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A2          CORREIO POPULAR
            Campinas, sábado, 18 de agosto de 2012                     Editor: Rui Motta rui@rac.com.br - Editora-assistente: Ana Carolina Martins carol@rac.com.br - Correio do Leitor leitor@rac.com.br




                                                                                “Brasileiro não quer ver jagunços na tela”
Opinião         opinião@rac.com.br
                                                                                Fernando Meirelles, no Festival de Gramado, ao anunciar por que desistiu de dirigir Grande Sertão: Veredas, de Gui-
                                                                                marães Rosa.




                                                                                  dalcio

 dines
 Risco-Brasil:
 motins
 O Rio de Janeiro foi seques-             O governo demorou mui-
 trado na última quarta-feira         to para reagir, esquecido da
 durante grande parte do              sua condição de defensor
 dia por conta de uma car-            do interesse público. Só na
 reata de três mil vans que           sexta-feira acordou quando
 parou a cidade de ponta a            o Advogado-Geral da
 ponta. “Queremos usar nos-           União, Luís Inácio Adams,
 sa ferramenta de trabalho            condenou os excessos dos
 para obrigar a prefeitura a          grevistas, o absurdo de algu-
 aceitar nossas reivindica-           mas reclamações e a radica-
 ções”, declarou um dos or-           lização das manifestações.
 ganizadores referindo-se,            A esta altura, diante do mo-
 com certeza, aos tecelões in-        dismo dos motins, o murro
 gleses que usaram martelos           na mesa deveria ter sido da-
 para quebrar os teares me-           do de forma mais robusta,
 canizados no início da Revo-         ruidosa e explícita, de prefe-
 lução Industrial há mais de          rência pela grande especia-               AMBIENTE
 três séculos.                        lista em matéria de broncas
     A manifestação foi orga-         arrasadoras — Sua Excelên-
 nizada por um candidato a
 vereador, algumas das rei-
 vindicações são justas e es-
 tavam sendo examinadas
                                      cia, a Presidente da Repúbli-
                                      ca.
                                          A Justiça do Trabalho
                                      precisa capacitar-se de que
                                                                                A desarborização de
 pelas autoridades, mas só
 poderão ser atendidas de-
 pois das eleições por força
 da legislação. Para quem
                                      o direito de greve não pode
                                      sobrepor-se aos interesses
                                      majoritários, a disputa legíti-
                                      ma entre empregados e em-
                                                                                Campinas
 não vive no Rio: o sistema           pregadores não pode sacrifi-
 de vans da cidade está infil-        car os inocentes, aqueles                  JOSÉ HAMILTON DE                          poda, em nossa cidade, tem                mutilados, vandalizados e              de maneira subterrânea é
 trado por milícias crimino-          que merecem as atenções                    AGUIRRE JUNIOR E                          sido realizada indiscrimina-              destruídos. Nossa cidade es-           usual nas localidades desen-
 sas como forma de lavagem            de ambos. Os chamados                      CARLOS ALBERTO GOMES                      damente e desprovida de cri-              tá árida e desprovida dos be-          volvidas, menos em Campi-
 de dinheiro.                         “serviços mínimos” consti-                 HENRIQUES                                 térios técnicos. Extrações                nefícios desfrutáveis quando           nas, polo nacional de tecno-
     Uma “operação-padrão”            tuem um avanço democráti-                                                            têm seguido a mesma condi-                se convive, harmoniosamen-             logia e um dos maiores PIBs
 da Polícia Federal parou ae-         co que não podem ser des-                                                            ção.                                      te, com o verde.                       do País!
 roportos e portos na alta            considerados, apesar do no-                                                             Evidenciam-se, a cada                      Assistimos ao reinado ab-             A realidade municipal só
 temporada quando chegam              me não podem ser minimi-                  Os ataques à arborização ur-               operação de manejo da arbo-               soluto da rede de energia ex-          mudará quando agirmos cor-
 os turistas do Hemisfério            zados, ao contrário, a socie-             bana de Campinas recome-                   rização viária e das áreas pú-            posta e obsoleta! A poluição           retamente, e compreender-
 Norte; uma parede da polí-           dade justa e desenvolvida                 çaram. Em plena véspera                    blicas municipais, o despre-              visual, a degradação urbana            mos a arborização como
 cia rodoviária federal seccio-       exige que sejam maximiza-                 eleitoral, percebem-se ações               paro e a má gestão de nossa               e ambiental dessa alternati-           uma grande rede viva, presta-
 nou o País e impediu a cir-          dos. A queda de braço entre               absurdas de depredação do                  vegetação: uma política pre-              va deletéria, persiste como            dora de serviços ambientais.
 culação de mercadorias, al-          o capital e o trabalho ou, no             nosso patrimônio ambiental.                judicial continuada, seguida-             marca de operação da con-              A sustentabilidade e a sobre-
 gumas perecíveis, no mo-             caso, entre poder e contra-               Nossas árvores, tão maltrata-              mente alardeada, sem, no en-              cessionária local.                     vivência urbana dependem
 mento em que a economia              poder, não pode sacrificar o              das, combalidas, descaracte-               tanto, obterem-se quaisquer                   Mundialmente, em na-               dela. Doenças causadas pela
 do País emitia sinais de es-         bem-estar da sociedade                    rizadas e mutiladas enfren-                reversões comportamentais.                ções e lugares que prezam o            poluição, baixa umidade do
 tagnação; a greve nas uni-           nem a sua segurança.                      tam nova devastação, no ru-                   Acompanhamos, dia a                    bem-estar de sua população,            ar e exposição ao sol, junta-
 versidades federais está                 A “operação-padrão” é                 mo a seu triste e tenebroso fi-            dia, a derrocada das majesto-             o enterramento da rede de              mente aos problemas das ci-
 comprometendo drastica-              um duplo escárnio: escan-                 nal.                                       sas paineiras da Orosimbo                 energia aérea, a remoção de            dades como ilhas de calor,
 mente o atendimento médi-            cara as deficiências dos nos-                A mais nova e perceptível               Maia e de incontáveis outras              postes, o rebaixamento da              poluição, enchentes, descon-
 co da população em todo o            sos paradigmas de atendi-                 destruição está evidenciada                árvores urbanas, abandona-                iluminação pública e o com-            forto ambiental e térmico po-
 País, em alguns estados es-          mento e exibe a estultice                 na Praça José M. de Souza,                 das à própria sorte.                      partilhamento de redes de              dem ser amenizados e evita-
 tão praticamente suspen-             dos que imaginam estar na                 ao final da Av. Nossa Sra. de                 Campinas, no passado, re-              serviços públicos, permitem            dos, utilizando-se, racional-
 sos os transplantes de ór-           vanguarda dos movimen-                    Fátima, no Taquaral. Ela é o               ferência nacional pela sua                a preservação das árvores e            mente, árvores.
 gãos; uma greve dos servi-           tos sociais. O que se con-                resultado da mesma política,               qualidade de vida e exem-                 de todo o seu potencial de                O conhecimento técnico
 dores do Judiciário em Bra-          vencionou chamar de Risco-                de subsequentes administra-                plar arborização é, hoje, um              benefícios, na área urbana. A          devidamente aplicado, o pla-
 sília quase impede o início          Brasil é um sistema múlti-                ções municipais.                           grande cemitério de árvores,              locação adequada dessas re-            nejamento urbano, o ade-
 do julgamento da Ação Pe-            plo de complacências com                     Elevaram e mutilaram as                 além de campo de vegetais                 des, nos leitos carroçáveis,           quado uso do erário, o cum-
 nal 470, vulgo “Mensalão”.           a baderna. De nada adianta-               copas das árvores deste lo-                                                                                                 primento efetivo da Lei
     Um motim tomou conta             rá investir 80 bilhões de                 cal, até a composição de                                                                                                    11571/03, a mudança do pa-
 do Brasil e, ironicamente,           reais em logística e infraes-             aberrações e de exemplares                                                                                                  radigma social priorizando a
 os amotinados são designa-           truturas se a superestrutura              de risco, pela sua total fragili-                                                                                           qualidade de vida, a reestru-
 dos como “servidores públi-          — nossa consciência social                zação. Lindíssimos ipês ama-                                                                                                turação técnica e material
 cos”. São servidores de seus         — está minada pela cruel-                 relos e roxos (Handroanthus                                                                                                 do Departamento de Par-
 interesses e de suas corpora-        dade.                                     spp.), tipuanas (Tipuana ti-                                                                                                ques e Jardins além da vonta-
 ções, o bem público está                                                       pu), jacarandás (Jacaranda                                                                                                  de política para transferi-lo
 acima das manobras e joga-                                                     mimosaefolia), dentre inúme-                                                                                                para a Secretaria de Meio
 das de guildas e gangues.            I I Alberto Dines é jornalista            ras outras árvores foram des-                                                                                               Ambiente são as nossas ne-
                                                                                truídos! O espetáculo das flo-                                                                                              cessidades nesse momento
                                                                                rações, as copas excepcio-                                                                                                  tão desastroso. Não pode-
                                                                                nais, o oferecimento gratuito                                                                                               mos presenciar a desarbori-
                                                                                e generoso de sombra úmi-                                                                                                   zação de Campinas silencio-
                                                                                da, protetora e refrescante,                                                                                                samente; pagaremos caro
                                                                                foram comprometidos por                                                                                                     por esse engano.
                                                                                podas radicais, desnecessá-                                                                                                    Precisamos das árvores
                                                                                rias. A ação do poder públi-                                                                                                bem cuidadas em Campi-
                                                                                co campineiro destruiu déca-                                                                                                nas, de civilidade e de com-
                                                                                das de crescimento, irrespon-                                                                                               prometimento social. Assim,
                                                                                savelmente.                                                                                                                 elas nos refletirão todas as
                                                                                   Na praça e em seu entor-                                                                                                 suas contribuições!
                                                                                no restaram a aridez, a deso-
                                                                                lação e a total desconfigura-
                                                                                ção paisagístico-ambiental.                                                                                                 I I José Hamilton de Aguirre Junior é
                                                                                                                                                                                                            engenheiro florestal, mestre em Arborização
                                                                                Infelizmente, a situação não                                                                                                Urbana; Carlos Alberto Gomes Henriques é
                                                                                é distinta nas ruas, praças e                                                                                               engenheiro-agrônomo, membro da
                                                                                                                                                                                                            Sociedade Protetora da Diversidade das
                                                                                áreas verdes de Campinas. A                                                                                                 Espécies (Proesp)




POLÍTICA                                                                                                                                                             cial inigualável neste mo-             visível no governo petista a
                                                                                                                                                                     mento.                                 falta de interesse de aprova-


Por um País de todos
                                                                                                                                                                        A emenda, aprovada pela             ção deste projeto que eleva
                                                                                                                                                                     Câmara dos Deputados e pe-             o pão de cada dia, bem ao
                                                                                                                                                                     lo Senado, agora está nas              contrário da atuação para
                                                                                                                                                                     mãos da presidente Dilma               atender as gigantes compa-
                                                                                                                                                                     Rousseff.                              nhias como a retirada do im-
                                      zem bloqueio armados em ro-                  Os discursos alimentavam                sória 563/2012 em favor da                   Segundo dados recentes              posto dos automóveis novos
VANDERLEI
MACRIS                                dovias, passeatas nas princi-             sonhos de “a nossa vez” e                  retirada dos impostos da ces-             do Departamento Intersindi-            e da linha branca.
dep.vanderleimacris@camara.gov.br     pais capitais, servidores acam-           “fim dos impostos”, quando                 ta básica. Sem impostos, os               cal de Estatística e Estudos              A isenção de impostos na
                                      pam em faculdades, portos                 nem um e nem outro objeti-                 alimentos podem ficar até                 Socioeconômicos (Dieese) a             cesta básica teria grande im-
                                      estão paralisados, agentes da             vo foi atingido.                           R$ 28 mais baratos, deixan-               cesta básica ficou mais cara           pacto em todo o País, afinal,
                                      polícia federal interrompe-                  Por anos, o Partido dos                 do a mesa dos brasileiros                 em 17 capitais do País.                uma boa alimentação garan-
A cada dia o nosso País, deno-        ram investigações e o setor               Trabalhadores fez alarde                   mais farta e beneficiando                  Como nas famílias pobres a            te mais saúde e menos pes-
minado “de todos” por um              mais sensível de todos está               com a reivindicação de refor-              realmente os que mais preci-              parcela de gastos com ali-             soas nos hospitais, mais
partido que diz ser dos traba-        sendo afetado: a saúde.                   ma tributária. No governo, o               sam. Com a proposta, os 13                mentação é maior, a tributa-           crianças dispostas nas esco-
lhadores, caminha a passos               Estamos à beira do caos e              que vemos é uma política                   alimentos que compõem a                   ção excessiva dos alimentos            las, dignidade, enfim, um
lentos rumo ao primeiro               a indignação maior se dá a                completamente contrária.                   cesta básica teriam diminui-              acaba prejudicando a distri-           Brasil mais forte.
mundo.                                partir do momento em que o                Os impostos estão atropelan-               ção em reais de 15%, estabe-              buição de renda e contribuin-             Porém, enquanto o Brasil
    Notícias de que 28 setores        Partido dos Trabalhadores                 do os brasileiros e não há al-             lecendo isenção total de im-              do para manter um maior nú-            for apenas maquiado como
do funcionalismo público fe-          (PT), que mantinha um diálo-              ternativa para o cidadão.                  postos federais (IPI e PIS/Co-            mero de pessoas abaixo da li-          um “país de todos”, estare-
deral estão em greve ganham           go aberto com a classe operá-                Buscando novas alternati-               fins) para carne, leite, arroz,           nha da pobreza. Nesta popu-            mos distantes dessa realida-
destaque nas manchetes e o            ria — quando lhe parecia inte-            vas para beneficiar as famí-               feijão, batata, farinha, pão,             lação, o gasto com alimenta-           de.
resultado é assombroso: aero-         ressante — vira as costas aos             lias de baixa renda, o PSDB                café, óleo, açúcar, manteiga,             ção representa mais de dois
portos ganham mais filas, po-         trabalhadores, vira as costas             recentemente apresentou                    tomate e banana, uma medi-                terços da renda familiar.              I I Vanderlei Macris é deputado federal
liciais rodoviários federais fa-      ao povo brasileiro.                       uma emenda à Medida Provi-                 da que teria um alcance so-                  Contudo, ainda assim, é             pelo PSDB-SP

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A desarborização de ca mpinas

  • 1. A2 CORREIO POPULAR Campinas, sábado, 18 de agosto de 2012 Editor: Rui Motta rui@rac.com.br - Editora-assistente: Ana Carolina Martins carol@rac.com.br - Correio do Leitor leitor@rac.com.br “Brasileiro não quer ver jagunços na tela” Opinião opinião@rac.com.br Fernando Meirelles, no Festival de Gramado, ao anunciar por que desistiu de dirigir Grande Sertão: Veredas, de Gui- marães Rosa. dalcio dines Risco-Brasil: motins O Rio de Janeiro foi seques- O governo demorou mui- trado na última quarta-feira to para reagir, esquecido da durante grande parte do sua condição de defensor dia por conta de uma car- do interesse público. Só na reata de três mil vans que sexta-feira acordou quando parou a cidade de ponta a o Advogado-Geral da ponta. “Queremos usar nos- União, Luís Inácio Adams, sa ferramenta de trabalho condenou os excessos dos para obrigar a prefeitura a grevistas, o absurdo de algu- aceitar nossas reivindica- mas reclamações e a radica- ções”, declarou um dos or- lização das manifestações. ganizadores referindo-se, A esta altura, diante do mo- com certeza, aos tecelões in- dismo dos motins, o murro gleses que usaram martelos na mesa deveria ter sido da- para quebrar os teares me- do de forma mais robusta, canizados no início da Revo- ruidosa e explícita, de prefe- lução Industrial há mais de rência pela grande especia- AMBIENTE três séculos. lista em matéria de broncas A manifestação foi orga- arrasadoras — Sua Excelên- nizada por um candidato a vereador, algumas das rei- vindicações são justas e es- tavam sendo examinadas cia, a Presidente da Repúbli- ca. A Justiça do Trabalho precisa capacitar-se de que A desarborização de pelas autoridades, mas só poderão ser atendidas de- pois das eleições por força da legislação. Para quem o direito de greve não pode sobrepor-se aos interesses majoritários, a disputa legíti- ma entre empregados e em- Campinas não vive no Rio: o sistema pregadores não pode sacrifi- de vans da cidade está infil- car os inocentes, aqueles JOSÉ HAMILTON DE poda, em nossa cidade, tem mutilados, vandalizados e de maneira subterrânea é trado por milícias crimino- que merecem as atenções AGUIRRE JUNIOR E sido realizada indiscrimina- destruídos. Nossa cidade es- usual nas localidades desen- sas como forma de lavagem de ambos. Os chamados CARLOS ALBERTO GOMES damente e desprovida de cri- tá árida e desprovida dos be- volvidas, menos em Campi- de dinheiro. “serviços mínimos” consti- HENRIQUES térios técnicos. Extrações nefícios desfrutáveis quando nas, polo nacional de tecno- Uma “operação-padrão” tuem um avanço democráti- têm seguido a mesma condi- se convive, harmoniosamen- logia e um dos maiores PIBs da Polícia Federal parou ae- co que não podem ser des- ção. te, com o verde. do País! roportos e portos na alta considerados, apesar do no- Evidenciam-se, a cada Assistimos ao reinado ab- A realidade municipal só temporada quando chegam me não podem ser minimi- Os ataques à arborização ur- operação de manejo da arbo- soluto da rede de energia ex- mudará quando agirmos cor- os turistas do Hemisfério zados, ao contrário, a socie- bana de Campinas recome- rização viária e das áreas pú- posta e obsoleta! A poluição retamente, e compreender- Norte; uma parede da polí- dade justa e desenvolvida çaram. Em plena véspera blicas municipais, o despre- visual, a degradação urbana mos a arborização como cia rodoviária federal seccio- exige que sejam maximiza- eleitoral, percebem-se ações paro e a má gestão de nossa e ambiental dessa alternati- uma grande rede viva, presta- nou o País e impediu a cir- dos. A queda de braço entre absurdas de depredação do vegetação: uma política pre- va deletéria, persiste como dora de serviços ambientais. culação de mercadorias, al- o capital e o trabalho ou, no nosso patrimônio ambiental. judicial continuada, seguida- marca de operação da con- A sustentabilidade e a sobre- gumas perecíveis, no mo- caso, entre poder e contra- Nossas árvores, tão maltrata- mente alardeada, sem, no en- cessionária local. vivência urbana dependem mento em que a economia poder, não pode sacrificar o das, combalidas, descaracte- tanto, obterem-se quaisquer Mundialmente, em na- dela. Doenças causadas pela do País emitia sinais de es- bem-estar da sociedade rizadas e mutiladas enfren- reversões comportamentais. ções e lugares que prezam o poluição, baixa umidade do tagnação; a greve nas uni- nem a sua segurança. tam nova devastação, no ru- Acompanhamos, dia a bem-estar de sua população, ar e exposição ao sol, junta- versidades federais está A “operação-padrão” é mo a seu triste e tenebroso fi- dia, a derrocada das majesto- o enterramento da rede de mente aos problemas das ci- comprometendo drastica- um duplo escárnio: escan- nal. sas paineiras da Orosimbo energia aérea, a remoção de dades como ilhas de calor, mente o atendimento médi- cara as deficiências dos nos- A mais nova e perceptível Maia e de incontáveis outras postes, o rebaixamento da poluição, enchentes, descon- co da população em todo o sos paradigmas de atendi- destruição está evidenciada árvores urbanas, abandona- iluminação pública e o com- forto ambiental e térmico po- País, em alguns estados es- mento e exibe a estultice na Praça José M. de Souza, das à própria sorte. partilhamento de redes de dem ser amenizados e evita- tão praticamente suspen- dos que imaginam estar na ao final da Av. Nossa Sra. de Campinas, no passado, re- serviços públicos, permitem dos, utilizando-se, racional- sos os transplantes de ór- vanguarda dos movimen- Fátima, no Taquaral. Ela é o ferência nacional pela sua a preservação das árvores e mente, árvores. gãos; uma greve dos servi- tos sociais. O que se con- resultado da mesma política, qualidade de vida e exem- de todo o seu potencial de O conhecimento técnico dores do Judiciário em Bra- vencionou chamar de Risco- de subsequentes administra- plar arborização é, hoje, um benefícios, na área urbana. A devidamente aplicado, o pla- sília quase impede o início Brasil é um sistema múlti- ções municipais. grande cemitério de árvores, locação adequada dessas re- nejamento urbano, o ade- do julgamento da Ação Pe- plo de complacências com Elevaram e mutilaram as além de campo de vegetais des, nos leitos carroçáveis, quado uso do erário, o cum- nal 470, vulgo “Mensalão”. a baderna. De nada adianta- copas das árvores deste lo- primento efetivo da Lei Um motim tomou conta rá investir 80 bilhões de cal, até a composição de 11571/03, a mudança do pa- do Brasil e, ironicamente, reais em logística e infraes- aberrações e de exemplares radigma social priorizando a os amotinados são designa- truturas se a superestrutura de risco, pela sua total fragili- qualidade de vida, a reestru- dos como “servidores públi- — nossa consciência social zação. Lindíssimos ipês ama- turação técnica e material cos”. São servidores de seus — está minada pela cruel- relos e roxos (Handroanthus do Departamento de Par- interesses e de suas corpora- dade. spp.), tipuanas (Tipuana ti- ques e Jardins além da vonta- ções, o bem público está pu), jacarandás (Jacaranda de política para transferi-lo acima das manobras e joga- mimosaefolia), dentre inúme- para a Secretaria de Meio das de guildas e gangues. I I Alberto Dines é jornalista ras outras árvores foram des- Ambiente são as nossas ne- truídos! O espetáculo das flo- cessidades nesse momento rações, as copas excepcio- tão desastroso. Não pode- nais, o oferecimento gratuito mos presenciar a desarbori- e generoso de sombra úmi- zação de Campinas silencio- da, protetora e refrescante, samente; pagaremos caro foram comprometidos por por esse engano. podas radicais, desnecessá- Precisamos das árvores rias. A ação do poder públi- bem cuidadas em Campi- co campineiro destruiu déca- nas, de civilidade e de com- das de crescimento, irrespon- prometimento social. Assim, savelmente. elas nos refletirão todas as Na praça e em seu entor- suas contribuições! no restaram a aridez, a deso- lação e a total desconfigura- ção paisagístico-ambiental. I I José Hamilton de Aguirre Junior é engenheiro florestal, mestre em Arborização Infelizmente, a situação não Urbana; Carlos Alberto Gomes Henriques é é distinta nas ruas, praças e engenheiro-agrônomo, membro da Sociedade Protetora da Diversidade das áreas verdes de Campinas. A Espécies (Proesp) POLÍTICA cial inigualável neste mo- visível no governo petista a mento. falta de interesse de aprova- Por um País de todos A emenda, aprovada pela ção deste projeto que eleva Câmara dos Deputados e pe- o pão de cada dia, bem ao lo Senado, agora está nas contrário da atuação para mãos da presidente Dilma atender as gigantes compa- Rousseff. nhias como a retirada do im- zem bloqueio armados em ro- Os discursos alimentavam sória 563/2012 em favor da Segundo dados recentes posto dos automóveis novos VANDERLEI MACRIS dovias, passeatas nas princi- sonhos de “a nossa vez” e retirada dos impostos da ces- do Departamento Intersindi- e da linha branca. dep.vanderleimacris@camara.gov.br pais capitais, servidores acam- “fim dos impostos”, quando ta básica. Sem impostos, os cal de Estatística e Estudos A isenção de impostos na pam em faculdades, portos nem um e nem outro objeti- alimentos podem ficar até Socioeconômicos (Dieese) a cesta básica teria grande im- estão paralisados, agentes da vo foi atingido. R$ 28 mais baratos, deixan- cesta básica ficou mais cara pacto em todo o País, afinal, polícia federal interrompe- Por anos, o Partido dos do a mesa dos brasileiros em 17 capitais do País. uma boa alimentação garan- A cada dia o nosso País, deno- ram investigações e o setor Trabalhadores fez alarde mais farta e beneficiando Como nas famílias pobres a te mais saúde e menos pes- minado “de todos” por um mais sensível de todos está com a reivindicação de refor- realmente os que mais preci- parcela de gastos com ali- soas nos hospitais, mais partido que diz ser dos traba- sendo afetado: a saúde. ma tributária. No governo, o sam. Com a proposta, os 13 mentação é maior, a tributa- crianças dispostas nas esco- lhadores, caminha a passos Estamos à beira do caos e que vemos é uma política alimentos que compõem a ção excessiva dos alimentos las, dignidade, enfim, um lentos rumo ao primeiro a indignação maior se dá a completamente contrária. cesta básica teriam diminui- acaba prejudicando a distri- Brasil mais forte. mundo. partir do momento em que o Os impostos estão atropelan- ção em reais de 15%, estabe- buição de renda e contribuin- Porém, enquanto o Brasil Notícias de que 28 setores Partido dos Trabalhadores do os brasileiros e não há al- lecendo isenção total de im- do para manter um maior nú- for apenas maquiado como do funcionalismo público fe- (PT), que mantinha um diálo- ternativa para o cidadão. postos federais (IPI e PIS/Co- mero de pessoas abaixo da li- um “país de todos”, estare- deral estão em greve ganham go aberto com a classe operá- Buscando novas alternati- fins) para carne, leite, arroz, nha da pobreza. Nesta popu- mos distantes dessa realida- destaque nas manchetes e o ria — quando lhe parecia inte- vas para beneficiar as famí- feijão, batata, farinha, pão, lação, o gasto com alimenta- de. resultado é assombroso: aero- ressante — vira as costas aos lias de baixa renda, o PSDB café, óleo, açúcar, manteiga, ção representa mais de dois portos ganham mais filas, po- trabalhadores, vira as costas recentemente apresentou tomate e banana, uma medi- terços da renda familiar. I I Vanderlei Macris é deputado federal liciais rodoviários federais fa- ao povo brasileiro. uma emenda à Medida Provi- da que teria um alcance so- Contudo, ainda assim, é pelo PSDB-SP