O documento discute a humanização no ambiente hospitalar, definindo-a como o ato de considerar o paciente como um ser humano completo com necessidades físicas, psicológicas e sociais, e não apenas como uma doença. A humanização busca promover a interação entre equipe médica, familiares e pacientes de forma a proporcionar bem-estar durante a internação.
2. Humanização
“O que se denomina quadro clínico não
é apenas a fotografia de um homem
doente no leito; é uma pintura
impressionista do paciente circundado
por sua família, seu trabalho, suas
relações, suas alegrias, seus pesares,
suas esperanças e seus medos”.
Francis Weld Peabody
3. Humanização
Considerando o paciente como alguém que
possui necessidades, desejos, medos e
angústias e não somente como uma doença a
ser tratada, atividades diferenciadas que o
levem a um bem estar físico e psíquico podem
e devem ser realizadas de modo a tornar mais
fácil seu dia-a-dia no hospital. Sendo assim, a
humanização aparece como uma forma de
prover a interação entre a equipe médica, a
família e o paciente.
4. Humanização
Humanizar o ambiente hospitalar é resgatar e
fortalecer o comportamento ético, articular o
cuidado técnico-científico, com o cuidado que
incorpora a necessidade de acolher o
imprevisível, o incontrolável, o diferente e
singular. Mais do que isso, humanizar é adotar
uma prática em que profissionais e usuários
considerem o conjunto dos aspectos físicos,
subjetivos e sociais, assumindo postura ética
de respeito ao outro, de acolhimento do
desconhecido e de reconhecimento de limites.
5. Humanização
Humanizar é garantir a palavra a sua
dignidade ética, ou seja, para que o
sofrimento humano e as percepções
de dor ou de prazer no corpo sejam
humanizados é preciso que as
palavras expressas pelo sujeito sejam
entendidas pelo outro.
6. Humanização
Humanização é o desejo de levar em
consideração as necessidades
verdadeiras do paciente, não sendo
unicamente materiais, mas também
psicológicas e da personalidade do
doente.
Reintroduzir o humano no
funcionamento do hospital.
7. Humanização
Não reduz o paciente ao papel de
uma usina de órgãos danificados,
podendo desta forma possibilitar que
cada paciente continue vivendo como
ser humano.
Para humanizar o ambiente é preciso
desenvolver algumas características
(estruturais e pessoais), relevando a
individualidade de cada paciente.
8. Humanização
Em um dos hospitais pesquisados foi
constatado que, em caso de residentes,
em um dos partos e em intervalo de
menos de duas horas, três pessoas
chegaram para uma paciente e, sem se
apresentar ou lhe dirigir a palavra,
fizeram toques vaginais que sequer
foram registrados nos prontuário –
DESPERSONALIZAÇÃO!!!
9. Humanização
A humanização na área de saúde
abrange desde o contato com o
paciente até o atendimento de
familiares.
O médico deve integrar os recursos
tecnológicos com a compreensão da
personalidade do paciente e suas
reações.
Compreensão da realidade para se
propor estratégias de humanização.
10. Humanização
Preocupação atual e contínua dos
profissionais da saúde.
O cuidado com a existência do ser
doente hospitalizado.
Humanização: disposição dos
equipamentos, ergonomia, melhoria
nas relações humanas em ambiente
de saúde, etc.
11. Humanização
O Ministério da Saúde criou o
Programa Nacional de Humanização
da Assistência Hospitalar (PNHAH).
Promover uma mudança de cultura
no atendimento de saúde.
Grupos de Trabalho de Humanização.
12. Humanização
Projetos de humanização: Difundir os
benefícios da assistência humanizada,
pesquisar pontos críticos de
funcionamento da instituição, propor
mudanças que possam beneficiar os
usuários e profissionais de saúde e
melhorar a comunicação e a
integração do hospital com a
comunidade.
13. Humanização
Projeto Canguru; Incentivo ao
aleitamento materno; Brinquedoteca;
Salas de conforto; Intervenções
ambientais; Permanência da família 24
horas; Unidades adaptadas; Hospital
Amigo da Criança; Grupos de apoio;
Salas para atividades psicoterapêuticas;
SAC; Política “posso ajudar”; Sinalização
interna e externa; Programa de
Qualidade de Vida dos Pacientes (ex.:
tabagismo).
14. Humanização
Indicadores que refletem humanização:
Manejo da dor; manejo de pacientes
terminais; reconciliação medicamentosa;
uso de restrição; identificação do
paciente; adesão ao parto normal;
vigilância, prevenção e monitoramento
da infecção hospitalar; identificação de
risco psicológico; otimização de
recursos, adesão e diretrizes de
protocolos clínicos.
15. Humanização
Humanizar significa associar
ambiente físico, tecnologia avançada
e recursos humanos para garantir
uma assistência completa ao paciente
e familiar.
17. Humanização
Todo o profissional deve identificar-se
pelo nome ao receber o paciente,
demonstrando disponibilidade para
atendê-lo;
Todo o paciente deve ser tratado pelo
nome e não pelo número do leito ou
pela doença;
Oferecer segurança física e emocional;
Saber ouvir e valorizar as queixas;
18. Humanização
Aliviar a dor e o sofrimento com
todos os recursos tecnológicos,
farmacológicos e psicológicos;
Proporcionar privacidade;
Respeitar, apoiar e acolher os
momentos difíceis dos familiares;
Respeitar e colaborar com os outros
profissionais;
19. Humanização
Demonstrar paciência;
Ser tolerante em situação de conflito;
Permitir a visita de representantes
religiosos;
Incentivar a visita dos familiares;
Oferecer informações e clarificar
dúvidas;
Individualizar a assistência de acordo
com cada paciente.
20. Humanização
O psicólogo hospitalar encontra-se numa posição
estratégica, sendo um intermediário entre a equipe
hospitalar e o paciente e sua família e para tanto, em
alguns hospitais, conta com o auxílio do trabalho de
voluntários. Com o objetivo de demonstrar o psicólogo
como mediador no processo de tratamento de uma
enfermidade, por meio de um trabalho integrado, neste
artigo demonstra-se o psicólogo como elo humanizador,
onde a sua atuação deve ir além da visão médica do ser
humano para lidar da melhor forma possível com
situações diversas que vão além da rotina hospitalar.
21. Humanização
A comunicação constitui um dos
pilares básicos que sustenta a
filosofia e os preceitos da
humanização.
22. Transformar discurso em indicadores
de qualidade e de humanização:
Estruturais: planta física, qualidade e
quantidade de equipamentos e tipos de
móveis;
Processo: fluxos entre setores, relação
entre equipes.
24. Souza (2004) afirma que humanização
não é apenas uma questão de
mudança das instalações físicas, é
principalmente uma mudança de
comportamento e atitudes frente ao
paciente e seus familiares.
25. Angerami (2002) entende que
“para que haja saúde integral,
a instituição hospitalar deve
compor-se de uma equipe
multiprofissional centrada no
paciente”.
27. “Não existe discurso de qualidade ou
de humanização que se sustente se
não colocarmos atenção na nossa
comunicação verbal e não-verbal...
(Silva, 2002)”.
28. Comunicação
Comunicação vem do latim comunicare =
por em comum.
Comunicação = conteúdo + sentimento.
É difícil ter controle e consciência da
comunicação não-verbal; na dúvida é
nela que confiamos.
29. Comunicação adequada
Capacidade de troca com o outro;
habilidade em correlacionar o saber do
outro com o nosso saber;
coerência entre comunicação verbal e
comunicação não-verbal.
30. Finalidades da Comunicação Não-
verbal:
Complementar a comunicação verbal;
contradizer o verbal;
substituir o verbal;
demonstrar sentimentos.
31. Comunicação não-verbal:
“Cuidar é quando eu vejo que você é
capaz de sorrir e sentir-se feliz no
desempenho do seu trabalho”.
“Cuidar é quando você me faz sentir
seguro em suas mãos”.
32. “Cuidar é quando você me faz sentir
que também serei capaz de me virar;
espero quando chegar a minha vez”.
“Cuidar é quando você me faz sentir
especial, embora eu seja como as
outras pessoas também são”.
33. “Cuidar é quando você não me vê
apenas como um moribundo, e assim
me ajuda viver”.
“Cuidar é quando ouço minha família
falar bem de você e sentir-se
confortada na sua presença”.
34. “Existe no silêncio uma tão
profunda sabedoria que às vezes
ele se transforma na mais perfeita
das respostas”. (Fernando Pessoa)
35. “Aquilo que você é fala tão alto
que não consigo ouvir o que você
me diz”. (filósofo Emerson)
36. Algumas atitudes influenciam um
atendimento otimizado:
Apresentação e postura impecáveis;
bom humor e empatia;
gentileza e tranqüilidade;
disposição, rapidez e precisão;
sinceridade e compromisso;
comunicação correta.
37. Pequenas modificações no
comportamento:
Postura frontal
Fogo, parada,
socorro
Toque
resultado do
tratamento
postura lateralizada
desculpe, estou com
você, sinto muito
invasão
qualidade do
atendimento
39. Segundo Camon (1998), humanizar é
individualizar a assistência frente às
necessidades de cada paciente, dando
a eles o tratamento que merece como
pessoas humanas.
40. Voluntariado
A preocupação com a responsabilidade social tem
se tornado cada vez mais crescente, e o número de
voluntários tem aumentado nas diferentes áreas da
sociedade, o mesmo acontece nos hospitais. Essa
preocupação com o bem estar do paciente e com a
humanização no ambiente hospitalar torna-se cada
vez mais notória, seja com atividades voltadas aos
mesmos ou visitas periódicas aos pacientes que
passam por longos períodos de internação.
41. Voluntariado
Entendendo-se como voluntário a
pessoa que, motivada pelos valores
sociais de participação e
solidariedade, doa seu tempo,
trabalho, talento, de maneira
espontânea e sem remuneração, o
que beneficia tanto o trabalho da
equipe médica como o próprio
paciente.
42. Voluntariado
Os voluntários podem criar um
diferencial significativo na atuação
ação social da instituição. O
profissionalismo e a responsabilidade
por compromissos são essenciais para
o desenvolvimento e a continuidade
de projetos sociais.
43. Voluntariado
Estados Unidos: 49% da população adulta
realiza algum tipo de trabalho voluntário,
sendo que um quarto dela despende de cinco
ou mais horas nessa atividade.
Brasil: 22,6% dos adultos no Brasil doam
alguma parte de seu tempo para realizar ações
voluntárias em instituições ou para ajuda de
pessoa física fora de suas relações mais
próximas.
44. Voluntariado
Cidadão comum de diversas idades, rendas,
níveis educacionais e filiações religiosas. A
média de horas dedicadas aos serviços
voluntários é de 74 horas por ano, ou de 6
horas mensais. Das atividades realizadas, 58%
se realizam em instituições religiosas e 16,7%
na área de assistência social.
45. Voluntariado
A área da saúde recebe, apenas, 6,5%
de dedicação. Dessas ações, mais da
metade estão ligadas à manutenção
quotidiana da infra-estrutura das
organizações, como: trabalho em
escritório, manutenção das
dependências e outros serviços gerais,
os quais não requerem maiores
qualificações por parte dos voluntários.