Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Transtorno afetivo bipolar
1. TRANSTORNO DO HUMOR :
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR
MARCIA FERNANDA E SAMANNTHA LARA
2. INTRODUÇÃO
O conceito de transtorno do humor segundo
Laranjeira(1996) “é aplicado a um grupo de
condições clínicas nas quais uma polarização
do humor tanto para depressão quanto para
elação é proeminente”. Ele ainda refere que
“o transtorno do humor é patológico quando
existe uma constelação de sinais e sintomas
(síndrome) com duração e gravidade tais que
levam a uma perda substancial da
capacidade funcional do indivíduo.”
3. OBJETIVO
Objetivou-se com esse estudo de caso
estudar o transtorno afetivo bipolar e toda a
sintomatologia que cerca essa síndrome do
humor.
4. IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
M.J.S.A., sexo feminino, 28 anos, lavradora,
evangélica, fundamental incompleto, reside
com companheiro e 04 filhos à Rua 19, Casa
62 no povoado Km 17 Codó – MA.
5. HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL
Paciente admitida no dia 06 de novembro de
2009 em um Hospital Psiquiátrico de
referência em Teresina-Pi (Hospital Areolino
de Abreu) tendo como queixa principal
agitação, agressividade, discurso desconexo
e insônia de início súbito a mais ou menos
sete dias. Os primeiros sintomas da
patologia surgiram aos 25 anos de idade
sendo internada nesse mesmo hospital,
porém sem acompanhamento após a alta.
6. DIAGNÓSTICO DA PATOLOGIA
A patologia que o paciente apresenta é um
tipo de Transtorno de Humor:
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR.
O CID da patologia é F-31.0 (Transtorno
Afetivo Bipolar episódio atual hipomaníaco).
7. TRATAMENTO
06.11.09 :
1.Ácido Valpróico (Depakene®) 500mg (1+0+1). É um
anticonvulsivante com bom efeito antimaníaco e estabilizadores
do humor.
2.Risperidona (Risperdal®) 2mg (1+0+1). Antipsicótico atípico .
Indicado no tratamento das psicoses esquizofrênicas agudas e
crônicas e de outros distúrbios psicóticos nos quais os sintomas
positivos (tais como alucinações, delírios, distúrbios do
pensamento, hostilidade, desconfiança) e/ou negativos (tais como
embotamento afetivo, isolamento emocional e social, pobreza de
discurso) são proeminentes. Também alivia outros sintomas
afetivos associados à esquizofrenia (tais como depressão,
sentimentos de culpa, ansiedade).
3.Clonazepam (Rivotril ®) 0,5mg BZD (1+1+1): Benzodiazepínico
anticonvulsivante. Inibição leve das funções do SNC permitindo
assim uma ação anticonvulsivante, alguma sedação, relaxamento
muscular e efeito tranqüilizante. Usado no tratamento de
pacientes com mania, transtorno obsessivo-compulsivo e
síndrome do pânico.
8. TRATAMENTO
06.11.09
Momento de agitação:
4.Amplictil (Clorpromazina) 25mg: Antipsicótico,
possui uma ação estabilizadora no sistema nervoso
central e periférico e uma ação depressora seletiva
sobre o SNC, permitindo, assim, o controle dos mais
variados tipos de excitação.
5.Fernegan (Prometazina) 25mg, IM: é um
anticolinérgico e anti-histamínico. É usado em
psiquiatria para combater o efeito colateral dos
antipsicóticos e para induzir ao sono.
9. TRATAMENTO
07.11.09:
1.Haldol (Haloperidol) 5mg (1+0+1); : é um
antipsicótico,bloqueador potente dos receptores
dopaminérgicos centrais e classificado como um
neuroléptico incisivo.
2.Fernegan (Prometazina) 25mg (1+1+1);
3.Amplictil (Clorpromazina) 25mg, IM;
10. TRATAMENTO
08.11.09:
1. Haldol (Haloperidol) 5mg (1+0+1);
2.Fernegan (Prometazina) 25mg (1+1+1);
3.Diazepam (Valium®) 5mg (1+1+1). É um
tipo de benzodiazepínico onde o principal
efeito é o relaxamento.
OBS:Essa medicação foi mantida no
tratamento.
11. TRATAMENTO
12.11.09
Foi acrescido à prescrição carbamazepina
(Tegretol) 200mg (1+1+1): é um
fármaco anticonvulsivante; antinevrálgico;
antimania; antidiurético; antipsicótico
antiepiléptico
13,14 e 15.11.09:
Mantida a prescrição
12. TRATAMENTO
16,17.11.09:
Foi acrescida a prescrição carbolitium300mg
(1+0+1): é o carbonato de lítio,
Indicado no tratamento de episódios
maníacos nos transtornos bipolares; no
tratamento de manutenção de indivíduos
com transtorno bipolar, diminuindo a
freqüência dos episódios maníacos e a
intensidade destes quadros;
13. REVISÃO DA LITERATURA
CONCEITO
É um transtorno de comportamento,
caracterizado por fases de depressão
alternadas com fases de euforia (mania ou
hipomania), intercaladas por períodos de
normalidade ao longo da vida. Pode ser
acompanhado por sintomas psicóticos.
14. ETIOLOGIA
A base da causa para a doença bipolar do
humor não é inteiramente conhecida, assim
como não o é para os demais distúrbios do
humor.
Fatores biológicos (relativos a
neurotransmissores cerebrais); Em geral,
fatores biológicos podem determinar como o
indivíduo reage aos estressores psicológicos e
sociais, mantendo a normalidade ou
desencadeando doença.
Fatores Psicossociais; somam-se no
15. EPIDEMIOLOGIA
O início do distúrbio é de 18 anos nos homens
e 20 anos nas mulheres;
Incidência :1,2 mulheres para 1 homem
Estudos constataram que indivíduos casados
tinham taxas significativamente mais baixas de
TAB que solteiros ou divorciados, o que
possivelmente reflete as conseqüências da
doença;
O distúrbio bipolar parece ocorrer mais
frequentemente nas classes sociais mais altas;
Não há relação do distúrbio em raças;
16. EPIDEMIOLOGIA
Taxa anual de incidência para transtorno bipolar é
de 20%;
o risco de TAB é consistentemente aumentado em
parentes de primeiro grau;
Indivíduos acometidos têm maiores taxas de
desemprego e estão mais sujeitos a utilizarem
serviços médicos e serem hospitalizados;
Estudos mostraram que a maioria das pessoas
(56%) transtornos mentais apresentavam co-
morbidade com outras condições psiquiátricas;
17. SINAIS E SINTOMAS
Fase depressiva:
Humor melancólico, depressivo;
Perda de interesse ou prazer em atividades habitualmente
interessantes;
Sentimentos de tristeza, vazio, ou aparência
chorosa/melancólica;
Perda ou aumento de apetite/peso, mesmo sem estar de dieta;
Fadiga ou perda de energia;
Sentimentos de falta de esperança, culpa excessiva ou
pessimismo;
Dificuldade de concentração, de se lembrar das coisas, de tomar
decisões, para pensar ou concentrar-se.
Pensamentos de morte ou suicídio, planejamento ou tentativas
de suicídio;
Dores ou outros sintomas corporais persistentes, não provocados
por doenças ou lesões físicas.
Alteração do padrão de sono;
Agitação ou retardo psicomotor;
18. SINAIS E SINTOMAS FASE MANÍACA
Humor excessivamente animado, exaltado, eufórico, alegria exagerada e
duradoura;
Extrema irritabilidade, impaciência ou “pavio muito curto”;
Aumento de energia, da atividade, começando muitas coisas ao mesmo tempo
sem conseguir terminá-las; Agitação, inquietação física e mental;
Otimismo e confiança exageradas;
Crenças irreais sobre as próprias capacidades ou poderes, acreditando possuir
muitos dons ou poderes especiais;
Pensamentos acelerados, fala muito rápida, pulando de uma idéia para outra,
tagarelice;
Facilidade em se distrair, incapacidade de se concentrar;
Comportamento inadequado, provocador, intrometido, agressivo ou de risco;
Idéias grandiosas;
Insônia e pouca necessidade de sono.
Completamente seguro de suas opiniões e pronto a falar com convicção sobre
qualquer coisa ou assunto; as idéias emergem de modo fácil e fluido.
OBS:Em casos mais graves: Delírios e alucinações; Idéias suicidas; Abuso de
álcool ou drogas; Desinibição exagerada
19. DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da doença bipolar do humor
deve ser feito por um médico psiquiátrico
baseado nos sintomas do paciente. Não há
exames de imagem ou laboratoriais que
auxiliem o diagnóstico.
Sintomatologia;
Informações sobre a existência de outro
familiar com sintomas semelhantes;
Fatores de estresse;
Estar atento se o nível de realização das
atividades do dia-a-dia esteja comprometido.
20. DIAGNÓSTICO
Nem todos os sintomas precisam estar
presentes para se diagnosticar a patologia;
É necessário que sejam documentados pelo
menos dois episódios, sendo um deles de
mania.
Ocorrência, no passado, de ao menos um
episódio afetivo maníaco, hipomaníaco ou misto
bem documentado, e episódio atual
caracterizado pela presença simultânea de
sintomas maníacos e depressivos ou por uma
alternância rápida de sintomas maníacos e
21. PROGNÓSTICO
Por ser uma doença crônica requer controle efetivo
por toda. A medicação acompanhará o paciente por
toda a vida. A análise e a psicoterapia devem
também ser feitas sempre acompanhando o estado
de humor do paciente.
Todo prognóstico (evolução da doença) depende de:
Do enfoque e acompanhamento terapêutico;
Da forma em que o paciente conduzir seu
processo;
Do apoio e suporte familiar quando possível;
22. PROGNÓSTICO
Indicadores de bom prognóstico: Episódios leves,
ausência de sintomas psicóticos e uma curta estadia
hospitalar, duração curta dos episódios maníacos,
início tardio, poucos pensamento suicidas e poucos
problemas médicos ou psiquiátricos;
Indicadores de mau prognóstico: Coexistência de
transtorno distímico, abuso de álcool, sintomas de
transtorno da ansiedade, e história de mais de uma
hospitalização; Fraco estado ocupacional pré-
mórbido, dependência de álcool, aspectos psicóticos,
características depressivas entre os episódios
depressivos e sexo feminino
23. TRATAMENTO
Fase aguda:
Farmacoterapia:
Depressão: antidepressivos (inibidores da recaptura
da serotonina, inibidores da IMAO); antidepressivo
mais estabilizador de humor;
Mania: lítio, ácido valpróico (Depakene),
Antipsicóticos, tranquilizantes.
ECT
Fase de manutenção:
Medicação;
Orientação;
A educação do paciente e da família sobre a doença,
suas conseqüências e seu tratamento.
Psicoterapia (individual e de grupo).
24. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
O enfermeiro deve utilizar técnicas de
comunicação terapêutica;
Estimular o paciente a expressar seus
sentimentos;
Deve ter uma atitude não crítica;
Deve aceitar o paciente;
Saber ouvir e ajudá-lo a tomar decisões;
Dar apoio ao paciente.
25. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Fase depressiva:
Assumir responsabilidades pela segurança do
paciente;
Deve estimulá-lo a falar, para que possa verbalizar
seus sentimentos e idéias de auto-depreciação;
Avaliar seu nível de esperança;
Deve usar frases curtas e claras;
Usar o silêncio;
Ocupar e socializar o paciente são formas de elevar
a auto-estima;
Comentar positivamente suas conquistas;
Observar sono e verificar problemas somáticos;
Observar a alimentação e o auto-cuidado.
26. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Fase maníaca:
Deve-se ter uma observação constante e relato das
manifestações de comportamento do paciente;
O maníaco deve permanecer em local com poucos
pacientes e o ambiente deve ser o mais tranqüilo
possível, com o mínimo de estímulos;
Ouvir reflexivamente;
Deve-se usar tom baixo de voz, frases curtas e
linguagem clara;
Tentar manter seu discurso coerente;
Impor limites;
Ajudá-lo em sua higiene;
Evitar que seja alvo de zombaria;
Orientação à família;
27. EVOLUÇÕES DE ENFERMAGEM
12.11.09:Calma,consciente,orientada auto e
alopsiquicamente,receptiva ao diálogo, logorréica,
discurso conexo, com delírios místicos e de
grandeza. Sem queixas. Aceita bem a dieta e a
medicação.Sono satisfatório. Higiene precária.
17.11.09:Calma, consciente, orientada auto e
alopsiquicamente, receptiva ao diálogo, logorréica,
discurso conexo, com delírios místicos e de
grandeza. Sem queixas. Aceita bem a dieta e a
medicação.Sono satisfatório.Higiene satisfatória.
24.11.09: Calma, consciente, orientada auto e
alopsiquicamente, receptiva ao diálogo, logorréica,
discurso conexo. Sem queixas. Aceita bem a dieta e
a medicação. Sono satisfatório. Higiene satisfatória
28. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM:
Interação social prejudicada evidenciado por
interação disfuncional com outras pessoas
relacionado a processos de pensamentos
perturbados;
Disposição para aumento do auto cuidado
definida por expressar desejo de aumentar o
autocuidado;
Problemas identificados:
Paciente violentada (agredida) pelo
companheiro;
Baixa escolaridade;
29. PLANO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
Informar ao paciente quanto à importância
do tratamento;
Dar orientações quanto ao lazer;
Orientar quanto à dieta;
Orientar quanto às medicações;
30. CASO X LITERATURA
Ausência de relação íntima e de confiança com o
cônjuge ou qualquer pessoa próxima e desemprego
X Paciente com crises conjugais, segundo
casamento, trabalhadora informal;
Crenças irreais sobre as próprias capacidades ou
poderes, acreditando possuir muitos dons ou
poderes especiais X Paciente relata ser enviada para
disseminar a paz, que veio ao hospital para acalmar
os pacientes, “vim trazer a paz para esse lugar” ;
Completamente seguro de suas opiniões e pronto a
falar com convicção sobre qualquer coisa ou assunto
X Paciente diz ser capaz de falar sobre qualquer
assunto, “calo a boca de qualquer doutor”.
31. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O transtorno afetivo bipolar é de natureza
decorrente e repete-se de tempos em tempos,
sendo a interação enfermeira-paciente de
fundamental importância, pois com um bom
relacionamento podemos conhecer melhor o
paciente, a fim de que ele tenha confiança para
expressar seus sentimentos e, a partir daí,
possamos traçar um plano de cuidados
individualizado, objetivando sempre a melhora do
paciente.
32. Em Picos João Claudio revela que sofre de Transtorno Bipolar
O humorista João Cláudio Moreno revelou durante show em Picos que sofre de distúrbio bipolar, transtorno psíquico que altera o humor da pessoa
Wallysson Bernardes
17/08/2009
Ilustração
Humorista João Cláudio Moreno
O humorista João Cláudio Moreno revelou durante show em Picos que sofre de
distúrbio bipolar, transtorno psíquico que altera o humor da pessoa, deixando-a ora
eufórica, ora deprimida. Ao final do espetáculo realizado no último sábado dia 15 no
Centro Esportivo Cultural Santa Rita, o humorista desabafou e disse “que muitas vezes
triste tem que fazer os outros sorrirem”.
O espetáculo que fez parte do projeto Terapia do Riso, seguindo a temporada de
grandes produções, foi mais um, dos shows promovidos há mais de 10 anos pela
psicóloga Graça Moura.
33. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIMA, M.S. de; Tassi, J.; Novo, I.P.; Mari, J.J.
Epidemiologia do transtorno bipolar. Rev.
Psiq. Clín. 32, supl 1; 15-20, 2005. Acessado
em 29/11/2009.
MARTINS, L.M.M. Assistência de
enfermagem a pacientes com desordem
bipolar e sentimentos da estudante de
enfermagem: Estudo de Caso. Rev. Esc. Enf.
USP, v. 33, n. 4, p. 421-7, dez. 1999.
ALMEIDA, O. P.; LARANJEIRA, R. (Colab.);
DRATCU, L. (Colab.). Manual de psiquiatria.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996.