O documento discute as diretrizes de sustentabilidade para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, com foco no estádio do Mineirão em Belo Horizonte. Ele descreve os critérios de sustentabilidade adotados na modernização do estádio, incluindo a prevenção de poluição durante a construção, a gestão adequada de resíduos e o uso prioritário de materiais regionais e reciclados.
1. COPA 2014 – O ESTÁDIO DO MINEIRÃO E DIRETRIZES DE
SUSTENTABILIDADE NA PRIMEIRA COPA VERDE DO MUNDO
Alyne Ferreira Guedes (1); Ana Carolina de Oliveira Veloso (2); Ana Cecília Moreno (3); Marianna
Costa Mattos (4); Roberta Vieira Gonçalves de Souza (5)
(1) e (2) Arquitetas, mestrandas em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável;
(3) e (4) Arquitetas, especialistas em Sustentabilidade e alunas eletivas do mestrado em Ambiente
Construído e Patrimônio Sustentável;
(5) Profa. Dra. do Departamento de Tecnologia da Arquitetura e do Urbanismo da Escola de Arquitetura da
UFMG, Coordenadora do mestrado em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável.
Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Arquitetura,
Programa de Pós-graduação em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável.
1. INTRODUÇÃO
Estamos presenciando uma época importante e decisiva na mudança de paradigma da
arquitetura, por meio da busca pela sustentabilidade e de sistemas tecnológicos inovadores que
geram desempenho e mais autonomia aos edifícios. A Copa de 2014, que será realizada no
Brasil, possui a finalidade de referenciar este grande acontecimento como a primeira “copa verde”
do mundo com a recomendação de que todos os estádios estejam em conformidade com a
certificação Leed – Leadership in Energy and Environmental Design.
A Copa do Mundo teve início em 1872, com amistosos entre as comunidades britânicas. Em maio
de 1904 foi criada a FIFA – Federação Internacional da Associação do Futebol, a qual começou a
traçar diretrizes para os eventos que fossem realizados. Nesta época, a FIFA contava com sete
países associados: França, Bélgica, Dinamarca, Holanda, Espanha, Suécia e Suíça. Hoje são
mais de 213 países presentes nesta associação. Em 2007 foi publicada pela Federação a 4°
Edição do Manual de Especificações Técnicas para Estádios de Futebol, a qual será utilizada para
subsidiar as prioridades de projeto e planejamento da Copa de 2014. Neste Manual constam
exigências como: decisões de pré-construções referentes às dimensões mínimas e capacidade de
público; orientação do campo, bem como a área do jogo relativo ao tamanho, à grama, às
arquibancadas; orientação das tribunas para mídia; diretrizes para segurança pública, conforto e
hospitalidade; localização dos estacionamentos, vestiários e acessos; diretrizes referentes à
energia e iluminação e também o Green Goal, que é um programa com foco na sustentabilidade,
voltado para a redução das emissões de CO2 em seus eventos.
Ao relacionar as datas de surgimento da Copa do Mundo e do conceito de sustentabilidade, é
possível refletir se este momento, em que se busca a inserção da sustentabilidade em uma Copa
do Mundo, é realmente inédito, visto que não é um assunto recente, assim como a Copa não é um
episódio novo, como já foi referenciado.
Em 1987 surgiu através do Relatório Brutland – intitulado também como Nosso Futuro Comum
(Our Common Future) – a idéia de desenvolvimento sustentável o qual foi conceituado como
sendo "o atendimento das necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as
gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades". A partir daí, foi ampliando diretrizes
para adoção deste conceito através de conferências e outros documentos importantes como o
Protocolo de Quioto, elaborado em 1997 com exigências mais rígidas relativas ao efeito estufa e
ao aquecimento global. Todavia, a idéia de sustentabilidade atual deve considerar três
abordagens fundamentais as quais devem ser levadas em conta para que de fato seja
concretizada esta idéia: a esferas social, econômica e ambiental, de modo que projetos
sustentáveis devem dar garantias de atendimento a todos os grupos humanos, sem distinção
social e valores culturais, assim como deve ser viável economicamente e, em especial, preservar
a biodiversidade de os recursos naturais, buscando o mínimo de impacto ao meio ambiente.
O LEED, que constitui o selo de certificação para edifícios sustentáveis está sendo recomendado
pela FIFA para que todos os estádios estejam aptos à adoção do mesmo. Este selo foi criado, no
2. ano de 2000, pela U.S. Green Building Council (USGBC), uma organização sem fins lucrativos
criada nos Estados Unidos e com representação em diversos países. Por ser um selo de
reconhecimento internacional, o mundo todo poderá ter o conhecimento das técnicas sustentáveis
e da eficiência dos estádios. A idéia principal da certificação é a busca por medidas construtivas
mais sustentáveis determinadas através de critérios como: localização, inovação e processo do
projeto, eficiência no uso da água e no tratamento de esgoto, redução no consumo de energia
com o uso de fontes renováveis, o uso de materiais e recursos e a qualidade do ambiente interno.
2. A MODERNIZAÇÃO DO ESTÁDIO MINEIRÃO
A proposta para a modernização do Estádio do Mineirão (estádio Governador Magalhães Pinto)
em Belo Horizonte segue as recomendações da FIFA para a criação das Ecoarenas, que seria os
estádios ecológicos/verdes. A idéia é que, assim como o Mineirão, todos os estádios brasileiros
sejam construídos de forma a causar o menor impacto ambiental possível, sem desperdício de
materiais e com maior eficiência energética.
A proposta do arquiteto Gustavo Penna foi qualificar o diálogo com a paisagem cultural da região
e integrar o projeto ao conjunto Urbanístico-Arquitetônico da Lagoa da Pampulha. As várias
soluções sustentáveis que foram pretendidas foram com o intuito de minimizar o impacto do
edifício no meio ambiente, tais como: implantação de painéis fotovoltaicos na cobertura,
reaproveitamento de água pluvial, sistemas eficientes de iluminação e condicionamento de ar,
utilização prioritária de materiais certificados e regionais, dentre outros que serão explicitados no
próximo item.
3. CRITÉRIOS DE SUSTENTABILIDADE
3.1. Prevenção da poluição nas atividades de construção
A maioria das atividades de uma obra provoca poluição, através da emissão de materiais
particulados (poeira, fumaça, fumo e névoa) e de outros gases poluentes, como o CO 2 (gás
carbono) e o SO2 (dióxido de enxofre), que estão presentes em atividades desde a terraplanagem
até a execução de acabamentos. Segundo Resende (2007), a “movimentação de terra e os
processos de quebra, corte e perfuração, são grandes fontes potenciais geradoras de poluição",
bem como o armazenamento e o transporte inadequado dos materiais. Entretanto, técnicas
simples podem conferir um efeito satisfatório na prevenção de poluentes e na qualidade do ar e do
solo, durante e após a execução.
Uma das técnicas é a reciclagem ou o reaproveitamento dos materiais utilizados na obra e, em
casos de demolição, é importante o uso de uma barreira física e a aspersão com água durante o
processo, minimizando a emissão da poeira e outras partículas poluentes. A transferência da terra
da retroescavadeira para caçambas dos caminhões deve ser feita a uma altura menor, a fim de
reduzir a quantidade de poeira que é dissipada no ambiente. A lavagem dos pneus dos caminhões
antes de sair do canteiro de obra também evita a poluição, pois a lama deixada pelas ruas, ao
secar, é levada pelos ventos entrando em contato com a atmosfera. (Resende, 2007)
Impedir a erosão do solo que ocorre devido aos desgastes do terreno receptor das atividades de
construção, também é uma das formas de prevenir a poluição. O terreno natural contém matéria
orgânica, nutrientes e a biodiversidade de micróbios e insetos, os quais controlam as
enfermidades e pragas e conferem um equilíbrio na vida vegetal, além de regular a drenagem da
água. Contudo, a ação das chuvas e o freqüente tráfego de veículos durante a execução da obra
favorecem o enfraquecimento do solo causando o assoreamento e a perda de todo o equilíbrio
vegetal contido no mesmo. Este fato pode restringir a viabilidade de plantios futuros, demandando
o aumento de fertilizantes, irrigação e pesticidas, os quais, levados pela ação das chuvas, podem
causar a poluição dos rios e lagos, próximos à edificação. De acordo com Daniela Corcuera,
arquiteta auditora das certificações Acqua e Leed, uma forma eficaz de evitar esta poluição é
plantar uma gramínea de rápido crescimento durante as atividades de construção, que irá
preservar o terreno natural e o equilíbrio vegetal do mesmo. Além da gramínea pode-se utilizar
3. “cascas de árvores, pedriscos, palha ou mantas plásticas para cobrir e reter o solo”.1
3.2. Gestão de resíduos da obra
Atualmente existe o projeto de gerenciamento de resíduos em obras com grandes percentuais de
entulhos, o qual é formalizado conforme a Resolução CONAMA n° 307, através de um documento
escrito e apresentado, junto com o projeto da edificação, ao órgão competente a esta exigência.
Segundo os profissionais do SindusCon-SP, esta atividade deve integrar os seguintes agentes, os
quais irão participar deste processo que acontece dentro e fora do canteiro de obra, são eles: o
órgão público municipal (responsável pelo controle e fiscalização); os geradores de resíduos
(responsáveis pela observância dos padrões previstos na legislação específica); e os
transportadores (responsáveis pela destinação aos locais licenciados). Este processo de gestão
requer uma seqüência de atividades – planejamento, implantação e monitoramento – que irá
subsidiar o trabalho e todo o controle dos resíduos internos e externos à obra. Dentre as
atividades é fundamental que haja a remoção e destinação dos resíduos, bem como a reutilização
e reciclagem dos materiais possíveis de tais ações, a triagem através da coleta seletiva em quatro
classes estabelecidas, a garantia do confinamento até o transporte, e por fim a manutenção e
acompanhamento acerca de resíduos perigosos. Segundo a Resolução CONAMA n° 307, as
quatro classes de resíduos da construção civil citadas acima são os resíduos recicláveis como
agregados (componentes de pavimentações, componentes cerâmicos e peças pré-moldadas);
recicláveis com outras destinações (plásticos, papéis, metais, vidro, madeiras e outros); resíduos
perigosos e não recicláveis.
A gestão de resíduos possibilita aspectos positivos dentre os quais estão a redução do
desperdício, o reaproveitamento dos resíduos dentro da obra, a limpeza e organização dos
canteiros e a redução dos riscos de acidentes de trabalho. Dentre os aspectos críticos pode-se
destacar o treinamento de mão-de-obra, o atendimento insatisfatório das empresas de coleta, o
controle de registro da destinação dos resíduos e o comprometimento com estas atividades até o
final da obra.
3.3. Priorização do uso de materiais regionais, com conteúdo reciclado
A utilização de materiais regionais gera um benefício ambiental, bem como social e econômico.
Tal prática estimula o desenvolvimento regional devido à demanda de trabalho e à movimentação
da economia local; dispensa o longo transporte para a entrega dos materiais, reduzindo a emissão
de poluentes e CO2; reduz o desperdício; e, na maioria das vezes, é mais barato pela produção
contígua ao local da obra.
Grande importância se dá igualmente aos materiais recicláveis e/ou reciclados, os quais viabilizam
a utilização racional dos recursos naturais, garantindo a permanência e disponibilidade destes por
mais tempo.
No entanto, alguns pré-requisitos são balizados pelo Green Building Council Brasil (LEED), como
a distância entre o local da obra e o fornecedor em um raio máximo de 800Km e também a
utilização de no mínimo 10% de materiais sustentáveis na edificação.
A adoção pelos reciclados não precisam, necessariamente, partir externamente à obra, de modo
que os próprios resíduos gerados na mesma podem ser reaproveitados ou reciclados. Estes
resíduos são decorrências de atividades de demolição e quebra ou de desperdícios gerados no
canteiro de obras. Alguns exemplos de materiais residuais em construções são o concreto,
estuque, telhas, metais, madeira, gesso, aglomerados, pedras, carpetes entre outros. Porém,
segundo Informativo Recicloteca (1999), os materiais a serem reciclados “devem ser submetidos a
uma avaliação do risco de contaminação ambiental, possível de ser ocasionada durante o ciclo de
vida do material e após sua destinação final”2. Entulhos de obras podem ser reaproveitados
também em obras de infra-estrutura urbana como pavimentação de estradas e vias de acesso.
1
http://www.casaconsciente.com.br/pdf/prevencao_poluicao_construcao.pdf
2
Disponível em: <http://www.recicloteca.org.br/outros.asp?Ancora=2> Acesso em 29 Nov. 2010.
4. Em Belo Horizonte cerca de 50% de resíduos coletados diariamente é advindo da construção civil.
Devido a isto, a Superintendência de Limpeza Urbana de Minas Gerais (SLU) implantou alguns
postos de reciclagem para reduzir pontos clandestinos de descartes e aumentar a vida útil dos
aterros sanitários. Esta iniciativa estimula a utilização destes reciclados, principalmente no setor
da construção civil e reduz o impacto que a grande quantidade de resíduos causa ao meio
ambiente e à infra-estrutura urbana.
No projeto do Mineirão para a Copa de 2014, “os resíduos gerados nas primeiras demolições
(concreto armado, alvenaria, blocos e argamassa), estão sendo usados na construção de rampas
de acesso ao interior do estádio para as máquinas” 3 e até mesmo em outras obras de infra-
estrutura de Belo Horizonte. O concreto resultante da demolição de parte do estádio, na obra de
“retrofit” será encaminhada para a Usina de Reciclagem da Prefeitura de Belo Horizonte com o
objetivo de aproveitar este concreto reciclado na construção de passeios, calçamento de ruas e
como base para a aplicação do asfalto. Já a terra retirada para o rebaixamento de três metros do
estádio (68,8 mil metros cúbicos de terra) será aproveitada na requalificação do Ribeirão Arrudas,
que será executada pelo DEOP – Departamento de Obras Públicas do Estado de Minas Gerais.
Outra medida de reaproveitamento será realizada pelos assentos das arquibancadas, dos quais
80% serão doados para cinco estádios diferentes no estado de Minas gerais. A grama também
será reaproveitada num projeto social do Governo do Estado para jovens, o PlugMinas.
3.4. Conforto térmico e ventilação natural
A condição de conforto térmico é função da atividade desenvolvida pelo indivíduo, seu
metabolismo, sua vestimenta, sua adaptação climática e das variáveis do ambiente, como
temperatura e umidade. É papel da arquitetura considerar tais variáveis na concepção de um
edifício, garantindo ambientes que sejam adaptados à zona bioclimática onde se inserem. Isso
significa otimizar as condições de conforto do edifício por meio de estratégias de projeto,
adequando-os aos condicionantes climáticos locais.
Num cenário de crescente preocupação com a sustentabilidade, a utilização da ventilação natural
é um aliado para o alcance da eficiência energética. É um sistema passivo para conforto térmico,
que pode evitar o uso do ar-condicionado, reduzindo a temperatura percebida, em função da
evaporação do suor da pele e trocas convectivas entre a corrente de ar e o corpo humano.
É importante ressaltar que há distinção do que é termicamente aceitável em ambientes
climatizados e ventilados naturalmente. Segundo Figueiredo e Frota (2008), o usuário tolera
maiores flutuações nas condições ambientais se tiver maior controle sobre elas.
A ventilação natural é essencial para a configuração de ambientes saudáveis, por manter a
qualidade interna do ar. De acordo com Frota e Schiffer (1999), "A ventilação natural é o
deslocamento do ar através do edifício, através de aberturas, umas funcionando como entrada e
outras, como saída". Sendo assim, a dimensão e posição das aberturas devem ser adequadas
para propiciar um fluxo de ar no ambiente e renovações constantes.
A adoção desses sistemas passivos de conforto térmico desde a concepção inicial do projeto é
uma das formas para se obter um melhor desempenho térmico da edificação. Com isso, fará com
que reduza o consumo de energia com a utilização do sistema de ar dentro das galerias e cabines
do Estádio do Mineirão.
3.5. Sistemas de iluminação mais eficientes e de menor impacto ambiental
A qualidade da luz é decisiva, tanto no que diz respeito ao desempenho das atividades, quanto à
influência que exerce no estado emocional e no bem-estar dos seres humanos.
A adequação de dimensionamento e forma de aberturas deve garantir o melhor aproveitamento
da iluminação natural. Complementando ou substituindo-a, quando necessário, a iluminação
3
Disponível em: <http://www.gestaoderesiduos.com.br/residuo-construcao-civil.php?id=888> Acesso em 22
Nov. 2010.
5. artificial deve ser utilizada para que se atinjam níveis adequados, de acordo com a tarefa
desenvolvida em determinado ambiente.
Alguns recursos podem ser utilizados para tornar o sistema de iluminação mais eficiente,
reduzindo a potência instalada. A pintura das paredes e mobiliário de cor clara, por exemplo,
aumenta a refletância do ambiente. Superfícies capazes de modificar a distribuição ou a
intensidade da luz, como refletores presentes em luminárias, otimizam sua ação. A utilização da
potência instalada pode ser reduzida, ainda, pela divisão do sistema de iluminação em circuitos de
acionamento independente.
O retrofit de prédios antigos como o Mineirão, com a substituição de seus sistemas por outros com
tecnologia mais avançada e baixo consumo é também um grande fator de economia. Lâmpadas
fluorescentes, por exemplo, são mais eficientes e emitem menos calor que as incandescentes,
reduzindo também a necessidade de condicionamento do ar. Lâmpadas LED geram economia
ainda maior e possuem grande ciclo de vida, reduzindo o descarte de materiais.
A automação predial, que proporciona funcionalidades sem intervenção do usuário, traz conforto e
segurança, além de garantir o uso mais racional dos recursos. Equipamentos como variadores de
luminosidade, sensores de presença, detectores de obstáculos e sensores de luz natural
contribuem para a eficiência energética.
Com todos estes recursos, é importante que o usuário receba treinamentos pré-ocupação, no
sentido de saber controlar os recursos disponíveis e, o que é mais importante, conhecer sua
condição de conforto e se conscientizar da importância da utilização racional dos recursos.
3.6. Medição de energia setorizada
Para que os sistemas de energia alternativa e o da energia vinda da concessionária sejam bem
empregados, eles devem ser operacionalizados pra que o se obtenha um bom desempenho do
sistema. Verificar e certificar que esses sistemas empregados na área de energia estão
instalados, calibrados e com as características de desempenho conforme o especificado é um
controle feito pelo comissionamento do edifício. É através dele que se controla os sistemas de:
• Aquecimento, Ventilação, Ar Condicionado e Refrigeração (mecânicos e passivos), assim
como os seus respectivos sistemas de controle;
• Iluminação e seu respectivo sistema de controle;
• Sistemas de Água Quente (para uso doméstico);
• Sistemas de Energia Renovável (eólica, solar, etc.).
Os benefícios do comissionamento para as edificações, principalmente para o Estádio do
Mineirão, incluem a redução do consumo de energia, custos operacionais menores, menor
quantidade de chamadas aos instaladores para reparos/ correções, melhor documentação e
melhoria na produtividade dos usuários. Assim, com esse gerenciamento da energia pode-se
identificar as estratégias de redução de custos e as oportunidades de melhoria de desempenho do
sistema.
De acordo com a equipe do LEED para a regionalização no Brasil (2009), “O conceito de
comissionamento no Brasil ainda não está bem definido e normalmente é confundido com as
atividades de fiscalização do projeto ou inspeção. (...) Além disso, é importante que a atividade de
comissionamento seja vista como uma atividade de qualificação de todo o processo (incluindo o
projeto e a instalação), tendo como referência a expectativa do Proprietário.”
3.7. Painéis fotovoltaicos na cobertura
Para suprir a demanda extra de energia devido a Copa do Mundo, com os hotéis e os jogos
realizados no Mineirão, a CEMIG em parceria com a empresa GMP, propôs o projeto do Mineirão
Solar – que será uma usina fotovoltaica, aproveitando a cobertura do estádio para gerar, entregar
e comercializar a energia elétrica via rede de distribuição da empresa. Segundo Rüther (2004), “do
ponto de vista da eficiência energética, estes sistemas podem ser considerados bastantes ideais,
6. visto que geração e consumo de energia têm coincidência espacial minimizando assim as perdas
por transmissão comuns aos sistemas geradores centrais tradicionais”.
O potencial da energia solar fotovoltaica no Brasil é muitas vezes superior ao consumo total de
energia elétrica no país (RUTHER, 2004). O grande obstáculo sofrido para a implantação de
coberturas geradoras de energia nos estádios da Copa do Mundo de 2014 está no custo de
instalação e manutenção dos painéis fotovoltaicos, que são superiores ao da energia
convencional da hidroeletricidade.
Geller (2003) destaca como barreira ao uso de energia renovável, a limitada infra-estrutura de
fornecimento. A produção de várias tecnologias de energia renovável ainda não são
suficientemente grandes para obter economia de energia em grande escala. “Módulos solares
fotovoltaicos, por exemplo, ainda apresentam custos de tal magnitude que a demanda é
relativamente pouco flexível e limitada a um pequeno número de aplicações específicas, apesar
de estarem se intensificando esforços para amplamente promover e instalar sistemas
fotovoltaicos.” (Oliver e Jackson at Geller)
Ocupação 48% na cobertura de laje de
concreto: 3614 módulos fotovoltaicos – 520
kWp de energa gerada
Ocupação 46% na cobertura de policarbonato:
3456 módulos fotovoltaicos – 498 kWp de
energia gerada
FIG 01: Potencial de energia a ser gerada no Mineirão – Belo Horizonte - MG
Fonte: http://www.copa2014.org.br/ e modificado pelos autores
De acordo com Salamoni (2009), considerando a dimensão do território brasileiro, a diversidade
de recursos disponíveis e a composição atual da matriz energética, a utilização da energia solar
Fotovoltaico deve ser analisada sob um critério de complementação e não de substituição das
fontes convencionais. Ou seja, de modo estratégico, deve-se entrelaçar as fontes renováveis e as
convencionais a custos competitivos, tentando atender, além do equilíbrio ambiental, a segurança
no fornecimento. Assim, a utilização dessa tecnologia para o evento da Copa do Mundo, evitará a
sobrecarga de energia da rede convencional e introduzirá em uma maior escala, fontes
alternativas de energia no Brasil.
3.8. O calor produzido pelos chillers (água quente) será utilizado para aquecer a água
potável dos chuveiros dos vestiários
Como uma forma alternativa de economia de energia, pretende aproveitar o calor produzido pelos
chillers utilizados nas tribunas e áreas vips do Estádio do Mineirão para aquecer a água potável
dos chuveiros e vestiários. Esse processo intitulado co-geração, consiste no aproveitamento local
do calor residual originado nos processos termodinâmicos de geração de energia elétrica, que de
uma outra forma seria desperdiçado.
Segundo Jannuzzi e Swisher (1997) “do ponto de vista energético, a co-geração reside nas altas
eficiências globais de conversão, da ordem de 75-90%, muito superiores àquelas alcançadas por
sistemas independentes de calor e potencia. Nesse sentido, a co-geração, pode ser entendida
como uma tecnologia energética eficiente e, do ponto de vista do sistema elétrico, como uma
opção de geração descentralizada, nos setores industrial e comercial”.
A vantagem de uso dessa tecnologia é que menos combustível fóssil é queimado para produzir a
7. mesma quantidade de energia (elétrica + térmica), mas o que se deve sempre fazer é a
viabilidade econômica do sistema, de modo que o ganho obtido na redução de custos venha a ser
suficiente para propiciar retorno, em prazo compatível, ao investimento a ser realizado. Pois como
afirma Jannuzzi e Swisher (1997), embora seja simples em seus princípios, a co-geração é uma
tecnologia complexa dentro de um processo produtivo ou num sistema energético, em função das
múltiplas funções associadas e dos interesses que podem ser afetados.
3.9. Eficiência no uso de água
Observa-se em diversos segmentos no cenário mundial grande e crescente preocupação em
torno do meio ambiente no planeta evidenciados através de diversos problemas como a escassez
de recursos naturais, poluição ambiental, insuficiência energética, elevação da temperatura global.
Neste contexto a água, vital a existência humana e manutenção do meio ambiente, é um dos
recursos mais ameaçados. Isso indica que algo deve ser feito por meio da redução do consumo e
de práticas autossuficientes seja pela mudança de atitudes ou pelo emprego de tecnologias
inteligentes. A Agenda 21 (2001) sugere a gestão do uso da água e a procura por alternativas de
abastecimento, tais como o aproveitamento das águas pluviais, a dessalinização da água do mar,
a reposição das águas subterrâneas e o reuso da água como práticas que favorecem o
desenvolvimento sustentável.
3.9.1. Redução no Consumo de Água potável para louças e metais
Segundo a ANA (2005), a maneira como a água é disponibilizada através dos metais, chuveiros,
louças sanitárias e dispositivos hidráulicos estão entre os fatores determinantes no consumo total
de água em uma edificação. Dessa forma, em um cenário que preconiza a redução no consumo
de água como uma das práticas relevantes à sustentabilidade ambiental, existem séries destes
equipamentos que tanto atendem as necessidades dos usuários como também favorecem o
consumo racional da água nas atividades a que se relacionam.
No projeto do Mineirão para a Copa de 2014 está previsto o emprego destes equipamentos,
dentre as práticas para uso racional da água. Nos quais, o mecanismo de funcionamento se
baseia em dispositivos controladores da vazão de água e de fechamento automático.
Para tanto, as torneiras e duchas devem ser do tipo hidromecânica ou com sensor. Nas torneiras
e duchas hidromecânicas este dispositivo é regulado em função da pressão no ponto acionado
pelo usuário em uma válvula localizada na própria torneira ou no piso, em que é estabelecido um
tempo para o ciclo de funcionamento. Nas que possuem sensor, o acionamento e ciclo de
funcionamento se dá por um sensor que ao captar a presença é acionado e então mantido seu
ciclo enquanto captar presença.
As bacias sanitárias podem requerer dispositivos para acionamento de descarga ou já serem de
caixa acoplada, que requerem 6 litros para funcionamento da descarga (menos do que uma
convencional). No entanto podem ser empregados dispositivos para acionamento da descarga
que conferem economia de água, as válvulas “dual flush” e de sensor. As válvulas “dual flush”
possibilitam dois tipos de acionamento, onde um resulta em um ciclo completo para descarga de
efluentes sólidos e outro em meio ciclo somente para limpeza da bacia com efluentes líquidos.
Este sistema pode ser empregado também nas bacias com caixa acoplada. As válvulas com
acionamento por sensor de presença requerem que o usuário permaneça por um tempo no raio
de alcance do sensor, para então o sistema ser acionado, e somente após a saída do usuário do
raio de alcance é efetuada a descarga.
O emprego destes equipamentos ao longo do Mineirão é substancial para a gestão sustentável do
empreendimento, visto que o consumo de água no estádio é uma das atividades mais impactantes
ao meio ambiente ao longo do seu uso e operação.
3.9.2. Reutilização de Água Pluvial
8. O processo de reutilização das águas pluviais consiste na captação destas águas por meio de
áreas de uma edificação como telhados e pátios de estacionamento, seguidos pelo
armazenamento e tratamento para então serem destinadas ao consumo. Esta água pode ser
destinada aos mais diversos fins em uma edificação, como irrigação de áreas verdes, torres de
resfriamento de sistemas de ar condicionado, lavagens de pisos e descarga em bacias sanitárias.
Basicamente para implantação deste sistema deve ser feita um estudo acerca da pluviosidade do
local, determinação da área a ser coletada e coeficiente de escoamento superficial, caracterização
da qualidade da água, projetos dos reservatórios de descarte e armazenamento e
estabelecimento do sistema de tratamento e distribuição (GOULARD,2010).
Segundo ANA (2005), o emprego de sistemas de captação de água de chuva é uma das práticas
que mais viabilizam o uso racional da água em uma edificação. Dessa forma, no Mineirão será
incorporada tecnologia para viabilizar a captação das águas de chuva no estádio por meio da
cobertura, que será destinada a irrigação do campo e descarga nas bacias sanitárias e nos
mictórios. Está água será armazenada em reservatório, onde serão conduzidas às unidades de
tratamento para em seguida ser distribuída nas funções a que se destinam e para irrigação do
lençol freático. O projeto do sistema prevê autonomia do sistema em relação a utilização de água
potável ao longo de todo o ano.
Neste sistema o reservatório de armazenamento é o componente mais dispendioso do sistema de
coleta e armazenamento, onde este deve ser dimensionado de forma criteriosa para que haja
viabilidade. Com relação ao tratamento, este deve ser de acordo com o destino a que será
utilizado a água. Para tanto, para os fins a que são comumente utilizadas, são empregados
técnicas de tratamento que consistem de sedimentação simples, filtração simples, desinfecção
com cloro ou luz ultravioleta.
A utilização deste sistema para captação e utilização das águas pluviais no estádio, favorecerá
imensamente a racionalização do consumo de água no Mineirão e consequentemente a
sustentabilidade. Pois, além de favorecer o ciclo natural da água no planeta, não gera o
desperdício de água potável por meio de atividades que não necessitam.
3.10. Fácil acesso ao transporte público
Tem-se ao longo da maioria dos países, uma população tipicamente com urbana, instalada em
torno instalada em torno de cidades e grandes centros, significando uma dependência intrínseca
da vida humana ao ambiente edificado destas cidades (EDWARDS, 2004).
Dessa forma, é inerente que ao longo deste cenário haja um intenso fluxo de pessoas que
necessitam se deslocar ao longo das cidades para a realização de suas atividades cotidianas. Na
qual é necessária a utilização de meios de transporte como carros, barcos, metrô, ônibus,
bicicletas para realizar este deslocamento devido às proporções da área edificada.
A conveniência mundial no quesito transporte é para as soluções que envolvam o transporte
coletivo, devido a diversos motivos que vão desde a maior agilidade que confere ao sistema viário,
menor no consumo de energia principalmente quando aliados à sistemas que empregam fontes
alternativas, redução da emissão de gases poluentes entre outros.
Entretanto um dos grandes entraves à implantação de sistemas coletivos de transporte,
enfrentados principalmente pelos países processo de desenvolvimento, como o Brasil, é a
densidade e a forma como a malha urbana das cidades é estruturada. Em Belo Horizonte, é
necessário que sejam realizados investimentos em infra-estrutura como o caso do metrô, políticas
e programas de conscientização à população sobre os benefícios dos meios coletivos em
detrimento do transporte particular e também em planos urbanísticos que visem o fácil acesso ao
sistema.
Dentre as práticas requeridas para a viabilidade destes investimentos podemos destacar:
implantação de metrôs e trens urbanos, eficiência no sistema de ocupação, adequação da
paisagem urbana com implantação de ciclovias, eixos de deslocamento preferenciais para
pedestres, melhor distribuição dos equipamentos urbanos na malha, conforto e segurança dos
meios de transporte, acesso rápido e seguro aos pontos de embarque e desembarque e outros.
9. No entanto, o planejamento do sistema de transporte de Belo Horizonte em relação a Copa de
2014 e o Mineirão envolvem apenas estratégias de transporte terrestre, que privilegia o transporte
por veículos automotores como carros e ônibus. Amplo pátio de estacionamento e reestruturação
de uma das principais vias de acesso ao estádio, a Avenida Presidente Antônio Carlos, estão
entre as práticas de viabilização do sistema de transporte. Pontos de ônibus serão viabilizados no
entorno, porém de forma isolada, sem estreitar o acesso ao estádio. O transporte por meios
alternativos também serão incentivados pela utilização de bicicletas e veículos de baixa emissão e
consumo, porém em uma escala menor.
Neste contexto, ao se considerar o sistema de transporte como um todo nota-se que este está em
desacordo com as práticas de sustentabilidade. O transporte por veículos automotores é grande
consumidor de energia e emissor de gases poluentes na atmosfera. Além disso, tem-se a
reestruturação de uma Avenida em detrimento a outras práticas mais viváveis do ponto de vista da
facilidade ao acesso e da sustentabilidade.
4. CONCLUSÃO
Um empreendimento sustentável é aquele ecologicamente correto, economicamente viável,
socialmente justo e culturalmente aceito. Não bastam soluções tecnológicas, sem que nestas
estejam inseridas variáveis sócio-econômicas.
Portanto, vale refletir se a Copa de 2014 será verdadeiramente sustentável. Se, passados os
eventos, os grandes estádios construídos de forma “sustentável” possibilitarão a continuidade da
função social, através de seu uso pela comunidade, bem como a continuidade do latejo
econômico.
Para o mundial de 2014, o objetivo é que as arenas sejam complementadas, reequipadas e
revitalizadas. A conectividade urbana e a integração com a comunidade também devem ser
garantidas. O País e as cidades-sede dos jogos, ao serem escolhidos, ratificaram um termo de
compromisso com a FIFA, comprometendo-se a entregar as obras de mobilidade urbana antes do
início da operação das arenas. Assim, deverá ser desenvolvido todo um aparato de infra-estrutura
de transporte intraurbano, inter-regional e internacional.
Espera-se, portanto, que vários empreendimentos venham a reboque, como novos bairros, hotéis,
edifícios de escritórios, equipamentos públicos, hospitais, shopping centers, entre outros.
Configura-se, desta forma, o legado que o evento Copa 2014 pode deixar para o país.
A FIFA contribuiu para a realização da “Copa Verde”, ao apontar como extremamente
aconselhável que as arenas busquem certificações ambientais. Embora a elaboração de um
projeto sustentável não esteja necessariamente vinculada à certificação, a importância das
certificações se dá no fato de permitir que toda a população identifique produtos que apresentem
características desejáveis. Os projetos devem pautar-se por impactar o mínimo possível o meio
ambiente durante a execução das obras e, principalmente, durante a operação das arenas.
Para promover a sustentabilidade, temos que mudar a direção de nossos olhares. Como disse
Albert Einstein, “o mundo não vai superar sua crise atual usando o mesmo pensamento que criou
essa situação”.
5. REFERÊNCIAS
ANA – Agência Nacional de Águas, Conservação e Reúso da Água em Edificações, Brasil, 2005.
CORCUERA, D. Arquitetura Sustentável: Prevenção da Poluição no Canteiro de Obras. Artigo
disponível em: <http://www.casaconsciente.com.br/pdf/prevencao_poluicao_construcao.pdf>
Acesso em 21 Nov. 2010.
CREA-MG. Sustentabilidade e eficiência energética no ambiente construído. Belo Horizonte, 2009.
51p.
EDWARDS, Brian. Guia básica de la sostenibilidad. Barcelona: GG, 2004. 120p.
10. FIGUEIREDO, Cíntia Mara; FROTA, Anésia Barros. Ventilação Natural para Conforto Térmico em
Edifícios de Escritórios – Avaliação com Modelos Adaptativos. Nutau (Núcleo de Pesquisa em
Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo) 2008 - FAUUSP.
FROTA, Anésia Barros; SCHIFFER, Sueli Ramos. Manual de conforto térmico. São Paulo: Studio
Nobel, 1999. 3ed.
GELLER, Haward S. Revolução energética: política para um futuro sustentável; tradução Maria
Vidal Barbosa; revisão técnica Marcio Edgar Schuler. - Rio de Janeiro: Relume Dumará: USAid,
2003. ISBN 85-7316-336-4
GESTÃO DE RESÍDUOS. Resíduos das obras do estádio Mineirão são reaproveitados. Da
Agência Brasileira de Notícias. Publicado em outubro de 2010. Disponível em:
<http://www.gestaoderesiduos.com.br/residuo-construcao-civil.php?id=888> Acesso em 22 Nov.
2010.
GOLDEMBERG, José; LUCON, Oswaldo. Energia, meio ambiente e desenvolvimento. São Paulo:
EDUSP, 2008. 396p.
GOULART, Solange. Sustentabilidade nas Edificações e no Espaço Urbano. Apostila da Disciplina
Desempenho Térmico em edificações. Laboratório de Eficiência Energética em Edificações.
Universidade Federal de Santa Catarina. Disponível em:
www.labeee.ufsc.br/graduação/ecv_5161. Acesso em: 2/12/2010.
JANNUZZI, G.M., SWISHER, J.N.P., Planejamento integrado de recursos energéticos: meio
ambiente, conservação de energia e fontes renováveis. São Paulo – SP, 1997.
LEED Reference Guide for Green Buildinsg Design and Construction, 2009
PINTO, T. P., coordenador. Gestão Ambiental de Resíduos da Construção Civil - a experiência do
SindusCon-SP. São Paulo: Obra Limpa: I&T: Sinduscon, 2005. Disponível em:
<http://www.sindusconsp.com.br/downloads/prodserv/publicacoes/manual_resiresi_solidos.pdf>
Acesso em 22 Nov. 2010.
PONCE, A. R. Arquitetura Regional e Sustentável. Vitruvios – Arquitextos. n°095.04. 2008.
Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/08.095/150> Acesso em 29
Nov. 2010.
RECICLOTECA. Centro de Informações sobre Reciclagem e Meio Ambiente. Materiais
Recicláveis: O aproveitamento e a reciclagem de resíduos da construção. Disponível em:
<http://www.recicloteca.org.br/outros.asp?Ancora=2> Acesso em 29 Nov. 2010.
RESENDE, F. Poluição atmosférica por emissão de material particulado: avaliação e controle nos
canteiros de obras de edifícios. Dissertação – mestrado. Escola politécnica da Universidade de
São Paulo. 2007. Disponível em:
<http://www.pcc.usp.br/fcardoso/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20Fernando%20Resende%20p%C
3%B3s-banca%202.pdf > Acesso em 21 Nov 2010.
Resolução CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002. Disponível em
<http://www.cetesb.sp.gov.br/licenciamentoo/legislacao/federal/resolucoes/2002_Res_CONAMA_
307.pdf> Acesso em 22 Nov. 2010.
ROAF, Sue. A adaptação de edificações e cidades às mudanças climáticas. Porto Alegre:
Bookman, 2009. 384p.
RÜTHER, R., Edifícios solares fotovoltaicos : o potencial da geração solar fotovoltaica integrada a
edificações urbanas e interligadas a rede elétrica publica no Brasil – Florianópolis, SC. 2004.
SALAMONI, I., MONTENEGRO, A., RUTHER, R. O panorama da energia solar fotovoltaica
11. conectada à rede elétrica no Brasil: benefícios, legislação e desafios. X Encontro Nacional e VI
Encontro Latino Americano de Conforto no Ambiente Construído – ENCAC. Natal, 2009.