forma que o material, os trabalhadores e os transportadores possam mo-
vimentar-se com segurança.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
50
Riscos e Controles
Como há pessoas com diferenças de altura, estruturas ósseas e musculares, a organiza-
ção do trabalho deve levar em consideração o conforto individual e projetar o ambiente de
trabalho de forma harmônica para todos os trabalhadores podendo contribuir para um am-
biente favorável à execução da atividade, proporcionando maior conforto, menos estresse,
redução da fadiga e absenteísmo. Como medida de prevenção, a altura das mesas de tra-
balho devem estar de acordo com a característica de cada trabalhador, considerando a me-
lhor flexibilidade de postura.
Se por motivos organizacionais ou econômicos a empresa não puder adquirir mesas ou
máquinas com altura ajustável, recomenda-se sempre tomar como base as pessoas mais al-
tas ao invés das pessoas baixas, porque pode-se aumentar a altura do piso por meios arti-
ficiais (estrados), facilitando a adaptação para as pessoas baixas, como ilustra a figura 14.
Figura 14 - Bancada adequada de trabalho
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 51
Riscos e Controles
Para o trabalho sentado, a cadeira deve possuir assento estofado com densidade da es-
puma adequada ao peso do trabalhador, a borda anterior do assento deve ser arredondada
e com mecanismo de regulagem de altura, o encosto deve proporcionar um apoio para a co-
luna lombar do trabalhador com regulagem de altura e aproximação, e se o trabalho exigir
movimentos laterais, a cadeira deve ser giratória. Além das recomendações anteriores, os
pés do trabalhador devem estar sempre apoiados, seja no piso ou se necessário, em apoio
para os pés, respeitando a angulação aproximada de 90° na região posterior do joelho, co-
mo pode ser observado na figura 15.
Figura 15 - Trabalho sentado
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52
Riscos e Controles
6.5. Riscos de Acidentes
Os riscos de acidentes no trabalho são todas as possíveis anormalidades presentes na
execução das atividades que podem causar ferimentos pessoais.
Na indústria do vestuário os riscos mais encontrados estão nos setores de almoxarifa-
do, corte, costura, embalagem e acabamento.
■ Acidente nas mãos e dedos
No setor de corte os acidentes ocasionados com maior freqüência são cortes nas mãos
e dedos, decorrentes das operações durante uso de tesoura e máquina de corte elétrica ma-
nual, podendo ocasionar conseqüências graves como: corte nas mãos e amputações de de-
dos. Nos setores de costura e acabamento a atenção deve ser redobrada na função de pre-
gadora de botões onde, há o risco de ferimentos pérfuro-contuso nos olhos devido a proje-
ção de parte de agulhas e/ou botões
que venham a se quebrar.
■ Posturas e transportes
manuais
No setor de almoxarifado e em-
balagem encontramos riscos de pos-
turas inadequadas, levantamento e
transporte manual de peso.
Figura 16 – Operação da máquina de corte sobre bancada
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 53
Riscos e Controles
Figura 17 – Operação da máquina rebitadeira
Figura 18 – Operação com máquina pregadeira de botão
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54
Riscos e Controles
■ Arranjo Físico Deficiente
Destaca-se pelo posicionamento do mobiliário de forma desordenada e com pouco es-
paço existente à circulação de pessoas, dificuldade de locomoção e transporte de material.
Nos setores de almoxarifado e embalagem o risco de queda de caixas ou bobinas de te-
cidos está presente em todo o ambiente, expondo os que ali trabalham a riscos de entor-
ses, fraturas etc.
■ Utilização de máquinas, equipamentos e ferramentas inadequa-
das ou defeituosas
O uso inadequado de máquinas, equipamentos e ferramentas pode causar acidentes
mesmo quando apresentarem dispositivos de proteção, principalmente, quando estiverem
fora das especificações técnicas e/ou instaladas de forma irregular.
■ Iluminação inadequada do posto de trabalho
O nível de iluminância abaixo do limite mínimo exigido pela NBR 5413 de abril de 1992,
pode ocasionar fadiga visual, acidentes, baixa produtividade e sobrecarga devido ao esfor-
ço visual que será dispensado na execução das atividades.
■ Eletricidade utilizada de forma irregular e/ou improvisada
A falta de proteção e sinalização do quadro de força, fiações expostas, uso inadequado
de benjamins, sobrecarga da rede elétrica, falta de aterramento de máquinas podem acar-
retar vários acidentes como: choque elétrico, danos nos equipamentos, entre outras perdas.
Medidas de controle
■ Acidente nas mãos e dedos
■ Quebra de agulhas: recomenda-se adquirir agulhas de durabilidade elevada e ade-
quada para o tipo de tecido e/ou material em uso. Observar as recomendações do fa-
bricante quanto ao tempo de uso e realizar sua troca de acordo com estas caracterís-
ticas. Estudar a possibilidade de adaptar nas máquinas que necessitam de agulhas
(costura, pregar botões, entre outras) proteção para a região de movimento da agulha.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 55
Riscos e Controles
■ Tesoura: recomenda-se usar tesoura afiada adequadamente de modo que durante as
operações de corte a possibilidade da mesma escorregar e atingir parte do corpo seja
mínima. Manter a pega da tesoura durante a operação de corte anatomicamente con-
fortável. Ter à disposição tesouras para pessoas que trabalhem com mão direita ou mão
esquerda de modo que o esforço seja minimizado com o uso da ferramenta adequada.
■ Máquina de corte elétrica manual: recomenda-se manter a máquina bem ajustada
considerando-se o material a ser cortado e o tipo de disco de corte. Realizar manuten-
ção preventiva de acordo com as especificações do fabricante. Não remover a prote-
ção existente. Usar luva de malha de aço na mão oposta àquela que opera a máquina.
■ Arranjo Físico Deficiente
Organizar o posicionamento das máquinas e mesas em uma distância segura para que
seja evitado riscos de acidentes do tipo batida contra, prensagem. Observar o fluxo de pro-
dução que facilite o transporte de materiais.
■ Utilização de máquinas, equipamentos e ferramentas inadequadas
ou defeituosas
As máquinas devem ser operadas por pessoas devidamente habilitadas. Para um perfei-
to funcionamento e conservação do maquinário é necessário que exista um programa de
manutenção preventiva bem como, a execução da manutenção corretiva deve ser realizada
o mais rápido possível quando a máquina apresentar qualquer tipo de defeito. Os equipa-
mentos e ferramentas que forem inadequadas devem ser imediatamente substituídos por
aqueles específicos para aquela atividade. Quando os equipamentos e ferramentas apre-
sentarem defeitos substitui-los por outros em boas condições de uso e conservação. Guar-
dando-os ordenadamente em local adequado, evitando as improvisações com a finalidade
de facilitar o trabalho.
■ Iluminação inadequada do posto de trabalho
Medidas como paredes com cores claras, telhado com telhas translúcidas, podem ofe-
recer aos trabalhadores o conforto visual necessário à execução das atividades laborais pa-
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
56
Riscos e Controles
ra atender o mínimo exigido pela legislação, porém, um projeto de iluminância desenvolvi-
do por profissional especializado, identificará as falhas, o ponto visual no posto de trabalho
que tenha maior demanda, determinará e quantificará as lâmpadas a serem utilizadas e
após suprir essas necessidades, efetuará nova medição a fim de identificar a existência de
algum ponto que necessite aperfeiçoamento técnico para posterior correção.
■ Eletricidade utilizada de forma irregular e/ou improvisada
Atenção às especificações técnicas nas instalações de máquinas e equipamentos para
evitar desde sobrecarga elétrica até perda de maquinário causados por curto circuito.
Parte II
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 59
A Indústria do Vestuário Roupa Feliz é uma empresa fictícia, composta por 95 fun-
cionários e foi estruturada com base em dados reais. Apresenta modelos da CIPA (Capítulo
8), Mapa de Risco (Capítulo 9), Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA (Ca-
pítulo 10), Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO (Capítulo 11).
Conforme disposto na NR-28, é de responsabilidade do empregador a implantação destes
programas em sua empresa, estando ciente que podem ocorrer variações dos modelos
apresentados em decorrência de diferenças no processo produtivo, nas instalações, no nú-
mero de funcionários, entre outras.
Empresa Modelo – Indústria do
Vestuário Roupa Feliz
7
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 61
Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes (CIPA)
8
8.1. Introdução
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), visa a segurança e saúde do tra-
balhador no seu ambiente laboral. A CIPA surgiu por recomendação da OIT no ano de 1921
e tornou-se uma determinação legal no Brasil adequando-se a Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT instituída em 1943 no artigo 63. A CIPA é descrita pela NR-05 através da Por-
taria 3214 de 08 de junho de 1978, atualmente revisada pela Portaria 08 de 23 de feverei-
ro de 1999, retificada em 12 de julho de 1999.
8.2. Conceito
A CIPA pode ser conceituada através de sua própria sigla, descrita a seguir:
■ Comissão – é um grupo de pessoas encarregado de tratar de determinados assuntos.
■ Interna – limite da atuação da comissão, restrita a própria empresa.
■ Prevenção – é um conjunto de medidas antecipadas que visa evitar danos materiais
ou imateriais.
■ Acidentes – é um acontecimento casual, fortuito e imprevisto.
8.3. Objetivo
A CIPA tem como objetivo principal prevenir os acidentes e doenças decorrentes do tra-
balho, preservando a vida e a promoção da saúde do trabalhador.
8.4. Estrutura
Para a composição da CIPA, a empresa deve consultar os quadros I, II e III da NR-5, le-
vando-se em consideração o número de funcionários e o grau de risco de suas atividades.
A seguir, observamos estes quadros resumidos e direcionados para indústria do vestuário.
O dimensionamento da CIPA para a Indústria do Vestuário Roupa Feliz deve ter uma co-
missão com um membro efetivo e outro suplente, de acordo com o seu número de funcio-
nários (95).
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
62
CIPA
Quadro 3 - Dimensionamento da CIPA (Adaptado da NR-5 – quadro I).
* Conforme NR-05 no quadro de dimensionamento da CIPA, os grupos representados de C-1 à C-35 são as atividades econômicas dos grupos que estão
especificados pelo CNAE.
A Indústria do Vestuário Roupa Feliz apresenta o CNAE 1812.0, enquadrando-se no
Grupo C-4, conforme os quadros 4 e 5.
Quadro 4 - Agrupamento de Setores Econômicos pela Classificação Nacional de
Atividades Econômicas – (CNAE), para dimensionamento da CIPA
(Adaptado da NR-5 – quadro II)
20 a 29
30 a 50
51 a 80
81 a 100
101 a 120
121 a 140
141 a 300
Nº de membros da CIPA
–
1
– –
Efetivos
–
1
1
1 1
1
1
1 1
2
1
2
301 a 500 2
2
501 a 1.000 2
2
1.001 a 2.500 3
3
2.501 a 5.000 4
5
5.001 a 10.000 4
6
Acima de 10.000
para cada grupo de 2.500
acrescente
1
1
Suplentes
0 a 19
Nº de empregados no
estabelecimento
Grupos*
C4
1812.0 1813.9 1821.0 1822.8
1811.2
Grupo C-4 – Confecção
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 63
CIPA
Quadro 5 – Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – (CNAE),
com correspondente agrupamento para dimensionamento da CIPA.
(Adaptado da NR-5 – quadro III).
Com as informações obtidas nos quadros I, II e III da NR-5, deve ser iniciado o processo
da eleição da CIPA, conforme o cronograma a seguir:
Quadro 6 – Cronograma de processo de eleição da CIPA
Nota: Todos os documentos relativos à eleição da CIPA, devem ser guardados por um período mínimo de cinco anos.
C4
Grupo
Confecção de Peças Interiores do Vestuário
Descrição da Atividade
CNAE
1811.2
C4
Confecção de Outras Peças do Vestuário
1812.0
C4
Confecção de Roupas Profissionais
1813.9
C4
Fabricação de Acessórios do Vestuário
1821.0
C4
Fabricação de Acessórios para Segurança Industrial e Pessoal
1822.8
O empregador deve convocar eleições para a
escolha dos representantes dos empregados na
CIPA.
Observação
Convocação da eleição /
início
Ação
Dia
0 (Início)
O presidente e o vice presidente da CIPA vigente
devem constituir dentre seus membros uma
comissão eleitoral (CE), que será responsável pela
organização e acompanhamento do processo
eleitoral. Esta comissão deve ser formada no prazo
mínimo de 55 dias antes do término do mandato
em curso. Caso a empresa não tenha CIPA, a
comissão eleitoral deve ser formada pela empresa.
Constituição da comissão
eleitoral
5o
O processo eleitoral deve observar as seguintes
condições:
• publicação e divulgação de edital, em locais de
fácil acesso e visualização, no prazo mínimo de
cinqüenta e cinco dias antes do término do
mandato em curso,
• inscrição e eleição individual, sendo que o período
mínimo para inscrição será de quinze dias.
Edital de publicação e
inscrição
15o
Realização da eleição.
Eleição
30o
A posse da nova comissão deve ser feita ao
término do mandato da CIPA atual. Nas empresas
que não possuem CIPA, a posse da eleita pode ser
imediata.
Posse
60o
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
64
CIPA
Treinamento da CIPA
O treinamento da CIPA deve ser realizado no prazo de trinta dias após a data da posse
para as empresas que não possuem CIPA anterior. Nas empresas que já possuem, o
treinamento da nova comissão deve ser feito antes da sua posse.
As empresas que não se enquadram no quadro I da NR-5, devem promover treinamento
anual do responsável para o cumprimento das exigências legais.
O treinamento da CIPA deve ter a duração de 20 horas, distribuídas em até 8 horas
diárias durante o horário normal de trabalho. O conteúdo obrigatório mínimo do treinamento
deve atender o descrito no quadro 7.
Quadro 7 – Treinamento da CIPA (conteúdo obrigatório mínimo – NR-5 item 5.33).
* Horas de treinamento sugeridas, de acordo com as necessidades da empresa. O tempo de cada item pode ser modificado.
205.031-5/I2
Código da
Infração
Conteúdo
Item
A
205.032-3/I2
Metodologia de investigação e análise de acidentes e
doenças do trabalho.
B
205.033-1/I2
Noções sobre acidentes e doenças do trabalho
decorrentes de exposição aos riscos existentes na
empresa.
C
205.034-0/I2
Noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida – AIDS, e medidas de prevenção.
D
205.035-8/I2
2:00 h
Horas de
Treinamento
2:00 h
3:00 h
2:00 h
3:00 h
Noções sobre as legislações trabalhista e
previdenciária relativas à segurança e saúde no
trabalho.
E
205.036-6/I2 4:00 h
Princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas
de controle dos riscos.
F
205.037-4/I2 4:00 h
Organização da CIPA e outros assuntos necessários
ao exercício das atribuições da Comissão.
G
Estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem
como dos riscos originados do processo produtivo.
8.5. Modelos de Documentos
Apresentamos alguns modelos de documentos para serem utilizados na formação e es-
truturação da CIPA.
■ 8.5.1. Carta para Edital de Convocação
Nota: Este edital deve ser enviado ao sindicato de classe da região em que a empresa se encontra. Exemplos:
 Sindicato da Indústria do Vestuário (SINDIVEST/SINDIROUPAS/SINDICAMISAS) - São Paulo;
 Sindicato dos Confeccionistas da Baixada Santista – Santos;
 Sindicato da Indústria do Vestuário (SINDIVEST) – São José do Rio Preto.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 65
CIPA
M
O
D
E
L
O
À SUB DELEGACIA REGIONAL DO TRABALHO
Cidade, / /
Coordenadoria das Relações do Trabalho
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
Ficam convocados os empregados da empresa Indústria do Vestuário Roupa
Feliz situada à Rua da Confecção, no
02 Bairro da Moda nesta cidade, para a eleição
dos membros da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA para gestão
de um ano. A eleição será realizada nas dependências da empresa, no no
horário das 08:00 às 14:00h passando-se em seguida à respectiva apuração pela
Comissão Eleitoral composta pelo coordenador Blazer Xadrez e demais
componentes Sra. Calça de Moleton e a Sra. Camisa com bolso. O período para
inscrição dos candidatos será de quinze dias, do a / /
no setor de Recursos Humanos.
Vestuário Vestido
Diretor de Recursos Humanos
dia mês ano
dia mês ano
dia
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
66
CIPA
■ 8.5.2. Ficha para convocação dos funcionários
M
O
D
E
L
O
CIPA GESTÃO /
NO PERÍODO DE A / /
ESTARÃO ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA
CANDIDATURA À ELEIÇÃO DA CIPA QUE SERÁ
REALIZADA NO PRÓXIMO / / .
OS INTERESSADOS DEVERÃO SE REGISTRAR
NO SETOR DE RECURSOS HUMANOS NO
HORÁRIO DAS 08:00 AS 17:00h.
Vestuário Vestido
Diretor de Recursos Humanos
ano
dia dia mês ano
dia mês ano
ano
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 67
CIPA
■ 8.5.3. Ficha para candidatura dos funcionários
M
O
D
E
L
O
Eleição CIPA GESTÃO / /
Registro de Candidatura
Inscrição nº 001
Nome do candidato: Terno Pronto de Cambraia
Apelido: Ligeirinho
Setor: Costura Prontuário: 9020
Data da inscrição: / / Hora:
1ª via funcionário
Terno Pronto de Cambraia Roupa de Trabalho
Assinatura do candidato Assinatura do R.H.
Eleição CIPA GESTÃO / /
Registro de Candidatura
Inscrição nº 001
Nome do candidato: Terno Pronto de Cambraia
Apelido: Ligeirinho
Setor: Costura Prontuário: 9020
Data da inscrição: / / Hora:
2ª via funcionário
Terno Pronto de Cambraia Roupa de Trabalho
Assinatura do candidato Assinatura do R.H.
✁
dia mês ano
dia mês ano
ano ano
ano ano
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
68
CIPA
■ 8.5.4. Relação dos candidatos a CIPA
Nota: Esta ficha deve ser afixada nos locais de maior circulação de pessoas (refeitório, portaria de entrada, cartão de ponto).
M
O
D
E
L
O
Relação dos candidatos a CIPA Gestão /
001 Veste Tudo de Linho Administração Geral
002 Terno pronto de cambraia Ligeirinho Costura
003 Vestida de Noiva de Renda Pé no altar Costura
004 Saia de Brim Plissada Passadoria
005 Camisa de sarja Expedição
006 Blusa de Frio Lã Acrílico Branco Estamparia/Silk-screen
007 Fraque de Tergal Zé Bonitinho Lavanderia
008 Mini Saia Jeans Pequena Bordado
009 Camisola de Seda Soneca Limpeza
010 Pijama Listrado de Algodão Zebra Passadoria
011 Sobretudo e Lã Almoxarifado
012 Avental de Brim Embalagem
013 Roupão de Flanela Embalagem
014 Calça Jeans Azulão Enfesto/corte
Apelido
Nome
Número da
inscrição
Setor
ano ano
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 69
CIPA
■ 8.5.5. Cédula de Vota de Votação
M
O
D
E
L
O
Data:
Horário: das 8:00 as 14:00 h
Local: refeitório
Apuração: será realizada após a votação no refeitório
ELEIÇÃO CIPA GESTÃO /
Nome Apelido Setor
Veste Tudo de Linho Administração Geral
Terno pronto de cambraia Ligeirinho Costura
Vestida de Noiva de Renda Pé no altar Costura
Saia de Brim Plissada Passadoria
Camisa de sarja Expedição
Blusa de Frio Lã Acrílico Branco Estamparia/Silk-screen
Fraque de Tergal Zé Bonitinho Lavanderia
Mini Saia Jeans Pequena Bordado
Camisola de Seda Soneca Limpeza
Pijama Listrado de Algodão Zebra Passadoria
Sobretudo e Lã Almoxarifado
Avental de Brim Embalagem
Roupão de Flanela Embalagem
Calça Jeans Azulão Enfesto/corte
Atenção: Você deve escolher apenas um candidato. Assinale com um X no
quadrado em frente ao nome do seu candidato. Assine a lista de presença.
ano ano
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
70
CIPA
■ 8.5.6. Lista de presença de votação
M
O
D
E
L
O
Lista de Presença de Votação da CIPA GESTÃO /
Data / /
Nome Cargo Assinatura
Camisa Embalada Bordador
Avental de Brim Etiquetador
Avental de Brim Azul Embalador
Avental Frente Única Costureiro
Bermuda Alegre Costureiro
Bermuda Amarela Revisor de Arremate
Bermuda Enferma Auxiliar de Enfermagem do Trabalho
Bermuda Jeans Conferente
Bermuda Rasgada Ajudante geral
Blazer Xadrez Costureiro
Blusa de Brim Ajudante
Blusa de Frio Lã Acrílico Estampador
Blusa de Moletom Costureiro
Bolso Furado Operador de Máquina Especial
Calça de Algodão Costureiro
Calça de Moletom Costureiro
Calça jeans Enfestador
Calça Justa Office-boy
Calça Molhada Costureiro
Calça Triste Operador de Máquina Especial
Camisa Amassada Passador
Camisa Boa Costureiro
Camisa com Bolso Operador de Máquina Especial
Camisa de Algodão Gerente de produção
Camisa de Bolinha Conferente
Camisa de Flanela Costureiro
Camisa de Força Conferente
Camisa de Futebol Revisor
Camisa de Gola Branca Costureiro
Camisa de Listrinha Revisor
Camisa de Manga Curta Encarregado de Estoque
Camisa de Manga Longa Revisor de Arremate
Camisa de Poliester Costureiro
Camisa de Sarja Ajudante geral
Camisa de Tricoline Moldador/riscador
Camisa Mista Auxiliar de Serviços Gerais
Camisa Passada Ajudante
Camiseta Branca Diretor
Camiseta Polo Costureiro
Camisola Branca Ajudante de Expedição
Camisola de Seda Ajudante geral
Casaco de Napa Cortador
Colete de Brim Costureiro
Fraque de Tergal Auxiliar de Lavanderia
ano ano
dia mês ano
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 71
CIPA
M
O
D
E
L
O
Nome Cargo Assinatura
Fronha Azul Revisor de Tecido
Gravata Borboleta Conferente
Gravata de Bolinha Ajudante
Gravata Lisa Estampador
Gravata Listrada Auxiliar de Almoxarifado
Jaqueta Jeans Estampador
Lenço Bordado Costureiro
Lenço Vermelho Passador
Lenço Xadrez Cortador
Lençol Branco Revisor de Tecido
Luvas de Pelica Bordador
Meia de Flanela Costureiro
Meia de Lã Costureiro
Meia de Poliester Costureiro
Meia Longa Modelista
Mini Saia Jeans Bordador
Paletó Microfibra Costureiro
Pano de Chão Costureiro
Pano de Copa Costureiro
Pano Legal Revisor
Pijama Listrado de Algodão Passador
Roupa Alegre Pregador de Botão
Roupa Amarrotada Passador
Roupa de Trabalho Encarregado de Departamento Pessoal
Roupa Faturada Faturista
Roupa Lavada Auxiliar de Lavanderia
Roupa Malhada Auxiliar de Departamento Pessoal
Roupa Suja Operador de Máquina Especial
Roupão de Flanela Embalador
Saco de Pano Alvejado Passador
Saia de Brim Plissada Passador
Saia Justa Secretária
Shorts Curto Costureiro
Shorts Jeans Auxiliar de Corte
Sobretudo de Lã Auxiliar de Almoxarifado
Sobretudo de Microfibra Costureiro
Tergal feliz Estilista
Terno Pronto de Cambraia Costureiro
Terno Preto Ajudante
Toalha de Banho Costureiro
Toalha de Rosto Costureiro
Tolha de Mesa Ajudante
Uniforme Azul Recepcionista
Uniforme Legal Embalador
Veste Tudo de Linho Auxiliar de Serviços Gerais
Vestida de Noiva de Renda Conferente
Vestido Estampado Costureiro
Vestido Infantil Passador
Vestido Negociado Comprador
Vestido Prestativo Ajudante
Vestuário Vestido Diretor
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
72
CIPA
■ 8.5.7. Ata de eleição da CIPA
M
O
D
E
L
O
Ata de eleição da CIPA /
Aos .......dias do mês de ..................... do ano de ..........., nas dependências da Indústria
do Vestuário Roupa Feliz situada à Rua da Confecção n.º02, Bairro da Moda nesta Capital, com
C.N.P
.J. n.º 99.999.999 / 9999 – 99, no local designado no edital de convocação, instalou-se a
mesa receptora e apuradora de votos. As 08:00h o Sr. Blazer Xadrez coordenador da
Comissão Eleitoral composta pela Sra. Calça de Moletom e a Sra. Camisa com Bolso declarou
iniciado os trabalhos. Durante a votação não foi verificado ocorrências a serem relatadas. As
14:00h o coordenador declarou encerrado o trabalho da eleição, verificando que através da
lista de presença compareceram e votaram 95 empregados (100% do total de funcionários),
passando em seguida a apuração na presença de quantos desejassem.
Após a apuração chegou-se ao seguinte resultado:
TITULAR
Nome: Terno Pronto de Cambraia N.º de votos: 29
SUPLENTE
Nome: Pijama Listrado de Algodão N.º de votos:19
Demais votados em ordem decrescente de votos:
Nomes: N.º de votos:
Veste Tudo de Linho 14
Vestida de Noiva de Renda 10
Saia de Brim Plissada 9
Camisa de Sarja 4
Blusa de Frio Lã Acrílico 4
Fraque de Tergal 1
Mini Saia Jeans 1
Camisola de Seda 1
Sobre Tudo de Lã 1
Avental de Brim 0
Roupão de Flanela 0
Calça Jeans 0
Nulos e brancos 2
E para constar, o coordenador da mesa lavrou a presente Ata, assinada por ele, e pelos
demais componentes da comissão eleitoral.
Blazer Xadrez Calça de Moletom Camisa Com Bolso
(coordenador)
ano ano
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 73
CIPA
■ 8.5.8. Colocação dos eleitos por ordem de votação
Nota: Esta relação deve ser fixada no quadro de avisos da empresa
M
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D
E
L
O
ELEITOS DA CIPA GESTÃO /
Titulares
Colocação Nome Setor no
de votos
1º Terno Pronto de Cambraia Costura 29
Suplentes
Colocação Nome Setor no
de votos
2º Pijama Listrado de Algodão Passadoria 19
Demais Votados
Colocação Nome Setor no
de votos
3º Veste Tudo de Linho Adm. Geral 14
4º Vestida de Noiva de Renda Costura 10
5º Saia de Brim Plissada Passadoria 9
6º Camisa de Sarja Expedição 4
7º Blusa de Frio Lã Acrílico Silk-screen 4
8º Fraque de Tergal Lavanderia 1
9º Mini Saia Jeans Bordado 1
10º Camisola de Seda Limpeza 1
11º Sobretudo de Lã Almoxarifado 1
12º Avental de Brim Embalagem 0
13º Roupão de Flanela Embalagem 0
14º Calça Jeans Enfesto/Corte 0
Votos válidos : 93
Votos brancos: 01
Votos nulos: 01
Total de votos: 95
ano ano
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
74
CIPA
■ 8.5.9. Lista de presença no treinamento da CIPA
M
O
D
E
L
O
Gestão /
Data: / /
Conteúdo Programático:
Instrutor:
Horário do treinamento: Início: _______ Término: ______
ORDEM NOME ASSINATURA
01 Terno Pronto de Cambraia
02 Pijama Listrado de Algodão
03 Camisa de Algodão
04 Camisa de Manga Curta
ano ano
dia mês ano
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 75
CIPA
■ 8.5.10. Ata de instalação e posse da CIPA
M
O
D
E
L
O
ATA DE INSTALAÇÃO E POSSE DA CIPA GESTÃO /
Aos ..... dias do mês de .......... do ano de ...... nas dependências da Indústria do
Vestuário Roupa Feliz situada à Rua da Confecção, 02 Bairro da Moda nesta cidade
com C.N.P
.J. n.º 99.999.999 / 9999 – 99, reuniram-se o(s) Senhor(es) Diretor(es) da
empresa, bem como os demais presentes, para instalação e posse dos
componentes da CIPA. Foi declarado aberto os trabalhos lembrando a todos o
objetivo da reunião, quais sejam: instalação e posse dos componentes da CIPA
gestão / . Continuando, declarou instalada a Comissão e empossados
os representantes do empregador:
Titular: Suplente:
Camisa de Algodão Camisa de Manga Curta
Da mesma forma declarou empossados os representantes eleitos pelos
empregados:
Titular: Suplente:
Terno Pronto de Cambraia Pijama Listrado de Algodão
A seguir, foi designado para Presidente da instalada o Sr. Camisa de Algodão,
tendo sido escolhido entre os representantes eleitos pelos empregados o Sr. Terno
Pronto de Cambraia para Vice-Presidente. Os representantes do empregador e dos
empregados, em comum acordo, escolheram também o Sr. Terno Pronto de
Cambraia para Secretário da CIPA, sendo seu substituto o Sr. Camisa de Algodão.
Nada mais havendo para tratar, o Sr. Presidente da Sessão deu por encerrada a
reunião, lembrando a todos que o período de gestão da CIPA instalada será de um
ano a contar da presente data. Para constar, lavrou-se a presente Ata, que lida e
aprovada, passa a ser assinada por mim secretário, pelo Presidente da CIPA e por
todos os representantes eleitos e designados inclusive os suplentes.
Presidente da CIPA Secretário
Camisa de Algodão Terno Pronto de Cambraia
ano ano
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
76
CIPA
■ 8.5.11. Calendário das reuniões da CIPA
M
O
D
E
L
O
Calendário das reuniões da CIPA Gestão /
Reunião DATA DIA DA SEMANA HORÁRIO LOCAL
1ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião
2ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião
3ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião
4ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião
5ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião
6ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião
7ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião
8ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião
9ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião
10ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião
11ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião
12ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião
Presidente da CIPA Vice-Presidente da CIPA
Camisa de algodão Terno Pronto de Cambraia
ano ano
dia mês ano
/ /
dia mês ano
/ /
dia mês ano
/ /
dia mês ano
/ /
dia mês ano
/ /
dia mês ano
/ /
dia mês ano
/ /
dia mês ano
/ /
dia mês ano
/ /
dia mês ano
/ /
dia mês ano
/ /
dia mês ano
/ /
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 77
CIPA
■ 8.5.12. Certificados do treinamento da CIPA
M
O
D
E
L
O
CERTIFICADO DA EMPRESA GESTÃO /
Certificamos que os funcionários Terno Pronto de Cambraia,
Pijama Listrado de Algodão, camisa de Algodão e Camisa de
Manga Curta, da Indústria doVestuário Roupa Feliz, freqüentaram
o Curso sobre Prevenção de Acidentes de trabalho para membros da
CIPA ministrados por profissionais qualificados. O treinamento foi
realizado no período de / / a / / conforme
exigido na NR 5, através da Portaria n.º 3.214, de 8 de junho de 1978.
São Paulo, ........... de .......................... de ..............
Empregador Responsável pelo Curso
CERTIFICADO DO TREINADO GESTÃO /
Certificamos que o funcionário Terno Pronto de Cambraia da
Indústria do Vestuário Roupa Feliz, freqüentou o Curso sobre
Prevenção de Acidentes de trabalho para membros da CIPA
ministrados por profissionais qualificados. O treinamento foi realizado
no período de / / a / / conforme exigido
na NR 5, através da Portaria n.º 3.214, de 8 de junho de 1978.
Vestuário Vestido Instrutor
Diretor de R.H. Terno Pronto de Cambraia
ano ano
ano ano
dia mês ano dia mês ano
dia mês ano dia mês ano
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 79
9.1. Introdução
O Mapa de Risco consiste num instrumento de responsabilidade da CIPA envolvendo os
trabalhadores e os empresários na solução dos possíveis riscos de acidentes do trabalho
que acarretam perdas humanas e econômicas.
9.2. Conceito
O mapa de risco é a representação gráfica do reconhecimento dos riscos existentes nos
locais de trabalho, por meio de círculos de diferentes tamanhos e cores.
9.3. Objetivo
O mapa de risco tem como objetivo reunir as informações necessárias para estabelecer
o diagnóstico da situação de segurança e saúde do trabalho na empresa, possibilitando a
troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, além de estimular sua participa-
ção nas atividades de prevenção de segurança e saúde.
9.4. Estrutura
Na confecção do mapa de risco, é necessário conhecer inicialmente as instalações da
indústria para elaboração do arranjo físico. Deve ser consultado e os locais de trabalho ava-
liados. Para tanto, sugere-se dividir a fábrica em áreas de acordo com as diferentes etapas
do processo de produção.
Mapa de Risco
9
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
80
Mapa de Risco
Quadro 8 – Classificação dos principais riscos ocupacionais em grupos de acordo
com a sua natureza e a padronização das cores correspondentes.
Nota: Modificado de acordo com os possíveis riscos encontrados na empresa Indústria do Vestuário Roupa Feliz.
Identificada a área onde os riscos ocupacionais existem, é necessário averiguar o grau
de desconforto que cada risco causa ao trabalhador durante sua atividade.
Grupo 3
Marrom
Grupo 2
Vermelho
Riscos
Biológicos
Riscos
Químicos
Vírus
Poeira
Grupo 4
Amarelo
Riscos
Ergonômicos
Levantamento e
transporte
manual de peso
Grupo 5
Azul
Riscos de
Acidentes
Arranjo físico
inadequado
Grupo 1
Verde
Riscos
Físicos
Ruído
Bactérias
Vapor
Exigência de
postura
inadequada
Máquina e
equipamento
sem proteção
Vibração
Fungos
Substância,
composto ou
produto químico
em geral
Imposição de
ritmo excessivo
Ferramenta
inadequada ou
defeituosa
Radiação
ionizante
Ácaros
—
Trabalho em
turno e noturno
Iluminação
inadequada
Radiação
não-ionizante
Inseto vetor de
doença
infecciosa
(mosquito)
—
Jornada de
trabalho
prolongada
Queimadura
Frio
Roedor(rato):
vetor de doença
infecciosa
—
Monotonia e
repetitividade
Probabilidade
de incêndio
ou explosão
Calor
—
—
Outras situações
causadoras de
“stress” físico
e/ou psíquico
Armazenamento
inadequado
Umidade
—
— —
Outras situações
de risco que
poderão
contribuir para a
ocorrência de
acidentes
—
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 81
Mapa de Risco
Com as informações obtidas, os riscos devem ser classificados conforme exemplificado
no quadro a seguir.
Quadro 9 – Setores da produção com identificação de riscos ocupacionais.
Risco ergonômico – postura inadequada
Risco de acidente – perfuração e/ou corte nas mãos e
dedos, e iluminação inadequada
Modelagem
Risco ergonômico – postura inadequada
Risco de acidente – iluminação inadequada
Criação
Risco ergonômico – postura inadequada
Risco de acidente – quedas e entorses
Almoxarifado de
tecidos
Risco ergonômico – postura inadequada
Risco de acidente – quedas e entorses
Almoxarifado de
aviamentos
Risco físico – ruído e vibração
Risco ergonômico – postura inadequada e repetitividade
Risco de acidente – perfuração nas mãos e dedos
Enfesto e corte
Risco físico – ruído
Risco ergonômico – postura inadequada
Risco de acidente – perfuração nas mãos e dedos, e
iluminação inadequada
Bordado
Risco químico – n-hexano e tolueno
Risco ergonômico – postura inadequada e repetitividade
Risco de acidente – iluminação inadequada
Estamparia
(silk-screen)
Risco físico – vibração
Risco ergonômico – postura inadequada e repetitividade
Risco de acidente – perfuração nas mãos e dedos, e
iluminação inadequada
Costura
Risco físico – ruído
Risco ergonômico – postura inadequada
Risco de acidente – iluminação inadequada
Lavanderia
Risco químico – n-hexano e tolueno
Risco ergonômico – postura inadequada e repetitividade
Risco de acidente – perfuração nas mãos, dedos e olhos, e
iluminação inadequada
Acabamento
Riscos Ocupacionais
Setor
Risco ergonômico – postura inadequada e repetitividade
Risco de acidente – queimadura
Passadoria
Risco ergonômico – postura inadequada e repetitividade
Etiquetagem
(código barras)
Risco ergonômico – postura inadequada e repetitividade
Risco de acidente – queda de caixas
Embalagem
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
82
Mapa de Risco
(continuação quadro 9)
Risco ergonômico – postura inadequada e levantamento e
transporte manual de peso
Expedição
Risco ergonômico – postura inadequada, monotonia e
repetitividade
Risco de acidente – iluminação inadequada
Secretaria
Risco ergonômico – postura inadequada
Diretoria
Risco ergonômico – postura inadequada
Risco de acidente – iluminação inadequada
Departamento pessoal
Risco ergonômico – postura inadequada
Risco de acidente – iluminação inadequada
Compras
Risco ergonômico – postura inadequada
Risco de acidente – iluminação inadequada
Gerência
Risco ergonômico – postura inadequada
Risco de acidente – iluminação inadequada
Recepção
Risco ergonômico – postura inadequada
Portaria
Risco biológico – fungos e bactérias
Risco de acidente – quedas e escorregão
Vestiário feminino
Risco biológico – fungos e bactérias
Risco de acidente – quedas e escorregão
Vestiário masculino
Risco biológico – fungos e bactérias
Risco de acidente – quedas e queimadura
Refeitório
Riscos Ocupacionais
Setor
Risco ergonômico – postura inadequada e levantamento e
transporte manual de peso
Risco de acidente – quedas e entorses
Recebimento de
matéria prima
Risco ergonômico – postura inadequada
Risco de acidente – quedas e entorses
Produtos acabados
Risco ergonômico – postura inadequada
Risco biológico – vírus, fungos e bactérias
Risco de acidente – perfuração e/ou corte nas mãos e
dedos, e quedas
Ambulatório
Variável conforme atividade a ser desenvolvida por terceiros
Manutenção
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 83
Mapa de Risco
Com os riscos identificados e classificados, inicia-se a elaboração gráfica do mapa de
risco sobre o arranjo físico da empresa por cores e círculos, conforme o grau de risco (pe-
queno, médio ou grande) e o tipo (físico, químico, biológico, ergonômico e de acidentes).
O tamanho do círculo representa o grau do risco:
Risco Grande Risco Médio Risco Pequeno
A cor do círculo representa o tipo de risco.
físico químico biológico ergonômico acidente
Cada círculo deve ser desenhado ou colocado no desenho do arranjo físico no local cor-
respondente onde existe o risco, anotando-se no seu interior o número de pessoas expos-
tas à ele. É importante que os tamanhos e as cores correspondam aos graus e tipos de ris-
cos. Caso ocorra diversos riscos de um só grupo no mesmo ponto de uma seção (como por
exemplo, risco ergonômico: postura inadequada e repetitividade), não é necessário colocar
um círculo para cada um desses riscos, colocando-se apenas um círculo, desde que os ris-
cos tenham o mesmo grau de nocividade (pequeno, médio, grande).
Repetitividade
Postura Inadequada
1
Setor Etiquetagem
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
84
Mapa de Risco
Na existência de riscos de diferentes tipos
num mesmo ponto com a mesma intensidade,
deve-se neste caso, dividir-se o círculo con-
forme a quantidade de tipos de riscos exis-
tentes em 2, 3, 4 ou até 5 partes iguais. Cada
parte deve ter a sua respectiva cor, conforme
a ilustração a seguir (este procedimento é
chamado de critério de incidência).
No caso dos riscos apresentarem intensidades diferentes, devem ser colocados círculos
dos tamanhos correspondentes.
Se o risco afetar uma seção inteira, uma
forma de representá-lo no mapa é colocá-lo no
meio do setor, acrescentando setas em suas
bordas, indicando que aquele risco interfere
em todo o setor, como exemplificado a seguir.
Concluída a elaboração gráfica do mapa, a
CIPA pode preparar um relatório e encaminhá-
lo ao responsável pela administração da área
de segurança e saúde no trabalho, para a sua
ciência e devidas providências. Este relatório
deve conter os riscos encontrados com a res-
pectiva posição no mapa, bem como as reco-
mendações e as medidas sugeridas pelos pró-
prios trabalhadores, para eliminar ou neutralizar as situações de risco de acidentes/doen-
ças do trabalho.
O mapa deve ser revisado sempre que ocorrer modificações importantes que alterem a
representação gráfica (círculos) ou, no mínimo, anualmente, a cada nova gestão da CIPA.
Nota: O mapa de riscos deve ficar em local visível e de forma legível para alertar os tra-
balhadores ou visitantes para que conheçam quais os riscos a que estão expostos.
Físico Acidente
Ergonômico
Setor Costura
21
Postura
Inadequada
Postura
Inadequada
Postura
Inadequada
Postura
Inadequada
1
Setor Etiquetagem
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 85
Postura
Inadequada e
Repetitividade
Rua
da
Confecção,
99
Portaria
Compras
Depto.
Pessoal
Diretoria
Secretaria
W.C.
Ambulatório
Refeitório
Área para
Manutenção
Vestiário
Feminino
Lavanderia
Estamparia Almoxarifado
de tecidos
Portaria
W.C.
Passadoria
Expedição
Embalagem
Costura
Acabamento
Etiquetagem
Araras
Metálicas
Saída de Emergência
Enfesto e corte
Queimadura
caldeira
Gerência
Criação
Almoxarifado
de aviamentos
Perfuração nos
dedos,mãos e olhos
Iluminação Inadequada
Postura Inadequada
e Repetitividade
n-hexano e
Tolueno
Perfuração
nos dedos
e mãos.
Iluminação
Inadequada
Vibração Postura
Inadequada e
Repetitividade
Queda de
caixas
Postura
Inadequada e
Repetitividade
Postura
Inadequada e
Repetitividade
Perfuração nos
dedos e mãos
Postura
Inadequada e
Repetitividade
Ruído e
Vibração
Postura
Inadequada e
Levantamento
Manual de Peso
n-hexano e
Tolueno
Iluminação
Inadequada
Postura
Inadequada e
Repetitividade
Quedas e
Entorses
Postura
Inadequada
Quedas e
Entorses
Postura
Inadequada
Quedas e
Entorses
Postura
Inadequada
Quedas e
Queimadura
Fungos e
Bactérias
Quedas e
Escorregão
Fungos e
Bactérias
Quedas e
Escorregão
Fungos e
Bactérias
Ruído
Postura
Inadequada
Perfuração nos dedos e mãos.
Iluminação Inadequada
Bordado
Iluminação
Inadequada
Ruído
Postura
Inadequada
Postura Inadequada e
Levantamento
Manual de Peso
Quedas e
Entorses
Postura
Inadequada
Vírus, Fungos
e Bactérias
Quedas,
Perfuração e/ou
Corte nos dedos
e mãos
Iluminação
Inadequada
Modelagem
Perfuração e/ou cortes
nos dedos e mãos.
Iluminação Inadequada
Iluminação
Inadequada
Saída de Emergência
Postura
Inadequada
Postura
Inadequada
Postura
Inadequada
Postura
Inadequada
Iluminação
Inadequada
Postura
Inadequada,
Monotonia e
Repetitividade
Postura
Inadequada
Iluminação
Inadequada
Postura Inadequada
Iluminação Inadequada
Recepção
Postura
Inadequada
Iluminação
Inadequada
Vestiário
Masculino
Hidrante
Extintor
Risco
Pequeno
Risco
Médio
Risco
Grande
Riscos de Acidentes
Riscos Ergonômicos
Riscos Biológicos
Riscos Químicos
Riscos Físicos
20
21
9 5
6
3
2
4 1
3
2
1
1
1
4
1
1
2
1
2
1
1
3 1
Produtos
acabados
Recebimento matéria-prima
Postura
Inadequada
9.5. Modelo de documento
■ 9.5.1. Mapa de risco da Indústria doVestuário Roupa Feliz
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
86
Mapa de Risco
■ 9.5.2. Setor de Risco da Indústria do Vestuário
Roupa Feliz
n-hexano e
Tolueno
Iluminação
Inadequada
Postura
Inadequada e
Repetitividade
3
Risco
Pequeno
Risco
Médio
Risco
Grande
Riscos
de Acidentes
Riscos
Ergonômicos
Riscos
Biológicos
Riscos
Químicos
Riscos
Físicos
Hidrante
Extintor
Estamparia
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  • 1. SESI – Serviço Social da Indústria DAM – Diretoria de Assistência Médica e Odontológica GSST – Gerência de Segurança e Saúde no Trabalho Manual de Segurança e Saúde no Trabalho Coleção Manuais Indústria do Vestuário 2003 SESI-SP
  • 2. Serviço Social da Indústria – SESI. Diretoria de Assistência Médica e Odontológica – DAM. Gerência de Segurança e Saúde no Trabalho – GSST. Manual de segurança e saúde no trabalho. / Gerência de Segurança e Saúde no Trabalho. -- São Paulo: SESI, 2003. 244 p. : il. color. ; 28 cm. -- (Coleção Manuais ; Indústria do Vestuário). Bibliografia: p. 199 – 205. Índice: p. 206 – 207 . ISBN 00-000-0000-0 I. Título. II. Saúde ocupacional. SESI – Serviço Social da Indústria Departamento Regional de São Paulo Av. Paulista, 1313 CEP 01311-923 São Paulo – SP PABX: (11) 3146-7000 www.sesisp.org.br Diretoria de Assistência Médica e Odontológica Tel.: (11) 3146-7170/7171 ©SESI – Departamento Regional de São Paulo É proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, por quaisquer meios, sem autorização prévia do SESI-SP Outra publicação da Coleção Manuais: • Indústria Calçadista. Ficha Catalográfica
  • 3. Departamento Regional de São Paulo Conselho Regional Presidente Horacio Lafer Piva Representantes das Atividades Industriais Titulares Luis Eulálio de Bueno Vidigal Filho Luis Alberto Soares Souza Paulo Tamm Figueiredo Suplentes Artur Rodrigues Quaresma Filho Dante Ludovico Mariutti Nelson Abbud João Representante da Categoria Econômica das Comunicações Carlos de Paiva Lopes Representantes do Ministério do Trabalho e Emprego Titular Antonio Funari Filho Suplente José Kalicki Representante do Governo Estadual Wilson Sampaio Diretor Regional Claudio Vaz
  • 4. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
  • 5. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) AACD Associação de Assistência à Criança Deficiente ACGIH American Conference of Governamental of Industrial Hygienists APAE Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais APM Associação Paulista de Medicina ASO Atestado de Saúde Ocupacional AVAP Associação para Valorização e Promoção de Excepcionais CAI Certificado de Aprovação de Instalações CAT Comunicação de Acidente de Trabalho CF Constituição Federal CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CLT Consolidação das Leis do Trabalho CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas CP Código Penal CPMAT Conclusão de Perícia Médica de Acidente de Trabalho CREM Comunicação de Resultado de Exame Médico DME Divisão de Mecânica e Eletricidade DMR Divisão de Medicina e Reabilitação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - FMUSP DRT Delegacia Regional do Trabalho EPC Equipamento de Proteção Coletiva EPI Equipamento de Proteção Individual FISPQ Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos GLP Gás Liquefeito de Petróleo HAS Hipertensão Arterial Sistêmica IBUTG Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo IMC Índice de Massa Corpórea INMETRO Instituto Nacional de Metrologia INSS Instituto Nacional de Seguridade Social IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas LESF Lar Escola São Francisco LO Laboratório de Ótica MTbE Ministério do Trabalho e Emprego NHO Norma de Higiene Ocupacional NIOSH National Institute for Occupational Safety and Health NBR Norma Brasileira Registrada NR Norma Regulamentadora OIT Organização Internacional do Trabalho PADEF Programa de Apoio à Pessoa Portadora de Deficiência no Mercado de Trabalho da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho PAIR Perda Auditiva Induzida por Ruído PCA Programa de Conservação Auditiva PCMAT Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional PPD Pessoas Portadoras de Deficiência PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais SESMT Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho SIPAT Semana Interna de Prevenção de Acidentes SPC Sistemas de Proteção Coletiva TST Tribunal Superior do Trabalho UFIR Unidade Fiscal de Referência dB(A) Decibel (unidade de medida da intensidade das ondas sonoras) avaliado na escala A do medidor de nível de pressão sonora Hz Hertz (unidade de medida da freqüência das ondas sonoras) Lux Unidade de medida de iluminância tbn Termômetro de bulbo úmido natural tg Termômetro de globo Lista de Siglas e Abreviaturas
  • 6. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) TÍTULO PÁG. Figura 1 Grupo de trabalhadores em postos fixos organizados no mesmo setor 08 Figura 2 Atividade exercida pela gestante em seu posto de trabalho 12 Figura 3 Atividade exercida pelo deficiente físico 14 Figura 4 Pessoa idosa desenvolvendo atividade laboral 15 Figura 5 Demarcação de piso para organização do arranjo físico de setores 17 Figura 6 Uso do equipamento individual de proteção auditiva 22 Figura 7 Operação da máquina de corte 23 Figura 8 Exemplo de fonte de calor no setor de passadoria 24 Figura 9 Risco químico na limpeza de peças com solvente orgânico 27 Figura 10 Revisor de tecido na postura de pé 30 Figura 11 Abdução dos braços acima da amplitude articular adequada 30 Figura 12 Faixa de amplitude de movimento para articulações dos membros superiores 31 Figura 13 Levantamento manual de cargas 32 Figura 14 Bancada adequada de trabalho 34 Figura 15 Trabalho sentado 35 Figura 16 Operação da máquina de corte sobre bancada 36 Figura 17 Operação da máquina rebitadeira 37 Figura 18 Operação da máquina pregadeira de botão 37 Lista de Figuras
  • 7. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) TÍTULO PÁG. Quadro 1 Porcentagem obrigatória de cargos destinados às pessoas portadoras de deficiência (PPD) pelo número de trabalhadores da empresa 13 Quadro 2 Limites de tolerância e grau de insalubridade de alguns agentes químicos 25 Quadro 3 Dimensionamento da CIPA 43 Quadro 4 Agrupamento de Setores Econômicos pela Classificação Nacional de Atividades Econômicas – (CNAE), para dimensionamento da CIPA 43 Quadro 5 Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – (CNAE), com correspondente agrupamento para dimensionamento da CIPA 43 Quadro 6 Cronograma de processo de eleição da CIPA 44 Quadro 7 Treinamento da CIPA 45 Quadro 8 Classificação dos principais riscos ocupacionais em grupos de acordo com a sua natureza e a padronização das cores correspondentes 60 Quadro 9 Setores da produção com identificação de riscos ocupacionais 61 Quadro 10 Nomenclaturas utilizadas para interpretação dos dados do dosímetro 88 Quadro 11 Valores para interpretação dos resultados para dosimetria 97 Quadro 12 Limite de tolerância de IBUTG 98 Quadro 13 Concentrações encontradas nas amostras coletadas de forma ativa 99 Quadro 14 Concentrações encontradas nas amostras coletadas de forma passiva 99 Quadro 15 Distribuição da população por faixa etária e sexo 113 Quadro 16 Exames médicos ocupacionais 115 Quadro 17 Parâmetro mínimo adotado para exame complementar de acordo com o risco ocupacional existente 116 Quadro 18 Atividades de promoção da saúde 130 Quadro 19 Recomendações de vacinas 131 Lista de Quadros
  • 8. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) TÍTULO PÁG. Gráfico 1 Distribuição percentual da população avaliada segundo o sexo 134 Gráfico 2 Distribuição percentual da população avaliada segundo a faixa etária. 134 Gráfico 3 Distribuição percentual dos níveis de pressão sonora dos pontos avaliados 135 Gráfico 4 Distribuição percentual dos índices de iluminância dos pontos avaliados 136 Gráfico 5 Distribuição percentual do conforto térmico dos postos avaliados 136 Gráfico 6 Fatores de riscos ergonômicos encontrados para o setor de enfesto e corte 138 Gráfico 7 Fatores de riscos ergonômicos encontrados para o setor de costura. 139 Gráfico 8 Fatores de riscos ergonômicos encontrados para o setor de passadoria. 140 Gráfico 9 Distribuição percentual dos resultados obtidos nos exames audiométricos da população avaliada 140 Gráfico 10 Distribuição percentual das queixas otológicas apresentadas pela população avaliada 141 Gráfico 11 Distribuição percentual das queixas audiológicas apresentadas pela população avaliada 141 Gráfico 12 Distribuição percentual de outras queixas apresentadas pela população avaliada 142 Gráfico 13 Distribuição percentual da população avaliada segundo utilização de protetores auditivos durante a jornada de trabalho 142 Gráfico 14 Distribuição percentual da população avaliada segundo exposição a níveis de pressão sonora extra-ocupacionais 143 Gráfico 15 Distribuição percentual dos trabalhadores examinados segundo queixas apresentadas no aspecto psíquico e comportamental 144 Lista de Gráficos
  • 9. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 9 PARTE I 5 ■ 1. Introdução 7 ■ 2. Objetivo Geral 9 ■ 3. Tipificação 11 ■ 4. Organização Geral do Trabalho 13 ■ 5. Tipos de Trabalhadores 15 5.1 Trabalho Infantil 10 5.2 Trabalho Domiciliar 11 5.3 Trabalho da Mulher 12 5.4 Trabalho do Deficiente 13 5.5 Trabalho do Idoso 15 ■ 6. Fatores de Risco e Medidas de Controle 16 6.1 Riscos Físicos 18 6.1.1 Ruído 18 6.1.2 Vibração 23 6.1.3 Calor 23 6.2 Riscos Químicos 25 6.3 Riscos Biológicos 28 6.4 Riscos Ergonômicos 29 6.4.1 Aspectos Biomecânicos 29 6.4.2 Organização do Trabalho 33 6.5 Riscos de Acidentes 36 Sumário
  • 10. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 10 PARTE II 40 ■ 7. Empresa Modelo - Indústria do Vestuário Roupa Feliz 41 ■ 8. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) 42 8.1 Introdução 42 8.2 Conceito 42 8.3 Objetivo 42 8.4 Estrutura 42 8.5 Modelos de documentos 45 8.5.1 Carta para edital de convocação 46 8.5.2 Ficha para convocação dos funcionários 47 8.5.3 Ficha para candidatura dos funcionários 48 8.5.4 Relação dos candidatos a CIPA 49 8.5.5 Cédula de votação 50 8.5.6 Lista de presença de votação 51 8.5.7 Ata de eleição da CIPA 53 8.5.8 Colocação dos eleitos por ordem de votação 54 8.5.9 Lista de presença no treinamento da CIPA 55 8.5.10 Ata de instalação e posse da CIPA 56 8.5.11 Calendário de reuniões da CIPA 57 8.5.12 Certificados do treinamento 58 ■ 9. Mapa de Risco 59 9.1 Introdução 59 9.2 Conceito 59 9.3 Objetivo 59 9.4 Estrutura 59 9.5 Modelos de documentos 65 9.5.1 Mapa de risco da Indústria do Vestuário Roupa Feliz 66 9.5.2 Setor de risco da Indústria do Vestuário Roupa Feliz 67 Sumário
  • 11. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 11 ■ 10. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) 68 10.1 Introdução 68 10.2 Conceito 68 10.3 Objetivo 68 10.4 Estrutura 68 10.5 Modelos de documentos 69 10.5.1 Carta de apresentação (1ª via) 71 10.5.1 Carta de apresentação (2ª via) 72 10.5.2 Capa 73 10.5.3 Introdução e objetivo 74 10.5.4 Apresentação 74 10.5.5 Perfil da empresa 74 10.5.6 Planejamento anual 75 10.5.7 Fluxograma de processos da produção 77 10.5.8 Arranjo físico da empresa Indústria do Vestuário Roupa Feliz 79 10.5.9 Descritivo de funções e reconhecimento dos riscos 80 10.5.10 Avaliação ambiental 87 10.5.10.1 Equipamentos e metodologia 87 10.5.10.2 Resultados 89 10.5.11 Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação 103 10.5.12 Cronograma de ações do PPRA para a Indústria do Vestuário Roupa Feliz 105 10.5.13 Conclusão 106 ■ 11. Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) 107 11.1 Introdução 107 11.2 Conceito 107 11.3 Objetivo 107 11.4 Estrutura 107 11.5 Modelos de documentos 108 11.5.1 Carta de apresentação (1ª via) 109 11.5.1 Carta de apresentação (2ª via) 110 11.5.2 Capa 111 11.5.3 Introdução e objetivo 112 11.5.4 Apresentação 112 11.5.5 Perfil da empresa 112
  • 12. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 12 11.5.6 Estrutura 113 11.5.6.1 Coordenador do PCMSO 113 11.5.6.2 Competências e responsabilidades 114 11.5.6.3 Controle biológico para riscos ambientais por setores, funções e periodicidade 117 11.5.7 Relatório Anual do PCMSO 126 11.5.8 Primeiros Socorros 127 11.5.9 Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) 127 11.5.10 Outras atividades em saúde do trabalhador 130 ■ 12. Perfil das Empresas Pesquisadas 133 12.1 Introdução 133 12.2 Objetivo 133 12.3 Atividades Realizadas 133 12.4 Resultados 133 PARTE III 146 ■ 13. Aspectos Legais 147 13.1 Normas Regulamentadoras (NR´s) 148 13.2 Aspectos Gerais da Legislação Brasileira Federal, Civil, Penal, Previdenciária e Trabalhista. 179 13.2.1 Direito do Trabalho, Civil, Previdenciário 181 13.2.2 Responsabilidade Civil e Penal 195 PARTE IV ■ 14. Bibliografia 199 ■ 15. Índice Remissivo 206
  • 14. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
  • 15. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 15 A indústria do vestuário compreende um elevado número de empresas, podendo ser dividida em dois segmentos: ■ Vestuário padrão: engloba a produção de artigos padronizados, não sujeito à osci- lação da moda, caracterizada pelo grande volume de vendas e tem seu conceito de qualidade associado à sua durabilidade. ■ Vestuário da moda: engloba artigos cuja produção é segmentada em lotes, obede- cendo desenhos, cores, formas, estruturas e detalhes, ditados pelas tendências da moda. Este segmento é caracterizado pela flexibilidade e enorme agilidade para que possa atender e acompanhar as rápidas mudanças da moda, seu conceito de quali- dade está ligado à atualidade da moda. A indústria do vestuário é responsável aproximadamente por 60% do emprego na cadeia produtiva de têxteis e confecções. Nas atividades laborais, podemos encontrar riscos profissionais relativos a higiene, se- gurança e saúde dos trabalhadores como provenientes da organização do trabalho (risco er- gonômico), e os ligados aos equipamentos e agentes agressivos (risco físico, químico e de acidentes). A prevenção de riscos ocupacionais é essencial para um bom desenvolvimento da orga- nização do trabalho e motivação dos trabalhadores, melhorando as condições laborais, qualidade de vida dos trabalhadores, cultura e imagem da empresa acarretando uma me- lhor produtividade. Introdução 1
  • 16. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
  • 17. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 17 O objetivo deste manual é orientar as indústrias do vestuário sobre medidas de higiene, segurança e saúde no trabalho. A prevenção dos fatores de risco protege os trabalhadores de possíveis danos a saúde, contribuindo para melhorar a produtividade das indústrias. Objetivo Geral 2 Atenção Além dos fatores de risco citados neste manual, outros podem existir em função do arranjo físico, das condições ambientais da indústria e das formas de organização do trabalho.
  • 18. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
  • 19. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 19 A indústria do vestuário constitui-se principalmente de micro, pequenas e médias empre- sas com diversidade de escalas produtivas e grande heterogeneidade das unidades fabris. Lo- calizam-se em galpões estruturados ou instaladas em prédios comerciais e/ou residenciais. As máquinas e equipamentos utilizados variam desde modelos mais simples até tecno- logias mais avançadas, que permitem economia de tecido e maior rapidez nas etapas de cri- ação, especificação técnica das peças e modelagem. As principais matérias-primas utilizadas são tecidos e linhas com fibras vegetais, ani- mais e sintéticas. Também são utilizados acessórios como botões, zíperes e apliques de plástico, madeira e metal. As indústrias estão organizadas em setores como modelagem, corte, costura, acaba- mento, passadoria e expedição, em menor escala encontra-se empresas com o setor de la- vanderia e estamparia (silk-screen). É comum a terceirização de algumas partes dos processos produtivos, dependendo da sazonalidade e das tendências da moda. A principal mão de obra é composta pelo sexo feminino devido principalmente a neces- sidade da precisão e delicadeza nas atividades. Entre as várias funções existentes pode ocorrer rotatividade nas tarefas devido ao ritmo de produção e sazonalidade, havendo a necessidade de treinamento adequado. Tipificação 3
  • 20. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
  • 21. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 21 Nas indústrias do vestuário avaliadas, a organização do trabalho é realizada em setores como: criação, compras, modelagem, almoxarifado (tecidos/aviamentos), bordado, estam- paria, lavanderia, enfesto, corte, etiquetagem, costura, revisão/acabamento, passadoria, embalagem, expedição, manutenção mecânica e setores administrativos. Nos setores da produção as atividades são desenvolvidas por métodos tradicionais de gestão dos processos de trabalho em postos fixos (células). O trabalho em células é uma atividade realizada por pequenos grupos de trabalhadores. Para visualizar a organização geral do trabalho, pode-se consultar o fluxograma de pro- dução constante da p. 97. Figura 1 – Grupo de trabalhadores em postos fixos organizados no mesmo setor Organização Geral do Trabalho 4
  • 22. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
  • 23. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 23 Alguns trabalhadores merecem atenção diferenciada pela complexidade legal a que estão expostos: ■ Trabalho infantil ■ Trabalho domiciliar ■ Trabalho da mulher ■ Trabalho do deficiente ■ Trabalho do idoso 5.1.Trabalho Infantil O trabalho infantil, conforme legislação brasileira vigente, é aquele exercido por qual- quer pessoa abaixo de dezesseis anos de idade. No entanto, a mesma legislação permite que a partir dos quatorze anos de idade a criança trabalhe na condição de aprendiz. Grande parte do trabalho infantil no Brasil está associado a aspectos econômicos (com- plementação da renda familiar), aspectos culturais (visão dos familiares) e aspectos sociais (desemprego dos pais, limitações do sistema educacional), porém nas indústrias do vestuário avaliadas, não foi observado nenhum trabalho infantil. No Brasil, podemos citar algumas entidades que atuam na erradicação do trabalho infantil: ■ Organização Internacional do Trabalho (OIT) ■ Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) ■ Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedo (Fundação ABRINQ) ■ Instituto Pró-Criança ■ Fundação Semear ■ Centrais Sindicais ■ Ministério Público. Tipos de Trabalhadores 5
  • 24. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 24 Tipos de Trabalhadores 5.2.Trabalho Domiciliar No Brasil é freqüente em vários ramos industriais o trabalho domiciliar. Conforme levan- tamento bibliográfico, na indústria do vestuário este fato é antigo e tem aumentado desde a década de 80. Com o fechamento de postos de trabalho nas indústrias, alguns trabalha- dores demitidos passaram a utilizar suas próprias residências como pequenos empreendi- mentos familiares, prestando serviços para indústrias de todos os portes. O trabalho domi- ciliar é realizado por encomenda, o que acarreta ausência de limites à jornada de trabalho e o envolvimento de toda a família. Geralmente os trabalhadores não possuem vínculo em- pregatício. Esta condição associada ao ambiente em que as atividades são realizadas, ca- racterizam a precarização do trabalho a domicílio, fugindo do controle da fiscalização do Mi- nistério do Trabalho e Emprego. 5.3.Trabalho da Mulher A inserção da mulher no mercado de traba- lho brasileiro continua sendo crescente devido a necessidade de incremento na renda familiar. Com a igualdade de direitos, a mulher tam- bém passou a exercer funções que geram rea- lizações pessoais e cargos de importância den- tro de uma empresa. Para as mulheres, geralmente trabalhar sig- nifica melhorar o padrão de vida. O ramo do vestuário é marcado pelo predo- mínio de trabalhadores do sexo feminino. As le- gislações vigentes conferem direitos trabalhis- tas a mulher, como a licença maternidade de cento e vinte dias remunerada e a estabilidade empregatícia de no mínimo sessenta dias após o seu retorno, além de outros direitos. Figura 2 – Atividade exercida pela gestante em seu posto de trabalho.
  • 25. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) Tipos de Trabalhadores 25 5.4.Trabalho do Deficiente A Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Legislação Brasileira vigente asseguram às pessoas portadoras de deficiências, o direito à participação em atividades econômicas. A lei no 7.853 de 24 de outubro de 1999, regulamentada pelo decreto no 3.298 de 20 de dezembro de 1999, dispõe sobre o trabalho da pessoa portadora de deficiência e sua inte- gração social. De acordo com a lei mencionada, podemos enquadrar as deficiências nas seguin- tes categorias: ■ Deficiência física ■ Deficiência auditiva ■ Deficiência visual ■ Deficiência mental ■ Deficiência múltipla A legislação obriga as empresas que possuem cem ou mais funcionários a contratar be- neficiários da Previdência Social reabilitados ou portadores de deficiência habilitados, pre- enchendo de 2 a 5% do total de seus cargos, conforme o quadro a seguir: Quadro 1 – Porcentagem obrigatória de cargos destinados às pessoas portadoras de deficiência (PPD) pelo número de trabalhadores da empresa. % de PPD No de trabalhadores 2 de 100 a 200 3 de 201 a 500 4 de 501 a 1000 5 mais de 1000
  • 26. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 26 Tipos de Trabalhadores Relacionamos abaixo, algumas entidades que estimulam a integração ou reintegração das pessoas portadoras de deficiência (PPD) as atividades profissionais. ■ APAE – Associação de Pais e Amigos do Excepcional. Campanha Empresa Parceira da APAE. ■ AACD – Associação de Assistência a Criança Deficiente. Programa de Trabalho Eficiente. ■ LESF – Lar Escola São Francisco. ■ SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Projeto Inclusão das Pessoas com Necessidades Especiais (PNE) nos programas de Educação Profissional do SENAI. ■ AVAP – Associação para Valorização e Promoção de Excepcionais. ■ PADEF – Programa de Apoio à Pessoa Portadora de Deficiência no Mercado de Trabalho da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho. ■ DMR – Divisão de Medicina e Reabilitação da FMUSP . Figura 3 – Atividade exercida pelo deficiente físico
  • 27. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 27 Tipos de Trabalhadores 5.5.Trabalho do Idoso Conforme a Política Nacional do Idoso, a pessoa maior de 60 anos de idade é considerada idosa. A participação de idosos no mercado de trabalho é freqüente no Brasil, em decorrência do crescente aumento da expectativa de vida da população. O fator preponderante que leva o idoso a continuar trabalhando é a composição da renda familiar, que geralmente é insuficiente para sua necessidade e além disso o desempenho de um papel social ativo. Conforme lei no 8.842 de 04 de janeiro de 1994 “é competência dos órgãos e entidades públicos: ... a) garantir mecanismos que impeçam a discriminação do idoso quanto a sua participação no mercado de trabalho, no setor público e privado; b) priorizar o atendimento do idoso nos benefícios previdenciários; c) criar e estimular a manutenção de programas de preparação para aposentadoria nos setores público e privado com antecedência mínima de dois anos antes do afastamento.” Figura 4 – Pessoa idosa desenvolvendo atividade laboral
  • 28. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
  • 29. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 29 Risco é uma condição que apresenta potencial para causar danos. Esses danos podem ser entendidos como lesões a pessoas, quebras de equipamentos ou estruturas, perda de material em processo ou redução da capacidade de desempenho de uma função predeterminada. Os fatores de risco existentes nos locais de trabalho podem comprometer a segurança das pessoas, e a produtividade da empresa. No ambiente de trabalho, estes fatores, podem variar em função de sua natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição aos agentes nocivos, tais como: ■ Físico: ruído, vibração e calor. ■ Químico: vapores. ■ Biológico: vírus, fungos e bactérias. ■ Ergonômico: levantamento e transporte manual de peso, postura imprópria e meios inadequados de produção e controle. ■ Acidente: corte e perfuração nas mãos e dedos, arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos com proteção deficiente e iluminação inadequada. Para a eliminação ou minimização de fatores de risco, as empresas devem adotar medidas de controle organizacionais, de engenharia, coletivas (uso de equipamento de proteção coletiva – EPC) e individuais (uso de equipamento de proteção individual – EPI). É importante a realização de orientações e treinamentos aos envolvidos no processo produtivo e administrativo. As medidas de controle devem ser revisadas e atualizadas sempre que necessário, garantindo a produtividade e o equilíbrio econômico da empresa. Fatores de Risco e Medidas de Controle 6
  • 30. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 30 Riscos e Controles 6.1. Riscos Físicos São considerados como risco físico o ruído, a vibração, a umidade, a radiação ionizante, a radiação não ionizante e a temperatura extrema. Na indústria do vestuário os mais observados são o ruído, a vibração e o calor. ■ 6.1.1. Ruído Ruído é um som indesejável e desagradável. No ser humano ele pode ocasionar altera- ções em todo o organismo, principalmente no aparelho auditivo. O trabalhador pode muitas vezes estar exposto no ambiente de trabalho a ruídos de dife- rentes intensidades e durações, devendo-se considerar o efeito combinado dessas variações. De acordo com a freqüência, a intensidade e a duração, podemos ter diferentes tipos de alterações auditivas descritas a seguir: Figura 5 – Demarcação de piso para organização do arranjo físico de setores
  • 31. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 31 Riscos e Controles ■ o Trauma Acústico é uma alteração súbita da audição decorrente de uma única expo- sição a ruído muito intenso. Geralmente afeta a audição nas freqüências de 3000, 4000 e/ou 6000Hz. ■ a Mudança Temporária de Limiar é uma alteração auditiva provocada pela exposição ao ruído, sendo que a audição volta ao seu normal após algumas horas do término desta exposição ou até mesmo após algumas semanas. ■ a Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR) é a mudança permanente de limiar devido a exposição contínua ao ruído. É uma patologia de caráter irreversível do tipo neuro- sensorial (lesão que afeta as células nervosas da orelha interna). Quase sempre é bi- lateral e progressiva, atingindo inicialmente as freqüências de 3000, 4000 e/ou 6000Hz, preservando as freqüências da fala. Por este motivo, o trabalhador não per- cebe a alteração que está ocorrendo em sua audição, notando somente em uma fa- se mais avançada. A exposição a ruído ainda pode causar efeitos denominados extra-auditivos. Dentre os mais conhecidos podemos destacar: distúrbios circulatórios (hipertensão arterial, taquicar- dia), distúrbios digestivos (úlceras, gastrites), distúrbios endócrinos (diabetes mellitus), dis- túrbios imunológicos, distúrbios sexuais e reprodutivos (impotência, infertilidade), distúrbi- os de equilíbrio (labirintopatia), distúrbios do sono (insônia, dificuldade de adormecer), dis- túrbios musculares, distúrbios psicológicos (estresse, depressão, ansiedade, irritação, exci- tabilidade, nervosismo), distúrbios sociais (diminuição da atenção, da memória, da concen- tração e isolamento social pela dificuldade de comunicação). Assim como o ruído ocupacional, outros fatores contribuem para o desencadeamento e/ou agravamento da perda auditiva como por exemplo a idade; distúrbios bioquímicos e metabólicos; doenças infecciosas, hereditárias, congênitas, neonatais, entre outras; expo- sição a outros agentes ototóxicos e otoagressivos (medicamentos, produtos químicos, vi- brações); exposição extra-ocupacional a ruído (ruído urbano, uso de walkman, shows mu- sicais, uso de instrumento musical, culto religioso, fogos de artifício, festividades carna- valescas, tiro de arma de fogo, brinquedos ruidosos, ferramentas elétricas e alguns apare- lhos domésticos).
  • 32. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 32 Riscos e Controles No ambiente de trabalho podemos encontrar diversos fatores que contribuem para a presença do ruído, tais como alta rotação de motores, vibrações dos componentes de má- quinas, falta de amortecimento de peças flexíveis, não utilização de silenciadores, falta de manutenção preventiva de máquinas e instrumentos, falta de lubrificação de peças, falta de elementos que absorvam impactos, instalações físicas acusticamente inadequadas, prote- ção interna e externa para absorção do som nas máquinas mal dimensionada, máquinas com projetos e/ou construção inadequadas. Na indústria do vestuário, o setor de produção possui máquinas e equipamentos que produzem variados níveis de pressão sonora (ruído) durante a jornada de trabalho. Os níveis de pressão sonora (ruído) encontrados neste ramo de atividade nem sempre ultrapassam o limite de tolerância individual descrito na NR-15 de 85 dB(A) para uma jornada de 8 (oito) horas de trabalho. Medidas de controle A prevenção das alterações auditivas ocupacionais começa no ambiente de trabalho com o objetivo de estacionar as perdas auditivas já existentes e impedir o aparecimento de novos casos. Para isso também é necessário implantar um Programa de Conservação Audi- tiva (PCA) em conjunto do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (NR-7) e do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (NR-9).
  • 33. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 33 Riscos e Controles Programa de Conservação Auditiva – PCA ■ Conceito O Programa de Conservação Auditiva (PCA) consta de uma série de medidas orga- nizadas e coordenadas, tendo em conta os níveis de pressão sonora elevados confor- me levantamento realizado no PPRA de cada empresa. ■ Objetivo O PCA tem como objetivo preservar a audição dos trabalhadores expostos a níveis de pressão sonora iguais ou superiores a 80 dB(A) pela atuação de uma equipe mul- tidisciplinar (engenheiro de segurança, técnico de segurança, médico do trabalho, fo- noaudiólogo, recursos humanos, trabalhador da produção, diretoria da empresa). ■ Atividades do PCA ■ Avaliação da exposição........................................................... ✗ Reconhecer o ambiente de trabalho e as atividades desenvolvidas pelos trabalhadores; ✗ Avaliar a presença de ruído e outros agentes ototóxicos e otoagressivos no ambiente e a exposição individual a este(s); ✗ Avaliar a interferência do ruído na comunicação oral dos trabalhadores, e na atenção para os sinais de alerta; ✗ Identificar os setores de risco e o tempo de exposição, entrevistando o trabalhador no local; ✗ Identificar e avaliar as fontes emissoras de ruído para possibilitar seus controles; ✗ Estabelecer prioridades para o controle; ■ Medidas de controle ambiental e organizacional ................ ✗ Indicar a todos os trabalhadores os setores de risco; ✗ Redução do tempo de exposição do trabalhador ao risco; ✗ Redução de permanência nos setores de risco; ✗ Rodízio da função; ✗ Implementação de pausas durante a jornada de trabalho; ✗ Limitação de horas extras; ✗ Funcionamento de determinadas máquinas em turnos ou horários com o menor número de funcionários; ✗ Outras medidas propostas pela engenharia conforme PPRA (NR-9), descrito no capítulo 10.
  • 34. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 34 Riscos e Controles ■ Avaliação e monitoramento audiológico .............................. ✗ Realização de exames audiométricos de referência e de seqüência conforme proposto pela Portaria nº 19; ✗ Identificar a situação auditiva da população, fazendo o acompanhamento periódico; ✗ Identificar os trabalhadores que necessitam de encaminhamento para o otorrinolaringologista; ✗ Alertar os trabalhadores sobre os efeitos do ruído; ✗ Verificar a eficácia das medidas de controle. ■ Indicação para o uso de protetores auditivos ...................... ✗ O uso de protetores auditivos é recomendado a trabalhadores expostos a níveis de pressão sonora igual ou acima a 85dB(A) durante sua jornada de trabalho ; ✗ Deve ser disponibilizado aos trabalhadores pelo menos dois tipos de protetores auditivos, devendo ser considerado na escolha: • o grau de conforto • a facilidade de colocação, manuseio e manutenção • a capacidade de atenuação do ruído nas freqüências de interesse • a sua vida útil; ✗ O EPI deve ser encarado como uma medida temporária ou complementar até que medidas de caráter coletivo sejam adotadas; ✗ A eficácia do EPI depende da adesão integral do trabalhador sendo que, o protetor ideal é aquele que é mais aceito e utilizado pelos trabalhadores expostos ao risco. ■ Formação e informação dos trabalhadores .......................... ✗ O trabalhador deve ser conscientizado periodicamente no que se refere ao uso, manutenção, higienização e troca do protetor auditivo. ✗ Informar e educar os trabalhadores sobre vários temas como por exemplo o que é PAIR, os fatores agravantes, predisponentes e complicadores, os mecanismos de prevenção, as fases do PCA em andamento na empresa, os resultados dos exames audiológicos, as dificuldades diagnósticas, a exposição a ruído extra-ocupacional (ruído urbano, uso de walkman, shows musicais, uso de instrumento musical, culto religioso, fogos de artifício, festividades carnavalescas, tiro de arma de fogo, brinquedos ruidosos, ferramentas elétricas e alguns aparelhos domésticos) e seus efeitos. Estas informações podem ser obtidas no momento da realização do exame audiométrico ou durante a consulta médica ocupacional e por intermédio de palestras, seminários, encontros, campanhas e reuniões com a CIPA;
  • 35. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 35 Riscos e Controles Figura 6 – Uso do equipamento individual de proteção auditiva ■ Conservação de Registros ...................................................... ✗ Os documentos do PCA devem ser mantidos pela empresa por pelo menos trinta anos. ■ Avaliação da eficácia do programa........................................ ✗ Analisar as audiometrias seqüênciais e de referência conforme critério descrito na Portaria 19 (9 abr. 1999); ✗ Avaliação das etapas do programa; ✗ Levantamento das opiniões dos trabalhadores.
  • 36. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 36 Riscos e Controles ■ 6.1.2. Vibração Este risco pode ocorrer devido a movimentação das partes rolantes da máquina que es- tá em operação, falta de manutenção preventiva adequada das máquinas e equipamentos. Sua transmissão ao corpo humano ocorre através do contato direto com a máquina, atingin- do partes do seu corpo como mãos e braços. Na indústria do vestuário este risco deverá ser examinado junto a máquina de costura e máquina de corte elétrica manual para efeito de medidas de controle quando necessárias. Figura 7 – Operação da máquina de corte
  • 37. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 37 Riscos e Controles ■ 6.1.3. Calor As condições térmicas anormalmente elevadas podem ser nocivas à saúde dos trabalha- dores, causando mal-estar, cãibras, desidratração, distúrbios cardiovasculares e erupções da pele. Na indústria do vestuário pode-se observar fontes de calor, como por exemplo o ferro de passar roupa e a máquina de entretela. Medidas de controle Para minimizar o calor no ambiente laboral, algumas medidas podem ser adotadas, co- mo: revezamento de função quando possível, isolamento das partes emissoras de calor, pla- nejamento de instalação e uso adequado de máquinas e equipamentos geradores de calor, instalação e utilização de ventilação natural e artificial. Figura 8 – Exemplo de fonte de calor no setor de passadoria
  • 38. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 38 Riscos e Controles 6.2. Riscos Químicos Na indústria do vestuário utiliza-se produtos químicos em operações auxiliares como: LIMPEZA – produtos domésticos (sabão, sabonete ou detergente) e/ou solventes orgâ- nicos (benzina*). Na literatura é citada a utilização de tricloroetileno e tetracloroetileno. ESTAMPARIA DO TIPO SERIGRAFIA (silk-screen) – produtos contendo solventes or- gânicos ou a base de água, como por exemplo, hidróxido de amônio. LAVANDERIA - produtos químicos em soluções diluídas como, barrilhas, metabissulfi- to de sódio e hipoclorito de sódio e produtos oxidantes como permanganato de potássio. Na avaliação da utilização dos produtos citados acima, observou-se que o risco químico considerado mais relevante é a exposição aos vapores de solventes orgânicos. “Vapores são dispersões de moléculas no ar que podem se condensar para formar líquidos ou sóli- dos em condições normais de temperatura e pressão” (SESI, 1994). Alguns agentes químicos contidos nos produtos puros, em formulações ou misturas, ma- nuseados nas operações, estão apresentados no quadro 2, com seus respectivos limites de tolerância e grau de insalubridade, estabelecidos pela padronização da NR-15 e da ACGIH. Quadro 2 – Limites de tolerância e grau de insalubridade de alguns agentes químicos Agente químico (padronização) (ppm) Xileno (NR 15) 78 Tolueno (NR 15) 78 n-Hexano (ACGIH) Tricloroetileno (NR 15) Tetracloroetileno (percloroetileno) (NR 15) n-Pentano (NR 15) Amônia (NR 15) Álcool etílico (NR 15) 50 78 20 780 Ciclohexano (NR 15) 78 470 235 mg/m3 340 290 180 525 14 1480 420 1400 820 Grau de insalubridade médio médio — médio médio mínimo máximo mínimo médio Limite de tolerância até 48 horas/semana ppm: parte por milhão mg/m3: miligrama por metro cúbico ACGIH: ”American Conference of Governamental of Industrial Hygienists” NR 15: Norma Regulamentadora 15, anexo nº 11, quadro nº 1 *mistura de hidrocarbonetos saturados derivada do petróleo, constituída principalmente por n-hexano.
  • 39. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 39 Riscos e Controles Medidas de controle Embora o potencial de risco químico não seja relevante no setor do vestuário, algumas ações podem ser tomadas para reduzi-lo evitando assim certos incômodos observados, co- mo a inalação de vapores de amônia, ressecamento das mãos por produtos cáusticos, en- tre outros. A embalagem dos produtos de amônia deve estar posicionada de forma a evitar o con- tato direto dos vapores com as vias respiratórias e oculares na manipulação dos mesmos. Sugere-se evitar este contato facial. A utilização do produto químico deve ocorrer em local com ventilação natural durante o horário que exponha um número menor de trabalhadores. Além disso, deve-se fornecer, treinar e conscientizar os trabalhadores quanto ao uso de equipamentos de proteção individual como luvas e máscaras apropriadas. Para cada produto químico utilizado, é obrigatório ter disponível a “Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico” – FISPQ, conforme NBR 14725 de junho de 2001 que contêm informações sobre vários aspectos de substâncias ou preparados quanto à prote- ção, segurança e saúde do trabalhador e ao meio ambiente, além de medidas de proteção e ações em situação de emergência. A FISPQ deve ser entregue pelo fornecedor na venda do produto e mediante solicitação. O fornecedor do produto deve disponibilizar esta ficha completa e constantemente atualizada. O portador desta ficha é responsável em analisar as condições de uso do produ- to, tomar medidas de precaução necessárias numa dada situação de trabalho e manter os trabalhadores informados quanto aos perigos relevantes no seu ambiente laboral. A FISPQ contém os seguintes dados:
  • 40. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 40 Riscos e Controles Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico – FISPQ 1. Identificação da substância/preparação e da empresa; 2. Composição/informação sobre os componentes; 3. Identificação dos perigos; 4. Primeiros socorros; 5. Medidas de combate a incêndios 6. Medidas a tomar em caso de fugas acidentais; 7. Manuseamento e armazenagem; 8. Controlo da exposição/proteção individual; 9. Propriedades físico-químicas; 10. Estabilidade e reatividade; 11. Informação toxicológica; 12. Informação ecológica; 13. Questões relativas a eliminação; 14. Indicações relativas ao transporte; 15. Informação regulamentada; 16. Outras informações. Fonte: NBR 14725 de junho de 2001
  • 41. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 41 Riscos e Controles Figura 9 – Risco químico na limpeza de peças com solvente orgânico
  • 42. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 42 Riscos e Controles 6.3. Riscos Biológicos No ambiente de trabalho, os trabalhadores podem ter contato com agentes biológicos tais como vírus, fungos e bactérias. Esse contato ocorre por via cutânea, oral ou respiratória. Na indústria do vestuário, não foi observado exposição a risco biológico nos processos produtivos. Em algumas atividades não específicas deste ramo industrial podemos encon- trar exposição ao risco, como: no ambulatório médico, na coleta de lixo (resíduos sólidos) e nos serviços de limpeza (vestiário e refeitório). Medidas de controle Em atividades que o trabalhador esteja exposto a risco biológico, esta exposição deve ser atenuada por medidas preventivas como o uso de equipamentos de proteção individual - EPI (luvas de látex, botas, máscaras); higiene adequada no ambiente de trabalho e pesso- al (hábito de lavar as mãos, não comer, beber e fumar no local de trabalho) e vacinação (principalmente anti-tetânica, contra influenza e hepatite B entre outras, conforme quadro 19 da p.131).
  • 43. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 43 Riscos e Controles 6.4. Riscos Ergonômicos Os fatores de risco relacionados à ergonomia são aqueles que interferem na relação har- mônica entre trabalho e ser humano, podendo provocar danos à saúde do trabalhador por alterações fisiológicas no organismo e estado emocional, como também comprometer a se- gurança no ambiente de trabalho e a produtividade da empresa. Como a ergonomia é uma área de conhecimento multidisciplinar, a identificação dos riscos e sua prevenção, deve ser realizada por profissionais de diversas áreas para controlar todos os possíveis fatores de risco existentes no ambiente laboral isoladamente e simultaneamente. Para evitar que estes fatores de risco comprometam a execução das atividades no am- biente laboral é necessário adequar as condições de trabalho ao homem, através da inte- gração do conforto no sentido amplo dos aspectos físico e psíquico à produtividade, para diminuir a ocorrência de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho, garantindo econo- micamente uma boa produção. As medidas de controle para aspectos ergonômicos são dinâmicas, ou seja, mudam de acordo com o processo de produção, produtividade, tipo de mobiliário, equipamentos utili- zados, qualidades e números de funcionários e as tarefas a serem realizadas. ■ 6.4.1. Aspectos Biomecânicos Dentre os aspectos biomecânicos, os principais são: a postura inadequada do trabalha- dor, o uso excessivo de força, a repetição dos movimentos e o manuseio de carga incorreto e excessivo. É importante ressaltar que esses aspectos podem ocorrer isolados e associa- dos entre si, ou com outros fatores de risco. Quando associados, o potencial de risco é ain- da maior. ■ Postura inadequada: o posicionamento imóvel do trabalhador por períodos prolon- gados (figura 10) propicia a este, uma compressão dos vasos sangüíneos dificultan- do a circulação do sangue. Consequentemente, os músculos recebem oxigênio e nu- trientes insuficientes, prejudicando o retorno do sangue no processo circulatório, acumulando-se resíduos metabólicos provocando dor e fadiga muscular. Posições es- táticas prolongadas podem levar ao desgaste das articulações e ossos.
  • 44. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 44 Riscos e Controles Figura 10 - Revisor de tecido na postura em pé
  • 45. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 45 Riscos e Controles Além da postura fixa, deve-se levar em consideração que posturas extremas também são prejudiciais, como pode ser observado na figura 11. ■ Repetição: a repetição dos mesmos padrões de movimentos é prejudicial para o or- ganismo podendo provocar atrito entre os tendões dos músculos, ligamentos e ossos, aumentando o risco de irritação da articulação utilizada. ■ Força e manuseio de carga: a força interna gerada pelo organismo e a força ex- terna realizada para a execução de manuseio de cargas, são aspectos importantes a observar, já que ambas podem gerar sobrecarga à estruturas corporais, diminuindo a circulação sangüínea do local e podendo ocasionar fadiga muscular. O transporte manual de cargas pode acarretar danos à saúde e a integridade física do trabalhador e depende basicamente dos seguintes fatores: peso da carga, distância a ser percorrida, formato da carga, tipo de piso, altura da carga ao piso e distância do trabalha- dor à carga. Figura 11 - Abdução dos braços acima da amplitude articular adequada
  • 46. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 46 Riscos e Controles Medidas de controle ■ Postura inadequada: ao de- finir um posto de trabalho, recomen- da-se que a postura do trabalhador seja a mais flexível possível, não sendo permanentemente em pé ou sentado. Nas atividades em que es- tas posições flexíveis não sejam possíveis, pode-se realizar um rodí- zio para alterar as posturas fixas e também implantar pausas. Além de evitar posturas fixas do trabalhador, devem ser evitadas as posturas e movimentos extremos. Cada articu- lação do corpo apresenta um melhor desempenho biomecânico em algu- mas faixas de amplitudes de movi- mento, por isso, é recomendável res- peitar esses limites de amplitude ar- ticular para se obter as vantagens bi- omecânicas que o corpo oferece na execução das atividades laborais. Na literatura consultada, há diferen- tes faixas de amplitude de movimen- to recomendadas, variando de acor- do com o autor estudado. A figura 12 ilustra a recomendação adotada por COURY, 1995. 60° 90° 180° 0° 0° 60° 0° 180° 85° 110° 0° 145° a s e r e v i t a d a a ser evitada recomendada 15° 15° 0° 20° 45° 0° 25° 25° 70° 90° Amplitude de movimento a ser evitada Amplitude de movimento recomendada Amplitude de movimento a ser evitada Amplitude de movimento recomendada recomendada recomendada a ser evitada a s e r e v i t a d a a s e r e v i t a d a a s e r e v i t a d a Figura 12 – Faixa de amplitude de movimento para articulações dos membros superiores
  • 47. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 47 Riscos e Controles Geralmente a postura adotada pelo trabalhador é conseqüência do mobiliário que utili- za e da demanda da sua atividade. Com isso, a análise dos fatores de risco e as medidas de controle da organização do trabalho devem ser realizadas em conjunto com o trabalha- dor para verificar os reais problemas do ambiente laboral. ■ Repetição: a repetição dos movimentos pode ser controlada através de métodos adequados de produção. Outras medidas como a pausa ativa (ginástica laboral), pas- siva (descanso) e/ou rodízio de funções podem ser implantadas para minimizar os fa- tores de risco que a repetição dos movimentos podem desencadear ao trabalhador. Ginástica laboral é um programa de exercícios físicos terapêuticos realizados no pró- prio local de trabalho. Para sua implantação é necessário previamente realizar uma análise ergonômica. A ginástica laboral é aplicada por profissionais especializados de acordo com as necessidades do trabalhador e disponibilidade da empresa. ■ Força e manuseio de cargas: como medida de prevenção da fadiga, o peso máxi- mo que o homem pode remover individualmente é de 60 kg (CLT, seção XIV, art.198), sendo que a carga manuseada por mulheres e trabalhadores jovens deverá ser infe- rior ao admitido para os homens (NR-17). A NR-17 apresenta em Nota Técnica a Equação do National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH) para le- vantamento manual de cargas como instrumento de cálculo do peso máximo reco- mendado (BRASIL, Ministério do Trabalho e Emprego, 2002). Todos os valores limites apresentados para o levantamento de cargas devem ser tomados apenas como ori- entação geral, mas não oferecendo condição absoluta de segurança. Todo trabalha- dor designado para o transporte manual de cargas, deve receber treinamento ou ins- truções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes. Um exemplo de um correto manuseio de carga pode ser observado na figura 13.
  • 48. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 48 Riscos e Controles ■ 6.4.2. Organização do Trabalho Os fatores relacionados à organização do trabalho podem envolver: cultura organizacio- nal, processos de trabalho, qualidade de vida, saúde mental, estabilidade no emprego, sa- lário, jornada de trabalho prolongada pela realização de horas-extras e a ausência de des- canso, entre outros. Esses aspectos relacionados com a organização do trabalho podem in- fluenciar o trabalhador a adotar determinadas posturas inadequadas como também podem provocar alterações no estado emocional do mesmo, como os listados a seguir: ■ Psicossociais e pessoais: entre os elementos psicossociais encontram-se as per- cepções de sobrecarga, trabalhos monótonos, controle limitado das funções, pouca clareza sobre as tarefas e pouco apoio social no trabalho. Os fatores pessoais mais conhecidos são idade, sexo, estado civil, escolaridade, atividade física, tabagismo e antropometria (medidas do corpo humano). Figura 13 - Levantamento manual de cargas
  • 49. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 49 Riscos e Controles ■Condições ambientais: para verificar se as condições ambientais proporcionam con- forto ao trabalhador, deve-se observar fatores como iluminação, ventilação, tempera- tura ambiente e ruído, entre outros. Durante a execução de determinadas atividades, o trabalhador pode sentir dificuldades de concentração diante do nível elevado de ru- ído e da temperatura no ambiente de trabalho, podendo estes fatores influenciarem de forma significativa no conforto, na qualidade do trabalho e na produtividade. ■ Posicionamento de mobiliários: todos os mobiliários devem ser construídos, ins- talados e utilizados de modo a não expor os trabalhadores aos fatores de risco, que possam afetar sua saúde ou que causem acidentes. Para tanto, deve atender a de- manda da atividade a ser executada, de acordo com o fluxo da produção e também com as dimensões do corpo dos trabalhadores que executarão as funções, tendo em conta a posição relativa entre o trabalhador e seu posto de trabalho. Medidas de controle As medidas de controle para os aspectos da organização do trabalho dependem da es- trutura da empresa, no qual os processos de trabalho podem ser flexíveis para a adequação do conforto físico e psíquico de cada trabalhador. Esses aspectos, entre outros, podem pro- porcionar uma melhora na qualidade de vida e saúde mental dos trabalhadores, garantindo uma melhor produtividade. ■ Condições ambientais: as condições ambientais adequadas, influenciam de forma po- sitiva o ambiente de trabalho, propiciando um local agradável sem riscos de acidentes, aumentando a produtividade sem que haja fadiga excessiva por parte dos funcionários. ■ Posicionamento de mobiliários: as condições de trabalho podem variar com a in- trodução de novos produtos, materiais, ferramentas, máquinas ou métodos de traba- lho. Estas mudanças indicam que os padrões utilizados no passado devem ser revis- tos e atualizados, de acordo com a necessidade de cada empresa. As áreas de circulação e os espaços em torno de máquinas e equipamentos devem ser dimensionados de forma que o material, os trabalhadores e os transportadores possam mo- vimentar-se com segurança.
  • 50. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 50 Riscos e Controles Como há pessoas com diferenças de altura, estruturas ósseas e musculares, a organiza- ção do trabalho deve levar em consideração o conforto individual e projetar o ambiente de trabalho de forma harmônica para todos os trabalhadores podendo contribuir para um am- biente favorável à execução da atividade, proporcionando maior conforto, menos estresse, redução da fadiga e absenteísmo. Como medida de prevenção, a altura das mesas de tra- balho devem estar de acordo com a característica de cada trabalhador, considerando a me- lhor flexibilidade de postura. Se por motivos organizacionais ou econômicos a empresa não puder adquirir mesas ou máquinas com altura ajustável, recomenda-se sempre tomar como base as pessoas mais al- tas ao invés das pessoas baixas, porque pode-se aumentar a altura do piso por meios arti- ficiais (estrados), facilitando a adaptação para as pessoas baixas, como ilustra a figura 14. Figura 14 - Bancada adequada de trabalho
  • 51. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 51 Riscos e Controles Para o trabalho sentado, a cadeira deve possuir assento estofado com densidade da es- puma adequada ao peso do trabalhador, a borda anterior do assento deve ser arredondada e com mecanismo de regulagem de altura, o encosto deve proporcionar um apoio para a co- luna lombar do trabalhador com regulagem de altura e aproximação, e se o trabalho exigir movimentos laterais, a cadeira deve ser giratória. Além das recomendações anteriores, os pés do trabalhador devem estar sempre apoiados, seja no piso ou se necessário, em apoio para os pés, respeitando a angulação aproximada de 90° na região posterior do joelho, co- mo pode ser observado na figura 15. Figura 15 - Trabalho sentado
  • 52. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 52 Riscos e Controles 6.5. Riscos de Acidentes Os riscos de acidentes no trabalho são todas as possíveis anormalidades presentes na execução das atividades que podem causar ferimentos pessoais. Na indústria do vestuário os riscos mais encontrados estão nos setores de almoxarifa- do, corte, costura, embalagem e acabamento. ■ Acidente nas mãos e dedos No setor de corte os acidentes ocasionados com maior freqüência são cortes nas mãos e dedos, decorrentes das operações durante uso de tesoura e máquina de corte elétrica ma- nual, podendo ocasionar conseqüências graves como: corte nas mãos e amputações de de- dos. Nos setores de costura e acabamento a atenção deve ser redobrada na função de pre- gadora de botões onde, há o risco de ferimentos pérfuro-contuso nos olhos devido a proje- ção de parte de agulhas e/ou botões que venham a se quebrar. ■ Posturas e transportes manuais No setor de almoxarifado e em- balagem encontramos riscos de pos- turas inadequadas, levantamento e transporte manual de peso. Figura 16 – Operação da máquina de corte sobre bancada
  • 53. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 53 Riscos e Controles Figura 17 – Operação da máquina rebitadeira Figura 18 – Operação com máquina pregadeira de botão
  • 54. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 54 Riscos e Controles ■ Arranjo Físico Deficiente Destaca-se pelo posicionamento do mobiliário de forma desordenada e com pouco es- paço existente à circulação de pessoas, dificuldade de locomoção e transporte de material. Nos setores de almoxarifado e embalagem o risco de queda de caixas ou bobinas de te- cidos está presente em todo o ambiente, expondo os que ali trabalham a riscos de entor- ses, fraturas etc. ■ Utilização de máquinas, equipamentos e ferramentas inadequa- das ou defeituosas O uso inadequado de máquinas, equipamentos e ferramentas pode causar acidentes mesmo quando apresentarem dispositivos de proteção, principalmente, quando estiverem fora das especificações técnicas e/ou instaladas de forma irregular. ■ Iluminação inadequada do posto de trabalho O nível de iluminância abaixo do limite mínimo exigido pela NBR 5413 de abril de 1992, pode ocasionar fadiga visual, acidentes, baixa produtividade e sobrecarga devido ao esfor- ço visual que será dispensado na execução das atividades. ■ Eletricidade utilizada de forma irregular e/ou improvisada A falta de proteção e sinalização do quadro de força, fiações expostas, uso inadequado de benjamins, sobrecarga da rede elétrica, falta de aterramento de máquinas podem acar- retar vários acidentes como: choque elétrico, danos nos equipamentos, entre outras perdas. Medidas de controle ■ Acidente nas mãos e dedos ■ Quebra de agulhas: recomenda-se adquirir agulhas de durabilidade elevada e ade- quada para o tipo de tecido e/ou material em uso. Observar as recomendações do fa- bricante quanto ao tempo de uso e realizar sua troca de acordo com estas caracterís- ticas. Estudar a possibilidade de adaptar nas máquinas que necessitam de agulhas (costura, pregar botões, entre outras) proteção para a região de movimento da agulha.
  • 55. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 55 Riscos e Controles ■ Tesoura: recomenda-se usar tesoura afiada adequadamente de modo que durante as operações de corte a possibilidade da mesma escorregar e atingir parte do corpo seja mínima. Manter a pega da tesoura durante a operação de corte anatomicamente con- fortável. Ter à disposição tesouras para pessoas que trabalhem com mão direita ou mão esquerda de modo que o esforço seja minimizado com o uso da ferramenta adequada. ■ Máquina de corte elétrica manual: recomenda-se manter a máquina bem ajustada considerando-se o material a ser cortado e o tipo de disco de corte. Realizar manuten- ção preventiva de acordo com as especificações do fabricante. Não remover a prote- ção existente. Usar luva de malha de aço na mão oposta àquela que opera a máquina. ■ Arranjo Físico Deficiente Organizar o posicionamento das máquinas e mesas em uma distância segura para que seja evitado riscos de acidentes do tipo batida contra, prensagem. Observar o fluxo de pro- dução que facilite o transporte de materiais. ■ Utilização de máquinas, equipamentos e ferramentas inadequadas ou defeituosas As máquinas devem ser operadas por pessoas devidamente habilitadas. Para um perfei- to funcionamento e conservação do maquinário é necessário que exista um programa de manutenção preventiva bem como, a execução da manutenção corretiva deve ser realizada o mais rápido possível quando a máquina apresentar qualquer tipo de defeito. Os equipa- mentos e ferramentas que forem inadequadas devem ser imediatamente substituídos por aqueles específicos para aquela atividade. Quando os equipamentos e ferramentas apre- sentarem defeitos substitui-los por outros em boas condições de uso e conservação. Guar- dando-os ordenadamente em local adequado, evitando as improvisações com a finalidade de facilitar o trabalho. ■ Iluminação inadequada do posto de trabalho Medidas como paredes com cores claras, telhado com telhas translúcidas, podem ofe- recer aos trabalhadores o conforto visual necessário à execução das atividades laborais pa-
  • 56. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 56 Riscos e Controles ra atender o mínimo exigido pela legislação, porém, um projeto de iluminância desenvolvi- do por profissional especializado, identificará as falhas, o ponto visual no posto de trabalho que tenha maior demanda, determinará e quantificará as lâmpadas a serem utilizadas e após suprir essas necessidades, efetuará nova medição a fim de identificar a existência de algum ponto que necessite aperfeiçoamento técnico para posterior correção. ■ Eletricidade utilizada de forma irregular e/ou improvisada Atenção às especificações técnicas nas instalações de máquinas e equipamentos para evitar desde sobrecarga elétrica até perda de maquinário causados por curto circuito.
  • 58. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
  • 59. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 59 A Indústria do Vestuário Roupa Feliz é uma empresa fictícia, composta por 95 fun- cionários e foi estruturada com base em dados reais. Apresenta modelos da CIPA (Capítulo 8), Mapa de Risco (Capítulo 9), Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA (Ca- pítulo 10), Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO (Capítulo 11). Conforme disposto na NR-28, é de responsabilidade do empregador a implantação destes programas em sua empresa, estando ciente que podem ocorrer variações dos modelos apresentados em decorrência de diferenças no processo produtivo, nas instalações, no nú- mero de funcionários, entre outras. Empresa Modelo – Indústria do Vestuário Roupa Feliz 7
  • 60. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
  • 61. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 61 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) 8 8.1. Introdução A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), visa a segurança e saúde do tra- balhador no seu ambiente laboral. A CIPA surgiu por recomendação da OIT no ano de 1921 e tornou-se uma determinação legal no Brasil adequando-se a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT instituída em 1943 no artigo 63. A CIPA é descrita pela NR-05 através da Por- taria 3214 de 08 de junho de 1978, atualmente revisada pela Portaria 08 de 23 de feverei- ro de 1999, retificada em 12 de julho de 1999. 8.2. Conceito A CIPA pode ser conceituada através de sua própria sigla, descrita a seguir: ■ Comissão – é um grupo de pessoas encarregado de tratar de determinados assuntos. ■ Interna – limite da atuação da comissão, restrita a própria empresa. ■ Prevenção – é um conjunto de medidas antecipadas que visa evitar danos materiais ou imateriais. ■ Acidentes – é um acontecimento casual, fortuito e imprevisto. 8.3. Objetivo A CIPA tem como objetivo principal prevenir os acidentes e doenças decorrentes do tra- balho, preservando a vida e a promoção da saúde do trabalhador. 8.4. Estrutura Para a composição da CIPA, a empresa deve consultar os quadros I, II e III da NR-5, le- vando-se em consideração o número de funcionários e o grau de risco de suas atividades. A seguir, observamos estes quadros resumidos e direcionados para indústria do vestuário. O dimensionamento da CIPA para a Indústria do Vestuário Roupa Feliz deve ter uma co- missão com um membro efetivo e outro suplente, de acordo com o seu número de funcio- nários (95).
  • 62. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 62 CIPA Quadro 3 - Dimensionamento da CIPA (Adaptado da NR-5 – quadro I). * Conforme NR-05 no quadro de dimensionamento da CIPA, os grupos representados de C-1 à C-35 são as atividades econômicas dos grupos que estão especificados pelo CNAE. A Indústria do Vestuário Roupa Feliz apresenta o CNAE 1812.0, enquadrando-se no Grupo C-4, conforme os quadros 4 e 5. Quadro 4 - Agrupamento de Setores Econômicos pela Classificação Nacional de Atividades Econômicas – (CNAE), para dimensionamento da CIPA (Adaptado da NR-5 – quadro II) 20 a 29 30 a 50 51 a 80 81 a 100 101 a 120 121 a 140 141 a 300 Nº de membros da CIPA – 1 – – Efetivos – 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 2 301 a 500 2 2 501 a 1.000 2 2 1.001 a 2.500 3 3 2.501 a 5.000 4 5 5.001 a 10.000 4 6 Acima de 10.000 para cada grupo de 2.500 acrescente 1 1 Suplentes 0 a 19 Nº de empregados no estabelecimento Grupos* C4 1812.0 1813.9 1821.0 1822.8 1811.2 Grupo C-4 – Confecção
  • 63. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 63 CIPA Quadro 5 – Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – (CNAE), com correspondente agrupamento para dimensionamento da CIPA. (Adaptado da NR-5 – quadro III). Com as informações obtidas nos quadros I, II e III da NR-5, deve ser iniciado o processo da eleição da CIPA, conforme o cronograma a seguir: Quadro 6 – Cronograma de processo de eleição da CIPA Nota: Todos os documentos relativos à eleição da CIPA, devem ser guardados por um período mínimo de cinco anos. C4 Grupo Confecção de Peças Interiores do Vestuário Descrição da Atividade CNAE 1811.2 C4 Confecção de Outras Peças do Vestuário 1812.0 C4 Confecção de Roupas Profissionais 1813.9 C4 Fabricação de Acessórios do Vestuário 1821.0 C4 Fabricação de Acessórios para Segurança Industrial e Pessoal 1822.8 O empregador deve convocar eleições para a escolha dos representantes dos empregados na CIPA. Observação Convocação da eleição / início Ação Dia 0 (Início) O presidente e o vice presidente da CIPA vigente devem constituir dentre seus membros uma comissão eleitoral (CE), que será responsável pela organização e acompanhamento do processo eleitoral. Esta comissão deve ser formada no prazo mínimo de 55 dias antes do término do mandato em curso. Caso a empresa não tenha CIPA, a comissão eleitoral deve ser formada pela empresa. Constituição da comissão eleitoral 5o O processo eleitoral deve observar as seguintes condições: • publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e visualização, no prazo mínimo de cinqüenta e cinco dias antes do término do mandato em curso, • inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição será de quinze dias. Edital de publicação e inscrição 15o Realização da eleição. Eleição 30o A posse da nova comissão deve ser feita ao término do mandato da CIPA atual. Nas empresas que não possuem CIPA, a posse da eleita pode ser imediata. Posse 60o
  • 64. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 64 CIPA Treinamento da CIPA O treinamento da CIPA deve ser realizado no prazo de trinta dias após a data da posse para as empresas que não possuem CIPA anterior. Nas empresas que já possuem, o treinamento da nova comissão deve ser feito antes da sua posse. As empresas que não se enquadram no quadro I da NR-5, devem promover treinamento anual do responsável para o cumprimento das exigências legais. O treinamento da CIPA deve ter a duração de 20 horas, distribuídas em até 8 horas diárias durante o horário normal de trabalho. O conteúdo obrigatório mínimo do treinamento deve atender o descrito no quadro 7. Quadro 7 – Treinamento da CIPA (conteúdo obrigatório mínimo – NR-5 item 5.33). * Horas de treinamento sugeridas, de acordo com as necessidades da empresa. O tempo de cada item pode ser modificado. 205.031-5/I2 Código da Infração Conteúdo Item A 205.032-3/I2 Metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho. B 205.033-1/I2 Noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos riscos existentes na empresa. C 205.034-0/I2 Noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e medidas de prevenção. D 205.035-8/I2 2:00 h Horas de Treinamento 2:00 h 3:00 h 2:00 h 3:00 h Noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas à segurança e saúde no trabalho. E 205.036-6/I2 4:00 h Princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos. F 205.037-4/I2 4:00 h Organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das atribuições da Comissão. G Estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos originados do processo produtivo.
  • 65. 8.5. Modelos de Documentos Apresentamos alguns modelos de documentos para serem utilizados na formação e es- truturação da CIPA. ■ 8.5.1. Carta para Edital de Convocação Nota: Este edital deve ser enviado ao sindicato de classe da região em que a empresa se encontra. Exemplos: Sindicato da Indústria do Vestuário (SINDIVEST/SINDIROUPAS/SINDICAMISAS) - São Paulo; Sindicato dos Confeccionistas da Baixada Santista – Santos; Sindicato da Indústria do Vestuário (SINDIVEST) – São José do Rio Preto. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 65 CIPA M O D E L O À SUB DELEGACIA REGIONAL DO TRABALHO Cidade, / / Coordenadoria das Relações do Trabalho EDITAL DE CONVOCAÇÃO Ficam convocados os empregados da empresa Indústria do Vestuário Roupa Feliz situada à Rua da Confecção, no 02 Bairro da Moda nesta cidade, para a eleição dos membros da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA para gestão de um ano. A eleição será realizada nas dependências da empresa, no no horário das 08:00 às 14:00h passando-se em seguida à respectiva apuração pela Comissão Eleitoral composta pelo coordenador Blazer Xadrez e demais componentes Sra. Calça de Moleton e a Sra. Camisa com bolso. O período para inscrição dos candidatos será de quinze dias, do a / / no setor de Recursos Humanos. Vestuário Vestido Diretor de Recursos Humanos dia mês ano dia mês ano dia
  • 66. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 66 CIPA ■ 8.5.2. Ficha para convocação dos funcionários M O D E L O CIPA GESTÃO / NO PERÍODO DE A / / ESTARÃO ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA CANDIDATURA À ELEIÇÃO DA CIPA QUE SERÁ REALIZADA NO PRÓXIMO / / . OS INTERESSADOS DEVERÃO SE REGISTRAR NO SETOR DE RECURSOS HUMANOS NO HORÁRIO DAS 08:00 AS 17:00h. Vestuário Vestido Diretor de Recursos Humanos ano dia dia mês ano dia mês ano ano
  • 67. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 67 CIPA ■ 8.5.3. Ficha para candidatura dos funcionários M O D E L O Eleição CIPA GESTÃO / / Registro de Candidatura Inscrição nº 001 Nome do candidato: Terno Pronto de Cambraia Apelido: Ligeirinho Setor: Costura Prontuário: 9020 Data da inscrição: / / Hora: 1ª via funcionário Terno Pronto de Cambraia Roupa de Trabalho Assinatura do candidato Assinatura do R.H. Eleição CIPA GESTÃO / / Registro de Candidatura Inscrição nº 001 Nome do candidato: Terno Pronto de Cambraia Apelido: Ligeirinho Setor: Costura Prontuário: 9020 Data da inscrição: / / Hora: 2ª via funcionário Terno Pronto de Cambraia Roupa de Trabalho Assinatura do candidato Assinatura do R.H. ✁ dia mês ano dia mês ano ano ano ano ano
  • 68. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 68 CIPA ■ 8.5.4. Relação dos candidatos a CIPA Nota: Esta ficha deve ser afixada nos locais de maior circulação de pessoas (refeitório, portaria de entrada, cartão de ponto). M O D E L O Relação dos candidatos a CIPA Gestão / 001 Veste Tudo de Linho Administração Geral 002 Terno pronto de cambraia Ligeirinho Costura 003 Vestida de Noiva de Renda Pé no altar Costura 004 Saia de Brim Plissada Passadoria 005 Camisa de sarja Expedição 006 Blusa de Frio Lã Acrílico Branco Estamparia/Silk-screen 007 Fraque de Tergal Zé Bonitinho Lavanderia 008 Mini Saia Jeans Pequena Bordado 009 Camisola de Seda Soneca Limpeza 010 Pijama Listrado de Algodão Zebra Passadoria 011 Sobretudo e Lã Almoxarifado 012 Avental de Brim Embalagem 013 Roupão de Flanela Embalagem 014 Calça Jeans Azulão Enfesto/corte Apelido Nome Número da inscrição Setor ano ano
  • 69. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 69 CIPA ■ 8.5.5. Cédula de Vota de Votação M O D E L O Data: Horário: das 8:00 as 14:00 h Local: refeitório Apuração: será realizada após a votação no refeitório ELEIÇÃO CIPA GESTÃO / Nome Apelido Setor Veste Tudo de Linho Administração Geral Terno pronto de cambraia Ligeirinho Costura Vestida de Noiva de Renda Pé no altar Costura Saia de Brim Plissada Passadoria Camisa de sarja Expedição Blusa de Frio Lã Acrílico Branco Estamparia/Silk-screen Fraque de Tergal Zé Bonitinho Lavanderia Mini Saia Jeans Pequena Bordado Camisola de Seda Soneca Limpeza Pijama Listrado de Algodão Zebra Passadoria Sobretudo e Lã Almoxarifado Avental de Brim Embalagem Roupão de Flanela Embalagem Calça Jeans Azulão Enfesto/corte Atenção: Você deve escolher apenas um candidato. Assinale com um X no quadrado em frente ao nome do seu candidato. Assine a lista de presença. ano ano
  • 70. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 70 CIPA ■ 8.5.6. Lista de presença de votação M O D E L O Lista de Presença de Votação da CIPA GESTÃO / Data / / Nome Cargo Assinatura Camisa Embalada Bordador Avental de Brim Etiquetador Avental de Brim Azul Embalador Avental Frente Única Costureiro Bermuda Alegre Costureiro Bermuda Amarela Revisor de Arremate Bermuda Enferma Auxiliar de Enfermagem do Trabalho Bermuda Jeans Conferente Bermuda Rasgada Ajudante geral Blazer Xadrez Costureiro Blusa de Brim Ajudante Blusa de Frio Lã Acrílico Estampador Blusa de Moletom Costureiro Bolso Furado Operador de Máquina Especial Calça de Algodão Costureiro Calça de Moletom Costureiro Calça jeans Enfestador Calça Justa Office-boy Calça Molhada Costureiro Calça Triste Operador de Máquina Especial Camisa Amassada Passador Camisa Boa Costureiro Camisa com Bolso Operador de Máquina Especial Camisa de Algodão Gerente de produção Camisa de Bolinha Conferente Camisa de Flanela Costureiro Camisa de Força Conferente Camisa de Futebol Revisor Camisa de Gola Branca Costureiro Camisa de Listrinha Revisor Camisa de Manga Curta Encarregado de Estoque Camisa de Manga Longa Revisor de Arremate Camisa de Poliester Costureiro Camisa de Sarja Ajudante geral Camisa de Tricoline Moldador/riscador Camisa Mista Auxiliar de Serviços Gerais Camisa Passada Ajudante Camiseta Branca Diretor Camiseta Polo Costureiro Camisola Branca Ajudante de Expedição Camisola de Seda Ajudante geral Casaco de Napa Cortador Colete de Brim Costureiro Fraque de Tergal Auxiliar de Lavanderia ano ano dia mês ano
  • 71. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 71 CIPA M O D E L O Nome Cargo Assinatura Fronha Azul Revisor de Tecido Gravata Borboleta Conferente Gravata de Bolinha Ajudante Gravata Lisa Estampador Gravata Listrada Auxiliar de Almoxarifado Jaqueta Jeans Estampador Lenço Bordado Costureiro Lenço Vermelho Passador Lenço Xadrez Cortador Lençol Branco Revisor de Tecido Luvas de Pelica Bordador Meia de Flanela Costureiro Meia de Lã Costureiro Meia de Poliester Costureiro Meia Longa Modelista Mini Saia Jeans Bordador Paletó Microfibra Costureiro Pano de Chão Costureiro Pano de Copa Costureiro Pano Legal Revisor Pijama Listrado de Algodão Passador Roupa Alegre Pregador de Botão Roupa Amarrotada Passador Roupa de Trabalho Encarregado de Departamento Pessoal Roupa Faturada Faturista Roupa Lavada Auxiliar de Lavanderia Roupa Malhada Auxiliar de Departamento Pessoal Roupa Suja Operador de Máquina Especial Roupão de Flanela Embalador Saco de Pano Alvejado Passador Saia de Brim Plissada Passador Saia Justa Secretária Shorts Curto Costureiro Shorts Jeans Auxiliar de Corte Sobretudo de Lã Auxiliar de Almoxarifado Sobretudo de Microfibra Costureiro Tergal feliz Estilista Terno Pronto de Cambraia Costureiro Terno Preto Ajudante Toalha de Banho Costureiro Toalha de Rosto Costureiro Tolha de Mesa Ajudante Uniforme Azul Recepcionista Uniforme Legal Embalador Veste Tudo de Linho Auxiliar de Serviços Gerais Vestida de Noiva de Renda Conferente Vestido Estampado Costureiro Vestido Infantil Passador Vestido Negociado Comprador Vestido Prestativo Ajudante Vestuário Vestido Diretor
  • 72. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 72 CIPA ■ 8.5.7. Ata de eleição da CIPA M O D E L O Ata de eleição da CIPA / Aos .......dias do mês de ..................... do ano de ..........., nas dependências da Indústria do Vestuário Roupa Feliz situada à Rua da Confecção n.º02, Bairro da Moda nesta Capital, com C.N.P .J. n.º 99.999.999 / 9999 – 99, no local designado no edital de convocação, instalou-se a mesa receptora e apuradora de votos. As 08:00h o Sr. Blazer Xadrez coordenador da Comissão Eleitoral composta pela Sra. Calça de Moletom e a Sra. Camisa com Bolso declarou iniciado os trabalhos. Durante a votação não foi verificado ocorrências a serem relatadas. As 14:00h o coordenador declarou encerrado o trabalho da eleição, verificando que através da lista de presença compareceram e votaram 95 empregados (100% do total de funcionários), passando em seguida a apuração na presença de quantos desejassem. Após a apuração chegou-se ao seguinte resultado: TITULAR Nome: Terno Pronto de Cambraia N.º de votos: 29 SUPLENTE Nome: Pijama Listrado de Algodão N.º de votos:19 Demais votados em ordem decrescente de votos: Nomes: N.º de votos: Veste Tudo de Linho 14 Vestida de Noiva de Renda 10 Saia de Brim Plissada 9 Camisa de Sarja 4 Blusa de Frio Lã Acrílico 4 Fraque de Tergal 1 Mini Saia Jeans 1 Camisola de Seda 1 Sobre Tudo de Lã 1 Avental de Brim 0 Roupão de Flanela 0 Calça Jeans 0 Nulos e brancos 2 E para constar, o coordenador da mesa lavrou a presente Ata, assinada por ele, e pelos demais componentes da comissão eleitoral. Blazer Xadrez Calça de Moletom Camisa Com Bolso (coordenador) ano ano
  • 73. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 73 CIPA ■ 8.5.8. Colocação dos eleitos por ordem de votação Nota: Esta relação deve ser fixada no quadro de avisos da empresa M O D E L O ELEITOS DA CIPA GESTÃO / Titulares Colocação Nome Setor no de votos 1º Terno Pronto de Cambraia Costura 29 Suplentes Colocação Nome Setor no de votos 2º Pijama Listrado de Algodão Passadoria 19 Demais Votados Colocação Nome Setor no de votos 3º Veste Tudo de Linho Adm. Geral 14 4º Vestida de Noiva de Renda Costura 10 5º Saia de Brim Plissada Passadoria 9 6º Camisa de Sarja Expedição 4 7º Blusa de Frio Lã Acrílico Silk-screen 4 8º Fraque de Tergal Lavanderia 1 9º Mini Saia Jeans Bordado 1 10º Camisola de Seda Limpeza 1 11º Sobretudo de Lã Almoxarifado 1 12º Avental de Brim Embalagem 0 13º Roupão de Flanela Embalagem 0 14º Calça Jeans Enfesto/Corte 0 Votos válidos : 93 Votos brancos: 01 Votos nulos: 01 Total de votos: 95 ano ano
  • 74. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 74 CIPA ■ 8.5.9. Lista de presença no treinamento da CIPA M O D E L O Gestão / Data: / / Conteúdo Programático: Instrutor: Horário do treinamento: Início: _______ Término: ______ ORDEM NOME ASSINATURA 01 Terno Pronto de Cambraia 02 Pijama Listrado de Algodão 03 Camisa de Algodão 04 Camisa de Manga Curta ano ano dia mês ano
  • 75. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 75 CIPA ■ 8.5.10. Ata de instalação e posse da CIPA M O D E L O ATA DE INSTALAÇÃO E POSSE DA CIPA GESTÃO / Aos ..... dias do mês de .......... do ano de ...... nas dependências da Indústria do Vestuário Roupa Feliz situada à Rua da Confecção, 02 Bairro da Moda nesta cidade com C.N.P .J. n.º 99.999.999 / 9999 – 99, reuniram-se o(s) Senhor(es) Diretor(es) da empresa, bem como os demais presentes, para instalação e posse dos componentes da CIPA. Foi declarado aberto os trabalhos lembrando a todos o objetivo da reunião, quais sejam: instalação e posse dos componentes da CIPA gestão / . Continuando, declarou instalada a Comissão e empossados os representantes do empregador: Titular: Suplente: Camisa de Algodão Camisa de Manga Curta Da mesma forma declarou empossados os representantes eleitos pelos empregados: Titular: Suplente: Terno Pronto de Cambraia Pijama Listrado de Algodão A seguir, foi designado para Presidente da instalada o Sr. Camisa de Algodão, tendo sido escolhido entre os representantes eleitos pelos empregados o Sr. Terno Pronto de Cambraia para Vice-Presidente. Os representantes do empregador e dos empregados, em comum acordo, escolheram também o Sr. Terno Pronto de Cambraia para Secretário da CIPA, sendo seu substituto o Sr. Camisa de Algodão. Nada mais havendo para tratar, o Sr. Presidente da Sessão deu por encerrada a reunião, lembrando a todos que o período de gestão da CIPA instalada será de um ano a contar da presente data. Para constar, lavrou-se a presente Ata, que lida e aprovada, passa a ser assinada por mim secretário, pelo Presidente da CIPA e por todos os representantes eleitos e designados inclusive os suplentes. Presidente da CIPA Secretário Camisa de Algodão Terno Pronto de Cambraia ano ano
  • 76. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 76 CIPA ■ 8.5.11. Calendário das reuniões da CIPA M O D E L O Calendário das reuniões da CIPA Gestão / Reunião DATA DIA DA SEMANA HORÁRIO LOCAL 1ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião 2ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião 3ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião 4ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião 5ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião 6ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião 7ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião 8ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião 9ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião 10ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião 11ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião 12ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião Presidente da CIPA Vice-Presidente da CIPA Camisa de algodão Terno Pronto de Cambraia ano ano dia mês ano / / dia mês ano / / dia mês ano / / dia mês ano / / dia mês ano / / dia mês ano / / dia mês ano / / dia mês ano / / dia mês ano / / dia mês ano / / dia mês ano / / dia mês ano / /
  • 77. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 77 CIPA ■ 8.5.12. Certificados do treinamento da CIPA M O D E L O CERTIFICADO DA EMPRESA GESTÃO / Certificamos que os funcionários Terno Pronto de Cambraia, Pijama Listrado de Algodão, camisa de Algodão e Camisa de Manga Curta, da Indústria doVestuário Roupa Feliz, freqüentaram o Curso sobre Prevenção de Acidentes de trabalho para membros da CIPA ministrados por profissionais qualificados. O treinamento foi realizado no período de / / a / / conforme exigido na NR 5, através da Portaria n.º 3.214, de 8 de junho de 1978. São Paulo, ........... de .......................... de .............. Empregador Responsável pelo Curso CERTIFICADO DO TREINADO GESTÃO / Certificamos que o funcionário Terno Pronto de Cambraia da Indústria do Vestuário Roupa Feliz, freqüentou o Curso sobre Prevenção de Acidentes de trabalho para membros da CIPA ministrados por profissionais qualificados. O treinamento foi realizado no período de / / a / / conforme exigido na NR 5, através da Portaria n.º 3.214, de 8 de junho de 1978. Vestuário Vestido Instrutor Diretor de R.H. Terno Pronto de Cambraia ano ano ano ano dia mês ano dia mês ano dia mês ano dia mês ano
  • 78. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)
  • 79. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 79 9.1. Introdução O Mapa de Risco consiste num instrumento de responsabilidade da CIPA envolvendo os trabalhadores e os empresários na solução dos possíveis riscos de acidentes do trabalho que acarretam perdas humanas e econômicas. 9.2. Conceito O mapa de risco é a representação gráfica do reconhecimento dos riscos existentes nos locais de trabalho, por meio de círculos de diferentes tamanhos e cores. 9.3. Objetivo O mapa de risco tem como objetivo reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde do trabalho na empresa, possibilitando a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, além de estimular sua participa- ção nas atividades de prevenção de segurança e saúde. 9.4. Estrutura Na confecção do mapa de risco, é necessário conhecer inicialmente as instalações da indústria para elaboração do arranjo físico. Deve ser consultado e os locais de trabalho ava- liados. Para tanto, sugere-se dividir a fábrica em áreas de acordo com as diferentes etapas do processo de produção. Mapa de Risco 9
  • 80. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 80 Mapa de Risco Quadro 8 – Classificação dos principais riscos ocupacionais em grupos de acordo com a sua natureza e a padronização das cores correspondentes. Nota: Modificado de acordo com os possíveis riscos encontrados na empresa Indústria do Vestuário Roupa Feliz. Identificada a área onde os riscos ocupacionais existem, é necessário averiguar o grau de desconforto que cada risco causa ao trabalhador durante sua atividade. Grupo 3 Marrom Grupo 2 Vermelho Riscos Biológicos Riscos Químicos Vírus Poeira Grupo 4 Amarelo Riscos Ergonômicos Levantamento e transporte manual de peso Grupo 5 Azul Riscos de Acidentes Arranjo físico inadequado Grupo 1 Verde Riscos Físicos Ruído Bactérias Vapor Exigência de postura inadequada Máquina e equipamento sem proteção Vibração Fungos Substância, composto ou produto químico em geral Imposição de ritmo excessivo Ferramenta inadequada ou defeituosa Radiação ionizante Ácaros — Trabalho em turno e noturno Iluminação inadequada Radiação não-ionizante Inseto vetor de doença infecciosa (mosquito) — Jornada de trabalho prolongada Queimadura Frio Roedor(rato): vetor de doença infecciosa — Monotonia e repetitividade Probabilidade de incêndio ou explosão Calor — — Outras situações causadoras de “stress” físico e/ou psíquico Armazenamento inadequado Umidade — — — Outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes —
  • 81. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 81 Mapa de Risco Com as informações obtidas, os riscos devem ser classificados conforme exemplificado no quadro a seguir. Quadro 9 – Setores da produção com identificação de riscos ocupacionais. Risco ergonômico – postura inadequada Risco de acidente – perfuração e/ou corte nas mãos e dedos, e iluminação inadequada Modelagem Risco ergonômico – postura inadequada Risco de acidente – iluminação inadequada Criação Risco ergonômico – postura inadequada Risco de acidente – quedas e entorses Almoxarifado de tecidos Risco ergonômico – postura inadequada Risco de acidente – quedas e entorses Almoxarifado de aviamentos Risco físico – ruído e vibração Risco ergonômico – postura inadequada e repetitividade Risco de acidente – perfuração nas mãos e dedos Enfesto e corte Risco físico – ruído Risco ergonômico – postura inadequada Risco de acidente – perfuração nas mãos e dedos, e iluminação inadequada Bordado Risco químico – n-hexano e tolueno Risco ergonômico – postura inadequada e repetitividade Risco de acidente – iluminação inadequada Estamparia (silk-screen) Risco físico – vibração Risco ergonômico – postura inadequada e repetitividade Risco de acidente – perfuração nas mãos e dedos, e iluminação inadequada Costura Risco físico – ruído Risco ergonômico – postura inadequada Risco de acidente – iluminação inadequada Lavanderia Risco químico – n-hexano e tolueno Risco ergonômico – postura inadequada e repetitividade Risco de acidente – perfuração nas mãos, dedos e olhos, e iluminação inadequada Acabamento Riscos Ocupacionais Setor Risco ergonômico – postura inadequada e repetitividade Risco de acidente – queimadura Passadoria Risco ergonômico – postura inadequada e repetitividade Etiquetagem (código barras) Risco ergonômico – postura inadequada e repetitividade Risco de acidente – queda de caixas Embalagem
  • 82. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 82 Mapa de Risco (continuação quadro 9) Risco ergonômico – postura inadequada e levantamento e transporte manual de peso Expedição Risco ergonômico – postura inadequada, monotonia e repetitividade Risco de acidente – iluminação inadequada Secretaria Risco ergonômico – postura inadequada Diretoria Risco ergonômico – postura inadequada Risco de acidente – iluminação inadequada Departamento pessoal Risco ergonômico – postura inadequada Risco de acidente – iluminação inadequada Compras Risco ergonômico – postura inadequada Risco de acidente – iluminação inadequada Gerência Risco ergonômico – postura inadequada Risco de acidente – iluminação inadequada Recepção Risco ergonômico – postura inadequada Portaria Risco biológico – fungos e bactérias Risco de acidente – quedas e escorregão Vestiário feminino Risco biológico – fungos e bactérias Risco de acidente – quedas e escorregão Vestiário masculino Risco biológico – fungos e bactérias Risco de acidente – quedas e queimadura Refeitório Riscos Ocupacionais Setor Risco ergonômico – postura inadequada e levantamento e transporte manual de peso Risco de acidente – quedas e entorses Recebimento de matéria prima Risco ergonômico – postura inadequada Risco de acidente – quedas e entorses Produtos acabados Risco ergonômico – postura inadequada Risco biológico – vírus, fungos e bactérias Risco de acidente – perfuração e/ou corte nas mãos e dedos, e quedas Ambulatório Variável conforme atividade a ser desenvolvida por terceiros Manutenção
  • 83. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 83 Mapa de Risco Com os riscos identificados e classificados, inicia-se a elaboração gráfica do mapa de risco sobre o arranjo físico da empresa por cores e círculos, conforme o grau de risco (pe- queno, médio ou grande) e o tipo (físico, químico, biológico, ergonômico e de acidentes). O tamanho do círculo representa o grau do risco: Risco Grande Risco Médio Risco Pequeno A cor do círculo representa o tipo de risco. físico químico biológico ergonômico acidente Cada círculo deve ser desenhado ou colocado no desenho do arranjo físico no local cor- respondente onde existe o risco, anotando-se no seu interior o número de pessoas expos- tas à ele. É importante que os tamanhos e as cores correspondam aos graus e tipos de ris- cos. Caso ocorra diversos riscos de um só grupo no mesmo ponto de uma seção (como por exemplo, risco ergonômico: postura inadequada e repetitividade), não é necessário colocar um círculo para cada um desses riscos, colocando-se apenas um círculo, desde que os ris- cos tenham o mesmo grau de nocividade (pequeno, médio, grande). Repetitividade Postura Inadequada 1 Setor Etiquetagem
  • 84. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 84 Mapa de Risco Na existência de riscos de diferentes tipos num mesmo ponto com a mesma intensidade, deve-se neste caso, dividir-se o círculo con- forme a quantidade de tipos de riscos exis- tentes em 2, 3, 4 ou até 5 partes iguais. Cada parte deve ter a sua respectiva cor, conforme a ilustração a seguir (este procedimento é chamado de critério de incidência). No caso dos riscos apresentarem intensidades diferentes, devem ser colocados círculos dos tamanhos correspondentes. Se o risco afetar uma seção inteira, uma forma de representá-lo no mapa é colocá-lo no meio do setor, acrescentando setas em suas bordas, indicando que aquele risco interfere em todo o setor, como exemplificado a seguir. Concluída a elaboração gráfica do mapa, a CIPA pode preparar um relatório e encaminhá- lo ao responsável pela administração da área de segurança e saúde no trabalho, para a sua ciência e devidas providências. Este relatório deve conter os riscos encontrados com a res- pectiva posição no mapa, bem como as reco- mendações e as medidas sugeridas pelos pró- prios trabalhadores, para eliminar ou neutralizar as situações de risco de acidentes/doen- ças do trabalho. O mapa deve ser revisado sempre que ocorrer modificações importantes que alterem a representação gráfica (círculos) ou, no mínimo, anualmente, a cada nova gestão da CIPA. Nota: O mapa de riscos deve ficar em local visível e de forma legível para alertar os tra- balhadores ou visitantes para que conheçam quais os riscos a que estão expostos. Físico Acidente Ergonômico Setor Costura 21 Postura Inadequada Postura Inadequada Postura Inadequada Postura Inadequada 1 Setor Etiquetagem
  • 85. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 85 Postura Inadequada e Repetitividade Rua da Confecção, 99 Portaria Compras Depto. Pessoal Diretoria Secretaria W.C. Ambulatório Refeitório Área para Manutenção Vestiário Feminino Lavanderia Estamparia Almoxarifado de tecidos Portaria W.C. Passadoria Expedição Embalagem Costura Acabamento Etiquetagem Araras Metálicas Saída de Emergência Enfesto e corte Queimadura caldeira Gerência Criação Almoxarifado de aviamentos Perfuração nos dedos,mãos e olhos Iluminação Inadequada Postura Inadequada e Repetitividade n-hexano e Tolueno Perfuração nos dedos e mãos. Iluminação Inadequada Vibração Postura Inadequada e Repetitividade Queda de caixas Postura Inadequada e Repetitividade Postura Inadequada e Repetitividade Perfuração nos dedos e mãos Postura Inadequada e Repetitividade Ruído e Vibração Postura Inadequada e Levantamento Manual de Peso n-hexano e Tolueno Iluminação Inadequada Postura Inadequada e Repetitividade Quedas e Entorses Postura Inadequada Quedas e Entorses Postura Inadequada Quedas e Entorses Postura Inadequada Quedas e Queimadura Fungos e Bactérias Quedas e Escorregão Fungos e Bactérias Quedas e Escorregão Fungos e Bactérias Ruído Postura Inadequada Perfuração nos dedos e mãos. Iluminação Inadequada Bordado Iluminação Inadequada Ruído Postura Inadequada Postura Inadequada e Levantamento Manual de Peso Quedas e Entorses Postura Inadequada Vírus, Fungos e Bactérias Quedas, Perfuração e/ou Corte nos dedos e mãos Iluminação Inadequada Modelagem Perfuração e/ou cortes nos dedos e mãos. Iluminação Inadequada Iluminação Inadequada Saída de Emergência Postura Inadequada Postura Inadequada Postura Inadequada Postura Inadequada Iluminação Inadequada Postura Inadequada, Monotonia e Repetitividade Postura Inadequada Iluminação Inadequada Postura Inadequada Iluminação Inadequada Recepção Postura Inadequada Iluminação Inadequada Vestiário Masculino Hidrante Extintor Risco Pequeno Risco Médio Risco Grande Riscos de Acidentes Riscos Ergonômicos Riscos Biológicos Riscos Químicos Riscos Físicos 20 21 9 5 6 3 2 4 1 3 2 1 1 1 4 1 1 2 1 2 1 1 3 1 Produtos acabados Recebimento matéria-prima Postura Inadequada 9.5. Modelo de documento ■ 9.5.1. Mapa de risco da Indústria doVestuário Roupa Feliz
  • 86. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 86 Mapa de Risco ■ 9.5.2. Setor de Risco da Indústria do Vestuário Roupa Feliz n-hexano e Tolueno Iluminação Inadequada Postura Inadequada e Repetitividade 3 Risco Pequeno Risco Médio Risco Grande Riscos de Acidentes Riscos Ergonômicos Riscos Biológicos Riscos Químicos Riscos Físicos Hidrante Extintor Estamparia