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Hemorragia Peri-
Intraventricular
Carlos Frederico Almeida Rodrigues
Neurologia – HU Pedro Ernesto – RJ
Neurocirurgia – HM Souza Aguiar – RJ
Neurocirurgia Pediátrica – IFF – FioCruz – RJ
Interne Service Neurochirurgie Pédiatric – Hôpital La Timone – Marseille –
France
Mestre – PUCRS
Professor da faculdade de medicina da Unioeste – Francisco Beltrão
Hemorragia peri-
intraventricular
• Sangramento no SNC mais comum na região da matriz
germinativa
• Se extensa, pode ocorrer ruptura do epêndima e extravasamento
de sangue para dentro dos ventrículos
• Existe maior susceptibilidade à sangramento na região peri-
ventricular dos prematuros nas primeiras 72 h de vida
Incidência
• Inversamente proporcional ao peso e à idade gestacional ao
nascer
• 20-25%  RN com PN < 1500g
• 45%  RN com PN entre 500-750g
Fatores de risco
• Prematuridade
• PN < 1500g
• Necessidade de reanimação na
sala de parto
• Desconforto respiratório grave
• Necessidade de Ventilação
Mecânica;
• Hipóxia, hipercapnia,
hipocapnia
• Aspiração de cânula traqueal
• Pneumotórax
• Uso de expansores de volume
• Sepse
• Persistência do Canal Arterial
• Variações ampla de pressão
arterial
• CIVD
• Trombocitopenia < 50.000
U/mm³
• Posição inadequada da cabeça
(lateralizada)
Classificação (Papile)
Grau I Restrita a matriz germinativa
Grau II Intraventricular sem dilatação ventricular
Grau III Intraventricular com dilatação ventricular
Grau IV Hemorragia intraparenquimatosa
Quadro Clínico
• Coma
• Convulsões
• Pupilas fixas
• Descerebração
• Fontanela abaulada
• Insuficiência respiratória
• Hipotensão arterial
• Bradicardia
• Hipotermia
• Acidose metabólica
• Hipoglicemia
• Diabetes
• Secreção inapropriada de
hormônio antidiurético
Diagnóstico
• Exame clínico
• Imagem
Diagnóstico
• USTF  rastrear todo RN com PN < 1500g e/ou IG < 34 sem
entre o 4º e 7º dia de vida
• Repetir semanalmente quando houver HPIV (possibilidade de
hidrocefalia pós-hemorrágica)
• Fase aguda: realizar USTF seriado (acompanhamento da
evolução para formas mais graves e desenvolvimento de
hidrocefalia)
• Repetir com 1 semana e com um mês de vida quando não
houver alterações no primeiro USTF
Diagnóstico
• RNM  recomendada em torno de 36 a 40
sem de idade corrigida
• Fase de estabilidade clínica para acompanhar
evolução da HPIV e detectar lesão de
substância branca (leucomalácia
periventricular, alterações cerebelares e atrofia
cortical, etc.)
PN < 1500g OU
IG < 34 semanas
USTF entre 4-7
dias de vida
Repetir com 1
semana e com 1
mês
Repetir com 4, 14 e 28
dias
Fazer RNM entre 36-40
semanas, se RN
estável
AlteradoNormal
Complicações
• Principal complicação: Infarto hemorrágico
periventricular.
• Unilateral em 65-75%
• > 50% dos casos ocorrem entre o 2º e 3º dias de vida
• Hidrocefalia pós-hemorrágica.
• Lesão hemorrágica do cerebelo.
• Atrofia da substância cinzenta cerebelar e
supratentorial.
• Leucomalácia periventricular.
Prevenção – Medidas Pré-
Natais
• Redução do trabalho de parto prematuro
• Uso antenatal de corticoide
• Vigilância e tratamento das infecções maternas/amniorrexe
prematura
• Uso de tocolíticos (nifedipina)
• Sulfato de Magnésio: reduz HPIV de qualquer grau; reduz o risco
de paralisia cerebral em 30 a 40%.
Prevenção – Medidas no
RN
• Assistência e reanimação neonatal por equipe treinada
• Clampeamento tardio do cordão (1-3 minutos) em
prematuros que não necessitam de reanimação
• Manter PA na faixa de normalidade para evitar a flutuação
no fluxo sanguíneo, se hipotensão arterial, evitar infusão
rápida e excessiva de fluidos e medicamentos vasoativos
• Evitar oferta excessiva de sódio e bicarbonato de sódio
nos primeiros dias de vida
• Evitar hipoglicemia, hipotermia, hipocapnia e hipercapnia,
hipóxia e hiperóxia
Prevenção – Medidas no
RN
• Evitar procedimentos dolorosos e estressantes
(manipulação, luz e ruídos excessivos)  utilizar
analgésicos
• Evitar fisioterapia e aspiração de cânula traqueal,
sobretudo nas primeiras 72h de vida
• Evitar punção lombar nas primeiras 72 h de vida
• Manter decúbito dorsal e posicionar a cabeça na linha
média (posição neutra) nas primeiras 72 h de vida
• Indicação criteriosa da ventilação mecânica (optar por
ventilação não invasiva ou ventilação sincronizada)
Conduta
• Medir PC semanalmente
• Medidas gerais para manutenção de condições
respiratórias, hemodinâmicas e metabólicas adequadas
• Tratar intercorrências específicas
• Se necessário transfusão de concentrado de hemácias:
volume de 15ml/kg em 4 horas
• Controle da plaquetopenia
• > 100.000U/mL, se sangramento ativo
• > 50.000U/mL se clinicamente instável ou PT < 1000g na 1ª
semana de vida
• Se convulsões, usar fenobarbital (1ª escolha)
Cuidados de enfermagem
Controlar rigorosamente pressão arterial atentando para o fato de que a PA não
pode ser reduzida rapidamente ou de maneira drástica.
Atentar para o desencadeamento de crises convulsivas;
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Realizar/auxiliar higiene oral com solução dentifrícia 3xx dia;
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Remover secreção em orofaringe;
Administrar medicamentos conforme orientação medica;
Realizar exercícios passivos nos membros afetados (fisioterapia).
Manter acesso venoso permeável.
Referências
• Projeto diretrizes – Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.
• Raimondi R. Pediatric Neurosurgery.
• Choux M. Neurochirurgie pédiatric.
OBRIGADO!

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Hemorragia periventricular

  • 1. Hemorragia Peri- Intraventricular Carlos Frederico Almeida Rodrigues Neurologia – HU Pedro Ernesto – RJ Neurocirurgia – HM Souza Aguiar – RJ Neurocirurgia Pediátrica – IFF – FioCruz – RJ Interne Service Neurochirurgie Pédiatric – Hôpital La Timone – Marseille – France Mestre – PUCRS Professor da faculdade de medicina da Unioeste – Francisco Beltrão
  • 2. Hemorragia peri- intraventricular • Sangramento no SNC mais comum na região da matriz germinativa • Se extensa, pode ocorrer ruptura do epêndima e extravasamento de sangue para dentro dos ventrículos • Existe maior susceptibilidade à sangramento na região peri- ventricular dos prematuros nas primeiras 72 h de vida
  • 3. Incidência • Inversamente proporcional ao peso e à idade gestacional ao nascer • 20-25%  RN com PN < 1500g • 45%  RN com PN entre 500-750g
  • 4. Fatores de risco • Prematuridade • PN < 1500g • Necessidade de reanimação na sala de parto • Desconforto respiratório grave • Necessidade de Ventilação Mecânica; • Hipóxia, hipercapnia, hipocapnia • Aspiração de cânula traqueal • Pneumotórax • Uso de expansores de volume • Sepse • Persistência do Canal Arterial • Variações ampla de pressão arterial • CIVD • Trombocitopenia < 50.000 U/mm³ • Posição inadequada da cabeça (lateralizada)
  • 5. Classificação (Papile) Grau I Restrita a matriz germinativa Grau II Intraventricular sem dilatação ventricular Grau III Intraventricular com dilatação ventricular Grau IV Hemorragia intraparenquimatosa
  • 6. Quadro Clínico • Coma • Convulsões • Pupilas fixas • Descerebração • Fontanela abaulada • Insuficiência respiratória • Hipotensão arterial • Bradicardia • Hipotermia • Acidose metabólica • Hipoglicemia • Diabetes • Secreção inapropriada de hormônio antidiurético
  • 8. Diagnóstico • USTF  rastrear todo RN com PN < 1500g e/ou IG < 34 sem entre o 4º e 7º dia de vida • Repetir semanalmente quando houver HPIV (possibilidade de hidrocefalia pós-hemorrágica) • Fase aguda: realizar USTF seriado (acompanhamento da evolução para formas mais graves e desenvolvimento de hidrocefalia) • Repetir com 1 semana e com um mês de vida quando não houver alterações no primeiro USTF
  • 9. Diagnóstico • RNM  recomendada em torno de 36 a 40 sem de idade corrigida • Fase de estabilidade clínica para acompanhar evolução da HPIV e detectar lesão de substância branca (leucomalácia periventricular, alterações cerebelares e atrofia cortical, etc.)
  • 10. PN < 1500g OU IG < 34 semanas USTF entre 4-7 dias de vida Repetir com 1 semana e com 1 mês Repetir com 4, 14 e 28 dias Fazer RNM entre 36-40 semanas, se RN estável AlteradoNormal
  • 11. Complicações • Principal complicação: Infarto hemorrágico periventricular. • Unilateral em 65-75% • > 50% dos casos ocorrem entre o 2º e 3º dias de vida • Hidrocefalia pós-hemorrágica. • Lesão hemorrágica do cerebelo. • Atrofia da substância cinzenta cerebelar e supratentorial. • Leucomalácia periventricular.
  • 12. Prevenção – Medidas Pré- Natais • Redução do trabalho de parto prematuro • Uso antenatal de corticoide • Vigilância e tratamento das infecções maternas/amniorrexe prematura • Uso de tocolíticos (nifedipina) • Sulfato de Magnésio: reduz HPIV de qualquer grau; reduz o risco de paralisia cerebral em 30 a 40%.
  • 13. Prevenção – Medidas no RN • Assistência e reanimação neonatal por equipe treinada • Clampeamento tardio do cordão (1-3 minutos) em prematuros que não necessitam de reanimação • Manter PA na faixa de normalidade para evitar a flutuação no fluxo sanguíneo, se hipotensão arterial, evitar infusão rápida e excessiva de fluidos e medicamentos vasoativos • Evitar oferta excessiva de sódio e bicarbonato de sódio nos primeiros dias de vida • Evitar hipoglicemia, hipotermia, hipocapnia e hipercapnia, hipóxia e hiperóxia
  • 14. Prevenção – Medidas no RN • Evitar procedimentos dolorosos e estressantes (manipulação, luz e ruídos excessivos)  utilizar analgésicos • Evitar fisioterapia e aspiração de cânula traqueal, sobretudo nas primeiras 72h de vida • Evitar punção lombar nas primeiras 72 h de vida • Manter decúbito dorsal e posicionar a cabeça na linha média (posição neutra) nas primeiras 72 h de vida • Indicação criteriosa da ventilação mecânica (optar por ventilação não invasiva ou ventilação sincronizada)
  • 15. Conduta • Medir PC semanalmente • Medidas gerais para manutenção de condições respiratórias, hemodinâmicas e metabólicas adequadas • Tratar intercorrências específicas • Se necessário transfusão de concentrado de hemácias: volume de 15ml/kg em 4 horas • Controle da plaquetopenia • > 100.000U/mL, se sangramento ativo • > 50.000U/mL se clinicamente instável ou PT < 1000g na 1ª semana de vida • Se convulsões, usar fenobarbital (1ª escolha)
  • 16.
  • 17. Cuidados de enfermagem Controlar rigorosamente pressão arterial atentando para o fato de que a PA não pode ser reduzida rapidamente ou de maneira drástica. Atentar para o desencadeamento de crises convulsivas; Avaliar capacidade de deglutição e comunicar enfermeira de plantão (avaliar necessidade de SNG); Ofertar/auxiliar ingesta hídrica e calórica adequada para a situação; Realizar/auxiliar higiene no leito ou de aspersão conforme a situação; Realizar/auxiliar higiene oral com solução dentifrícia 3xx dia; Realizar hidratação da pele conforme protocolo do Hospital; Realizar ECG; Encaminhar paciente para realização de exames solicitados; Incentivar/mobilizar no leito conforme protocolo do Hospital;
  • 18. Cuidados de enfermagem Apoiar extremidades com travesseiros para prevenir ou reduzir edema; Obter sinais vitais e realizar avaliação neurológica; Posicionar a cabeceira do leito em 30º para prevenção de broncoaspiração; Comunicar enfermeira de plantão se PAS estiver acima de 220mmHg e PAD acima de 130mmHg; Controlar rigorosamente a hipertermia; Promover ambiente tranqüilo e proporcionar períodos de sono e repouso; Remover secreção em orofaringe; Administrar medicamentos conforme orientação medica; Realizar exercícios passivos nos membros afetados (fisioterapia). Manter acesso venoso permeável.
  • 19. Referências • Projeto diretrizes – Sociedade Brasileira de Neurocirurgia. • Raimondi R. Pediatric Neurosurgery. • Choux M. Neurochirurgie pédiatric.