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ORIENTAÇÃO DO MENTOR RAMA SCHAIN (continuação da apostila37)
Suicídios:
No estudo “Apontamentos à margem» deu-nos, também, ensejo às
presentes considerações, em torno do suicídio, ato infeliz e de
consequências desastrosas que a criatura humana pode praticar na
Terra.
De modo geral, crê o candidato ao suicídio que, exterminando o
corpo físico, põe termo aos sofrimentos. Realizado o gesto extremo, a
grande ilusão se desfaz, como se fosse uma bolha de sabão
impulsionada pelo vento. «Sai o Espírito do sofrimento e cai na
tortura. » Sai do ruim e cai no pior.
Numa pálida e modesta tentativa de comentar, da maneira que nos
for possível, tão doloroso assunto, estabelecemos, inicialmente, a
seguinte classificação para o suicídio:
a) — Por livre deliberação da pessoa;
b) — Por influência de obsessores;
c) — Por indução de terceiros.
De modo geral, entretanto, prevalece sempre o item a, uma vez que
a deliberação, própria ou resultante da insinuação de terceiros,
encarnados ou desencarnados, será, em última análise, do indivíduo,
ressalvados, é bem de ver, casos em que há coação, tão ostensiva e
compulsória, que a infeliz criatura se sente dominada. A ação dos
perseguidores espirituais é indiscutível.
Acreditamos mesmo que a maioria das deserções do mundo se dê por
influência e sugestão de Espíritos vingativos, embora caiba a
responsabilidade maior a quem lhes atende as insinuações, uma vez
que tem a criatura o seu próprio livre arbítrio.
Por indução de terceiros (item c) procuramos situar os casos em que
uma pessoa convence a outra de que a única solução para o seu
problema será o desaparecimento do mundo. O insinuador não
escapará, de modo algum, às dolorosas consequências de sua
atitude.
Na Terra, o Código Penal prevê reclusão de 2 a 6 anos a quem induza
outro ao suicídio. Na Espiritualidade, após a morte, a consciência
culpada sofrerá por longo tempo os efeitos de sua conduta.
Classificamos, para melhor compreensão do tema, os habituais tipos
de suicídios, assim compreendidos:
a) — Destruição violenta do corpo;
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b) — Excessos (álcool, orgias, alimentos, etc.);
c) — Menosprezo ao vaso físico.
Vemos, assim, que não é suicida apenas aquele que elimina a própria
vida com uma arma ou que se atira à frente das rodas de uma
viatura qualquer. Sê-lo-á, também, aquele que cometer excessos que
resultem na «antecipação da morte».
Aquele que, menosprezando o aparelhamento fisiológico, lhe esgotar
o «tônus vital» que lhe asseguraria uma existência normal, adrede
preparada para que o seu Espírito, habitando no templo do corpo,
realizasse o seu aprendizado e cumprisse as suas tarefas redentoras.
Todos os suicidas, deste ou daquele tipo, responderão pelo seu gesto,
segundo as circunstâncias que o motivaram. Não nos compete a
análise das circunstâncias que possam agravar ou atenuar a falta;
todavia, acreditamos, em tese, que sofrerão flagelações íntimas
equivalentes à responsabilidade de cada caso. Muitos motivos
determinam os suicídios, consoante se observa da leitura das
reportagens especializadas.
Uns sérios e dolorosos e outros destituídos de qualquer seriedade.
Vejamos alguns dos motivos:
a) falta de fé,
b) esgotamento nervoso, c
c) orgulho ferido,
d) desgostos íntimos,
e) tédio,
f) loucura,
g) espírito de sacrifício.
Acreditamos que, em qualquer dos casos acima, quando a alma se
recupera, no plano espiritual, arrepende-se de ter desertado da vida
física, pela noção de que Deus lhe teria dado a necessária resistência.
O desespero é inimigo do bom-senso; passada a tempestade, vem a
bonança.
Segundo as descrições dos Espíritos e os ensinamentos doutrinários,
são as seguintes as consequências gerais dos suicídios:
a) — Visão, pela própria alma, do corpo em decomposição;
b) — Flagelações nos planos inferiores;
c) — Frustrações de tentativas para a reencarnação;
d) — Reencarnações dolorosas, com agravamento das provas.
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No livro «Entre a Terra e o Céu», de André Luiz, temos o caso de
Júlio: duas tentativas de suicídio, em vidas passadas, equivaleram a
duas tentativas de reencarnações frustradas.
Mais uma vez somos compelidos a lembrar o Evangelho como refúgio
e defesa para a nossa alma, ante as lutas, problemas e aflições que o
mundo oferece. Depois que o sentimento evangélico penetra na alma
humana, levando-lhe fé e humildade, discernimento e valor,
dificilmente a criatura recorre ao extremo gesto.
Jesus permanece, portanto, como se o mundo contemporâneo fosse o
mesmo cenário poético da Galiléia, quando as suas palavras
entravam coração a dentro, incutindo coragem, esperança e bom
ânimo:
«Aquele que perseverar até ao fim será salvo. » «Eu sou a luz do
mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a
luz da vida. » «Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me
enviou, tem a vida eterna. » «Eu sou o pão da vida; o que vem a
mim jamais terá fome.» «Se alguém tem sede, venha a mim e
beba.»
A TERRA E O PLANO ASTRAL
O que, principalmente, diferencia o Plano Terreno do Plano Astral é a
frequência vibratória. Aqui temos um veiculo de manifestação (o
corpo físico) adequado à densidade deste Plano e lá temos outro (o
corpo astral) adequado aquela densidade. No mais somos os
mesmos, e portanto viver aqui ou lá é a mesma coisa.
O que muda quando estamos no Plano Astral de quando estamos aqui
é que, quando lá, retomamos, aos poucos, a consciência de nossa
meta evolutiva, do nosso caminho rumo à purificação e, aqui, quase
sempre nos esquecemos disso e caímos nas armadilhas da
encarnação.
Um local de frequência superior atua em nossos chacras superiores e
faz aflorar as nossas superioridades, e um local de frequência inferior
atua em nossos chacras inferiores e faz aflorar as nossas
inferioridades.
A diferença mais importante, na pratica, é que, no Astral, os seres
superiores nos ajudam a relembrar que a evolução é a meta única e,
então, o trabalho para o desenvolvimento das virtudes torna-se
hábitos vigentes. Aqui, infelizmente, predomina o oposto, com a
maioria pouco empenhada na autoevolução e na caridade.
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Se, no momento, vivemos aqui é porque estamos vibratoriamente
“presos” a essa parte do Universo, neste planeta habitado por
Consciências, em sua maioria, ainda de baixo nível de evolução. Se
estamos aqui, esse é o grau da nossa frequência vibratória, então é o
lugar certo para tentarmos a nossa evolução (elevação da
frequência). Estamos onde precisamos.
Não esqueçamos que, no Plano Astral, a maior parte das pessoas
também ainda se encontra em um baixo nível de evolução, então por
que lá é “melhor”?
Porque quando estamos vivendo lá, livres da prisão corporal,
retomamos, aos poucos, a lembrança de que somos uma Consciência
em busca de evolução, além, claro, do estilo de vida socialista-
espiritual vigente, que visa o crescimento de cada um, integrado ao
crescimento de todos.
Com a ausência dos apelos imediatistas aos instintos inferiores, que
permanecem então latentes, nós temos a possibilidade de externar o
que temos de melhor em nós e por isso a estrutura social do Astral
Superior é, ao contrario daqui, de harmonia e paz.
Aqui é diferente, devido a uma estrutura sociocultural egoísta e
mesquinha, com a predominância dos valores materiais e a apologia
do fútil e do passatempo, tendemos a externar o que temos de pior.
Apenas uma pequena minoria dos seres humanos é ruim e perversa;
a maioria é constituída por ingênuos e distraídos, no que diz respeito
à compreensão da Vida, da Morte e da Finalidade.
Percebam que são as mesmas pessoas que habitam lá e aqui, pois ou
estão encarnadas ou desencarnadas, mas quando estão aqui agem de
um modo e quando estão lá agem de outro. O que precisa então
mudar, para que passemos a agir do mesmo modo lá e aqui, é o grau
de Consciência da Humanidade encarnada.
As pessoas classificam-se em três tipos: as que fazem o bem, as que
fazem o mal e as que não fazem nada. As pessoas que se dedicam a
ajudar os outros, a melhorar as condições de vida daqui, fazem parte
do exercito dos Guerreiros Espirituais e estão colaborando para trazer
o “Reino dos Céus” para a Terra.
Os que se dedicam a prejudicar os outros, a enganar, a roubar, a
trapacear, em troca de vantagens ilusórias, como dinheiro, bens
materiais, títulos, etc., fazem parte do exercito contrários a LUZ e
estão colaborando para manter a humanidade ainda vinculada à
injustiça, à miséria, à fome, aos conflitos sociais. Os que não fazem o
bem nem o mal estão colaborando para manter as coisas como estão.
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São os “neutros”, que parecem bonzinhos, e até podem ser,
teoricamente, mas na pratica são os omissos, os que criticam, mas
não praticam.
A REFORMA INTIMA
Muito se fala na reforma íntima, mas até pouco tempo atrás, quando
a noção da reencarnação estava apenas vinculada com as religiões
reencarnacionistas, pouca pessoas entendiam o que isso queria dizer.
Pois faltava a noção da personalidade congênita, embora esse termo
já seja encontrado em Obreiros da Vida Eterna, psicografado por
Chico Xavier, na década de 40! A reforma intima deve atuar sobre as
características ainda imperfeitas que apresentamos, que são nossas
há muitas encarnações e que nos diferenciam dos Mestres e dos
Seres de Luz.
Para a reforma intima, devemos sempre estar atentos à nossa
personalidade congênita, colocando-nos inteiramente a serviço do
nosso Mestre interno, que anseia pela limpeza dos pensamentos e
dos sentimentos inferiores e negativos.
E isso só pode ser feito aqui, no convívio com os gatilhos terrenos. O
que obstaculiza a reforma é a crença de que formamos nossa
personalidade na infância e que nossa tristeza, nossa mágoa, nossa
baixa autoestima, nossa raiva, nossa agressividade, vêm de lá.
Um exercício extremamente importante para a reforma intima é
fazermos uma lista de eventos desde a nossa infância até hoje, e
colocarmos ao lado a maneira emocional negativa como reagimos a
eles.
Ficaremos impressionados ao descobrir como sempre reagimos do
mesmo modo aos eventos que nos desagradam. Ou ficamos tristes,
ou magoados, ou irritados, ou nos rejeitados, ou sentimos medo, ou
nos sentimos inferiores, ou nos sentimos superiores etc. E aí está o
que viemos curar na Terra, a nossa imperfeição.
Mas se as pessoas culpam outros por seus defeitos, suas
imperfeições, quando irão curar-se? Os fatos de que não gostamos
servem para nos fazer ver os nossos defeitos e são mais importantes
para nossa evolução do que aqueles de que gostamos.
Quem sofre de tristeza veio eliminar a tristeza; quem traz mágoa
veio descartar essa tendência; o que traz baixa autoestima veio
mudar essa maneira distorcida de enxergar-se; o “superior” veio para
enxergar melhor; o irritadiço, impaciente, veio aprender a ter calma;
o que tem medo veio para adquirir forca, e assim por diante.
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Isso é tão óbvio! Por que as pessoas ficam perdendo tempo (e a
encarnação) dizendo: “É assim que eu sou...”, “Foi por causa do meu
pai...”, “Foi a minha mãe...”, “Isso veio da infância...” etc.
Deveriam dizer: eu sou assim, tenho sido assim nas minhas últimas
encarnações, como posso mudar isso? Como aproveitar esta
encarnação com o maior sucesso evolutivo? Lembrem-se: a
personalidade congênita é a chave do real aproveitamento da
encarnação.
OS NOSSOS ÍDOLOS
Devemos ter ídolos verdadeiros e não falsos. O nosso Plano Terreno,
ainda tão imperfeito e involuído, criou um sistema de crença vazio e
superficial, baseado nos valores do corpo físico e suas equivocadas
necessidades. E, com isso, surgiram os ídolos egóico, símbolo da
futilidade imediatista.
A adoração aos atores, aos cantores, aos atletas e aos manequins,
por exemplo, sem uma analise profunda e verdadeira da mensagem
que estão vinculados, é, evidentemente, uma adoração.
Nem é preciso nos estendermos demasiadamente em conjecturas,
pois é mais do que evidente que as pessoas adoram a quem invejam,
a quem ambiciona o lugar, a posição, a companhia, o afeto. E então
essas multidões de fãs dos ídolos egóico terrenos são movidos por
uma visão extremamente superficial da finalidade da encarnação, a
ponte de acreditar que ser cantor, ator, atleta ou manequim é algo
realmente importante para si.
Não percebem que o importante é a mensagem, é o que a postura
reverte em beneficio dos outros, no que ajuda ao desenvolvimento
dos verdadeiros princípios: o amor, a moral e a ética. E não a
apologia dos falsos valores materiais que, pelo contrário, perpetua a
futilidade e, com ela, a injustiça social e a ignorância.
Tudo que se manifesta neste plano é compatível com o nosso estágio
de Consciência. Acredito que, aos poucos, as pessoas começarão a
cultuar seus heróis mais por seus valores internos e positiva ação
social e cultural do que por sua aparência, fama ou fortuna.
Dentro dessa visão, quem seriam os verdadeiros ídolos?
Costumo pensar nos Mestres, nos Seres Superiores, em alguns (não
todos) que foram chamados de Santos, e tentar imaginar suas
características de personalidade, seu modo de pensar, de sentir e de
agir. E então, de vez em quando, me comparar a eles e perceber o
que têm que eu não tenho, o que eu tenho que eles não têm mais.
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Em termos práticos, funciona assim: quais são meus defeitos,
minhas imperfeições, minhas impurezas que me diferenciam deles?
Muitas pessoas estão aqui para curarem-se de defeitos muito graveis,
outras para libertarem-se de defeitos menos graves e outras ainda
para purificarem-se de pequenos defeitos.
Mas o trabalho é o mesmo; claro que quanto mais evoluída a pessoa,
mais fácil, e quanto menos evoluída, mais difícil. É evidente que lidar
com uma tendência à desonestidade é mais complicado do que com a
tendência ao medo e a timidez; lidar com o orgulho e a vaidade é
mais difícil do que com a submissão e a incapacidade.
Mas, enfim, cada um tem seu trabalho a realizar de deve aprender a
lidar com ele. Essa é a missão pessoal, e em cada um de nós ele é
diferente.
Pela herança católico-judaica que trazemos, estamos habituados a
pensar que os defeitos são apenas os atos que afetam negativamente
os outros. ... e muitos até acreditam, infantilmente, que um Deus Ele,
um Pai, os castigará por isso.
Os chamados “pecados” foram sempre baseados no que não podemos
fazer de negativo para os outros.
Mas existem certas características de personalidade que não são
consideradas “pecados”, não são condenadas pela sociedade, que são
extremamente comuns: os “defeitinhos”, mas que também nos
predem a este Plano Terreno por serem atributos inferiores,
pertinentes ao baixo grau de evolução do ser humano encarnado. São
características inerentes à maioria de nós, como timidez, medo,
mágoa, depressão, introspecção, mau humor, preguiça, impaciência,
preocupação, autoritarismo, critica, orgulho, etc.
Pensando em nossos ídolos, comparando-nos com eles, podemos
imaginar um Mestre, um Ser Superior, que tenha algumas destas
características de personalidade?
Podemos concluir que, embora as características citadas não sejam
“defeitões”, elas nos atrapalham e fazem com que estejamos abaixo
do nível dos nossos verdadeiros ídolos e então precisamos eliminá-
las.
Se alguém nos faz mal e isso faz com que sintamos raiva por essa
pessoa, devemos superar o fato do sentimento. O que nos fizeram é
de responsabilidade do autor, mas a liberação da raiva é uma atitude
nossa e é nossa responsabilidade se continuarmos carregando-a ou
se conseguiremos sublimá-la e nos libertarmos dela. Quem tem raiva
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deve procurar sair desta sintonia e se alguém está oportunizando a
nossa raiva aparecer, está, na verdade, atuando a favor da nossa
evolução, embora o nosso Eu inferior raramente perceba isso.
É importante separar dois aspectos: de um lado, os fatos da
encarnação e do outro a nossa maneira (congênita) de sentir e reagir
a eles. Os fatos são os fatos, mas o que vem de dentro de nós é
nosso.
Como diferenciar o que veio conosco das outras encarnações daquilo
que se originou agora, e isso se aplica tanto as características
negativas como positivas. É fácil diferenciá-las pela intensidade. O
que é nosso há muito tempo manifesta-se muito forte, por exemplo,
uma grande tendência à raiva, à agressividade, à mágoa, à tristeza, à
depressão, ao medo à timidez, etc.
Uma raiva, uma agressividade, uma mágoa, tristeza, timidez,
originadas nesta vida, nunca são muito fortes, muito dramáticas,
mesmos que os fatos sejam muito propícios a isso. A partir do
momento que um Ser Superior passa a nos servir de modelo,
passamos a cuidar dos nossos pensamentos, de nossos sentimentos e
ações, para que assemelhem-se ao máximo aos que nosso “ídolo”
teria na mesma situação.
Basicamente, o que nos diferencia dos nossos irmãos superiores é
que eles já conseguiram alcançar um grau de purificação que nós
ainda não conseguimos.
Algumas pessoas querem ser muito ricas, outras querem fama,
muitas querem dominar outras pessoas, e conseguem. Mas elas estão
equivocadas em seus raciocínios, pois deveriam utilizar o seu grande
poder e energia para obter conquistas internas e não externas,
almejar vantagens permanentes e não temporárias. Tudo que é
externo permanecerá aqui quando formos embora para o Plano Astra.
A HUMILDADE
Os Irmãos superiores tem nos recomendado desenvolver a
humildade, mas pela herança católico-judaica confundimos isso com
inferioridade.
A verdadeira humildade é o reconhecimento do próprio valor, sem
necessidade de reconhecimento externo e de elogios, sabendo que
acima de si sempre existirão pessoas mais capazes, mais evoluídas.
E, mesmo que não a vejamos por aqui, no Plano Astral existem, e
muitas.
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Ser humilde é não comparar-se com ninguém, não querer ser melhor
que ninguém, não competir, não se vangloriar, não se atribuir um
lugar de destaque, não se acreditar superior aos outros, seja em
inteligência, seja em beleza, seja em capacidade esportivo, espiritual,
ou qualquer outra.
Ser humilde é ser o que se é, gostando de si, acreditando em si,
competindo apenas consigo mesmo, para, cada vez mais, crescer e
evoluir no valor maior que é o amor.
A pessoa que parece humilde, mas que na verdade cultua a crença da
inferioridade, na verdade agride aos outros com seu ar sofredor, com
sua postura de vitima, de coitadinho.
Pode até ser uma pessoa boa de coração, mas não consegue ajudar
os outros tanto quanto poderia, por sua fraqueza, sua timidez, sua
tristeza, sua mágoa, sua raiva embutida e, se faz em seus
pensamentos e em suas orações, na pratica, a conscientização disso
geralmente é muito pequena.
A pessoa verdadeiramente humilde é forte, mas não agride seu
próximo; é confiante, mas não quer sobrepujar ninguém; é
vencedora, mas não anseia pelos bens materiais passageiros; é uma
guerreira, mas não luta por vitorias fúteis e ilusórias. Quer apenas ser
boa de coração, respeitar seu próximo, os animais e a natureza.
Deseja e faz o que espera que lhe desejem e façam, mas se não
recebe em troca, aceita e entende. O verdadeiro humilde é um forte e
sua força é que lhe faz não agredir, não competir, nem querer
sobrepujar ninguém.
Muitas pessoas de classe inferior (nos parâmetros da pirâmide social)
acreditam realmente serem inferiores aos de classe social mais
elevada e sentem-se constrangidas frente a eles. Isso tem sido
confundido com humildade, mas é uma crença na inferioridade.
As pessoas que acreditam na reencarnação não podem aceitar que
são de uma classe inferior ou superior. Devem entender que estão ai,
certamente, por um arranjo do seu destino visando uma lição, uma
experiência que leve ao seu crescimento espiritual.
Evidentemente, como a personalidade é congênita, podemos
encontra em famílias ricas pessoas que se sentem inferiores e, em
famílias pobres, alguns que se sentem superiores, mostrando o que
vieram curar nesta encarnação.
A RESIGNACÃO
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Os seres evoluídos, quando encarnados, possuem uma qualidade
rara, pertinente à sua alta evolução consciencial, que é a aceitação.
É preciso diferenciar resignação de aceitação, pois são opostos. A
pessoa que aceita uma situação negativa e prejudicial, não sofre,
enquanto a que se resigna, sim. Quem aceita que as pessoas
encarnadas estão em graus diferentes de evolução não se entristece,
não se magoa com o que lhe fazem, pois entende que um baixo nível
evolutivo de alguém reflete nas suas atitudes.
Mas quem não aceita sofre com isso, e como todo sofrimento implica
em estar equivocado, não adianta resignar-se e sofrer, pois não se
estará resolvendo nada, nem mesmo um carma.
Passar por situações de sofrimento e procurar sair delas, com
inteligência, competência, honestidade, sem acomodação, sem
desespero, sem revolta, é aceitação, e traz consigo a evolução.
Permanecer sofrendo é resignação e não adianta nada, pois
comumente é a mesma maneira equivocada de sentir e de agir, que
já manifestava em suas encarnações passadas.
A palavra resignação, tão encontrada nos livros espíritas antigos,
deve, portanto, ser entendida como aceitação, para que realmente
passemos a aceitar as situações desagradáveis e conflitantes deste
plano é preciso que saibamos exatamente o que viemos melhorar ou
curar em nós aqui.
Por exemplo, se temos que nos purificar da raiva e da agressividade,
e nos confrontarmos com um fato em que essas características
nossas vêm à tona, e acreditarmos ter razão em nossa indignação,
aceitação é raciocinarmos que, mesmo tendo razão, não devemos
sentir raiva e agressividade, pois assim não estaremos oportunizando
a melhora, ou a cura, almejada desses defeitos.
Mesmo com razão não devemos sentir raiva. Devemos sublimar essas
imperfeições e aceitar que quem ou o quê nos faz aflorar esses
sentimentos não é mais importante do que a nossa missão pessoal de
evolução, dentro de uma escala interna de valores, referentes ao
nosso Eu superior.
Deveríamos até agradecer ao que nos fez aflorar essas nossas
negatividades!
O PERDÃO
O perdão é um atributo dos Seres Superiores e é uma verdadeira arte
conseguirmos, realmente, perdoar alguém. Geralmente, quando
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acreditamos estar perdoando, estamos é tomando a decisão de
afastarmos alguém para o mais longe possível o objeto de nossa
raiva ou a nossa mágoa e, evidentemente, isso está longe do perdão.
Geralmente, a vontade que temos é de nos afastarmos de quem não
gostamos, de quem nos fez (ou faz) mal, de nos libertarmos. Isso é
da natureza humana, mas tal procedimento está muito longe do ato
de perdoar.
A libertação, em relação a outra pessoa, está na mente e não no
espaço físico. E é a raiva e a mágoa que nos predem, nos sintonizam,
mesmo que não vejamos quem não gostamos. Para nos libertarmos
verdadeiramente de alguém, precisamos curar a raiva e a mágoa em
nossos pensamentos e sentimentos. E isso leva a perdoar.
E o perdão é uma maneira eficiente de curarmos nossos sentimentos
negativos, por isso é tão importante que consigamos desenvolver
essa arte. Na verdade, estaremos atingindo dois objetivos ao mesmo
tempo: obtermos a evolução e conseguirmos nos harmonizar com o
outro ser, com quem temos um antigo conflito.
O perdão beneficia, principalmente, a quem exerce e, por
extensão, a quem recebe.
É muito perigoso para o aproveitamento da encarnação analisarmos
as coisas a partir da infância ou do decorrer da vida, pois não
sabemos nada do que já aconteceu antes, em outras encarnações,
quem fomos, quem foram nossos pais, os nossos irmãos, conjugues,
etc.
Então, o mais aconselhável é olharmos principalmente para nossa
evolução, buscando eliminar os nossos defeitos. E não ficarmos
presos a pensamentos e sentimentos negativos, baseados numa
razão aparente para senti-los.
E sempre que alguém não gostar de nós, nos tratar mal,
principalmente se estiver em nossa família, devemos deixar
interrogada a causa disso.
Se também temos pouco amor em nosso coração, se somos
agressivos, o que podemos ter feito para essa pessoa em outras
encarnações? E se não gostamos de alguém, como podemos criticar
ou condená-lo, se temos tão pouco amor?
O AUTO PERDÃO
De que adianta alguém manter-se conectado ao que fez de errado,
ou ao que não fez, há tempos atrás? O mais saudável é reconhecer
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que errou, dizer para si mesmo que não vai errar mais, cuidar para
que isso não aconteça.
Evidentemente, precisamos ficar atento às pessoas que
prejudicamos, e intensificar um processo de reconciliação, de
harmonização com elas, reparando os nossos erros, oportunizando
que tudo fique no lugar certo. Mas sem culpa, sem autorreprovação,
que não levam a lugar nenhum.
Muitas pessoas estão presas no seu passado, martirizando-se,
culpando-se, lamentando o que fizeram, ou o que deixaram de fazer.
Mas e o presente? Somente o que podemos modificar é o presente. E
o futuro? É a continuação do presente.
Ficar conectado a culpa, na angustia, porque está preso nos seus
porões escuros é perda de tempo, está errado. Isso só leva às
doenças psíquicas, à depressão, ao câncer, ao reumatismo e outras
doenças de fundo autodestrutivo, autopunitivo. O correto é olhara
para cima, enxergar um lugar muito claro, muito iluminado, habitado
por seres resplandecentes, que um dia também se atolaram em suas
escuridões internas.
Apenas a própria pessoa pode perdoar-se, absorver-se. E somente
quando isso é feito de coração, quando é uma atitude originada em
seu Eu espiritual! Ninguém pode eliminar nossos “pecados” a não ser
nós mesmos numa verdadeira mudança de rumo, numa atitude
ascensional.
Não acreditem em “perdões” externos, em absolvições, pois o que
fazemos de errado são energias negativas que permanecem atreladas
a nós. E, então, apenas nós mesmos podemos eliminá-las.
Mas cuidado para não ficar o tempo todo perdoando-se e errando, aí
não adianta.
A FELICIDADE NÃO É DESTE MUNDO?
A felicidade é fácil de ser alcançada, desde que façamos as coisas
certas, desde que pratiquemos a aceitação, a humildade.
O SER sábio poderá alcançar a felicidade. O SER sábio é aquele que
compreende profundamente, quais os valores verdadeiros e quais os
falsos. Sabe o que lhe traz uma recompensa real e o que engana os
ilusórios sentidos corporais, sabe exatamente o que é uma
reencarnação, sabe quem é, de onde veio e para onde vai, sabe das
ilusões do corpo físico, sabe da transitoriedade das coisas terrenas e
da permanência apenas da Consciência (Espírito). O SER sábio
compreende que a felicidade vem de dentro e não de fora, vem do
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Facilitador: RICARDO PLAÇA medicina.psionica@gmail.com APOSTILA 038
ato de dar e não de receber, vem do amor e não do egoísmo, vem da
aceitação, da humildade, da compreensão. Sabe que esta postura é
que traz a felicidade. O SER sábio aceita, o SER ignorante resigna-se
e sofre ou rebela-se e destrói ou autodestrói-se.
Então a felicidade é deste mundo, como é de todos os mundos e
somente quem a vivenciar estará realmente evoluindo e colaborando
com a evolução coletiva.
A imensa maioria dos seres encanados tende a valorizar mais os fatos
da vida do que as imperfeições que brotam de dentro de si, no
confronto com os fatos!
As pessoas ficam presas aos fatos, sofrendo por eles, magoando-se,
ressentindo-se deles, enraivecendo-se com eles, amedrontando-se
diante deles, fechando-se, reprimindo-se, agredindo, lutando, quando
o que deveriam fazer é entender a função dos fatos “negativos” da
encarnação: mostrar as imperfeições que temos que eliminar.
FRATERNIDADE ESPIRITUALISTA: Rua Manoel Penellas 536 – Santa Rosa Guarujá - SP