O documento discute as rupturas e continuidades na informação, participação e transparência nas campanhas eleitorais digitais. Ele descreve como as redes sociais expõem as pessoas a novas perspectivas e como os candidatos precisam se engajar nessas plataformas de forma genuína. Também discute os desafios de manter o controle sobre as interações online e a necessidade de maior transparência nas campanhas digitais.
3. Informação
a) Usuário tem acesso a perspectivas de mundo
diversas e a informações que, voluntariamente, não
buscaria ou não tomaria conhecimento;
Twitter: efeito de repercussão. Usuários e jornalistas
interessados nos TTs. Termômetro Instantâneo da opinião
pública. Retroalimentação (redes sociais > campo
jornalístico > redes sociais > campo jornalístico...)
Facebook: efeito network. Amigos que curtem ou
compartilham um link levam os usuários a verem
conteúdo que eles não procurariam ou não seriam
expostos por iniciativa própria.
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5. Fontes de informação política no ambiente digital.
1) cobertura promovida pela imprensa convencional:
grandes portais de instituições jornalísticas ou seus perfis
em redes sociais:
2) comitês de campanhas de cada candidato: vídeos, fotos,
áudios e textos, além da agenda de seus assessorados,
históricos, feitos, promessas e afins.
3) usuários que encaminham ou elaboram conteúdos
próprios (YouTube, Flickr).
b) Concorrência mais acirrada por atenção dos
eleitores; candidatos têm necessidade de irem até o
usuário por intermédio dos diversos canais de
comunicação disponíveis.
6. c) A questão não é mais apenas convidar o usuário a acessar
o site: é necessário que o conteúdo seja atraente para
manter uma visitação regular e, assim, promover o
consumo freqüente de um “pacote de atualizações”;
Estratégias adicionais de
mobilização;
Ex: 1º debate virtual UOL x
debate virtual paralelo de Plínio
de Arruda, que o levou ao topo
dos TT-Br.
7. Participação
a) Uma estratégia comum para se captar a atenção é
oferecer reciprocidade. Provavelmente aqui está a
relevância mais candente das redes sociais.
O canidato deve manter algum tipo de intimidade com as
ferramentas digitais de comunicação caso queira parecer
moderno, genuíno e aberto às intervenções do público
(atraindo, assim, eleitores simpáticos a tal disposição).
Candidatos respondendo à perguntas. #PergunteaoSerra, na
qual os eleitores poderiam enviar perguntas ao candidato, que
tem disposição em respondê-las. Proposta Serra: proposta de
governo colaborativo.
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11. b) A intenção dos candidatos é a de que os
usuários participem. O que não se quer é que se
participem de qualquer forma. Mas, na prática, é
difícil manter o controle sobre todas as
circunstâncias participativas disponíveis.
Um exemplo disso é incidente da “bolinha de papel”,
que inicialmente foi tratado como agressão.
Repercussões do caso, no entanto, inverteram a
abordagem do tema e geraram perfis como @bolinha
de papel e o jogo online para se atirar bolinhas no
candidato.
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14. c) Os candidatos querem ser associados à idéia de
participação, uma vez que tal disposição conta
para a construção de uma imagem pública
favorável. No entanto, a manutenção de perfis e
de ferramentas interativas mais sofisticadas
acaba por comprometer a própria unidade da
mensagem que a candidatura se esforça em
propagar.
Campanhas negativas. Cartas-corrente por email.
Vídeos no You Tube. Blogs “de ataque” e também “de
defesa”.
15. Transparência
a) Faz-se necessária maior abertura e
transparência a fim de valorizar da efetividade
da participação do cidadão na campanha.
É necessário mostar que a participação do eleitorado
também tem limites. Tal disposição acaba por reforçar
a credibilidade das formas de condução da campanha
e conquista do voto.
16. b) Os eleitores demandam saber quem controla
os diferentes perfis existentes (em redes sociais,
por exemplo) e valorizam, especialmente, aqueles
geridos pelos próprios candidatos.
Todos os candidatos pregaram ter usado diretamente
o perfil no twitter. Plínio de Arruda novamente
inovou mais, ao postar quando o perfil era usado pela
assessoria.
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19. c) Surgem mais iniciativas digitais de
transparência pela esfera civil. Exemplos
acabaram se tornando proeminentes durante as
campanhas de 2010 e gerando uma relativa
repercussão nas mídias e entre os eleitores.
Iniciativas online da esfera civil para monitorar as
campanhas. Exemplos: Eleitor 2010: denuncie
irregularidades.
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23. d) Tais demandas, entretanto, ainda foram pouco
efetivas em conseguir maior transparência das
campanhas, que continuam exibindo apenas
aquilo que lhes é interessante do ponto de vista
tático.
24. Apontamentos Finais
1) As exigências tecnológicas feitas aos candidatos se
tornam cada vez maiores.
Antes, bastava ter um e-mail para que o candidato tivesse
assegurada uma presença relevante na Internet. Depois, era
suficiente ter um site. De algumas eleições para cá, é
necessário estar conectado em todas as redes sociais,
atualizando informações a qualquer minuto.
25. Apontamentos Finais
2) Aliás, as mesmas exigências de aperfeiçoamento feitas
à democracia como um todo vão sendo feitas aos
representantes públicos eleitos e aos que ainda são
apenas candidatos.
3) Não se pode esquecer o contexto de cada eleição, bem
como a posição de cada candidato – que acaba por
influenciar as formas de uso dos media digitais. Em
disputas acirradas, há tendência em controlar com
maior afinco o fluxo de mensagens. Candidatos em busca
de crescimento nas intenções de voto se mostram mais
abertos a arriscarem uma comunicação mais agressiva.