Aula de Epidemiologia clínica ministrada na FAMINAS. Discute a importância dos indicadores de saúde, distribuição de doenças no tempo e no espaço e discute o processo Saúde-Doença
2. Objetivos
Compreender o que são Indicadores de saúde
Saber o nome de alguns indicadores
Compreender como se dá a Distribuição de doenças
no tempo e no espaço
Compreender o que é sazonalidade
Compreender o que é Vigilância em Saúde
3. “Medidas, contadas ou calculadas, e observações
classificáveis, capazes de „revelar‟ uma situação
que não é aparente por si só.”
(Merchán-Hamman, Tauil, Costa: 2000)
“Medida , em geral quantitativa, usada para
substituir, quantificar ou operacionalizar um
conceito”
(Januzzi: 2001)
INDICADOR - DEFINIÇÃO
5. INDICADORES DE SAÚDE
Principais usos:
Diagnóstico ou análise da situação atual
Monitoramento da situação de saúde
Subsídios ao planejamento de intervenções
Apoio à programação de recursos/insumos
Avaliação de impacto (adequação) de intervenções
Comparação de grupos e populações
Estimativa de risco
Estimativa de probabilidades
Estimativa de tendências e projeções (prever situações futuras)
6. Indicador
Conceito: características que definem o indicador e a forma como ele se expressa, se
necessário agregando informações para a compreensão de seu conteúdo.
Interpretação: explicação sucinta do tipo de informação obtida e seu significado.
Usos: principais formas de utilização dos dados, as quais devem ser consideradas para
fins de análise.
Adaptado RIPSA, 2006
7. Indicador
Limitações: fatores que restringem a interpretação do indicador, referentes tanto ao
próprio conceito quanto às fontes utilizadas.
Fontes: instituições responsáveis pela produção dos dados e pelos sistemas de
informação, para o cálculo do indicador
Método de cálculo: fórmula utilizada para calcular o indicador, definindo
precisamente os elementos que a compõem.
Categorias sugeridas para análise: níveis de desagregação dos dados que podem
contribuir para a interpretação da informação e que sejam efetivamente
disponíveis, como sexo e idade.
Adaptado RIPSA, 2006
8. Epidemiologia
A palavra “epidemiologia” deriva do grego
epi = sobre
demos = população, povo
logos = estudo
Portanto, em sua etimologia, significa “estudo do que
ocorre em uma população”
9. Epidemiologia
Para a Associação Internacional de
Epidemiologia, criada em 1954, a
Epidemiologia tem como objetivo o “estudo de
fatores que determinam a freqüência e a
distribuição de doenças nas coletividades
humanas”
(ALMEIDA FILHO & ROUQUAYROL, 1992)
10. Epidemiologia
O Dicionário de Epidemiologia de John Last a
define como “o estudo da distribuição e dos
determinantes de estados e eventos
relacionados à saúde, em populações
específicas, e a aplicação desse estudo para o
controle de problemas de saúde”
(LAST, 1995)
11. Epidemiologia
Com a ampliação de sua abrangência e sua
complexidade, a Epidemiologia, segundo Almeida
Filho e Rouquayrol (1992), não é fácil de ser
definida. Portanto conceituam “ciência que estuda o
processo saúde-doença na sociedade, analisando a
distribuição populacional e os fatores determinantes
das enfermidades, danos à saúde e eventos
associados à saúde coletiva, propondo medidas
específicas de prevenção, controle ou erradicação
de doenças e fornecendo indicadores que sirvam de
suporte ao planejamento, administração e avaliação
das ações de saúde”.
12. Epidemiologia
Ou seja, diferentemente da Clínica, que
estuda o processo saúde-doença em
indivíduos, a Epidemiologia se preocupa
com a comunidade, ou em grupos dessa
comunidade.
13. Epidemiologia
Um dos meios para se conhecer como se dá
o processo saúde-doença na comunidade é
elaborando um diagnóstico comunitário de
saúde.
O diagnóstico comunitário, evidentemente,
difere do diagnóstico clínico em termos de
objetivos, informação necessária, plano de
ação e estratégia de avaliação.
14. Epidemiologia
Diagnóstico Clínico Diagnóstico Comunitário
Objetivo Curar a doença da pessoa Melhorar o nível de saúde
da comunidade
Informação
necessária
Histórica clínica
Exame físico
Exames complementares
Dados sobre a população
Doenças existentes
Causas de morte
Serviços de saúde, etc.
Tipo de
diagnóstico DIAGNÓSTICO INDIVIDUAL DIAGNÓSTICO
COMUNITÁRIO
Plano de
ação
Tratamento
Reabilitação
Programas de saúde
prioritário
Avaliação Acompanhamento clínico
(melhora/cura)
Mudanças no estado de
saúde da população
Fonte: Adaptado de Vaughan & Morrow (1992)
15. Epidemiologia
O termo distribuição pode ser observado
em qualquer definição de Epidemiologia.
Distribuição, nesse sentido, é entendida
como “o estudo da variabilidade da
freqüência das doenças de ocorrência em
massa, em função de variáveis ambientais e
populacionais ligadas ao tempo e espaço”
(ALMEIDA FILHO & ROUQUAYROL, 1992)
16. Epidemiologia
O primeiro passo em um estudo
epidemiológico é analisar o padrão de
ocorrência de doenças segundo três
vertentes: pessoas, tempo e espaço,
método este também conhecido como
“epidemiologia descritiva” e que responde
as perguntas quem?, quando? e onde?
17. Epidemiologia
O padrão de ocorrência dos doenças também pode
se alterar ao longo do tempo, resultando na
chamada estrutura epidemiológica, que nada
mais é do que o padrão de ocorrência da doença
na população, resultante da interação de fatores do
meio ambiente, hospedeiro e do agente causador
da doença. (BRASIL, 1998).
18. Epidemiologia
Essa estrutura epidemiológica se apresenta de
forma dinâmica, modificando-se continuamente no
tempo me no espaço e definindo o que pode ser
considerado ocorrência “normal” ou “anormal” da
doença em uma determinada população, em
determinado tempo e espaço.
(BRASIL, 1998).
19. Epidemiologia
Início do século XX
Doenças infecciosas (cólera)
Século XX
Doenças não infecciosas (Câncer, doenças do aparelho
circulatório e respiratório)
Agravos e lesões resultantes de causas externas
(acidentes de trânsito, doenças e acidentes de trabalho,
homicídios, envenenamentos, etc.)
Desvios nutricionais (desnutrição, anemia, obesidade,
etc.)
Fatores de risco para ocorrência de doenças ou mortes
(tabagismo, hipercolesterolemia, baixo peso ao nascer,
etc.)
20. Epidemiologia
Mais recentemente, aliados ao
desenvolvimento de pacotes
computacionais, ganharam um espaço muito
grande os métodos da chamada
“epidemiologia analítica” (principalmente
os estudos de coorte e caso-controle), na
busca de explicações (causas) para a
ocorrência dessas doenças e agravos com
desvalorização indevida, devido à sua
importância para o diagnóstico de saúde da
população, da “epidemiologia descritiva”
21. Epidemiologia
Utilização da epidemiologia nos serviços de saúde:
1) Na busca de explicações (causas ou fatores de
risco) para a ocorrência de doenças, com
utilização predominante dos métodos da
epidemiologia analítica;
22. Epidemiologia
Utilização da epidemiologia nos serviços de saúde:
2) Nos estudos da situação de saúde (que
doenças ocorrem mais na comunidade? Há
grupos mais suscetíveis? Há relação com o nível
social dessas pessoas? A doença ou agravo
ocorre mais em determinado período do dia,
ano?);
23. Epidemiologia
3) Na avaliação de tecnologias, programas ou
serviços (houve redução dos casos de doença
ou agravo após introdução de um programa? A
estratégia de determinado serviço é mais eficaz
do que a de outro? A tecnologia “A” fornece mais
benefícios do que a tecnologia “B”?);
24. Epidemiologia
4) Na vigilância epidemiológica (que informação
devemos coletar, observar? Que atitudes tomar
para prevenir, controlar ou erradicar a doença?).
25. Dados
Podem ser registrados de forma:
Contínua – óbitos, nascimentos, doenças de
notificação obrigatória
Periódica – recenseamento da população e
levantamento do índice CPO (dentes cariados,
perdidos e obturados)
Ocasional – pesquisas para conhecer a
prevalência da hipertensão arterial ou diabetes
em uma comunidade, em determinado momento
26. Dados
Importância para a análise de situação de
saúde:
População – número de habitantes, idade, sexo,
raça
Sócio-econômicos – renda, ocupação, classe
social, tipo de trabalho, condições de moradia e
alimentação
Dados ambientais – poluição, abastecimento de
água, tratamento de esgoto, coleta e disposição
do lixo
Serviços de saúde – hospitais, ambulatórios,
27. Banco de dados
No Brasil:
SIM – Sistema de Informação sobre Mortalidade
SINASC – Sistema de Informações sobre
Nascidos Vivos
SINAN – Sistema de Informação sobre Agravos
de Notificação
SIA/SUS - Sistema de Informações Ambulatoriais
do Sistema Único de Saúde
SIH/SUS - Sistema de Informações Hospitalares
do Sistema Único de Saúde
28. Banco de dados
É importante considerar que tanto a
informação derivada de dados de doenças
(morbidade), como de mortalidade,
apresentam vantagens e limitações.
É muito conhecido, no meio da saúde, o
termo “ponta de iceberg” para referir-se a
uma característica desses dados, ou seja,
ambos (especialmente a mortalidade)
representam apenas uma parcela da
população (a “ponta do iceberg”): a que
morre ou a que chega ao serviço de saúde e
29. Banco de dados
Ponta do iceberg
Casos conhecidos
Casos assintomáticos
Casos sintomáticos que não procuram o serviço de saúde
Casos que procuram o serviço de saúde, mas não são
diagnosticados
33. Informação na saúde
Um Sistema de Informação pode ser definido tecnicamente como um
conjunto de componentes inter-relacionados que coleta (ou recupera),
processa, armazena e distribui informação para dar suporte à tomada
de decisão e ao controle da organização (LAUDON e LAUDON,
1999, p. 4)
34. Informação na saúde
ABRASCO: “Informação é um direito de todos e dever
do Estado e que o acesso à informação constitui um
dos alicerces do projeto.
Lei 8080/90 no artigo 47: a organização pelo MS, em
articulação com os níveis estaduais e municipais do
SUS, de um Sistema Nacional de Informações em
Saúde – SIS, integrado em todo o território nacional,
abrangendo questões epidemiológicas e de prestação
de serviço.
There are three kinds of lies: lies, damned lies, and statistics.
Benjamin Disraeli British politician (1804 - 1881)
35. A OMS define SIS como um mecanismo de
coleta, processamento, análise e
transmissão da informação necessária para
se planejar, organizar, operar e avaliar os
serviços de saúde. Considera-se que a
transformação de um dado em informação
exige, além da análise, a divulgação, e
inclusive recomendações para a ação.
37. Denomina-se SIS ao conjunto de unidade de produção, análise e
divulgação de dados que atuam com a finalidade de atender às
necessidades de informações de instituições, programas, serviços,
podendo ser informatizados ou manuais.
Gerenciar um serviço de saúde significa cuidar dos aspectos
organizacionais e funcionais, tal como em qualquer empresa. Isso quer
dizer que gerenciar sistemas de saúde requer lidar com aspectos
administrativos como controlar estoques de materiais, equipamentos,
gerir finanças, recursos humanos, etc., isto é, controlar aspectos que
representam as condições de organização e funcionamento dos serviços
de saúde.
Informação na saúde
38. Mas principalmente, em
saúde, há os aspectos
gerados pela prática de saúde,
isto é, aqueles decorrentes do
atendimento prestado, do ato
clínico, ao indivíduo ou à
coletividade ou à ambos.
Informação na saúde
40. distribuição da população nos municípios;
tendência da fecundidade no Brasil e nas regiões, tendência da
expectativa de vida e mudanças na distribuição etária da
população brasileira no tempo e segundo regiões;
idH no Brasil e estados, tendências e o idHm segundo
raça/cor;
escolaridade segundo raça/cor;
Alguns indicadores
41. Alguns indicadores
analfabetismo, em pessoas de 15 anos ou mais, sendo definido
como incapacidade de escrever e ler um bilhete simples. Foi
analisada a tendência deste indicador segundo os estados e sua
distribuição segundo o porte populacional do município em 2004;
proporção da população servida por água, sendo definido como
percentual de pessoas em domicílios com abastecimento de água
por meio de rede geral
com canalização interna ou por meio de poço ou nascente com
canalização interna. Foi analisada a tendência deste indicador
segundo os estados e sua distribuição segundo o porte
populacional do município em 2004;
42. Indicadores de Eficiencia: Recursos; produtividade; utilização da
capacidade instalada; Utilização da capacidade operacional;
distribuição dos gastos por tipo de atenção;
Indicadores de Eficácia: Cobertura alcançada através das acões
produzidas; concentração de procedimentos; resolutividade;
Indicadores de Efetividade: Epidemiológicos(mortalidade,
morbidadee fatoresde risco); demográficos; sócio-economicos.
Alguns indicadores
43. 19.9 19.3 18.9
17.9
0.0
5.0
10.0
15.0
20.0
25.0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Coeficiente Coeficiente de mortalidade infantil
Informação na saúde
22.1
28.6
32.9
36.6
40.3
44.0
0.0
10.0
20.0
30.0
40.0
50.0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Proporção(%)
Proporção da população coberta pelo
Programa Saúde da Família
45. Sistema desenvolvido especialmente para
gerenciamento dos dados obtidos a partir da
atenção prestada aos usuários de comunidades
atendidas pelos profissionais das equipes de
Saúde da Família e de Agentes Comunitários de
Saúde.
SIAB
46. Conceitos Básicos
• Território
• Problema
• Responsabilidade Sanitária
Possibilidades
conhecer a realidade sócio-sanitária da população
acompanhada;
avaliar a adequação dos serviços de saúde oferecidos, e
readequá-los, sempre que necessário;
melhorar a qualidade dos serviços de saúde.
SIAB
47. INFORMAÇÕES E VARIÁVEIS
1. Cadastramento das famílias
• Características das pessoas;
• Características dos domicílios;
• Condição de saneamento;
• Outras informações relevantes.
SIAB
48. 2. Acompanhamento de grupos de risco
• Crianças menores de 5 anos;
• Gestantes;
• Pessoas com hipertensão arterial;
• Pessoas com diabetes;
• Pessoas com tuberculose;
• Pessoas com hanseníase.
SIAB
49. 3. Registros de atividades, procedimentos e notificações
•Produção;
•Notificação de agravos e situação
SIAB
50. Avanços
Análise desagregada das informações do município
(microárea, área e segmento);
Definição dos dados a serem coletados a partir de
problemas relevantes;
Base cadastral da população atualizada.
Agilidade em disponibilizar os indicadores.
Orienta para o planejamento e tomada de decisão no
nível local.
SIAB
51. Limites
Base tecnológica não condizente com a realidade
atual;
Não abrange toda a atenção básica de
saúde, somente a Estratégia Saúde da Família e de
Agentes Comunitários de Saúde;
Não integra com outros sistemas de informação em
saúde, gerando retrabalho;
Não disponibiliza dados individualizados;
Não acompanhou as políticas vigentes.
SIAB
52. Situação Atual
Integração com o SCNES para o cadastro das
equipes, com validade a partir do mês de
agosto/2007;
Trabalho conjunto com o Dasis/SVS para análise do
banco de dados, buscando:
1. Reafirmar ou não os pontos frágeis;
2. Definir novos critérios da limpeza da base de
dados;
3. Levantar perguntas avaliativas não respondidas
pelo Siab.
SIAB
53. Situação Atual
Abrangência: todos os municípios que aderiram à
Estratégia Saúde da Família e de Agentes
Comunitários de Saúde (em junho/2007 – 2.240
municípios com dados da Estratégia de Agentes
Comunitários de Saúde e 5.178 municípios com a
Estratégia de Saúde da Família )
SIAB
55. SIA-SIH
Estrutura
SIH / SUS
Instrumento - AIH (Autorização de Internação
Hospitalar)
Caracterização das Internações (Individualizada)
Natureza do evento
(diagnóstico, procedimentos, SADT e SP...)
Valores Pagos (Procedimentos)
Cadastro das Unidades - CH
(Leitos, Gestão, Natureza...)
56. SIA-SIH
POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕES
Aspectos positivos
Extrema Agilidade (45 - 60 dias);
Sistema nacional (disponível para a população);
Sofre auditoria e críticas para pagamento ;
Registros sistemático mensal (controle/avaliação);
Dados desagregados por indivíduo e hospitais (planejamento e gestão);
Informações de morbidade das doenças crônico-degenerativas;
Permite o monitoramento de agravos e vigilância epidemiológica;
Possibilita a construção de diferentes indicadores de saúde.
57. SIA-SIH
Aspectos negativos
Cobertura - rede do SUS (70-80%);
Informações seletivas (morbidade);
Suspeita de fraudes (reduz a confiabilidade);
Não identifica todas as re-internações;
Sofre diversas alterações (política, dinâmica da
assistência);
Informações “secundárias” mal preenchidas
(qualidade);
58. SIA-SIH
INDICADORES:
Assistenciais
• Perfil da rede hospitalar (natureza, gestão)
• Oferta de leitos e clínicas disponíveis;
• Serviços e procedimentos realizados;
• Meios diagnósticos e terapêuticos;
• Evolução do paciente e tempo de internação;
• Valores pagos com a internação (faturamento dos hospitais)
Epidemiológicos
• Frequências absoluta e relativa
• Coeficiente de internação ou mortalidade hospitalar
• Razão entre de internação e notificação de agravos
• Coeficientes específicos (causa, sexo e faixa etária)
59. SIA-SIH
Estrutura
SIH / SUS
Instrumento - AIH (Autorização de Internação
Hospitalar)
Caracterização das Internações (Individualizada)
Natureza do evento
(diagnóstico, procedimentos, SADT e SP...)
Valores Pagos (Procedimentos)
Cadastro das Unidades - CH
(Leitos, Gestão, Natureza...)
60. SIM
Sistema de Informação de Mortalidade - S I M
Descrição
Estrutura
Fluxo
Potencialidades e Limitações
Indicadores
62. POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕES
Aspectos positivos
Contém dados sobre as características de todos os óbitos;
É universal, com cobertura e confiabilidade relativamente boa;
Possibilita a construção de indicadores que permitem uma
aproximação da situação de saúde da população e do risco de morte;
Permite a observação de diferenciais de mortalidade através da
espacialização dos óbitos;
Permite a elaboração de estatísticas necessárias para o
planejamento e avaliação das ações de saúde.
SIM
63. Aspectos negativos
Pouca agilidade no processamento dos dados;
Sub-registro e Subnotificação;
Acentuado número de óbitos por causa mal definida;
Preenchimento inadequado de diversos campos da
DO.
SIM
64. Indicadores
Mortalidade Geral
Mortalidade Infantil
Mortalidade Materna
Mortalidade por causas e/ou idades específicas
Mortalidade Proporcional por causa e/ou faixa etária
SIM
65. SINASC
Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos –
SINASC
Descrição
Estrutura
Fluxo
Potencialidades e Limitações
Indicadores
66. SINASC
POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕES
Aspectos positivos
Contém informações sobre as características dos
Nascidos Vivos, das mães, da gestação e do parto;
Tem cobertura universal;
Possibilita a construção de importantes indicadores
(CMI e RMM);
Permite a observação de RNs com risco de vida;
Serve de base para o planejamento, adoção de ações
específicas voltadas ao grupo materno-infantil
67. SINASC
Aspectos negativos
Pouca agilidade no processamento dos dados;
Sub-registro e Subnotificação;
Preenchimento inadequado de diversos campos da
DN.
68. SINASC
INDICADORES
Taxa de Fecundidade
Taxa de Natalidade
Mortalidade Infantil e Materna (denominador)
Proporção de Gravidez na Adolescência
Proporção de Recém-Nascidos com Baixo Peso
Proporção de Partos Cesáreos e/ou Domiciliares
69. CNES
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde –
CNES
Instrumento - FCES (Ficha Cadastral de
Estabelecimentos de Saúde)
Estabelecimentos e Profissionais (Indicadores e
Consultas)
Brasil – UF - Municípios
70. rie Temporal (ST)
es ordenadas no tempo;
uma
o do tempo (hora, dia, semana, mês, ano etc);
o e
controle;
rio (irregularidades).
72. Tendências
Taxas anuais de mortalidade por tuberculose
padronizadas por idade (p/100.000 habitantes) -
73. Sazonalidade
es regulares da freqüência de uma doença
dentro do odo de um ano, s
ticas
o, (KUNST et al, 1993; SAEZ et al., 1995);
procura de locais secos) (PEREIRA, 1995);
79. Monitoramento e Controle
Detectar precocemente mudanças na freqüência das
doenças
ries temporais
-
gica
Notas del editor
O Datasus disponibiliza informações que poderão servir de subsídios para: análise objetiva da situação sanitária, tomada de decisões baseadas em evidências e programação de ações de saúde.
Fluxo das informações para planejamento.
Compõem obrigatoriamente os sistemas de gerência em saúde os sistemas informativos da condição do doente, de sua vida, do meio ambiente e de outros fatores que interferem no processo saúde-doença e que constituem os Sistemas de Informação em Saúde (SIS). As bases de dados sobre condições de saúde, são algo extremamente rico, embora de acesso árduo pela internet. Mas não deve ser empecilho que a ESF (Equipe de Saúde da Família) analise as informações e trace suas metas a partir disso. Atualmente o Bolsa Família também faz parte das bases de dados do SUS, posto que o recurso do mesmo origina-se da Saúde.
As fontes de informação dos SIS poderiam ser divididas de várias maneiras. Uma das maneiras mais práticas é o uso da origem. Observa-se então que duas fontes podem originar informações relevantes para a saúde: Informações baseadas na população e informações baseadas no serviço de saúde (fig 2.)Obviamente nem todas as bases de dados ou referências de informação, são claramente definidas em um setor ou outro. A IDB (Indicadores e Dados Básicos para a Saúde) é um exemplo típico, já que são produtos de uma ação integrada, diretamente trabalhado pelas instituições responsáveis pelos principais sistemas de informação de base nacional utilizados - Ministério da Saúde, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e Ministério da Previdência Social.
Número de óbitos de menores de 1 ano de idade (inclusive os de menores de 1 ano ignorados – código 400), de 2000 a 2004, por local de residência. Fonte: SIM Número de nascidos vivos, de 2000 a 2004, por local de residência da mãe. Fonte: SINASC 1.000 Não foi feita qualquer correção por subnotificação, seja do numerador como do denominador. Por isto os indicadores não são compatíveis com os do IDB-2005, por exemplo. Proporção da população coberta pelo Programa de Saúde da Família 2000 a 2006 Número de pessoas cadastradas, de 2000 a 2006, por município. Fonte: SIAB População, de 2000 a 2006. Fonte: Base demográfica 100 Foi utilizado o número de pessoas cadastradas no último mês disponível do ano (dezembro de 2000 a 2006)