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AULA 2
INTERTEXTUALIDADE
INTRATEXTUALIDADE
Amor é fogo que arde sem se ver; Busque Amor novas artes, novo engenho,
É ferida que dói, e não se sente; Para matar-me, e novas esquivanças;
É um contentamento descontente; Que não pode tirar-me as esperanças,
É dor que desatina sem doer. Que mal me tirará o que eu não tenho.
É um não querer mais que bem querer; Olhai de que esperanças me mantenho!
É um andar solitário entre a gente; Vede que perigosas seguranças!
É nunca contentar-se de contente; Que não temo contrastes nem mudanças,
É um cuidar que se ganha em se perder. Andando em bravo mar, perdido o lenho.
É querer estar preso por vontade; Mas, conquanto não pode haver desgosto
É servir a quem vence, o vencedor; Onde esperança falta, lá me esconde
É ter com quem nos mata, lealdade. Amor um mal, que me mata e não se vê;
Mas como causar pode seu favor Que dias há que na alma me tem posto
Nos corações humanos amizade, Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor? Vem não sei como, e dói não sei por quê.
INTERTEXTUALIDADE
EPÍGRAFE
Kennst du das Land, wo die Citronen blühen,
Im dunkeln die Gold-Orangen glühen,
Kennst du es wohl? — Dahin, dahin!
Möcht ich... ziehn.
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores.
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
[...]
INTERTEXTUALIDADE
PARÁFRASE
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria
É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja ou se envaidece
O amor é o fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer
INTERTEXTUALIDADE
PARÓDIA
Sete anos de pastor Jacob servia começa de servir outros sete anos,
Labão, pai de Raquel, serrana bela; dizendo: – Mais servira, se não fora
mas não servia ao pai, servia a ela, para tão longo amor tão curta a vida.
e a ela só por prémio pretendia.
Os dias, na esperança de um só dia,
passava, contentando-se com vê-la;
porém o pai, usando de cautela,
em lugar de Raquel lhe dava Lia.
Vendo o triste pastor que com enganos
lhe fora assim negada a sua pastora,
como se a não tivera merecida;
Sete anos de caixeiro o José tinha
Num armazém de secos e molhados;
Detestava o patrão, mas lhe convinha
Ter a casa, a comida e os ordenados.
Ativo no armazém ele ia e vinha,
Querendo seus serviços apreciados,
Mas o patrão, parece, por picuinha,
Outros ia fazendo interessados.
Vendo o triste rapaz que de caixeiro
Não passava a função mais definida,
Após esforços tantos ao balcão,
Pôs-se a entrar na gaveta do vendeiro
Dizendo: "Que tristeza que esta vida
Não dê para os cem anos de perdão!"
INTERTEXTUALIDADE
BRICOLAGEM
INTERTEXTUALIDADE
PASTICHE
POEMA - POESIA
Poema tirado de uma notícia de jornal
João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da
Babilônia num barracão sem número.
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira: poesias reunidas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980.
Soneto da fidelidade
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive)
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure
PROSA – PROSA POÉTICA
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais
negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia
no bosque como seu hálito perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o
sertão e as matas do Ipu onde campeava sua guerreira tribo da grande
nação tabajara, o pé grácil e nu, mal roçando alisava apenas a verde
pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.
(Iracema – José de Alencar)
METRIFICAÇÃO
• SÍLABAS GRAMATICAIS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Eu / can / to / por / que / o / ins / tan / te / e / xis / te
• SÍLABAS MÉTRICAS
1 2 3 4 5 6 7 8
Eu / can / to / por / que o ins / tan / te e / xis / te
• Elisão Crase
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E/ra ou/ tra/ luz/ e/ra ou/ tra/ sua/ vi/ da/
sinérese
vai - da – de
Ou
1 2 3 4
va - i - da – de
diérese

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  • 2. INTERTEXTUALIDADE INTRATEXTUALIDADE Amor é fogo que arde sem se ver; Busque Amor novas artes, novo engenho, É ferida que dói, e não se sente; Para matar-me, e novas esquivanças; É um contentamento descontente; Que não pode tirar-me as esperanças, É dor que desatina sem doer. Que mal me tirará o que eu não tenho. É um não querer mais que bem querer; Olhai de que esperanças me mantenho! É um andar solitário entre a gente; Vede que perigosas seguranças! É nunca contentar-se de contente; Que não temo contrastes nem mudanças, É um cuidar que se ganha em se perder. Andando em bravo mar, perdido o lenho. É querer estar preso por vontade; Mas, conquanto não pode haver desgosto É servir a quem vence, o vencedor; Onde esperança falta, lá me esconde É ter com quem nos mata, lealdade. Amor um mal, que me mata e não se vê; Mas como causar pode seu favor Que dias há que na alma me tem posto Nos corações humanos amizade, Um não sei quê, que nasce não sei onde, Se tão contrário a si é o mesmo Amor? Vem não sei como, e dói não sei por quê.
  • 3. INTERTEXTUALIDADE EPÍGRAFE Kennst du das Land, wo die Citronen blühen, Im dunkeln die Gold-Orangen glühen, Kennst du es wohl? — Dahin, dahin! Möcht ich... ziehn. Minha terra tem palmeiras, Onde canta o sabiá. As aves que aqui gorjeiam Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores. Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. [...]
  • 4. INTERTEXTUALIDADE PARÁFRASE Ainda que eu falasse A língua dos homens E falasse a língua dos anjos Sem amor eu nada seria É só o amor! É só o amor Que conhece o que é verdade O amor é bom, não quer o mal Não sente inveja ou se envaidece O amor é o fogo que arde sem se ver É ferida que dói e não se sente É um contentamento descontente É dor que desatina sem doer
  • 5. INTERTEXTUALIDADE PARÓDIA Sete anos de pastor Jacob servia começa de servir outros sete anos, Labão, pai de Raquel, serrana bela; dizendo: – Mais servira, se não fora mas não servia ao pai, servia a ela, para tão longo amor tão curta a vida. e a ela só por prémio pretendia. Os dias, na esperança de um só dia, passava, contentando-se com vê-la; porém o pai, usando de cautela, em lugar de Raquel lhe dava Lia. Vendo o triste pastor que com enganos lhe fora assim negada a sua pastora, como se a não tivera merecida;
  • 6. Sete anos de caixeiro o José tinha Num armazém de secos e molhados; Detestava o patrão, mas lhe convinha Ter a casa, a comida e os ordenados. Ativo no armazém ele ia e vinha, Querendo seus serviços apreciados, Mas o patrão, parece, por picuinha, Outros ia fazendo interessados. Vendo o triste rapaz que de caixeiro Não passava a função mais definida, Após esforços tantos ao balcão, Pôs-se a entrar na gaveta do vendeiro Dizendo: "Que tristeza que esta vida Não dê para os cem anos de perdão!"
  • 9. POEMA - POESIA Poema tirado de uma notícia de jornal João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número. Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro Bebeu Cantou Dançou Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado. BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira: poesias reunidas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980.
  • 10. Soneto da fidelidade De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive) Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure
  • 11. PROSA – PROSA POÉTICA Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado. Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu onde campeava sua guerreira tribo da grande nação tabajara, o pé grácil e nu, mal roçando alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas. (Iracema – José de Alencar)
  • 12. METRIFICAÇÃO • SÍLABAS GRAMATICAIS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Eu / can / to / por / que / o / ins / tan / te / e / xis / te • SÍLABAS MÉTRICAS 1 2 3 4 5 6 7 8 Eu / can / to / por / que o ins / tan / te e / xis / te • Elisão Crase
  • 13. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 E/ra ou/ tra/ luz/ e/ra ou/ tra/ sua/ vi/ da/ sinérese vai - da – de Ou 1 2 3 4 va - i - da – de diérese