Aula preparada para apresentação de webinar Proqualis Medicação sem danos : o terceiro desafio global da OMS, preparado por Mario Borges Rosa - presidente do Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos (ISMP-Brasil) em 27 de junho de 2017
Aula 1: Assistência segura a gestação, parto e puerpério na Covid-19 - Esther...
Medicação sem danos: o terceiro desafio global da OMS
1.
2. Declaração de Conflito de Interesses
Declaro não apresentar conflitos de
interesse que possam ser relacionados à
minha apresentação
3. A OMS lançou em março de 2017 o Desafio Global “Uso Seguro de“Uso Seguro de
Medicamentos”Medicamentos”
4. Porque o novo desafio global da
Organização Mundial da Saúde é Uso
Seguro de Medicamentos?
5. Práticas inseguras e erros de medicação = uma das maiores
causas mundiais de danos evitáveis em pacientes;
Prejuízos de 42 bilhões de dólares americanos por ano;
Pacientes em países em desenvolvimento: sofrem o dobro de
eventos adversos relacionados a medicamentos;
OMS: Gravidade dos Erros de Medicação IOMS: Gravidade dos Erros de Medicação I
Mário Borges
6. Erros de medicação ocorrem quando:
Sistemas de utilização de medicamentos inseguros
++
Fatores humanos: fadiga, fatores ambientais,
condições de trabalho inadequadas, falta de pessoal
Erros de administração são mais frequente, mas existem riscos
em todas as etapas do processo de utilização (prescrição,
transcrição, dispensação, administração e monitorização)
OMS: Gravidade dos Erros de Medicação IIOMS: Gravidade dos Erros de Medicação II
Mário Borges
7. ATENÇÃO PRIMÁRIA: cada vez maisATENÇÃO PRIMÁRIA: cada vez mais
importante!importante!
ERROS DE MEDICAÇÃOERROS DE MEDICAÇÃO
Na assistência hospitalar: 30% dos
eventos adversos;
Na atenção primária: 1ª causa de
eventos adversos (sobretudo entre
idosos)
9. ERROS DE MEDICAÇÃOERROS DE MEDICAÇÃO
PONTOS CRÍTICOS IPONTOS CRÍTICOS I
Falta formação, informação sobre medicamentos e paciente*;
Problemas de comunicação entre a equipe;
Rótulos, embalagem e nomes parecidos dos medicamentos;
Problemas relacionados a material médico-hospitalar e
equipamentos;
COHEN, R. Medication Errors. APhA, 2ª ed. 2006COHEN, R. Medication Errors. APhA, 2ª ed. 2006
10. ERROS DE MEDICAÇÃOERROS DE MEDICAÇÃO
PONTOS CRÍTICOS IIPONTOS CRÍTICOS II
Armazenamento, preparação, dispensação e administração
inseguros;
Problemas relacionados ao ambiente;
Falta de educação/treinamento, orientação e supervisão ;
Tipo de abordagem: cultura de segurança da organização;
Falta de participação do paciente e familiares/cuidadores.
COHEN, R. Medication Errors. APhA, 2ª ed. 2006COHEN, R. Medication Errors. APhA, 2ª ed. 2006
11. Desafio Global de Segurança do Paciente 2017Desafio Global de Segurança do Paciente 2017
Uso Seguro de MedicamentosUso Seguro de Medicamentos
Ações com foco em 4 áreas:
1.pacientes
2.profissionais de saúde
3.medicamentos como produtos
4.sistemas e práticas de medicação
12. Desafio Global de Segurança do PacienteDesafio Global de Segurança do Paciente
Foco de Ação: PacientesFoco de Ação: Pacientes
13. USO SEGURO DE MEDICAMENTOSUSO SEGURO DE MEDICAMENTOS
Paciente:Paciente: cada vez mais importante!
14. O paciente é a última barreira contra o
erro de medicação!
15. Desafio Global de Segurança do PacienteDesafio Global de Segurança do Paciente
Foco de Ação: PacientesFoco de Ação: Pacientes
PRINCIPAL CAUSA DEPRINCIPAL CAUSA DE
ERROS DE MEDICAÇÃOERROS DE MEDICAÇÃO
FALTA DE CONHECIMENTO
SOBRE OS MEDICAMENTOS
Leape et al., JAMA, 1995; Lesar et al., JAMA, 1997; Cohen, 1999,2007; Otero, 2004
16. Desafio Global de Segurança do PacienteDesafio Global de Segurança do Paciente
Foco de Ação: PacientesFoco de Ação: Pacientes
Empoderamento e educação do pacienteEmpoderamento e educação do paciente
Informações adequadas eInformações adequadas e
com linguagem acessívelcom linguagem acessível
DoençaDoença
MedicamentosMedicamentos
18. Estabelecer prioridades paraEstabelecer prioridades para
acompanhamentoacompanhamento
farmacoterapêutico dos pacientes!farmacoterapêutico dos pacientes!
18
Tânia AnacletoTânia Anacleto
19.
20. Desafio Global de Segurança do PacienteDesafio Global de Segurança do Paciente
Foco de Ação: Profissionais de SaúdeFoco de Ação: Profissionais de Saúde
21. INFORMAÇÃO SOBRE MEDICAMENTOSINFORMAÇÃO SOBRE MEDICAMENTOS
COMPARTILHAR CONHECIMENTOSCOMPARTILHAR CONHECIMENTOS
CAPACITARCAPACITAR
TREINARTREINAR
ATUALIZARATUALIZAR
CUIDAR COM SEGURANÇA!CUIDAR COM SEGURANÇA!
22. Desafio Global de Segurança do PacienteDesafio Global de Segurança do Paciente
Foco de Ação: medicamentos como produtosFoco de Ação: medicamentos como produtos
24. Rotulagem, embalagem e nomenclatura de medicamentosRotulagem, embalagem e nomenclatura de medicamentos
Embalagens Similares
ERROS DE MEDICAÇÃO: PONTOS CRÍTICOSERROS DE MEDICAÇÃO: PONTOS CRÍTICOS
27. NOMES DE MEDICAMENTOS SEMELHANTESNOMES DE MEDICAMENTOS SEMELHANTES
Caso Hospital João XXIIICaso Hospital João XXIII
Paciente entra na emergência com fratura exposta de fêmur
28. NOMES DE MEDICAMENTOS SEMELHANTESNOMES DE MEDICAMENTOS SEMELHANTES
Caso Hospital João XXIIICaso Hospital João XXIII
Paciente entra na emergência com fratura exposta de fêmur
Médico prescreve Keflin® (Cefalotina)
29. NOMES DE MEDICAMENTOS SEMELHANTESNOMES DE MEDICAMENTOS SEMELHANTES
Caso Hospital João XXIIICaso Hospital João XXIII
Paciente entra na emergência com fratura exposta de fêmur
Médico prescreve Keflin® (Cefalotina)
Técnico de Enfermagem vai à farmácia e solicita o Keflin®
30. NOMES DE MEDICAMENTOS SEMELHANTESNOMES DE MEDICAMENTOS SEMELHANTES
Caso Hospital João XXIIICaso Hospital João XXIII
Paciente entra na emergência com fratura exposta de fêmur
Médico prescreve Keflin® (Cefalotina)
Técnico de Enfermagem vai à farmácia e solicita o Keflin®
É dispensado o Quelicin® (suxametônio)
31. Caso Hospital João XXIIICaso Hospital João XXIII
NOMES DE MEDICAMENTOS SEMELHANTESNOMES DE MEDICAMENTOS SEMELHANTES
Paciente entra na emergência com fratura exposta de fêmur
Médico prescreve Keflin® (Cefalotina)
Técnico de Enfermagem vai à farmácia e solicita o Keflin®
É dispensado o Quelicin® (suxametônio)
Administrado o suxametônio: paciente morre na maca no maior
pronto-socorro de Minas Gerais
33. O QUE É MAIS EFETIVO NA PREVENÇÃO DE EVENTOSO QUE É MAIS EFETIVO NA PREVENÇÃO DE EVENTOS
ADVERSOS RELACIONADOS A MEDICAMENTOS?ADVERSOS RELACIONADOS A MEDICAMENTOS?
Tânia AnacletoTânia Anacleto
36. Ranking: Estratégias para Redução de ErrosRanking: Estratégias para Redução de Erros
1. Funções obrigatórias
2. Barreiras e “redes de segurança”
3. Automatização + informatização
4. Redundâncias
5. Reparação de erros
6. Padronização e protocolos
7. Fatores que direcionam a performance
(ex.: checklists, lembretes)
8. Regras e políticas
9. Educação
10. Informação
11. Não cometer erros/ ter cautela
↑ confiabilidade
do sistema
↑ confiabilidade
humana
ISMP 2006. SELECTING THE BEST ERROR-PREVENTION "TOOLS" FOR THE JOB
ISMP 2010. ROOT CAUSE ANALYSIS WORKBOOK FOR COMMUNITY/AMBULATORY PHARMACY
37. 1. Funções obrigatórias
Só consegue fazer registro do paciente no hospital...Só consegue fazer registro do paciente no hospital...
...se preencher campo de alergias!...se preencher campo de alergias!
Só consigo digitar a prescrição...Só consigo digitar a prescrição...
...se o peso do paciente for digitado!...se o peso do paciente for digitado!
RANKING: força das estratégias para redução de errosRANKING: força das estratégias para redução de erros
Mário Borges
38. 1. Funções obrigatórias
Se o paciente é alérgico a dipironaSe o paciente é alérgico a dipirona
...não é possível prescrever dipirona ou associação que tenha...não é possível prescrever dipirona ou associação que tenha
dipironadipirona
Se o paciente tem insuficiencia renal...Se o paciente tem insuficiencia renal...
...se o medicamento prescrito precisa de correção o sistema...se o medicamento prescrito precisa de correção o sistema
mostra!mostra!
Mário Borges
RANKING: força das estratégias para redução de errosRANKING: força das estratégias para redução de erros
39. Ranking: Estratégias para Redução de ErrosRanking: Estratégias para Redução de Erros
1. Funções obrigatórias
2. Barreiras e “redes de segurança”
Precreveu a velocidade dePrecreveu a velocidade de
infusão incorreta...infusão incorreta...
Mas a bomba de infusãoMas a bomba de infusão
inteligente sinaliza!inteligente sinaliza!
40. Ranking: Estratégias para Redução de ErrosRanking: Estratégias para Redução de Erros
1. Funções obrigatórias
2. Barreiras e “redes de segurança”
3. Automatização + informatização
41. Dose unitáriaDose unitária Código de Barras por unidadeCódigo de Barras por unidade
Questões importantes no Brasil
Mário Borges
TECNOLOGIAS QUE PREVINEM ERROS DE MEDICAÇÃOTECNOLOGIAS QUE PREVINEM ERROS DE MEDICAÇÃO
42.
43.
44. Implantar o Protocolo de Segurança na
prescrição, uso e administração de
medicamentos
45. PREVENÇÃO DE ERROS DE MEDICAÇÃOPREVENÇÃO DE ERROS DE MEDICAÇÃO
Medidas GeraisMedidas Gerais
Protocolos de Segurança na Prescrição, Uso e Administração
de Medicamentos – MS 2013
46. Desafio Global de Segurança do PacienteDesafio Global de Segurança do Paciente
Foco de Ação:Foco de Ação:
sistemas e práticas de medicaçãosistemas e práticas de medicação
Boas práticas
- Prescrição;
- Dispensação;
- Administração;
- Monitoramento.
47. • Informatizar: prescrição eletrônica - cuidado monitorar erros
• Acesso a informação sobre paciente e medicamentos: Portal
Capes, Aplicativos celular e Prontuário Adequado
• Código de barras
• Revisar as prescrições na farmácia e na enfermagem
• Educação permanente sobre uso seguro de medicamentos
PREVENÇÃO DE ERROS DE MEDICAÇÃO - Medidas GeraisPREVENÇÃO DE ERROS DE MEDICAÇÃO - Medidas Gerais
Protocolos de Segurança na Prescrição, Uso e Administração
de Medicamentos – MS 2013
48. Remoção de eletrólitos concentrados especialmente cloreto
de potássio dos estoques
Redução de mortes por injeção inadvertida de 12, em 1997, para
1 em 1998 e 1999.
Protocolos de Segurança na Prescrição, Uso e Administração
de Medicamentos – MS 2013
49. Medicamentos Potencialmente PerigososMedicamentos Potencialmente Perigosos
(MPP) – Por quê? * 50%(MPP) – Por quê? * 50%
* Winterstein et al., 2002 – 50% dos danos graves evitáveis
Lista Completa MPP:
ISMP Brasil:http://www.ismp-brasil.org/
50. PREVENÇÃO DE ERROS DE MEDICAÇÃOPREVENÇÃO DE ERROS DE MEDICAÇÃO
Trabalhamos com Medidas com Evidência Científica?Trabalhamos com Medidas com Evidência Científica?
Institute of Medicine: Medication Errors, 2007.
51. PREVENÇÃO DE ERROS DE MEDICAÇÃOPREVENÇÃO DE ERROS DE MEDICAÇÃO
Medidas com Evidência CientíficaMedidas com Evidência Científica
SHEKELLE, et al. Making heath care safer. Agency for Health Research and
Quality, 2013. www.ahrq.gov/research/findings/evidence-based
-reports/ptsafetyuptp.html
52. PREVENÇÃO DE ERROS DE MEDICAÇÃOPREVENÇÃO DE ERROS DE MEDICAÇÃO
Medidas com Evidência CientíficaMedidas com Evidência Científica
SHEKELLE, et al. Making heath care safer. Agency for Health Research and
Quality, 2013. www.ahrq.gov/research/findings/evidence-based
-reports/ptsafetyuptp.html
60. Mário Borges
USO SEGURO DE MEDICAMENTOS: o que temos de novo?USO SEGURO DE MEDICAMENTOS: o que temos de novo?
Segurança do uso de medicamentos relacionados a
nomes, embalagens e rótulosnomes, embalagens e rótulos
Dor nos membros inferiores seguida por fraqueza muscular progressiva de distribuição geralmente simétrica e distal que evolui para diminuição ou perda dos movimentos de maneira ascendente com flacidez dos músculos
Perda dos reflexos profundos de início distal, bilateral e simétrico a partir das primeiras horas ou primeiros dias
Sintomas sensitivos: dor neurogênica, queimação e formigamento distal
Pode haver alteração da deglutição devido a acometimento dos nervos cranianos XII, X e IX (relacionados com a deglutição), e paralisia facial por acometimento do VII par craniano (que inerva os músculos da face); a paralisia facial pode ser bilateral
Comprometimento dos centros respiratórios com risco de parada respiratória
Sinais de disfunção do sistema nervoso autônomo traduzidos por variações da pressão arterial (pressão alta ou pressão baixa), aumento da freqüência ou arritmia cardíaca, transpiração, e, em alguns casos, alterações do controle vesical e intestinal
Alteração dos movimentos dos olhos decorrente de acometimento do III, IV e VI nervos cranianos e ataxia cerebelar (déficit de equilíbrio e incoordenação) associada a ptose palpebral (pálpebra caída) e perda dos reflexos sobretudo na variante Miller-Fisher
Assimetria importante da fraqueza muscular ou da perda de movimento, distúrbios graves de sensibilidade e disfunção vesical ou intestinal persistentes induzem questionamentos embora não excluam o diagnóstico
Altas doses de imunoglobulinas (anticorpos), administradas por via intravenosa podem diminuir o ataque imunológico ao sistema nervoso. O tratamento com imunoglobulinas pode ser utilizado em substituição à plasmaferese com a vantagem de sua administração ser mais fácil. Não se conhece muito bem o mecanismo de ação deste método.
While some of these can be effective…there are limits to what they can accomplish because they inevitably encounter characteristics of peole that may curtail their effectiveness…complacent and less vigilent even when technology involved…. Victimized by the normal reliabilily and promises of technology
While some of these can be effective…there are limits to what they can accomplish because they inevitably encounter characteristics of peole that may curtail their effectiveness…complacent and less vigilent even when technology involved…. Victimized by the normal reliabilily and promises of technology
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While some of these can be effective…there are limits to what they can accomplish because they inevitably encounter characteristics of peole that may curtail their effectiveness…complacent and less vigilent even when technology involved…. Victimized by the normal reliabilily and promises of technology