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SIMBOLISMO
As crises que se anunciam no final do século XIX
são responsáveis pelo surgimento de uma
literatura mais pessimista e reflexiva, que
rejeita tanto a razão quanto os sentimentos
como forma de compreender o mundo.
O Fim da era das revoluções
•

Na Europa, as últimas décadas do século XIX foram marcadas pelo
acirramento da competição entre as principais potências do continente e
pelo crescimento do movimento operário. Esse contexto será responsável
pelas duas guerras mundiais e pelas revoltas que abalarão o mundo

•

.

Essa situação gera um pessimismo em todo o continente e os artistas não
encontravam nem na razão nem nos sentimentos suportes para
compreender o mundo. A realidade passa a ser vista como ilusória e,
embora o mundo visível e concreto dê a aparência de que pode ser
compreendido, a razão não permite que se vê além do real e se alcance a
essência.
O Desconhecido supera o real
•
•

•

Por meio de representações vagas, imprecisas e abstratas, a arte representa o
pessimismo e a incerteza desse período.
Os artistas simbolistas são aqueles que se propunham a investigar o desconhecido
por meio de símbolos e analogias que que evidenciassem as relações entre o
mundo visível e o das essências.
O Impressionismo marca a ruptura definitiva com a arte acadêmica, já que, ao
contrário desta, representa a realidade por meio de contornos imprecisos, utiliza
um olhar mais subjetivo e explora momentos fugazes captados por um jogo de luz
e sombra.
Breve histórico do Impressionismo
• Segunda metade do século XIX =
paralelamente ao Realismo-Naturalismo = as
artes plásticas começaram a passar por uma
grande transformação. Uma dos
acontecimentos responsáveis por essa
mudança foi a invenção da máquina
fotográfica.
Impressionismo
• De posse de um instrumento que se mostrava
capaz de reproduzir a realidade de maneira
extremamente fiel, o artista plástico se viu
desobrigado da função de reprodutor das
cenas reais do cotidiano, ou de simples
registro de retratos, atividades que passariam
cada vez mais a ser realizadas pela câmera
fotográfica.
Pinturas/retratos
Domênico Ghirlandaio
“Moça com livro” - Almeida Junior
Homem com turbante
Jan Van Eyck
Família Visconde de Miriti
A. J. Pereira
Máquina fotográfica
Casal
Retratos
Importante!!!
• A invenção da câmera e a realização de
retratos não aconteceram simultaneamente,
pois os instrumentos fotográficos, ainda
rudimentares, não tinham rapidez de registro,
o que exigia das pessoas retratadas horas de
exposição imóvel. Assim, a atividade
desempenhada pelos primeiros fotógrafos era
sobretudo a de registro da paisagem.
Impressionismo
•

•
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•

•

Surge, a partir desse contexto, um grande questionamento para os
pintores do fim do século: se a proposta é pintar o que o olho vê,
pergunta-se o que ele vê.
O olho vê aquilo que está sob o efeito da luz.
Com base nessa conclusão, os pintores, munidos de seus cavaletes, saem
dos estúdios para pintar o que está sob o efeito da luz, a qual é mutante e
pode transformar completamente uma paisagem.
É nesse período que surgem as pinturas em série.
O francês Claude Monet foi o grande representante desse movimento e
suas pinturas costumam descrever o mesmo lugar em diversos horários
do dia.
Podemos dizer que o Impressionismo é um amplo estudo da luz e seus
efeitos.
Claude Monet
“Impressão nascer do sol” - Monet
Impressionismo
•

Mas não foi só de paisagens que viveram os impressionistas. Pierre-Auguste Renoir, outro nome
importante desse movimento, foi um grande cronista de seu tempo, retratando hábitos da burguesia
parisiense, sem abandonar o estudo da influência da incidência da luz sobre sobre seus assuntos.
“Ao piano” - Renoir
“Rosa e azul” – 1881
Renoir
“Almoço dos remadores” - 1881
“Baile de Moulin de la Gallete” 1876
Edgard Degas
•

Trabalhava com a mudança nos enquadramentos de suas telas, algo mais parecido com o
que se vê em fotografia hoje. Até esse momento, as pinturas eram mais panorâmicas, isto é,
uma cena inteira cabia dentro da tela. A partir daí, novos enquadramentos começam a
aparecer.
A dança e a pintura II
“Quatro dançarinas”
Auguste Rodin
•

Na escultura, o grande nome desse momento foi o também francês Auguste Rodin, que, apesar de seu um
estudioso e admirador da obra clássica de Michelangelo, trazia na falta de preciosismo no acabamento de
suas peças características impressionistas que enfureciam os críticos da época.
“O pensador”
“Andrômeda”
Voltando ao Simbolismo e seu
projeto literário
•

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•

Simbolismo e Parnasianismo dividiram a mesma origem, pois poetas como
Baudelaire, Verlaine e Mallarmé publicaram seus textos na coletânea “O parnaso
contemporâneo”, em 1866.
Já a denominação Simbolismo apareceu apenas em 1886, em um artigo do escritor
francês Jean Moréas. Ele propunha uma abordagem em que as ideias não
deveriam ser reveladas, mas apenas sugeridas, de modo que os leitores pudessem
perceber a relação entre a aparência e a essência.
Assim, o Simbolismo retomou a visão platônica ao contrapor mundo sensível e
mina das ideias.
Para que se pudesse ir além da realidade concreta, os textos simbolistas
valorizavam a linguagem e a forma como maneira de provocar experiências
sensoriais do leitor.
Essa valorização da linguagem e da forma, aliada à postura antirromântica, aproximou o
Parnasianismo e Simbolismo. Ainda assim, o projeto literário simbolista apresentou
diferenças marcantes como a ênfase no mistério em lugar da ciência e na literatura e na arte
em lugar da realidade e da vida.
• Embora todos os escritores simbolistas
defendessem o ideal de arte absoluta, a
realização desse princípio variava bastante de
autor para autor, impossibilitando a definição
do Simbolismo como um movimento literário
com programa e objetivos claros e rigorosos.
Características do Simbolismo
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Arte da sugestão;
Musicalidade nos versos (aliterações e assonâncias);
Misticismo e religiosidade;
Presença ou temática da morte;
Pessimismo e melancolia;
Atmosfera noturna;
Cromatismo na linguagem;
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Maiúsculas alegorizantes (ou seja, uso de letras maiúsculas para grafar termos de
modo a personificá-los, mesmo que não houvesse um real motivo para isso);
Tentativa de exprimir o inexprimível;
Uso de reticências (recurso para enfatizar a ideia de imprecisão e sugestão,
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That’s all, folks!!!!

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Simbolismo

  • 1. SIMBOLISMO As crises que se anunciam no final do século XIX são responsáveis pelo surgimento de uma literatura mais pessimista e reflexiva, que rejeita tanto a razão quanto os sentimentos como forma de compreender o mundo.
  • 2. O Fim da era das revoluções • Na Europa, as últimas décadas do século XIX foram marcadas pelo acirramento da competição entre as principais potências do continente e pelo crescimento do movimento operário. Esse contexto será responsável pelas duas guerras mundiais e pelas revoltas que abalarão o mundo • . Essa situação gera um pessimismo em todo o continente e os artistas não encontravam nem na razão nem nos sentimentos suportes para compreender o mundo. A realidade passa a ser vista como ilusória e, embora o mundo visível e concreto dê a aparência de que pode ser compreendido, a razão não permite que se vê além do real e se alcance a essência.
  • 3. O Desconhecido supera o real • • • Por meio de representações vagas, imprecisas e abstratas, a arte representa o pessimismo e a incerteza desse período. Os artistas simbolistas são aqueles que se propunham a investigar o desconhecido por meio de símbolos e analogias que que evidenciassem as relações entre o mundo visível e o das essências. O Impressionismo marca a ruptura definitiva com a arte acadêmica, já que, ao contrário desta, representa a realidade por meio de contornos imprecisos, utiliza um olhar mais subjetivo e explora momentos fugazes captados por um jogo de luz e sombra.
  • 4. Breve histórico do Impressionismo • Segunda metade do século XIX = paralelamente ao Realismo-Naturalismo = as artes plásticas começaram a passar por uma grande transformação. Uma dos acontecimentos responsáveis por essa mudança foi a invenção da máquina fotográfica.
  • 5. Impressionismo • De posse de um instrumento que se mostrava capaz de reproduzir a realidade de maneira extremamente fiel, o artista plástico se viu desobrigado da função de reprodutor das cenas reais do cotidiano, ou de simples registro de retratos, atividades que passariam cada vez mais a ser realizadas pela câmera fotográfica.
  • 7. “Moça com livro” - Almeida Junior
  • 9. Família Visconde de Miriti A. J. Pereira
  • 11. Casal
  • 13.
  • 14.
  • 15. Importante!!! • A invenção da câmera e a realização de retratos não aconteceram simultaneamente, pois os instrumentos fotográficos, ainda rudimentares, não tinham rapidez de registro, o que exigia das pessoas retratadas horas de exposição imóvel. Assim, a atividade desempenhada pelos primeiros fotógrafos era sobretudo a de registro da paisagem.
  • 16. Impressionismo • • • • • • Surge, a partir desse contexto, um grande questionamento para os pintores do fim do século: se a proposta é pintar o que o olho vê, pergunta-se o que ele vê. O olho vê aquilo que está sob o efeito da luz. Com base nessa conclusão, os pintores, munidos de seus cavaletes, saem dos estúdios para pintar o que está sob o efeito da luz, a qual é mutante e pode transformar completamente uma paisagem. É nesse período que surgem as pinturas em série. O francês Claude Monet foi o grande representante desse movimento e suas pinturas costumam descrever o mesmo lugar em diversos horários do dia. Podemos dizer que o Impressionismo é um amplo estudo da luz e seus efeitos.
  • 18. “Impressão nascer do sol” - Monet
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 22. Impressionismo • Mas não foi só de paisagens que viveram os impressionistas. Pierre-Auguste Renoir, outro nome importante desse movimento, foi um grande cronista de seu tempo, retratando hábitos da burguesia parisiense, sem abandonar o estudo da influência da incidência da luz sobre sobre seus assuntos.
  • 24. “Rosa e azul” – 1881 Renoir
  • 26. “Baile de Moulin de la Gallete” 1876
  • 27. Edgard Degas • Trabalhava com a mudança nos enquadramentos de suas telas, algo mais parecido com o que se vê em fotografia hoje. Até esse momento, as pinturas eram mais panorâmicas, isto é, uma cena inteira cabia dentro da tela. A partir daí, novos enquadramentos começam a aparecer.
  • 28. A dança e a pintura II
  • 30. Auguste Rodin • Na escultura, o grande nome desse momento foi o também francês Auguste Rodin, que, apesar de seu um estudioso e admirador da obra clássica de Michelangelo, trazia na falta de preciosismo no acabamento de suas peças características impressionistas que enfureciam os críticos da época.
  • 33. Voltando ao Simbolismo e seu projeto literário • • • • • Simbolismo e Parnasianismo dividiram a mesma origem, pois poetas como Baudelaire, Verlaine e Mallarmé publicaram seus textos na coletânea “O parnaso contemporâneo”, em 1866. Já a denominação Simbolismo apareceu apenas em 1886, em um artigo do escritor francês Jean Moréas. Ele propunha uma abordagem em que as ideias não deveriam ser reveladas, mas apenas sugeridas, de modo que os leitores pudessem perceber a relação entre a aparência e a essência. Assim, o Simbolismo retomou a visão platônica ao contrapor mundo sensível e mina das ideias. Para que se pudesse ir além da realidade concreta, os textos simbolistas valorizavam a linguagem e a forma como maneira de provocar experiências sensoriais do leitor. Essa valorização da linguagem e da forma, aliada à postura antirromântica, aproximou o Parnasianismo e Simbolismo. Ainda assim, o projeto literário simbolista apresentou diferenças marcantes como a ênfase no mistério em lugar da ciência e na literatura e na arte em lugar da realidade e da vida.
  • 34. • Embora todos os escritores simbolistas defendessem o ideal de arte absoluta, a realização desse princípio variava bastante de autor para autor, impossibilitando a definição do Simbolismo como um movimento literário com programa e objetivos claros e rigorosos.
  • 35. Características do Simbolismo • • • • • • • • • • • Arte da sugestão; Musicalidade nos versos (aliterações e assonâncias); Misticismo e religiosidade; Presença ou temática da morte; Pessimismo e melancolia; Atmosfera noturna; Cromatismo na linguagem; Sinestesias; Maiúsculas alegorizantes (ou seja, uso de letras maiúsculas para grafar termos de modo a personificá-los, mesmo que não houvesse um real motivo para isso); Tentativa de exprimir o inexprimível; Uso de reticências (recurso para enfatizar a ideia de imprecisão e sugestão, criando o efeito de pausas musicais).