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BIOFARMÁCIA
Estudo da relação das propriedades físico-químicas dos
fármacos e formas farmacêuticas baseado na
performance biológica do produto.
• propriedades dos fármacos
• propriedades das formas farmacêuticas
( formulação e tecnologias de preparo)
• vias de administração
RESPOSTA TERAPÊUTICA
Delineamento racional de produtos para liberar o fármaco
numa dada velocidade de maneira a otimizar o efeito
terapêutico e minimizar efeitos adversos.
FARMACOCINÉTICA FARMACODINÂMICA
FARMACOTÉCNICA
• características físico-químicas do fármaco
• formulação e tecnologia de produção da forma farmacêutica
• proteção e estabilidade do fármaco na forma farmacêutica
• liberação do fármaco da forma farmacêutica
• dissolução do fármaco no sítio de absorção
• biodisponibilidade do fármaco no sítio de absorção
ABSORÇÃO VIA ORAL
LIBERAÇÃO DO
FÁRMACO
DISSOLUÇÃO DO
FÁRMACO
PERMEABILIDADE
DO FÁRMACO
ETAPA
LIMITANTE
Classificação biofarmacêutica
Solubilidade: uma droga é considerada altamente solúvel quando a
maior dose é solúvel em 250mL ou menos de água numa faixa de pH
de 1 a 8
Dissolução: um produto de liberação imediata é considerado como de
rápida dissolução quando dissolve em 30 minutos usando aparato I
USP a 100 rpm num volume de 900mL ou menos
Permeabilidade: uma droga é considerada altamente permeável
quando a intensidade de absorção em humanos é maior que 90% de
uma dose administrada.
Classificação biofarmacêutica
CLASSE I: alta solubilidade e alta permeabilidade
CLASSE II : baixa solubilidade e alta permeabilidade
CLASSE III: alta solubilidade e baixa permeabilidade
CLASSE IV : baixa solubilidade e baixa permeabilidade
CLASSE I: propanolol, metoprolol
CLASSE II : cetoprofeno, carbamazepina
CLASSE III: ranitidina, atenolol
CLASSE IV : hidroclorotiazida, furosemida
FÁRMACO
• estabilidade
• solubilidade
• pH e pKa
• forma cristalina
• interação com excipientes
• impurezas
• forma do sal
• tamanho de partícula
FORMA FARMACÊUTICA
• tipo de forma
• liberação imediata ou lenta
• estabilidade
• excipientes
• tecnologia de produção
TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO
• processo de produção
• controle de qualidade
• especificações da matéria-prima
• custo
• estabilidade
FATORES FISIOLÓGICOS
• vias de administração
• permeação através de membranas
• ligação com macromoléculas e tecidos
• aceitação do paciente
• custo
• farmacocinética
• farmacodinâmica
• ação terapêutica desejada
• reações adversas
• dose
• efeito tóxico
Liberação do PA
Dissolução do PA
PA na circulação
sistêmica
Metabolismo e
excreção
PA nos tecidos
absorção
eliminação
efeito
farmacológico
Relação entre fármaco, forma farmacêutica e efeito
farmacológico
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
ABSORÇÃO
Propriedades fisiológicas do sítio de absorção
Forma farmacêutica
Características do fármaco
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Vias Biodisponibilidade Vantagens Desvantagens
intravenosa completa Efeito imediato Reações adversas
infusão
intravenosa
completa Grandes volumes
Controle conc plasmática
Danos no sítio injeção
injeção
intramuscular
Rápida para soluções
aquosas
Lenta para soluções não
aquosas
Fácil injeção Dolorosas para PA
irritantes
injeção
subcutânea
Rápida para soluções
aquosas
Volume pequeno
Absorção depende
fluxo sanguíneo e
volume
VIAS DE ADMINISTRAÇÂO
Vias Biodisponibilidade Vantagens Desvantagens
sublingual rápida para PA
lipossolúvel
Não tem efeito 1ª
passagem
doses pequenas
risco de deglutição
oral absorção variável Fácil e segura
Ação imediata ou
modificada
Instabilidade PA no
trato gi
1ª passagem no
fígado
retal Absorção variável Efeito local e sistêmico
Dificuldade de deglutição
Absorção variável
desconforto
transdérmica Absorção lenta Facilidade de
administração e remoção
Não é viável para
qualquer PA
ABSORÇÃO VIA ORAL
• presença de secreções fisiológicas e enzimas
• presença de muco
• tempo de esvaziamento gástrico e motilidade intestinal
• jejum x alimentos
• alimentos gordurosos
• líquidos
• drogas anticolinérgicas
• diarréia
• perfusão sanguínea
• interação com alimentos
• antibióticos – absorção diminuída com alimentos
• griseofulvina – absorção aumentada com alimentos
FATORES FISIOLÓGICOS
• permeabilidade: passagem dos fármacos através de
membranas fisiológicas
• estrutura molecular
• propriedades das membranas fisiológicas
DIFUSÃO
• coeficiente de partição : lipossolubilidade
• ionização da droga
• área de superfície
• espessura da membrana
• camada de muco nas membranas gastrointestinais
• afinidade da droga por macromoléculas ou tecidos
• ligação com proteínas plasmáticas ( dicumarol, sulfonamidas)
• deposição no tecido adiposo ( clordane)
• complexação com cálcio ( tetraciclina)
IONIZAÇÃO DO FÁRMACO
Equação de Henderson Hasselbach
Ácidos fracos
pH = pKa + log [A-]
[HA]
Bases fracas
pH = pKa + log [BH+]
[B]
Solução aquosa
Suspensão aquosa
Cápsula gelatinosa
dura
Comprimido
Comprimido
revestido
Suspensão de finas
partículas de PA nos
fluidos gastrointestinais
Agregados ou
granulos
Dissolução do
revestimento
Solução do PA nos
fluidos
gastrointestinais
desintegração
dissolução
desintegração
desagregação
FATORES FORMA FARMACÊUTICA
precipitação
FATORES FORMA FARMACÊUTICA
SOLUÇÕES
• viscosidade da solução
• pode ocorrer precipitação
• precipitação de um sal de ácido fraco na forma livre no pH do
estômago
• precipitações em soluções conseguidas por técnicas de
solubilização
SOLUÇÕES
• PA + solubilizantes:
• PA + polietilenoglicol-------------------------------------------------------- 19%
• PA + hidroxipropil-βciclodextrina ( baixa conc)--------------------- 57%
• PA + hidroxipropil-βciclodextrina ( alta conc)------------------------ 89%
FATORES FORMA FARMACÊUTICA
SUSPENSÕES
• dissolução do pó ( propriedades físico-químicas do pó)
• viscosidade
CÁPSULAS
• dissolução do invólucro
• dispersão do pó – desagregação do pó
• dissolução do pó
FATORES FORMA FARMACÊUTICA
COMPRIMIDOS
• desintegração
• desagregação
• dissolução
FATORES FORMA FARMACÊUTICA
• revestimentos gastro-solúveis
• revestimentos gastro-resistentes
• formas de liberação controlada
REVESTIMENTO DE FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS
COMPRIMIDOS REVESTIDOS
• dissolução do revestimento
• desintegração
• desagregação
• dissolução
FATORES FORMA FARMACÊUTICA
• excipientes
• interações com o fármaco
• função específica na forma farmacêutica
• modifica o meio em que o fármaco está
• diluentes = influenciar a desagregação e dissolução
• espessantes = aumentar tempo de retenção no trato gastrointestinal
• lubrificantes = dificultar contato com água
• desintegrantes = facilitar desintegração de formas sólidas
• molhantes ( tensoativos)
• aumentar a molhabilidade do pó , formação de micelas
• agir como carreadores para aumentar difusão de fármacos na
parede intestinal
Efeito de excipientes na dissolução de formas farmacêuticas
• estearato de magnésio * dissolução absorção
• bicarbonato de sódio x aspirina alteração de pH absorção
• suspensores viscosidade do veículo dissolução absorção
• tensoativos molhabilidade do PA dissolução absorção
• fenitoína sódica + sulfato de cálcio = absorção lenta
+ lactose = absorção rápida
• carbonato de cálcio x tetraciclina complexo insolúvel absorção
• carboximetilcelulose x anfetamina complexo insolúvel absorção
• polietilenoglicol x anfetamina complexo insolúvel absorção
• talco adsorção de PA absorção
Efeito de excipientes na dissolução de formas farmacêuticas
FATORES FORMA FARMACÊUTICA
• tecnologia de produção
• compactação
• granulação
• granulação via seca
• granulação via úmida
• granulação por hot melt
• granulação por spray dryier
FATORES FÍSICO-QUÍMICOS E
FARMACOTÉCNICOS
COEFICIENTE DE PARTIÇÃO DO FÁRMACO
Coeficiente de partição (logP)
P = conc na fase oleosa
conc na fase aquosa
PKA DO FÁRMACO
• determina o grau de ionização do fármaco em determinado pH
• considerar a variação de pH do meio ao longo do trato
gastrointestinal
• considerar a variação de pH em função da ingestão de alimentos,
ação de outros fármacos ou doenças específicas
FATORES FÍSICO-QUÍMICOS E
FARMACOTÉCNICOS
PKA DO FÁRMACO
• bases fracas: dissolução maior em meio ácido
• ácidos fracos: dissolução maior em meio alcalino
FATORES FÍSICO-QUÍMICOS E
FARMACOTÉCNICOS
Tamanho de partícula
Polimorfismo
Embora com composições químicas idênticas, os polimorfos
apresentam propriedades físico-químicas distintas como
solubilidade, taxas de dissolução, estabilidade química, cor e
ponto de fusão.
Polimorfismo é o fenômeno que os sólidos apresentam de
cristalizar-se em mais de uma estrutura cristalina, ou seja,
podem ser constituídos de uma mesma molécula e terem
estruturas tridimensionais de empacotamento cristalino
distintas.
Polimorfismo
Formas polimórficas da espironolactona
Forma 1 Forma 2
Forma 1 Forma 2
Polimorfismo
Acetato de cortisona = 7 formas
Acetato de dexametazona = 4 formas
Palmitato de cloranfenicol = 3 formas
Fluorcortilona = 2
Prednisolona = 2
Progesterona = 2
Sulfametazina = 2
Sulfapiridina = 6
Tolbutamida = 3
Polimorfismo
Formas polimórficas do ritonavir
Polimorfismo
100% A
100% B
50% A 50% B
Polimorfismo
• palmitato de cloranfenicol pode existir em 3 formas polimórficas: A ( estável), B (
metastável) e C ( instável), com solubilidades diferentes
• predominância da forma B numa forma farmacêutica aumenta a quantidade de fármaco
absorvida
• após a dissolução o palmitato de cloranfenicol é hidrolisado e libera a forma livre
Polimorfismo
Metilprednisolona I = PF 205 / solubilidade em água 0,075mg/mL
Metilprednisolona II = PF 230 / solubilidade em água 0,16mg/mL
Riboflavina I = PF 291 / solubilidade em água 60mg/mL
Riboflavina II = PF 278 / solubilidade em água 80mg/mL
Riboflavina III = PF 183 / solubilidade em água 1200mg/mL
• solubilidades diferentes
• velocidade de hidrólise enzimática difere entre as
formas polimórficas ( conversão do éster em base
livre)
Efeito de polimorfos diferentes na biodisponibilidade
Solvatação
• geralmente a forma hidratada é menos
solúvel que a forma anidra: cafeína, teofilina,
glutetimida
• cristalização simultânea de moléculas do
solvente
• hidratos cristalinos x anidros
• solvatos polimórficos
• solvatos pseudopolimórficos
Ampicilina anidra é mais solúvel que a
forma triidratada e apresenta maior
biosiponibilidade
anidra
triidratada
FATORES FÍSICO-QUÍMICOS E
FARMACOTÉCNICOS
DISSOLUÇÃO
Equação de Noyes- Whitney
dC/dt = D A ( Cs – C)
h
dC/dt = velocidade de dissolução do PA
D = coeficiente de difusão do PA em solução nos fluidos gastrointestinais
A = área da partícula
Cs= solubilidade de saturação do PA em solução na camada difusional
C= concentração de PA nos fluidos gastrointestinais
H = espessura da camada difusional
Estratégias para aumentar a solubilidade ou aumentar a área de
superfície disponível para dissolução
I- Formulação e processos de produção
II – Modificações físicas
Modificar o tamanho de partícula: micronização, nanosuspensões
Considerar forma polimórfica e estado anidro/hidratado
Complexação (ciclodextrinas)
Solubilização (solubilização micelar)
Dispersão do fármaco em carreadores: dispersões sólidas, soluções sólidas
III- Modificações químicas
Pro-fármacos solúveis
Sais
FORMAÇÃO DE COMPLEXOS
• o fármaco pode formar complexos ( mais ou menos solúveis) com
substâncias presentes na forma farmacêutica ou com substâncias
presentes nos fluidos do trato gastrointestinal
• estreptomicina x mucina = baixa absorção
• tetraciclina x cálcio da dieta = baixa absorção
• tetraciclina x cálcio (fosfato dicálcico) = baixa absorção
• anfetamina x CMC= baixa absorção
• fenobarbital x PEG 4000 = baixa absorção
• dicumarol é mais solúvel em leite devido à presença de
caseína e possibilita níveis plasmáticos 5x maiores
• griseofulvina tem absorção aumentada com ingestão de
alimentos gordurosos
Complexos com ciclodextrinas
• ciclodextrinas : complexação com miconazol aumentou em 55 x sua solubilidade e
apresentou o dobro de biodisponibilidade
• fármacos associados com ciclodextrinas: piroxicam, itraconazol, indometacina,
pilocarpina, naproxeno, hidrocortizona, diazepan
Ciclodextrinas são oligossacarídeos
cíclicos formando anéis de 6, 7 ou 8
unidades.
O “anel” é cilíndrico com a superfície
externa hidrofílica e a superfície interna
não-polar.
Estas estruturas podem formar complexos
de inclusão com moléculas apolares.
RAMA, A.C., 2005
Inclusão de um fármaco em ciclodextrinas
FLORENCE, ATWWOD, 2003
Inclusão de um fármaco em ciclodextrinas
RAMA, A.C., 2005
Solubilização micelar
Preparação de uma solução termodinamicamente estável de uma
substância que é normalmente insolúvel ou muito pouco solúvel
num dado solvente pela introdução de um componente anfifílico .
A partir de uma certa concentração ( CMC – concentração micelar crítica),
as moléculas anfifílicas formam agregados ou micelas em solução.
As micelas formadas por substâncias anfifílicas acima de sua CMC podem
incorporar e solubilizar moléculas de outras substâncias insolúveis ou
pouco solúveis em determinado meio.
Dispersões sólidas
Formulações de dispersões sólidas para obtenção de um sistema no qual a
cristalinidade da droga seja alterada a ponto de mudar sua solubilidade e
velocidade de dissolução e recobrir intimamente a droga com material
solúvel em água.
Uma solução sólida compreende soluto e solvente – um soluto sólido
molecularmente disperso em um solvente sólido: os dois componentes
cristalizam-se juntos em um sistema homogêneo unifásico.
Dispersões sólidas
Soluções sólidas
Soluções sólidas de uma droga pouco solúvel em água dissolvida em
carreador com boa solubilidade aquosa. A droga está molecularmente
dispersa no carreador.
Métodos de preparo de soluções sólidas:
-“hot melt”: aquecer droga e carreador juntos ate fusão das substâncias
- método do solvente: dissolver droga e carreador num solvente comum e
evaporar o solvente
Ex: griseofulvina e PVP foram dissolvidos em clorofórmio e após
evaporação do solvente obteve-se uma dispersão sólida, o que aumentou
11 vezes sua liberação comparado com droga micronizada.
Dispersões sólidas
Carreadores mais usados
• polietilenoglicóis (PEG)
• polivinilpirrolidoa ( PVP)
• polivinilpirrolidona e álcool polivinílico (PVP/PVA) ou crospovidona
• derivados de celulose (HPC, HPMC, CMEC, HPMCP)
• poliacrilatos e polimetacrilatos
• uréia
• polióis: manitol, sorbitol
Uso de pró-farmacos
Uso de sais mais solúveis
Solubilidade em água de alguns fármacos e seus sais
Substância mL de água necessários para
dissolver 1g da substância
Atropina 455
Sulfato de atropina 0,5
Codeína 120
Sulfato de codeína 30
Fosfato de codeína 2,5
Morfina 5000
Sulfato de morfina 16
Fenobarbital 1000
Fenobarbital sódico 1
Procaína 200
Cloridrato de
procaína
1
Solubilidade em água de alguns fármacos e seus sais
Referências Bibliográficas
Ansel HC, Popovich NG, Allen Jr, LV. Formas farmacêuticas de sistemas de liberação de
fármacos. 6 ed., Willians & Wilkins, Baltimore, EUA. Tradução editorial Premier, 2000.
Aulton, M.E. Delineamento de formas farmacêuticas.2ª edição.Artmed Editora, 2005.
Florence, A.T.; Attwood, D. Princípios Físico-Químicos em Farmácia. Tradutores Zuleika
Rothschild et al. Editora da Universidade de São Paulo, 2003.
Fraceto, L.F. Caracterização do complexo de inclusão ropivacaína-βciclodextrina. Químina
Nova, v.3, n.5, p.1203-1207, 2007.
Hörter, D.; Dressman, J.B. Influence of physicochemical properties on dissolution of drugs
in the gastrointestinal tract. Advanced Drug Delivery Reviews, v.46, p.75-87, 2001.
Rama, A.C et al. Aspectos biofarmacêuticos da formulação de medicamentos para
neonatos. Fundamentação da complexação de indometacina com hidroxipropil-
βciclodextrina para tratamento oral do fechamento do canal arterial.Revista Brasileira de
Ciências Farmacêuticas, v.41,n.3, p.281-299, 2005.

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  • 2. Estudo da relação das propriedades físico-químicas dos fármacos e formas farmacêuticas baseado na performance biológica do produto.
  • 3.
  • 4. • propriedades dos fármacos • propriedades das formas farmacêuticas ( formulação e tecnologias de preparo) • vias de administração RESPOSTA TERAPÊUTICA
  • 5. Delineamento racional de produtos para liberar o fármaco numa dada velocidade de maneira a otimizar o efeito terapêutico e minimizar efeitos adversos. FARMACOCINÉTICA FARMACODINÂMICA FARMACOTÉCNICA
  • 6. • características físico-químicas do fármaco • formulação e tecnologia de produção da forma farmacêutica • proteção e estabilidade do fármaco na forma farmacêutica • liberação do fármaco da forma farmacêutica • dissolução do fármaco no sítio de absorção • biodisponibilidade do fármaco no sítio de absorção
  • 7. ABSORÇÃO VIA ORAL LIBERAÇÃO DO FÁRMACO DISSOLUÇÃO DO FÁRMACO PERMEABILIDADE DO FÁRMACO ETAPA LIMITANTE
  • 8. Classificação biofarmacêutica Solubilidade: uma droga é considerada altamente solúvel quando a maior dose é solúvel em 250mL ou menos de água numa faixa de pH de 1 a 8 Dissolução: um produto de liberação imediata é considerado como de rápida dissolução quando dissolve em 30 minutos usando aparato I USP a 100 rpm num volume de 900mL ou menos Permeabilidade: uma droga é considerada altamente permeável quando a intensidade de absorção em humanos é maior que 90% de uma dose administrada.
  • 9. Classificação biofarmacêutica CLASSE I: alta solubilidade e alta permeabilidade CLASSE II : baixa solubilidade e alta permeabilidade CLASSE III: alta solubilidade e baixa permeabilidade CLASSE IV : baixa solubilidade e baixa permeabilidade CLASSE I: propanolol, metoprolol CLASSE II : cetoprofeno, carbamazepina CLASSE III: ranitidina, atenolol CLASSE IV : hidroclorotiazida, furosemida
  • 10. FÁRMACO • estabilidade • solubilidade • pH e pKa • forma cristalina • interação com excipientes • impurezas • forma do sal • tamanho de partícula FORMA FARMACÊUTICA • tipo de forma • liberação imediata ou lenta • estabilidade • excipientes • tecnologia de produção TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO • processo de produção • controle de qualidade • especificações da matéria-prima • custo • estabilidade
  • 11. FATORES FISIOLÓGICOS • vias de administração • permeação através de membranas • ligação com macromoléculas e tecidos • aceitação do paciente • custo • farmacocinética • farmacodinâmica • ação terapêutica desejada • reações adversas • dose • efeito tóxico
  • 12. Liberação do PA Dissolução do PA PA na circulação sistêmica Metabolismo e excreção PA nos tecidos absorção eliminação efeito farmacológico Relação entre fármaco, forma farmacêutica e efeito farmacológico
  • 13. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO ABSORÇÃO Propriedades fisiológicas do sítio de absorção Forma farmacêutica Características do fármaco
  • 14. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Vias Biodisponibilidade Vantagens Desvantagens intravenosa completa Efeito imediato Reações adversas infusão intravenosa completa Grandes volumes Controle conc plasmática Danos no sítio injeção injeção intramuscular Rápida para soluções aquosas Lenta para soluções não aquosas Fácil injeção Dolorosas para PA irritantes injeção subcutânea Rápida para soluções aquosas Volume pequeno Absorção depende fluxo sanguíneo e volume
  • 15. VIAS DE ADMINISTRAÇÂO Vias Biodisponibilidade Vantagens Desvantagens sublingual rápida para PA lipossolúvel Não tem efeito 1ª passagem doses pequenas risco de deglutição oral absorção variável Fácil e segura Ação imediata ou modificada Instabilidade PA no trato gi 1ª passagem no fígado retal Absorção variável Efeito local e sistêmico Dificuldade de deglutição Absorção variável desconforto transdérmica Absorção lenta Facilidade de administração e remoção Não é viável para qualquer PA
  • 16. ABSORÇÃO VIA ORAL • presença de secreções fisiológicas e enzimas • presença de muco • tempo de esvaziamento gástrico e motilidade intestinal • jejum x alimentos • alimentos gordurosos • líquidos • drogas anticolinérgicas • diarréia • perfusão sanguínea • interação com alimentos • antibióticos – absorção diminuída com alimentos • griseofulvina – absorção aumentada com alimentos
  • 17.
  • 18. FATORES FISIOLÓGICOS • permeabilidade: passagem dos fármacos através de membranas fisiológicas • estrutura molecular • propriedades das membranas fisiológicas
  • 19. DIFUSÃO • coeficiente de partição : lipossolubilidade • ionização da droga • área de superfície • espessura da membrana • camada de muco nas membranas gastrointestinais • afinidade da droga por macromoléculas ou tecidos • ligação com proteínas plasmáticas ( dicumarol, sulfonamidas) • deposição no tecido adiposo ( clordane) • complexação com cálcio ( tetraciclina)
  • 20. IONIZAÇÃO DO FÁRMACO Equação de Henderson Hasselbach Ácidos fracos pH = pKa + log [A-] [HA] Bases fracas pH = pKa + log [BH+] [B]
  • 21. Solução aquosa Suspensão aquosa Cápsula gelatinosa dura Comprimido Comprimido revestido Suspensão de finas partículas de PA nos fluidos gastrointestinais Agregados ou granulos Dissolução do revestimento Solução do PA nos fluidos gastrointestinais desintegração dissolução desintegração desagregação FATORES FORMA FARMACÊUTICA precipitação
  • 22. FATORES FORMA FARMACÊUTICA SOLUÇÕES • viscosidade da solução • pode ocorrer precipitação • precipitação de um sal de ácido fraco na forma livre no pH do estômago • precipitações em soluções conseguidas por técnicas de solubilização
  • 23. SOLUÇÕES • PA + solubilizantes: • PA + polietilenoglicol-------------------------------------------------------- 19% • PA + hidroxipropil-βciclodextrina ( baixa conc)--------------------- 57% • PA + hidroxipropil-βciclodextrina ( alta conc)------------------------ 89%
  • 24. FATORES FORMA FARMACÊUTICA SUSPENSÕES • dissolução do pó ( propriedades físico-químicas do pó) • viscosidade CÁPSULAS • dissolução do invólucro • dispersão do pó – desagregação do pó • dissolução do pó
  • 25. FATORES FORMA FARMACÊUTICA COMPRIMIDOS • desintegração • desagregação • dissolução
  • 26. FATORES FORMA FARMACÊUTICA • revestimentos gastro-solúveis • revestimentos gastro-resistentes • formas de liberação controlada REVESTIMENTO DE FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS COMPRIMIDOS REVESTIDOS • dissolução do revestimento • desintegração • desagregação • dissolução
  • 27. FATORES FORMA FARMACÊUTICA • excipientes • interações com o fármaco • função específica na forma farmacêutica • modifica o meio em que o fármaco está
  • 28. • diluentes = influenciar a desagregação e dissolução • espessantes = aumentar tempo de retenção no trato gastrointestinal • lubrificantes = dificultar contato com água • desintegrantes = facilitar desintegração de formas sólidas • molhantes ( tensoativos) • aumentar a molhabilidade do pó , formação de micelas • agir como carreadores para aumentar difusão de fármacos na parede intestinal Efeito de excipientes na dissolução de formas farmacêuticas
  • 29. • estearato de magnésio * dissolução absorção • bicarbonato de sódio x aspirina alteração de pH absorção • suspensores viscosidade do veículo dissolução absorção • tensoativos molhabilidade do PA dissolução absorção • fenitoína sódica + sulfato de cálcio = absorção lenta + lactose = absorção rápida • carbonato de cálcio x tetraciclina complexo insolúvel absorção • carboximetilcelulose x anfetamina complexo insolúvel absorção • polietilenoglicol x anfetamina complexo insolúvel absorção • talco adsorção de PA absorção
  • 30. Efeito de excipientes na dissolução de formas farmacêuticas
  • 31. FATORES FORMA FARMACÊUTICA • tecnologia de produção • compactação • granulação • granulação via seca • granulação via úmida • granulação por hot melt • granulação por spray dryier
  • 32. FATORES FÍSICO-QUÍMICOS E FARMACOTÉCNICOS COEFICIENTE DE PARTIÇÃO DO FÁRMACO Coeficiente de partição (logP) P = conc na fase oleosa conc na fase aquosa
  • 33. PKA DO FÁRMACO • determina o grau de ionização do fármaco em determinado pH • considerar a variação de pH do meio ao longo do trato gastrointestinal • considerar a variação de pH em função da ingestão de alimentos, ação de outros fármacos ou doenças específicas FATORES FÍSICO-QUÍMICOS E FARMACOTÉCNICOS
  • 34. PKA DO FÁRMACO • bases fracas: dissolução maior em meio ácido • ácidos fracos: dissolução maior em meio alcalino FATORES FÍSICO-QUÍMICOS E FARMACOTÉCNICOS
  • 36. Polimorfismo Embora com composições químicas idênticas, os polimorfos apresentam propriedades físico-químicas distintas como solubilidade, taxas de dissolução, estabilidade química, cor e ponto de fusão. Polimorfismo é o fenômeno que os sólidos apresentam de cristalizar-se em mais de uma estrutura cristalina, ou seja, podem ser constituídos de uma mesma molécula e terem estruturas tridimensionais de empacotamento cristalino distintas.
  • 37. Polimorfismo Formas polimórficas da espironolactona Forma 1 Forma 2 Forma 1 Forma 2
  • 38. Polimorfismo Acetato de cortisona = 7 formas Acetato de dexametazona = 4 formas Palmitato de cloranfenicol = 3 formas Fluorcortilona = 2 Prednisolona = 2 Progesterona = 2 Sulfametazina = 2 Sulfapiridina = 6 Tolbutamida = 3
  • 41. Polimorfismo • palmitato de cloranfenicol pode existir em 3 formas polimórficas: A ( estável), B ( metastável) e C ( instável), com solubilidades diferentes • predominância da forma B numa forma farmacêutica aumenta a quantidade de fármaco absorvida • após a dissolução o palmitato de cloranfenicol é hidrolisado e libera a forma livre
  • 42. Polimorfismo Metilprednisolona I = PF 205 / solubilidade em água 0,075mg/mL Metilprednisolona II = PF 230 / solubilidade em água 0,16mg/mL Riboflavina I = PF 291 / solubilidade em água 60mg/mL Riboflavina II = PF 278 / solubilidade em água 80mg/mL Riboflavina III = PF 183 / solubilidade em água 1200mg/mL
  • 43. • solubilidades diferentes • velocidade de hidrólise enzimática difere entre as formas polimórficas ( conversão do éster em base livre) Efeito de polimorfos diferentes na biodisponibilidade
  • 44. Solvatação • geralmente a forma hidratada é menos solúvel que a forma anidra: cafeína, teofilina, glutetimida • cristalização simultânea de moléculas do solvente • hidratos cristalinos x anidros • solvatos polimórficos • solvatos pseudopolimórficos Ampicilina anidra é mais solúvel que a forma triidratada e apresenta maior biosiponibilidade anidra triidratada
  • 45.
  • 47. Equação de Noyes- Whitney dC/dt = D A ( Cs – C) h dC/dt = velocidade de dissolução do PA D = coeficiente de difusão do PA em solução nos fluidos gastrointestinais A = área da partícula Cs= solubilidade de saturação do PA em solução na camada difusional C= concentração de PA nos fluidos gastrointestinais H = espessura da camada difusional
  • 48. Estratégias para aumentar a solubilidade ou aumentar a área de superfície disponível para dissolução I- Formulação e processos de produção II – Modificações físicas Modificar o tamanho de partícula: micronização, nanosuspensões Considerar forma polimórfica e estado anidro/hidratado Complexação (ciclodextrinas) Solubilização (solubilização micelar) Dispersão do fármaco em carreadores: dispersões sólidas, soluções sólidas III- Modificações químicas Pro-fármacos solúveis Sais
  • 49. FORMAÇÃO DE COMPLEXOS • o fármaco pode formar complexos ( mais ou menos solúveis) com substâncias presentes na forma farmacêutica ou com substâncias presentes nos fluidos do trato gastrointestinal • estreptomicina x mucina = baixa absorção • tetraciclina x cálcio da dieta = baixa absorção • tetraciclina x cálcio (fosfato dicálcico) = baixa absorção • anfetamina x CMC= baixa absorção • fenobarbital x PEG 4000 = baixa absorção • dicumarol é mais solúvel em leite devido à presença de caseína e possibilita níveis plasmáticos 5x maiores • griseofulvina tem absorção aumentada com ingestão de alimentos gordurosos
  • 50. Complexos com ciclodextrinas • ciclodextrinas : complexação com miconazol aumentou em 55 x sua solubilidade e apresentou o dobro de biodisponibilidade • fármacos associados com ciclodextrinas: piroxicam, itraconazol, indometacina, pilocarpina, naproxeno, hidrocortizona, diazepan Ciclodextrinas são oligossacarídeos cíclicos formando anéis de 6, 7 ou 8 unidades. O “anel” é cilíndrico com a superfície externa hidrofílica e a superfície interna não-polar. Estas estruturas podem formar complexos de inclusão com moléculas apolares.
  • 52. Inclusão de um fármaco em ciclodextrinas FLORENCE, ATWWOD, 2003
  • 53. Inclusão de um fármaco em ciclodextrinas RAMA, A.C., 2005
  • 54. Solubilização micelar Preparação de uma solução termodinamicamente estável de uma substância que é normalmente insolúvel ou muito pouco solúvel num dado solvente pela introdução de um componente anfifílico . A partir de uma certa concentração ( CMC – concentração micelar crítica), as moléculas anfifílicas formam agregados ou micelas em solução. As micelas formadas por substâncias anfifílicas acima de sua CMC podem incorporar e solubilizar moléculas de outras substâncias insolúveis ou pouco solúveis em determinado meio.
  • 55. Dispersões sólidas Formulações de dispersões sólidas para obtenção de um sistema no qual a cristalinidade da droga seja alterada a ponto de mudar sua solubilidade e velocidade de dissolução e recobrir intimamente a droga com material solúvel em água. Uma solução sólida compreende soluto e solvente – um soluto sólido molecularmente disperso em um solvente sólido: os dois componentes cristalizam-se juntos em um sistema homogêneo unifásico.
  • 56. Dispersões sólidas Soluções sólidas Soluções sólidas de uma droga pouco solúvel em água dissolvida em carreador com boa solubilidade aquosa. A droga está molecularmente dispersa no carreador. Métodos de preparo de soluções sólidas: -“hot melt”: aquecer droga e carreador juntos ate fusão das substâncias - método do solvente: dissolver droga e carreador num solvente comum e evaporar o solvente Ex: griseofulvina e PVP foram dissolvidos em clorofórmio e após evaporação do solvente obteve-se uma dispersão sólida, o que aumentou 11 vezes sua liberação comparado com droga micronizada.
  • 57. Dispersões sólidas Carreadores mais usados • polietilenoglicóis (PEG) • polivinilpirrolidoa ( PVP) • polivinilpirrolidona e álcool polivinílico (PVP/PVA) ou crospovidona • derivados de celulose (HPC, HPMC, CMEC, HPMCP) • poliacrilatos e polimetacrilatos • uréia • polióis: manitol, sorbitol
  • 58. Uso de pró-farmacos Uso de sais mais solúveis
  • 59. Solubilidade em água de alguns fármacos e seus sais Substância mL de água necessários para dissolver 1g da substância Atropina 455 Sulfato de atropina 0,5 Codeína 120 Sulfato de codeína 30 Fosfato de codeína 2,5 Morfina 5000 Sulfato de morfina 16 Fenobarbital 1000 Fenobarbital sódico 1 Procaína 200 Cloridrato de procaína 1
  • 60. Solubilidade em água de alguns fármacos e seus sais
  • 61. Referências Bibliográficas Ansel HC, Popovich NG, Allen Jr, LV. Formas farmacêuticas de sistemas de liberação de fármacos. 6 ed., Willians & Wilkins, Baltimore, EUA. Tradução editorial Premier, 2000. Aulton, M.E. Delineamento de formas farmacêuticas.2ª edição.Artmed Editora, 2005. Florence, A.T.; Attwood, D. Princípios Físico-Químicos em Farmácia. Tradutores Zuleika Rothschild et al. Editora da Universidade de São Paulo, 2003. Fraceto, L.F. Caracterização do complexo de inclusão ropivacaína-βciclodextrina. Químina Nova, v.3, n.5, p.1203-1207, 2007. Hörter, D.; Dressman, J.B. Influence of physicochemical properties on dissolution of drugs in the gastrointestinal tract. Advanced Drug Delivery Reviews, v.46, p.75-87, 2001. Rama, A.C et al. Aspectos biofarmacêuticos da formulação de medicamentos para neonatos. Fundamentação da complexação de indometacina com hidroxipropil- βciclodextrina para tratamento oral do fechamento do canal arterial.Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v.41,n.3, p.281-299, 2005.